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Direito Adminstrativo Módulo Completo - Lidiane Coutinho - Curso Prime - 2016

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
CONCURSO: DOBRADINHA IFCE / UFC 
 
ASSUNTO: 
Capítulo 1 – Direito Administrativo...................................................................................................01 
Capítulo 2 – Princípios da Administração Pública..............................................................................03 
Capítulo 3 – Organização da Administração Pública.........................................................................12 
Capítulo 4 – Atos Administrativos....................................................................................................20 
Capítulo 5 – Licitação Pública............................................................................................................43 
Capítulo 6 – Contrato Administrativo..............................................................................................56 
Capítulo 7 – Servidores Públicos........................................................................................................69 
Capítulo 8 – Controle da Administração Pública...............................................................................90 
Capítulo 9 – Legislação.......................................................................................................................92 
1- Constituição Federal................................................................................................92 
2- Decreto-Lei 200/67................................................................................................172 
3- Lei 8.112/90...........................................................................................................177 
4- Lei 8.666/93...........................................................................................................207 
5- Lei 9.784/99...........................................................................................................239 
Capítulo 10 – Questões de Concursos................................................................................................245 
 
CAPÍTULO 1 – DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1.1) ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O Direito Administrativo, como ramo autônomo do direito, 
começa a se organizar no final do século XVIII e início do 
século XIX, com as revoluções liberais desse período, 
particularmente a Revolução Francesa. Antes, os estados 
europeus eram monarquias absolutas e, evidentemente, 
referidos estados não se submetiam às regras jurídicas, 
posto que, os monarcas concentravam em suas mãos todos 
os poderes e, consequentemente, jamais se submeteriam a 
um regime jurídico-administrativo. 
Após a Revolução Francesa, com o surgimento do 
constitucionalismo, do princípio da Legalidade e da 
Separação dos Poderes, começam a surgir normas 
administrativas, que, mais tarde, seriam estudadas de 
forma mais harmônica, organizando-se como um ramo 
específico do direito. 
Inicialmente, não se pode falar em Direito Administrativo 
como um ramo próprio do direito, posto que, existiam leis 
que cuidavam da matéria administrativa, porém estas leis 
eram esparsas, inexistindo uma sistematização entre as 
mesmas. Eram estudadas de acordo com os princípios do 
Direito Civil. 
O Direito Civil disciplinava as matérias, que atualmente são 
estudadas pelo Direito Administrativo. No Brasil, ainda hoje 
o Código Civil, por exemplo, classifica bens públicos, em seu 
art. 99. 
Posteriormente, em função das novas funções assumidas 
pelo Estado, aumentando a complexidade da sua estrutura 
organizacional, o Direito Civil não consegue mais disciplinar 
as novas relações jurídico-administrativas, surgindo a 
necessidade da organização de um novo ramo do Direito, 
que seria o Direito Administrativo. 
No final do século XIX e início do século XX, com o 
surgimento do Estado Social, que veio substituir o Estado 
Liberal, prevalente nos séculos XVIII e XIX, o Direito 
Administrativo ganha um impulso extraordinário, pela 
necessidade de conferir ao Estado poderes até então 
inexistentes, tornando-se definitivamente um ramo próprio 
do direito, com regras sistematizadas, com princípios 
próprios e com uma hermenêutica própria. 
 
1.2) OBJETO E CONCEITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O Direito Administrativo disciplina as relações entre os 
diversos entes e órgãos estatais, assim como a relação 
destes com os particulares, sempre buscando a realização 
do interesse público. Na relação com os particulares, o 
Estado sempre terá prerrogativas, posto que sempre busca 
a realização do interesse público e, muitas vezes, para 
realizá-lo, terá que restringir a esfera individual dos 
particulares. Ex.: multa de trânsito aplicada em decorrência 
do poder de polícia do Estado, fechamento de 
estabelecimentos comerciais que desobedecem as normas 
sanitárias, concessão de licenças para construir, 
desapropriação, dentre outras. 
Hely Lopes Meireles afirma que o Direito Administrativo 
Brasileiro “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios 
jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades 
públicas tendentes a realizar concreta, direta e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado”(Direito 
Administrativo Brasileiro, 28ª ed., São Paulo: Editora 
Malheiros, 2003, p. 38). 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que: Direito 
Administrativo é “o ramo do direito público que tem por 
objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas 
administrativas que integram a Administração Pública, a 
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de 
que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
pública.” (Direito Administrativo, 19º ed, São Paulo: Editora 
Atlas, 2006, p. 66). 
José dos Santos Carvalho Filho afirma que o Direito 
Administrativo é “o conjunto de normas e princípios que, 
visando sempre ao interesse público, regem as relações 
jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e 
as coletividades a que devem servir.” (Manual de Direito 
Administrativo, 15ª ed., Rio de Janeiro: Lúmen Júris Editora, 
2006, p. 07). 
Celso Antônio Bandeira de Mello define o Direito 
Administrativo como “o ramo do direito público que 
disciplina a função administrativa e os órgãos que a 
exercem.” (Curso de Direito Administrativo, 20ª ed., São 
Paulo, Editora Malheiros, 2006, p. 37). 
Pode-se conceituar o Direito Administrativo como o ramo 
do direito público que disciplina o conjunto de regras e 
princípios jurídicos, visando a realização do interesse 
público, aplicáveis às relações entre os diversos órgãos e 
entes estatais com os particulares e a coletividade em geral. 
 
1.3) FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
A Constituição Federal apresenta-se como a fonte 
primordial do Direito Administrativo, porque nela estão 
disciplinadas as principais regras e princípios que 
estruturam e disciplinam o Estado. A Lei aparece como uma 
das principais fontes, posto que no Direito Administrativo o 
Princípio da Legalidade tem uma presença muito forte, na 
medida em que o agente público só pode fazer aquilo que a 
lei previamente lhe autoriza que o faça. 
A doutrina, a jurisprudência e os costumes diários são 
outras fontes do Direito Administrativo na aplicação e 
interpretação dos diversos atos praticados pelo Estado, 
exercendoa função administrativa. 
 
1.4) A EXPRESSÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A expressão Administração Pública é usada pela doutrina 
administrativa em dois sentidos básicos: um, subjetivo, 
formal ou orgânico e o outro, material, objetivo ou 
funcional. 
Na acepção subjetiva, compreende todos os órgãos e entes 
que integram a Administração Pública, ou seja, 
corresponde a toda a estrutura administrativa do estado, 
englobando autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e consórcios públicos, além 
dos diversos órgãos que integram o Estado e na acepção 
objetiva compreende a própria atividade administrativa, ou 
seja, a própria função administrativa, compreendendo a 
prática dos atos administrativos. 
1.5) FEDERAÇÃO 
A Teoria Geral do Estado costuma classificar o Estado de 
diversas formas. Uma das classificações (forma de Estado) 
subdivide o Estado em Estados Unitários ou Federativos, 
difereciando-se basicamente pela centralização ou não do 
poder estatal. No Estado Federativo, o poder não está 
centralizado numa única instância, mas, sim, em várias 
esferas de poder. No Brasil, integram a Federação a União 
Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 
18 da Constituição Federal). No Estado Unitário, o poder 
está centralizado numa única instância de governo. Os 
Estados que têm uma grande dimensão territorial 
geralmente são estados federativos. 
Os entes integrantes da Federação possuem eleições 
próprias, competência administrativa própria para a 
prestação de serviços públicos, autonomia administrativa e 
competência tributária própria, dentre outras 
características, o que demonstra a autonomia de tais entes. 
No Brasil, o princípio federativo está inserido no rol de 
cláusulas pétreas, previsto no art. 60, paraágrafo 4º da 
Constituição Federal. 
 
1.6) SEPARAÇÃO DOS PODERES 
A Separação dos Poderes, prevista expressamente no art. 2º 
da Constituição Federal, representa uma das maiores 
contribuições da Revolução Francesa no final do século 
XVIII. Implica na limitação dos poderes estatais, 
entregando-se a órgãos distintos as três principais funções 
estatais de administrar, julgar e legislar. O gênio político 
francês de Montesquieu sistematizou esta teoria no famoso 
livro: “O espírito das Leis”. 
Esta separação absoluta, que prevaleceu inicialmente, não 
existe mais, posto que, atualmente, fala-se mais em 
separação de funções, entregando-se a órgãos diferentes 
funções distintas. No entanto, estes mesmos órgãos, além 
das funções que lhes são próprias (funções típicas), 
exercem funções de outros órgãos (funções atípicas), ou 
seja, o Poder Judiciário, essencialmente julga, mas também 
exerce funções de outros poderes, quando expressamente 
autorizado pelo texto constitucional. 
Desta forma, a função administrativa não é exclusiva do 
Poder Executivo. Os outros poderes (Judiciário e Legislativo) 
também exercem função administrativa. Quando um 
Tribunal de Justiça promove um juiz de uma comarca para 
outra, pratica ato administrativo, e, não, função 
jurisdicional. Quando a Câmara dos Deputados realiza uma 
licitação pratica inúmeros atos administrativos. O exercício 
de funções administrativas pelos Poderes Legislativo e 
Judiciário é essencial para que preservem maior 
independência no exercício de suas funções típicas de 
legislar e de julgar. 
Sendo assim, não se deve restringir a função administrativa 
apenas ao Poder Executivo, posto que os Poderes 
Legislativo e Judiciário também exercem função 
administrativa. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
2.1) ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL 
As modernas Constituições dos países ocidentais, 
principalmente após a Segunda Guerra Mundial, período 
em que a legalidade estrita serviu de esteio a um dos piores 
períodos da história do homem ocidental, em que inúmeros 
absurdos foram praticados sob o argumento de 
cumprimento à lei, passaram a consagrar a existência de 
direitos que seriam fundamentais à pessoa humana, 
introduzindo-os em seus textos. Afasta-se assim de um 
apego formal e “cego” à lei, para a consagração de uma 
pauta mínima de direitos fundamentais, que não podem 
jamais ser afastados, sob a alegativa de obediência à lei, 
posto que, estas é que devem obediência àqueles. Os 
direitos fundamentais é que condicionam todo o 
ordenamento jurídico. 
É corrente hoje na moderna teoria do Direito Constitucional 
a distinção entre normas que são regras e normas que são 
princípios, distinção esta brilhantemente realizada por 
Ronald Dworkin e Robert Alexy. Desta forma, os princípios 
jurídicos foram “normatizados”, sendo uma das espécies de 
norma, ao lado das regras, que antes eram confundidas 
com o próprio conceito de norma. Hodiernamente, nada 
mais são do que uma de suas espécies. 
Os modernos textos constitucionais, de forma crescente, 
consagram uma grande quantidade de princípios em seus 
textos, positivando-os, princípios estes consagradores de 
direitos fundamentais. Assim nos ensina Paulo Bonavides1, 
ao comentar a evolução histórica da juridicidade dos 
princípios: “A terceira fase, enfim, é a do pós-positivismo, 
que corresponde aos grandes momentos constituintes das 
últimas décadas deste século. As novas Constituições 
promulgadas acentuam a hegemonia axiológica dos 
princípios, convertidos em pedestal normativo sobre o qual 
assenta todo o edifício jurídico dos novos sistemas 
constitucionais”. 
Referidos princípios previstos no texto constitucional, sendo 
a nossa Constituição um exemplo da consagração de tais 
princípios, servem de fundamento a todo o ordenamento 
jurídico, prevalecendo, em caso de confronto, sobre as 
regras. 
É importante ressaltar a distinção entre as espécies de 
normas (princípios e regras), para melhor entender a sua 
natureza e, consequentemente, dar-lhes a melhor e mais 
efetiva aplicação, diante das respectivas situações fáticas. 
Enquanto as regras são dotadas de um caráter “bem 
fechado”, com um grande grau de especificidade, os 
princípios são dotados de um alto grau de generalidade, 
 
1 BONAVIDES, Paulo, Curso de Direito Constitucional, 8ª ed., São 
Paulo : Malheiros, p. 237 
falando a doutrina em normas de tipo fechado (regras) e 
normas de tipos abertos (princípios). Esclarecendo tal 
diferenciação, assinala o prof. Willis Santiago Guerra Filho2 
que; “uma das características dos princípios jurídicos que 
melhor os distinguem das normas que são regras é sua 
maior abstração, na medida em que não se reportam, ainda 
que hipoteticamente, a nenhuma espécie de situação fática, 
que dê suporte à incidência de norma jurídica. A ordem 
jurídica, então, enquanto conjunto de regras e princípios, 
pode continuar a ser concebida, à la KELSEN, como formada 
por normas que se situam em distintos patamares, 
conforme o seu maior ou menor grau de abstração ou 
concreção, em um ordenamento jurídico de estrutura 
escalonada (Stufenbau). No patamar mais inferior, com o 
maior grau de concreção, estariam aquelas normas ditas 
individuais, como a sentença, que incidem sobre situação 
jurídica determinada, à qual se reporta a decisão judicial. O 
grau de abstração vai então crescendo até o ponto em que 
não se tem mais regras, e sim, princípios, dentre os quais, 
contudo, se pode distinguir aqueles que se situam em 
diferentes níveis de abstração”. Em suma, pode-se 
diferenciar tais espécies, pelo diferente grau de abstração, 
maior, nos princípios, e menor, nas regras. 
A nossaConstituição traz a previsão de inúmeros princípios 
jurídicos, que em muitas ocasiões, colidem com outros 
princípios constitucionais. Em outras ocasiões, há a colisão 
de duas regras, ou ainda, a colisão entre uma regra e um 
princípio. A solução para referidas situações de conflito 
permite uma melhor diferenciação das normas, em relação 
aos princípios. 
Quando uma regra colide com um princípio, é 
inquestionável, como afirmado anteriormente, que este 
prevalece sobre aquela, posto que as regras encontram 
seus fundamentos nos princípios, que estão na base do 
ordenamento jurídico. O conflito entre duas regras, resolve-
se pelo aniquilamento de uma delas, aplicando-se a outra, 
ou seja, uma das regras é afastada pela perda de validade, 
reputando-se a outra como válida. Helenilson Cunha 
Pontes3 nos ensina que “duas regras jurídicas em oposição, 
diante de um caso concreto, consubstanciam um conflito de 
regras. Os conflitos entre regras jurídicas resumem-se a 
uma questão de validade, isto é, quando para uma mesma 
situação de fato, duas regras aparecem para o intérprete 
como igualmente aptas à regulação do caso, a escolha de 
uma levará necessariamente à declaração de invalidade da 
outra, mediante a aplicação de outras regras (de 
interpretação) tais como lex posterior derrogat legi priori ou 
lex specialis derrogat legi generali. O fundamental é que o 
conflito entre regras reduz-se a uma questão de validade.” 
Trata-se da aplicação das regras clássicas de soluções de 
antinomias (hierarquia, especialidade e critério temporal). 
 
2 GUERRA FILHO, Willis Santiago, Processo Constitucional e 
Direitos Fundamentais, 1ª ed., São Paulo : Celso Bastos Editor, pp. 
52-53 
3 PONTES, Helenilson Cunha, O Princípio da Proporcionalidade e o 
Direito Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, pp 33-34 
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OS: 0124/9/16-Gil 
Tratando-se de conflitos entre princípios, a solução é bem 
distinta, abandonando-se todos os métodos clássico-liberais 
de solução de antinomias, tais como a subsunção ou o 
método silogístico. Considerando a natureza do princípio de 
grande generalidade, não referindo-se a um caso específico, 
é comum, que diante de um caso concreto, dois ou mais 
princípios colidam. Neste caso, sempre diante do caso 
concreto a ser solucionado, prevalece um princípio em 
relação ao outro, sem, no entanto, este ser anulado. 
Apenas, diante daquela situação fática prevalece um 
determinado princípio, sem prejuízo de, em outra situação, 
mudadas as condições e ocorrendo semelhante conflito, 
prevaleça o outro princípio que fora afastado. Continuando 
em seu livro, Helenilson Cunha Pontes4 ensina que: “A 
oposição entre princípios, por outro lado, consiste em uma 
colisão de princípios. As colisões entre princípios jurídicos 
resolvem-se segundo uma técnica de composição, em que 
um dos princípios deve ceder diante do outro sem que, por 
isso, o princípio que teve a sua aplicação afastada tenha 
que perder a sua validade. A precedência de um princípio 
em relação a outro deve ser aferida sempre diante das 
circunstâncias do caso concreto e do respectivo peso que 
cada um dos princípios assume diante dessas 
circunstâncias. A dimensão de peso inerente aos princípios 
jurídicos permite que as colisões entre eles resolvam-se 
segundo uma ponderação dos pesos dos princípios 
colidentes, sem que o princípio afastado perca a sua 
dimensão de validade.” No mesmo sentido, a lição de 
Marciano Seabra de Godoi5: “as colisões de princípios 
devem ser solucionadas de maneira totalmente diversa. 
Quando dois princípios entram em colisão, um deles deve 
ceder ao outro. Mas isto não significa declarar inválido o 
princípio que deu lugar a outro nem que naquele deva ser 
introduzida uma cláusula de exceção. O que ocorre é que, 
sob certas circunstâncias, um dos princípios precede ao 
outro, e sob outras circunstâncias a questão da precedência 
poderia ser solucionada de maneira inversa. Isto é o que se 
quer dizer quando se afirma que nos casos concretos os 
princípios têm pesos diferentes e que prima o princípio de 
maior peso. Aqui a argumentação de Alexy é idêntica à de 
Dworkin.” 
É inquestionável, por conseguinte, que a solução das 
colisões de princípios só pode ser feita à luz do caso 
concreto. Inexiste a solução pré-determinada de caráter 
abstrato, simplesmente verificando se aquela situação 
fática adequa-se à hipótese abstrata prevista pelo 
legislador. Hoje, diante da possibilidade de colisão entre 
dois mais princípios previstos no texto constitucional, a 
solução mais próxima do ideal de justiça, perseguido por 
todos, obriga a uma análise do caso concreto. Em face 
disso, afirma o Prof. Willis Santiago Guerra Filho6 que: “o 
traço distintivo entre regras e princípios por último referida 
 
4 In ob. cit. p. 34 
5 GODOI, Marciano Seabra de, Justiça, Igualdade e Direito 
Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, p. 119 
6 In ob. cit. p. 45 
aponta para uma característica desses que é de se destacar: 
sua relatividade”. 
 Ressalte-se ainda que, além dos princípios 
expressamente previstos no texto constitucional, existem 
princípios implícitos, que resultam da própria estrutura do 
texto constitucional, da opção política feito pelo legislador, 
bem como do disposto no art. 5º, par. 2º do texto 
constitucional de 1988 segundo o qual: “Os direitos e 
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou 
dos tratados internacionais em que a República Federativa 
do Brasil seja parte”. É importante destacar a possibilidade 
de colisão entre princípios explícitos e implícitos, que são 
resolvidos semelhantemente à colisão entre princípios 
expressos. 
 
2.2) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
A solução para a colisão entre princípios previstos no texto 
constitucional deve ser feita de forma, segundo a situação 
fática a ser solucionada, a dar prevalência a um princípio, 
afetando o mínimo possível o outro princípio colidente, ou 
seja, o princípio que “cede” em face do outro deve ser 
desrespeitado somente no que for necessário para a 
solução do caso concreto. Sintetizando a importância desse 
princípio, nos ensina Willis Guerra Filho7 que: “para resolver 
o grande dilema da interpretação constitucional, 
representado pelo conflito entre princípios constitucionais, 
aos quais se deve igual obediência, por ser a mesma a 
posição que ocupam na hierarquia normativa, se preconiza 
o recurso a um ‘princípio dos princípios’, o princípio da 
proporcionalidade, que determina a busca de uma ‘solução 
de compromisso’, na qual se respeita mais, em determinada 
situação, um dos princípios em conflito, procurando 
desrespeitar o mínimo ao(s) outro(s), e jamais lhe(s) 
faltando minimamente com o respeito, isto é, ferindo-lhe 
seu ‘núcleo essencial’. Esse princípio, embora não esteja 
explicitado de forma individualizada em nosso 
ordenamento jurídico, é uma exigência inafastável da 
própria fórmula política adotada por nosso constituinte, a 
do ‘Estado Democrático de Direito’, pois sem a sua 
utilização não se concebe como bem realizar o 
mandamento básico dessa fórmula, de respeito simultâneo 
dos interesses individuais, coletivos e públicos.” 
Desta forma, o princípio da proporcionalidade é 
indispensável à correta interpretação constitucional que 
privilegia um princípio, desrespeitando o mínimo possível o 
princípio colidente, procurando não afetar o seu “núcleo 
essencial”.É corrente na doutrina a consideração de três aspectos do 
princípio da proporcionalidade, aspectos estes que foram 
sendo desenvolvidos pela jurisprudência da Corte 
Constitucional Alemã, quais sejam: adequação, necessidade 
e proporcionalidade em sentido estrito. Pela adequação, 
 
7 In. ob. cit., p. 59 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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exige-se que o meio utilizado seja adequado para o alcance 
do objetivo visado, apto à realização do fim colimado. A 
necessidade, por sua vez, implica na adoção do meio mais 
suave, ou seja, se para a solução de uma colisão de 
princípios, existem vários meios, deve-se buscar aquele que 
menor ofensa causar ao(s) outro(s) princípio(s). A 
proporcionalidade em sentido estrito é o núcleo do 
princípio da proporcionalidade, significando a relação entre 
o meio utilizado e o objetivo colimado, ou seja, se o fim 
alcançado supera o prejuízo causado a outros interesses 
igualmente protegidos. 
 
2.3) DIREITO CONSTITUCIONAL x DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
O Direito Constitucional, que tem por objeto principal o 
estudo da Constituição Federal, funciona como um “vetor” 
na interpretação da legislação infraconstitucional. As 
normas legais devem estar de acordo com o texto 
constitucional. Quanto ao Direito Administrativo, ramo do 
direito público por excelência, qualquer aplicação de suas 
normas deve levar em consideração o que encontra-se 
previsto na Constituição, que atualmente (CF de 1988), 
consagra um capítulo inteiro à Administração Pública 
(Capítulo VII). 
 
2.4) ESTADO – CONCEITO - ELEMENTOS 
Conceituar Estado é uma das mais difíceis tarefas do Direito 
Constitucional e da Teoria Geral do Estado. No entanto, 
respaldado na teoria do Contrato Social de Rousseau, pode-
se afirmar, que as pessoas resolveram abdicar um pouco da 
sua liberdade, para poder viver em sociedade sob o governo 
de uma determinada entidade, que, conhecemos, 
hodiernamente como Estado. 
 
2.5) PODERES DO ESTADO 
As revoluções liberais do final do século XVIII, capitaneadas 
pela Revolução Francesa, praticamente estruturaram o 
Estado Moderno, que hoje, encontra-se presente em 
praticamente todos os Estados ocidentais. Entre as suas 
principais contribuições, a separação de poderes constitui 
uma das mais importantes. Imaginavam os teóricos que o 
poder de legislar, julgar e administrar não podia continuar 
concentrado nas mãos de uma só pessoa. Montesquieu, em 
seu famoso livro: “O Espírito das Leis”, sistematizou a 
separação dos poderes. 
Prevista no art. 2º da Constituição Federal Brasileira de 
1988 e elencada como cláusula pétrea em seu art. 60, § 4º , 
a Separação de Poderes, atualmente, não é mais vista como 
uma separação absoluta. Quando se refere ao Poder 
Judiciário, por exemplo, não significa que o Poder Judiciário 
só julgue. A sua função principal é julgar, aplicando a 
Constituição e a lei ao caso concreto, porém, ele também 
tem algumas funções legislativas, como o envio do projeto 
de lei, referente ao Estatuto da Magistratura, ao Congresso 
Nacional, de iniciativa exclusiva do Supremo Tribunal 
Federal, bem como algumas funções administrativas, como 
a administração dos seus próprios servidores. Assim 
também ocorre em relação ao Poder Legislativo, cuja 
função principal é legislar, porém, excepcionalmente ele 
julga (Ex.: Julgamento do ex-presidente Collor por crime de 
responsabilidade pelo Senado Federal) e também 
administra suas próprias casas. 
Desta forma o Direito Administrativo estuda também os 
atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário e 
Legislativo, além da atividade do Poder Executivo, 
essencialmente administrativa. 
 
2.5) PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA E DA 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que 
estes dois princípios norteiam toda a atividade 
administrativa, decorrendo os demais princípios dos 
mesmos. Segundo ele, referidos princípios caracterizam o 
regime jurídico-administrativo. É o interesse público 
superior ao interesse privado e, conseqüentemente, 
supremo e indisponível, ou seja, o administrador não tem o 
poder de disponibilizar referido interesse público, 
consistindo sua obrigação a sua preservação. 
O Estado pode compulsoriamente condicionar o interesse 
privado à satisfação do interesse público. A esfera 
individual, antes intocável, no auge do Liberalismo, pode ser 
limitada em prol do interesse público. Pode-se afirmar que 
referido princípio está implícito no ordenamento jurídico, 
sendo inerente à própria sociedade. Como afirma o Prof. 
Celso Antônio Bandeira de Mello: “O princípio da 
supremacia do interesse público sobre o interesse privado é 
princípio geral de Direito inerente a qualquer sociedade. É a 
própria condição de sua existência. Assim, não se radica em 
dispositivo específico algum da Constituição, ainda que 
inúmeros aludam ou impliquem manifestações concretas 
dele, como, por exemplo, os princípios da função social da 
propriedade, da defesa do consumidor ou do meio 
ambiente (art, 170, III, V e VI), ou tantos outros. Afinal, o 
princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio 
social”. (IN Curso de Direito Administrativo, 13ª ed., Edit. 
Malheiros, p. 67/68). 
Em relação ao princípio da indisponibilidade do interesse 
público, é importante ressaltar que o administrador público 
exerce um encargo público, um “munus” público, 
administra em nome e em favor do povo, verdadeiro titular 
do patrimônio público. Desta forma, ele não tem 
disponibilidade em relação ao patrimônio público. Deverá 
administrá-lo em conformidade com a lei e, não, segundo 
sua vontade, como acontece em relação aos 
administradores privados. 
 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
2.6) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Sendo o povo o titular do poder, o seu representante 
(administrador público) não tem a liberdade para agir, 
segundo sua vontade. A sua atuação deve ser previamente 
precedida de uma lei, posto que em última instância, é o 
povo que legisla, através de seus representantes. 
É o Direito Administrativo um ramo do direito onde a 
legalidade é estrita, ou seja, qualquer atividade do 
administrador deve ser precedida de uma prévia 
autorização legal. É o princípio da legalidade que melhor 
caracteriza o Estado de Direito, ou seja, um Estado 
disciplinado por normas jurídicas, normas estas que se 
impõem ao próprio Estado. A competência administrativa 
deve ser previamente estabelecida para a prática de 
quaisquer atos administrativos. 
 
