Prévia do material em texto
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 1 OS: 0124/9/16-Gil CONCURSO: DOBRADINHA IFCE / UFC ASSUNTO: Capítulo 1 – Direito Administrativo...................................................................................................01 Capítulo 2 – Princípios da Administração Pública..............................................................................03 Capítulo 3 – Organização da Administração Pública.........................................................................12 Capítulo 4 – Atos Administrativos....................................................................................................20 Capítulo 5 – Licitação Pública............................................................................................................43 Capítulo 6 – Contrato Administrativo..............................................................................................56 Capítulo 7 – Servidores Públicos........................................................................................................69 Capítulo 8 – Controle da Administração Pública...............................................................................90 Capítulo 9 – Legislação.......................................................................................................................92 1- Constituição Federal................................................................................................92 2- Decreto-Lei 200/67................................................................................................172 3- Lei 8.112/90...........................................................................................................177 4- Lei 8.666/93...........................................................................................................207 5- Lei 9.784/99...........................................................................................................239 Capítulo 10 – Questões de Concursos................................................................................................245 CAPÍTULO 1 – DIREITO ADMINISTRATIVO 1.1) ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO O Direito Administrativo, como ramo autônomo do direito, começa a se organizar no final do século XVIII e início do século XIX, com as revoluções liberais desse período, particularmente a Revolução Francesa. Antes, os estados europeus eram monarquias absolutas e, evidentemente, referidos estados não se submetiam às regras jurídicas, posto que, os monarcas concentravam em suas mãos todos os poderes e, consequentemente, jamais se submeteriam a um regime jurídico-administrativo. Após a Revolução Francesa, com o surgimento do constitucionalismo, do princípio da Legalidade e da Separação dos Poderes, começam a surgir normas administrativas, que, mais tarde, seriam estudadas de forma mais harmônica, organizando-se como um ramo específico do direito. Inicialmente, não se pode falar em Direito Administrativo como um ramo próprio do direito, posto que, existiam leis que cuidavam da matéria administrativa, porém estas leis eram esparsas, inexistindo uma sistematização entre as mesmas. Eram estudadas de acordo com os princípios do Direito Civil. O Direito Civil disciplinava as matérias, que atualmente são estudadas pelo Direito Administrativo. No Brasil, ainda hoje o Código Civil, por exemplo, classifica bens públicos, em seu art. 99. Posteriormente, em função das novas funções assumidas pelo Estado, aumentando a complexidade da sua estrutura organizacional, o Direito Civil não consegue mais disciplinar as novas relações jurídico-administrativas, surgindo a necessidade da organização de um novo ramo do Direito, que seria o Direito Administrativo. No final do século XIX e início do século XX, com o surgimento do Estado Social, que veio substituir o Estado Liberal, prevalente nos séculos XVIII e XIX, o Direito Administrativo ganha um impulso extraordinário, pela necessidade de conferir ao Estado poderes até então inexistentes, tornando-se definitivamente um ramo próprio do direito, com regras sistematizadas, com princípios próprios e com uma hermenêutica própria. 1.2) OBJETO E CONCEITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO O Direito Administrativo disciplina as relações entre os diversos entes e órgãos estatais, assim como a relação destes com os particulares, sempre buscando a realização do interesse público. Na relação com os particulares, o Estado sempre terá prerrogativas, posto que sempre busca a realização do interesse público e, muitas vezes, para realizá-lo, terá que restringir a esfera individual dos particulares. Ex.: multa de trânsito aplicada em decorrência do poder de polícia do Estado, fechamento de estabelecimentos comerciais que desobedecem as normas sanitárias, concessão de licenças para construir, desapropriação, dentre outras. Hely Lopes Meireles afirma que o Direito Administrativo Brasileiro “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”(Direito Administrativo Brasileiro, 28ª ed., São Paulo: Editora Malheiros, 2003, p. 38). Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que: Direito Administrativo é “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 2 OS: 0124/9/16-Gil pública.” (Direito Administrativo, 19º ed, São Paulo: Editora Atlas, 2006, p. 66). José dos Santos Carvalho Filho afirma que o Direito Administrativo é “o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir.” (Manual de Direito Administrativo, 15ª ed., Rio de Janeiro: Lúmen Júris Editora, 2006, p. 07). Celso Antônio Bandeira de Mello define o Direito Administrativo como “o ramo do direito público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exercem.” (Curso de Direito Administrativo, 20ª ed., São Paulo, Editora Malheiros, 2006, p. 37). Pode-se conceituar o Direito Administrativo como o ramo do direito público que disciplina o conjunto de regras e princípios jurídicos, visando a realização do interesse público, aplicáveis às relações entre os diversos órgãos e entes estatais com os particulares e a coletividade em geral. 1.3) FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO A Constituição Federal apresenta-se como a fonte primordial do Direito Administrativo, porque nela estão disciplinadas as principais regras e princípios que estruturam e disciplinam o Estado. A Lei aparece como uma das principais fontes, posto que no Direito Administrativo o Princípio da Legalidade tem uma presença muito forte, na medida em que o agente público só pode fazer aquilo que a lei previamente lhe autoriza que o faça. A doutrina, a jurisprudência e os costumes diários são outras fontes do Direito Administrativo na aplicação e interpretação dos diversos atos praticados pelo Estado, exercendoa função administrativa. 1.4) A EXPRESSÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A expressão Administração Pública é usada pela doutrina administrativa em dois sentidos básicos: um, subjetivo, formal ou orgânico e o outro, material, objetivo ou funcional. Na acepção subjetiva, compreende todos os órgãos e entes que integram a Administração Pública, ou seja, corresponde a toda a estrutura administrativa do estado, englobando autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios públicos, além dos diversos órgãos que integram o Estado e na acepção objetiva compreende a própria atividade administrativa, ou seja, a própria função administrativa, compreendendo a prática dos atos administrativos. 1.5) FEDERAÇÃO A Teoria Geral do Estado costuma classificar o Estado de diversas formas. Uma das classificações (forma de Estado) subdivide o Estado em Estados Unitários ou Federativos, difereciando-se basicamente pela centralização ou não do poder estatal. No Estado Federativo, o poder não está centralizado numa única instância, mas, sim, em várias esferas de poder. No Brasil, integram a Federação a União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 18 da Constituição Federal). No Estado Unitário, o poder está centralizado numa única instância de governo. Os Estados que têm uma grande dimensão territorial geralmente são estados federativos. Os entes integrantes da Federação possuem eleições próprias, competência administrativa própria para a prestação de serviços públicos, autonomia administrativa e competência tributária própria, dentre outras características, o que demonstra a autonomia de tais entes. No Brasil, o princípio federativo está inserido no rol de cláusulas pétreas, previsto no art. 60, paraágrafo 4º da Constituição Federal. 1.6) SEPARAÇÃO DOS PODERES A Separação dos Poderes, prevista expressamente no art. 2º da Constituição Federal, representa uma das maiores contribuições da Revolução Francesa no final do século XVIII. Implica na limitação dos poderes estatais, entregando-se a órgãos distintos as três principais funções estatais de administrar, julgar e legislar. O gênio político francês de Montesquieu sistematizou esta teoria no famoso livro: “O espírito das Leis”. Esta separação absoluta, que prevaleceu inicialmente, não existe mais, posto que, atualmente, fala-se mais em separação de funções, entregando-se a órgãos diferentes funções distintas. No entanto, estes mesmos órgãos, além das funções que lhes são próprias (funções típicas), exercem funções de outros órgãos (funções atípicas), ou seja, o Poder Judiciário, essencialmente julga, mas também exerce funções de outros poderes, quando expressamente autorizado pelo texto constitucional. Desta forma, a função administrativa não é exclusiva do Poder Executivo. Os outros poderes (Judiciário e Legislativo) também exercem função administrativa. Quando um Tribunal de Justiça promove um juiz de uma comarca para outra, pratica ato administrativo, e, não, função jurisdicional. Quando a Câmara dos Deputados realiza uma licitação pratica inúmeros atos administrativos. O exercício de funções administrativas pelos Poderes Legislativo e Judiciário é essencial para que preservem maior independência no exercício de suas funções típicas de legislar e de julgar. Sendo assim, não se deve restringir a função administrativa apenas ao Poder Executivo, posto que os Poderes Legislativo e Judiciário também exercem função administrativa. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 3 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2.1) ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL As modernas Constituições dos países ocidentais, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, período em que a legalidade estrita serviu de esteio a um dos piores períodos da história do homem ocidental, em que inúmeros absurdos foram praticados sob o argumento de cumprimento à lei, passaram a consagrar a existência de direitos que seriam fundamentais à pessoa humana, introduzindo-os em seus textos. Afasta-se assim de um apego formal e “cego” à lei, para a consagração de uma pauta mínima de direitos fundamentais, que não podem jamais ser afastados, sob a alegativa de obediência à lei, posto que, estas é que devem obediência àqueles. Os direitos fundamentais é que condicionam todo o ordenamento jurídico. É corrente hoje na moderna teoria do Direito Constitucional a distinção entre normas que são regras e normas que são princípios, distinção esta brilhantemente realizada por Ronald Dworkin e Robert Alexy. Desta forma, os princípios jurídicos foram “normatizados”, sendo uma das espécies de norma, ao lado das regras, que antes eram confundidas com o próprio conceito de norma. Hodiernamente, nada mais são do que uma de suas espécies. Os modernos textos constitucionais, de forma crescente, consagram uma grande quantidade de princípios em seus textos, positivando-os, princípios estes consagradores de direitos fundamentais. Assim nos ensina Paulo Bonavides1, ao comentar a evolução histórica da juridicidade dos princípios: “A terceira fase, enfim, é a do pós-positivismo, que corresponde aos grandes momentos constituintes das últimas décadas deste século. As novas Constituições promulgadas acentuam a hegemonia axiológica dos princípios, convertidos em pedestal normativo sobre o qual assenta todo o edifício jurídico dos novos sistemas constitucionais”. Referidos princípios previstos no texto constitucional, sendo a nossa Constituição um exemplo da consagração de tais princípios, servem de fundamento a todo o ordenamento jurídico, prevalecendo, em caso de confronto, sobre as regras. É importante ressaltar a distinção entre as espécies de normas (princípios e regras), para melhor entender a sua natureza e, consequentemente, dar-lhes a melhor e mais efetiva aplicação, diante das respectivas situações fáticas. Enquanto as regras são dotadas de um caráter “bem fechado”, com um grande grau de especificidade, os princípios são dotados de um alto grau de generalidade, 1 BONAVIDES, Paulo, Curso de Direito Constitucional, 8ª ed., São Paulo : Malheiros, p. 237 falando a doutrina em normas de tipo fechado (regras) e normas de tipos abertos (princípios). Esclarecendo tal diferenciação, assinala o prof. Willis Santiago Guerra Filho2 que; “uma das características dos princípios jurídicos que melhor os distinguem das normas que são regras é sua maior abstração, na medida em que não se reportam, ainda que hipoteticamente, a nenhuma espécie de situação fática, que dê suporte à incidência de norma jurídica. A ordem jurídica, então, enquanto conjunto de regras e princípios, pode continuar a ser concebida, à la KELSEN, como formada por normas que se situam em distintos patamares, conforme o seu maior ou menor grau de abstração ou concreção, em um ordenamento jurídico de estrutura escalonada (Stufenbau). No patamar mais inferior, com o maior grau de concreção, estariam aquelas normas ditas individuais, como a sentença, que incidem sobre situação jurídica determinada, à qual se reporta a decisão judicial. O grau de abstração vai então crescendo até o ponto em que não se tem mais regras, e sim, princípios, dentre os quais, contudo, se pode distinguir aqueles que se situam em diferentes níveis de abstração”. Em suma, pode-se diferenciar tais espécies, pelo diferente grau de abstração, maior, nos princípios, e menor, nas regras. A nossaConstituição traz a previsão de inúmeros princípios jurídicos, que em muitas ocasiões, colidem com outros princípios constitucionais. Em outras ocasiões, há a colisão de duas regras, ou ainda, a colisão entre uma regra e um princípio. A solução para referidas situações de conflito permite uma melhor diferenciação das normas, em relação aos princípios. Quando uma regra colide com um princípio, é inquestionável, como afirmado anteriormente, que este prevalece sobre aquela, posto que as regras encontram seus fundamentos nos princípios, que estão na base do ordenamento jurídico. O conflito entre duas regras, resolve- se pelo aniquilamento de uma delas, aplicando-se a outra, ou seja, uma das regras é afastada pela perda de validade, reputando-se a outra como válida. Helenilson Cunha Pontes3 nos ensina que “duas regras jurídicas em oposição, diante de um caso concreto, consubstanciam um conflito de regras. Os conflitos entre regras jurídicas resumem-se a uma questão de validade, isto é, quando para uma mesma situação de fato, duas regras aparecem para o intérprete como igualmente aptas à regulação do caso, a escolha de uma levará necessariamente à declaração de invalidade da outra, mediante a aplicação de outras regras (de interpretação) tais como lex posterior derrogat legi priori ou lex specialis derrogat legi generali. O fundamental é que o conflito entre regras reduz-se a uma questão de validade.” Trata-se da aplicação das regras clássicas de soluções de antinomias (hierarquia, especialidade e critério temporal). 2 GUERRA FILHO, Willis Santiago, Processo Constitucional e Direitos Fundamentais, 1ª ed., São Paulo : Celso Bastos Editor, pp. 52-53 3 PONTES, Helenilson Cunha, O Princípio da Proporcionalidade e o Direito Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, pp 33-34 User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 4 OS: 0124/9/16-Gil Tratando-se de conflitos entre princípios, a solução é bem distinta, abandonando-se todos os métodos clássico-liberais de solução de antinomias, tais como a subsunção ou o método silogístico. Considerando a natureza do princípio de grande generalidade, não referindo-se a um caso específico, é comum, que diante de um caso concreto, dois ou mais princípios colidam. Neste caso, sempre diante do caso concreto a ser solucionado, prevalece um princípio em relação ao outro, sem, no entanto, este ser anulado. Apenas, diante daquela situação fática prevalece um determinado princípio, sem prejuízo de, em outra situação, mudadas as condições e ocorrendo semelhante conflito, prevaleça o outro princípio que fora afastado. Continuando em seu livro, Helenilson Cunha Pontes4 ensina que: “A oposição entre princípios, por outro lado, consiste em uma colisão de princípios. As colisões entre princípios jurídicos resolvem-se segundo uma técnica de composição, em que um dos princípios deve ceder diante do outro sem que, por isso, o princípio que teve a sua aplicação afastada tenha que perder a sua validade. A precedência de um princípio em relação a outro deve ser aferida sempre diante das circunstâncias do caso concreto e do respectivo peso que cada um dos princípios assume diante dessas circunstâncias. A dimensão de peso inerente aos princípios jurídicos permite que as colisões entre eles resolvam-se segundo uma ponderação dos pesos dos princípios colidentes, sem que o princípio afastado perca a sua dimensão de validade.” No mesmo sentido, a lição de Marciano Seabra de Godoi5: “as colisões de princípios devem ser solucionadas de maneira totalmente diversa. Quando dois princípios entram em colisão, um deles deve ceder ao outro. Mas isto não significa declarar inválido o princípio que deu lugar a outro nem que naquele deva ser introduzida uma cláusula de exceção. O que ocorre é que, sob certas circunstâncias, um dos princípios precede ao outro, e sob outras circunstâncias a questão da precedência poderia ser solucionada de maneira inversa. Isto é o que se quer dizer quando se afirma que nos casos concretos os princípios têm pesos diferentes e que prima o princípio de maior peso. Aqui a argumentação de Alexy é idêntica à de Dworkin.” É inquestionável, por conseguinte, que a solução das colisões de princípios só pode ser feita à luz do caso concreto. Inexiste a solução pré-determinada de caráter abstrato, simplesmente verificando se aquela situação fática adequa-se à hipótese abstrata prevista pelo legislador. Hoje, diante da possibilidade de colisão entre dois mais princípios previstos no texto constitucional, a solução mais próxima do ideal de justiça, perseguido por todos, obriga a uma análise do caso concreto. Em face disso, afirma o Prof. Willis Santiago Guerra Filho6 que: “o traço distintivo entre regras e princípios por último referida 4 In ob. cit. p. 34 5 GODOI, Marciano Seabra de, Justiça, Igualdade e Direito Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, p. 119 6 In ob. cit. p. 45 aponta para uma característica desses que é de se destacar: sua relatividade”. Ressalte-se ainda que, além dos princípios expressamente previstos no texto constitucional, existem princípios implícitos, que resultam da própria estrutura do texto constitucional, da opção política feito pelo legislador, bem como do disposto no art. 5º, par. 2º do texto constitucional de 1988 segundo o qual: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. É importante destacar a possibilidade de colisão entre princípios explícitos e implícitos, que são resolvidos semelhantemente à colisão entre princípios expressos. 2.2) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE A solução para a colisão entre princípios previstos no texto constitucional deve ser feita de forma, segundo a situação fática a ser solucionada, a dar prevalência a um princípio, afetando o mínimo possível o outro princípio colidente, ou seja, o princípio que “cede” em face do outro deve ser desrespeitado somente no que for necessário para a solução do caso concreto. Sintetizando a importância desse princípio, nos ensina Willis Guerra Filho7 que: “para resolver o grande dilema da interpretação constitucional, representado pelo conflito entre princípios constitucionais, aos quais se deve igual obediência, por ser a mesma a posição que ocupam na hierarquia normativa, se preconiza o recurso a um ‘princípio dos princípios’, o princípio da proporcionalidade, que determina a busca de uma ‘solução de compromisso’, na qual se respeita mais, em determinada situação, um dos princípios em conflito, procurando desrespeitar o mínimo ao(s) outro(s), e jamais lhe(s) faltando minimamente com o respeito, isto é, ferindo-lhe seu ‘núcleo essencial’. Esse princípio, embora não esteja explicitado de forma individualizada em nosso ordenamento jurídico, é uma exigência inafastável da própria fórmula política adotada por nosso constituinte, a do ‘Estado Democrático de Direito’, pois sem a sua utilização não se concebe como bem realizar o mandamento básico dessa fórmula, de respeito simultâneo dos interesses individuais, coletivos e públicos.” Desta forma, o princípio da proporcionalidade é indispensável à correta interpretação constitucional que privilegia um princípio, desrespeitando o mínimo possível o princípio colidente, procurando não afetar o seu “núcleo essencial”.É corrente na doutrina a consideração de três aspectos do princípio da proporcionalidade, aspectos estes que foram sendo desenvolvidos pela jurisprudência da Corte Constitucional Alemã, quais sejam: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. Pela adequação, 7 In. ob. cit., p. 59 DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 5 OS: 0124/9/16-Gil exige-se que o meio utilizado seja adequado para o alcance do objetivo visado, apto à realização do fim colimado. A necessidade, por sua vez, implica na adoção do meio mais suave, ou seja, se para a solução de uma colisão de princípios, existem vários meios, deve-se buscar aquele que menor ofensa causar ao(s) outro(s) princípio(s). A proporcionalidade em sentido estrito é o núcleo do princípio da proporcionalidade, significando a relação entre o meio utilizado e o objetivo colimado, ou seja, se o fim alcançado supera o prejuízo causado a outros interesses igualmente protegidos. 2.3) DIREITO CONSTITUCIONAL x DIREITO ADMINISTRATIVO O Direito Constitucional, que tem por objeto principal o estudo da Constituição Federal, funciona como um “vetor” na interpretação da legislação infraconstitucional. As normas legais devem estar de acordo com o texto constitucional. Quanto ao Direito Administrativo, ramo do direito público por excelência, qualquer aplicação de suas normas deve levar em consideração o que encontra-se previsto na Constituição, que atualmente (CF de 1988), consagra um capítulo inteiro à Administração Pública (Capítulo VII). 2.4) ESTADO – CONCEITO - ELEMENTOS Conceituar Estado é uma das mais difíceis tarefas do Direito Constitucional e da Teoria Geral do Estado. No entanto, respaldado na teoria do Contrato Social de Rousseau, pode- se afirmar, que as pessoas resolveram abdicar um pouco da sua liberdade, para poder viver em sociedade sob o governo de uma determinada entidade, que, conhecemos, hodiernamente como Estado. 2.5) PODERES DO ESTADO As revoluções liberais do final do século XVIII, capitaneadas pela Revolução Francesa, praticamente estruturaram o Estado Moderno, que hoje, encontra-se presente em praticamente todos os Estados ocidentais. Entre as suas principais contribuições, a separação de poderes constitui uma das mais importantes. Imaginavam os teóricos que o poder de legislar, julgar e administrar não podia continuar concentrado nas mãos de uma só pessoa. Montesquieu, em seu famoso livro: “O Espírito das Leis”, sistematizou a separação dos poderes. Prevista no art. 2º da Constituição Federal Brasileira de 1988 e elencada como cláusula pétrea em seu art. 60, § 4º , a Separação de Poderes, atualmente, não é mais vista como uma separação absoluta. Quando se refere ao Poder Judiciário, por exemplo, não significa que o Poder Judiciário só julgue. A sua função principal é julgar, aplicando a Constituição e a lei ao caso concreto, porém, ele também tem algumas funções legislativas, como o envio do projeto de lei, referente ao Estatuto da Magistratura, ao Congresso Nacional, de iniciativa exclusiva do Supremo Tribunal Federal, bem como algumas funções administrativas, como a administração dos seus próprios servidores. Assim também ocorre em relação ao Poder Legislativo, cuja função principal é legislar, porém, excepcionalmente ele julga (Ex.: Julgamento do ex-presidente Collor por crime de responsabilidade pelo Senado Federal) e também administra suas próprias casas. Desta forma o Direito Administrativo estuda também os atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário e Legislativo, além da atividade do Poder Executivo, essencialmente administrativa. 