2.7) PRINCÍPIO DA FINALIDADE E DA IMPESSOALIDADE 
O administrador público deve ser impessoal, não 
beneficiando ninguém, mas contratando, por exemplo, 
servidores, através de concurso público, 
independentemente de quem sejam “os candidatos”. A 
impessoalidade está intimamente ligada à legalidade, posto 
que a atividade do administrador, sendo pautada na 
legalidade, não pode beneficiar ou prejudicar ninguém. 
Contrata o administrador, por exemplo, um particular, 
mediante uma prévia licitação, como determina a 
Constituição Federal no seu art. 37, XXI. 
A finalidade pública deve sempre ser o escopo do 
administrador. Ainda que o Estado esteja realizando 
atividades econômicas (art. 173 da Constituição Federal),busca realizar o interesse público, posto que a atuação na 
esfera econômica só pode ocorrer por razões relevantes de 
interesse coletivo ou por razões de segurança nacional. 
 
2.8) PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Hoje, o legislador constituinte originário elenca várias 
exigências morais, que devem ser observadas pelo 
legislador e pelo administrador. Apesar da dificuldade de 
definir o que seja moral, sabe-se qual situação fática está de 
acordo com a moral ou não. Não basta ser legal, tem que 
ser moral também. A moralidade funciona como um vetor 
que deve nortear a atuação e a interpretação do 
administrador público. 
A Constituição Federal não se limita a colocar o princípio da 
Moralidade como um princípio a ser realizado pela 
Administração Pública. Assegura instrumentos processuais 
para a efetivação do princípio, tais como a Ação Popular 
(art. 5º , LXXIII da CF) e a Ação de Improbidade 
Administrativa (art. 37, parágrafo 4º da CF), que visam a 
punição de agentes ímprobos e a anulação de atos 
administrativos ilegais. 
 
2.9) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Os atos administrativos devem ser publicados em órgão 
oficial do ente estatal, até para facilitar o controle por parte 
do povo. A publicidade é indispensável para garantir a todos 
o acesso aos atos administrativos que nos interessam, bem 
como para permitir o controle sobre os atos estatais. 
 
2.10) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
O Poder Constituinte Derivado elevou este princípio a um 
nível constitucional. Consagrado pela legislação 
infraconstitucional, encontra-se o mesmo previsto de forma 
expressa na Constituição no “caput” do art. 37. A emenda 
constitucional n. 19/98 conferiu a este princípio uma 
posição de destaque em nosso ordenamento jurídico-
constitucional. Inicia-se um terceiro estágio de nossa 
Administração Pública. Após a Administração Pública 
Patrimonialista e, posteriormente, Burocrática, nasce o 
Estado Gerencial. 
Deve-se ressaltar, no entanto, que, como todo princípio, 
não tem o mesmo caráter absoluto, posto que, não é 
possível, afastar a legalidade, sob o argumento de dar maior 
eficiência à Administração Pública. As etapas legais de um 
procedimento administrativo, como a licitação, por 
exemplo, não podem ser afastadas. Deve-se buscar uma 
forma de realizar a eficiência sem subverter outros 
princípios administrativos. 
 
2.11) PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO 
Os atos administrativos devem ser justificados. O 
administrador deve sempre motivá-los. A exigência da 
motivação funciona como instrumento de controle em 
relação às atividades do administrador. Devidamente 
motivado, o povo, titular do patrimônio público, consegue 
identificar as razões que levaram o administrador público a 
praticar determinado ato administrativo. O art. 50 da lei n. 
9784/99 elenca os atos que devem ser motivados. 
 
2.12) PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO 
CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Cuida-se de princípios semelhantes aos que são exigidos em 
processos judiciais, podendo a parte opor-se ao que é 
afirmado sobre ela (princípio do contraditório), utilizando-
se de todos os meios de prova para defender-se (princípio 
da ampla defesa) em processos administrativos. O devido 
processo legal é decorrência lógica dos princípios da 
segurança jurídica e da legalidade. 
 
2.13) PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO PODER 
JUDICIÁRIO. 
Em nosso sistema, nada foge ao controle do Poder 
Judiciário (art.5º, XXXV, CF). Nenhuma jurisdição 
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OS: 0124/9/16-Gil 
administrativa pode, pela Lei Maior, dar a palavra final. 
Inexiste a “coisa julgada administrativa” para o 
administrado, que mesmo diante de decisões desfavoráveis 
na esfera administrativa, pode socorrer-se do Poder 
Judiciário, para modificar as decisões administrativas. 
Referido princípio, também chamado de princípio da 
jurisdição única, implica na não necessidade de prévio 
esgotamento da instância administrativa, como requisito 
para a propositura de uma ação judicial. O administrado, 
como regra, pode propor uma ação judicial sem a 
necessidade de, previamente, esgotar a via administrativa. 
 
2.14) PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
A exigência de um tratamento igual de pessoas que se 
encontram em situação igual é uma das grandes 
preocupações do legislador constituinte de 1988. Em 
inúmeros artigos, há uma referência a este princípio. 
É importante ressaltar, no entanto, que a Isonomia, 
atualmente, é vista como um tratamento igual de pessoas 
que se encontrem em situação igual e, desigual, de quem se 
encontre em situação desigual. O critério que diferencia, no 
entanto, deve ser um critério razoável, cujo tratamento 
diferenciado seja exigido, como meio à realização da justiça. 
 
2.15) PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO 
Este princípio decorre diretamente do Estado de Direito. Em 
um Estado regido por normas jurídicas, estas obrigam-no 
também, ou seja, se eventualmente, na realização de suas 
atividades, causa o Estado prejuízo a um terceiro, deve ser 
responsabilizado, patrimonialmente, pelos seus atos (art. 
37, parágrafo 6º da CF). 
 
2.16) PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
A presunção de legitimidade dos atos administrativos é 
decorrência lógica do princípio da legalidade. O 
administrador só pode agir, quando previamente 
autorizado por lei. Desta forma, sua conduta é 
presumivelmente legal. Presunção esta que não é absoluta, 
podendo ser afastada por prova em contrário do 
administrado que, eventualmente, seja prejudicado com as 
atividades da Administração Pública. 
 
2.17) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO 
Os bens que são afetados à prestação do serviço público 
são impenhoráveis em razão deste princípio, posto que, o 
interesse público não pode sucumbir perante os interesses 
privados de eventuais credores individuais. O serviço 
público não pode ser afetado. Os bens indispensáveis à sua 
prestação são intocáveis, existindo outros meios, como o 
precatório judicial, para satisfazer os interesses individuais 
em face do Estado. 
Outros princípios norteiam a atividade do Poder Judiciário e 
do Administrador, quando da aplicação da lei 
administrativa. Pode-se elencar outros, além dos já citados, 
tais como: da Proporcionalidade, da Razoabilidade, da 
Segurança Jurídica, da Tutela, da Autotutela, da 
Especialidade e da Hierarquia. 
 
ESQUEMAS DE SALA DE AULA 
1. Conceito e Fontes do Direito Administrativo 
 
NOÇÕES PRELIMINARES 
 
 FUNÇÃO 
TÍPICA 
FUNÇÃO 
ATÍPICA 
PODER 
EXECUTIVO 
ADMINISTRAR ART. 62, CF. 
Lei infranconstitucional* 
PODER 
LEGISLATIVO 
LEGISLAR E 
FISCALIZAR 
ART. 52, CF 
ART. 37, XXI, CF 
PODER 
JUDICIÁRIO 
JULGAR ART 96,I, a. CF 
ART 96,I, f. CF 
 
 
 
 
 
- CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a 
atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da 
Administração Pública. 
ESTADO 
POVO 
TERRITÓRIO 
GOVERNO 
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OS: 0124/9/16-Gil 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
LEI 
É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a 
Constituição até os regulamentosexecutivos**. 
DOUTRINA 
É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios 
aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a 
disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e 
não contenciosas. 
JURISPRUDÊNCIA 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a 
construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais 
prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo. 
COSTUMES 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a 
lei, ou atua como elemento informativo da doutrina. 
 
* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar. 
** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
 
- A expressão Administração Pública, em sentido formal, subjetivo ou orgânico, compreende os agentes públicos, os órgãos 
integrantes da Administração Direta e as entidades componentes da Administração Indireta. 
 
- Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas atividades finalísticas 
exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EM SENTIDO SUBJETIVO, 
FORMAL OU ORGÂNICO 
EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL 
OU FUNCIONAL 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
AGENTES 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
 -INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE 
 NO DOM. ECONOM. 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA(EM SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA –ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
POLÍTICAS 
 
ADMINISTRATIVAS 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE 
 NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS 
E DF* 
MUNICÍPIOS 
AGENTES PÚBLICOS 
UNIÃO 
ESTADO, DF 
MUNICÍPIO 
AUTARQUIA 
FUND. PUB. 
SOC.ECON.MISTA 
EMP. PÚBLICA 
EXEC- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA 
LEG- SENADO E CAM. DOS DEPUTADOS 
JUD- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. 
MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. 
DPU 
TCU 
 
EXEC- GOVERNADORIA DO ESTADO 
LEG- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 
JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
MPE- PROCURADORIA DE JUSTIÇA 
DPE 
TCE  (OBS.: EM 4 ESTADOS DO PAÍS(CE, PA, BA E GO) 
EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNIPIOS- QUE 
É ÓRGAO ESTADUAL. 
EXEC- PREFEITURA 
LEG- CAMARA MUNICIPAL 
(OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. 
CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM 
CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO 
MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. 
INDIRETA 
AUTARQUIA 
FUNDAÇÃO PUBLICA 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
EMPRESA PÚBLICA 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO 
-ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 
 
1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou 
por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou 
preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* DF tem estrutura anômala (que é estudada em Direito Constitucional). 
2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e 
condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo. Ex: 
fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de bens, interdição de 
estabelecimentos etc. 
 
 
 
 
3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante 
benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, 
entre outros instrumentos de estímulo. 
 
 
 
 
 
 
 
4) INTERVENÇÃO: 
 
4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos 
incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc. 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS E DF 
MUNICÍPIOS 
CENTRALIZADA 
OUTORGA 
AUTARQUIAS 
FUND. PÚB 
SOC. ECON. MISTA 
EMP. PÚBLICA 
DELEGAÇÃO 
CONCESSIONÁRIAS 
PERMISSIONÁRIAS 
AUTORIZATÁRIAS 
DESCENTRALIZADA 
User
Retângulo
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4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- consiste na regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza 
privada e na atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais, por meio de 
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 – ORGANIZAÇÃO DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
3.1) ÁREAS DE ATUAÇÃO ESTATAL 
A Constituição Federal, em seus dispositivos, admite a 
possibilidade do Estado prestar serviços públicos (art. 175 
da Constituição Federal) ou exercer atividades econômicas 
(art. 173 da Constituição Federal). A prestação de serviços 
públicos, evidentemente, consiste a área de atuação 
própria do Estado, posto que a organização estatal existe 
essencialmente para a realização do interesse público, 
finalidade esta que é atingida também pelo fornecimento 
de serviços públicos aos administrados. 
O exercício de atividades econômicas ocorrerá de forma 
excepcional, posto que em países capitalistas, a esfera 
econômica deve ser exercida essencialmente pelos 
particulares. A própria Constituição Federal exige, em seu 
art.173, relevante interesse coletivo ou razões de 
segurança nacional, que justifiquem a atuação estatal na 
economia. 
A prestação de serviços públicos poderá ser feita de forma 
centralizada através dos órgãos públicos, 
despersonalizados, bem como de forma descentralizada, 
transferindo a execução dos serviços públicos aos entes de 
administração pública indireta (art. 37, XIX, CF e art. 241, 
CF) ou aos particulares (concessionários e permissionários 
de serviços públicos). 
Os concessionários de serviços públicos não integram o 
estado, ou seja, o fato de prestarem serviços públicos não 
os colocam como ente da administração pública indireta, 
razão pela qual continuam regidos por normas de direito 
privado na sua organização, aplicando-se, no entanto, 
normas públicas quanto ao objeto (prestação de serviços 
públicos), tais como: licitação para transferir a execução de 
serviço público, fixação da tarifa cobrada, controle do 
serviço público pelas agências reguladoras. Cuida-se de 
aplicação de legislação privada e pública, regendo-se por 
este regime misto. 
Na esfera econômica, o estado atua através de empresas 
públicas e sociedades de economia mista, posto que a 
Constituição Federal expressamente admite no art. 173, § 
1º, inciso II, a flexibilização do regime público a estas 
empresas que atuam na economia, determinado a sujeição 
ao regime jurídico próprio das empresas privadas em 
relação às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributárias. A atuação na esfera econômica só é possível, 
com a flexibilização do regime público. No entanto, é 
fundamental ressaltar que estas empresas não estão 
sujeitas a um regime exclusivamente privado. O próprio 
dispositivo constitucional supra citado determina a 
aplicação da licitação a estas empresas (art. 173, § 1º, inciso 
III, CF). Estas empresas também são obrigadas a realizar 
concurso público (art. 37, inciso II, CF) e o Tribunal de 
Contas da União exerce fiscalização sobre as suas contas 
(arts. 70 e 71, incisos II e III, CF). Estas empresas estão 
sujeitas a um regime híbrido (público e privado). 
Organizam-se segundo regras públicas (concurso público, 
licitação, controle pelos Tribunais de Contas), aplicando-se, 
no entanto, regras privadas quanto ao objeto econômico 
(art. 173, inciso II, CF) 
 
3.2) ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ESTATAL 
A organização interna da Administração Pública constitui 
um dos principais objetos de estudo do Direito 
Administrativo. Estabelecendo a Constituição a base da 
organização do estado, preocupa-se o Direito 
Administrativo com a organização e funcionamento diário 
dos componentes do estado. 
A administração pública divide-se em administração pública 
direta e indireta. A administração pública direta é formada 
pelos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios) e seus respectivos órgãos públicos. 
A administração pública indireta, por sua vez, é composta 
por entes dotados de personalidade jurídica, quais sejam: 
autarquia, fundação, empresa pública e sociedade de 
economia mista (art. 37, XIX, CF), além dos consórcios 
públicos, com personalidade jurídica de direito público (art. 
241, CF e Lei n. 11107/05). 
Os órgãos públicos caracterizam-se pela inexistência de 
personalidade jurídica própria. São despersonalizados e 
subordinados ao ente central, ou seja, os órgãos públicos 
são disciplinados de forma hierarquizada. Atualmente, 
entende-se que o órgão integra o próprio ente estatal 
(Teoria do Órgão). A Teoria do Órgão prevalece, superando 
as teorias do Mandato ou da Representação. A União 
Federal é a soma de seus órgãos públicos. Fala-se em 
desconcentração administrativa quando ocorre a criação de 
órgãos públicos. Os órgãos são dispostos de forma 
hierárquica (Órgão Independente, Autônomo, Superior e 
Subalterno). 
Os entes da administração indireta, dotados de 
personalidade jurídica própria, não são subordinados ao 
ente central. São vinculados ao ente federativo. A relação 
entre eles não é de subordinação, mas, de coordenação. O 
controle feito pelo ente central liga-se ao cumprimento das 
finalidades que justificaram a criação do respectivo ente 
(controle finalístico ou princípio da Tutela). 
A autarquia, pessoa jurídica de direito público, apresenta-se 
como o ente mais próximo do ente central. Goza das 
mesmas prerrogativas dos entes federativos. Seus atos são 
atos administrativos e, conseqüentemente, são 
presumivelmente legais; os prazos processuais são 
diferenciados (art. 188 do Código de Processo Civil); são 
beneficiadas pela imunidade recíproca (art. 150, VI, a c/c 
art. 150, § 2º, CF), bem como sujeição ao pagamento de 
seus débitos através de precatório judicial (art. 100, CF). 
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O ente autárquico, pessoa distinta do ente central, em 
função de ser dotado de personalidade jurídica própria, tem 
patrimônio próprio e é criado para o exercício de funções 
típicas do Estado. 
O Decreto-lei 200/67 assim define: autarquia é “o serviço 
autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, 
patrimônio e receita próprios, para executar atividades da 
Administração Pública que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizadas” 
Criada por lei (art. 37 XIX, CF), está a autarquia sujeita a um 
regime público, tais como: licitação, concurso público, 
controle finalístico exercido pelo ente central e controle 
externo exercido pelos Tribunais de Contas. São exemplos 
de autarquias: o INSS, o IBAMA, o Banco Central, o DNOCS, 
as Agências Reguladoras, dentre outras. 
Existem algumas autarquias que sujeitam-se a um regime 
especial, ou seja, mesmo sujeitas ao regime jurídico próprio 
das autarquias, gozam de algumas prerrogativas, aplicando-
se às mesmas regras específicas, que, geralmente, lhes 
conferem maiores prerrogativas, tais como o processo de 
escolha dos seus dirigentes, como ocorre com o Banco 
Central, a Universidade Federal do Ceará (UFC), chamadas 
de “autarquias sujeitas a um regime especial”, a 
estabilidade maior dos seus dirigentes. 
Nesse grupo de autarquias, podem ser incluídas as Agências 
Reguladoras. Em função da opção dos últimos governos de 
delegar a prestação de serviços públicos a particulares 
(concessão e permissão de serviços públicos), surge a 
necessidade de descentralizar o gerenciamento dessa nova 
forma de prestação dos serviços públicos, feita por 
particulares. 
A agência Reguladora resulta da descentralização do 
estado, posto que as atividades de fiscalização, 
administração, licitação e regulação dos serviços públicos 
executados por particulares são transferidas do estado para 
a agência reguladora. A função dessas agências alcança hoje 
até mesmo o exercício de atividades econômicas. 
Embora não exista lei alguma disciplinando de forma 
uniforme referidas agências, posto que cada uma delas foi 
criada por uma lei específica, são organizadas sob a forma 
de autarquias. Podem ser citadas como exemplos a ANEEL 
(Lei 9472/97), a ANATEL (Lei 9472/97), a ANP (Lei 9478/97). 
A Lei 9986/00 disciplina algumas normas gerais comuns às 
agências reguladoras no âmbito federal, assim como a Lei 
10871/04. 
As fundações públicas (Lei nº 7596/87) também integram a 
administração pública indireta. São criadas para a execução 
de atividades do ente central. A doutrina administrativa 
diverge a respeito de sua natureza jurídica, prevalecendo o 
entendimento de que poderiam ser pessoas jurídicas de 
direito privado e de direito público. As fundações estatais, 
juntamentecom as autarquias podem se qualificar como 
agências executivas, beneficiando-se com a duplicação dos 
limites de dispensa de licitação, como dispõe o § único do 
art. 24 da Lei n. 8666/93. 
As empresas públicas e sociedades de economia mista 
também integram a Administração Pública Indireta, sendo 
pessoas jurídicas de Direito Privado, posto que a lei 
específica apenas autoriza a criação das mesmas (art. 37, 
XIX, CF), sendo necessário o arquivamento dos seus atos 
constitutivos para que adquiram personalidade jurídica 
própria. A diferença entre elas reside basicamente na 
composição do capital (100% público na empresa pública e 
misto – público e privado na sociedade de economia mista) 
e na organização societária, posto que a sociedade de 
economia mista somente pode organizar-se sob a forma de 
sociedade anônima e a empresa pública pode organizar-se 
de outras formas, do ponto de vista societário (S/A, LTDA, 
etc). 
A Lei n. 11107/05 disciplina a criação de Consórcios 
Públicos, que resultam da convergência de interesses dos 
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios) para a execução de serviços públicos comuns 
aos mesmos. Referidos consórcios, previstos na 
Constituição Federal (art. 241, CF) podem ser pessoas 
jurídicas de direito privado e pessoas jurídicas de direito 
público, sendo que neste último caso (direito Público) 
integram a Administração Indireta de todos os entes 
consorciados, apresentando-se como um novo ente estatal 
ao lado de autarquias, fundações, empresas públicas e 
sociedades de economia mista. Os consórcios públicos de 
direito privado, que para existirem, deverão atender os 
requisitos da lei civil, não integram a administração pública 
indireta dos entes consorciados, devendo, no entanto, 
cumprir regras públicas no que diz respeito aos contratos e 
licitação, aos concursos públicos e controle de gastos 
(prestação de contas). 
Há de se ressaltar que ao lado da administração direta ou 
centralizada, formada pelos órgãos públicos e da 
administração indireta, formada pelas entidades estatais, 
existem as entidades do terceiro setor ou paraestatais. 
As entidades paraestatais não integram a administração 
pública. São parceiros do estado na realização do interesse 
público, atuando em serviços não exclusivos do estado, 
como saúde e educação. Não são pessoas estatais. Auxiliam 
o estado, mediante parceria, na consecução do interesse 
público. Podem ser citados como exemplo os Serviços 
Sociais Autônomos (SESC, SESI, SENAI, etc.), as Organizações 
Sociais (Lei nº 9637/98) e as Organizações da Sociedade 
Civil de Interesse Público (Lei nº 9790/99). 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
14 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
ESQUEMAS DE SALA DE AULA 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E 
DESCONCENTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
INDIRETA 
UNIÃO 
INSS 
FUNAI 
BANCO DO BRASIL 
CAIXA ECONOMICA FEDERAL 
DESCENTRALIZAÇÃO: 
U, E, D.F, 
M 
A, F.P, S.E.M, 
E.P 
CENTRALIZAÇÃO 
OCORRE QUANDO O 
ESTADO EXECUTA SUAS 
TAREFAS 
DIRETAMENTE, POR 
MEIOS DE ÓRGÃOS E 
AGENTES INTEGRANTES 
DA ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA. 
OCORRE QUANDO O 
ESTADO EXECUTA 
ALGUMAS DE SUAS 
ATRIBUIÇÕES POR 
MEIO DE OUTRAS 
PESSOAS E NÃO PELA 
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA. QUANDO O 
ESTADO INSTITUI AS 
ENTIDADES DA 
ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA, OCORRE 
DESCENTRALIZAÇÃO 
POR OUTORGA. 
DESCENTRALIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO 
OCORRE QUANDO UMA 
DETERMINADA PESSOA 
JURÍDICA INTEGRANTE 
DA ADMISTRAÇÃO 
PÚBLICA, EXTINGUE 
ÓRGÃOS ANTES DA 
SUA ESTRUTURA, 
REUNINDO EM UM 
NÚMERO MENOR DE 
UNIDADES AS 
RESPECTIVAS 
COMPETÊNCIAS. 
DESCONCENTRAÇÃO 
OCORRE QUANDO 
UMA DETERMINADA 
PESSOA JURÍDICA 
DISTRIBUI 
COMPETÊNCIAS NO 
ÂMBITO DE SUA 
PRÓPRIA ESTRUTURA A 
FIM DE TORNAR MAIS 
ÁGIL E EFICIENTE A 
PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS. 
User
Retângulo
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
15 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS 
Conceito: são centros de competências, compartimentos internos das 
entidades, divisões da pessoa jurídica. 
 
Características: 
1) são criados e extintos por lei; 
2) não têm personalidade jurídica; 
3) são resultado da desconcentração; 
4) expressam a vontade das entidades a que pertencem (União, Estado, 
DF e Município); 
5) não possuem patrimônio próprio. 
 6) não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram; 
7) alguns têm capacidade processual para defesa em juízo de suas 
prerrogativas funcionais; 
 
 
 
DESCONCENTRAÇÃO: 
Presidência da República 
Ministério da 
Fazenda 
Ministério da Educação Ministério da 
Saúde 
Ministério da 
Justiça 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA UNIÃO Poder Executivo 
Presidência da República 
Ministério da Fazenda 
Delegacia da Receita Federal 
UNIÃO 
Setor de Atendimento- CAC 
User
Realce
User
Texto digitado
conceito doutrinárionullnullnullCONCEITO LEGAL (ART 1º PARÁGRAFO 2, I, DA LEI 9784)null- É a unidade de atuação integrante da estrutura da Adm. Direta e da Adm. indiretanull
User
Realce
User
Texto digitado
CF art 61 $1, I,e
User
Texto digitado
teoria do órgão ou da imputação volitiva.
User
Linha
User
Texto digitado
o patrimônio não é do órgão é da entidade.
User
Texto digitado
ver. art 131 da CF
User
Texto digitado
independentes e autônomos
User
Texto digitado
características 06 e 07 não caem na minha prova.
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
16 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
1) SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) SEGUNDO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à posição 
Estatal 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
Quanto 
 à Atuação 
 Funcional 
 
In
d
ep
en
d
en
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A
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S
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C
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le
g
ia
d
o
 
Presidência 
Senado 
STF 
Ministérios 
Secretarias 
Gabinetes 
Sec. Gerais 
Protocolo 
Portaria 
Portaria Sec. de 
Educação 
Presidência 
da República 
Câmara dos 
Deputados 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à posição 
Estatal 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
Quanto 
 à Composição 
 
In
d
ep
en
d
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A
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C
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le
ti
v
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Quanto à 
sua esfera 
de ação 
 
 
Centrais 
 
 
Locais 
User
Realce
User
Texto digitado
a UFC e IFCE preferem essa classificação.
User
Realce
User
Realce
User
Realce
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
17 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS 
SEGUNDO HELY LOPES SEGUNDO DI PIETRO 
1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL: 
1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem 
qualquer subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”. 
Exemplos: Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc . 
1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos 
órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões 
governamentais”. Ex.: Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc. 
1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle 
hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”. Exemplos: Departamentos, 
Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc . 
1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão; 
exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc. 
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
- ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”. 
Exemplos: Setor de Protocolo, Portaria etc. 
- ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias 
de Município etc. 
3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: (SEGUNDO HELY 
LOPES) 
- ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que 
atuam e decidem através de um único agente,”. 
Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras 
etc. 
- ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos 
aqueles que atuam e decidem pela manifestação 
conjunta e majoritária da vontade de seus 
membros”. Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais 
etc. 
 3) QUANTO À COMPOSIÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO) 
- ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único 
agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de 
uma escola etc. 
- ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários 
agentes”. Ex.: Tribunais etc. 
 
 
 
 
 -- 
 
 
 
 4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO): 
- ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições 
em todo o território de competência (seja nacional, 
estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios, 
Secretarias Estaduais ou Municipais etc. 
- ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte 
do território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita 
Federal, Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
 
CONCEITO: A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração 
direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. 
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES: 
- São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela 
de sua capacidade de autoadministração. 
- Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade 
política, nos termos e limites da lei. 
- Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação. 
- São resultado do fenômeno da descentralização. 
- Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios. 
User
Retângulo
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Texto digitado
chefia de um independente ou de um autônomo.
User
Texto digitado
análise de poder de decisão
User
Texto digitado
análise da quantidade de pessoas dentro do órgão.
User
Realce
User
Linha
User
Texto digitado
do ente.
User
Retângulo
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
18 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
ANÁLISE DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
 
 
 
 
 
 AUTARQUIA 
FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO 
PUB (PRIVADO) 
EMPRESA PUB. E 
SOC. ECON. MISTA 
CONCEITO 
Pessoa jurídica de direito 
público, criada por lei, para 
desenvolver atividades 
típicas e próprias da 
Administração. 
 
 
 
Pessoa jurídica de direito público 
(entendimento jurisprudencial) ou de 
direito privado; as fundações são 
pessoas jurídicas que nascem em razão 
da existência de um patrimônio 
vinculado ao cumprimento de uma 
finalidade: desenvolver atividades com 
um fim social. 
 
Pessoas jurídicas de 
direito privado, destinadas 
à atividades 
econômicas(art. 173, CF) 
ou prestação de 
serviços(art. 175, CF) 
industriais ou comerciais, 
em que o Estado tenha 
interesse próprio ou 
considere convenientes à 
coletividade. 
CRIAÇÃO Criada por lei 
Fund. Pub. (Publico) - criada por lei 
Fundação Pub (Privado) - autorizada 
por lei 
Autorizadas por lei. 
PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado 
RELAÇÃO COM O 
ENTE POLÍTICO 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; tutela 
administrativa) 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; tutela 
administrativa) 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; 
 tutela administrativa) 
REGIME JURÍDICO 
Regime Jurídico de Direito 
Público 
Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito 
Público 
 Fundação Pub (Privado)- Regime 
Híbrido 
Regime Híbrido 
RELAÇÃO DE 
TRABALHO 
Estatutária 
(Obs.: o STF suspendeu o 
uso do regime celetista 
através da ADI-MC 2135). 
Fund. Pub. (Publico) – Estatutária. 
(Obs.: o STF suspendeu o uso do 
regime celetista através da ADI-
MC 2135). 
Fundação Pub (Privado) – Celetista. 
Celetista 
LICITAÇÃO E 
CONTRATOS 
Realizados através de 
LICITAÇÃO 
Realizados através de LICITAÇÃO 
Realizados através de 
LICITAÇÃO 
CONTROLE 
EXTERNO 
Contorle feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas 
EXEMPLOS 
UFC, INSS, Conselho Federal 
de Farmácia (Aut. Reg. Esp), 
Banco Central (Aut. Reg. 
Esp.), ARCE, SEMACE, JUCEC, 
ISSEC, DER, DETRAN, IJF, 
IPM, AMC, etc. 
FNS, UECE, UVA, URCA, IBGE, FUNAI 
etc. 
 
 Empresas Públicas: 
Correios, CEF, CASA DA 
MOEDA,SERPRO, 
EMBRAPA etc. 
 Soc. Economia Mista: 
Banco do Brasil S/A, 
Petrobrás S/A, Cagece 
S/A, Docas S/A etc. 
User
Realce
User
Retângulo
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
19 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
DISTINÇÕES ENTRE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
 SOC. ECON. MISTA EMP. PÚB 
 
FORMA JURÍDICA 
Devem ter a forma de S/A 
(sendo reguladas basicamente pela Lei das Soc. 
por Ações -Lei nº 6.404/76) 
Podem revestir qualquer das formas 
admitidas no direito 
COMPOSIÇÃO DO 
CAPITAL 
É obrigatoriamente formado pela conjugação de 
capital público e privado 
(e o controle acionário deve ser da Adm. Pública) 
É integralmente público 
(ela pode ser unipessoal ou pluripessoal). 
FORO 
PROCESSUAL 
PARA ENTIDADES 
FEDERAIS 
Em matéria comum, não foram contempladas 
com o foro na Justiça Federal. ¹ 
 
Em matéria comum, as causas serão 
contempladas na Justiça Federal. 
(art. 109, I, CF) 
1. Súmulas 508, 517 e 556 do STF. 
CLASSIFICAÇÃO DE AUTARQUIAS 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
1. ORDINÁRIAS OU COMUNS 
2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS (COM PERSONALIDADE DE DIR. PÚB) 
3. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL  ANTIGAS A.R.E 
 AGÊNCIAS REGULADORAS 
 AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
4. CONSÓRCIOS PÚBLICOS (COM PERSONALIDADE DE DIREITO PUB). 
5. TERRITÓRIOS 
 
____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
User
Retângulo
User
Realce
User
Retângulo
User
Texto digitado
BACEN, Universidades, Conselho de Profissão (exceto OAB)
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
20 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
CAPÍTULO 4 – ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 CONCEITO DE ATO JURÍDICO: é uma manifestação da 
vontade humana, destinada a produzir efeitos jurídicos. 
 CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO: é toda 
manifestação unilateral de vontade da Administração 
Pública; é todo o ato lícito, que tenha por fim imediato 
adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir 
direitos; só pode ser praticado por agente público 
competente; 
Logo: 
Ato jurídico  gênero 
Ato administrativo espécie. 
 Ato administrativo # Fato administrativo. 
 Fato Administrativo: é o acontecimento 
material da Administração, em cumprimento de 
um ato administrativo que o determina, que 
poderá produzir consequências jurídicas. Ex.: a 
construção de uma ponte, a instalação de um 
serviço público etc. 
OBS: Di Pietro traz uma análise diferente entre fato 
administrativo e fato da administração: 
1) FATO ADMINISTRATIVO – ocorre quando o fato descrito 
na norma legal produz efeitos no campo do direito 
administrativo. 
Ex.: morte do servidor tem repercussão jurídica (gera 
pensão e vacância); 
2) FATO DA ADMINISTRAÇÃO- se o fato não produz 
qualquer efeito jurídico no direito administrativo. 
Ex.: servidor cai da escada no Ministério da Fazenda e 
rapidamente se levanta, sendo uma ocorrência dentro da 
Administração, mas sem repercussões jurídicas. 
 
ANÁLISE DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO: 
REQUISITOS (OU ELEMENTOS) DO ATO ADMINISTRATIVO 
REQUISITOS  (CFFMO)  Competência, Finalidade, 
Forma, Motivo e Objeto. 
 COMPETÊNCIA: é o poder, resultante da lei, 
que dá ao agente administrativo a capacidade 
de praticar o ato administrativo; é 
VINCULADO; 
 É o primeiro requisito de validade do ato 
administrativo. Inicialmente, é necessário verificar 
se a Pessoa Jurídica tem atribuição para a prática 
daquele ato. É preciso saber, em segundo lugar, se 
o órgão daquela Pessoa Jurídica que praticou o ato, 
estava investido de atribuições para tanto. 
Finalmente, é preciso verificar se o agente público 
que praticou o ato, fê-lo no exercício das 
atribuições do cargo. O problema da competência, 
portanto, resolve-se nesses três aspectos. 
 A competência ADMITE DELEGAÇÃO 
E AVOCAÇÃO. Esses institutos 
resultam da hierarquia. 
 FINALIDADE: é o bem jurídico objetivado pelo ato 
administrativo; é vinculado; 
O ato deve alcançar a finalidade expressa ou 
implicitamente prevista na norma que atribui competência 
ao agente para a sua prática. O Administrador não pode 
fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de 
NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE específica. 
Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por DESVIO DE 
FINALIDADE, mesmo que haja relevância social. 
 FORMA: é a maneira regrada (escrita em lei) de 
como o ato deve ser praticado; É o revestimento 
externo do ato; é VINCULADO. 
Em princípio, exige-se a forma escrita para a prática do ato. 
Excepcionalmente, admitem-se as ordens através de sinais 
ou de voz, como são feitas no trânsito. Em alguns casos, a 
forma é particularizada e exige-se um determinado tipo de 
forma escrita. 
 MOTIVO: é a situação de fato e a situação de 
direito que autoriza ou exige a prática do ato 
administrativo; 
 OBJETO: é o conteúdo do ato; é a própria 
alteração na ordem jurídica; é aquilo que o ato 
dispõe. Pode ser VINCULADO ou 
DISCRICIONÁRIO. 
ato vinculado: o objeto já está predeterminado 
na lei (Ex.: aposentadoria do servidor). 
ato discricionário:há uma margem de liberdade 
do Administrador para preencher o conteúdo do 
ato (Ex.: desapropriação – cabe ao Administrador 
escolher o bem, de acordo com os interesses da 
Administração). 
 
 MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos 
discricionários, caracterizam o que se denomina de 
MÉRITO ADMINISTRATIVO.- MÉRITO ADMINISTRATIVO: corresponde à esfera de 
discricionariedade reservada ao Administrador e, em 
princípio, não pode o Poder Judiciário pretender 
substituir a discricionariedade do administrador pela 
discricionariedade do Juiz. Pode, no entanto, examinar os 
motivos invocados pelo Administrador para verificar se 
eles efetivamente existem e se porventura está 
caracterizado um desvio de finalidade. 
 
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Realce
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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
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21 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
- TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. 
Se o Administrador invoca determinados motivos, a 
validade do ato fica subordinada à efetiva existência 
desses motivos invocados para a sua prática. 
motivação obrigatória - ato vinculado  pode estar 
previsto em lei (a autoridade só pode praticar o ato caso 
ocorra a situação prevista), 
motivação facultativa - ato discricionário  não está 
previsto em lei (a autoridade tem a liberdade de escolher o 
motivo em vista do qual editará o ato); 
REQUISITOS 
TIPO DO 
ATO 
CARACTERÍSTICAS 
COMPETÊN-
CIA 
Vinculado 
 é O PODER, resultante da lei, que 
dá ao agente administrativo a 
capacidade de praticar o ato 
administrativo. Admite DELEGAÇÃO 
e AVOCAÇÃO. 
FINALIDADE Vinculado 
 é o bem jurídico OBJETIVADO 
pelo ato administrativo; é ao que o 
ato se compromete; 
FORMA Vinculado 
 é a maneira regrada (escrita em 
lei) de como o ato deve ser 
praticado; É o revestimento externo 
do ato. 
MOTIVO 
Vinculado 
ou 
Discricion
ário 
 é a situação de fato e de direito 
que autoriza ou exige a prática do 
ato administrativo; 
OBJETO 
Vinculado 
ou 
Discricion
ário 
 é o conteúdo do ato; é a própria 
alteração na ordem jurídica; é aquilo 
de que o ato dispõe, trata. 
 
ATRIBUTOS E QUALIDADES DO ATO ADMINISTRATIVO 
 (P A I) - DOUTRINA TRADICIONAL 
 (PATI) - DOUTRINA MODERNA 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: todo ato administrativo 
presume-se legítimo, isto é, verdadeiro e conforme o 
direito; é presunção relativa (juris tantum). 
Ex.: Execução de Dívida Ativa – cabe ao particular o ônus de 
provar que não deve ou que o valor está errado. 
Espécies (segundo Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria 
Sylvia Zanela Di Pietro): 
 Presunção de legitimidade: diz respeito à conformidade 
do ato com a lei. 
 Presunção de veracidade: diz respeito aos fatos. 
AUTO-EXECUTORIEDADE: é o atributo do ato 
administrativo pelo qual o Poder Público pode obrigar o 
administrado a cumprí-lo, independentemente de ordem 
judicial; não existe em todos os atos, por exemplo, cobrança 
de uma multa. 
Ex. : fechamento de um estabelecimento, demolição de um 
prédio etc. 
Espécies (segundo Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria 
Sylvia Zanela Di Pietro): 
 Exigibilidade: a Administração se utiliza de meios 
indiretos de coerção, como a multa. 
 Executoriedade: permite à Administração executar 
diretamente a sua decisão pelo uso da força. 
IMPERATIVIDADE: é a qualidade pela qual os atos dispõem 
de força executória e se impõem aos particulares, 
independentemente de sua concordância; não existe em 
todos os atos, por exemplo, na permissão, na autorização 
etc. 
Ex.: Secretário de Saúde quando dita normas de higiene – 
decorre do exercício do Poder de Polícia – pode impor 
obrigação para o administrado. É o denominado poder 
extroverso da Administração. 
TIPICIDADE* (entendimento de Marya Silvia Zanela Di 
Pietro): é o atributo pelo qual o ato administrativo deve 
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como 
aptas a produzir determinados resultados. Trata-se de uma 
decorrência do princípio da legalidade. 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Atos Normativos: aqueles que contêm um comando 
geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei; 
estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a 
explicitar a norma legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, 
Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc. 
 Atos Ordinatórios: visam disciplinar o funcionamento 
da Administração e a conduta funcional de seus 
agentes. Emanam do poder hierárquico da 
Administração. Exs.: Instruções, Circulares, Avisos, 
Portarias, Ordens de Serviço, Ofícios, Despachos. 
 Atos Negociais: aqueles que contêm uma 
declaração de vontade do Poder Público coincidente 
com a vontade do particular; visa a concretizar 
negócios públicos ou atribuir certos direitos ou 
vantagens ao particular. Ex.: Licença; Autorização; 
Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; 
Homologação; Dispensa; Renúncia; 
 Atos Enunciativos(atos declartóriaos): aqueles que se 
limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir 
opinião sobre determinado assunto; NÃO SE VINCULA 
A SEU ENUNCIADO. 
 Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres. 
 Atos Punitivos: atos com que a Administração 
visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou 
a conduta irregular dos administrados ou de 
servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder 
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Texto digitado
presunção relativa, cabe questionamento
User
Texto digitado
Doutrina Moderna
User
Texto digitado
Doutrina Moderna
User
Sublinhado
User
Realce
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OS: 0124/9/16-Gil 
Disciplinar. Ex.: Multa; Interdição de atividades; 
Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou função. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS- temos 
vários doutrinadores classificando os atos administrativos. 
Isso torna o entendimento confuso. Algumas dessas 
classificações são: 
1. ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS; 
2. ATOS EXTERNOS E INTERNOS; 
3. ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E EXPEDIENTE; 
4. ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS; 
5. ATOS SIMPLES, COMPLEXOS E COMPOSTOS; 
6. ATOS PUROS, MEROS ATOS ADMINISTRATIVOS E 
NEGOCIAIS; 
7. ATOS CONSTITUTIVOS, DECLARATÓRIOS E 
ENUNCIATIVOS; 
8. ATOS UNILATERAIS E BILATERAIS; 
9. ATOS VÁLIDOS, PERFEITOS, IMPERFEITOS, 
PENDENTES E CONSUMADOS; 
10. ATOS AMPLIATIVOS OU RESTRITIVOS; 
11. ATOS ABSTRATOS OU CONCRETOS; 
12. ATO-REGRA, ATO-SUBJETIVO E ATO-CONDIÇÃO; 
13. ATOS PRINCIPAL, COMPLEMENTAR, 
INTERMEDIÁRIO, CONDIÇÃO E JURISDIÇÃO; 
14. ATOS ATIVOS, CONSULTIVO, CONTROLADOR, 
VERIFICADOR E CONTENCIOSO; 
15. ATOS CONSTITUTIVO, EXTINTIVO, 
DECLARATÓRIO, ALIENATIVO, MODIFICATIVO E 
ABDICATIVO. 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS(PELA RETIRADA 
DO ATO): 
 ANULAÇÃO: é a supressão do ato 
administrativo, com efeito retroativo, por razões 
de ilegalidade e ilegitimidade. Pode ser 
examinado pelo Poder Judiciário (razões de 
legalidade e legitimidade) e pela Administração 
Pública (aspectos legais e no mérito). 
EFEITO EX-TUNC = com efeito 
retroativo; invalida as conseqüências 
passadas, presentes e futuras. 
 REVOGAÇÃO: é a extinção de um ato 
administrativo legal e perfeito, por razões de 
conveniência e oportunidade, pela Administração, 
no exercício do poder discricionário. O ato 
revogado conserva os efeitos produzidos durante o 
tempo em que operou. A partir da data da 
revogaçãoé que cessa a produção de efeitos do 
ato até então perfeito e legal. Só pode ser 
praticado pela Administração Pública por razões de 
oportunidade e conveniência. A revogação não 
pode atingir os direitos adquiridos 
EFEITO EX-NUNC = sem efeito 
retroativo 
 CADUCIDADE: É a cessação dos efeitos do ato 
em razão de uma lei superveniente, com a qual 
esse ato é incompatível. A característica é a 
incompatibilidade do ato com a norma 
subsequente. 
 CASSAÇÃO: embora legítimo na sua origem e 
formação, torna-se ilegal na sua execução; quando 
o destinatário descumpre condições pré-
estabelecidas. Ex.:: alguém obteve uma permissão 
para explorar o serviço público, porém descumpriu 
uma das condições para a prestação desse serviço. 
Vem o Poder Público e, como penalidade, procede 
a cassação da permissão. 
O INSTITUTO DA CONVALIDAÇÃO NO DIREITO 
BRASILEIRO: 
 CONVALIDAÇÃO ( ou saneamento) é o ato 
administrativo pelo qual é suprido o vício existente 
em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data 
em que este foi praticado. A convalidação está 
prevista na Lei nº. 9784/99, nos artigos 54 e 55. 
A convalidação tanto pode ocorrer nos atos vinculados 
como nos atos discricionários. 
Com relação aos elementos do ato ( C F F M O), vejamos: 
COMPETÊNCIA 
Pode ser convalidada, desde que não se 
trate de competência outorgada com 
exclusividade, caso em que se exclui a 
possibilidade de delegação ou avocação. 
Também não se admite a convalidação 
de incompetência em razão da matéria 
(por exemplo, quando um Ministério 
pratica ato de competência de outro 
Ministério, porque existe exclusividade 
de atribuições). 
FINALIDADE 
Não pode ser convalidada, pois não se 
pode mudar a intenção do agente. E ela 
deve ser sempre o interesse público. 
FORMA 
Pode ser convalidada, desde que a 
forma não seja essencial à validade do 
ato. 
MOTIVO 
Não pode ser convalidado. Não há como 
alterar, com efeito retroativo, uma 
situação de fato. 
OBJETO Não pode ser convalidado. 
 
 
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TEORIA DAS NULIDADES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
A DIVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO EM REQUISITOS SERVE PARA FACILITAR A IDENTIFICAÇÃO DE DEFEITOS. UM 
DEFEITO SURGE SEMPRE QUE O ATO ADMINISTRATIVO FOR PRATICADO EM DESCONFORMIDADE COM AS EXIGÊNCIAS 
LEGAIS. PORÉM HÁ DIVERSOS NÍVEIS DE DESCUMPRIMENTO DA LEI E CONSEQUENTEMENTE VÁRIOS GRAUS DE 
NULIDADE. 
1ª CORRENTE- TEORIA UNITÁRIA: essa teoria sustenta que qualquer ILEGALIDADE é causa de nulidade. Todo ato 
viciado é nulo. Inexiste graus de violação. Ou é ou não é. Não se aceita 
convalidação. 
2ª CORRENTE- TEORIA BINÁRIA: essa teoria divide os atos administrativos ilegais em nulos e anuláveis. 
3ª CORRENTE- TEORIA TERNÁRIA: para essa teoria os atos administrativos ilegais podem ser divididos em nulos, 
anuláveis e irregulares. 
4ª CORRENTE- TEORIA QUATERNÁRIA 
(MAJORITÁRIA EM CONCURSOS): 
essa teoria reconhece quatro tipos de atos ilegais: nulos, anuláveis, irregulares e 
inexistentes. 
 
ATOS NULOS E ATOS ANULÁVEIS : 
Atos Nulos: são aqueles que atingem gravemente a lei ( Ex.: prática de um ato por uma pessoa jurídica incompetente). 
Atos Anuláveis: representa uma violação mais branda à norma (Ex.: um ato que era de competência do Ministro e foi 
praticado por Secretário Geral. Houve violação, mas não tão grave porque foi praticado dentro do mesmo órgão). 
 
 
 
 
 
ESQUEMA DE AULA 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATO 
ADMINISTRATIVO 
É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública 
que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, 
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor 
obrigações aos administrados ou a si própria. (Hely Lopes Meirellles, 
Direito Administrativo Brasileiro, p. 145) 
É a declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, que 
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime 
jurídico de direito público e se sujeita a controle do Poder Judiciário. 
(Maria Sylvia Z. Di Pietro, Direito Administrativo, p. 196) 
 
É a declaração de vontade do Estado ou de lhe faça as vezes, no exercício 
de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas 
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e sujeitas a 
controle de legitimidade dos órgãos jurisdicionais. (Celso Antônio B. de 
Mello, Curso de Direito Administrativo, p. 16) 
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ATO 
 
ATO 
JURÍDICO 
ATO 
ADMINISTRA-
TIVO 
NÃO CONFUNDIR: ATO JURÍDICO E ATO ADMINISTRATIVO!!!! 
 
 
Ato jurídico  gênero 
Ato administrativo espécie. 
 
 
 
NÃO CONFUNDIR: ATO ADMINISTRATIVO COM ATO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
1ª CORRENTE 
 
 
 
 
 
 
2ª CORRENTE 
 
 
 
 
NÃO CONFUNDIR ATO ADMINISTRATIVO E FATO ADMINISTRATIVO: 
 
1ª CORRENTE 2º CORRENTE 
 
Fatos Administrativos: correspondem à atividade material. 
 
– FATO ADMINISTRATIVO – ocorre quando o fato descrito na 
norma legal produz efeitos no campo do direito 
administrativo. 
Ex.: morte do servidor tem repercussão jurídica (gera pensão 
e vacância); 
FATO DA ADMINISTRAÇÃO- se o fato não produz qualquer 
efeito jurídico no direito administrativo. 
Ex.: servidor cai da escada no Ministério da Fazenda e 
rapidamente se levanta, sendo uma ocorrência dentro da 
Administração, mas sem repercussões jurídicas . 
 
ATOS DA 
ADMINISTRAÇÃO 
ATO 
ADMINIS-
TRATIVO 
ATOS 
POLÍTICOS 
ATO 
ENUNCIATIVO 
CONTRATOS ATOS REGIDOS 
PELO DIREITO 
PRIVADO 
 
ATO 
NORMATIVO 
ATOS DA 
ADMINISTRAÇÃO 
ATO 
ADMINISTRATIVO 
ATO 
LEGISLATIVO 
ATO 
JUDICIAL 
ATOS REGIDOS PELO 
DIREITO PRIVADO 
User
Retângulo
User
Texto digitado
atos de Gestão
User
Texto digitado
essa cai na minha prova
User
Linha
User
Retângulo
User
Texto digitado
O fato é consequência do ato, é a execução da manifestaçãonullunilateral
User
Texto digitado
Di Pietro
User
Realce
User
Realce
User
Texto digitado
usada pela UFC e IFCE
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ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO 
LEI Nº 4.717/65 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
 a) incompetência; 
 b) vício de forma; 
 c) ilegalidade do objeto; 
 d) inexistência dos motivos; 
 e) desvio de finalidade. 
 Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: 
 a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; 
 b) o vício de forma consiste na omissãoou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à 
existência ou seriedade do ato; 
 c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato 
normativo; 
 d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é 
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
 e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou 
implicitamente, na regra de competência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doutrina moderna - PATI 
Presunção de legitimidade e veracidade 
Auto - executoriedade 
Tipicidade 
Imperatividade 
Presunção de legitimidade Presunção de veracidade 
Exigibilidade Executoriedade 
Doutrina Clássica - PAI 
Presunção de legitimidade e 
veracidade 
Auto-executoriedade 
Imperatividade 
São características próprias dos atos 
administrativos, que os diferencia 
dos atos jurídicos privados. 
ATRIBUTOS DOS ATOS 
 
 
 
User
Retângulo
User
Texto digitado
Análise dos requisitos ou elementosnulldo ato para saber se ele é válido
User
Retângulo
User
Realce
User
Realce
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Retângulo
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OS: 0124/9/16-Gil 
REQUISITOS (OU ELEMENTOS) DO ATO ADMINISTRATIVO PARA A FORMAÇÃO DO ATO-VALIDADE 
(C F F M O)- DOUTRINA CLÁSSICA(LEI 4717/65) 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATO ADMINISTRATIVO 
ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO 
-Também chamado de ato regrado 
-Todos os elementos são vinculados 
-Vício de legalidade gera anulação (via de regra). 
-Anulação Administração ou Judiciário 
- A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc) 
- invalida tudo, desde o início, não atingindo o 
terceiro de boa-fé. 
Ex: licença –maternidade. 
C -Os três primeiros elementos são vinculados 
 -Vício de legalidade gera anulação (via de regra). 
 -Anulação Administração ou Judiciário 
 -A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc)- invalida tudo, 
desde o início, não atingindo o terceiro de boa-fé. 
F 
F 
M - Elementos discricionários. 
 - Formam o chamado “MERITO ADMINISTRATIVO”. 
 - Pode ocorrer revogação (por motivo de oportunidade e 
conveniência). 
 - Revogação: somente a Administração ( ou os outros Poderes na 
 função atípica de administrar). 
 - A revogação opera um efeito proativo (ex nunc), respeitados os 
direitos adquiridos. 
Ex: aplicação da penalidade de suspensão em um servidor público. 
O 
 
OBS: ALGUNS ATOS SÃO IRREVOGÁVEIS: 
 Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos. 
 Os atos vinculados, pois nesse o Administrador não tem escolha na prática do ato. 
 Os atos que geram direitos adquiridos. 
 MAIS MOTIVOS PARA ANULAÇÃO DE UM ATO: 
1) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: 
 
 
 
2) 
 
 
 
 
 
 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
Se o Administrador invoca determinados 
motivos, a validade do ato fica 
subordinada à efetiva existência desses 
motivos invocados para a sua prática. 
 