2.5) PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA E DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que estes dois princípios norteiam toda a atividade administrativa, decorrendo os demais princípios dos mesmos. Segundo ele, referidos princípios caracterizam o regime jurídico-administrativo. É o interesse público superior ao interesse privado e, conseqüentemente, supremo e indisponível, ou seja, o administrador não tem o poder de disponibilizar referido interesse público, consistindo sua obrigação a sua preservação. O Estado pode compulsoriamente condicionar o interesse privado à satisfação do interesse público. A esfera individual, antes intocável, no auge do Liberalismo, pode ser limitada em prol do interesse público. Pode-se afirmar que referido princípio está implícito no ordenamento jurídico, sendo inerente à própria sociedade. Como afirma o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello: “O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral de Direito inerente a qualquer sociedade. É a própria condição de sua existência. Assim, não se radica em dispositivo específico algum da Constituição, ainda que inúmeros aludam ou impliquem manifestações concretas dele, como, por exemplo, os princípios da função social da propriedade, da defesa do consumidor ou do meio ambiente (art, 170, III, V e VI), ou tantos outros. Afinal, o princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio social”. (IN Curso de Direito Administrativo, 13ª ed., Edit. Malheiros, p. 67/68). Em relação ao princípio da indisponibilidade do interesse público, é importante ressaltar que o administrador público exerce um encargo público, um “munus” público, administra em nome e em favor do povo, verdadeiro titular do patrimônio público. Desta forma, ele não tem disponibilidade em relação ao patrimônio público. Deverá administrá-lo em conformidade com a lei e, não, segundo sua vontade, como acontece em relação aos administradores privados. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 6 OS: 0124/9/16-Gil 2.6) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Sendo o povo o titular do poder, o seu representante (administrador público) não tem a liberdade para agir, segundo sua vontade. A sua atuação deve ser previamente precedida de uma lei, posto que em última instância, é o povo que legisla, através de seus representantes. É o Direito Administrativo um ramo do direito onde a legalidade é estrita, ou seja, qualquer atividade do administrador deve ser precedida de uma prévia autorização legal. É o princípio da legalidade que melhor caracteriza o Estado de Direito, ou seja, um Estado disciplinado por normas jurídicas, normas estas que se impõem ao próprio Estado. A competência administrativa deve ser previamente estabelecida para a prática de quaisquer atos administrativos. 2.7) PRINCÍPIO DA FINALIDADE E DA IMPESSOALIDADE O administrador público deve ser impessoal, não beneficiando ninguém, mas contratando, por exemplo, servidores, através de concurso público, independentemente de quem sejam “os candidatos”. A impessoalidade está intimamente ligada à legalidade, posto que a atividade do administrador, sendo pautada na legalidade, não pode beneficiar ou prejudicar ninguém. Contrata o administrador, por exemplo, um particular, mediante uma prévia licitação, como determina a Constituição Federal no seu art. 37, XXI. A finalidade pública deve sempre ser o escopo do administrador. Ainda que o Estado esteja realizando atividades econômicas (art. 173 da Constituição Federal),busca realizar o interesse público, posto que a atuação na esfera econômica só pode ocorrer por razões relevantes de interesse coletivo ou por razões de segurança nacional. 2.8) PRINCÍPIO DA MORALIDADE Hoje, o legislador constituinte originário elenca várias exigências morais, que devem ser observadas pelo legislador e pelo administrador. Apesar da dificuldade de definir o que seja moral, sabe-se qual situação fática está de acordo com a moral ou não. Não basta ser legal, tem que ser moral também. A moralidade funciona como um vetor que deve nortear a atuação e a interpretação do administrador público. A Constituição Federal não se limita a colocar o princípio da Moralidade como um princípio a ser realizado pela Administração Pública. Assegura instrumentos processuais para a efetivação do princípio, tais como a Ação Popular (art. 5º , LXXIII da CF) e a Ação de Improbidade Administrativa (art. 37, parágrafo 4º da CF), que visam a punição de agentes ímprobos e a anulação de atos administrativos ilegais. 2.9) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Os atos administrativos devem ser publicados em órgão oficial do ente estatal, até para facilitar o controle por parte do povo. A publicidade é indispensável para garantir a todos o acesso aos atos administrativos que nos interessam, bem como para permitir o controle sobre os atos estatais. 2.10) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA O Poder Constituinte Derivado elevou este princípio a um nível constitucional. Consagrado pela legislação infraconstitucional, encontra-se o mesmo previsto de forma expressa na Constituição no “caput” do art. 37. A emenda constitucional n. 19/98 conferiu a este princípio uma posição de destaque em nosso ordenamento jurídico- constitucional. Inicia-se um terceiro estágio de nossa Administração Pública. Após a Administração Pública Patrimonialista e, posteriormente, Burocrática, nasce o Estado Gerencial. Deve-se ressaltar, no entanto, que, como todo princípio, não tem o mesmo caráter absoluto, posto que, não é possível, afastar a legalidade, sob o argumento de dar maior eficiência à Administração Pública. As etapas legais de um procedimento administrativo, como a licitação, por exemplo, não podem ser afastadas. Deve-se buscar uma forma de realizar a eficiência sem subverter outros princípios administrativos. 2.11) PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO Os atos administrativos devem ser justificados. O administrador deve sempre motivá-los. A exigência da motivação funciona como instrumento de controle em relação às atividades do administrador. Devidamente motivado, o povo, titular do patrimônio público, consegue identificar as razões que levaram o administrador público a praticar determinado ato administrativo. O art. 50 da lei n. 9784/99 elenca os atos que devem ser motivados. 2.12) PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL Cuida-se de princípios semelhantes aos que são exigidos em processos judiciais, podendo a parte opor-se ao que é afirmado sobre ela (princípio do contraditório), utilizando- se de todos os meios de prova para defender-se (princípio da ampla defesa) em processos administrativos. O devido processo legal é decorrência lógica dos princípios da segurança jurídica e da legalidade. 2.13) PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO PODER JUDICIÁRIO. Em nosso sistema, nada foge ao controle do Poder Judiciário (art.5º, XXXV, CF). Nenhuma jurisdição DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 7 OS: 0124/9/16-Gil administrativa pode, pela Lei Maior, dar a palavra final. Inexiste a “coisa julgada administrativa” para o administrado, que mesmo diante de decisões desfavoráveis na esfera administrativa, pode socorrer-se do Poder Judiciário, para modificar as decisões administrativas. Referido princípio, também chamado de princípio da jurisdição única, implica na não necessidade de prévio esgotamento da instância administrativa, como requisito para a propositura de uma ação judicial. O administrado, como regra, pode propor uma ação judicial sem a necessidade de, previamente, esgotar a via administrativa. 2.14) PRINCÍPIO DA ISONOMIA A exigência de um tratamento igual de pessoas que se encontram em situação igual é uma das grandes preocupações do legislador constituinte de 1988. Em inúmeros artigos, há uma referência a este princípio. É importante ressaltar, no entanto, que a Isonomia, atualmente, é vista como um tratamento igual de pessoas que se encontrem em situação igual e, desigual, de quem se encontre em situação desigual. O critério que diferencia, no entanto, deve ser um critério razoável, cujo tratamento diferenciado seja exigido, como meio à realização da justiça. 2.15) PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO Este princípio decorre diretamente do Estado de Direito. Em um Estado regido por normas jurídicas, estas obrigam-no também, ou seja, se eventualmente, na realização de suas atividades, causa o Estado prejuízo a um terceiro, deve ser responsabilizado, patrimonialmente, pelos seus atos (art. 37, parágrafo 6º da CF). 2.16) PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS A presunção de legitimidade dos atos administrativos é decorrência lógica do princípio da legalidade. O administrador só pode agir, quando previamente autorizado por lei. Desta forma, sua conduta é presumivelmente legal. Presunção esta que não é absoluta, podendo ser afastada por prova em contrário do administrado que, eventualmente, seja prejudicado com as atividades da Administração Pública. 2.17) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO Os bens que são afetados à prestação do serviço público são impenhoráveis em razão deste princípio, posto que, o interesse público não pode sucumbir perante os interesses privados de eventuais credores individuais. O serviço público não pode ser afetado. Os bens indispensáveis à sua prestação são intocáveis, existindo outros meios, como o precatório judicial, para satisfazer os interesses individuais em face do Estado. Outros princípios norteiam a atividade do Poder Judiciário e do Administrador, quando da aplicação da lei administrativa. Pode-se elencar outros, além dos já citados, tais como: da Proporcionalidade, da Razoabilidade, da Segurança Jurídica, da Tutela, da Autotutela, da Especialidade e da Hierarquia. ESQUEMAS DE SALA DE AULA 1. Conceito e Fontes do Direito Administrativo NOÇÕES PRELIMINARES FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA PODER EXECUTIVO ADMINISTRAR ART. 62, CF. Lei infranconstitucional* PODER LEGISLATIVO LEGISLAR E FISCALIZAR ART. 52, CF ART. 37, XXI, CF PODER JUDICIÁRIO JULGAR ART 96,I, a. CF ART 96,I, f. CF - CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da Administração Pública. ESTADO POVO TERRITÓRIO GOVERNO DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 8 OS: 0124/9/16-Gil FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO LEI É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a Constituição até os regulamentosexecutivos**. DOUTRINA É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e não contenciosas. JURISPRUDÊNCIA É fonte secundária do direito administrativo; Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo. COSTUMES É fonte secundária do direito administrativo; Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a lei, ou atua como elemento informativo da doutrina. * Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar. ** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: - A expressão Administração Pública, em sentido formal, subjetivo ou orgânico, compreende os agentes públicos, os órgãos integrantes da Administração Direta e as entidades componentes da Administração Indireta. - Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas atividades finalísticas exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. EM SENTIDO SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL ENTIDADES ÓRGÃOS AGENTES - SERVIÇO PÚBLICO - POLÍCIA ADMINISTRATIVA - FOMENTO -INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE NO DOM. ECONOM. User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 9 OS: 0124/9/16-Gil ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA(EM SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA –ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ENTIDADES ÓRGÃOS POLÍTICAS ADMINISTRATIVAS - SERVIÇO PÚBLICO - POLÍCIA ADMINISTRATIVA - FOMENTO - INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE NO DOMÍNIO ECONÔMICO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA UNIÃO ESTADOS E DF* MUNICÍPIOS AGENTES PÚBLICOS UNIÃO ESTADO, DF MUNICÍPIO AUTARQUIA FUND. PUB. SOC.ECON.MISTA EMP. PÚBLICA EXEC- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA LEG- SENADO E CAM. DOS DEPUTADOS JUD- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. DPU TCU EXEC- GOVERNADORIA DO ESTADO LEG- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA MPE- PROCURADORIA DE JUSTIÇA DPE TCE (OBS.: EM 4 ESTADOS DO PAÍS(CE, PA, BA E GO) EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNIPIOS- QUE É ÓRGAO ESTADUAL. EXEC- PREFEITURA LEG- CAMARA MUNICIPAL (OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. INDIRETA AUTARQUIA FUNDAÇÃO PUBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA EMPRESA PÚBLICA User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 10 OS: 0124/9/16-Gil ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO -ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc. * DF tem estrutura anômala (que é estudada em Direito Constitucional). 2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo. Ex: fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de bens, interdição de estabelecimentos etc. 3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, entre outros instrumentos de estímulo. 4) INTERVENÇÃO: 4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS CENTRALIZADA OUTORGA AUTARQUIAS FUND. PÚB SOC. ECON. MISTA EMP. PÚBLICA DELEGAÇÃO CONCESSIONÁRIAS PERMISSIONÁRIAS AUTORIZATÁRIAS DESCENTRALIZADA User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 11 OS: 0124/9/16-Gil 4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- consiste na regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada e na atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais, por meio de empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 12 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 3 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3.1) ÁREAS DE ATUAÇÃO ESTATAL A Constituição Federal, em seus dispositivos, admite a possibilidade do Estado prestar serviços públicos (art. 175 da Constituição Federal) ou exercer atividades econômicas (art. 173 da Constituição Federal). A prestação de serviços públicos, evidentemente, consiste a área de atuação própria do Estado, posto que a organização estatal existe essencialmente para a realização do interesse público, finalidade esta que é atingida também pelo fornecimento de serviços públicos aos administrados. O exercício de atividades econômicas ocorrerá de forma excepcional, posto que em países capitalistas, a esfera econômica deve ser exercida essencialmente pelos particulares. A própria Constituição Federal exige, em seu art.173, relevante interesse coletivo ou razões de segurança nacional, que justifiquem a atuação estatal na economia. A prestação de serviços públicos poderá ser feita de forma centralizada através dos órgãos públicos, despersonalizados, bem como de forma descentralizada, transferindo a execução dos serviços públicos aos entes de administração pública indireta (art. 37, XIX, CF e art. 241, CF) ou aos particulares (concessionários e permissionários de serviços públicos). Os concessionários de serviços públicos não integram o estado, ou seja, o fato de prestarem serviços públicos não os colocam como ente da administração pública indireta, razão pela qual continuam regidos por normas de direito privado na sua organização, aplicando-se, no entanto, normas públicas quanto ao objeto (prestação de serviços públicos), tais como: licitação para transferir a execução de serviço público, fixação da tarifa cobrada, controle do serviço público pelas agências reguladoras. Cuida-se de aplicação de legislação privada e pública, regendo-se por este regime misto. Na esfera econômica, o estado atua através de empresas públicas e sociedades de economia mista, posto que a Constituição Federal expressamente admite no art. 173, § 1º, inciso II, a flexibilização do regime público a estas empresas que atuam na economia, determinado a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas em relação às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. A atuação na esfera econômica só é possível, com a flexibilização do regime público. No entanto, é fundamental ressaltar que estas empresas não estão sujeitas a um regime exclusivamente privado. O próprio dispositivo constitucional supra citado determina a aplicação da licitação a estas empresas (art. 173, § 1º, inciso III, CF). Estas empresas também são obrigadas a realizar concurso público (art. 37, inciso II, CF) e o Tribunal de Contas da União exerce fiscalização sobre as suas contas (arts. 70 e 71, incisos II e III, CF). Estas empresas estão sujeitas a um regime híbrido (público e privado). Organizam-se segundo regras públicas (concurso público, licitação, controle pelos Tribunais de Contas), aplicando-se, no entanto, regras privadas quanto ao objeto econômico (art. 173, inciso II, CF) 3.2) ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ESTATAL A organização interna da Administração Pública constitui um dos principais objetos de estudo do Direito Administrativo. Estabelecendo a Constituição a base da organização do estado, preocupa-se o Direito Administrativo com a organização e funcionamento diário dos componentes do estado. A administração pública divide-se em administração pública direta e indireta. A administração pública direta é formada pelos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e seus respectivos órgãos públicos. A administração pública indireta, por sua vez, é composta por entes dotados de personalidade jurídica, quais sejam: autarquia, fundação, empresa pública e sociedade de economia mista (art. 37, XIX, CF), além dos consórcios públicos, com personalidade jurídica de direito público (art. 241, CF e Lei n. 11107/05). Os órgãos públicos caracterizam-se pela inexistência de personalidade jurídica própria. São despersonalizados e subordinados ao ente central, ou seja, os órgãos públicos são disciplinados de forma hierarquizada. Atualmente, entende-se que o órgão integra o próprio ente estatal (Teoria do Órgão). A Teoria do Órgão prevalece, superando as teorias do Mandato ou da Representação. A União Federal é a soma de seus órgãos públicos. Fala-se em desconcentração administrativa quando ocorre a criação de órgãos públicos. Os órgãos são dispostos de forma hierárquica (Órgão Independente, Autônomo, Superior e Subalterno). Os entes da administração indireta, dotados de personalidade jurídica própria, não são subordinados ao ente central. São vinculados ao ente federativo. A relação entre eles não é de subordinação, mas, de coordenação. O controle feito pelo ente central liga-se ao cumprimento das finalidades que justificaram a criação do respectivo ente (controle finalístico ou princípio da Tutela). A autarquia, pessoa jurídica de direito público, apresenta-se como o ente mais próximo do ente central. Goza das mesmas prerrogativas dos entes federativos. Seus atos são atos administrativos e, conseqüentemente, são presumivelmente legais; os prazos processuais são diferenciados (art. 188 do Código de Processo Civil); são beneficiadas pela imunidade recíproca (art. 150, VI, a c/c art. 150, § 2º, CF), bem como sujeição ao pagamento de seus débitos através de precatório judicial (art. 100, CF). User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 13 OS: 0124/9/16-Gil O ente autárquico, pessoa distinta do ente central, em função de ser dotado de personalidade jurídica própria, tem patrimônio próprio e é criado para o exercício de funções típicas do Estado. O Decreto-lei 200/67 assim define: autarquia é “o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades da Administração Pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizadas” Criada por lei (art. 37 XIX, CF), está a autarquia sujeita a um regime público, tais como: licitação, concurso público, controle finalístico exercido pelo ente central e controle externo exercido pelos Tribunais de Contas. São exemplos de autarquias: o INSS, o IBAMA, o Banco Central, o DNOCS, as Agências Reguladoras, dentre outras. Existem algumas autarquias que sujeitam-se a um regime especial, ou seja, mesmo sujeitas ao regime jurídico próprio das autarquias, gozam de algumas prerrogativas, aplicando- se às mesmas regras específicas, que, geralmente, lhes conferem maiores prerrogativas, tais como o processo de escolha dos seus dirigentes, como ocorre com o Banco Central, a Universidade Federal do Ceará (UFC), chamadas de “autarquias sujeitas a um regime especial”, a estabilidade maior dos seus dirigentes. Nesse grupo de autarquias, podem ser incluídas as Agências Reguladoras. Em função da opção dos últimos governos de delegar a prestação de serviços públicos a particulares (concessão e permissão de serviços públicos), surge a necessidade de descentralizar o gerenciamento dessa nova forma de prestação dos serviços públicos, feita por particulares. A agência Reguladora resulta da descentralização do estado, posto que as atividades de fiscalização, administração, licitação e regulação dos serviços públicos executados por particulares são transferidas do estado para a agência reguladora. A função dessas agências alcança hoje até mesmo o exercício de atividades econômicas. Embora não exista lei alguma disciplinando de forma uniforme referidas agências, posto que cada uma delas foi criada por uma lei específica, são organizadas sob a forma de autarquias. Podem ser citadas como exemplos a ANEEL (Lei 9472/97), a ANATEL (Lei 9472/97), a ANP (Lei 9478/97). A Lei 9986/00 disciplina algumas normas gerais comuns às agências reguladoras no âmbito federal, assim como a Lei 10871/04. As fundações públicas (Lei nº 7596/87) também integram a administração pública indireta. São criadas para a execução de atividades do ente central. A doutrina administrativa diverge a respeito de sua natureza jurídica, prevalecendo o entendimento de que poderiam ser pessoas jurídicas de direito privado e de direito público. As fundações estatais, juntamentecom as autarquias podem se qualificar como agências executivas, beneficiando-se com a duplicação dos limites de dispensa de licitação, como dispõe o § único do art. 24 da Lei n. 8666/93. As empresas públicas e sociedades de economia mista também integram a Administração Pública Indireta, sendo pessoas jurídicas de Direito Privado, posto que a lei específica apenas autoriza a criação das mesmas (art. 37, XIX, CF), sendo necessário o arquivamento dos seus atos constitutivos para que adquiram personalidade jurídica própria. A diferença entre elas reside basicamente na composição do capital (100% público na empresa pública e misto – público e privado na sociedade de economia mista) e na organização societária, posto que a sociedade de economia mista somente pode organizar-se sob a forma de sociedade anônima e a empresa pública pode organizar-se de outras formas, do ponto de vista societário (S/A, LTDA, etc). A Lei n. 11107/05 disciplina a criação de Consórcios Públicos, que resultam da convergência de interesses dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para a execução de serviços públicos comuns aos mesmos. Referidos consórcios, previstos na Constituição Federal (art. 241, CF) podem ser pessoas jurídicas de direito privado e pessoas jurídicas de direito público, sendo que neste último caso (direito Público) integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados, apresentando-se como um novo ente estatal ao lado de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Os consórcios públicos de direito privado, que para existirem, deverão atender os requisitos da lei civil, não integram a administração pública indireta dos entes consorciados, devendo, no entanto, cumprir regras públicas no que diz respeito aos contratos e licitação, aos concursos públicos e controle de gastos (prestação de contas). Há de se ressaltar que ao lado da administração direta ou centralizada, formada pelos órgãos públicos e da administração indireta, formada pelas entidades estatais, existem as entidades do terceiro setor ou paraestatais. As entidades paraestatais não integram a administração pública. São parceiros do estado na realização do interesse público, atuando em serviços não exclusivos do estado, como saúde e educação. Não são pessoas estatais. Auxiliam o estado, mediante parceria, na consecução do interesse público. Podem ser citados como exemplo os Serviços Sociais Autônomos (SESC, SESI, SENAI, etc.), as Organizações Sociais (Lei nº 9637/98) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Lei nº 9790/99). DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 14 OS: 0124/9/16-Gil ESQUEMAS DE SALA DE AULA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO ANÁLISE DO FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA INDIRETA UNIÃO INSS FUNAI BANCO DO BRASIL CAIXA ECONOMICA FEDERAL DESCENTRALIZAÇÃO: U, E, D.F, M A, F.P, S.E.M, E.P CENTRALIZAÇÃO OCORRE QUANDO O ESTADO EXECUTA SUAS TAREFAS DIRETAMENTE, POR MEIOS DE ÓRGÃOS E AGENTES INTEGRANTES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA. OCORRE QUANDO O ESTADO EXECUTA ALGUMAS DE SUAS ATRIBUIÇÕES POR MEIO DE OUTRAS PESSOAS E NÃO PELA ADMINISTRAÇÃO DIRETA. QUANDO O ESTADO INSTITUI AS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, OCORRE DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA. DESCENTRALIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO OCORRE QUANDO UMA DETERMINADA PESSOA JURÍDICA INTEGRANTE DA ADMISTRAÇÃO PÚBLICA, EXTINGUE ÓRGÃOS ANTES DA SUA ESTRUTURA, REUNINDO EM UM NÚMERO MENOR DE UNIDADES AS RESPECTIVAS COMPETÊNCIAS. DESCONCENTRAÇÃO OCORRE QUANDO UMA DETERMINADA PESSOA JURÍDICA DISTRIBUI COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DE SUA PRÓPRIA ESTRUTURA A FIM DE TORNAR MAIS ÁGIL E EFICIENTE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 15 OS: 0124/9/16-Gil ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS Conceito: são centros de competências, compartimentos internos das entidades, divisões da pessoa jurídica. Características: 1) são criados e extintos por lei; 2) não têm personalidade jurídica; 3) são resultado da desconcentração; 4) expressam a vontade das entidades a que pertencem (União, Estado, DF e Município); 5) não possuem patrimônio próprio. 