Ex: Prefeito da cidade “A” exonera um 
servidor de cargo em comissão alegando 
excesso de despesa com pessoal. Uma 
semana depois ele nomeia outra pessoa 
para o cargo. 
-Exoneração de cargo em comissão: 
ato discricionário. 
Alegação de excesso de despesa com 
pessoal: motivação. (acaba por 
vincular o ato). 
ATO 
ADMINISTRATIVO 
COMPETÊNCIA 
FINALIDADE 
FORMA 
MOTIVO 
OBJETO 
ABUSO DE 
PODER 
 
EXCESSO DE PODER 
DESVIO DE PODER 
 
COMPETÊNCIA 
 
FINALIDADE 
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Realce
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Realce
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3) FERIR OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
***ATENÇÃO ESPECIAL PARA A RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE!!!!!!!!**** 
 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 
ATOS NORMATIVOS 
Decreto 
(Ato exclusivo do Chefe do Executivo) 
Regulamentos 
Instruções Normativas 
Regimentos 
Resoluções 
Deliberações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUNITIVOS 
ENUNCIATIVOS NEGOCIAIS 
ORDINATÓRIOS 
NORMATIVOS 
ESPÉCIES DE 
ATOS 
User
Retângulo
User
Realce
User
Retângulo
User
Texto digitado
São atos que ditam regras, na função de administrar, para dar fiel cumprimentonulla uma execução ou uma lei; em regra não inovam na ordem jurídica (exceção decreto autônomo)
User
Retângulo
User
Realce
User
Texto digitado
decreto regulamentar e autônomo
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ATOS ORDINATÓRIOS 
Instruções 
Provimentos 
Circulares 
Avisos 
Portarias 
Ordens de Serviço 
Ofícios 
Despachos 
 
 
 
 
 
ATOS NEGOCIAIS 
Licença 
Autorização 
Permissão 
Aprovação 
Admissão 
Visto 
Homologação 
Dispensa 
Renúncia 
Protocolo Administrativo 
 
 
 
ATOS ENUNCIATIVOS 
Certidões 
Atestados 
Pareceres 
Apostilas 
 
 
 
ATOS PUNITIVOS 
Externos 
Internos 
 
 
User
Retângulo
User
Retângulo
User
Retângulo
User
Sublinhado
User
Retângulo
User
Retângulo
User
Retângulo
User
Retângulo
User
Retângulo
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ATOS 
N
O
R
M
A
TI
V
O
S 
Decreto 
(Ato exclusivo do 
Chefe do Executivo) 
 Regulamentar: visa explicar a lei e facilitar sua execução, aclarando seus 
mandamentos e orientando sua aplicação. 
 Autônomo: dispõe sobre a matéria ainda não regulada especificamente em lei. 
Regulamentos 
 
 são atos administrativos, posto em vigência por decreto, para especificar os 
mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinada por lei. Estabelecem 
relações jurídicas entre a Administração e os administrados. 
Instruções 
Normativas 
 são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das 
Leis, decretos e regulamentos (CF, art. 87, § único, II), mas também utilizadas por 
outros órgãos superiores para o mesmo fim. 
Regimentos 
 são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a 
reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. 
Resoluções 
 são atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do 
Executivo(mas não pelo Chefe do Executivo) ou pelos Presidentes dos Tribunais, órgãos 
legislativos e colegiados, para disciplinar matéria de sua competência específica. 
Deliberações  são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. 
 
O
R
D
IN
A
TÓ
R
IOS 
Instruções 
 são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de 
determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com o escopo de 
orientar os subalternos no desempenho das atribuições que lhe são afetas. 
Provimentos 
 são atos administrativos internos, contendo determinações e instruções que a 
Corregedoria ou os tribunais expedem para a regularização e uniformização dos 
serviços, especialmente os da Justiça. 
Circulares 
 são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados agentes 
públicos incumbidos de certo serviço ou do desempenho de certas atribuições. 
Avisos 
 são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos 
ministérios. 
Portarias* 
(Regra geral) 
 são atos administrativos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições, ou 
serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam 
servidores para funções e cargos secundários.(atos de funcionamento interno da 
Administração que não geram direitos). 
Ordens de Serviço 
 são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços 
públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo, ou 
especificações técnicas sobre o modo e forma de realização. 
Ofícios 
 são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e 
superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial. 
Despachos 
 são decisões que as autoridades proferem em papéis, requerimentos e processos 
sujeitos à sua apreciação. 
 
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30 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
 
N
EG
O
C
IA
IS
 
Licença 
 ato administrativo vinculado e definitivo pelo o qual o Poder Público verificando que 
o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de 
atividades ou a realização de fatos materiais antes vedado ao particular. 
Autorização 
 ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível 
ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados 
bens particulares ou públicos. 
Permissão 
 ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público 
faculta ao particular o uso especial de bens públicos ou prestação de serviços públicos*. 
Aprovação 
 ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de 
outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras 
entidades ou de particulares, dependentes de seu controle.É discricionário. 
Admissão 
 ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação de 
todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de 
seu exclusivo ou predominante interesse. 
Visto 
 ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria 
Administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe 
exeqüibilidade. 
Homologação 
 ato administrativo de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade 
e a conveniência de ato anterior a da própria Administração, de outra entidade ou de 
particular, para dar-lhe eficácia. É VINCULADO. 
Dispensa 
 ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada 
obrigação até então exigida por lei. Ex: serviço militar obrigatório. 
Renúncia 
 ato pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um direito 
próprio, liberando a pessoa obrigada perante a Administração. 
Protocolo 
Administrativo 
 ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de 
determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no 
interesse recíproco da Administração e do administrado. 
 
EN
U
N
C
IA
TI
V
O
S 
(D
EC
LA
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A
TÓ
R
IO
S 
Certidões 
 são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de 
processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas. 
Atestados 
 são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que 
tenha conhecimento por seus órgãos competentes. 
Pareceres 
 são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua 
consideração. 
Apostilas 
 são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. 
Equivale a uma averbação. 
 
 
P
U
N
IT
IV
O
S Externos 
 são atos que velam pela correta observância das normas administrativas. Ex: multas, 
interdição de atividades, destruição de coisas. 
Internos 
 são atos que visam punir disciplinarmente seus servidores ou decorrentes de 
inadimplemento contratual. Ex: suspensão, demissão, sanção administrativa 
decorrente de contratos administrativos como sanções. 
 
 
 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
COMPARATIVO DA CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: 
1) Gerais e individuais: 
HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS 
 
 
 
1) INDIVIDUAIS 
(OU ESPECIAIS) 
Destina-se a uma 
pessoa em 
particular ou a um 
grupo de pessoas 
determinadas. 
Ex.: Demissão, 
exoneração, 
outorga de 
Licença. 
 
 
 
1) INDIVIDUAIS 
 
São os que 
produzem 
efeitos jurídicos 
no caso 
concreto. 
Ex.: Nomeação; 
demissão; 
autorização. 
 
 
 
1) 
INDIVIDUAIS 
 
Os que têm por 
destinatário sujeito 
ou sujeitos 
especificamente 
determinados. 
Ex.: Demissão, 
exoneração, 
outorga de 
Licença 
 
 
 
 
2) GERAIS 
(REGULAMENTARES) 
Destinam-se a 
uma parcela 
grande de 
sujeitos 
indeterminados 
e todos aqueles 
que se veem 
abrangidos pelos 
seus preceitos; 
Ex.: Edital de um 
concurso; 
regulamentos; 
instruções 
normativas. 
 
 
 
 
 
2) GERAIS 
(NORMATIVOS) 
Atingem todas as 
pessoas que se 
encontram na 
mesma situação. 
Ex.: 
Regulamentos, 
regimentos, 
resoluções. 
 
 
 
 
2) GERAIS 
 
Atingem todas as 
pessoas que se 
encontram na 
mesma situação. 
Pode ser 
concreto(esgota-se 
numa única 
aplicação) ou 
abstrato( renova-
se 
interativamente). 
Ex.: Edital de um 
concurso, 
concessão de 
férias coletivas, 
regulamento. 
 
2) Atos externos e internos: 
HELY LOPES MEIRELLES CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTOS AO ALCANCE QUANTOS À SITUAÇÃO DE TERCEIROS 
 
1) INTERNOS 
Os destinatários são os órgãos e 
agentes da Administração; não se 
dirigem a terceiros. 
Ex.: Ordens de serviço, 
memorando, portarias 
 
1) INTERNOS 
Produzem seus efeitos apenas 
no interior da Adm. 
Ex.: Parecer, 
informações. 
 
 
2) EXTERNOS 
Alcançam os administrados de modo 
geral (só entram em vigor depois de 
publicados). 
Ex.: Decreto, 
admissão. 
 
 
2) EXTERNOS 
Produzem efeitos sobre 
terceiros. 
Ex.: Licença, 
admissão. 
 
 
 
User
Realce
User
Realce
User
Linha
User
Texto digitado
A minha prova prefere a nullclassificação do Hely
UserRetângulo
User
Realce
User
Realce
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OS: 0124/9/16-Gil 
3) Atos de império, gestão e expediente: 
HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTOS AO OBJETO QUANTOS À PERROGATIVA QUANTOS À POSIÇÃO ESTATAL 
 
 
 
1) IMPÉRIO 
Aquele que a 
administração 
pratica no gozo de 
suas prerrogativas 
em posição de 
supremacia perante 
o administrado. 
Ex.: Desapropriação; 
interdição, 
Requisição 
 
 
 
1) IMPÉRIO 
Aquele que a 
administração pratica 
no gozo de suas 
prerrogativas; em 
posição de 
supremacia perante o 
administrado. 
Ex.: 
Desapropriação; 
interdição, 
requisição 
 
 
 
1) IMPÉRIO 
São os que a 
Administração 
pratica no gozo de 
prerrogativas de 
autoridade. 
Ex.: A ordem de 
interdição de um 
estabelecimento. 
 
 
 
 
2) GESTÃO 
São os praticados 
pela Administração 
em situação de 
igualdade com os 
particulares, SEM 
USAR SUA 
SUPREMACIA; 
Ex.: Alienação. 
 
 
 
 
2) GESTÃO 
São os praticados 
pela Administração 
em situação de 
igualdade com os 
particulares, SEM 
USAR SUA 
SUPREMACIA; 
Ex.: Alienação. 
 
 
 
 
2) GESTÃO 
São os que a 
Administração pratica 
sem o uso de poderes 
comandantes. 
Ex.: Venda de um 
bem. 
 
3) EXPEDIENTE 
Aqueles praticados 
por agentes 
subalternos; atos de 
rotina interna. 
Ex.: Protocolo. 
-- -- -- -- 
 
4) Atos puros, meros atos administrativos e negociais: 
MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO À FUNÇÃO DA VONTADE QUANTO À FUNÇÃO DA VONTADE 
 
 
 
1) ATOS ADM. PUROS 
Há uma declaração de vontade, 
voltada para obtenção de 
determinados efeitos jurídicos. 
Ex.: Demissão, 
tombamentos, 
permissão 
 
 
 
 
1) NEGOCIAIS 
Também chamados de negócios 
jurídicos- são aqueles que a vontade 
administrativa é preordenada à 
obtenção de um resultado jurídico, 
criando imediatamente efeitos 
jurídicos. 
 Ex.: Admissão 
 
 
2) ATOS ADM. PUROS 
Há uma declaração de opinião, 
conhecimento ou desejo. 
Ex.: Parecer, 
certidão 
voto num órgão colegiado. 
 
 
 
2) ATOS PUROS 
 também chamados de meros atos 
administrativos- são os que 
correspondem a simples 
manifestações de conhecimento ou 
desejo. 
Ex.: Certidão, 
voto em órgão colegial 
 
 
 
User
Realce
User
Linha
User
Retângulo
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OS: 0124/9/16-Gil 
5) Atos vinculados e discricionários: 
HELY LOPES MEIRELLES CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO AO REGRAMENTO QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE 
 
 
 
1) VINCULADO 
Quando não há, para o 
agente, liberdade de 
escolha, devendo se sujeitar 
às determinações da Lei. 
Ex.: Licença, 
aposentadoria 
compulsória 
 
 
 
 
1) VINCULADO 
Quando não há, para o 
agente, liberdade de 
escolha, devendo se sujeitar 
às determinações da Lei. 
Ex.: Licença, 
aposentadoria compulsória 
 
 
 
2) DISCRICIONÁRIO 
Quando há liberdade de 
escolha (na LEI) para o 
agente, no que diz respeito 
ao mérito - CONVENIÊNCIA 
e OPORTUNIDADE . 
Ex.: Autorização 
 
 
 
2) DISCRICIONÁRIO 
Quando há liberdade de 
escolha (na LEI) para o 
agente, no que diz respeito 
ao mérito - CONVENIÊNCIA e 
OPORTUNIDADE. 
Ex.: Autorização, 
permissão de uso de bem. 
 
 
6) Atos unilaterais e bilaterais: 
CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO À FORMAÇÃO 
 
1) UNILATERAIS 
Os que são formados pela declaração jurídica de uma só parte. 
Ex.: Demissão, multa, autorizações. 
 
2)BILATERAIS 
Os que são formados por um acordo de vontades entre as partes. 
Ex.: Contratos de concessão. 
 
7) Atos constitutivos, declaratórios e enunciativos: 
MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO AOS EFEITOS QUANTO AOS EFEITOS 
 
 
 
1) ATOS CONSTITUTIVOS 
É aquele pelo qual a 
Adm. cria, modifica ou 
extingue um direito ou 
uma situação jurídica. 
Ex.: Permissão, autorização 
revogação, dispensa, 
aplicação de penalidade a 
servidor. 
 
 
 
 
1) ATOS CONSTITUTIVOS 
Os que fazem nascer uma 
situação jurídica, seja 
produzindo-a 
originariamente, seja 
extinguindo-a ou modificando 
situação anterior. Ex.: 
Autorização, nomeação 
 
 
2) ATOS DECLARATÓRIOS 
 
É aquele em que a Adm. 
apenas reconhece um 
direito que já existia antes 
do ato. 
Ex.: anulação, licença 
homologação, isenção 
admissão. 
 
 
2) ATOS DECLARATÓRIOS 
 
Os que afirmam a 
preexistência de uma situação 
de fato ou de direito. 
Ex.: Vistoria, certidão. 
User
Realce
User
Linha
User
Texto digitado
UM DOS QUE MAIS CAEM EM PROVA
User
Retângulo
User
Texto digitado
A PROVA UFC E IFCE PREFERE A DEFINIÇÃO DO HELY
User
Linha
User
Linha
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OS: 0124/9/16-Gil 
 
3) ATOS ENUNCIATIVOS 
 É aquele pelo qual a 
Adm. apenas atesta ou 
reconhece determinada 
situação jurídica de fato 
ou de direito. Não 
manifestam vontade 
produtora de efeitos 
jurídicos. 
Ex.: certidões , atestados 
pareceres. 
-- -- 
 
8) Atos ampliativos ou restritivos: 
CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO AO RESULTADO NA ESFERA JURÍDICA 
 
1) AMPLIATIVOS 
Os que aumentam a esfera de ação jurídica do destinatário. 
Ex.: Permissão, autorização, licença. 
 
2) RESTRITIVOS 
Os que diminuem a esfera jurídica do destinatário ou lhe 
impõem novas obrigações, deveres ou ônus. 
Ex.: Sanções, proibições, ordens.. 
 
9) Atos simples, complexo e composto: 
HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO À FORMAÇÃO DO ATO QUANTOS À FORMAÇÃO DA 
VONTADE 
QUANTO À COMPOSIÇÃO DA 
VONTADE PRODUTORA 
1) SIMPLES 
Produzido por um 
único órgão; podem 
ser simples 
singulares ou 
simples colegiais. 
Ex.: Despacho. 
 
 
 
 
1) SIMPLES 
Decorre da 
declaração de 
vontade um único 
órgão, seja ele 
singular ou 
colegiado. 
Ex.: Deliberação de 
um Conselho. 
 
 
 
1) SIMPLES 
Os que são 
produzidos pela 
declaração jurídica de 
um único órgão; 
podem ser simples 
singulares ou simples 
colegiais. 
Ex.: Licença para 
dirigir automóvel. 
2) COMPLEXO 
Resultam da soma de 
vontades de dois ou 
mais órgãos. É o 
concurso de vontades 
de órgãos diferentes 
para a formação de 
um único ato. 
Ex.: Investidura de um 
servidor. 
 
 
 
 
2) COMPLEXO 
São os que resultam 
da manifestação de 
dois ou mais órgãos, 
que se funde para 
formar um ato 
único. 
Ex.: Decreto 
assinado pelo Chefe 
do Executivo e 
referendado pelo 
Ministro de Estado. 
 
 
 
 
2) COMPLEXO 
São os que resultam 
da conjugação de 
vontade de órgãos 
diferentes. 
Ex.: Analise de 
validade da 
aposentadoria de um 
servidor de um órgão 
feita pelo TCU3) COMPOSTO 
Produzido por um 
órgão, mas 
dependente da 
verificação, 
ratificação de outro 
órgão para se tornar 
exeqüível. 
 
3) COMPOSTO 
É o que resulta da 
manifestação de 
dois ou mais órgãos, 
em que a vontade 
de um é 
instrumental em 
relação a de outro, 
 
 
 
 
 
-- 
 
 
 
 
 
-- 
User
Realce
User
Linha
User
Linha
User
Retângulo
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OS: 0124/9/16-Gil 
Ex.: Autorização que 
dependa de um visto 
de uma autoridade 
superior. 
que é principal. 
Ex.: A nomeação do 
Procurador da 
República, 
depende de prévia 
aprovação pelo 
Senado. 
 
10) Atos abstratos ou concretos: 
CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO À ESTRUTURA 
1) CONCRETOS 
Os que dispõem para um único e específico caso, esgotando-se 
nesta única aplicação 
Ex.: Exoneração. 
2) ABSTRATOS 
Os que preveem reiterada e infindas aplicações, as quais se 
repetem cada vez que ocorra a reprodução da hipótese neles 
previstas, alcançando um número indeterminado e 
indeterminável de destinatários.. 
Ex.: Regulamento. 
 
11) Atos válidos, perfeitos, imperfeitos, pendentes e consumados: 
 HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO 
QUANTO À EFICÁCIA QUANTO À EFICÁCIA E EXEQUIBILIDADE 
1) PERFEITO 
Teve seu ciclo de formação 
encerrado, que já esgotou 
todas as fases necessárias 
de formação (está 
relacionado com a 
finalização das etapas de 
formação do ato). 
Ex.: Um ato que tenha sido 
motivado, escrito, assinado 
e publicado na imprensa 
oficial. 
1) PERFEITO 
Teve seu ciclo de formação 
encerrado, que já esgotou 
todas as fases necessárias de 
formação(está relacionado 
com a finalização das etapas 
de formação do ato). 
Ex.: Um ato que tenha sido 
motivado, escrito, assinado e 
publicado na imprensa oficial. 
2) IMPERFEITO 
Ainda não completou o seu 
ciclo de formação. 
Ex. Um ato não publicado, 
caso a publicação seja 
exigida por lei. 
 
2) IMPERFEITO 
 
Ainda não completou o seu 
ciclo de formação. 
Ex.: Um ato não publicado, 
caso a publicação seja 
exigida por lei. 
3) PENDENTE 
É aquele que, embora 
perfeito, está sujeito a 
condição ou termo para 
começar a produzir 
efeitos (é um ato 
perfeito). 
3) PENDENTE 
É aquele que, embora 
perfeito, está sujeito a 
condição ou termo para 
começar a produzir efeitos 
(é um ato perfeito). 
Ex.: Ato de concessão de 
férias, publicado em um 
mês e que só poderá ser 
gozada meses depois. 
 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
4) CONSUMADO 
É aquele que produziu 
todos os efeitos (é 
definitivo e imodificável). 
Ex.: A autorização para a 
realização de uma 
passeata, depois de 
realizada, torna-se 
consumada. 
4) CONSUMADO 
É aquele que produziu 
todos os efeitos (é 
definitivo e imodificável). 
Ex.: A autorização para a 
realização de uma 
passeata, depois de 
realizada, torna-se 
consumada. 
5) VÁLIDO 
Está conforme todas as 
exigências legais para a 
sua regular produção de 
efeitos (está em 
conformidade com a lei). 
 
 
-- 
 
 
-- 
 
Ex.: Licença à 
maternidade. 
 
6) NULO 
Nasce afetado pelo vício 
insanável por ausência 
substancial em seus 
elementos constitutivos. 
Ex.: Ato praticado com 
desvio de finalidade. 
 
 
-- 
 
 
-- 
7) INEXISTENTE 
Possui aparência de 
manifestação de vontade 
da Administração Pública, 
mas não chegou a se 
aperfeiçoar como ato 
administrativo. 
Ex.: Ato praticado por um 
usurpador de função. 
 
 
 
-- 
 
 
 
-- 
 
12) Ato-regra, ato-subjetivo e ato- condição: 
CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO À NATUREZA DAS SITUAÇÕES JURÍDICAS QUE CRIAM 
1) ATO-REGRA 
Os que criam situações gerais, abstratas e impessoais e modificáveis a qualquer tempo pela 
vontade de quem os produziu. 
Ex.: Regulamento. 
2) ATO SUBJETIVO 
Os que criam situações particulares, concretas e pessoais, sendo imodificáveis pela vontade 
de uma só das partes. 
Ex.: Contrato. 
3) ATO - CONDIÇÃO 
Os que alguém pratica incluindo-se, isoladamente ou mediante acordo com outrem, que 
sujeitam-se às eventuais alterações unilaterais. 
Ex.: Aceitação de cargo público. 
 
 
 
 
 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
13) Atos ativos, consultivo, controlador, verificador e contencioso: 
CELSO ANTÔNIO B. MELLO 
QUANTO À NATUREZA DAS ATIVIDADES 
1) ATIVO 
Os que visam criar, produzir, uma utilidade pública, constituindo situações jurídicas. 
Ex.: Autorizações, licenças, concessões. 
2) CONSULTIVO 
Os que visam a informar elucidar, sugerir providências a serem estabelecidas nos atos da 
Adm. ativa. 
Ex.: Parecer, informação 
 
3) CONTROLADOR 
Os que visam a impedir ou permitir a produção ou a eficácia de atos da administração ativa 
mediante exame prévio ou posterior da conveniência ou legalidade. 
Ex.: Aprovação,, homologação 
4) VERIFICADOR 
Os que visam apurar ou documentar a preexistência de uma situação de fato ou de direito. 
Ex.: Registro, certificação, inscrição 
5) CONTENCIOSO 
Os que visam a julgar, em um procedimento contraditório, certas situações. 
Ex.: Julgamento no PAD 
 
14) Atos principal, complementar, intermediário, condição e jurisdição: 
HELLY LOPES MEIRELLES 
QUANTO AO OBJETIVO VISADO 
1) PRINCIPAL 
Encerra a manifestação de vontade final da Administração. 
Ex.: Nomeação do Procurador Geral da Rep. 
2) COMPLEMENTAR 
É o ato que aprova ou ratifica o ato principal para lhe dá exeqüibilidade. 
Ex.: Aprovação do Senado na nomeação do PGR. 
3) INTERMEDIÁRIO 
É o que concorre para a formação do ato principal e final. 
Ex.: Julgamento das Propostas. 
4) CONDIÇÃO 
É todo aquele que antepõe a outro para permitir a sua realização. 
Ex.: O concurso para a nomeação de cargo efetivo. 
5) JURISDIÇÃO 
É todo aquele que contém decisão sobre matéria controvertida. 
Ex.: Revisão de ato inferior por superior hieráquico. 
 
15) Atos constitutivo, extintivo, declaratório, alienativo, modificativo e abdicativo: 
HELLY LOPES MEIRELLES 
QUANTO AO CONTEÚDO 
1) CONSTITUTIVO 
Cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à Administração. 
Ex.: Licença, aplicação de sanções administrativas 
2) EXTINTIVO 
 
Põe termo a situações jurídicas individuais. 
Ex.: Cassação de autorização, demissão de um servidor 
3) DECLARATÓRIO 
Visa preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício. 
Ex.: Expedição de certidões, apostilamento de títulos de nomeação. 
4) ALIENATIVO 
Opera a transferência de bens e direitos de um titular a outro. 
Ex.: Edição de um decreto que transfere bens móveis de uma entidade a outra. 
5) MODIFICATIVO 
Tem por fim alterar situações preexistentes, sem provocar a sua supressão. 
Ex.: Alteraçãode horários numa da repartição. 
6) ABDICATIVO 
O titular abre mão , abdica de um determinado direito 
( exige uma autorização legislativa). 
-- 
 
 
User
Realce
User
Linha
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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OS: 0124/9/16-Gil 
PROCESSO ADMINISTRATIVO-LEI Nº. 9.784/99 
CONCEITO 
É um conjunto de atos coordenados e interdependentes necessários a produzir uma 
decisão final a respeito de alguma função ou atividade administrativa. 
PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS 
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 
 
- Legalidade Objetiva: exige que o processo seja instaurado e conduzido com base na 
lei. 
- Oficialidade: à Administração compete a movimentação do processo administrativo. 
- Informalismo: os atos praticados não exigem formalidades especiais. 
-Verdade Material: o que importa é conhecer o fato efetivamente ocorrido, como se 
deu no mundo real. 
-Contraditório e ampla defesa: princípio constitucional assegurado em todos os tipos 
de processo. 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA LEI Nº 
9.784/99 
(art. 2º) 
- Legalidade 
-Finalidade 
- Motivação 
- Razoabilidade e proporcionalidade 
- Moralidade 
- Ampla defesa 
- Contraditório, 
- Segurança jurídica 
 - Interesse público 
 - Eficiência 
DIREITOS DOS ADMINISTRADOS 
(art. 3º) 
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o 
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição 
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e 
conhecer as decisões proferidas; 
III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão 
objeto de consideração pelo órgão competente; 
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
DEVERES DO ADMINISTRADOS 
(art. 4º) 
I – expor os fatos conforme a verdade; 
II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III – não agir de modo temerário; 
IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o 
esclarecimento dos fatos. 
LEGITIMADOS NO PROCESSO 
(NA QUALIDADE DE INTERESSADO) 
(art. 9º) 
I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses 
individuais ou no exercício do direito de representação; 
II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que 
possam ser afetados pela decisão a ser adotada; 
III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou 
interesses difusos. 
COMPETÊNCIA 
(arts. 11 a 17) 
- A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi 
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente 
admitidos. 
- Não podem ser objeto de delegação: 
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I – a edição de atos de caráter normativo; 
II – a decisão de recursos administrativos; 
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
- Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
DO IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
(arts. 18 a 21) 
 
- É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
tenha interesse direto ou indireto na matéria; tenha participado ou venha a participar 
como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao 
cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; esteja litigando judicial 
ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. 
- A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à 
autoridade competente, abstendo-se de atuar. A omissão do dever de comunicar o 
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 
- Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou 
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, 
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. 
- O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito 
suspensivo. 
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS 
ATOS DO PROCESSO 
(arts. 22 a 25) 
- Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo 
processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 
cinco dias, salvo motivo de força maior. 
FASES DO PROCESSO 
(arts. 29 a 47) 
- Instauração 
- Instrução (e relatório) 
- Decisão 
DA INSTAURAÇÃO 
 
- O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
- O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação 
oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II – identificação do interessado ou de quem o represente; 
III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; 
IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; 
V – data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
- É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, 
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. 
- Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários 
padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. 
- Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e 
fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo 
preceito legal em contrário. 
 
 
 
 
 
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DA INSTRUÇÃO 
 
- As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários 
à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão 
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor 
atuações probatórias. 
- São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 
-Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão 
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública 
para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo 
para a parte interessada. 
- Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever 
atribuído ao órgão competente para a instrução 
- Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser 
emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada 
necessidade de maior prazo. 
 -Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o 
processo não terá seguimento até a respectivaapresentação, responsabilizando-se 
quem der causa ao atraso. 
- Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o 
processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da 
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
DO RELATÓRIO 
- É a peça informativa -opinativa, que informa à autoridade (competente para decidir) 
tudo o que ocorreu no processo e opina por uma decisão.Não é vinculativo, podendo a 
autoridade divergir de suas conclusões. 
DA DECISÃO 
- A Administração tem o dever de decidir. Salvo prorrogação, o prazo para decidir é de 
30 dias. 
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E 
DA REVISÃO 
(arts. 56 a 65) 
 
- Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de 
mérito. 
- O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, 
salvo disposição legal diversa. 
- Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: 
I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão 
recorrida; 
III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Havendo 
justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a 
autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar 
efeito suspensivo ao recurso. 
- O recurso não será conhecido quando interposto: 
I – fora do prazo; 
II – perante órgão incompetente; 
III – por quem não seja legitimado; 
IV – após exaurida a esfera administrativa. 
- Na hipótese do item II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, 
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sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. 
- O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o 
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. 
- Da revisão: os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser 
revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou 
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. 
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
DAS SANÇÕES (art. 68) 
As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza 
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre 
o direito de defesa. 
 
DA MOTIVAÇÃO 
(art. 50) 
Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando: 
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V – decidam recursos administrativos; 
VI – decorram de reexame de ofício; 
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de 
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E 
CONVALIDAÇÃO 
(arts. 53 a 55) 
 
- A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos. 
- O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que 
foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
- Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser 
convalidados pela própria Administração. 
 
DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO 
DO PROCESSO 
(art. 69-A)** 
Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos 
administrativos em que figure como parte ou interessado: pessoa com idade igual ou 
superior a 60 (sessenta) anos; pessoa portadora de deficiência, física ou mental; 
pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, 
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, 
estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por 
radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base 
em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída 
após o início do processo. 
- A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, 
deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as 
providências a serem cumpridas 
** acrescentado pela Lei nº 12.008, de 29/07/2009. 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO 
ATOS PRAZOS ART. 
Intimação para comparecimento Mínimo de 3 dias úteis Art. 26 
Intimação dos interessados de 
prova ou diligência ordenada 
Mínimo de 3 dias úteis Art. 41 
Intimação dos interessados no 
recurso 
5 dias úteis para apresentação de alegações Art. 62 
Reconsideração do recurso pela 
autoridade que proferiu a decisão 
5 dias; se não o considerar, encaminhará à autoridade superior Art. 56 
Para todos os atos do órgão ou 
entidade 
5 dias, salvo força maior, podendo ser dilatado até o dobro se 
justificado 
Art. 24 
Interposição de recurso Máximo de 10 dias Art. 59 
Manifestação após encerrada a 
instrução 
Máximo de 10 dias, salvo determinação legal Art. 44 
Emissão de parecer de órgão 
consultivo 
Máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade 
de maior prazo 
Art. 42 
Decisão após a instrução Até 30 dias, podendo ser prorrogáveis, se motivado. Art. 49 
Decisão de recurso 
Máximo de 30 dias, contados do recebimento dos autos, prorrogáveis 
se justificados 
Art. 59 
 
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CAPÍTULO 5 – LICITAÇÃO 
 
■ CONCEITO: 
É o procedimento administrativo, EXIGIDO POR LEI, 
para que o Poder Público possa comprar, vender ou locar 
bens ou, ainda, realizar obras e adquirir serviços, segundo 
condições previamente estipuladas, visando selecionar a 
melhor proposta, ou o melhor candidato, conciliando os 
recursos orçamentários existentes à promoção do interesse 
público. É um ato administrativo Formal (o procedimento 
administrativo da Licitação) 
■ FINALIDADES: 
a) garantir a observância do princípio da 
isonomia - todos poderão participar da 
licitação; 
b) selecionar a proposta mais vantajosa para a 
administração; 
c) mostrar a eficiência e a moralidade nos 
negócios administrativos. 
 
■ PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA LICITAÇÃO 
(ART. 3º, DA LEI Nº 8666/93): 
 Legalidade:agir em conformidade com a Lei; impõe o 
administrador às prescrições legais que regem o 
procedimento em todos os seus atos e fases; 
 Impessoalidade: resguardar o interesse público, evitar 
favoritismos e privilégios; todos os licitantes devem ser 
tratados igualmente, em termos de direitos e 
obrigações. 
 Moralidade: pautar-se por uma conduta honesta, 
evitando conluios, acordos escusos, etc. Nem tudo que 
é legal é moral ! 
 Igualdade: pauta-se no princípio que a Administração 
deve tratar todos os participantes de forma igualitária. 
 Publicidade: os atos devem ser amplamente 
divulgados, para garantir, inclusive, a transparência da 
atuação administrativa. Os atos licitatórios serão 
públicos desde que resguardados o sigilo das propostas; 
 Probidade Administrativa: é dever de todo 
administrador. 
 Vinculação ao instrumento convocatório: adstritos ao 
permitido no instrumento convocatório da licitação, 
não podendo mudar as regras depois de iniciado o 
procedimento; 
 Julgamento: a decisão a ser tomada pela 
Administração DEVERÁ BASEAR-SE em critérios 
concretos, claros e definidos no instrumento 
convocatório; 
 ATENÇÃO: os princípios acima enunciados são de 
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA no procedimento licitatório. 
Se um dos princípios for afrontado, o procedimento 
licitatório será NULO. 
 OBJETO DA LICITAÇÃO: ressalvados os casos 
especificados na legislação, as obras, serviços, compras 
e alienações serão contratados mediante processo de 
licitação pública, a qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações. 
 LICITANTE: quem se habilitou e participa do 
procedimento licitatório, atendendo ao ato da 
convocação. 
 NÃO PODEM SER LICITANTES: 
 O autor do projeto, básico ou executivo; 
 A empresa responsável pelo projeto básico ou 
executivo; 
 Servidor, dirigente de órgão ou entidade 
contratante ou responsável pela licitação; 
 Os membros da Comissão de Licitação. 
 
■ OBRIGATORIEDADE DE LICITAR 
- A licitação é uma EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL para toda 
a Administração Púbica Direta e Indireta. 
 Subordinam-se ao regime desta lei, além dos órgãos da 
administração direta, os fundos especiais, as 
autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
■ COMISSÃO DE LICITAÇÃO: 
PERMANENTE ou ESPECIAL, criada pela Administração com 
a função de receber, examinar e julgar todos os 
documentos e procedimentos relativos às licitações e ao 
cadastramento de licitantes. 
 
■ ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: 
Deve ser entendido no sentido de que, se a Administração 
levar o procedimento a seu termo, a adjudicação somente 
pode ser feita ao vencedor; não há, portanto, um direito 
subjetivo à adjudicação quando a Administração opta pela 
revogação do procedimento, porque a revogação 
motivada pode ocorrer em qualquer fase da licitação, 
desde que haja finalidade pública. 
 
 
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Nota
PRINCÍPIOS EXEMPLIFICATIVOS, ELES NÃO SÃO TAXATIVOS, POIS EXISTEM OUTROS.nullnullPRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAnull* CONCEITO: diretrizes, ideias eu norteiam a atuação do Estado;null* CARACTERÍTICAS:null- são de observância obrigatória;null- não existe hierarquia entre os princípios;null- explícitos ou implícitos;null
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■ REQUISITOS PARA LICITAÇÃO : 
- Obras: 
a) Existência de projeto básico; 
b) Existência de orçamento detalhado; 
c) Existência de Recursos Orçamentários; 
d) Previsão no Plano Plurianual. 
 o descumprimento dos requisitos acima pode 
acarretar a NULIDADE dos atos (licitação e 
contrato) e a responsabilidade dos envolvidos; 
gera IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; 
- Compras: 
a) Caracterização do objeto (não pode haver a indicação 
da marca); 
b) Existência de recursos orçamentários; 
c) Condições de armazenamento compatíveis com a 
aquisição; 
 o descumprimento dos requisitos acima acarreta a 
NULIDADE dos atos (licitação e contrato) e a 
responsabilidade administrativa e penal de quem 
lhes deu causa. 
 
■ EXCEÇÕES À OBRIGATORIEDADE DE LICITAR 
- A lei diversificou os casos em que a administração pode ou 
deve deixar de realizar a licitação, tornando-a dispensada, 
dispensável e inexigível. 
1) DISPENSA DE LICITAÇÃO: 
ocorre quando há possibilidade de competição que 
justifique a licitação, mas a lei faculta a dispensa ou o 
legislador decidiu não tornar o procedimento obrigatório. 
- Pode ocorrer dispensa nos casos de situações 
excepcionais, pois a demora seria incompatível com a 
urgência na celebração do contrato, contrariando o 
interesse público. Pode também ocorrer por desinteresse 
dos particulares no objeto do contrato. 
- Os casos de Dispensa de Licitação são TAXATIVOS (não 
podem ser alterados). 
 CASOS DE DISPENSA DE LICITAÇÃO: 
1.1) LICITAÇÃO DISPENSADA- art. 17, I e II , da Lei nº. 
8.666/93: 
 existem casos de dispensa de licitação previstas na 
legislação (Lei 8666/93), e que escapam da 
discricionariedade da Administração. 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa 
para órgãos da Administração direta e entidades 
autárquicas e fundacionais, e, para todos,inclusive as 
entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia 
e de licitação na modalidade de concorrência, 
DISPENSADA esta nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro 
órgão ou entidade da Administração Pública; 
c) permuta, por outro imóvel; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração 
pública; 
f) alienação gratuita ou onerosa 
g) procedimento de legitimação de posse. 
 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de 
licitação, DISPENSADA esta nos seguintes casos: 
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso 
de interesse social, após avaliação de sua 
oportunidade e conveniência socioeconômica, 
relativamente à escolha de outra forma de 
alienação; 
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos 
ou entidades da Administração Pública; 
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em 
bolsa, observada a legislação específica; 
d) venda de títulos, na forma da legislação 
pertinente; 
e) venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou entidades da Administração Pública, em 
virtude de suas finalidades; 
f) venda de materiais e equipamentos para outros 
órgãos ou entidades da Administração Pública, sem 
utilização previsível por quem deles dispõe. 
OBS: A DISPENSA DEVERÁ SEMPRE SER MOTIVADA 
(PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO). 
1.2) LICITAÇÃO DISPENSÁVEL- art. 24, da Lei nº 8.666/93: 
 a dispensa da licitação fica na 
competência discricionária da 
Administração 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 
10% (dez por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso 
I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de 
uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços 
da mesma natureza e no mesmo local que possam ser 
realizadas conjunta e concomitantemente; 
II – para outros serviços e compras de valor até 
10% (dez por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso 
II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos 
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nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um 
mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que 
possa ser realizada de uma só vez; 
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da 
ordem; 
IV – nos casos de emergência ou de calamidade 
pública, quando caracterizada urgência de atendimento de 
situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a 
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e 
outros bens, públicos ou particulares, e somente para os 
bens necessários ao atendimento da situação emergencial 
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que 
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e 
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da 
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a 
prorrogação dos respectivos contratos; 
V – quando não acudirem interessados à licitação 
anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida 
sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, 
todas as condições preestabelecidas; 
VI – quando a União tiver que intervir no domínio 
econômico para regular preços ou normalizar o 
abastecimento; 
VII – quando as propostas apresentadas 
consignarem preços manifestamente superiores aos 
praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis 
com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em 
que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, 
persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta 
dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante 
do registro de preços, ou dos serviços; 
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de 
direito público interno, de bens produzidos ou serviços 
prestados por órgão ou entidade que integre a 
Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim 
específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que 
o preço contratado seja compatível com o praticado no 
mercado; 
IX – quando houver possibilidade de 
comprometimento da segurança nacional, nos casos 
estabelecidos em decreto do Presidente da República, 
ouvido o Conselho de Defesa Nacional; 
X – para a compra ou locação de imóvel destinado 
ao atendimento das finalidades precípuas da administração, 
cujas necessidades de instalação e localização condicionem 
a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o 
valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
XI – na contratação de remanescente de obra, 
serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão 
contratual, desde que atendida a ordem de classificação da 
licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas 
pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, 
devidamente corrigido; 
XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e 
outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a 
realização dos processos licitatórios correspondentes, 
realizadas diretamente com base no preço do dia; 
XIII – na contratação de instituição brasileira 
incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do 
ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de 
instituição dedicada à recuperação social do preso, desde 
que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos; 
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos 
termos de acordo internacional específico aprovado pelo 
Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem 
manifestamente vantajosas para o Poder Público; 
c Incisos XII a XIV com a redação dada pela Lei nº 
8.883, de 8-6-1994. 
XV – para a aquisição ou restauração de obras de 
arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, 
desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão 
ou entidade; 
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de 
formulários padronizados de uso da administração, e de 
edições técnicas oficiais, bem como para prestação de 
serviços de informática a pessoa jurídica de direito público 
interno, por órgãos ou entidades que integrem a 
Administração Pública, criados para esse fim específico; 
XVII – para a aquisição de componentes ou peças 
de origem nacional ou estrangeira, necessários à 
manutenção de equipamentos durante o período de 
garantia técnica, junto ao fornecedor original desses 
equipamentos, quando tal condição de exclusividade for 
indispensável para a vigência da garantia; 
XVIII – nas compras ou contratações de serviços 
para o abastecimento de navios, embarcações, unidades 
aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em 
estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou 
localidades diferentes de suas sedes, por motivo de 
movimentação operacional ou de adestramento, quando a 
exigüidade dos prazos legais puder comprometer a 
normalidade e os propósitos das operações e desde que seu 
valor não exceda ao limite previsto na alínea a do inciso II 
do art. 23 desta Lei; 
XIX – para as compras de material de uso pelas 
Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e 
administrativo, quando houver necessidade de manter a 
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico 
dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de 
comissão instituída por decreto; 
XX – na contratação de associação de portadores 
de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada 
idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração 
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de 
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OS: 0124/9/16-Gil 
mão-de-obra, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado; 
XXI – para a aquisição de bens destinados 
exclusivamente pesquisa científica e tecnológica com 
recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras 
instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq 
para esse fim específico; 
XXII – na contratação do fornecimento ou 
suprimento de energia elétrica e gás natural com 
concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as 
normas da legislação específica; 
XXIII – na contratação realizada por empresa 
pública ou sociedade de economia mista com suas 
subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de 
bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
XXIV – para a celebração de contratos de prestação 
de serviços com as organizações sociais, qualificadas no 
âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades 
contempladas no contrato de gestão; 
XXV – na contratação realizada por Instituição 
Científica e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento 
para a transferência de tecnologia e para o licenciamento 
de direito de uso ou de exploração de criação protegida; 
XXVI – na celebração de contrato de programa com 
ente da Federação ou com entidade de sua administração 
indireta, para a prestação de serviços públicos de forma 
associada nos termos do autorizado em contrato de 
consórcio público ou em convênio de cooperação. 
XXVII – na contratação da coleta, processamento e 
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou 
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de 
lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas 
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda 
reconhecidas pelo poder público como catadores de 
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos 
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde 
pública. 
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, 
produzidos ou prestados no País, que envolvam, 
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa 
nacional, mediante parecer de comissão especialmente 
designada pela autoridade máxima do órgão. 
XXIX – na aquisição de bens e contratação de 
serviços para atender aos contingentes militares das Forças 
Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no 
exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à 
escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo 
Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 
2008). 
XXX - na contratação de instituição ou organização, 
pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a 
prestação de serviços de assistência técnica e extensão 
rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência 
Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na 
Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído pela 
Lei nº 12.188, de 2.010) 
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do 
disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20 da Lei no 10.973, de 2 de 
dezembro de 2004, observados os princípios gerais de 
contratação dela constantes. 
XXXII - na contratação em que houver transferência de 
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único 
de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção 
nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes 
produtos durante as etapas de absorção tecnológica. 
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins 
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras 
tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano 
e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais 
de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. 
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito 
público interno de insumos estratégicos para a saúde 
produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou 
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da 
administração pública direta, sua autarquia ou fundação em 
projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento 
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, 
inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à 
execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam 
transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o 
Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII 
deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim 
específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que 
o preço contratado seja compatível com o praticado no 
mercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015) 
 
2) INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO (art. 25, da Lei nº 
8.666/93)  existe a impossibilidade jurídica de 
competição entre os contratantes; geralmente ocorre pela 
notória especialização de renomado profissional ou pela 
singularidade do objeto, tornando o certame inviável. O 
procedimento licitatório será impossível de ser deflagrado. 
CASOS DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver 
inviabilidade de competição, em especial: 
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou 
gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, 
empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a 
preferência de marca, devendo a comprovação de 
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo 
órgão de registro do comércio do local em que se realizaria 
a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação 
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades 
equivalentes; 
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II – para a contratação de serviços técnicos 
enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com 
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada 
a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; 
III – para contratação de profissional de qualquer 
setor artístico, diretamente ou através de empresário 
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada 
ou pela opinião pública. 
§ 1º Considera-se de notória especialização o 
profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua 
especialidade, decorrente de desempenho anterior, 
estudos, experiências, publicações, organização, 
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos 
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu 
trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à 
plena satisfação do objeto do contrato. 
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos 
casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, 
respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda 
Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente 
público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais 
cabíveis. 
I - para aquisição de materiais, 
equipamentos; ou gêneros que só possam 
ser fornecidos por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo; 
II - para a contratação de serviços técnicos de 
natureza singular, com profissionais ou 
empresas de notória especialização, 
vedada a inexigibilidade para serviços de 
publicidade e divulgação; 
III - para contratação de profissional de 
qualquer setor artístico, diretamente ou 
através de empresário exclusivo, desde 
que consagrado pela crítica especializada 
ou pela opinião pública. 
- A INEXEGIBILIDADE DEVERÁ SEMPRE SER 
MOTIVADA (PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO). 
- Os casosde INEXIGIBILIDADE de Licitação NÃO 
SÃO TAXATIVOS (podem ser alterados ou surgirem 
outros casos). 
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se 
serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos 
relativos a: 
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos 
básicos ou executivos; 
II – pareceres, perícias e avaliações em geral; 
III – assessorias ou consultorias técnicas e 
auditorias financeiras ou tributárias; 
c Inciso III com a redação dada pela Lei nº 8.883, de 
8-6-1994. 
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de 
obras ou serviços; 
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou 
administrativas; 
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; 
VII – restauração de obras de arte e bens de valor 
histórico; 
VIII – VETADO. Lei nº 8.883, de 8-6-1994. 
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de 
licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos 
profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser 
celebrados mediante a realização de concurso, com 
estipulação prévia de prêmio ou remuneração. 
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo 
aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei. 
§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos 
especializados que apresente relação de integrantes de seu 
corpo técnico em procedimento licitatório ou como 
elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de 
licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos 
integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços 
objeto do contrato. 
 LICITAÇÃO FRACASSADA: Na licitação fracassada 
aparecem interessados, mas nenhum é selecionado 
em decorrência da inabilitação ou desclassificação. 
Na Licitação Fracassada a dispensa não é possível. 
 LICITAÇÃO DESERTA: quando não aparecem licitantes. 
 SANÇÕES PENAIS: O crime praticado no que diz 
respeito às Licitações é denominado Ação Penal 
Pública Incondicionada, e cabe ao Ministério Público 
promovê-la, sendo que é permitida, também, a 
qualquer pessoa provocar a iniciativa do MP. 
 a pena aplicada será DETENÇÃO e MULTA, em 
quantia fixada entre 2% a 5% do valor do contrato. 
As penas são cumulativas. 
 No caso da comprovação de superfaturamento, 
devido à dispensa ou inexigibilidade de licitação, 
RESPONDEM SOLIDARIAMENTE pelo dano 
causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o 
prestador de serviços e o agente público 
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais 
cabíveis. 
 
■ MODALIDADES DE LICITAÇÃO (art. 23, da Lei nº 
8.666/93) 
Art. 22. São modalidades de licitação: 
I – concorrência; 
II – tomada de preços; 
III – convite; 
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IV – concurso; 
V – leilão. 
 
■ E PREGÃO (Lei n º. 10.520/2002). 
1. CONCORRÊNCIA: 
Modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, 
na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir 
os requisitos mínimos exigidos no edital para execução de 
seu objeto. 
É exigida concorrência: modalidade adequada para 
contratações de grande 
valor. 
1. Para obras e serviços de engenharia acima de R$ 
1.500.000,00; 
2. Para compras e serviços acima de R$ 650.000,00. 
3. Qualquer que seja o valor do seu objeto, na compra ou 
alienação de bens imóveis, nas concessões de direito 
real de uso e nas licitações internacionais. 
 Publicidade ampla: prazo de 30 dias corridos, no 
mínimo, antes da data de encerramento da entrega dos 
envelopes; 
 
2. TOMADA DE PREÇOS: 
Modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas condições exigidas 
para o cadastramento até o 3º dia anterior à data do 
recebimento das propostas. 
 É Exigida Tomada de Preços: modalidade adequada 
para contratações de vulto médio. 
1. Para obras e serviços de engenharia – até R$ 
1.500.000,00; 
2. Para compras e serviços até R$ 650.000,00. 
3. Pode-se adotar Tomada de Preços nas Licitações 
internacionais, se a Administração possuir cadastro 
internacional. 
 Publicidade ampla: prazo de 30 dias corridos, no 
mínimo, antes da data de encerramento da entrega dos 
envelopes; 
 
3. CARTA-CONVITE: 
É a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mínimo de três pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 
horas da apresentação das propostas. 
 
É exigida Carta - Convite: 
1. Para obras e serviços de engenharia – até R$ 
150.000,00. 
2. Para compras e serviços – até R$ 80.000,00. 
 nos casos em que couber carta-convite, a 
Administração poderá utilizar a Tomada de 
Preços e, em qualquer caso, a Concorrência. 
 Publicidade: feita diretamente aos convidados; a 
publicidade ampla é facultativa. Prazo de 5 dias úteis, 
no mínimo, antes da data de encerramento da entrega 
dos envelopes; 
 
4. CONCURSO: 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, 
MEDIANTE a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores. 
 Publicidade ampla: 
Prazo de 45 dias corridos, no mínimo, entre a publicação do 
Edital e antes da data de encerramento da entrega dos 
envelopes; 
 
5. LEILÃO: 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para a venda de bens móveis inservíveis para a 
Administração ou de produtos legalmente apreendidos. O 
leilão também pode ser utilizado para a alienação de bens 
imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos 
judiciais ou de dação em pagamento. É considerado 
vencedor do leilão aquele que oferecer o maior lance, igual 
ou superior ao valor da avaliação. 
 permite a participação de qualquer interessado; 
 não há exigência de habilitação; 
 
Publicidade ampla: 
Prazo de 15 dias corridos antes da data da realização do 
leilão. 
6. PREGÃO(Lei nº 10.520/2002): 
é a modalidade de licitação para a aquisição de bens e 
serviços comuns, promovida pela Administração Pública, 
conforme Lei nº. 10.520/2002. 
 
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Prazos mínimos entre a publicação e a entrega das 
propostas ou realização da licitação 
(art. 21, da Lei nº 8666/93 e Lei nº 10.520/2002): 
MODALIDADE PRAZO 
Concurso 45 dias 
Concorrência 
45 dias para empreitada integral , 
melhor técnica ou técnica e preço; 30 
dias nos demais casos 
Tomada de 
Preços 
30 dias para os casos de melhor 
técnica ou técnica e preço; 15 dias 
para os demais casos; 
Leilão 15 dias 
Pregão Mínimo de 8 dias úteis 
Convite 5 dias úteis 
 
■ FASES DA LICITAÇÃO 
 Fase Interna: inicia-se na repartição interessada, com a 
abertura do processo em que a autoridade determina 
sua realização. É definido o objeto e indicado os 
recursos hábeis para a despesa. 
 Fase Externa: desenvolve-se através de: audiência 
pública; edital ou carta-convite; recebimento da 
documentação e propostas; habilitação; julgamento 
das propostas; homologação e adjudicação. 
 Procedimento da Licitação (fase interna) O 
procedimento será iniciado com a abertura de 
processo administrativo, devidamente autuado, 
protocolado e numerado, contendo a autorização 
respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do 
recurso próprio para a despesa, e ao qual serão 
juntados oportunamente: 
 Edital: é o instrumento pelo qual a Administração 
leva ao conhecimento do público a abertura da 
concorrência, tomada de preços, concurso ou 
leilão, divulgando as regras a serem aplicadas em 
determinado procedimento de licitação; 
 É a lei interna da Licitação. 
 Não é utilizado na modalidade carta-convite 
 o que se publica não é o edital e seus anexos, 
mas tão somente o seu resumo, chamado de 
aviso. 
 Qualquer cidadão é parte legítima para 
impugnar edital de licitação por 
irregularidade na aplicação desta lei, 
devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) 
dias úteis antes da data fixada para a 
abertura dos envelopes de habilitação, 
devendo a Administração julgar e 
responder à impugnação em até 3 (três) 
dias úteis. 
 Habilitação: é a fase do procedimento em que a 
Administração verifica a aptidão do candidato para 
futura contratação. Na carta-convite, leilão e 
concurso, NÃO EXISTE A HABILITAÇÃO. 
 nesta fase são eliminados os proponentes que não 
atenderem aos termos e condições do edital. 
 Os habilitados são confirmados e os demais são 
alijados. 
 Contra o ato de habilitação cabe recurso 
hierárquico (paralisa o processo); 
 É iniciada a aptidão, onde são examinados os 
documentos; 
 
 ATENÇÃO: 
 O licitante inabilitado não poderá participar dos atos 
subsequentes; 
 Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e 
abertas as propostas, não cabe desclassificá-los por 
motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão 
de fatos supervenientes ou só conhecidos após o 
julgamento; 
 Após a fase de habilitação, NÃO CABE DESISTÊNCIA DE 
PROPOSTA, salvo motivo justo decorrente de fato 
superveniente e aceito pela Comissão. 
 Julgamento: em local e dia designados, são abertos os 
envelopes dos proponentes habilitados, ou seja, o 
envelope com as propostas. No julgamento das 
propostas, a comissão levará em consideração OS 
CRITÉRIOS OBJETIVOS definidos no edital ou convite, 
os quais não devem contrariar as normas e princípios 
estabelecidos pela lei. 
 
■ DESCLASSIFICAÇÃO DE PROPOSTAS: 
as que não atendam às exigências do ato convocatório da 
licitação e as com valor global superior ao limite 
estabelecido ou com preços manifestamente inexequíveis. 
 