6) não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram; 7) alguns têm capacidade processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais; DESCONCENTRAÇÃO: Presidência da República Ministério da Fazenda Ministério da Educação Ministério da Saúde Ministério da Justiça ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA UNIÃO Poder Executivo Presidência da República Ministério da Fazenda Delegacia da Receita Federal UNIÃO Setor de Atendimento- CAC User Realce User Texto digitado conceito doutrinárionullnullnullCONCEITO LEGAL (ART 1º PARÁGRAFO 2, I, DA LEI 9784)null- É a unidade de atuação integrante da estrutura da Adm. Direta e da Adm. indiretanull User Realce User Texto digitado CF art 61 $1, I,e User Texto digitado teoria do órgão ou da imputação volitiva. User Linha User Texto digitado o patrimônio não é do órgão é da entidade. User Texto digitado ver. art 131 da CF User Texto digitado independentes e autônomos User Texto digitado características 06 e 07 não caem na minha prova. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 16 OS: 0124/9/16-Gil CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 1) SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES: 2) SEGUNDO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: ORGÃOS (classificação) Quanto à posição Estatal Quanto à Estrutura Quanto à Atuação Funcional In d ep en d en te s A u tô n o m o s S u p er io re s S u b al te rn o s S im p le s C o m p o st o S in g u la r C o le g ia d o Presidência Senado STF Ministérios Secretarias Gabinetes Sec. Gerais Protocolo Portaria Portaria Sec. de Educação Presidência da República Câmara dos Deputados ORGÃOS (classificação) Quanto à posição Estatal Quanto à Estrutura Quanto à Composição In d ep en d en te s A u tô no m o s S u p er io re s S u b al te rn o s S im p le s C o m p o st o S in g u la r C o le ti v o Quanto à sua esfera de ação Centrais Locais User Realce User Texto digitado a UFC e IFCE preferem essa classificação. User Realce User Realce User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 17 OS: 0124/9/16-Gil CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS SEGUNDO HELY LOPES SEGUNDO DI PIETRO 1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL: 1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”. Exemplos: Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc . 1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais”. Ex.: Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc. 1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”. Exemplos: Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc . 1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão; exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc. 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: - ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”. Exemplos: Setor de Protocolo, Portaria etc. - ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias de Município etc. 3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: (SEGUNDO HELY LOPES) - ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que atuam e decidem através de um único agente,”. Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras etc. - ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos aqueles que atuam e decidem pela manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros”. Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais etc. 3) QUANTO À COMPOSIÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO) - ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de uma escola etc. - ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários agentes”. Ex.: Tribunais etc. -- 4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO): - ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições em todo o território de competência (seja nacional, estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios, Secretarias Estaduais ou Municipais etc. - ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte do território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita Federal, Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA CONCEITO: A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES: - São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela de sua capacidade de autoadministração. - Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade política, nos termos e limites da lei. - Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação. - São resultado do fenômeno da descentralização. - Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios. User Retângulo User Realce User Realce User Realce User Texto digitado chefia de um independente ou de um autônomo. User Texto digitado análise de poder de decisão User Texto digitado análise da quantidade de pessoas dentro do órgão. User Realce User Linha User Texto digitado do ente. User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 18 OS: 0124/9/16-Gil ANÁLISE DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS AUTARQUIA FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO PUB (PRIVADO) EMPRESA PUB. E SOC. ECON. MISTA CONCEITO Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, para desenvolver atividades típicas e próprias da Administração. Pessoa jurídica de direito público (entendimento jurisprudencial) ou de direito privado; as fundações são pessoas jurídicas que nascem em razão da existência de um patrimônio vinculado ao cumprimento de uma finalidade: desenvolver atividades com um fim social. Pessoas jurídicas de direito privado, destinadas à atividades econômicas(art. 173, CF) ou prestação de serviços(art. 175, CF) industriais ou comerciais, em que o Estado tenha interesse próprio ou considere convenientes à coletividade. CRIAÇÃO Criada por lei Fund. Pub. (Publico) - criada por lei Fundação Pub (Privado) - autorizada por lei Autorizadas por lei. PERSONALIDADE JURÍDICA Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado RELAÇÃO COM O ENTE POLÍTICO Vinculação (controle finalístico; supervisão ministerial; tutela administrativa) Vinculação (controle finalístico; supervisão ministerial; tutela administrativa) Vinculação (controle finalístico; supervisão ministerial; tutela administrativa) REGIME JURÍDICO Regime Jurídico de Direito Público Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito Público Fundação Pub (Privado)- Regime Híbrido Regime Híbrido RELAÇÃO DE TRABALHO Estatutária (Obs.: o STF suspendeu o uso do regime celetista através da ADI-MC 2135). Fund. Pub. (Publico) – Estatutária. (Obs.: o STF suspendeu o uso do regime celetista através da ADI- MC 2135). Fundação Pub (Privado) – Celetista. Celetista LICITAÇÃO E CONTRATOS Realizados através de LICITAÇÃO Realizados através de LICITAÇÃO Realizados através de LICITAÇÃO CONTROLE EXTERNO Contorle feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas EXEMPLOS UFC, INSS, Conselho Federal de Farmácia (Aut. Reg. Esp), Banco Central (Aut. Reg. Esp.), ARCE, SEMACE, JUCEC, ISSEC, DER, DETRAN, IJF, IPM, AMC, etc. FNS, UECE, UVA, URCA, IBGE, FUNAI etc. Empresas Públicas: Correios, CEF, CASA DA MOEDA,SERPRO, EMBRAPA etc. Soc. Economia Mista: Banco do Brasil S/A, Petrobrás S/A, Cagece S/A, Docas S/A etc. User Realce User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 19 OS: 0124/9/16-Gil DISTINÇÕES ENTRE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA SOC. ECON. MISTA EMP. PÚB FORMA JURÍDICA Devem ter a forma de S/A (sendo reguladas basicamente pela Lei das Soc. por Ações -Lei nº 6.404/76) Podem revestir qualquer das formas admitidas no direito COMPOSIÇÃO DO CAPITAL É obrigatoriamente formado pela conjugação de capital público e privado (e o controle acionário deve ser da Adm. Pública) É integralmente público (ela pode ser unipessoal ou pluripessoal). FORO PROCESSUAL PARA ENTIDADES FEDERAIS Em matéria comum, não foram contempladas com o foro na Justiça Federal. ¹ Em matéria comum, as causas serão contempladas na Justiça Federal. (art. 109, I, CF) 1. Súmulas 508, 517 e 556 do STF. CLASSIFICAÇÃO DE AUTARQUIAS CLASSIFICAÇÃO 1. ORDINÁRIAS OU COMUNS 2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS (COM PERSONALIDADE DE DIR. PÚB) 3. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL ANTIGAS A.R.E AGÊNCIAS REGULADORAS AGÊNCIAS EXECUTIVAS 4. CONSÓRCIOS PÚBLICOS (COM PERSONALIDADE DE DIREITO PUB). 5. TERRITÓRIOS ____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ User Retângulo User Realce User Retângulo User Texto digitado BACEN, Universidades, Conselho de Profissão (exceto OAB) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 20 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 4 – ATOS ADMINISTRATIVOS CONCEITO DE ATO JURÍDICO: é uma manifestação da vontade humana, destinada a produzir efeitos jurídicos. CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO: é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública; é todo o ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos; só pode ser praticado por agente público competente; Logo: Ato jurídico gênero Ato administrativo espécie. Ato administrativo # Fato administrativo. Fato Administrativo: é o acontecimento material da Administração, em cumprimento de um ato administrativo que o determina, que poderá produzir consequências jurídicas. Ex.: a construção de uma ponte, a instalação de um serviço público etc. OBS: Di Pietro traz uma análise diferente entre fato administrativo e fato da administração: 1) FATO ADMINISTRATIVO – ocorre quando o fato descrito na norma legal produz efeitos no campo do direito administrativo. Ex.: morte do servidor tem repercussão jurídica (gera pensão e vacância); 2) FATO DA ADMINISTRAÇÃO- se o fato não produz qualquer efeito jurídico no direito administrativo. Ex.: servidor cai da escada no Ministério da Fazenda e rapidamente se levanta, sendo uma ocorrência dentro da Administração, mas sem repercussões jurídicas. ANÁLISE DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO: REQUISITOS (OU ELEMENTOS) DO ATO ADMINISTRATIVO REQUISITOS (CFFMO) Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. COMPETÊNCIA: é o poder, resultante da lei, que dá ao agente administrativo a capacidade de praticar o ato administrativo; é VINCULADO; É o primeiro requisito de validade do ato administrativo. Inicialmente, é necessário verificar se a Pessoa Jurídica tem atribuição para a prática daquele ato. É preciso saber, em segundo lugar, se o órgão daquela Pessoa Jurídica que praticou o ato, estava investido de atribuições para tanto. Finalmente, é preciso verificar se o agente público que praticou o ato, fê-lo no exercício das atribuições do cargo. O problema da competência, portanto, resolve-se nesses três aspectos. A competência ADMITE DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO. Esses institutos resultam da hierarquia. FINALIDADE: é o bem jurídico objetivado pelo ato administrativo; é vinculado; O ato deve alcançar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competência ao agente para a sua prática. O Administrador não pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE específica. Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que haja relevância social. FORMA: é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; É o revestimento externo do ato; é VINCULADO. Em princípio, exige-se a forma escrita para a prática do ato. Excepcionalmente, admitem-se as ordens através de sinais ou de voz, como são feitas no trânsito. Em alguns casos, a forma é particularizada e exige-se um determinado tipo de forma escrita. MOTIVO: é a situação de fato e a situação de direito que autoriza ou exige a prática do ato administrativo; OBJETO: é o conteúdo do ato; é a própria alteração na ordem jurídica; é aquilo que o ato dispõe. Pode ser VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO. ato vinculado: o objeto já está predeterminado na lei (Ex.: aposentadoria do servidor). ato discricionário:há uma margem de liberdade do Administrador para preencher o conteúdo do ato (Ex.: desapropriação – cabe ao Administrador escolher o bem, de acordo com os interesses da Administração). MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos discricionários, caracterizam o que se denomina de MÉRITO ADMINISTRATIVO.- MÉRITO ADMINISTRATIVO: corresponde à esfera de discricionariedade reservada ao Administrador e, em princípio, não pode o Poder Judiciário pretender substituir a discricionariedade do administrador pela discricionariedade do Juiz. Pode, no entanto, examinar os motivos invocados pelo Administrador para verificar se eles efetivamente existem e se porventura está caracterizado um desvio de finalidade. User Realce User Retângulo User Retângulo User Realce User Retângulo User Realce User Realce User Realce User Realce User Retângulo User Realce User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 21 OS: 0124/9/16-Gil - TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. Se o Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada à efetiva existência desses motivos invocados para a sua prática. motivação obrigatória - ato vinculado pode estar previsto em lei (a autoridade só pode praticar o ato caso ocorra a situação prevista), motivação facultativa - ato discricionário não está previsto em lei (a autoridade tem a liberdade de escolher o motivo em vista do qual editará o ato); REQUISITOS TIPO DO ATO CARACTERÍSTICAS COMPETÊN- CIA Vinculado é O PODER, resultante da lei, que dá ao agente administrativo a capacidade de praticar o ato administrativo. Admite DELEGAÇÃO e AVOCAÇÃO. FINALIDADE Vinculado é o bem jurídico OBJETIVADO pelo ato administrativo; é ao que o ato se compromete; FORMA Vinculado é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; É o revestimento externo do ato. MOTIVO Vinculado ou Discricion ário é a situação de fato e de direito que autoriza ou exige a prática do ato administrativo; OBJETO Vinculado ou Discricion ário é o conteúdo do ato; é a própria alteração na ordem jurídica; é aquilo de que o ato dispõe, trata. ATRIBUTOS E QUALIDADES DO ATO ADMINISTRATIVO (P A I) - DOUTRINA TRADICIONAL (PATI) - DOUTRINA MODERNA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: todo ato administrativo presume-se legítimo, isto é, verdadeiro e conforme o direito; é presunção relativa (juris tantum). Ex.: Execução de Dívida Ativa – cabe ao particular o ônus de provar que não deve ou que o valor está errado. Espécies (segundo Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanela Di Pietro): Presunção de legitimidade: diz respeito à conformidade do ato com a lei. Presunção de veracidade: diz respeito aos fatos. AUTO-EXECUTORIEDADE: é o atributo do ato administrativo pelo qual o Poder Público pode obrigar o administrado a cumprí-lo, independentemente de ordem judicial; não existe em todos os atos, por exemplo, cobrança de uma multa. Ex. : fechamento de um estabelecimento, demolição de um prédio etc. Espécies (segundo Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanela Di Pietro): Exigibilidade: a Administração se utiliza de meios indiretos de coerção, como a multa. Executoriedade: permite à Administração executar diretamente a sua decisão pelo uso da força. IMPERATIVIDADE: é a qualidade pela qual os atos dispõem de força executória e se impõem aos particulares, independentemente de sua concordância; não existe em todos os atos, por exemplo, na permissão, na autorização etc. Ex.: Secretário de Saúde quando dita normas de higiene – decorre do exercício do Poder de Polícia – pode impor obrigação para o administrado. É o denominado poder extroverso da Administração. TIPICIDADE* (entendimento de Marya Silvia Zanela Di Pietro): é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Trata-se de uma decorrência do princípio da legalidade. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS Atos Normativos: aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc. Atos Ordinatórios: visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração. Exs.: Instruções, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Serviço, Ofícios, Despachos. Atos Negociais: aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do particular; visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular. Ex.: Licença; Autorização; Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; Homologação; Dispensa; Renúncia; Atos Enunciativos(atos declartóriaos): aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto; NÃO SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres. Atos Punitivos: atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder User Realce User Realce User Realce User Realce User Realce User Texto digitado presunção relativa, cabe questionamento User Texto digitado Doutrina Moderna User Texto digitado Doutrina Moderna User Sublinhado User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 22 OS: 0124/9/16-Gil Disciplinar. Ex.: Multa; Interdição de atividades; Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou função. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS- temos vários doutrinadores classificando os atos administrativos. Isso torna o entendimento confuso. Algumas dessas classificações são: 1. ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS; 2. ATOS EXTERNOS E INTERNOS; 3. ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E EXPEDIENTE; 4. ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS; 5. ATOS SIMPLES, COMPLEXOS E COMPOSTOS; 6. ATOS PUROS, MEROS ATOS ADMINISTRATIVOS E NEGOCIAIS; 7. ATOS CONSTITUTIVOS, DECLARATÓRIOS E ENUNCIATIVOS; 8. ATOS UNILATERAIS E BILATERAIS; 9. ATOS VÁLIDOS, PERFEITOS, IMPERFEITOS, PENDENTES E CONSUMADOS; 10. ATOS AMPLIATIVOS OU RESTRITIVOS; 11. ATOS ABSTRATOS OU CONCRETOS; 12. ATO-REGRA, ATO-SUBJETIVO E ATO-CONDIÇÃO; 13. ATOS PRINCIPAL, COMPLEMENTAR, INTERMEDIÁRIO, CONDIÇÃO E JURISDIÇÃO; 14. ATOS ATIVOS, CONSULTIVO, CONTROLADOR, VERIFICADOR E CONTENCIOSO; 15. ATOS CONSTITUTIVO, EXTINTIVO, DECLARATÓRIO, ALIENATIVO, MODIFICATIVO E ABDICATIVO. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS(PELA RETIRADA DO ATO): ANULAÇÃO: é a supressão do ato administrativo, com efeito retroativo, por razões de ilegalidade e ilegitimidade. Pode ser examinado pelo Poder Judiciário (razões de legalidade e legitimidade) e pela Administração Pública (aspectos legais e no mérito). EFEITO EX-TUNC = com efeito retroativo; invalida as conseqüências passadas, presentes e futuras. REVOGAÇÃO: é a extinção de um ato administrativo legal e perfeito, por razões de conveniência e oportunidade, pela Administração, no exercício do poder discricionário. O ato revogado conserva os efeitos produzidos durante o tempo em que operou. A partir da data da revogaçãoé que cessa a produção de efeitos do ato até então perfeito e legal. Só pode ser praticado pela Administração Pública por razões de oportunidade e conveniência. A revogação não pode atingir os direitos adquiridos EFEITO EX-NUNC = sem efeito retroativo CADUCIDADE: É a cessação dos efeitos do ato em razão de uma lei superveniente, com a qual esse ato é incompatível. A característica é a incompatibilidade do ato com a norma subsequente. CASSAÇÃO: embora legítimo na sua origem e formação, torna-se ilegal na sua execução; quando o destinatário descumpre condições pré- estabelecidas. Ex.:: alguém obteve uma permissão para explorar o serviço público, porém descumpriu uma das condições para a prestação desse serviço. Vem o Poder Público e, como penalidade, procede a cassação da permissão. O INSTITUTO DA CONVALIDAÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO: CONVALIDAÇÃO ( ou saneamento) é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. A convalidação está prevista na Lei nº. 9784/99, nos artigos 54 e 55. A convalidação tanto pode ocorrer nos atos vinculados como nos atos discricionários. Com relação aos elementos do ato ( C F F M O), vejamos: COMPETÊNCIA Pode ser convalidada, desde que não se trate de competência outorgada com exclusividade, caso em que se exclui a possibilidade de delegação ou avocação. Também não se admite a convalidação de incompetência em razão da matéria (por exemplo, quando um Ministério pratica ato de competência de outro Ministério, porque existe exclusividade de atribuições). FINALIDADE Não pode ser convalidada, pois não se pode mudar a intenção do agente. E ela deve ser sempre o interesse público. FORMA Pode ser convalidada, desde que a forma não seja essencial à validade do ato. MOTIVO Não pode ser convalidado. Não há como alterar, com efeito retroativo, uma situação de fato. OBJETO Não pode ser convalidado. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 23 OS: 0124/9/16-Gil TEORIA DAS NULIDADES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS A DIVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO EM REQUISITOS SERVE PARA FACILITAR A IDENTIFICAÇÃO DE DEFEITOS. UM DEFEITO SURGE SEMPRE QUE O ATO ADMINISTRATIVO FOR PRATICADO EM DESCONFORMIDADE COM AS EXIGÊNCIAS LEGAIS. PORÉM HÁ DIVERSOS NÍVEIS DE DESCUMPRIMENTO DA LEI E CONSEQUENTEMENTE VÁRIOS GRAUS DE NULIDADE. 1ª CORRENTE- TEORIA UNITÁRIA: essa teoria sustenta que qualquer ILEGALIDADE é causa de nulidade. Todo ato viciado é nulo. Inexiste graus de violação. Ou é ou não é. Não se aceita convalidação. 2ª CORRENTE- TEORIA BINÁRIA: essa teoria divide os atos administrativos ilegais em nulos e anuláveis. 3ª CORRENTE- TEORIA TERNÁRIA: para essa teoria os atos administrativos ilegais podem ser divididos em nulos, anuláveis e irregulares. 4ª CORRENTE- TEORIA QUATERNÁRIA (MAJORITÁRIA EM CONCURSOS): essa teoria reconhece quatro tipos de atos ilegais: nulos, anuláveis, irregulares e inexistentes. ATOS NULOS E ATOS ANULÁVEIS : Atos Nulos: são aqueles que atingem gravemente a lei ( Ex.: prática de um ato por uma pessoa jurídica incompetente). Atos Anuláveis: representa uma violação mais branda à norma (Ex.: um ato que era de competência do Ministro e foi praticado por Secretário Geral. Houve violação, mas não tão grave porque foi praticado dentro do mesmo órgão). ESQUEMA DE AULA ATOS ADMINISTRATIVOS ATO ADMINISTRATIVO É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. (Hely Lopes Meirellles, Direito Administrativo Brasileiro, p. 145) É a declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e se sujeita a controle do Poder Judiciário. (Maria Sylvia Z. Di Pietro, Direito Administrativo, p. 196) É a declaração de vontade do Estado ou de lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e sujeitas a controle de legitimidade dos órgãos jurisdicionais. (Celso Antônio B. de Mello, Curso de Direito Administrativo, p. 16) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 24 OS: 0124/9/16-Gil ATO ATO JURÍDICO ATO ADMINISTRA- TIVO NÃO CONFUNDIR: ATO JURÍDICO E ATO ADMINISTRATIVO!!!! Ato jurídico gênero Ato administrativo espécie. NÃO CONFUNDIR: ATO ADMINISTRATIVO COM ATO DA ADMINISTRAÇÃO 1ª CORRENTE 2ª CORRENTE NÃO CONFUNDIR ATO ADMINISTRATIVO E FATO ADMINISTRATIVO: 1ª CORRENTE 2º CORRENTE Fatos Administrativos: correspondem à atividade material. – FATO ADMINISTRATIVO – ocorre quando o fato descrito na norma legal produz efeitos no campo do direito administrativo. Ex.: morte do servidor tem repercussão jurídica (gera pensão e vacância); FATO DA ADMINISTRAÇÃO- se o fato não produz qualquer efeito jurídico no direito administrativo. Ex.: servidor cai da escada no Ministério da Fazenda e rapidamente se levanta, sendo uma ocorrência dentro da Administração, mas sem repercussões jurídicas . ATOS DA ADMINISTRAÇÃO ATO ADMINIS- TRATIVO ATOS POLÍTICOS ATO ENUNCIATIVO CONTRATOS ATOS REGIDOS PELO DIREITO PRIVADO ATO NORMATIVO ATOS DA ADMINISTRAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO ATO LEGISLATIVO ATO JUDICIAL ATOS REGIDOS PELO DIREITO PRIVADO User Retângulo User Texto digitado atos de Gestão User Texto digitado essa cai na minha prova User Linha User Retângulo User Texto digitado O fato é consequência do ato, é a execução da manifestaçãonullunilateral User Texto digitado Di Pietro User Realce User Realce User Texto digitado usada pela UFC e IFCE DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 25 OS: 0124/9/16-Gil ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ANÁLISE DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO LEI Nº 4.717/65 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; b) o vício de forma consiste na omissãoou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. Doutrina moderna - PATI Presunção de legitimidade e veracidade Auto - executoriedade Tipicidade Imperatividade Presunção de legitimidade Presunção de veracidade Exigibilidade Executoriedade Doutrina Clássica - PAI Presunção de legitimidade e veracidade Auto-executoriedade Imperatividade São características próprias dos atos administrativos, que os diferencia dos atos jurídicos privados. ATRIBUTOS DOS ATOS User Retângulo User Texto digitado Análise dos requisitos ou elementosnulldo ato para saber se ele é válido User Retângulo User Realce User Realce User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 26 OS: 0124/9/16-Gil REQUISITOS (OU ELEMENTOS) DO ATO ADMINISTRATIVO PARA A FORMAÇÃO DO ATO-VALIDADE (C F F M O)- DOUTRINA CLÁSSICA(LEI 4717/65) ATO ADMINISTRATIVO ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO -Também chamado de ato regrado -Todos os elementos são vinculados -Vício de legalidade gera anulação (via de regra). -Anulação Administração ou Judiciário - A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc) - invalida tudo, desde o início, não atingindo o terceiro de boa-fé. Ex: licença –maternidade. C -Os três primeiros elementos são vinculados -Vício de legalidade gera anulação (via de regra). -Anulação Administração ou Judiciário -A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc)- invalida tudo, desde o início, não atingindo o terceiro de boa-fé. F F M - Elementos discricionários. - Formam o chamado “MERITO ADMINISTRATIVO”. - Pode ocorrer revogação (por motivo de oportunidade e conveniência). - Revogação: somente a Administração ( ou os outros Poderes na função atípica de administrar). - A revogação opera um efeito proativo (ex nunc), respeitados os direitos adquiridos. Ex: aplicação da penalidade de suspensão em um servidor público. O OBS: ALGUNS ATOS SÃO IRREVOGÁVEIS: Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos. Os atos vinculados, pois nesse o Administrador não tem escolha na prática do ato. Os atos que geram direitos adquiridos. MAIS MOTIVOS PARA ANULAÇÃO DE UM ATO: 1) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: 2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES Se o Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada à efetiva existência desses motivos invocados para a sua prática. Ex: Prefeito da cidade “A” exonera um servidor de cargo em comissão alegando excesso de despesa com pessoal. Uma semana depois ele nomeia outra pessoa para o cargo. -Exoneração de cargo em comissão: ato discricionário. Alegação de excesso de despesa com pessoal: motivação. (acaba por vincular o ato). ATO ADMINISTRATIVO COMPETÊNCIA FINALIDADE FORMA MOTIVO OBJETO ABUSO DE PODER EXCESSO DE PODER DESVIO DE PODER COMPETÊNCIA FINALIDADE User Realce User Realce User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 27 OS: 0124/9/16-Gil 3) FERIR OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ***ATENÇÃO ESPECIAL PARA A RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE!!!!!!!!**** ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS ATOS NORMATIVOS Decreto (Ato exclusivo do Chefe do Executivo) Regulamentos Instruções Normativas Regimentos Resoluções Deliberações PUNITIVOS ENUNCIATIVOS NEGOCIAIS ORDINATÓRIOS NORMATIVOS ESPÉCIES DE ATOS User Retângulo User Realce User Retângulo User Texto digitado São atos que ditam regras, na função de administrar, para dar fiel cumprimentonulla uma execução ou uma lei; em regra não inovam na ordem jurídica (exceção decreto autônomo) User Retângulo User Realce User Texto digitado decreto regulamentar e autônomo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 28 OS: 0124/9/16-Gil ATOS ORDINATÓRIOS Instruções Provimentos Circulares Avisos Portarias Ordens de Serviço Ofícios Despachos ATOS NEGOCIAIS Licença Autorização Permissão Aprovação Admissão Visto Homologação Dispensa Renúncia Protocolo Administrativo ATOS ENUNCIATIVOS Certidões Atestados Pareceres Apostilas ATOS PUNITIVOS Externos Internos User Retângulo User Retângulo User Retângulo User Sublinhado User Retângulo User Retângulo User Retângulo User Retângulo User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 29 OS: 0124/9/16-Gil ATOS N O R M A TI V O S Decreto (Ato exclusivo do Chefe do Executivo) Regulamentar: visa explicar a lei e facilitar sua execução, aclarando seus mandamentos e orientando sua aplicação. Autônomo: dispõe sobre a matéria ainda não regulada especificamente em lei. Regulamentos são atos administrativos, posto em vigência por decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinada por lei. Estabelecem relações jurídicas entre a Administração e os administrados. Instruções Normativas são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das Leis, decretos e regulamentos (CF, art. 87, § único, II), mas também utilizadas por outros órgãos superiores para o mesmo fim. Regimentos são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Resoluções são atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do Executivo(mas não pelo Chefe do Executivo) ou pelos Presidentes dos Tribunais, órgãos legislativos e colegiados, para disciplinar matéria de sua competência específica. Deliberações são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. O R D IN A TÓ R IOS Instruções são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com o escopo de orientar os subalternos no desempenho das atribuições que lhe são afetas. Provimentos são atos administrativos internos, contendo determinações e instruções que a Corregedoria ou os tribunais expedem para a regularização e uniformização dos serviços, especialmente os da Justiça. Circulares são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados agentes públicos incumbidos de certo serviço ou do desempenho de certas atribuições. Avisos são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos ministérios. Portarias* (Regra geral) são atos administrativos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições, ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam servidores para funções e cargos secundários.(atos de funcionamento interno da Administração que não geram direitos). Ordens de Serviço são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo, ou especificações técnicas sobre o modo e forma de realização. Ofícios são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial. Despachos são decisões que as autoridades proferem em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 30 OS: 0124/9/16-Gil N EG O C IA IS Licença ato administrativo vinculado e definitivo pelo o qual o Poder Público verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedado ao particular. Autorização ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos. Permissão ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta ao particular o uso especial de bens públicos ou prestação de serviços públicos*. Aprovação ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares, dependentes de seu controle.É discricionário. Admissão ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse. Visto ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exeqüibilidade. Homologação ato administrativo de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e a conveniência de ato anterior a da própria Administração, de outra entidade ou de particular, para dar-lhe eficácia. É VINCULADO. Dispensa ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então exigida por lei. Ex: serviço militar obrigatório. Renúncia ato pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um direito próprio, liberando a pessoa obrigada perante a Administração. Protocolo Administrativo ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da Administração e do administrado. EN U N C IA TI V O S (D EC LA R A TÓ R IO S Certidões são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas. Atestados são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. Pareceres são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração. Apostilas são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. Equivale a uma averbação. P U N IT IV O S Externos são atos que velam pela correta observância das normas administrativas. Ex: multas, interdição de atividades, destruição de coisas. Internos são atos que visam punir disciplinarmente seus servidores ou decorrentes de inadimplemento contratual. Ex: suspensão, demissão, sanção administrativa decorrente de contratos administrativos como sanções. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 31 OS: 0124/9/16-Gil COMPARATIVO DA CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: 1) Gerais e individuais: HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS 1) INDIVIDUAIS (OU ESPECIAIS) Destina-se a uma pessoa em particular ou a um grupo de pessoas determinadas. Ex.: Demissão, exoneração, outorga de Licença. 1) INDIVIDUAIS São os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Ex.: Nomeação; demissão; autorização. 1) INDIVIDUAIS Os que têm por destinatário sujeito ou sujeitos especificamente determinados. Ex.: Demissão, exoneração, outorga de Licença 2) GERAIS (REGULAMENTARES) Destinam-se a uma parcela grande de sujeitos indeterminados e todos aqueles que se veem abrangidos pelos seus preceitos; Ex.: Edital de um concurso; regulamentos; instruções normativas. 2) GERAIS (NORMATIVOS) Atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação. Ex.: Regulamentos, regimentos, resoluções. 2) GERAIS Atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação. Pode ser concreto(esgota-se numa única aplicação) ou abstrato( renova- se interativamente). Ex.: Edital de um concurso, concessão de férias coletivas, regulamento. 2) Atos externos e internos: HELY LOPES MEIRELLES CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTOS AO ALCANCE QUANTOS À SITUAÇÃO DE TERCEIROS 1) INTERNOS Os destinatários são os órgãos e agentes da Administração; não se dirigem a terceiros. Ex.: Ordens de serviço, memorando, portarias 1) INTERNOS Produzem seus efeitos apenas no interior da Adm. Ex.: Parecer, informações. 2) EXTERNOS Alcançam os administrados de modo geral (só entram em vigor depois de publicados). Ex.: Decreto, admissão. 2) EXTERNOS Produzem efeitos sobre terceiros. Ex.: Licença, admissão. User Realce User Realce User Linha User Texto digitado A minha prova prefere a nullclassificação do Hely UserRetângulo User Realce User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 32 OS: 0124/9/16-Gil 3) Atos de império, gestão e expediente: HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTOS AO OBJETO QUANTOS À PERROGATIVA QUANTOS À POSIÇÃO ESTATAL 1) IMPÉRIO Aquele que a administração pratica no gozo de suas prerrogativas em posição de supremacia perante o administrado. Ex.: Desapropriação; interdição, Requisição 1) IMPÉRIO Aquele que a administração pratica no gozo de suas prerrogativas; em posição de supremacia perante o administrado. Ex.: Desapropriação; interdição, requisição 1) IMPÉRIO São os que a Administração pratica no gozo de prerrogativas de autoridade. Ex.: A ordem de interdição de um estabelecimento. 2) GESTÃO São os praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares, SEM USAR SUA SUPREMACIA; Ex.: Alienação. 2) GESTÃO São os praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares, SEM USAR SUA SUPREMACIA; Ex.: Alienação. 2) GESTÃO São os que a Administração pratica sem o uso de poderes comandantes. Ex.: Venda de um bem. 3) EXPEDIENTE Aqueles praticados por agentes subalternos; atos de rotina interna. Ex.: Protocolo. -- -- -- -- 4) Atos puros, meros atos administrativos e negociais: MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO À FUNÇÃO DA VONTADE QUANTO À FUNÇÃO DA VONTADE 1) ATOS ADM. PUROS Há uma declaração de vontade, voltada para obtenção de determinados efeitos jurídicos. Ex.: Demissão, tombamentos, permissão 1) NEGOCIAIS Também chamados de negócios jurídicos- são aqueles que a vontade administrativa é preordenada à obtenção de um resultado jurídico, criando imediatamente efeitos jurídicos. Ex.: Admissão 2) ATOS ADM. PUROS Há uma declaração de opinião, conhecimento ou desejo. Ex.: Parecer, certidão voto num órgão colegiado. 2) ATOS PUROS também chamados de meros atos administrativos- são os que correspondem a simples manifestações de conhecimento ou desejo. Ex.: Certidão, voto em órgão colegial User Realce User Linha User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 33 OS: 0124/9/16-Gil 5) Atos vinculados e discricionários: HELY LOPES MEIRELLES CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO AO REGRAMENTO QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE 1) VINCULADO Quando não há, para o agente, liberdade de escolha, devendo se sujeitar às determinações da Lei. Ex.: Licença, aposentadoria compulsória 1) VINCULADO Quando não há, para o agente, liberdade de escolha, devendo se sujeitar às determinações da Lei. Ex.: Licença, aposentadoria compulsória 2) DISCRICIONÁRIO Quando há liberdade de escolha (na LEI) para o agente, no que diz respeito ao mérito - CONVENIÊNCIA e OPORTUNIDADE . Ex.: Autorização 2) DISCRICIONÁRIO Quando há liberdade de escolha (na LEI) para o agente, no que diz respeito ao mérito - CONVENIÊNCIA e OPORTUNIDADE. Ex.: Autorização, permissão de uso de bem. 6) Atos unilaterais e bilaterais: CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO À FORMAÇÃO 1) UNILATERAIS Os que são formados pela declaração jurídica de uma só parte. Ex.: Demissão, multa, autorizações. 2)BILATERAIS Os que são formados por um acordo de vontades entre as partes. Ex.: Contratos de concessão. 7) Atos constitutivos, declaratórios e enunciativos: MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO AOS EFEITOS QUANTO AOS EFEITOS 1) ATOS CONSTITUTIVOS É aquele pelo qual a Adm. cria, modifica ou extingue um direito ou uma situação jurídica. Ex.: Permissão, autorização revogação, dispensa, aplicação de penalidade a servidor. 1) ATOS CONSTITUTIVOS Os que fazem nascer uma situação jurídica, seja produzindo-a originariamente, seja extinguindo-a ou modificando situação anterior. Ex.: Autorização, nomeação 2) ATOS DECLARATÓRIOS É aquele em que a Adm. apenas reconhece um direito que já existia antes do ato. Ex.: anulação, licença homologação, isenção admissão. 2) ATOS DECLARATÓRIOS Os que afirmam a preexistência de uma situação de fato ou de direito. Ex.: Vistoria, certidão. User Realce User Linha User Texto digitado UM DOS QUE MAIS CAEM EM PROVA User Retângulo User Texto digitado A PROVA UFC E IFCE PREFERE A DEFINIÇÃO DO HELY User Linha User Linha DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 34 OS: 0124/9/16-Gil 3) ATOS ENUNCIATIVOS É aquele pelo qual a Adm. apenas atesta ou reconhece determinada situação jurídica de fato ou de direito. Não manifestam vontade produtora de efeitos jurídicos. Ex.: certidões , atestados pareceres. -- -- 8) Atos ampliativos ou restritivos: CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO AO RESULTADO NA ESFERA JURÍDICA 1) AMPLIATIVOS Os que aumentam a esfera de ação jurídica do destinatário. Ex.: Permissão, autorização, licença. 2) RESTRITIVOS Os que diminuem a esfera jurídica do destinatário ou lhe impõem novas obrigações, deveres ou ônus. Ex.: Sanções, proibições, ordens.. 9) Atos simples, complexo e composto: HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO À FORMAÇÃO DO ATO QUANTOS À FORMAÇÃO DA VONTADE QUANTO À COMPOSIÇÃO DA VONTADE PRODUTORA 1) SIMPLES Produzido por um único órgão; podem ser simples singulares ou simples colegiais. Ex.: Despacho. 1) SIMPLES Decorre da declaração de vontade um único órgão, seja ele singular ou colegiado. Ex.: Deliberação de um Conselho. 1) SIMPLES Os que são produzidos pela declaração jurídica de um único órgão; podem ser simples singulares ou simples colegiais. Ex.: Licença para dirigir automóvel. 2) COMPLEXO Resultam da soma de vontades de dois ou mais órgãos. É o concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação de um único ato. Ex.: Investidura de um servidor. 2) COMPLEXO São os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, que se funde para formar um ato único. Ex.: Decreto assinado pelo Chefe do Executivo e referendado pelo Ministro de Estado. 2) COMPLEXO São os que resultam da conjugação de vontade de órgãos diferentes. Ex.: Analise de validade da aposentadoria de um servidor de um órgão feita pelo TCU3) COMPOSTO Produzido por um órgão, mas dependente da verificação, ratificação de outro órgão para se tornar exeqüível. 3) COMPOSTO É o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, -- -- User Realce User Linha User Linha User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 35 OS: 0124/9/16-Gil Ex.: Autorização que dependa de um visto de uma autoridade superior. que é principal. Ex.: A nomeação do Procurador da República, depende de prévia aprovação pelo Senado. 10) Atos abstratos ou concretos: CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO À ESTRUTURA 1) CONCRETOS Os que dispõem para um único e específico caso, esgotando-se nesta única aplicação Ex.: Exoneração. 2) ABSTRATOS Os que preveem reiterada e infindas aplicações, as quais se repetem cada vez que ocorra a reprodução da hipótese neles previstas, alcançando um número indeterminado e indeterminável de destinatários.. Ex.: Regulamento. 11) Atos válidos, perfeitos, imperfeitos, pendentes e consumados: HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO QUANTO À EFICÁCIA QUANTO À EFICÁCIA E EXEQUIBILIDADE 1) PERFEITO Teve seu ciclo de formação encerrado, que já esgotou todas as fases necessárias de formação (está relacionado com a finalização das etapas de formação do ato). Ex.: Um ato que tenha sido motivado, escrito, assinado e publicado na imprensa oficial. 1) PERFEITO Teve seu ciclo de formação encerrado, que já esgotou todas as fases necessárias de formação(está relacionado com a finalização das etapas de formação do ato). Ex.: Um ato que tenha sido motivado, escrito, assinado e publicado na imprensa oficial. 2) IMPERFEITO Ainda não completou o seu ciclo de formação. Ex. Um ato não publicado, caso a publicação seja exigida por lei. 2) IMPERFEITO Ainda não completou o seu ciclo de formação. Ex.: Um ato não publicado, caso a publicação seja exigida por lei. 3) PENDENTE É aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para começar a produzir efeitos (é um ato perfeito). 3) PENDENTE É aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para começar a produzir efeitos (é um ato perfeito). Ex.: Ato de concessão de férias, publicado em um mês e que só poderá ser gozada meses depois. User Realce User Linha User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 36 OS: 0124/9/16-Gil 4) CONSUMADO É aquele que produziu todos os efeitos (é definitivo e imodificável). Ex.: A autorização para a realização de uma passeata, depois de realizada, torna-se consumada. 4) CONSUMADO É aquele que produziu todos os efeitos (é definitivo e imodificável). Ex.: A autorização para a realização de uma passeata, depois de realizada, torna-se consumada. 5) VÁLIDO Está conforme todas as exigências legais para a sua regular produção de efeitos (está em conformidade com a lei). -- -- Ex.: Licença à maternidade. 6) NULO Nasce afetado pelo vício insanável por ausência substancial em seus elementos constitutivos. Ex.: Ato praticado com desvio de finalidade. -- -- 7) INEXISTENTE Possui aparência de manifestação de vontade da Administração Pública, mas não chegou a se aperfeiçoar como ato administrativo. Ex.: Ato praticado por um usurpador de função. -- -- 12) Ato-regra, ato-subjetivo e ato- condição: CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO À NATUREZA DAS SITUAÇÕES JURÍDICAS QUE CRIAM 1) ATO-REGRA Os que criam situações gerais, abstratas e impessoais e modificáveis a qualquer tempo pela vontade de quem os produziu. Ex.: Regulamento. 2) ATO SUBJETIVO Os que criam situações particulares, concretas e pessoais, sendo imodificáveis pela vontade de uma só das partes. Ex.: Contrato. 3) ATO - CONDIÇÃO Os que alguém pratica incluindo-se, isoladamente ou mediante acordo com outrem, que sujeitam-se às eventuais alterações unilaterais. Ex.: Aceitação de cargo público. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 37 OS: 0124/9/16-Gil 13) Atos ativos, consultivo, controlador, verificador e contencioso: CELSO ANTÔNIO B. MELLO QUANTO À NATUREZA DAS ATIVIDADES 1) ATIVO Os que visam criar, produzir, uma utilidade pública, constituindo situações jurídicas. Ex.: Autorizações, licenças, concessões. 2) CONSULTIVO Os que visam a informar elucidar, sugerir providências a serem estabelecidas nos atos da Adm. ativa. Ex.: Parecer, informação 3) CONTROLADOR Os que visam a impedir ou permitir a produção ou a eficácia de atos da administração ativa mediante exame prévio ou posterior da conveniência ou legalidade. Ex.: Aprovação,, homologação 4) VERIFICADOR Os que visam apurar ou documentar a preexistência de uma situação de fato ou de direito. Ex.: Registro, certificação, inscrição 5) CONTENCIOSO Os que visam a julgar, em um procedimento contraditório, certas situações. Ex.: Julgamento no PAD 14) Atos principal, complementar, intermediário, condição e jurisdição: HELLY LOPES MEIRELLES QUANTO AO OBJETIVO VISADO 1) PRINCIPAL Encerra a manifestação de vontade final da Administração. Ex.: Nomeação do Procurador Geral da Rep. 2) COMPLEMENTAR É o ato que aprova ou ratifica o ato principal para lhe dá exeqüibilidade. Ex.: Aprovação do Senado na nomeação do PGR. 3) INTERMEDIÁRIO É o que concorre para a formação do ato principal e final. Ex.: Julgamento das Propostas. 4) CONDIÇÃO É todo aquele que antepõe a outro para permitir a sua realização. Ex.: O concurso para a nomeação de cargo efetivo. 5) JURISDIÇÃO É todo aquele que contém decisão sobre matéria controvertida. Ex.: Revisão de ato inferior por superior hieráquico. 15) Atos constitutivo, extintivo, declaratório, alienativo, modificativo e abdicativo: HELLY LOPES MEIRELLES QUANTO AO CONTEÚDO 1) CONSTITUTIVO Cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à Administração. Ex.: Licença, aplicação de sanções administrativas 2) EXTINTIVO Põe termo a situações jurídicas individuais. Ex.: Cassação de autorização, demissão de um servidor 3) DECLARATÓRIO Visa preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício. Ex.: Expedição de certidões, apostilamento de títulos de nomeação. 4) ALIENATIVO Opera a transferência de bens e direitos de um titular a outro. Ex.: Edição de um decreto que transfere bens móveis de uma entidade a outra. 5) MODIFICATIVO Tem por fim alterar situações preexistentes, sem provocar a sua supressão. Ex.: Alteraçãode horários numa da repartição. 6) ABDICATIVO O titular abre mão , abdica de um determinado direito ( exige uma autorização legislativa). -- User Realce User Linha DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 38 OS: 0124/9/16-Gil PROCESSO ADMINISTRATIVO-LEI Nº. 9.784/99 CONCEITO É um conjunto de atos coordenados e interdependentes necessários a produzir uma decisão final a respeito de alguma função ou atividade administrativa. PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS - Legalidade Objetiva: exige que o processo seja instaurado e conduzido com base na lei. - Oficialidade: à Administração compete a movimentação do processo administrativo. - Informalismo: os atos praticados não exigem formalidades especiais. -Verdade Material: o que importa é conhecer o fato efetivamente ocorrido, como se deu no mundo real. -Contraditório e ampla defesa: princípio constitucional assegurado em todos os tipos de processo. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA LEI Nº 9.784/99 (art. 2º) - Legalidade -Finalidade - Motivação - Razoabilidade e proporcionalidade - Moralidade - Ampla defesa - Contraditório, - Segurança jurídica - Interesse público - Eficiência DIREITOS DOS ADMINISTRADOS (art. 3º) I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. DEVERES DO ADMINISTRADOS (art. 4º) I – expor os fatos conforme a verdade; II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III – não agir de modo temerário; IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. LEGITIMADOS NO PROCESSO (NA QUALIDADE DE INTERESSADO) (art. 9º) I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. COMPETÊNCIA (arts. 11 a 17) - A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. - Não podem ser objeto de delegação: User Realce User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 39 OS: 0124/9/16-Gil I – a edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativos; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. - Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. DO IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO (arts. 18 a 21) - É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: tenha interesse direto ou indireto na matéria; tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. - A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. - Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. - O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO (arts. 22 a 25) - Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. FASES DO PROCESSO (arts. 29 a 47) - Instauração - Instrução (e relatório) - Decisão DA INSTAURAÇÃO - O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. - O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II – identificação do interessado ou de quem o represente; III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V – data e assinatura do requerente ou de seu representante. - É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. - Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. - Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 40 OS: 0124/9/16-Gil DA INSTRUÇÃO - As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias. - São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. -Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. - Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução - Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. -Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectivaapresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. - Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. DO RELATÓRIO - É a peça informativa -opinativa, que informa à autoridade (competente para decidir) tudo o que ocorreu no processo e opina por uma decisão.Não é vinculativo, podendo a autoridade divergir de suas conclusões. DA DECISÃO - A Administração tem o dever de decidir. Salvo prorrogação, o prazo para decidir é de 30 dias. DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO (arts. 56 a 65) - Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. - O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. - Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. - O recurso não será conhecido quando interposto: I – fora do prazo; II – perante órgão incompetente; III – por quem não seja legitimado; IV – após exaurida a esfera administrativa. - Na hipótese do item II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 41 OS: 0124/9/16-Gil sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. - O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. - Da revisão: os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. DAS SANÇÕES (art. 68) As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. DA MOTIVAÇÃO (art. 50) Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V – decidam recursos administrativos; VI – decorram de reexame de ofício; VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO (arts. 53 a 55) - A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. - O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. - Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DO PROCESSO (art. 69-A)** Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; pessoa portadora de deficiência, física ou mental; pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. - A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas ** acrescentado pela Lei nº 12.008, de 29/07/2009. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 42 OS: 0124/9/16-Gil CLASSIFICAÇÃO ATOS PRAZOS ART. Intimação para comparecimento Mínimo de 3 dias úteis Art. 26 Intimação dos interessados de prova ou diligência ordenada Mínimo de 3 dias úteis Art. 41 Intimação dos interessados no recurso 5 dias úteis para apresentação de alegações Art. 62 Reconsideração do recurso pela autoridade que proferiu a decisão 5 dias; se não o considerar, encaminhará à autoridade superior Art. 56 Para todos os atos do órgão ou entidade 5 dias, salvo força maior, podendo ser dilatado até o dobro se justificado Art. 24 Interposição de recurso Máximo de 10 dias Art. 59 Manifestação após encerrada a instrução Máximo de 10 dias, salvo determinação legal Art. 44 Emissão de parecer de órgão consultivo Máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo Art. 42 Decisão após a instrução Até 30 dias, podendo ser prorrogáveis, se motivado. Art. 49 Decisão de recurso Máximo de 30 dias, contados do recebimento dos autos, prorrogáveis se justificados Art. 59 ____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 43 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 5 – LICITAÇÃO ■ CONCEITO: É o procedimento administrativo, EXIGIDO POR LEI, para que o Poder Público possa comprar, vender ou locar bens ou, ainda, realizar obras e adquirir serviços, segundo condições previamente estipuladas, visando selecionar a melhor proposta, ou o melhor candidato, conciliando os recursos orçamentários existentes à promoção do interesse público. É um ato administrativo Formal (o procedimento administrativo da Licitação) ■ FINALIDADES: a) garantir a observância do princípio da isonomia - todos poderão participar da licitação; b) selecionar a proposta mais vantajosa para a administração; c) mostrar a eficiência e a moralidade nos negócios administrativos. ■ PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA LICITAÇÃO (ART. 3º, DA LEI Nº 8666/93): Legalidade:agir em conformidade com a Lei; impõe o administrador às prescrições legais que regem o procedimento em todos os seus atos e fases; Impessoalidade: resguardar o interesse público, evitar favoritismos e privilégios; todos os licitantes devem ser tratados igualmente, em termos de direitos e obrigações. Moralidade: pautar-se por uma conduta honesta, evitando conluios, acordos escusos, etc. Nem tudo que é legal é moral ! Igualdade: pauta-se no princípio que a Administração deve tratar todos os participantes de forma igualitária. Publicidade: os atos devem ser amplamente divulgados, para garantir, inclusive, a transparência da atuação administrativa. Os atos licitatórios serão públicos desde que resguardados o sigilo das propostas; Probidade Administrativa: é dever de todo administrador. Vinculação ao instrumento convocatório: adstritos ao permitido no instrumento convocatório da licitação, não podendo mudar as regras depois de iniciado o procedimento; Julgamento: a decisão a ser tomada pela Administração DEVERÁ BASEAR-SE em critérios concretos, claros e definidos no instrumento convocatório; ATENÇÃO: os princípios acima enunciados são de OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA no procedimento licitatório. Se um dos princípios for afrontado, o procedimento licitatório será NULO. OBJETO DA LICITAÇÃO: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, a qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. LICITANTE: quem se habilitou e participa do procedimento licitatório, atendendo ao ato da convocação. NÃO PODEM SER LICITANTES: O autor do projeto, básico ou executivo; A empresa responsável pelo projeto básico ou executivo; Servidor, dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação; Os membros da Comissão de Licitação. ■ OBRIGATORIEDADE DE LICITAR - A licitação é uma EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL para toda a Administração Púbica Direta e Indireta. Subordinam-se ao regime desta lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ■ COMISSÃO DE LICITAÇÃO: PERMANENTE ou ESPECIAL, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes. ■ ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: Deve ser entendido no sentido de que, se a Administração levar o procedimento a seu termo, a adjudicação somente pode ser feita ao vencedor; não há, portanto, um direito subjetivo à adjudicação quando a Administração opta pela revogação do procedimento, porque a revogação motivada pode ocorrer em qualquer fase da licitação, desde que haja finalidade pública. User Realce User Retângulo User Retângulo User Realce User Nota PRINCÍPIOS EXEMPLIFICATIVOS, ELES NÃO SÃO TAXATIVOS, POIS EXISTEM OUTROS.nullnullPRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAnull* CONCEITO: diretrizes, ideias eu norteiam a atuação do Estado;null* CARACTERÍTICAS:null- são de observância obrigatória;null- não existe hierarquia entre os princípios;null- explícitos ou implícitos;null User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 44 OS: 0124/9/16-Gil ■ REQUISITOS PARA LICITAÇÃO : - Obras: a) Existência de projeto básico; b) Existência de orçamento detalhado; c) Existência de Recursos Orçamentários; d) Previsão no Plano Plurianual. o descumprimento dos requisitos acima pode acarretar a NULIDADE dos atos (licitação e contrato) e a responsabilidade dos envolvidos; gera IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; - Compras: a) Caracterização do objeto (não pode haver a indicação da marca); b) Existência de recursos orçamentários; c) Condições de armazenamento compatíveis com a aquisição; o descumprimento dos requisitos acima acarreta a NULIDADE dos atos (licitação e contrato) e a responsabilidade administrativa e penal de quem lhes deu causa. ■ EXCEÇÕES À OBRIGATORIEDADE DE LICITAR - A lei diversificou os casos em que a administração pode ou deve deixar de realizar a licitação, tornando-a dispensada, dispensável e inexigível. 1) DISPENSA DE LICITAÇÃO: ocorre quando há possibilidade de competição que justifique a licitação, mas a lei faculta a dispensa ou o legislador decidiu não tornar o procedimento obrigatório. - Pode ocorrer dispensa nos casos de situações excepcionais, pois a demora seria incompatível com a urgência na celebração do contrato, contrariando o interesse público. Pode também ocorrer por desinteresse dos particulares no objeto do contrato. - Os casos de Dispensa de Licitação são TAXATIVOS (não podem ser alterados). CASOS DE DISPENSA DE LICITAÇÃO: 1.1) LICITAÇÃO DISPENSADA- art. 17, I e II , da Lei nº. 8.666/93: existem casos de dispensa de licitação previstas na legislação (Lei 8666/93), e que escapam da discricionariedade da Administração. I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da Administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos,inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, DISPENSADA esta nos seguintes casos: a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública; c) permuta, por outro imóvel; d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública; f) alienação gratuita ou onerosa g) procedimento de legitimação de posse. II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, DISPENSADA esta nos seguintes casos: a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação; b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. OBS: A DISPENSA DEVERÁ SEMPRE SER MOTIVADA (PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO). 1.2) LICITAÇÃO DISPENSÁVEL- art. 24, da Lei nº 8.666/93: a dispensa da licitação fica na competência discricionária da Administração Art. 24. É dispensável a licitação: I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 45 OS: 0124/9/16-Gil nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético- profissional e não tenha fins lucrativos; XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público; c Incisos XII a XIV com a redação dada pela Lei nº 8.883, de 8-6-1994. XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade; XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exigüidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 desta Lei; XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; XX – na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e GiulianoCURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 46 OS: 0124/9/16-Gil mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; XXI – para a aquisição de bens destinados exclusivamente pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico; XXII – na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão; XXV – na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida; XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008). XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de 2.010) XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015) 2) INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO (art. 25, da Lei nº 8.666/93) existe a impossibilidade jurídica de competição entre os contratantes; geralmente ocorre pela notória especialização de renomado profissional ou pela singularidade do objeto, tornando o certame inviável. O procedimento licitatório será impossível de ser deflagrado. CASOS DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 47 OS: 0124/9/16-Gil II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. § 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. § 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. I - para aquisição de materiais, equipamentos; ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo; II - para a contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. - A INEXEGIBILIDADE DEVERÁ SEMPRE SER MOTIVADA (PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO). - Os casosde INEXIGIBILIDADE de Licitação NÃO SÃO TAXATIVOS (podem ser alterados ou surgirem outros casos). Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; II – pareceres, perícias e avaliações em geral; III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; c Inciso III com a redação dada pela Lei nº 8.883, de 8-6-1994. IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico; VIII – VETADO. Lei nº 8.883, de 8-6-1994. § 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. § 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei. § 3º A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. LICITAÇÃO FRACASSADA: Na licitação fracassada aparecem interessados, mas nenhum é selecionado em decorrência da inabilitação ou desclassificação. Na Licitação Fracassada a dispensa não é possível. LICITAÇÃO DESERTA: quando não aparecem licitantes. SANÇÕES PENAIS: O crime praticado no que diz respeito às Licitações é denominado Ação Penal Pública Incondicionada, e cabe ao Ministério Público promovê-la, sendo que é permitida, também, a qualquer pessoa provocar a iniciativa do MP. a pena aplicada será DETENÇÃO e MULTA, em quantia fixada entre 2% a 5% do valor do contrato. As penas são cumulativas. No caso da comprovação de superfaturamento, devido à dispensa ou inexigibilidade de licitação, RESPONDEM SOLIDARIAMENTE pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. ■ MODALIDADES DE LICITAÇÃO (art. 23, da Lei nº 8.666/93) Art. 22. São modalidades de licitação: I – concorrência; II – tomada de preços; III – convite; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 48 OS: 0124/9/16-Gil IV – concurso; V – leilão. ■ E PREGÃO (Lei n º. 10.520/2002). 1. CONCORRÊNCIA: Modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos exigidos no edital para execução de seu objeto. É exigida concorrência: modalidade adequada para contratações de grande valor. 1. Para obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00; 2. Para compras e serviços acima de R$ 650.000,00. 3. Qualquer que seja o valor do seu objeto, na compra ou alienação de bens imóveis, nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais. Publicidade ampla: prazo de 30 dias corridos, no mínimo, antes da data de encerramento da entrega dos envelopes; 2. TOMADA DE PREÇOS: Modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas condições exigidas para o cadastramento até o 3º dia anterior à data do recebimento das propostas. É Exigida Tomada de Preços: modalidade adequada para contratações de vulto médio. 1. Para obras e serviços de engenharia – até R$ 1.500.000,00; 2. Para compras e serviços até R$ 650.000,00. 3. Pode-se adotar Tomada de Preços nas Licitações internacionais, se a Administração possuir cadastro internacional. Publicidade ampla: prazo de 30 dias corridos, no mínimo, antes da data de encerramento da entrega dos envelopes; 3. CARTA-CONVITE: É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. É exigida Carta - Convite: 1. Para obras e serviços de engenharia – até R$ 150.000,00. 2. Para compras e serviços – até R$ 80.000,00. nos casos em que couber carta-convite, a Administração poderá utilizar a Tomada de Preços e, em qualquer caso, a Concorrência. Publicidade: feita diretamente aos convidados; a publicidade ampla é facultativa. Prazo de 5 dias úteis, no mínimo, antes da data de encerramento da entrega dos envelopes; 4. CONCURSO: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, MEDIANTE a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. Publicidade ampla: Prazo de 45 dias corridos, no mínimo, entre a publicação do Edital e antes da data de encerramento da entrega dos envelopes; 5. LEILÃO: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos. O leilão também pode ser utilizado para a alienação de bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento. É considerado vencedor do leilão aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. permite a participação de qualquer interessado; não há exigência de habilitação; Publicidade ampla: Prazo de 15 dias corridos antes da data da realização do leilão. 6. PREGÃO(Lei nº 10.520/2002): é a modalidade de licitação para a aquisição de bens e serviços comuns, promovida pela Administração Pública, conforme Lei nº. 10.520/2002. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 49 OS: 0124/9/16-Gil Prazos mínimos entre a publicação e a entrega das propostas ou realização da licitação (art. 21, da Lei nº 8666/93 e Lei nº 10.520/2002): MODALIDADE PRAZO Concurso 45 dias Concorrência 45 dias para empreitada integral , melhor técnica ou técnica e preço; 30 dias nos demais casos Tomada de Preços 30 dias para os casos de melhor técnica ou técnica e preço; 15 dias para os demais casos; Leilão 15 dias Pregão Mínimo de 8 dias úteis Convite 5 dias úteis ■ FASES DA LICITAÇÃO Fase Interna: inicia-se na repartição interessada, com a abertura do processo em que a autoridade determina sua realização. É definido o objeto e indicado os recursos hábeis para a despesa. Fase Externa: desenvolve-se através de: audiência pública; edital ou carta-convite; recebimento da documentação e propostas; habilitação; julgamento das propostas; homologação e adjudicação. Procedimento da Licitação (fase interna) O procedimento será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente: Edital: é o instrumento pelo qual a Administração leva ao conhecimento do público a abertura da concorrência, tomada de preços, concurso ou leilão, divulgando as regras a serem aplicadas em determinado procedimento de licitação; É a lei interna da Licitação. Não é utilizado na modalidade carta-convite o que se publica não é o edital e seus anexos, mas tão somente o seu resumo, chamado de aviso. Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis. Habilitação: é a fase do procedimento em que a Administração verifica a aptidão do candidato para futura contratação. Na carta-convite, leilão e concurso, NÃO EXISTE A HABILITAÇÃO. nesta fase são eliminados os proponentes que não atenderem aos termos e condições do edital. Os habilitados são confirmados e os demais são alijados. Contra o ato de habilitação cabe recurso hierárquico (paralisa o processo); É iniciada a aptidão, onde são examinados os documentos; ATENÇÃO: O licitante inabilitado não poderá participar dos atos subsequentes; Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as propostas, não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento; Após a fase de habilitação, NÃO CABE DESISTÊNCIA DE PROPOSTA, salvo motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão. Julgamento: em local e dia designados, são abertos os envelopes dos proponentes habilitados, ou seja, o envelope com as propostas. No julgamento das propostas, a comissão levará em consideração OS CRITÉRIOS OBJETIVOS definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos pela lei. ■ DESCLASSIFICAÇÃO DE PROPOSTAS: as que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação e as com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexequíveis. ■ LICITAÇÃO FRACASSADA TODOS os licitantes inabilitados ou TODAS as propostas desclassificadas. Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 50 OS: 0124/9/16-Gil Tipos de Licitação para obras, serviços e compras, exceto nas modalidades de concurso e leilão: I - a de menor preço – (mais utilizada); II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço. Homologação: é o ato de controle da autoridade competente sobre o processo de licitação, ou seja, equivale à aprovação do procedimento. Adjudicação: significa que a Administração confere ao licitante a qualidade de vencedor do certame e o de titular da preferência para celebração do futuro contrato. Da Adjudicação surtem os seguintes efeitos: a) direito de contratar; b) impedimento do licitante em contratar com terceiros; c) liberação dos demais proponentes; d) direito dos demais proponentes à retirada dos documentos apresentados; e) vinculação do adjudicatário aos encargos, termos e condições fixados no edital. ■ ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO: A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá REVOGAR a licitação por RAZÕES DE INTERESSE PÚBLICO decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta; A autoridade competente somente poderá ANULÁ-LA por ILEGALIDADE, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. A ANULAÇÃO do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar; Anulação – Pressupõe a ILEGALIDADE no procedimento. Revogação – Fundamenta-se em CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE. O seu fundamento deve ser posterior à abertura da licitação. ESQUEMAS DE SALA DE AULA LICITAÇÃO – Lei 8.666/93 CONCEITO Licitação- é o procedimento administrativo, EXIGIDO POR LEI, para que o Poder Público possa comprar, vender ou locar bens ou, ainda, realizar obras e adquirir serviços, segundo condições previamente estipuladas, visando selecionar a melhor proposta, ou o melhor candidato, conciliando os recursos orçamentários existentes à promoção do interesse público. OBRIGATORIEDADE: art. 37, XXI e art. 173, §1º, III, CF/88: ADM. PUBLICA DIRETA E INDIRETA Obras Serviços Compras Alienações DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 51 OS: 0124/9/16-Gil PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO(ART. 3º, DA LEI Nº 8.666/93): CARACTERÍSTICAS DAS MODALIDADES DA LEI Nº 8666/93 CONCOR- RÊNCIA (art. 22, §1º) - Modalidade mais formal e complexa; - Características: ampla publicidade e universalidade (quaisquer interessados); - Contratações de grandes vultos, podendo participar todos os interessados que comprove na fase habilitação preliminar possuir os requisitos exigidos para a execução do contrato. - Será usada em situações específicas, levando em consideração a natureza do contrato a ser celebrado (alienação de imóveis (regra geral; ver art. 19), contrato de concessão de serviços públicos, licitações internacionais (regra geral; ver art. 23§3º). - São hierarquizadas a partir de dois critérios: 1)Valor estimado do contrato; 2)Complexidade de procedimento. - Aplicáveis, como regra, aos contratos de execução de obras públicas; serviços e compras de bens pela Administração. - As modalidades de licitação são determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação (art. 23). : I - para obras e serviços de engenharia: TOMADA DE PREÇOS (art.22, §2º) - É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. - Modalidade escolhida em função do valor fixado em lei; - Contratações de médios vultos; -Característica: publicidade e universalidade (quaisquer MODALIDADES DE LICITAÇÕES (ART. 22) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.222052 OS: 0124/9/16-Gil interessados) habilitação prévia (CADASTRO) – a verificação dos documentos se faz antecipadamente no momento da inscrição nos registros cadastrais. - Podem participar duas espécies de participantes: os cadastrados e os não-cadastrados (que precisam apresentar documentação em até três dias do recebimento das propostas). a) convite - até R$ 150.000,00; b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00; c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite – até R$ 80.000,00 b) tomada de preços - até R$ 650.000,00; c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 CONVITE (art.22, §3º) - É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. - Interessados que podem participar: cadastrados ou não. - Uso de Cadastro; - Ramo pertinente ao mesmo objeto. CONCURSO (art.22, §4º) - Escolha (entre quaisquer interessados) de trabalho técnico, artístico ou científico, mediante instituição de remuneração ou prêmio aos vencedores. - Os contratos para a prestação de serviço do art. 13 (serviços técnicos profissionais especializados), deverão preferencialmente ser celebrados mediante concurso (ar. 13§1º), ressalvados os casos de inexigibilidade (art. 25). - Não se aplica nenhum tipo do art. 45, pois o prêmio ou remuneração é previamente estipulado pela Administração. Procedimento (art. 52): - Edital; - Regulamento próprio (que deverá ser obtido pelos interessados no local indicado pelo edital). - Julgamento: feito por comissão especial (regra geral 3 membros), integradas por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria, podendo ser servidores públicos ou não (art. 51§ 5º). - Se o objeto do concurso for projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá-lo, quando julgar conveniente. LEILÃO (art. 22, §5º) A Administração procede à venda (através de leilão) entre quaisquer interessados nos casos de: 1) Bens móveis inservíveis. Ex: carros do Detran. 2) Bens legalmente apreendidos ou penhorados. Ex: bens apreendidos na Receita Federal. 3) Bens imóveis integrados ao patrimônio público por meio de procedimento judicial ou dação em pagamento. (do art. 19). Ex.: bens imóveis leiloados pela CEF. OBS: pelo art. 19, os bens imóveis tantos podem ser alienados pela modalidade concorrência (que é a regra geral par as outras formas de alienação) como por leilão. Procedimento do leilão (art.53): - Edital (que deverá ser divulgado de maneira ampla); - O leilão pode ser conduzido por leiloeiro oficial ou por um servidor designado pela Administração; - O bem tem que ser avaliado previamente pela Administração, que fixará um preço mínimo para arrematação; - Os bens arrematados deverão ser pagos à vista, ou no percentual estipulado no edital - que não pode ser inferior a 5% - exceto em leilão internacional, que o pagamento da parcela à vista poderá ser feito no prazo de 24 horas. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 53 OS: 0124/9/16-Gil EXCEÇÕES À OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO (LEI Nº 8666/93) PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO FASE INTERNA: O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa vão custear o futuro contrato. FASE EXTERNA: 1) Edital ou carta-convite 2) Habilitação- Recebimento da documentação e propostas 3) Classificação e julgamento das propostas 4) Homologação 5) Adjudicação. PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO FASE INTERNA ( art. 38): o procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa vão custear o futuro contrato. FASE EXTERNA: 1) Liberação do resumo do edital ou carta-convite 2) Habilitação- Recebimento da documentação e propostas 3) Julgamento das propostas 4) Homologação 5) Adjudicação. 1ª) Publicação do resumo do edital ou o envio de convite (art. 40). O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes e todas as regras exigidas pelo art. 40. Art. 24: 34 situações User Retângulo DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 54 OS: 0124/9/16-Gil 2ª) Habilitação (art. 27) - recebimento da documentação: é a fase do procedimento em que a Administração verifica a aptidão do candidato para futura contratação. Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão. Habilitação jurídica (art. 28): I - cédula de identidade; II - registro comercial, no caso de empresa individual; III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores; IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício; V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir. Qualificação técnica (art. 30): I - registro ou inscrição na entidade profissional competente; II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação; IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. Qualificação econômico-financeira (art.31): I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituiçãopor balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta; II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação. Regularidade fiscal e trabalhista (art.29): I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual; III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei; IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei; V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no5.452, de 1o de maio de 1943. Cumprimento do art. 7º, XXXIII, CF. 3ª) Julgamento das Propostas: no julgamento das propostas, a comissão levará em consideração OS CRITÉRIOS OBJETIVOS definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos pela lei. Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação; III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos; IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais User Sublinhado DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 55 OS: 0124/9/16-Gil deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital. Tipos: I - menor preço – mais utilizada. II - melhor técnica- serviços de natureza predominantemente intelectual. III - técnica e preço- serviços de natureza predominantemente intelectual e para contratação de bens e serviços de informática. IV- maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Obs.: É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos no artigo 45. 4ª) Homologação Ato pelo qual autoridade competente declara que tudo correu de acordo com os trâmites legais. 5ª) Adjudicação É a declaração do objeto da licitação ao licitante vencedor. ■ ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO: A autoridade competente somente poderá ANULÁ-LA por ILEGALIDADE, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. A ANULAÇÃO do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar; A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá REVOGAR a licitação por RAZÕES DE INTERESSE PÚBLICO decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta; Anulação – Pressupõe a ILEGALIDADE no procedimento. Revogação – Fundamenta-se em CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE. O seu fundamento deve ser posterior à abertura da licitação. ____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ User Texto digitado PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 56 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 6 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Conceito de Contrato: é todo acordo de vontades, firmado livremente pelas partes, para criar obrigações e direitos recíprocos. CONTRATO ADMINISTRATIVO: é o ajuste que a Administração, agindo nessa qualidade, firma com o particular ou outra entidade administrativa PARA A CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS DE INTERESSE PÚBLICO, nas condições estabelecidas pela própria Administração. PECULIARIDADES DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS A Administração Pública aparece com uma série de prerrogativas que garantem sua supremacia sobre o particular. Tais peculiaridades constituem as chamadas CLÁUSULAS EXORBITANTES, explícitas ou implícitas, em todo contrato administrativo. CLÁUSULAS EXORBITANTES : jamais seriam possíveis no Direito Privado. 1. Exigência de Garantia 2. Alteração ou Rescisão Unilateral por parte da Administração; 3. Fiscalização; 4. Retomada do Objeto; 5. Aplicação de Penalidades e Anulação 6. Equilíbrio Econômico e Financeiro; 7. Impossibilidade do Particular Invocar a Exceção do Contrato não Cumprido; 1. Exigência de Garantia: Após ter vencido a Licitação, é feita uma exigência ao contratado, a qual pode ser: Caução em dinheiro, Títulos da Dívida Pública, Fiança Bancária, etc. Esta garantia será devolvida após aexecução do contrato. Caso o contratado tenha dado causa a rescisão contratual, a Administração poderá reter a garantia a título de ressarcimento. 2. Alteração ou Rescisão Unilateral: A Administração Pública tem o dever de zelar pela eficiência dos serviços públicos e, muitas vezes, celebrado um contrato de acordo com determinados padrões, posteriormente, observa-se que estes não mais servem ao interesse público, quer no plano dos próprios interesses, quer no plano das técnicas empregadas. Essa ALTERAÇÃO não pode sofrer resistência do particular contratado, desde que o Poder Público observe uma cláusula correlata, qual seja, o EQUILÍBRIO ECONÔMICO e financeiro do contrato. Motivos ensejadores de alterações nos Contratos I - não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; II - a lentidão do seu cumprimento, o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento ou a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; III - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado, ou ainda, a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa que prejudique a execução do contrato; IV - razões de interesse público; V - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior; 3. Fiscalização: Os contratos administrativos preveem a possibilidade de controle e fiscalização a ser exercido pela própria Administração. Deve a Administração fiscalizar, acompanhar a execução do contrato, admitindo-se, inclusive, uma intervenção do Poder Público no contrato, assumindo a execução do contrato para eliminar falhas, preservando o interesse público. 4. Retomada do Objeto: O princípio da continuidade do serviço público AUTORIZA a retomada do objeto de um contrato, sempre que a paralisação ou a ineficiente execução possam ocasionar prejuízo ao interesse público. 5. Aplicação de Penalidades: Pode o Poder Público IMPOR PENALIDADES em decorrência da fiscalização e controle (aplicação de multas e, em casos extremos, a proibição de contratar com a Administração Pública). Resulta do princípio da “auto-executoriedade” e do poder disciplinar da Administração Pública. OBS: É evidente que no contrato de direito privado seria inadmissível a aplicação das sanções penais que exigem intervenção do Poder Judiciário. 6. Equilíbrio Financeiro: Nos contratos administrativos, os direitos dos contratados estão basicamente voltados para as chamadas cláusulas econômicas. User Riscado User Riscado User Texto digitado rescisão DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 57 OS: 0124/9/16-Gil O contratado tem o direito à manutenção ao longo da execução do contrato, da mesma proporcionalidade entre encargos e vantagens estabelecidas no momento em que o contrato foi celebrado. Por isso, se a Administração alterar cláusulas do serviço, IMPONDO MAIS GASTOS ou ÔNUS AO CONTRATADO, DEVERÁ, de modo correlato, proporcionar modificação na remuneração a que o contratado faz jus, sob pena do contratado reclamar judicialmente PLEITEANDO O EQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO, que é a manutenção da comutatividade na execução do contrato (equivalência entre as prestações – comutativo). 7. Exceção do Contrato não Cumprido: É a impossibilidade do Particular invocar a Exceção do Contrato não cumprido. Nos contratos de direito privado, de natureza bilateral, ou seja, naqueles em que existem obrigações recíprocas, é admissível a exceção do contrato não cumprido – a parte pode dizer que somente cumprirá a obrigação se a outra parte cumprir a sua. No entanto, nos contratos administrativos, afirma- se que o princípio da continuidade dos serviços públicos IMPOSSIBILITA AO PARTICULAR arguir a exceção do contrato não cumprido. Se a Administração descumpriu uma cláusula contratual, o particular não deve paralisar a execução do contrato, mas postular perante o Poder Judiciário as reparações cabíveis ou a rescisão contratual. a inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido só prevaleceria para os contratos de serviços públicos. Nos demais, seria impossível a inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido. Hoje, a Lei 8.666/93 – Contratos e Licitações – prevê a paralisação da execução do contrato não pago por período acima de 90 dias. INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS As normas que regem os contratos administrativos são as de Direito Público, suplementadas pelos princípios da teoria geral dos contratos e do Direito Privado. Nos contratos administrativos celebrados em prol da coletividade não se pode interpretar suas cláusulas contra essa mesma coletividade. Existem princípios que não podem ser desconsiderados pelos intérpretes, tais como a “vinculação da administração ao interesse público”, “presunção de legitimidade das cláusulas contratuais”. Qualquer cláusula que contrarie o interesse público ou renuncie direitos da Administração, deve ser interpretada como não escrita, salvo se autorizada por lei. FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO Os contratos Administrativos regem-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de Direito Público, aplicando-lhes supletivamente os princípios da Teoria Geral do Contratos e o Direito Privado. Os contratos administrativos têm que ser precedidos por Licitação, salvo nos casos de INEXEGIBILIDADE e DISPENSA. Terão que constar, obrigatoriamente, Cláusulas Obrigatórias: as que definem o objeto; as que estabeleçam o regime de execução da obra; as que fixem o preço e as condições de pagamento; as que tragam os critérios de reajustamento e atualização monetária; as que marquem prazos de início, execução, conclusão e entrega do objeto do contrato; as que apontem as garantias, etc. Instrumento Contratual: Lavram-se nas próprias repartições interessadas; exige-se Escritura Pública quando tenham por objeto direito real sobre imóveis o contrato verbal constitui exceção, pois os negócios administrativos dependem de comprovação documental e registro nos órgãos de controle interno. A ausência de contrato escrito e requisitos essenciais e outros defeitos de forma podem viciar as manifestações de vontade das partes e com isto acarretar a ANULAÇÃO do contrato. Conteúdo: é a vontade das partes expressa no momento de sua formalização surge então a necessidade de cláusulas necessárias, que fixem com fidelidade o objeto do ajuste e definam os direitos e obrigações, encargos e responsabilidades. Não se admite, em seu conteúdo, cláusulas que concedam maiores vantagens ao contratado, e que sejam prejudiciais à Administração Pública. Integram o Contrato: o Edital, o projeto, o memorial, cálculos, planilhas, etc. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 58 OS: 0124/9/16-Gil EXECUÇÃO DO CONTRATO É o cumprimento de suas cláusulas firmadas no momento de sua celebração; é cumpri-lo no seu objeto, nos seus prazos e nas suas condições. Execução Pessoal todo contrato é firmado “intuitu personae”, ou seja, só poderá executá-loaquele que foi o ganhador da licitação; nem sempre é personalíssimo, podendo exigir a participação de diferentes técnicos e especialistas, sob sua inteira responsabilidade; Encargos da Execução o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscal e comerciais decorrentes da Execução do contrato; a inadimplência do contratado, com referência a esses encargos, não transfere a responsabilidade à Administração e nem onera o objeto do contrato; outros encargos poderão ser atribuídos ao contratado, mas deverão constar do Edital de Licitação; Acompanhamento da Execução do Contrato é direito da Administração e compreende a Fiscalização, orientação, interdição, intervenção e aplicação de penalidades contratuais. Etapa Final da Execução do Contrato consiste na entrega e recebimento do objeto do contrato. Pode ser provisório ou definitivo INEXECUÇÃO DO CONTRATO É o descumprimento de suas cláusulas, no todo em parte. Pode ocorrer por ação ou omissão, culposa ou sem culpa de qualquer das partes. Causas Justificadoras: São causas que permitem justificar o descumprimento do contrato por parte do contratado. A existência dessas causas pode levar à extinção ou à revisão das cláusulas do contrato. Teoria da Imprevisão 1. Caso Fortuito 2. Força Maior 3. Fato do Príncipe 4. Fato da Administração 5. Interferências imprevistas TEORIA DA IMPREVISÃO: Pressupõe situações imprevisíveis que afetam substancialmente as obrigações contratuais, tornando excessivamente oneroso o cumprimento do contrato. É a aplicação da antiga cláusula “rebus sic stantibus”. Os contratos são obrigatórios (“pacta sunt servanda”). No entanto, nos contratos de prestações sucessivas está implícita a cláusula “rebus sic stantibus” (a convenção não permanece em vigor se houver mudança da situação existente no momento da celebração). A aplicação da TEORIA DA IMPREVISÃO permite o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo. FORÇA MAIOR: é o evento externo, estranho a qualquer atuação da Administração ou do contratado, imprevisível, irresistível e inevitável, que impossibilita a execução do contrato. Ex.: furacão, inundação, terremoto. CASO FORTUITO: é o evento interno, decorrente da atuação da Administração ou do contratado; o resultado dessa ação seria anômalo, tecnicamente inexplicável e imprevisível, que impossibilita o cumprimento do contrato. Ex.: um curto-circuito, mesmo a Administração tendo tomado todas as precauções relativas a segurança. Consequências da Inexecução: propicia sua rescisão; acarreta para o inadimplente, consequência de Ordem Civil e Administrativa; acarreta a suspensão provisória e a declaração de inidoneidade para contratar com a Administração. FATO DO PRÍNCIPE: também denominada “álea administrativa”, é a medida de ordem geral, praticada pela própria Administração Pública, não relacionada diretamente com o contrato, MAS QUE NELE REPERCUTE, provocando desequilíbrio econômico-financeiro em detrimento do contratado. Ex.: Medida Governamental que dificulte a importação de matéria-prima necessária à execução do contrato. FATO DA ADMINISTRAÇÃO: é toda ação ou omissão do Poder Público que , incidindo direta e especificamente sobre o contrato, retarda ou impede a sua execução. É falta contratual cometida pela Administração. REVISÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO Pode ocorrer por interesse da própria Administração ou pela superveniência de fatos novos que tornem inexequível o ajuste inicial. Interesse da Administração: quando o interesse público exige a alteração do projeto ou dos processos técnicos de sua execução, com aumento de encargos; Superveniência de Fatos: quando sobrevêm atos de Governo ou fatos materiais imprevistos e imprevisíveis DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 59 OS: 0124/9/16-Gil pelas partes, o qual dificulte ou agravem a conclusão do objeto do contrato. em qualquer destes casos, o contrato é passível de REVISÃO. RESCISÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO É o término do contrato durante a execução por inadimplência de uma das partes, pela superveniência de eventos que impeçam ou tornem inconvenientes o prosseguimento do ajuste. A esse respeito distinguem-se as hipóteses de RESCISÃO: a) ADMINISTRATIVA; b) JUDICIAL; c) DE PLENO DIREITO. PLENO DIREITO: não depende de manifestação das partes, pois decorre de um fato extintivo já previsto, que leva à rescisão do contrato de pleno direito. Ex.: a falência. JUDICIAL: é determinada pelo Poder Judiciário, sendo facultativa para a Administração - esta, se quiser, pode pleitear judicialmente a rescisão. O contratado somente poderá pleitear a rescisão, JUDICIALMENTE. ADMINISTRATIVA: Por motivo de interesse público Por falta do contratado. a) por motivo de interesse público: A Administração, zelando pelo interesse público, considera inconveniente a sua manutenção. Obs: o particular fará jus a mais ampla indenização, no caso de rescisão por motivo de interesse público. b) por falta do contratado: Nesse caso, não está a Administração obrigada a entrar na justiça e, então por seus próprios meios, declara a rescisão, observando o DEVIDO PROCESSO LEGAL, ou seja, que se assegure o direito de defesa ao contratado. TIPOS DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1. CONTRATO DE OBRA PÚBLICA: Trata-se do ajuste levado a efeito pela Administração Pública com um particular, que tem por objeto A CONSTRUÇÃO, A REFORMA OU AMPLIAÇÃO DE CERTA OBRA PÚBLICA. Tais contratos só podem ser realizados com profissionais ou empresa de engenharia, registrados no CREA. Pela EMPREITADA, atribui-se ao particular a execução da obra mediante remuneração previamente ajustada. Pela Tarefa, outorga-se ao particular contratante a execução de pequenas obras ou parte de obra maior, mediante remuneração por preço certo, global ou unitário. 2. CONTRATO DE FORNECIMENTO: É o acordo através do qual a Administração Pública adquire, por compra, coisas móveis de certo particular, com quem celebra o ajuste. Tais bens destinam-se à realização de obras e manutenção de serviços públicos. Ex. materiais de consumo, produtos industrializados, gêneros alimentícios, etc. 3. CONTRATO DE GESTÃO: é o ajuste celebrado pelo Poder Público com órgão ou entidade da Administração Direta, Indireta e entidades privadas qualificadas como ONG’s. 4. CONTRATO DE CONCESSÃO: Trata-se de ajuste, oneroso ou gratuito, efetivado sob condição pela Administração Pública, chamada CONCEDENTE, com certo particular, o CONCESSIONÁRIO, visando transferir o uso de determinado bem público. É contrato precedido de autorização legislativa. 5. CONTRATO DE SERVIÇO: Trata-se de acordo celebrado pela Administração Pública com certo particular. São serviços de demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, manutenção, transporte, etc. Não podemos confundir contrato de serviço com contrato de concessão de serviço. No Contrato de Serviço a Administração recebe o serviço. Já na Concessão, presta o serviço ao Administrado por intermédio de outrem _______________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 60 OS: 0124/9/16-Gil ESQUEMAS DE AULA CONTRATOS ADMINISTRATIVOS CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (ART. , DA LEI Nº 8.666/93): CONCEITO É o ajuste que a Administração firma com o particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público. Contrato de adesão (art. 55) CARACTERÍSTICAS Atuação da Administração como Poder Público (art. 62, I) Cláusulas exorbitantes (art. 58) Finalidade Pública Pessoalidade (com exceção) – art. 72 Contrato formal (com exceção) – art. 60 e § único DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 61 OS: 0124/9/16-Gil CLAUSULAS EXORBITANTES 1º) Exigência de garantia 2º) Poder de alteração unilateral do contrato 3º) Rescisão unilateral do contrato 4º) Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato 5º) Poder de fiscalização, acompanhamento e ocupação temporária 6º) Restrições ao uso da cláusula ‘exceptio non adimpleti contractus’. 7º) Aplicação direta de penalidades contratuais. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CLAUSULAS NECESSÁRIAS (ART. 55) EXIGÊNCIA DE GARANTIA (ART. 56) DURAÇÃO DOS CONTRATOS (ART. 57) CLAUSULAS EXORBITANTES (ART. 58) São Cláusulas necessárias em todo contrato. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários: São prerrogativas que a Administração tem nos contratos administrativos. Clausulas Necessárias: I - o objeto e seus elementos característicos; II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII - os direitos e as Prestação de Garantia: I- caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública; II- seguro-garantia; III- fiança bancária. Obs: - A garantia a que se não excederá a cinco por cento do valor do contrato; - Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. Exceções de duração de contrato adstrita aos créditos : I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses- (podendo ser prorrogado, ainda, por mais 12 meses- em caráter excepcional); III - ao aluguel de O regime jurídico dos contratos administrativos confere à Administração , em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 62 OS: 0124/9/16-Gil responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. IV - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração(alterado pela Lei nº 12.349/2010). - É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. - Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato. acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 63 OS: 0124/9/16-Gil DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS D AF O R M A L I Z A Ç Ã O D O S C O N T R A T O S (ARTS. 60 A 63) F O R M A E S C R I T A - Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. - EXCEÇÃO À REGRA ESCRITA (art. 60, § único): o contrato verbal com a Administração de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento R$ 4.000,00 D D O E I F N O S R T M R A U L M I E Z M A T Ç O Ã O - O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta- contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. D D A O A C S O S N I T N R A A T T U O R A A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei. O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração. É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei. - Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 64 OS: 0124/9/16-Gil DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS D A A L T E R A Ç Ã O D O S C O N T R A T O S (ART. 65) U N IL A TE R A L- M EN TE P EL A A D M IN IS TR A Ç Ã O a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; P O R A C O R D O D A S P A R TE S a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. C A R A C TE R ÍS TI C A S -O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos; - Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes; - A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento. - As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 65 OS: 0124/9/16-Gil DA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS D A E X E C U Ç Ã O D O S C O N T R A T O S (ART. 66 e ss) C A R A C TE R ÍS TI C A S - O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua inexecução total ou parcial. - A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti- lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. - O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato. -O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. -O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado. - O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, atéo limite admitido, em cada caso, pela Administração. D O S EN C A R G O S ( ar t. 7 1) - Encargos trabalhistas* - Encargos fiscais - Encargos comerciais -Encargos previdenciários- a Administração Pública responde solidariamente com o contratado. R EC EB IM EN TO D O O B JE TO ( ar ts . 6 6 a 7 6) EM SE TRATANDO DE OBRAS E SERVIÇOS: EM SE TRATANDO DE COMPRAS OU DE LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS: a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado; b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei(não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais) a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação; b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e conseqüente aceitação. Obs: Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo. - Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos: I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; II - serviços profissionais; não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 66 OS: 0124/9/16-Gil III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade. Obs.: Nestes casos o recebimento será feito mediante recibo. DA INEXECUÇÃO DOS CONTRATOS D A I N E X E C U Ç Ã O E R E S C I S Ã O D O S C O N T R A T O S (ARTS. 77 C ar ac te rí st ic as e C la ss if ic aç ão d e R es ci sã o -A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento. -Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa. -A rescisão do contrato poderá ser: I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior; II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração; III - judicial, nos termos da legislação. M o ti vo s p ar a R es ci sã o Rescisão por ato unilateral da Administração Outras rescisões do art. 78: I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos; III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores; VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; X - a dissolução da sociedade ou o XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei; XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação; XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 67 OS: 0124/9/16-Gil a 80) falecimento do contratado; XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato; XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato; XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato. XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto; XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. Obs: - A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente. - Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a: I - devolução de garantia; II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão; III - pagamento do custo da desmobilização. TEORIA DA IMPREVISÃO SANÇÕES ADMINISTRATIVAS DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia,22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 68 OS: 0124/9/16-Gil RECURSOS ADMININSTRATIVOS Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: I- recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: II- representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação: III- pedido de reconsideração: a) habilitação ou inabilitação do licitante; b) julgamento das propostas; c) anulação ou revogação da licitação; d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento; e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa; - da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico; - de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato. ____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 69 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 7 – SERVIDORES PÚBLICOS Cargo, emprego e função pública – O cargo público corresponde a um conjunto de atribuições previstas em lei a serem exercidas pelo agente público. O emprego público, por sua vez, diferencia-se do cargo público, em face do vínculo celetista do empregado com a Administração Pública. O vínculo funcional do ocupante de cargo público é estatutário. Por outro lado, além do cargo público e do emprego público, existe a função pública que corresponde a um conjunto de atribuições que não seja cargo ou emprego público. Cuida-se de conceito residual. Antes da Constituição de 1988, a Administração Pública direta, autárquica e fundacional podia contratar seus servidores pelo regime celetista ou estatutário, ressalvando algumas carreiras que têm assento constitucional, cujo regime próprio é o estatutário. Com a Constituição de 1988, adotou-se o regime