■ LICITAÇÃO FRACASSADA 
 TODOS os licitantes inabilitados ou TODAS as 
propostas desclassificadas. 
 Não se admitirá proposta que apresente 
preços global ou unitários simbólicos, irrisórios 
ou de valor zero, incompatíveis com os preços 
dos insumos e salários de mercado, acrescidos 
dos respectivos encargos, ainda que o ato 
convocatório da licitação não tenha 
estabelecido limites mínimos. 
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OS: 0124/9/16-Gil 
 Tipos de Licitação para obras, serviços e 
compras, exceto nas modalidades de concurso 
e leilão: 
I - a de menor preço – (mais utilizada); 
II - a de melhor técnica; 
III - a de técnica e preço. 
 Homologação: é o ato de controle da autoridade 
competente sobre o processo de licitação, ou seja, 
equivale à aprovação do procedimento. 
 Adjudicação: significa que a Administração 
confere ao licitante a qualidade de vencedor do 
certame e o de titular da preferência para 
celebração do futuro contrato. Da Adjudicação 
surtem os seguintes efeitos: 
a) direito de contratar; 
b) impedimento do licitante em contratar com 
terceiros; 
c) liberação dos demais proponentes; 
d) direito dos demais proponentes à retirada dos 
documentos apresentados; 
e) vinculação do adjudicatário aos encargos, 
termos e condições fixados no edital. 
 
■ ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO: 
 A autoridade competente para a aprovação do 
procedimento somente poderá REVOGAR a licitação 
por RAZÕES DE INTERESSE PÚBLICO decorrente de 
fato superveniente devidamente comprovado, 
pertinente e suficiente para justificar tal conduta; 
 A autoridade competente somente poderá ANULÁ-LA 
por ILEGALIDADE, de ofício ou por provocação de 
terceiros, mediante parecer escrito e devidamente 
fundamentado. 
 A ANULAÇÃO do procedimento licitatório por 
motivo de ilegalidade não gera obrigação de 
indenizar; 
Anulação – Pressupõe a ILEGALIDADE no procedimento. 
Revogação – Fundamenta-se em CONVENIÊNCIA E 
OPORTUNIDADE. O seu fundamento deve 
ser posterior à abertura da licitação. 
 
 
ESQUEMAS DE SALA DE AULA 
LICITAÇÃO – Lei 8.666/93 
 
 CONCEITO Licitação- é o procedimento administrativo, EXIGIDO POR LEI, para que o Poder Público 
possa comprar, vender ou locar bens ou, ainda, realizar obras e adquirir serviços, segundo 
condições previamente estipuladas, visando selecionar a melhor proposta, ou o melhor 
candidato, conciliando os recursos orçamentários existentes à promoção do interesse público. 
 
 OBRIGATORIEDADE: art. 37, XXI e art. 173, §1º, III, CF/88: 
ADM. PUBLICA DIRETA E INDIRETA 
Obras 
Serviços 
Compras 
Alienações 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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OS: 0124/9/16-Gil 
PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO(ART. 3º, DA LEI Nº 8.666/93): 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS MODALIDADES DA LEI Nº 8666/93 
 
 
CONCOR- 
RÊNCIA 
(art. 22, §1º) 
- Modalidade mais formal e complexa; 
- Características: ampla publicidade e universalidade (quaisquer 
interessados); 
- Contratações de grandes vultos, podendo participar todos os 
interessados que comprove na fase habilitação preliminar possuir 
os requisitos exigidos para a execução do contrato. 
- Será usada em situações específicas, levando em consideração a 
natureza do contrato a ser celebrado (alienação de imóveis (regra 
geral; ver art. 19), contrato de concessão de serviços públicos, 
licitações internacionais (regra geral; ver art. 23§3º). 
- São hierarquizadas a partir de 
dois critérios: 
1)Valor estimado do contrato; 
2)Complexidade de 
procedimento. 
- Aplicáveis, como regra, aos 
contratos de execução de obras 
públicas; serviços e compras de 
bens pela Administração. 
- As modalidades de licitação 
são determinadas em função 
dos seguintes limites, tendo em 
vista o valor estimado da 
contratação 
(art. 23). : 
I - para obras e serviços de 
engenharia: 
 
 
TOMADA DE 
PREÇOS 
(art.22, §2º) 
 
- É a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento 
das propostas, observada a necessária qualificação. 
- Modalidade escolhida em função do valor fixado em lei; 
- Contratações de médios vultos; 
-Característica: publicidade e universalidade (quaisquer 
MODALIDADES DE LICITAÇÕES (ART. 22) 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.222052 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
 
 
interessados) habilitação prévia (CADASTRO) – a verificação dos 
documentos se faz antecipadamente no momento da inscrição nos 
registros cadastrais. 
- Podem participar duas espécies de participantes: os cadastrados 
e os não-cadastrados (que precisam apresentar documentação em 
até três dias do recebimento das propostas). 
a) convite - até R$ 150.000,00; 
b) tomada de preços - até R$ 
1.500.000,00; 
c) concorrência: acima de R$ 
1.500.000,00 
II - para compras e serviços não 
referidos no inciso anterior: 
a) convite – até R$ 80.000,00 
b) tomada de preços - até R$ 
650.000,00; 
c) concorrência - acima de R$ 
650.000,00 
 
 
 
CONVITE 
(art.22, §3º) 
- É a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados 
na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse 
com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da 
apresentação das propostas. 
- Interessados que podem participar: cadastrados ou não. 
- Uso de Cadastro; 
- Ramo pertinente ao mesmo objeto. 
 
 
 
 
 
 
CONCURSO 
(art.22, §4º) 
- Escolha (entre quaisquer interessados) de trabalho técnico, artístico ou científico, mediante 
instituição de remuneração ou prêmio aos vencedores. 
- Os contratos para a prestação de serviço do art. 13 (serviços técnicos profissionais especializados), 
deverão preferencialmente ser celebrados mediante concurso (ar. 13§1º), ressalvados os casos de 
inexigibilidade (art. 25). 
- Não se aplica nenhum tipo do art. 45, pois o prêmio ou remuneração é previamente estipulado pela 
Administração. 
 Procedimento (art. 52): 
- Edital; 
- Regulamento próprio (que deverá ser obtido pelos interessados no local indicado pelo edital). 
- Julgamento: feito por comissão especial (regra geral 3 membros), integradas por pessoas de 
reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria, podendo ser servidores públicos ou não 
(art. 51§ 5º). 
- Se o objeto do concurso for projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá-lo, 
quando julgar conveniente. 
 
 
 
LEILÃO 
(art. 22, §5º) 
 A Administração procede à venda (através de leilão) entre quaisquer interessados nos casos de: 
1) Bens móveis inservíveis. Ex: carros do Detran. 
2) Bens legalmente apreendidos ou penhorados. Ex: bens apreendidos na Receita Federal. 
3) Bens imóveis integrados ao patrimônio público por meio de procedimento judicial ou dação em 
pagamento. (do art. 19). Ex.: bens imóveis leiloados pela CEF. 
OBS: pelo art. 19, os bens imóveis tantos podem ser alienados pela modalidade concorrência (que é a 
regra geral par as outras formas de alienação) como por leilão. 
 Procedimento do leilão (art.53): 
- Edital (que deverá ser divulgado de maneira ampla); 
- O leilão pode ser conduzido por leiloeiro oficial ou por um servidor designado pela Administração; 
- O bem tem que ser avaliado previamente pela Administração, que fixará um preço mínimo para 
arrematação; 
- Os bens arrematados deverão ser pagos à vista, ou no percentual estipulado no edital - que não 
pode ser inferior a 5% - exceto em leilão internacional, que o pagamento da parcela à vista poderá ser 
feito no prazo de 24 horas. 
 
 
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EXCEÇÕES À OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO (LEI Nº 8666/93) 
 
PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO 
 
FASE INTERNA: 
O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, 
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a 
indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa vão custear o futuro 
contrato. 
 
 
FASE EXTERNA: 
 
1) Edital ou carta-convite 
2) Habilitação- Recebimento da documentação e propostas 
3) Classificação e julgamento das propostas 
4) Homologação 
5) Adjudicação. 
 
PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO 
FASE INTERNA ( art. 38): o procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, 
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do 
recurso próprio para a despesa vão custear o futuro contrato. 
FASE EXTERNA: 
1) Liberação do resumo do edital ou carta-convite 
2) Habilitação- Recebimento da documentação e propostas 
3) Julgamento das propostas 
4) Homologação 
5) Adjudicação. 
 
1ª) Publicação do resumo do edital 
ou o envio de convite (art. 40). 
O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da 
repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo 
da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para 
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos 
envelopes e todas as regras exigidas pelo art. 40. 
 
Art. 24: 34 
situações 
User
Retângulo
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2ª) Habilitação (art. 27) - 
recebimento da documentação: é a 
fase do procedimento em que a 
Administração verifica a aptidão do 
candidato para futura contratação. 
 
Após a fase de habilitação, não cabe 
desistência de proposta, salvo por 
motivo justo decorrente de fato 
superveniente e aceito pela 
Comissão. 
 
Habilitação jurídica (art. 28): I - cédula de identidade; II - registro comercial, no 
caso de empresa individual; III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em 
vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso 
de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus 
administradores; IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, 
acompanhada de prova de diretoria em exercício; V - decreto de autorização, em se 
tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de 
registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, 
quando a atividade assim o exigir. 
Qualificação técnica (art. 30): I - registro ou inscrição na entidade profissional 
competente; II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente 
e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e 
indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e 
disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de 
cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; 
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, 
quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das 
condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação; IV - prova 
de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. 
Qualificação econômico-financeira (art.31): I - balanço patrimonial e 
demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na 
forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua 
substituiçãopor balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por 
índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de 
apresentação da proposta; II - certidão negativa de falência ou concordata expedida 
pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida 
no domicílio da pessoa física; III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios 
previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do 
valor estimado do objeto da contratação. 
Regularidade fiscal e trabalhista (art.29): I - prova de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); II - prova de 
inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao 
domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível 
com o objeto contratual; III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, 
Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na 
forma da lei; IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no 
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei; V – prova de inexistência de 
débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de 
certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, 
aprovada pelo Decreto-Lei no5.452, de 1o de maio de 1943. 
Cumprimento do art. 7º, XXXIII, CF. 
3ª) Julgamento das Propostas: no 
julgamento das propostas, a 
comissão levará em consideração 
OS CRITÉRIOS OBJETIVOS definidos 
no edital ou convite, os quais não 
devem contrariar as normas e 
princípios estabelecidos pela lei. 
 
Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes 
procedimentos: 
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos 
concorrentes, e sua apreciação; 
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as 
respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação; 
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, 
desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido 
desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos; 
IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, 
conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial 
competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais 
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Sublinhado
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deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a 
desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; 
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação 
constantes do edital. 
Tipos: 
I - menor preço – mais utilizada. 
II - melhor técnica- serviços de natureza predominantemente intelectual. 
III - técnica e preço- serviços de natureza predominantemente intelectual e para 
contratação de bens e serviços de informática. 
IV- maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito 
real de uso. 
Obs.: É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos no artigo 45. 
4ª) Homologação Ato pelo qual autoridade competente declara que tudo correu de acordo com os 
trâmites legais. 
5ª) Adjudicação É a declaração do objeto da licitação ao licitante vencedor. 
 
■ ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO: 
 A autoridade competente somente poderá ANULÁ-LA por ILEGALIDADE, de ofício ou por provocação de terceiros, 
mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. A ANULAÇÃO do procedimento licitatório por motivo de 
ilegalidade não gera obrigação de indenizar; 
 A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá REVOGAR a licitação por RAZÕES DE 
INTERESSE PÚBLICO decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para 
justificar tal conduta; 
Anulação – Pressupõe a ILEGALIDADE no procedimento. 
Revogação – Fundamenta-se em CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE. O seu fundamento deve ser posterior à abertura da 
licitação. 
 
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Texto digitado
PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
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CAPÍTULO 6 – CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 
Conceito de Contrato: é todo acordo de vontades, 
firmado livremente pelas partes, para criar obrigações e 
direitos recíprocos. 
CONTRATO ADMINISTRATIVO: é o ajuste que a 
Administração, agindo nessa qualidade, firma com o 
particular ou outra entidade administrativa PARA A 
CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS DE INTERESSE PÚBLICO, nas 
condições estabelecidas pela própria Administração. 
PECULIARIDADES DOS CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 A Administração Pública aparece com uma série de 
prerrogativas que garantem sua supremacia sobre o 
particular. Tais peculiaridades constituem as chamadas 
CLÁUSULAS EXORBITANTES, explícitas ou implícitas, em 
todo contrato administrativo. 
CLÁUSULAS EXORBITANTES : jamais seriam possíveis no 
Direito Privado. 
1. Exigência de Garantia 
2. Alteração ou Rescisão Unilateral por parte da 
Administração; 
3. Fiscalização; 
4. Retomada do Objeto; 
5. Aplicação de Penalidades e Anulação 
6. Equilíbrio Econômico e Financeiro; 
7. Impossibilidade do Particular Invocar a Exceção do 
Contrato não Cumprido; 
1. Exigência de Garantia: 
Após ter vencido a Licitação, é feita uma exigência ao 
contratado, a qual pode ser: Caução em dinheiro, 
Títulos da Dívida Pública, Fiança Bancária, etc. Esta 
garantia será devolvida após aexecução do contrato. 
Caso o contratado tenha dado causa a rescisão 
contratual, a Administração poderá reter a garantia a 
título de ressarcimento. 
2. Alteração ou Rescisão Unilateral: 
A Administração Pública tem o dever de zelar pela 
eficiência dos serviços públicos e, muitas vezes, 
celebrado um contrato de acordo com determinados 
padrões, posteriormente, observa-se que estes não 
mais servem ao interesse público, quer no plano dos 
próprios interesses, quer no plano das técnicas 
empregadas. Essa ALTERAÇÃO não pode sofrer 
resistência do particular contratado, desde que o Poder 
Público observe uma cláusula correlata, qual seja, o 
EQUILÍBRIO ECONÔMICO e financeiro do contrato. 
 Motivos ensejadores de alterações nos 
Contratos 
I - não cumprimento de cláusulas 
contratuais, especificações, projetos ou 
prazos; 
II - a lentidão do seu cumprimento, o 
atraso injustificado no início da obra, 
serviço ou fornecimento ou a 
paralisação da obra, do serviço ou do 
fornecimento, sem justa causa e prévia 
comunicação à Administração; 
III - a decretação de falência ou a 
instauração de insolvência civil; a 
dissolução da sociedade ou o 
falecimento do contratado, ou ainda, a 
alteração social ou a modificação da 
finalidade ou da estrutura da empresa 
que prejudique a execução do contrato; 
IV - razões de interesse público; 
V - a ocorrência de caso fortuito ou de 
força maior; 
3. Fiscalização: 
Os contratos administrativos preveem a possibilidade 
de controle e fiscalização a ser exercido pela própria 
Administração. Deve a Administração fiscalizar, 
acompanhar a execução do contrato, admitindo-se, 
inclusive, uma intervenção do Poder Público no 
contrato, assumindo a execução do contrato para 
eliminar falhas, preservando o interesse público. 
 
4. Retomada do Objeto: 
O princípio da continuidade do serviço público 
AUTORIZA a retomada do objeto de um contrato, 
sempre que a paralisação ou a ineficiente execução 
possam ocasionar prejuízo ao interesse público. 
5. Aplicação de Penalidades: 
Pode o Poder Público IMPOR PENALIDADES em 
decorrência da fiscalização e controle (aplicação de 
multas e, em casos extremos, a proibição de contratar 
com a Administração Pública). Resulta do princípio da 
“auto-executoriedade” e do poder disciplinar da 
Administração Pública. 
OBS: É evidente que no contrato de direito privado seria 
inadmissível a aplicação das sanções penais que exigem 
intervenção do Poder Judiciário. 
6. Equilíbrio Financeiro: 
Nos contratos administrativos, os direitos dos 
contratados estão basicamente voltados para as 
chamadas cláusulas econômicas. 
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Riscado
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Riscado
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Texto digitado
rescisão
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 O contratado tem o direito à manutenção ao 
longo da execução do contrato, da mesma 
proporcionalidade entre encargos e vantagens 
estabelecidas no momento em que o contrato foi 
celebrado. 
 Por isso, se a Administração alterar cláusulas do 
serviço, IMPONDO MAIS GASTOS ou ÔNUS AO 
CONTRATADO, DEVERÁ, de modo correlato, 
proporcionar modificação na remuneração a que 
o contratado faz jus, sob pena do contratado 
reclamar judicialmente PLEITEANDO O 
EQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO, que é a 
manutenção da comutatividade na execução do 
contrato (equivalência entre as prestações – 
comutativo). 
7. Exceção do Contrato não Cumprido: 
É a impossibilidade do Particular invocar a Exceção do 
Contrato não cumprido. Nos contratos de direito 
privado, de natureza bilateral, ou seja, naqueles em 
que existem obrigações recíprocas, é admissível a 
exceção do contrato não cumprido – a parte pode 
dizer que somente cumprirá a obrigação se a outra 
parte cumprir a sua. 
 No entanto, nos contratos administrativos, afirma-
se que o princípio da continuidade dos serviços 
públicos IMPOSSIBILITA AO PARTICULAR arguir a 
exceção do contrato não cumprido. Se a 
Administração descumpriu uma cláusula 
contratual, o particular não deve paralisar a 
execução do contrato, mas postular perante o 
Poder Judiciário as reparações cabíveis ou a 
rescisão contratual. 
 a inoponibilidade da exceção do contrato não 
cumprido só prevaleceria para os contratos de 
serviços públicos. Nos demais, seria impossível a 
inoponibilidade da exceção do contrato não 
cumprido. Hoje, a Lei 8.666/93 – Contratos e 
Licitações – prevê a paralisação da execução do 
contrato não pago por período acima de 90 dias. 
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS 
 As normas que regem os contratos administrativos são 
as de Direito Público, suplementadas pelos princípios 
da teoria geral dos contratos e do Direito Privado. 
 Nos contratos administrativos celebrados em prol da 
coletividade não se pode interpretar suas cláusulas 
contra essa mesma coletividade. 
 Existem princípios que não podem ser desconsiderados 
pelos intérpretes, tais como a “vinculação da 
administração ao interesse público”, “presunção de 
legitimidade das cláusulas contratuais”. 
 Qualquer cláusula que contrarie o interesse público ou 
renuncie direitos da Administração, deve ser 
interpretada como não escrita, salvo se autorizada por 
lei. 
 FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 
 Os contratos Administrativos regem-se pelas suas 
cláusulas e pelos preceitos de Direito Público, 
aplicando-lhes supletivamente os princípios da Teoria 
Geral do Contratos e o Direito Privado. 
 Os contratos administrativos têm que ser precedidos 
por Licitação, salvo nos casos de INEXEGIBILIDADE e 
DISPENSA. 
 Terão que constar, obrigatoriamente, Cláusulas 
Obrigatórias: 
 as que definem o objeto; 
 as que estabeleçam o regime de execução da obra; 
 as que fixem o preço e as condições de pagamento; 
 as que tragam os critérios de reajustamento e 
atualização monetária; 
 as que marquem prazos de início, execução, 
conclusão e entrega do objeto do contrato; 
 as que apontem as garantias, etc. 
 
Instrumento Contratual: 
Lavram-se nas próprias repartições interessadas; 
 exige-se Escritura Pública quando tenham por objeto 
direito real sobre imóveis 
 o contrato verbal constitui exceção, pois os negócios 
administrativos dependem de comprovação 
documental e registro nos órgãos de controle interno. 
 A ausência de contrato escrito e requisitos essenciais e 
outros defeitos de forma  podem viciar as 
manifestações de vontade das partes e com isto 
acarretar a ANULAÇÃO do contrato. 
Conteúdo: 
é a vontade das partes expressa no momento de sua 
formalização 
 surge então a necessidade de cláusulas necessárias, 
que fixem com fidelidade o objeto do ajuste e definam 
os direitos e obrigações, encargos e responsabilidades. 
 Não se admite, em seu conteúdo, cláusulas que 
concedam maiores vantagens ao contratado, e que 
sejam prejudiciais à Administração Pública. 
 Integram o Contrato: o Edital, o projeto, o memorial, 
cálculos, planilhas, etc. 
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 EXECUÇÃO DO CONTRATO 
 É o cumprimento de suas cláusulas firmadas no 
momento de sua celebração; é cumpri-lo no seu 
objeto, nos seus prazos e nas suas condições. 
Execução Pessoal 
 todo contrato é firmado “intuitu personae”, ou 
seja, só poderá executá-loaquele que foi o 
ganhador da licitação; 
 nem sempre é personalíssimo, podendo exigir a 
participação de diferentes técnicos e especialistas, 
sob sua inteira responsabilidade; 
Encargos da Execução 
 o contratado é responsável pelos encargos 
trabalhistas, previdenciários, fiscal e comerciais 
decorrentes da Execução do contrato; 
 a inadimplência do contratado, com referência a 
esses encargos, não transfere a responsabilidade à 
Administração e nem onera o objeto do contrato; 
 outros encargos poderão ser atribuídos ao 
contratado, mas deverão constar do Edital de 
Licitação; 
Acompanhamento da Execução do Contrato 
 é direito da Administração e compreende a 
Fiscalização, orientação, interdição, intervenção e 
aplicação de penalidades contratuais. 
Etapa Final da Execução do Contrato 
 consiste na entrega e recebimento do objeto do 
contrato. Pode ser provisório ou definitivo 
 INEXECUÇÃO DO CONTRATO 
 É o descumprimento de suas cláusulas, no todo em 
parte. Pode ocorrer por ação ou omissão, culposa ou 
sem culpa de qualquer das partes. 
Causas Justificadoras: 
São causas que permitem justificar o descumprimento do 
contrato por parte do contratado. A existência dessas 
causas pode levar à extinção ou à revisão das cláusulas do 
contrato. Teoria da Imprevisão 
1. Caso Fortuito 
2. Força Maior 
3. Fato do Príncipe 
4. Fato da Administração 
5. Interferências imprevistas 
TEORIA DA IMPREVISÃO: 
Pressupõe situações imprevisíveis que afetam 
substancialmente as obrigações contratuais, tornando 
excessivamente oneroso o cumprimento do contrato. 
 É a aplicação da antiga cláusula “rebus sic stantibus”. 
 Os contratos são obrigatórios (“pacta sunt servanda”). 
No entanto, nos contratos de prestações sucessivas 
está implícita a cláusula “rebus sic stantibus” (a 
convenção não permanece em vigor se houver 
mudança da situação existente no momento da 
celebração). 
 A aplicação da TEORIA DA IMPREVISÃO permite o 
restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro 
do contrato administrativo. 
FORÇA MAIOR: 
é o evento externo, estranho a qualquer atuação da 
Administração ou do contratado, imprevisível, irresistível e 
inevitável, que impossibilita a execução do contrato. Ex.: 
furacão, inundação, terremoto. 
CASO FORTUITO: é o evento interno, decorrente da 
atuação da Administração ou do contratado; o resultado 
dessa ação seria anômalo, tecnicamente inexplicável e 
imprevisível, que impossibilita o cumprimento do contrato. 
Ex.: um curto-circuito, mesmo a Administração tendo 
tomado todas as precauções relativas a segurança. 
Consequências da Inexecução: 
 propicia sua rescisão; 
 acarreta para o inadimplente, consequência de Ordem 
Civil e Administrativa; 
 acarreta a suspensão provisória e a declaração de 
inidoneidade para contratar com a Administração. 
FATO DO PRÍNCIPE: também denominada “álea 
administrativa”, é a medida de ordem geral, praticada pela 
própria Administração Pública, não relacionada 
diretamente com o contrato, MAS QUE NELE REPERCUTE, 
provocando desequilíbrio econômico-financeiro em 
detrimento do contratado. Ex.: Medida Governamental 
que dificulte a importação de matéria-prima necessária à 
execução do contrato. 
FATO DA ADMINISTRAÇÃO: é toda ação ou omissão do 
Poder Público que , incidindo direta e especificamente 
sobre o contrato, retarda ou impede a sua execução. É falta 
contratual cometida pela Administração. 
 
REVISÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 
 Pode ocorrer por interesse da própria 
Administração ou pela superveniência de fatos 
novos que tornem inexequível o ajuste inicial. 
Interesse da Administração: quando o interesse público 
exige a alteração do projeto ou dos processos técnicos de 
sua execução, com aumento de encargos; 
Superveniência de Fatos: quando sobrevêm atos de 
Governo ou fatos materiais imprevistos e imprevisíveis 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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pelas partes, o qual dificulte ou agravem a conclusão do 
objeto do contrato. 
 em qualquer destes casos, o contrato é passível de 
REVISÃO. 
RESCISÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 
 É o término do contrato durante a execução por 
inadimplência de uma das partes, pela superveniência 
de eventos que impeçam ou tornem inconvenientes o 
prosseguimento do ajuste. 
 A esse respeito distinguem-se as hipóteses de 
RESCISÃO: 
 a) ADMINISTRATIVA; 
b) JUDICIAL; 
c) DE PLENO DIREITO. 
 PLENO DIREITO: não depende de manifestação das partes, 
pois decorre de um fato extintivo já previsto, que leva à 
rescisão do contrato de pleno direito. Ex.: a falência. 
 JUDICIAL: é determinada pelo Poder Judiciário, sendo 
facultativa para a Administração - esta, se quiser, pode 
pleitear judicialmente a rescisão. O contratado somente 
poderá pleitear a rescisão, JUDICIALMENTE. 
 ADMINISTRATIVA: 
 Por motivo de interesse público 
 Por falta do contratado. 
 a) por motivo de interesse público: A Administração, 
zelando pelo interesse público, considera 
inconveniente a sua manutenção. 
Obs: o particular fará jus a mais ampla 
indenização, no caso de rescisão por 
motivo de interesse público. 
b) por falta do contratado: Nesse caso, não está a 
Administração obrigada a entrar na justiça e, 
então por seus próprios meios, declara a 
rescisão, observando o DEVIDO PROCESSO 
LEGAL, ou seja, que se assegure o direito de 
defesa ao contratado. 
TIPOS DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
1. CONTRATO DE OBRA PÚBLICA: 
Trata-se do ajuste levado a efeito pela Administração 
Pública com um particular, que tem por objeto A 
CONSTRUÇÃO, A REFORMA OU AMPLIAÇÃO DE CERTA 
OBRA PÚBLICA. Tais contratos só podem ser realizados com 
profissionais ou empresa de engenharia, registrados no 
CREA. 
 Pela EMPREITADA, atribui-se ao particular a 
execução da obra mediante remuneração 
previamente ajustada. 
 Pela Tarefa, outorga-se ao particular contratante a 
execução de pequenas obras ou parte de obra 
maior, mediante remuneração por preço certo, 
global ou unitário. 
2. CONTRATO DE FORNECIMENTO: 
É o acordo através do qual a Administração Pública 
adquire, por compra, coisas móveis de certo particular, 
com quem celebra o ajuste. Tais bens destinam-se à 
realização de obras e manutenção de serviços públicos. Ex. 
materiais de consumo, produtos industrializados, gêneros 
alimentícios, etc. 
3. CONTRATO DE GESTÃO: 
é o ajuste celebrado pelo Poder Público com órgão ou 
entidade da Administração Direta, Indireta e entidades 
privadas qualificadas como ONG’s. 
4. CONTRATO DE CONCESSÃO: 
Trata-se de ajuste, oneroso ou gratuito, efetivado sob 
condição pela Administração Pública, chamada 
CONCEDENTE, com certo particular, o CONCESSIONÁRIO, 
visando transferir o uso de determinado bem público. É 
contrato precedido de autorização legislativa. 
5. CONTRATO DE SERVIÇO: 
Trata-se de acordo celebrado pela Administração Pública 
com certo particular. São serviços de demolição, conserto, 
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, 
manutenção, transporte, etc. Não podemos confundir 
contrato de serviço com contrato de concessão de serviço. 
No Contrato de Serviço a Administração recebe o serviço. 
Já na Concessão, presta o serviço ao Administrado por 
intermédio de outrem 
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ESQUEMAS DE AULA 
 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (ART. , DA LEI Nº 8.666/93): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO 
É o ajuste que a Administração firma com o particular ou outra 
entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse 
público. 
Contrato de 
adesão (art. 55) 
CARACTERÍSTICAS 
Atuação da 
Administração como 
Poder Público (art. 
62, I) 
Cláusulas 
exorbitantes 
(art. 58) 
Finalidade 
Pública 
Pessoalidade 
(com exceção) – 
art. 72 
Contrato formal 
(com exceção) – 
art. 60 e § único 
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CLAUSULAS EXORBITANTES 
 
1º) Exigência de garantia 
2º) Poder de alteração unilateral do contrato 
3º) Rescisão unilateral do contrato 
4º) Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato 
5º) Poder de fiscalização, acompanhamento e ocupação temporária 
6º) Restrições ao uso da cláusula ‘exceptio non adimpleti contractus’. 
7º) Aplicação direta de penalidades contratuais. 
 
 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
CLAUSULAS NECESSÁRIAS 
(ART. 55) 
EXIGÊNCIA DE GARANTIA 
(ART. 56) 
DURAÇÃO DOS 
CONTRATOS 
(ART. 57) 
CLAUSULAS 
EXORBITANTES 
(ART. 58) 
São Cláusulas necessárias 
em todo contrato. 
 
Poderá ser exigida prestação 
de garantia nas contratações 
de obras, serviços e compras. 
A duração dos contratos 
regidos por esta Lei ficará 
adstrita à vigência dos 
respectivos créditos 
orçamentários: 
São prerrogativas que a 
Administração tem nos 
contratos 
administrativos. 
Clausulas Necessárias: 
 
I - o objeto e seus 
elementos característicos; 
II - o regime de execução ou 
a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições 
de pagamento, os critérios, 
data-base e periodicidade 
do reajustamento de 
preços, os critérios de 
atualização monetária entre 
a data do adimplemento 
das obrigações e a do 
efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de 
etapas de execução, de 
conclusão, de entrega, de 
observação e de 
recebimento definitivo, 
conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual 
correrá a despesa, com a 
indicação da classificação 
funcional programática e da 
categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas 
para assegurar sua plena 
execução, quando exigidas; 
VII - os direitos e as 
Prestação de Garantia: 
 
I- caução em dinheiro ou em 
títulos da dívida pública; 
 
II- seguro-garantia; 
 
III- fiança bancária. 
 
 
Obs: 
 
- A garantia a que se não 
excederá a cinco por cento 
do valor do contrato; 
 
- Para obras, serviços e 
fornecimentos de grande 
vulto envolvendo alta 
complexidade técnica e riscos 
financeiros consideráveis, 
demonstrados através de 
parecer tecnicamente 
aprovado pela autoridade 
competente, o limite de 
garantia poderá ser elevado 
para até dez por cento do 
valor do contrato. 
 
 
Exceções de duração de 
contrato adstrita aos 
créditos : 
I - aos projetos cujos 
produtos estejam 
contemplados nas metas 
estabelecidas no Plano 
Plurianual, os quais 
poderão ser prorrogados 
se houver interesse da 
Administração e desde que 
isso tenha sido previsto no 
ato convocatório; 
II - à prestação de serviços 
a serem executados de 
forma contínua, que 
poderão ter a sua duração 
prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com 
vistas à obtenção de 
preços e condições mais 
vantajosas para a 
administração, limitada a 
sessenta meses- (podendo 
ser prorrogado, ainda, por 
mais 12 meses- em caráter 
excepcional); 
III - ao aluguel de 
O regime jurídico dos 
contratos administrativos 
confere à Administração , 
em relação a eles, a 
prerrogativa de: 
 
I - modificá-los, 
unilateralmente, para 
melhor adequação às 
finalidades de interesse 
público, respeitados os 
direitos do contratado; 
 
II - rescindi-los, 
unilateralmente, nos casos 
especificados no inciso I do 
art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a 
execução; 
IV - aplicar sanções 
motivadas pela inexecução 
total ou parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços 
essenciais, ocupar 
provisoriamente bens 
móveis, imóveis, pessoal e 
serviços vinculados ao 
objeto do contrato, na 
hipótese da necessidade de 
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responsabilidades das 
partes, as penalidades 
cabíveis e os valores das 
multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos 
direitos da Administração, 
em caso de rescisão 
administrativa prevista no 
art. 77 desta Lei; 
X - as condições de 
importação, a data e a taxa 
de câmbio para conversão, 
quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital 
de licitação ou ao termo 
que a dispensou ou a 
inexigiu, ao convite e à 
proposta do licitante 
vencedor; 
XII - a legislação aplicável à 
execução do contrato e 
especialmente aos casos 
omissos; 
XIII - a obrigação do 
contratado de manter, 
durante toda a execução do 
contrato, em 
compatibilidade com as 
obrigações por ele 
assumidas, todas as 
condições de habilitação e 
qualificação exigidas na 
licitação. 
 equipamentos e à 
utilização de programas de 
informática, podendo a 
duração estender-se pelo 
prazo de até 48 (quarenta 
e oito) meses após o início 
da vigência do contrato. 
IV - às hipóteses previstas 
nos incisos IX, XIX, XXVIII e 
XXXI do art. 24, cujos 
contratos poderão ter 
vigência por até 120 (cento 
e vinte) meses, caso haja 
interesse da 
administração(alterado 
pela Lei nº 12.349/2010). 
- É vedado o contrato com 
prazo de vigência 
indeterminado. 
- Toda prorrogação de 
prazo deverá ser justificada 
por escrito e previamente 
autorizada pela autoridade 
competente para celebrar 
o contrato. 
 
acautelar apuração 
administrativa de faltas 
contratuais pelo 
contratado, bem como na 
hipótese de rescisão do 
contrato administrativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
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- Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais 
manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, 
salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento 
lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. 
 
 
 
 
- EXCEÇÃO À REGRA ESCRITA (art. 60, § único): o contrato verbal com a Administração de 
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior 
a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, 
feitas em regime de adiantamento R$ 4.000,00 
 
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- O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de 
preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos 
nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a 
Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de 
serviço. 
 
 
 
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 A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, 
aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, 
sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 
desta Lei. 
 
O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando 
solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado 
aceito pela Administração. 
 
 É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou 
não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, 
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual 
prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos 
preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação 
independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei. 
 
- Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a 
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos. 
 
 
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DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 
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(ART. 65) 
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a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação 
técnica aos seus objetivos; 
 
 
 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou 
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
 
 
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a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como 
do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos 
contratuais originários; 
 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de 
circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do 
pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do 
contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do 
contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de 
conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, 
ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea 
econômica extraordinária e extracontratual. 
 
 
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-O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos 
ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por 
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício 
ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos; 
- Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo 
anterior, salvo as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes; 
- A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio 
contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das 
condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações 
orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam 
alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a 
celebração de aditamento. 
- As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não 
poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 
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(ART. 66 e 
ss) 
 
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- O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas 
avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua 
inexecução total ou parcial. 
- A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da 
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-
lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
- O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou 
serviço, para representá-lo na execução do contrato. 
-O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas 
expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, 
defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. 
-O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a 
terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou 
reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão 
interessado. 
- O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e 
legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, atéo limite admitido, 
em cada caso, pela Administração. 
 
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1)
 
- Encargos trabalhistas* 
 
- Encargos fiscais 
 
- Encargos comerciais 
 
 
-Encargos previdenciários- a Administração Pública responde solidariamente com o 
contratado. 
 
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EM SE TRATANDO DE OBRAS E SERVIÇOS: EM SE TRATANDO DE COMPRAS OU DE 
LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS: 
a) provisoriamente, pelo responsável por 
seu acompanhamento e fiscalização, 
mediante termo circunstanciado, assinado 
pelas partes em até 15 (quinze) dias da 
comunicação escrita do contratado; 
b) definitivamente, por servidor ou 
comissão designada pela autoridade 
competente, mediante termo 
circunstanciado, assinado pelas partes, 
após o decurso do prazo de observação, 
ou vistoria que comprove a adequação do 
objeto aos termos contratuais, observado o 
disposto no art. 69 desta Lei(não poderá 
ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em 
casos excepcionais) 
a) provisoriamente, para efeito de 
posterior verificação da conformidade do 
material com a especificação; 
b) definitivamente, após a verificação da 
qualidade e quantidade do material e 
conseqüente aceitação. 
Obs: Nos casos de aquisição de 
equipamentos de grande vulto, o 
recebimento far-se-á mediante termo 
circunstanciado e, nos demais, mediante 
recibo. 
 
- Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos: 
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; 
II - serviços profissionais; 
não transfere à Administração Pública a responsabilidade por 
seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou 
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, 
inclusive perante o Registro de Imóveis. 
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OS: 0124/9/16-Gil 
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei, desde 
que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação 
de funcionamento e produtividade. 
Obs.: Nestes casos o recebimento será feito mediante recibo. 
 
DA INEXECUÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 
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-A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências 
contratuais e as previstas em lei ou regulamento. 
 
-Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
 
-A rescisão do contrato poderá ser: 
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos 
incisos I a XII e XVII do artigo anterior; 
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde 
que haja conveniência para a Administração; 
III - judicial, nos termos da legislação. 
 
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Rescisão por ato unilateral da 
Administração 
Outras rescisões do art. 78: 
I - o não cumprimento de cláusulas 
contratuais, especificações, projetos ou 
prazos; 
II - o cumprimento irregular de cláusulas 
contratuais, especificações, projetos e 
prazos; 
III - a lentidão do seu cumprimento, 
levando a Administração a comprovar a 
impossibilidade da conclusão da obra, do 
serviço ou do fornecimento, nos prazos 
estipulados; 
IV - o atraso injustificado no início da obra, 
serviço ou fornecimento; 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do 
fornecimento, sem justa causa e prévia 
comunicação à Administração; 
VI - a subcontratação total ou parcial do 
seu objeto, a associação do contratado 
com outrem, a cessão ou transferência, 
total ou parcial, bem como a fusão, cisão 
ou incorporação, não admitidas no edital e 
no contrato; 
VII - o desatendimento das determinações 
regulares da autoridade designada para 
acompanhar e fiscalizar a sua execução, 
assim como as de seus superiores; 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na 
sua execução, anotadas na forma do § 1o 
do art. 67 desta Lei; 
IX - a decretação de falência ou a 
instauração de insolvência civil; 
X - a dissolução da sociedade ou o 
XIII - a supressão, por parte da 
Administração, de obras, serviços ou 
compras, acarretando modificação do valor 
inicial do contrato além do limite permitido 
no § 1o do art. 65 desta Lei; 
XIV - a suspensão de sua execução, por 
ordem escrita da Administração, por prazo 
superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo 
em caso de calamidade pública, grave 
perturbação da ordem interna ou guerra, 
ou ainda por repetidas suspensões que 
totalizem o mesmo prazo, 
independentemente do pagamento 
obrigatório de indenizações pelas 
sucessivas e contratualmente imprevistas 
desmobilizações e mobilizações e outras 
previstas, assegurado ao contratado, 
nesses casos, o direito de optar pela 
suspensão do cumprimento das obrigações 
assumidas até que seja normalizada a 
situação; 
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias 
dos pagamentos devidos pela 
Administração decorrentes de obras, 
serviços ou fornecimento, ou parcelas 
destes, já recebidos ou executados, salvo 
em caso de calamidade pública, grave 
perturbação da ordem interna ou guerra, 
assegurado ao contratado o direito de 
optar pela suspensão do cumprimento de 
suas obrigações até que seja normalizada a 
situação; 
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a 80) falecimento do contratado; 
XI - a alteração social ou a modificação da 
finalidade ou da estrutura da empresa, que 
prejudique a execução do contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta 
relevância e amplo conhecimento, 
justificadas e determinadas pela máxima 
autoridade da esfera administrativa a que 
está subordinado o contratante e exaradas 
no processo administrativo a que se refere 
o contrato; 
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de 
força maior, regularmente comprovada, 
impeditiva da execução do contrato. 
XVI - a não liberação, por parte da 
Administração, de área, local ou objeto 
para execução de obra, serviço ou 
fornecimento, nos prazos contratuais, bem 
como das fontes de materiais naturais 
especificadas no projeto; 
XVIII – descumprimento do disposto no 
inciso V do art. 27, sem prejuízo das 
sanções penais cabíveis. 
 
Obs: - A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e 
fundamentada da autoridade competente. 
 
- Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que 
haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados 
que houver sofrido, tendo ainda direito a: 
I - devolução de garantia; 
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão; 
III - pagamento do custo da desmobilização. 
 
 
TEORIA DA IMPREVISÃO 
 
 
 
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RECURSOS ADMININSTRATIVOS 
Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: 
I- recurso, no prazo de 5 (cinco) dias 
úteis a contar da intimação do ato ou 
da lavratura da ata, nos casos de: 
II- representação, no prazo de 5 
(cinco) dias úteis da intimação: 
III- pedido de reconsideração: 
a) habilitação ou inabilitação do 
licitante; 
b) julgamento das propostas; 
c) anulação ou revogação da licitação; 
d) indeferimento do pedido de 
inscrição em registro cadastral, sua 
alteração ou cancelamento; 
e) rescisão do contrato, a que se 
refere o inciso I do art. 79 desta Lei; 
f) aplicação das penas de advertência, 
suspensão temporária ou de multa; 
 
- da decisão relacionada com o objeto 
da licitação ou do contrato, de que 
não caiba recurso hierárquico; 
- de decisão de Ministro de Estado, 
ou Secretário Estadual ou Municipal, 
conforme o caso, na hipótese do § 4o 
do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 
(dez) dias úteis da intimação do ato. 
 
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CAPÍTULO 7 – SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Cargo, emprego e função pública – O cargo público 
corresponde a um conjunto de atribuições previstas em lei 
a serem exercidas pelo agente público. O emprego público, 
por sua vez, diferencia-se do cargo público, em face do 
vínculo celetista do empregado com a Administração 
Pública. O vínculo funcional do ocupante de cargo público é 
estatutário. Por outro lado, além do cargo público e do 
emprego público, existe a função pública que corresponde a 
um conjunto de atribuições que não seja cargo ou emprego 
público. Cuida-se de conceito residual. 
Antes da Constituição de 1988, a Administração Pública 
direta, autárquica e fundacional podia contratar seus 
servidores pelo regime celetista ou estatutário, ressalvando 
algumas carreiras que têm assento constitucional, cujo 
regime próprio é o estatutário. Com a Constituição de 1988, 
adotou-se o regime jurídico único estatutário. 
Posteriormente, com a emenda nº 19/98, o regime jurídico 
único foi extinto, retornando-se ao sistema anterior à 
Constituição de 1988, ou seja, pode haver contratação pelo 
regime celetista ou estatutário, ressalvando as carreiras que 
exercem atribuições constitucionais e as previstas em lei 
infraconstitucional (carreiras típicas de Estado), cujo regime 
estatutário é obrigatório. Recentemente, no entanto, o 
Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu parcialmente 
medida liminar em ação direta de inconstitucionalidade 
para suspender a vigência do art. 39, caput, da Constituição 
Federal com a redação que lhe foi dada pela Emenda 
Constitucional n. 19/98, mantida sua redação original, que 
dispõe sobre a instituição do regime jurídico único dos 
servidores públicos. A razão da inconstitucionalidade é 
formal, posto que a comissão especial alterou a vontade da 
Câmara dos Deputados que mantivera, em primeiro turno, 
a redação original do caput do art. 39. O STF afirmou ainda 
que referida decisão terá efeitos ex nunc, subsistindo a 
legislação editada nos termos da emenda declarada 
suspensa. (ADI 2135 MC/DF – Informativo n. 474). 
O regime jurídico de pessoal das empresas públicas e 
sociedades de economia mista é o de emprego público, 
regido pela CLT, permanecendo inalterado, ou seja, 
historicamente o regime de pessoal adotado pelas 
empresas estatais (Empresa Pública e Sociedade de 
Economia Mista) sempre foi o regime da CLT. 
Agente Público é toda pessoa física que tem algum vínculo 
funcional com o Estado ou com os entes da Administração 
Pública Indireta. 
Agente Político é aquele que exerce atribuições que 
constituem os cargos estruturais da organização política do 
país. A doutrina costuma elencar como agente político os 
membros dos três poderes, os auxiliares diretos dos chefes 
do Poder Executivo, os membros do Ministério Público e os 
dos Tribunais de Contas. 
A expressão servidor público tem sido reservada para 
englobar os servidores estatutários, os empregados 
públicos e os servidores temporários (art. 37, IX, 
Constituição Federal). 
Os servidores estatutários e os servidores celetistas estão 
sujeitos a regimes jurídicos distintos. Os celetistas estão 
vinculados ao regime geral de Previdência Social, enquanto 
os estatutários se vinculam a um regime especial de 
Previdência Social, previsto basicamente no art. 40 da 
Constituição Federal. Há diferenças também no que pertine 
aos direitos do servidor, posto que há direitos que são 
exclusivos de uma categoria, inexistindo em outra categoria 
de servidores. A estabilidade, prevista no art. 41 da 
Constituição Federal, apresenta-se como uma das principais 
diferenças, posto que é exclusiva dos servidores 
estatutários. Há diferenças também em relação ao foro 
competente para resolução de conflitos que envolvam 
estes servidores,posto que os servidores do estatuto 
resolvem suas lides na justiça comum (federal ou estadual), 
ao passo que os servidores celetistas litigam na justiça do 
trabalho. 
 
Acessibilidade aos Cargos, Empregos e Funções Públicas: 
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em 
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, 
I,CF). A doutrina entende que brasileiros podem ocupar os 
cargos, empregos e funções públicas, desde que preencham 
as exigências da lei específica que regulamenta o cargo. Em 
relação aos estrangeiros, a norma constitucional é de 
eficácia limitada exigindo que a legislação expressamente 
admita a possibilidade de estrangeiros ocuparem cargos, 
empregos e funções públicas. A Constituição admite, 
expressamente, no seu art. 207, §§ 1º e 2º, a possibilidade 
das universidades e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica admitirem professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. 
 
Investidura nos Cargos Públicos – Concurso Público: A 
Constituição Federal determina que a investidura em cargo 
ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração. A universalização dos 
concursos públicos acaba com os “concursos internos”, que 
legitimava no passado a figura da ascenção funcional, ou 
seja, a mudança de carreiras por um servidor sem passar 
por um concurso público externo com todos. O prazo de 
validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período, devendo ser 
reservado percentual dos cargos e empregos públicos para 
as pessoas portadoras de deficiência nos termos da lei que 
definirá os critérios de sua admissão 
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Direito de Greve: O direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei específica. A doutrina 
majoritária, no entanto, entendia que a norma era de 
eficácia limitada e, consequentemente, os servidores 
públicos só poderiam fazer greve, após a regulamentação 
do referido dispositivo constitucional. Em decisão recente, o 
Supremo Tribunal Federal, acatando Mandados de Injunção 
interpostos, determinou aplicação da Lei n. 7783/89, que 
disciplina o direito de greve dos empregados em geral que 
prestam serviços públicos essenciais. 
 
Remuneração: Os servidores públicos só poderão ter 
aumento de remuneração em função de lei específica, 
respeitando-se as iniciativas privativas. A Constituição 
Federal permite a concessão de reajustes diferenciados, 
sem prejuízo da revisão geral anual, sempre na mesma data 
e sem distinção de índices, ou seja, nos exatos termos do 
texto constitucional, a Administração Pública poderá 
conceder reajustes diferenciados, sem prejuízo da 
concessão de uma revisão geral anual. A Constituição é bem 
clara quando exige a lei para qualquer concessão de 
aumento remuneratório, seja através de reajuste nominal, 
concessão de gratificação, adicional ou qualquer vantagem 
pecuniária, alteração de sistemática remuneratória ou 
qualquer outro tipo de modificação remuneratória. Desta 
forma, afasta-se a possibilidade de aumento por Decreto, 
Portaria ou outro instrumento infralegal. Alteração 
remuneratória deve ser feita por lei específica, respeitando-
se as iniciativas privativas. No Poder Executivo, a iniciativa 
compete ao Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, 
“a”,CF). Em relação aos membros e servidores do Poder 
Judiciário, a iniciativa legislativa é dos Tribunais (art. 96, II, 
“b”, CF). Em relação aos servidores administrativos do 
Poder Legislativo, os arts. 51, IV e 52, XIII da Constituição 
Federal também exigem lei de iniciativa de cada Casa 
Legislativa o poder de iniciativa. Em relação aos membros e 
servidores do Ministério Público, a iniciativa incumbe ao 
respectivo Procurador-Geral (art. 127, § 2º, CF). Deve-se 
ressaltar ainda que a fixação dos subsídios dos Deputados e 
Senadores, bem como do Presidente, do Vice-Presidente e 
dos Ministros de Estado continua a ser de competência 
exclusiva do Congresso Nacional, como consta no texto 
constitucional, previsto no art. 49, incisos VII e VIII. Em 
relação aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, a 
fixação do subsídio depende de lei cuja iniciativa será da 
competência do próprio STF. É fundamental ressaltar que a 
Constituição Federal veda a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público (art. 37, XIV), 
sendo referida remuneração irredutível, como prevê o 
mesmo dispositivo constitucional (art. 37, XV), sendo a 
redução admitida apenas nas hipóteses dos incisos XI (teto 
remuneratório) e XIV (afastar o “efeito cascata”, ou seja, a 
incidência de um acréscimo pecuniário sobre outro). O 
Supremo Tribunal Federal, sobre a exigência de lei para a 
concessão de aumento remuneratório, assim decidiu: “O 
Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação 
direta ajuizada pelo Procurador-Geral da República para 
declarar a inconstitucionalidade da Resolução 
Administrativa 51/99, do TRT da 14ª Região, que determina 
que a verba de representação mensal, instituída pelko 
Decreto-lei 2.371/87 e destinada aos membros daquela 
Corte, seja calculada com a incidência da parcela autônoma 
de equivalência. Entendeu-se haver ofensa ao art. 96, II, b, 
da CF, porquanto a resolução impugnada concede aumento 
de remuneração sem a previsão legal exigida pelo referido 
dispositivo (“Art. 96. Compete privativamente:... II – ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos 
Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, 
observado o disposto no art. 169:... b) a criação e a extinção 
de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e 
dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação 
do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos 
tribunais inferiores, onde houver;”). Precedente citado: ADI 
2103/PE (DJU de 8.10.2004). ADI 2104/DF, rel. Min. Eros 
Grau, 21.11.2007. Plenário. (Informativo nº 489). 
 