jurídico único estatutário. Posteriormente, com a emenda nº 19/98, o regime jurídico único foi extinto, retornando-se ao sistema anterior à Constituição de 1988, ou seja, pode haver contratação pelo regime celetista ou estatutário, ressalvando as carreiras que exercem atribuições constitucionais e as previstas em lei infraconstitucional (carreiras típicas de Estado), cujo regime estatutário é obrigatório. Recentemente, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu parcialmente medida liminar em ação direta de inconstitucionalidade para suspender a vigência do art. 39, caput, da Constituição Federal com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional n. 19/98, mantida sua redação original, que dispõe sobre a instituição do regime jurídico único dos servidores públicos. A razão da inconstitucionalidade é formal, posto que a comissão especial alterou a vontade da Câmara dos Deputados que mantivera, em primeiro turno, a redação original do caput do art. 39. O STF afirmou ainda que referida decisão terá efeitos ex nunc, subsistindo a legislação editada nos termos da emenda declarada suspensa. (ADI 2135 MC/DF – Informativo n. 474). O regime jurídico de pessoal das empresas públicas e sociedades de economia mista é o de emprego público, regido pela CLT, permanecendo inalterado, ou seja, historicamente o regime de pessoal adotado pelas empresas estatais (Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista) sempre foi o regime da CLT. Agente Público é toda pessoa física que tem algum vínculo funcional com o Estado ou com os entes da Administração Pública Indireta. Agente Político é aquele que exerce atribuições que constituem os cargos estruturais da organização política do país. A doutrina costuma elencar como agente político os membros dos três poderes, os auxiliares diretos dos chefes do Poder Executivo, os membros do Ministério Público e os dos Tribunais de Contas. A expressão servidor público tem sido reservada para englobar os servidores estatutários, os empregados públicos e os servidores temporários (art. 37, IX, Constituição Federal). Os servidores estatutários e os servidores celetistas estão sujeitos a regimes jurídicos distintos. Os celetistas estão vinculados ao regime geral de Previdência Social, enquanto os estatutários se vinculam a um regime especial de Previdência Social, previsto basicamente no art. 40 da Constituição Federal. Há diferenças também no que pertine aos direitos do servidor, posto que há direitos que são exclusivos de uma categoria, inexistindo em outra categoria de servidores. A estabilidade, prevista no art. 41 da Constituição Federal, apresenta-se como uma das principais diferenças, posto que é exclusiva dos servidores estatutários. Há diferenças também em relação ao foro competente para resolução de conflitos que envolvam estes servidores,posto que os servidores do estatuto resolvem suas lides na justiça comum (federal ou estadual), ao passo que os servidores celetistas litigam na justiça do trabalho. Acessibilidade aos Cargos, Empregos e Funções Públicas: Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I,CF). A doutrina entende que brasileiros podem ocupar os cargos, empregos e funções públicas, desde que preencham as exigências da lei específica que regulamenta o cargo. Em relação aos estrangeiros, a norma constitucional é de eficácia limitada exigindo que a legislação expressamente admita a possibilidade de estrangeiros ocuparem cargos, empregos e funções públicas. A Constituição admite, expressamente, no seu art. 207, §§ 1º e 2º, a possibilidade das universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica admitirem professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. Investidura nos Cargos Públicos – Concurso Público: A Constituição Federal determina que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. A universalização dos concursos públicos acaba com os “concursos internos”, que legitimava no passado a figura da ascenção funcional, ou seja, a mudança de carreiras por um servidor sem passar por um concurso público externo com todos. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período, devendo ser reservado percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência nos termos da lei que definirá os critérios de sua admissão DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 70 OS: 0124/9/16-Gil Direito de Greve: O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. A doutrina majoritária, no entanto, entendia que a norma era de eficácia limitada e, consequentemente, os servidores públicos só poderiam fazer greve, após a regulamentação do referido dispositivo constitucional. Em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal, acatando Mandados de Injunção interpostos, determinou aplicação da Lei n. 7783/89, que disciplina o direito de greve dos empregados em geral que prestam serviços públicos essenciais. Remuneração: Os servidores públicos só poderão ter aumento de remuneração em função de lei específica, respeitando-se as iniciativas privativas. A Constituição Federal permite a concessão de reajustes diferenciados, sem prejuízo da revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices, ou seja, nos exatos termos do texto constitucional, a Administração Pública poderá conceder reajustes diferenciados, sem prejuízo da concessão de uma revisão geral anual. A Constituição é bem clara quando exige a lei para qualquer concessão de aumento remuneratório, seja através de reajuste nominal, concessão de gratificação, adicional ou qualquer vantagem pecuniária, alteração de sistemática remuneratória ou qualquer outro tipo de modificação remuneratória. Desta forma, afasta-se a possibilidade de aumento por Decreto, Portaria ou outro instrumento infralegal. Alteração remuneratória deve ser feita por lei específica, respeitando- se as iniciativas privativas. No Poder Executivo, a iniciativa compete ao Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, “a”,CF). Em relação aos membros e servidores do Poder Judiciário, a iniciativa legislativa é dos Tribunais (art. 96, II, “b”, CF). Em relação aos servidores administrativos do Poder Legislativo, os arts. 51, IV e 52, XIII da Constituição Federal também exigem lei de iniciativa de cada Casa Legislativa o poder de iniciativa. Em relação aos membros e servidores do Ministério Público, a iniciativa incumbe ao respectivo Procurador-Geral (art. 127, § 2º, CF). Deve-se ressaltar ainda que a fixação dos subsídios dos Deputados e Senadores, bem como do Presidente, do Vice-Presidente e dos Ministros de Estado continua a ser de competência exclusiva do Congresso Nacional, como consta no texto constitucional, previsto no art. 49, incisos VII e VIII. Em relação aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, a fixação do subsídio depende de lei cuja iniciativa será da competência do próprio STF. É fundamental ressaltar que a Constituição Federal veda a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público (art. 37, XIV), sendo referida remuneração irredutível, como prevê o mesmo dispositivo constitucional (art. 37, XV), sendo a redução admitida apenas nas hipóteses dos incisos XI (teto remuneratório) e XIV (afastar o “efeito cascata”, ou seja, a incidência de um acréscimo pecuniário sobre outro). O Supremo Tribunal Federal, sobre a exigência de lei para a concessão de aumento remuneratório, assim decidiu: “O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Procurador-Geral da República para declarar a inconstitucionalidade da Resolução Administrativa 51/99, do TRT da 14ª Região, que determina que a verba de representação mensal, instituída pelko Decreto-lei 2.371/87 e destinada aos membros daquela Corte, seja calculada com a incidência da parcela autônoma de equivalência. Entendeu-se haver ofensa ao art. 96, II, b, da CF, porquanto a resolução impugnada concede aumento de remuneração sem a previsão legal exigida pelo referido dispositivo (“Art. 96. Compete privativamente:... II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:... b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;”). Precedente citado: ADI 2103/PE (DJU de 8.10.2004). ADI 2104/DF, rel. Min. Eros Grau, 21.11.2007. Plenário. (Informativo nº 489). Subsídio: A emenda constitucional n. 19/98 acrescentou o § 4º ao art. 39 introduzindo uma nova sistemática remuneratória para algumas categorias de servidores consistente no subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. Este subsídio é obrigatório para os membros dos três Poderes, para o detentor de mandato eletivo, para os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. Os membros do Ministério Público (art. 128, § 5º, I, “c”, CF), da Defensoria Pública e da Advocacia Pública (art. 135, CF), assim como os servidores integrantes das carreiras policiais (art. 144, § 9º, CF) devem receber subsídio. A Constituição ainda admite a remuneração sob a forma de subsídio para as demais carreiras no serviço público (art. 39, § 8º, CF) Teto Constitucional: A Constituição Federal determina que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticose os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 71 OS: 0124/9/16-Gil dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Este teto também será aplicado às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º, CF). Conclui-se, portanto, que aquelas que não recebem recursos do governo central para pagamento de despesas e de custeio em geral não estão submetidas ao teto constitucional, como ocorre com a PETROBRAS em que os seus diretores recebem valores superiores aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O teto constitucional vincula todas as espécies remuneratórias, excetuando-se as verbas indenizatórias que, por não terem caráter remuneratório, mas, sim compensatório, podem ser recebidas acima do teto constitucional (art. 37, § 11, CF). Na esfera federal, há um teto unificado para os três Poderes, que corresponde ao subsídio mensal recebido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal. No âmbito estadual, são previstos três tetos distintos, quais sejam: um para os servidores do Poder Executivo, que corresponde ao subsídio mensal recebido pelo Governador, um segundo para os servidores do Poder Legislativo, que corresponde ao subsídio mensal recebido pelo Deputado Estadual, que não pode ultrapassar 75% do valor recebido pelo Deputado Federal (art. 27, § 2º, CF). Em relação aos membros e servidores do Poder Judiciário, corresponderá ao valor do subsídio recebido pelo desembargador, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos e no âmbito municipal, o teto único corresponderá ao subsídio mensal recebido pelo Prefeito. Nos estados, no entanto, o teto poderá ser unificado, tendo como parâmetro o subsídio mensal do Desembargador O § 12 assim determina que.Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Em relação ao subteto da magistratura estadual, assim decidiu o Supremo Tribunal Federal: “O Tribunal, por maioria, deferiu pedido de liminar formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB para, dando interpretação conforme à Constituição ao art. 37, XI, e § 12, da Constituição Federal, o primeiro dispositivo, na redação da EC 41/2003, e o segundo, introduzido pela EC 47/2005, excluir a submissão dos membros da magistratura estadual ao subteto de remuneração, bem como para suspender a eficácia do art. 2º da Resolução 13/2006 e do art. 1º, parágrafo único, da Resolução 14/2006, ambas do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, as quais fixam, como limite remuneratório dos magistrados e servidores dos Tribunais de Justiça, 90,25% do subsídio mensal de Ministro do STF (CF, art. 37: ‘XI – a remuneração e o subsídio... dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite... o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário... § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos Subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.”). ADI 3854 MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, 28.2.2007, Plenário (Informativo nº 457) Salientando-se o caráter nacional e unitário do Poder Judiciário, entendeu-se que as normas em questão, aparentemente, violam o princípio da isonomia (CF, art. 5º, caput e I) por estabelecerem, sem nenhuma razão lógico- jurídica que o justifique, tratamento discriminatório entre magistrados federais e estaduais que desempenham iguais funções e se submetem a um só estatuto de âmbito nacional (LC 35/79, restando ultrapassados, desse modo, pela EC 41/2003, os limites do poder constitucional reformador (CF, art. 60, § 4º, IV). Asseverou-se que o caráter nacional da estrutura judiciária está reafirmado na chamada regra de escalonamento vertical dos subsídios, de alcance nacional, e objeto do art. 93, V, da CF, que, ao dispor sobre a forma, a gradação e o limite para fixação dos subsídios dos magistrados não integrantes dos Tribunais Superiores, não faz distinção, nem permite que se faça, entre órgãos dos níveis federal e estadual, mas sim os reconhece como categorias da estrutura judiciária nacional. Considerou-se, ademais, manifesto o periculum in mora, tendo em conta que já determinada a implementação do teto remuneratório da magistratura estadual em sete tribunais, estando outros oito no aguardo de decisão do CNJ para também fazê-lo. Vencido, parcialmente, o Min. Marco Aurélio, que deferia a liminar em menor extensão, tão- somente para suspender a eficácia das resoluções do CNJ, e, integralmente, o Min. Joaquim Barbosa, que a indeferia. Precedentes citados: ADI 3367/DF (DJU de 17.3.2006); ADI 2087 MC/AM (DJU de 19.9.2003). ADI 3854 MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, 28.2.2007. Plenário (Informativo nº 457)” Inacumulabilidade dos cargos, empregos e funções públicas: A Constituição Federal veda a acumulação de DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 72 OS: 0124/9/16-Gil cargos, empregos e funções públicas, admitindo-se, excepcionalmente, a acumulação de dois cargos de professor,a de um cargo técnico ou científico com um de professor, bem como a acumulação de dois cargos ou empregos na área de saúde em profissão devidamente regulamentada por lei. Há também a regra prevista no art. 37, § 10 que veda a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração, ou seja, o servidor público aposentado pelo regime estatutário (art. 40 da Constituição Federal) não poderá retornar ao serviço público acumulando seus proventos de aposentado com a nova remuneração do seu novo cargo público, salvo se o novo cargo for um cargo acumulável, eletivo ou cargo em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Exercício de mandato eletivo: Os servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional, quando eleitos para o exercício de mandato eletivo, são obrigados a cumprir certas regras relativamente aos seus cargos originários. A Constituição Federal elenca três regras básicas conforme o tipo de eleição, posto que tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função, sendo que investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração e em caso de ser investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a mesma regra do prefeito, ou seja, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo- lhe facultado optar pela sua remuneração. Deve-se destacar que em qualquer caso em que é exigido afastamento, para efeito de benefício previdenciário, os valores serão determinados como se no exercício estivesse, ou seja, ele continuará pagando contribuição previdenciária como se estivesse exercendo o cargo efetivo. Estabilidade: Os servidores públicos estatutários adquirem a estabilidade no cargo público, após três anos de efetivo exercício, só sendo possível a perca do cargo público nas hipóteses expressamente previstas no texto constitucional, quais sejam: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Há ainda a hipótese prevista no art. 169,§§ 3º e 4º da Constituição Federal, em que poderá vir a perder o cargo público, se descumpridos por parte dos entes políticos os limites de gastos com pessoal na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), sendo que nesse caso, o Poder Público deve tomar algumas medidas prévias, tais como: redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e exoneração dos servidores não estáveis, para somente após referidas medidas não surtirem efeito, proceder-se a exoneração dos servidores públicos estáveis. O período que antecede a estabilidade é chamado de estágio probatório, período este em que será avaliada a sua assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade para a aquisição da estabilidade. Provimento e Vacância dos Cargos Públicos: A lei n. 8112/90 disciplina no art. 8º as formas de provimento dos cargos públicos, que são: nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução, sendo que no art. 33 da mesma lei, elenca as hipóteses de vacância: exoneração, demissão, promoção, readaptação, posse em cargo inacumulável, aposentadoria e falecimento. SISTEMA PREVIDENCIÁRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS. Uma das principais diferenças entre os servidores estatutários e os celetistas é o sistema previdenciário, posto que o celetista se vincula ao regime geral de Previdência Social (INSS) e o servidor do estatuto está sujeito a uma Previdência própria (Regime Especial de Previdência Social), basicamente previsto no art. 40 da Constituição Federal. Os servidores estatutários se aposentam nos termos do art. 40, § 1º da Constituição Federal por: Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 73 OS: 0124/9/16-Gil II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) NOTA DE AULA CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS (DOUTRINA CLÁSSICA): CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS (DOUTRINA MODERNA): AGENTE POLÍTICO AGENTE HONORÍFICO AGENTE ADMINISTRATIVO AGENTE DELEGADO AGENTE CREDENCIADO AGENTES PÚBLICOS AGENTE PÚBLICO AGENTE POLÍTICO MILITARES SERVIDOR PÚBLICO PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO User Retângulo User Texto digitado Hely Lopes Meireles User Texto digitado Di Pietro, Celso Antônio Bandeira de Melo User Retângulo User Texto digitado SERVIDOR PÚBLICO (militar e civil)nullempregado publiconullservidor temporário User Texto digitado agente honorífico, delegado e credenciado DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 74 OS: 0124/9/16-Gil LEI Nº 8.112/90PROVIMENTO ORIGINÁRIO DERIVADO NOMEAÇÃO POSSE EXERCÍCIO CARGO EFETIVO CARGO EM COMISSÃO READAPTAÇÃO REVERSÃO REINTEGRAÇÃO RECONDUÇÃO APROVEITMENTO PROMOÇÃO Investidura Apresentar declaração de bens e não acumulação de C.E.F B Depende de inspeção médica Pode ser por procuração 30 dias 15 dias Limitação física ou mental Retorno do aposentado Retorno do demitido -Decorrente de reintegração -Inabilitação em est. probat. Retorno de quem está em disponibilidade Elevação de classe na mesma carreira DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 75 OS: 0124/9/16-Gil LEI Nº. 8.112/90 - FORMAS DE VACÂNCIA IDADE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO TEMPO DE EFETIVO EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO TEMPO DE EFETIVO EXERCÍCIO NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA PROVENTOS BASE LEGAL INVALIDEZ (nos casos de acidente do trabalho, doença profissional e doença grave, contagiosa e incurável - - - - Integrais, apurada a média de que trata o § 3º. Art. 40, § 1º, I. INVALIDEZ (nos demais casos) - - - - Proporcionais ao tempo de contribuição Art. 40, § 1º, I. COMPULSÓRIA 70* ou 75 - - - Proporcionais ao tempo de contribuição Art. 40, § 1º, II. VOLUNTÁRIA POR IDADE 65 (Homem) 60 (Mulher) - 10 5 Proporcionais ao tempo de contribuição Art. 40, § 1º, III, "b". VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 60 (Homem) 55 (Mulher) 35 (Homem) 30 (Mulher) 10 5 Integrais, apurada a média de que trata o § 3º. Art. 40, §1º, III, "a". VOLUNTÁRIA por tempo 55 30 10 5 Integrais, Art. 40, § VACÂNCIA TIPOS EXONERAÇÃO DE OFICIO A PEDIDO CARGO EFETIVO CARGO EM COMISSÃO DEMISSÃO READAPTAÇÃO PROMOÇÃO APOSENTADORIA FALECIMENTO ACUMULAÇÃO DE CARGOS Não entrar em exercício no prazo Insuficiência de desempenho B Inabilitação em est. probat. Excesso de despesa com pessoal Extinção de cargo do não estável Decorrente de reintegração se o cargo era ocupado por não estável Processo Adm. Disciplinar (PAD) Compulsória Sentença Judicial Transitada em Julgado Invalidez OU Voluntária DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 76 OS: 0124/9/16-Gil de contribuição exclusivamente prestado em funções de magistério na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. (Homem) 50 (Mulher) (Professor) 25 (Professora) apurada a média de que trata o § 3º. 1º, III, "a", c/c § 5º. - Nos termos do artigo 1º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, que regulamentou a aplicação do § 3º da EC 41/03, diante da competência da União para estabelecer normas gerais sobre previdência (artigo 24, inciso XII, c/c §1º, da CF/88), para o cálculo dos proventos de aposentadoria, deve ser considerada a média aritmética simples das maiores remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que ele esteve vinculado (Regime Geral de Previdência Social – RGPS ou regime próprio), correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. DOS DIREITOS E VANTAGENS DO SISTEMA REMUNERATÓRIO: VENCIMENTO: é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. REMUNERAÇÃO: é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. SUBSÍDIO: espécie remuneratória acrescida ao texto constitucional pela EC 19/98. É aplicável aos agentes políticos e a algumas carreiras do serviço público. Deve ser fixada em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer outra vantagem pecuniária de natureza remuneratória. PROVENTOS: espécie remuneratória aplicável aos aposentados. LEI Nº. 8.112/90 - DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS VANTAGENS PECUNIÁRIAS IN D EN IZ A Ç Õ ES AJUDA DE CUSTO (art. 53) Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente; É calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3(três) meses; À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. É vedado o duplo pagamento da indenização, a qualquer tempo, no caso do cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor vier a ter exercício na mesma sede. Lei nº 12.998/2014: Art. 53. § 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 36. DIÁRIAS (art. 58) O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 77 OS: 0124/9/16-Gil a passagens e diárias; Será devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias; Quando constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. Não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, salvo se houver pernoite fora da sede, situação que fará jus à diária. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede ou retornar à sede em prazo menor que o previsto, fica obrigado a restituí-las integral ou em excesso, respectivamente, no prazo de 5 dias. TRANSPORTE (art. 60). Concedida ao servidor que realizar despesas com a utilização de seu veículo para executar serviços externos. AUXÍLIO-MORADIA (art.60-A) Consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês, após comprovação de despesa. É devida ao servidor que tenha se mudado do local de sua residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança, do grupo DAS 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes. É necessário ainda atender os requisitos: não existir imóvel funcional disponível para uso do servidor; o cônjugeou companheiro ou nenhuma outra pessoa que resida com o servidor não ocupe imóvel funcional ou receba o auxílio; o servidor ou seu cônjuge não tenha imóvel no município aonde for exercer o cargo etc. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos.* O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado; independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). Alterado pela Lei12.998/2014 : Art. 27. Ficam revogados: VI - o art. 60-C da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 78 OS: 0124/9/16-Gil G R A TI FI C A Ç Õ ES EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO (art. 62) Servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício. GRATIFICAÇÃO NATALINA (art. 63) A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano. GRATIFICAÇÃO DE ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO (art. 76- A) A gratificação é devida ao servidor, em caráter eventual, quando: I- atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; II- participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais; III- participar da logística de preparação e de realização de concurso público e IV- participar da aplicação, fiscalização ou avaliação de provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. O valor da gratificação será calculado em horas(que não poderá ser superior ao equivalente a 120 horas anuais, ressalvada situação excepcional). O valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais: 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento) para I e II e 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) para III e IV, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração federal. A D IC IO N A IS PELO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES INSALUBRES PERIGOSAS E PENOSAS (ART.68) Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo; O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento. PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO (ART. 73) Hora extraordinária paga com acréscimo de 50% em relação a hora normal trabalhada; Limite máximo de horas extras por dia: 2 horas; Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 79 OS: 0124/9/16-Gil ADICIONAL NOTURNO(ART. 75) O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte Valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento); Cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. ADICIONAL DE FÉRIAS (ART. 76) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que poderão ser cumuladas até dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas hipóteses que haja legislação específica. Será pago por ocasião das férias, adicional de 1/3 da remuneração do servidor neste período; o pagamento será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. As férias poderão ser parceladas em até três etapas; É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço; As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade OUTROS RELATIVOS AO LOCAL OU A NATUREZA DE TRABALHO ( ART. 61, VIII) -- LEI Nº 8.112/90 - LICENÇAS ESPÉCIES DURAÇÃO REMUNE- RAÇÃO ART. DA LEI OBS: MATERNIDADE (GESTANTE) 120 dias consecutivos** (prorrogados por mais 60 dias - Lei nº. 11.770/08 e Decreto 6690/2008). Sim 207 • Poderá ter início no 1° dia do 9° mês. • No caso de nascimento prematuro, terá inicio a partir do parto (§ 2°). • No caso de aborto, terá direito a 30 dias de repouso remunerado (§ 4°). Art. 102: é contado como efetivo exercício. PATERNIDADE OU ADOÇÃO 5 dias consecutivos (porrogados por mais 15 dias- Decreto 8737/2016) Sim 208 • Nascimento ou adoção de filhos. Art. 102: é contado como efetivo exercício. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 80 OS: 0124/9/16-Gil ADOTANTE (SÓ PARA SERVIDORA) • 90 dias, criança até 1 ano de idade. • 30 dias, criança de mais de 1 ano de idade. (A prorrogação é obrigatória, segundo - Lei nº. 11.770/08 e Decreto 6690/2008) Sim 210 210, § único • Hipóteses de adoção ou guarda judicial. Art. 102: é contado como efetivo exercício. TRATAMENTO DE SAÚDE Art. 102: até 24 meses é contado como efetivo exercício. Art. 103: conta-se apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade a licença que exceder 24 meses. Sim 202 -- ACIDENTE EM SERVIÇO • Indeterminado (até a sua recuperação) Sim 211 • Equiparação a acidente em serviço (art. 212, parágrafo único) Art. 102: é contado como efetivo exercício. DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA (em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros ou entidade fiscalizadora). Duração do mandato. *Pode ser pror- rogado, no caso de reeleição. Não 92 Licença do servidor por entidades com: • até 5000 associados— 2 servidores; . de 5001 a 30000 — 4 servidores; • Mais de 30000 associados — 8 servidores. Art. 102: é contado como efetivo exercício, exceto para promoção por merecimento. Alterado pela Lei nº 12.998/2014: PARA CAPACITAÇÃO • Até 3 meses, por cada 5 anos de efetivo exercicio (inacumuláveis) Sim 87 e parágrafo único Para participar de curso de capacitação profissional. Art. 102: é contado como efetivo exercício. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 81 OS: 0124/9/16-Gil SERVIÇO MILITAR • Enquanto durar a convocação. -- 85 O servidor tem até 30 dias para reassumir o cargo(sem remuneração). Art. 102: é contado como efetivo exercício. Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e não suspende o estágio probatório TRATAMENTO DE INTERESSES PARTICULARES • Até 3 anos consecutivos Não 91 . Não pode estar em estágio probatório. POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE • Indeterminado Não 84 Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e suspende o estágio probatório POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA (cônjuge, pais, filhos, padrasto, madrasta e enteado ou dependente que viva às expensas e conste no seu assentamento funcional) • Até 60 dias consecutivos ou não* (alterado pela Lei 12.269/2010) Sim 83 • Será precedida por perícia médica oficial (art. 83). • Vedado o exercício de atividade remunerada durante o seu gozo (art. 81 § 3°) Art. 103- é contado apenas para efeito de aposentadoria ou disponibilidade a licença,com remuneração, que exceder 30 dis em perídodos de 12 meses. Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e suspende o estágio probatório Até 90 dias, consecutivos ou não (alterado pela Lei 12.269/2010) Não PARA A ATIVIDADE POLÍTICA • De sua escolha em convenção partidária até a véspera da sua candidatura perante a Justiça_Eleitoral. Não Art. 103- é contado apenas para efeito de aposentadoria ou disponibilidade a licençado servidor a partir do registro até 10 dias após as eleições. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 82 OS: 0124/9/16-Gil Do registro na Justiça Eleitoral até o 10º dia após a eleição ( não podendo exceder 3 meses). Sim 86 Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e suspende o estágio probatório LEI Nº 8.112/90- DOS AFASTAMENTOS ESPÉCIES CARACTERÍSTICAS ART. DA LEI PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE DOS PODERES DA UNIÃO, ESTADOS OU DF OU MUNICÍPIOS. I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança (sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos). Art. 93 Art. 102: é contado como efetivo exercício. II - em casos previstos em leis específicas EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; Art. 94 Art. 102: é contado como efetivo exercício, exceto para promoção por merecimento. Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e não suspende o estágio probatório II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. - § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. - § 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. Art. 95 Art. 102: é contado como efetivo exercício. Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e não suspende o estágio probatório DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 83 OS: 0124/9/16-Gil DO AFASTAMENTO PARA SERVIR EM ORGANISMO INTERNACIONAL - Dar-se-á com perda total da remuneração. Art. 96. Art. 102: é contado como efetivo exercício. Pode ser concedido ao servidor em estágio probatório e suspende o estágio probatório DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO STRICTO SENSU NO PAÍS**** (Incluído pela Lei nº. 11.907/2009). Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) § 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós- graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) § 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) § 3o Os afastamentos para realização de programas de pós- doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares oucom fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010) § 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) § 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) § 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. 96-A Art. 102: é contado como efetivo exercício. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 84 OS: 0124/9/16-Gil (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) § 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) LEI Nº 8.112/90- DO REGIME DISCIPLINAR D O S D EV ER E S (A R T. 1 1 6 ) São deveres do servidor público: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. LEI Nº 8.112/90 - DAS CONCESSÕES (Art. 97) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois dias ; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. * Alterado pela Lei nº 12.998/2014:: Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois dias; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 85 OS: 0124/9/16-Gil D A S PR O IB IÇ Õ ES ( A R T. 1 17 ) É proibido ao servidor: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008) XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 86 OS: 0124/9/16-Gil D A S R ES P O N SA B IL ID A D ES ( A R T. 1 21 ) Responsabilidade Civil - Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. Responsabilidade Civil- administrativa- Resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. - A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Responsabilidade Penal - Abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. - As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. D A S PE N A LI D A D ES ( A R T. 1 27 ) I - Advertência - Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) II – Suspensão - Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. III – Demissão - Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. IV - Cassação de aposentadoria ou disponibilidade - Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. V - Destituição de cargo em comissão; Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. VI - Destituição de função comissionada. --- DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 87 OS: 0124/9/16-Gil DA PRESCRIÇÃO: A ação disciplinar prescreverá: I - Em 5 (cinco) anos: quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão. II - em 2 (dois) anos: quanto à suspensão. III - em 180 (cento e oitenta) dias: quanto á advertência. - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. - Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção AUTORIDADES COMPETENTES PARA A APLICAÇÃO DA PENALIDADES: ART. 141 PENALIDADES AUTORIDADES Demissão, Cassação de aposentadoria ou cassação de disponibilidade. I. Do servidor do: Poder Executivo Federal: Presidente da República Poder Legislativo Federal: Presidente da Casa do Poder Legislativo Poder Judiciário Federal: Presidentes dos Tribunais Federais Ministério Público Federal: Procurador Geral da República Suspensão (superior a 30 dias) II. Autoridades administrativas hierarquicamente inferiores às mencionadas no item I Advertência Suspensão (até 30 dias) III. Chefe de repartição e outras autoridades Destituição do cargo em comissão IV. Autoridade que houver feito a nomeação DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 88 OS: 0124/9/16-Gil DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PRAZO PARA CONCLUSÃO: 30 DIAS + 30 DIAS, a critério de autoridade superior OU OU *FONTE: DEGRAU CONCURSOS. SINDICÂNCIA DECISÃO Arquivamento do processo Aplicação de advertência ou suspensão (até 30d) Instauração do PAD (Processo Administrativo Disciplinar) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 89 OS: 0124/9/16-Gil *FONTE: DEGRAU CONCURSOS. superior a 30 dias. CITAÇÃO DO INDICIADO DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 90 OS: 0124/9/16-Gil CAPÍTULO 8 – CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E IMPROBIDADE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO CONCEITO: Controle da administração pública é o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de poder. CLASSIFICAÇÃO 1) QUANTO AO ÓRGÃO (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO) = QUANTO À EXTENSÃO DO CONTROLE (JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO): 1.1- Controle interno (autocontrole): é o controle que cada um dos poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes. OBS.: CUIDADO!!!!!!!! Controle interno exterior: nomenclatura de Celso Antônio Bandeira de Mello, referente aos casos onde haveria duplo controle, assim, um controle seria realizado pelo próprio órgão e o outro controle seria realizado pela administração direta. 1.2- Controle externo (heterocontrole): é o controle exercido por um dos poderes sobre o outro. Ex.: controle que a administração pública direta exerce sobre a administração pública indireta; controle que o judiciário realiza perante atos praticados pelo executivo; controle do Tribunal de Contas sobre atos do judiciário; Obs.: o controle popular trata se de controle externo, sendo decorrência do princípio da publicidade. O controle popular pode ser realizado conforme a lei 4.898/65, pela lei 8.429/95 (art. 14, art. 22), conforme o art. 31, §3º da CRFB/88. 2) QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO (MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO E CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO) = QUANTO À NATUREZA DO CONTROLE (JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO): 2.1- Controle de legalidade: pode ser realizado pela administração (súmula 346 do STF), pelo judiciário (art. 5º, XXXV, CRFB/88) e pelo legislativo (quando autorizado pela Constituição) 2.2- Controle de mérito: é o controle realizado em relação à conveniência e oportunidade, prevalecendo o princípio daseparação dos poderes, assim, não cabe ao judiciário substituir o mérito administrativo (súmula 473 do STF). Quanto ao controle de mérito, deve haver atenção especial para a ADPF 4511, que trata de políticas públicas: quando uma decisão administrativa viola a razoabilidade e a proporcionalidade (previstas no artigo 2º da lei 9.784/99), o judiciário pode sim exercer o controle, sendo um controle de legalidade, porém, que, indiretamente, atingirá o mérito do ato administrativo; 3) QUANTO AO MOMENTO (CELSO ANTÔNIO, DI PIETRO) = QUANTO À OPORTUNIDADE (JOSÉ DOS SANTOS): 3.1-Controle prévio: exercido antes de se consumar a conduta administrativa; 3.2-Controle concomitante (sucessivo): é o controle realizado à medida que a conduta está se desenvolvendo. Ex.: fiscalização de um contrato que está em andamento; art. 67 da lei 8.666/93, que consiste na fiscalização dos agentes públicos durante a realização de obras públicas; 3.3-Controle posterior (corretivo/subsequente): traz a ideia de revisão, buscando confirmar ou corrigir o ato. Ex.: típico ato de controle do judiciário em relação a ato já praticado: visto das autoridades superiores; homologação da autoridade superior. 4) QUANTO À INICIATIVA (JOSÉ DOS SANTOS): 4.1- De ofício: trata se de manifestação da própria autotutela; 4.2- Provocado: é o controle deflagrado por terceiro, sendo caso claro, por exemplo, dos recursos administrativos. 5) QUANTO À NATUREZA DO CONTROLADOR: 5.1- CONTROLE ADMINISTRATIVO: é o controle que vai confirmar, rever, alterar, condutas internas quanto à legalidade e à conveniência, sendo sempre realizado pelo executivo ou pelos órgãos administrativos do legislativo e do judiciário. Tudo isso decorre da autotutela. Tal controle é exercido pelos órgãos superiores em relação aos órgãos inferiores, com o auxílio de órgãos julgadores de recursos e também com o auxílio de órgãos especializados (ex.: controle técnico de auditoria). O objetivo desse controle é: confirmação do ato; correção do ato; alteração do ato. FUNDAMENTO DO CONTROLE (CELSO ANTÔNIO): -Hierárquico (controle por subordinação): escalonamento vertical dos órgãos – decorrência do princípio da hierarquia entre órgão superior e órgão inferior, tratando de caso típico de exercício do poder hierárquico; - Finalístico (controle por vinculação): controle de legalidade da atuação administrativa, exercendo a administração direta controle sobre a administração indireta; User Realce User Retângulo User Realce User Retângulo User Texto digitado jurisdicional e legislativa DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 91 OS: 0124/9/16-Gil OS INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DESSE CONTROLE SÃO: A) direito de petição - direito de postular aos órgãos públicos algum direito em decorrência da cidadania (previsto no artigo 5º, XXXIV, “a”, da CRFB/88). Depois de exercido o direito de petição, o recebimento do pedido pela autoridade é obrigatório. b) controle ministerial - é o exercício feito pelo Ministério sobre os órgãos da administração pública a ele vinculado e sobre as pessoas da administração indireta federal (art. 19 do decreto 200/67); c) fiscalização hierárquica (Celso Antônio) - esse é o “sistema organizacional da administração”, decorrente do escalonamento dos quadros da administração, onde o órgão superior exerce o controle sobre o órgão inferior; d) controle social - é o controle do poder público que é realizado pela sociedade. Existem vários instrumentos que mostram esse controle social, como por exemplo: leis de iniciativa popular (art. 61, §2º da CRFB/88) + EC 19/98, com o art. 37, §3º + ações e serviços de saúde (art. 198, III, CRFB/88) + participação social na seguridade social (art. 194, VII, da CRFB/88) + consulta pública e audiência pública (lei 9.784/99). Esse controle social pode ser efetivado através de um controle natural (associações, fundações, sindicatos realizando o controle) ou também pode ser um controle institucional, exercido por órgãos (entidades) do poder público, que tem por escopo a defesa de interesses gerais da coletividade (ex.: Defensoria Pública, Ministério Público). e) instrumentos legais - a Lei Complementar 101/2.000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) é um instrumento legal de controle dos atos; f) recursos administrativos lato sensu - tais recursos devem se sujeitar ao princípio da publicidade e também ao princípio do formalismo, sendo necessário também que haja (para que possa recorrer) o inconformismo. Aqui, resta lembrar, fala se apenas dos recursos administrativos, não dos recursos judiciais. O fundamento do recurso está no sistema de hierarquia orgânica, o exercício do direito de petição, a garantia de contraditório e de ampla defesa. Não há uma regra geral para os recursos. Os recursos administrativos dispensam advogado, e a petição já vem com a razão em uma peça só (não há petição de interposição separado das razões). ESTUDO DOS RECURSOS EM ESPÉCIE: F.1) representação administrativa: o recorrente denuncia irregularidades, ilegalidades ou condutas abusivas dos órgãos e agentes públicos, tudo isso com o objetivo de apuração e de regularização do ato. Nesse caso, o recorrente pode ser qualquer pessoa, mesmo aquele que ainda não tenha sido afetado pela conduta abusiva – assim, a administração pública ao receber essa representação do recorrente, necessariamente instaura um processo administrativo, que nada mais é do que um poder dever que a administração pública tem de averiguar e punir os responsáveis por ter praticado condutas abusivas(exemplo: art. 74, §2º da CRFB/88; lei 4.898/65, nos artigos 3º e 4º);·. F.2) reclamação administrativa: prevista no decreto 20.910/32, conceitua se como “o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma pretensão perante a administração pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão”. Na reclamação, o recorrente é o interessado direto (já na representação, o recorrente é qualquer pessoa, ainda que não afetada pelo ato). OBS.: CUIDADO: Não se deve confundir essa reclamação com a reclamação cabida ao STF em razão de ato administrativo contrário à orientação de súmula vinculante (essa última de caráter nitidamente jurisdicional); F.3) pedido de reconsideração: trata se de pedido de reexame da matéria pela própria autoridade que emitiu aquele ato, só podendo ser esse pedido ser feito uma única vez (assim, se for indeferido, total ou parcialmente, não admite uma nova postulação). Não há lei específica cuidando do pedido de reconsideração, embora haja alguns diplomas que se referem a esse recurso: lei 8.112/90; art. 109, III, da lei 8.666/93. O prazo para esse pedido é de um ano (utiliza se por analogia o prazo da reclamação administrativa). F.4) revisão do processo: prevista nos artigo 174 a 182 da lei 8.112/90 e no artigo 65 da lei 9.784/99. A revisão nada mais é do que o reexame da punição (ou do servidor, ou do administrado) em razão da ocorrência de: um fato novo; circunstância que justifique a inocência; inadequação da penalidade aplicada. Pode a revisão do processo ser feita de ofício, a pedido e também a qualquer tempo. F.5) recurso hierárquico: F.5.1) recurso hierárquico próprio: é aquele recurso dirigido para a autoridade hierarquicamente superior (portanto, é um recurso interno). Esse recurso decorre da própria hierarquia dos órgãos, portanto, não precisa delei que o preveja, sendo lícito que o administrado recorra à autoridade superior àquela que realizou o ato que lhe prejudicou. Exemplos: artigos 56 a 64 da lei 9.784/99. F.5.2) recurso hierárquico impróprio: não decorre da hierarquia, uma vez que o recurso se dá para outro órgão que não exerce hierarquia sobre o primeiro (ex.: o dirigente de uma autarquia profere um ato, e há recurso para o Ministério em que se acha vinculado aquela autarquia): É NECESSÁRIO EXPRESSA PREVISÃO LEGAL!!!!! 6.2- CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR: 6.2.1- CONTROLE POLÍTICO: vai analisar as decisões administrativas sobre os aspectos da discricionariedade, ou User Realce User Realce DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 92 OS: 0124/9/16-Gil seja, da oportunidade e da conveniência ao interesse público. O artigo 49, X da CRFB/88, atribui como competência do Congresso Nacional “[...] fiscalizar e controlar diretamente ou por qualquer de suas casas os atos do Poder Executivo [...]”. O controle do Congresso Nacional acima prevista, do artigo 49, X, trata-se de uma hipótese de controle político; - O art. 49, V, da CRFB/88 traz a possibilidade de controle dos atos pelo Congresso quando os atos do Executivo suplantarem os limites da regulamentação; O art. 50 da CRFB/88 trata do poder convocatório; O art. 58, §3º trata das CPI´s; As aprovações e autorizações do Congresso Nacional para que o Executivo realiza alguns atos trata de mais uma forma de controle legislativo. Ex.: é preciso que o Congresso Nacional aprove o ato de renovação de um contrato de emissora de TV – o artigo 49, I, XII, XIII, XV e XVII traz outros exemplos de controle; O senado também pode exercer o controle (art. 52, III a IX da CRFB/88); 6.2.2- CONTROLE FINANCEIRO: previsto no artigos 70 a 75 da CRFB/88, abarca todos os poderes da República. É o controle realizado, principalmente, pelo TCU. Existe tanto o controle interno quanto o controle externo; - O artigo 71 da CRFB/88 diz quais são as atribuições do Tribunal de Contas. Seria possível ao Tribunal de Contas, ainda que realizando o controle financeiro, poderia ele realizar o controle abstrato de constitucionalidade? Não, a realização de controle abstrato de constitucionalidade é competência do STF, e o que o Tribunal de Contas pode é apreciar a constitucionalidade de leis e atos do poder público (nesse sentido: súmula 347 do STF). Seria cabível ao Tribunal de Contas rever uma decisão judicial transitada em julgado? O MS 28.150 julgado recentemente (em 2009), diz que não cabe ao Tribunal de Contas rever decisões transitadas em julgado, sob pena de violar a segurança jurídica e a boa fé objetiva. A lei 9.478/97, no seu artigo 67, prevê um procedimento simplificado de licitação para a Petrobrás: o STF concedeu liminar no MS 28.252 (em 29/09/09) no sentido de que seria permitido que a Petrobrás utilizasse o procedimento simplificado da lei 9.478/97, suspendendo os efeitos de um acórdão do Tribunal de Contas (que trazia orientação de que a Petrobrás deveria seguir a lei 8.666/93). 6.3 CONTROLE JUDICIAL: Vigora o sistema da jurisdição única, ou seja, cabe ao judiciário dar a decisão final em relação ao ato; O judiciário pode anular os atos ilegais, havendo várias medidas para isso: habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, mandado de injunção, ação civil pública, ADI, dentre outras, sem prejuízo das ações ordinárias; CAPÍTULO 9 – LEGISLAÇÃO 1 – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 93 OS: 0124/9/16-Gil Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – home e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delitoou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 94 OS: 0124/9/16-Gil a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 95 OS: 0124/9/16-Gil LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus benssem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas- corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 96 OS: 0124/9/16-Gil § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordináriosuperior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 97 OS: 0124/9/16-Gil XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam- se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê- lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 98 OS: 0124/9/16-Gil c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 99 OS: 0124/9/16-Gil § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. TÍTULO III Da Organização do Estado CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º - Brasília é a Capital Federal. § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 100 OS: 0124/9/16-Gil dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 101 OS: 0124/9/16-Gil d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) c) sob regime de permissão, são autorizadasa produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 102 OS: 0124/9/16-Gil XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 103 OS: 0124/9/16-Gil § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Art. 28. A eleição do Governador e do Vice- Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.(Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Os subsídios do Governador, do Vice- Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CAPÍTULO IV Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 104 OS: 0124/9/16-Gil III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição; IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide ADIN 4307) a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 105 OS: 0124/9/16-Gil x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 106 OS: 0124/9/16-Gil VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) § 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº25, de 2000) I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico- cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. § 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Seção I DO DISTRITO FEDERAL Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. § 2º - A eleição do Governador e do Vice- Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Seção II DOS TERRITÓRIOS Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. § 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS | Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 107 OS: 0124/9/16-Gil § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. CAPÍTULO VI DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. § 3º - Nos casos