Subsídio: A emenda constitucional n. 19/98 acrescentou o § 
4º ao art. 39 introduzindo uma nova sistemática 
remuneratória para algumas categorias de servidores 
consistente no subsídio fixado em parcela única, vedado o 
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, 
prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no 
art. 37, X e XI. Este subsídio é obrigatório para os membros 
dos três Poderes, para o detentor de mandato eletivo, para 
os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais. Os membros do Ministério Público (art. 128, § 
5º, I, “c”, CF), da Defensoria Pública e da Advocacia Pública 
(art. 135, CF), assim como os servidores integrantes das 
carreiras policiais (art. 144, § 9º, CF) devem receber 
subsídio. A Constituição ainda admite a remuneração sob a 
forma de subsídio para as demais carreiras no serviço 
público (art. 39, § 8º, CF) 
 
Teto Constitucional: A Constituição Federal determina que 
a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos 
demais agentes políticose os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou 
não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do 
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
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dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do 
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos. Este teto também será aplicado às empresas 
públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º, 
CF). Conclui-se, portanto, que aquelas que não recebem 
recursos do governo central para pagamento de despesas e 
de custeio em geral não estão submetidas ao teto 
constitucional, como ocorre com a PETROBRAS em que os 
seus diretores recebem valores superiores aos ministros do 
Supremo Tribunal Federal (STF). O teto constitucional 
vincula todas as espécies remuneratórias, excetuando-se as 
verbas indenizatórias que, por não terem caráter 
remuneratório, mas, sim compensatório, podem ser 
recebidas acima do teto constitucional (art. 37, § 11, CF). Na 
esfera federal, há um teto unificado para os três Poderes, 
que corresponde ao subsídio mensal recebido pelo Ministro 
do Supremo Tribunal Federal. No âmbito estadual, são 
previstos três tetos distintos, quais sejam: um para os 
servidores do Poder Executivo, que corresponde ao subsídio 
mensal recebido pelo Governador, um segundo para os 
servidores do Poder Legislativo, que corresponde ao 
subsídio mensal recebido pelo Deputado Estadual, que não 
pode ultrapassar 75% do valor recebido pelo Deputado 
Federal (art. 27, § 2º, CF). Em relação aos membros e 
servidores do Poder Judiciário, corresponderá ao valor do 
subsídio recebido pelo desembargador, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite 
aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos e no âmbito municipal, o teto único 
corresponderá ao subsídio mensal recebido pelo Prefeito. 
Nos estados, no entanto, o teto poderá ser unificado, tendo 
como parâmetro o subsídio mensal do Desembargador O § 
12 assim determina que.Para os fins do disposto no inciso XI 
do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao 
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às 
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, 
o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o 
disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados 
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Em relação ao 
subteto da magistratura estadual, assim decidiu o Supremo 
Tribunal Federal: “O Tribunal, por maioria, deferiu pedido 
de liminar formulado em ação direta de 
inconstitucionalidade ajuizada pela Associação dos 
Magistrados Brasileiros – AMB para, dando interpretação 
conforme à Constituição ao art. 37, XI, e § 12, da 
Constituição Federal, o primeiro dispositivo, na redação da 
EC 41/2003, e o segundo, introduzido pela EC 47/2005, 
excluir a submissão dos membros da magistratura estadual 
ao subteto de remuneração, bem como para suspender a 
eficácia do art. 2º da Resolução 13/2006 e do art. 1º, 
parágrafo único, da Resolução 14/2006, ambas do Conselho 
Nacional de Justiça – CNJ, as quais fixam, como limite 
remuneratório dos magistrados e servidores dos Tribunais 
de Justiça, 90,25% do subsídio mensal de Ministro do STF 
(CF, art. 37: ‘XI – a remuneração e o subsídio... dos 
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios... não poderão exceder 
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite... o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário... § 12. Para 
os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica 
facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por 
cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste 
parágrafo aos Subsídios dos Deputados Estaduais e 
Distritais e dos Vereadores.”). ADI 3854 MC/DF, rel. Min. 
Cezar Peluso, 28.2.2007, Plenário (Informativo nº 457) 
Salientando-se o caráter nacional e unitário do Poder 
Judiciário, entendeu-se que as normas em questão, 
aparentemente, violam o princípio da isonomia (CF, art. 5º, 
caput e I) por estabelecerem, sem nenhuma razão lógico-
jurídica que o justifique, tratamento discriminatório entre 
magistrados federais e estaduais que desempenham iguais 
funções e se submetem a um só estatuto de âmbito 
nacional (LC 35/79, restando ultrapassados, desse modo, 
pela EC 41/2003, os limites do poder constitucional 
reformador (CF, art. 60, § 4º, IV). Asseverou-se que o 
caráter nacional da estrutura judiciária está reafirmado na 
chamada regra de escalonamento vertical dos subsídios, de 
alcance nacional, e objeto do art. 93, V, da CF, que, ao 
dispor sobre a forma, a gradação e o limite para fixação dos 
subsídios dos magistrados não integrantes dos Tribunais 
Superiores, não faz distinção, nem permite que se faça, 
entre órgãos dos níveis federal e estadual, mas sim os 
reconhece como categorias da estrutura judiciária nacional. 
Considerou-se, ademais, manifesto o periculum in mora, 
tendo em conta que já determinada a implementação do 
teto remuneratório da magistratura estadual em sete 
tribunais, estando outros oito no aguardo de decisão do CNJ 
para também fazê-lo. Vencido, parcialmente, o Min. Marco 
Aurélio, que deferia a liminar em menor extensão, tão-
somente para suspender a eficácia das resoluções do CNJ, e, 
integralmente, o Min. Joaquim Barbosa, que a indeferia. 
Precedentes citados: ADI 3367/DF (DJU de 17.3.2006); ADI 
2087 MC/AM (DJU de 19.9.2003). ADI 3854 MC/DF, rel. 
Min. Cezar Peluso, 28.2.2007. Plenário (Informativo nº 
457)” 
Inacumulabilidade dos cargos, empregos e funções 
públicas: A Constituição Federal veda a acumulação de 
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cargos, empregos e funções públicas, admitindo-se, 
excepcionalmente, a acumulação de dois cargos de 
professor,a de um cargo técnico ou científico com um de 
professor, bem como a acumulação de dois cargos ou 
empregos na área de saúde em profissão devidamente 
regulamentada por lei. Há também a regra prevista no art. 
37, § 10 que veda a percepção simultânea de proventos de 
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão 
declarados em lei de livre nomeação e exoneração, ou seja, 
o servidor público aposentado pelo regime estatutário (art. 
40 da Constituição Federal) não poderá retornar ao serviço 
público acumulando seus proventos de aposentado com a 
nova remuneração do seu novo cargo público, salvo se o 
novo cargo for um cargo acumulável, eletivo ou cargo em 
comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
 
Exercício de mandato eletivo: Os servidores públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, quando 
eleitos para o exercício de mandato eletivo, são obrigados a 
cumprir certas regras relativamente aos seus cargos 
originários. A Constituição Federal elenca três regras básicas 
conforme o tipo de eleição, posto que tratando-se de 
mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará 
afastado de seu cargo, emprego ou função, sendo que 
investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, 
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração e em caso de ser investido no mandato de 
Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá 
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem 
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada a mesma regra do prefeito, 
ou seja, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração. Deve-se destacar 
que em qualquer caso em que é exigido afastamento, para 
efeito de benefício previdenciário, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse, ou seja, ele 
continuará pagando contribuição previdenciária como se 
estivesse exercendo o cargo efetivo. 
 
Estabilidade: Os servidores públicos estatutários adquirem 
a estabilidade no cargo público, após três anos de efetivo 
exercício, só sendo possível a perca do cargo público nas 
hipóteses expressamente previstas no texto constitucional, 
quais sejam: I - em virtude de sentença judicial transitada 
em julgado; II - mediante processo administrativo em que 
lhe seja assegurada ampla defesa e III - mediante 
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Há 
ainda a hipótese prevista no art. 169,§§ 3º e 4º da 
Constituição Federal, em que poderá vir a perder o cargo 
público, se descumpridos por parte dos entes políticos os 
limites de gastos com pessoal na Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), sendo que nesse caso, o Poder Público deve 
tomar algumas medidas prévias, tais como: redução em 
pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança e exoneração dos servidores não 
estáveis, para somente após referidas medidas não surtirem 
efeito, proceder-se a exoneração dos servidores públicos 
estáveis. O período que antecede a estabilidade é chamado 
de estágio probatório, período este em que será avaliada a 
sua assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, 
produtividade e responsabilidade para a aquisição da 
estabilidade. 
 
Provimento e Vacância dos Cargos Públicos: A lei n. 
8112/90 disciplina no art. 8º as formas de provimento dos 
cargos públicos, que são: nomeação, promoção, 
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e 
recondução, sendo que no art. 33 da mesma lei, elenca as 
hipóteses de vacância: exoneração, demissão, promoção, 
readaptação, posse em cargo inacumulável, aposentadoria 
e falecimento. 
 
SISTEMA PREVIDENCIÁRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
ESTATUTÁRIOS. 
Uma das principais diferenças entre os servidores 
estatutários e os celetistas é o sistema previdenciário, 
posto que o celetista se vincula ao regime geral de 
Previdência Social (INSS) e o servidor do estatuto está 
sujeito a uma Previdência própria (Regime Especial de 
Previdência Social), basicamente previsto no art. 40 da 
Constituição Federal. Os servidores estatutários se 
aposentam nos termos do art. 40, § 1º da Constituição 
Federal por: 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas 
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de 
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante 
contribuição do respectivo ente público, dos servidores 
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto 
neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
41, 19.12.2003) 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência 
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os 
seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 
3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
73 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou 
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei 
complementar; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 88, de 2015) 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo 
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco 
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, 
observadas as seguintes condições: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, 
se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de 
contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta 
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
NOTA DE AULA 
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 
(DOUTRINA CLÁSSICA): 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 
(DOUTRINA MODERNA): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTE POLÍTICO 
AGENTE HONORÍFICO 
 AGENTE ADMINISTRATIVO 
AGENTE DELEGADO 
AGENTE CREDENCIADO 
AGENTES 
PÚBLICOS 
AGENTE 
PÚBLICO 
AGENTE POLÍTICO 
MILITARES 
 SERVIDOR PÚBLICO 
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO 
 COM O PODER PÚBLICO 
User
Retângulo
User
Texto digitado
Hely Lopes Meireles
User
Texto digitado
Di Pietro, Celso Antônio Bandeira de Melo
User
Retângulo
User
Texto digitado
SERVIDOR PÚBLICO (militar e civil)nullempregado publiconullservidor temporário
User
Texto digitado
agente honorífico, delegado e credenciado
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74 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
LEI Nº 8.112/90PROVIMENTO ORIGINÁRIO 
DERIVADO 
NOMEAÇÃO 
POSSE 
EXERCÍCIO 
CARGO EFETIVO 
CARGO EM COMISSÃO 
READAPTAÇÃO 
REVERSÃO 
REINTEGRAÇÃO 
RECONDUÇÃO 
APROVEITMENTO 
PROMOÇÃO 
Investidura 
Apresentar declaração de bens e não 
acumulação de C.E.F 
 
 B 
 
 
Depende de inspeção médica Pode ser por procuração 
30 dias 
15 dias 
Limitação física ou mental 
Retorno do aposentado 
Retorno do demitido 
-Decorrente de reintegração 
-Inabilitação em est. probat. 
Retorno de quem está em 
disponibilidade 
Elevação de classe na mesma 
carreira 
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75 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
LEI Nº. 8.112/90 - FORMAS DE VACÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDADE 
TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
TEMPO DE 
EFETIVO 
EXERCÍCIO 
NO 
SERVIÇO 
PÚBLICO 
TEMPO DE 
EFETIVO 
EXERCÍCIO NO 
CARGO EM QUE SE 
DER A 
APOSENTADORIA 
PROVENTOS 
BASE 
LEGAL 
INVALIDEZ (nos casos de 
acidente do trabalho, 
doença profissional e 
doença grave, contagiosa 
e incurável 
- - - - Integrais, 
apurada a 
média de que 
trata o § 3º. 
Art. 40, § 
1º, I. 
INVALIDEZ (nos demais 
casos) 
- - - - Proporcionais 
ao tempo de 
contribuição 
Art. 40, § 
1º, I. 
COMPULSÓRIA 
70* ou 75 - - - Proporcionais 
ao tempo de 
contribuição 
Art. 40, § 
1º, II. 
VOLUNTÁRIA POR IDADE 
65 
(Homem) 
60 
(Mulher) 
- 10 5 Proporcionais 
ao tempo de 
contribuição 
Art. 40, § 
1º, III, 
"b". 
VOLUNTÁRIA POR 
TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
60 
(Homem) 
55 
(Mulher) 
35 
(Homem) 
30 
(Mulher) 
10 5 Integrais, 
apurada a 
média de que 
trata o § 3º. 
Art. 40, 
§1º, III, 
"a". 
VOLUNTÁRIA por tempo 55 30 10 5 Integrais, Art. 40, § 
VACÂNCIA TIPOS 
EXONERAÇÃO 
DE OFICIO 
A PEDIDO 
CARGO EFETIVO 
CARGO EM COMISSÃO 
DEMISSÃO 
READAPTAÇÃO 
PROMOÇÃO 
APOSENTADORIA 
FALECIMENTO 
ACUMULAÇÃO 
DE CARGOS 
Não entrar em exercício no prazo 
Insuficiência de desempenho 
 
 B 
 
 
Inabilitação em est. probat. 
Excesso de despesa com pessoal 
Extinção de cargo do não estável 
Decorrente de reintegração se o cargo 
era ocupado por não estável 
Processo Adm. Disciplinar (PAD) 
Compulsória Sentença Judicial Transitada em Julgado 
Invalidez 
OU 
Voluntária 
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76 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
de contribuição 
exclusivamente prestado 
em funções de 
magistério na Educação 
Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino 
Médio. 
(Homem) 
50 
(Mulher) 
(Professor) 
25 
(Professora) 
apurada a 
média de que 
trata o § 3º. 
1º, III, "a", 
c/c § 5º. 
 
 - Nos termos do artigo 1º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, que regulamentou a aplicação do § 3º da EC 41/03, 
diante da competência da União para estabelecer normas gerais sobre previdência (artigo 24, inciso XII, c/c §1º, da CF/88), 
para o cálculo dos proventos de aposentadoria, deve ser considerada a média aritmética simples das maiores 
remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que ele esteve 
vinculado (Regime Geral de Previdência Social – RGPS ou regime próprio), correspondentes a 80% (oitenta por cento) de 
todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela 
competência. 
DOS DIREITOS E VANTAGENS 
DO SISTEMA REMUNERATÓRIO: 
VENCIMENTO: é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
REMUNERAÇÃO: é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
SUBSÍDIO: espécie remuneratória acrescida ao texto constitucional pela EC 19/98. É aplicável aos agentes políticos e a 
algumas carreiras do serviço público. Deve ser fixada em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer outra vantagem 
pecuniária de natureza remuneratória. 
PROVENTOS: espécie remuneratória aplicável aos aposentados. 
 
LEI Nº. 8.112/90 - DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS 
VANTAGENS PECUNIÁRIAS 
IN
D
EN
IZ
A
Ç
Õ
ES
 
AJUDA DE CUSTO 
(art. 53) 
 
 Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no 
interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de 
domicílio em caráter permanente; 
 É calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em 
regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3(três) 
meses; 
 À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo 
e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, 
contado do óbito. 
 É vedado o duplo pagamento da indenização, a qualquer tempo, no caso do 
cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor vier a 
ter exercício na mesma sede. 
Lei nº 12.998/2014: Art. 53. § 3º Não será concedida ajuda de custo nas 
hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 36. 
DIÁRIAS (art. 58)  O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou 
transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus 
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77 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
 
 
a passagens e diárias; 
 Será devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da 
sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas 
extraordinárias cobertas por diárias; 
 Quando constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a 
diárias. 
 Não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região 
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por 
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle 
integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos 
órgãos, salvo se houver pernoite fora da sede, situação que fará jus à diária. 
 O servidor que receber diárias e não se afastar da sede ou retornar à sede em 
prazo menor que o previsto, fica obrigado a restituí-las integral ou em 
excesso, respectivamente, no prazo de 5 dias. 
TRANSPORTE 
 (art. 60). 
 
 Concedida ao servidor que realizar despesas com a utilização de seu veículo 
para executar serviços externos. 
AUXÍLIO-MORADIA 
(art.60-A) 
 
 Consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo 
servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado 
por empresa hoteleira, no prazo de um mês, após comprovação de despesa. 
 É devida ao servidor que tenha se mudado do local de sua residência para 
ocupar cargo em comissão ou função de confiança, do grupo DAS 
 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes. 
 É necessário ainda atender os requisitos: não existir imóvel funcional 
disponível para uso do servidor; o cônjugeou companheiro ou nenhuma outra 
pessoa que resida com o servidor não ocupe imóvel funcional ou receba o 
auxílio; o servidor ou seu cônjuge não tenha imóvel no município aonde for 
exercer o cargo etc. 
 O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos 
dentro de cada período de 12 (doze) anos.* 
 O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) 
do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de 
Estado ocupado; independentemente do valor do cargo em comissão ou 
função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos 
o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). 
 
Alterado pela Lei12.998/2014 : 
Art. 27. Ficam revogados: 
VI - o art. 60-C da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 
 
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78 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
G
R
A
TI
FI
C
A
Ç
Õ
ES
 
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO 
DE DIREÇÃO, CHEFIA E 
ASSESSORAMENTO (art. 
62) 
 
 Servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou 
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é 
devida retribuição pelo seu exercício. 
 
GRATIFICAÇÃO 
NATALINA (art. 63) 
 
 A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a 
que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no 
respectivo ano. 
 A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês 
integral. 
 A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano. 
GRATIFICAÇÃO DE 
ENCARGO DE CURSO OU 
CONCURSO (art. 76- A) 
 
 
 A gratificação é devida ao servidor, em caráter eventual, quando: I- atuar 
como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de 
treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública 
federal; II- participar de banca examinadora ou de comissão para exames 
orais; III- participar da logística de preparação e de realização de concurso 
público e IV- participar da aplicação, fiscalização ou avaliação de provas de 
exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. 
 O valor da gratificação será calculado em horas(que não poderá ser superior 
ao equivalente a 120 horas anuais, ressalvada situação excepcional). 
 O valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais: 
2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento) para I e II e 1,2% (um inteiro e 
dois décimos por cento) para III e IV, incidentes sobre o maior vencimento 
básico da administração federal. 
A
D
IC
IO
N
A
IS
 
PELO EXERCÍCIO DE 
ATIVIDADES 
INSALUBRES PERIGOSAS 
E PENOSAS (ART.68) 
 
 Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em 
contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de 
vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo; 
 O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em 
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, 
nos termos, condições e limites fixados em regulamento. 
PELA PRESTAÇÃO 
 DE SERVIÇO 
EXTRAORDINÁRIO 
(ART. 73) 
 
 
 Hora extraordinária paga com acréscimo de 50% em relação a hora normal 
trabalhada; 
 Limite máximo de horas extras por dia: 2 horas; 
 Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações 
excepcionais e temporárias. 
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79 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
ADICIONAL 
NOTURNO(ART. 75) 
 
 O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) 
horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte 
 Valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento); 
 Cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. 
ADICIONAL DE FÉRIAS 
(ART. 76) 
 
 O servidor fará jus a trinta dias de férias, que poderão ser cumuladas até dois 
períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas hipóteses que haja 
legislação específica. 
 Será pago por ocasião das férias, adicional de 1/3 da remuneração do servidor 
neste período; o pagamento será efetuado até 2 dias antes do início do 
respectivo período. 
 Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de 
exercício. 
 As férias poderão ser parceladas em até três etapas; 
 É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço; 
 As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade 
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, 
ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou 
entidade 
OUTROS RELATIVOS AO 
LOCAL OU A NATUREZA 
DE TRABALHO 
( ART. 61, VIII) 
 
 
 -- 
 
LEI Nº 8.112/90 - LICENÇAS 
ESPÉCIES DURAÇÃO REMUNE-
RAÇÃO 
ART. DA 
LEI 
OBS: 
MATERNIDADE (GESTANTE) 
 
120 dias 
consecutivos** 
(prorrogados por 
mais 60 dias - Lei nº. 
11.770/08 e Decreto 
6690/2008). 
Sim 
 
207 
 
• Poderá ter início no 1° dia do 
9° mês. 
• No caso de nascimento 
prematuro, terá inicio a partir 
do parto (§ 2°). 
• No caso de aborto, terá 
direito a 30 dias de repouso 
remunerado (§ 4°). 
 Art. 102: é contado 
como efetivo 
exercício. 
PATERNIDADE OU ADOÇÃO 
 
5 dias consecutivos 
(porrogados por mais 
15 dias- Decreto 
8737/2016) 
Sim 
 
208 
 
• Nascimento ou adoção de 
filhos. 
 
 Art. 102: é contado 
como efetivo 
exercício. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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80 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
ADOTANTE 
(SÓ PARA SERVIDORA) 
 
• 90 dias, criança até 
1 ano de idade. 
• 30 dias, criança de 
mais de 1 ano de 
idade. 
(A prorrogação é 
obrigatória, segundo - 
Lei nº. 11.770/08 e 
Decreto 6690/2008) 
Sim 
 
210 
210, § 
único 
 
• Hipóteses de adoção ou 
guarda judicial. 
 
 Art. 102: é contado 
como efetivo 
exercício. 
TRATAMENTO DE 
SAÚDE 
 
 Art. 102: até 24 
meses é contado 
como efetivo 
exercício. 
 Art. 103: conta-se 
apenas para efeito 
de aposentadoria e 
disponibilidade a 
licença que exceder 
24 meses. 
Sim 
 
202 
 
-- 
ACIDENTE EM SERVIÇO 
 
• Indeterminado (até 
a sua recuperação) 
Sim 211 
 
• Equiparação a acidente em 
serviço (art. 212, parágrafo 
único) 
 
Art. 102: é contado como 
efetivo exercício. 
DESEMPENHO DE 
MANDATO CLASSISTA 
(em confederação, 
federação, associação de 
classe de âmbito nacional, 
sindicato representativo da 
categoria ou participação 
de gerência ou 
administração em 
sociedade cooperativa 
constituída por servidores 
públicos para prestar 
serviços a seus membros 
ou entidade fiscalizadora). 
 
Duração do mandato. 
 *Pode ser pror- 
rogado, no caso de 
reeleição. 
Não 
 
92 
 
Licença do servidor por 
entidades com: 
• até 5000 associados— 2 
servidores; 
. de 5001 a 30000 — 4 
servidores; 
• Mais de 30000 associados — 
8 servidores. 
 
 Art. 102: é contado 
como efetivo 
exercício, exceto para 
promoção por 
merecimento. 
 
 Alterado pela Lei nº 
12.998/2014: 
PARA CAPACITAÇÃO 
 
• Até 3 meses, por 
cada 5 anos de 
efetivo 
exercicio 
(inacumuláveis) 
 
Sim 
 
87 e 
parágrafo 
único 
 
 Para participar de curso de 
capacitação profissional. 
Art. 102: é contado como 
efetivo exercício. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila – Profs. Lidiane / Clóvis Feitosa e Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
81 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
SERVIÇO MILITAR 
 
• Enquanto durar a 
convocação. 
 
-- 85 
 
 O servidor tem até 30 dias 
para reassumir o cargo(sem 
remuneração). 
 Art. 102: é contado como 
efetivo exercício. 
 Pode ser concedido ao 
servidor em estágio probatório 
e não suspende o estágio 
probatório 
TRATAMENTO DE 
INTERESSES PARTICULARES 
 
• Até 3 anos 
consecutivos 
 
Não 
 
91 
 
. Não pode estar em estágio 
probatório. 
 
POR MOTIVO DE 
AFASTAMENTO DO 
CÔNJUGE 
 
• Indeterminado 
 
Não 
 
84 
 
 Pode ser concedido ao 
servidor em estágio 
probatório e suspende o 
estágio probatório 
POR MOTIVO DE DOENÇA 
EM PESSOA DA FAMÍLIA 
(cônjuge, pais, filhos, 
padrasto, madrasta e 
enteado ou dependente 
que viva às expensas e 
conste no seu 
assentamento funcional) 
 
 
• Até 60 dias 
consecutivos ou não* 
(alterado pela Lei 
12.269/2010) 
 
 
Sim 
 
83 
 
• Será precedida por perícia 
médica oficial (art. 83). 
• Vedado o exercício de 
atividade remunerada durante 
o seu gozo (art. 81 § 3°) 
 Art. 103- é contado apenas 
para efeito de 
aposentadoria ou 
disponibilidade a 
licença,com remuneração, 
que exceder 30 dis em 
perídodos de 12 meses. 
 Pode ser concedido ao 
servidor em estágio 
probatório e suspende o 
estágio probatório 
Até 90 dias, 
consecutivos ou não 
(alterado pela Lei 
12.269/2010) 
 
Não 
PARA A ATIVIDADE 
POLÍTICA 
• De sua escolha em 
convenção partidária até 
a véspera da sua 
candidatura perante a 
Justiça_Eleitoral. 
 
Não 
 
 
 
 
 Art. 103- é contado apenas 
para efeito de 
aposentadoria ou 
disponibilidade a licençado 
servidor a partir do registro 
até 10 dias após as eleições. 
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82 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
 
 Do registro na 
Justiça Eleitoral até o 
10º dia após a eleição ( 
não podendo exceder 3 
meses). 
Sim 
86 
 
 Pode ser concedido ao 
servidor em estágio 
probatório e suspende o 
estágio probatório 
 
LEI Nº 8.112/90- DOS AFASTAMENTOS 
ESPÉCIES CARACTERÍSTICAS ART. DA LEI 
PARA SERVIR EM OUTRO 
ÓRGÃO OU ENTIDADE 
DOS PODERES DA 
UNIÃO, ESTADOS OU DF 
OU MUNICÍPIOS. 
 
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança 
(sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios o ônus da remuneração será do órgão ou 
entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais 
casos). 
Art. 93 
 Art. 102: é 
contado como 
efetivo exercício. 
II - em casos previstos em leis específicas 
 
EXERCÍCIO DE MANDATO 
ELETIVO 
 
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará 
afastado do cargo; 
Art. 94 
 Art. 102: é 
contado como 
efetivo exercício, 
exceto para 
promoção por 
merecimento. 
 Pode ser 
concedido ao 
servidor em 
estágio 
probatório e não 
suspende o 
estágio 
probatório 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, 
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III - investido no mandato de vereador: 
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de 
seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; 
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, 
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. 
DO AFASTAMENTO PARA 
ESTUDO OU MISSÃO NO 
EXTERIOR 
 
 
O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão 
oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos 
Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. 
- § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão 
ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova 
ausência. 
- § 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será 
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular 
antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a 
hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. 
 
Art. 95 
 Art. 102: é 
contado como 
efetivo exercício. 
 Pode ser 
concedido ao 
servidor em 
estágio 
probatório e não 
suspende o 
estágio 
probatório 
 
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83 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
DO AFASTAMENTO PARA 
SERVIR EM ORGANISMO 
INTERNACIONAL 
 
- Dar-se-á com perda total da remuneração. Art. 96. 
 Art. 102: é 
contado como 
efetivo exercício. 
 Pode ser 
concedido ao 
servidor em 
estágio probatório 
e suspende o 
estágio probatório 
DO 
AFASTAMENTO PARA 
PARTICIPAÇÃO EM 
PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO 
STRICTO SENSU NO 
PAÍS**** 
(Incluído pela 
Lei nº. 
11.907/2009). 
 
 
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e 
desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o 
exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se 
do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para 
participar em programa de pós-graduação stricto sensu em 
instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, 
de 2009) 
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em 
conformidade com a legislação vigente, os programas de 
capacitação e os critérios para participação em programas de pós-
graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão 
avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela 
Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e 
doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de 
cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 
(três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, 
incluído o período de estágio probatório, que não tenham se 
afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo 
de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) 
anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela 
Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-
doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de 
cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 
quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não 
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares 
oucom fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data 
da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 
2010) 
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos 
§§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de 
suas funções após o seu retorno por um período igual ao do 
afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou 
aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência 
previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, 
na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos 
gastos com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 
2009) 
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu 
afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste 
artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso 
fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. 
 
96-A 
 Art. 102: é 
contado como 
efetivo exercício. 
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OS: 0124/9/16-Gil 
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no 
Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos 
§§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
 
LEI Nº 8.112/90- DO REGIME DISCIPLINAR 
D
O
S 
D
EV
ER
E
S 
(A
R
T.
 1
1
6
) 
 
São deveres do servidor público: 
 I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
 II - ser leal às instituições a que servir; 
 III - observar as normas legais e regulamentares; 
 IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
 V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por 
sigilo; 
 b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da 
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de 
outra autoridade competente para apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
LEI Nº 8.112/90 - DAS CONCESSÕES (Art. 97) 
Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: 
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer 
caso, a dois dias ; 
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e 
irmãos. 
* Alterado pela Lei nº 12.998/2014:: 
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: 
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer 
caso, a dois dias; 
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CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
85 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
D
A
S 
PR
O
IB
IÇ
Õ
ES
 (
A
R
T.
 1
17
) 
 É proibido ao servidor: 
 I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
 II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
 III - recusar fé a documentos públicos; 
 IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de 
serviço; 
 V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho 
de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou 
sindical, ou a partido político; 
 VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro 
ou parente até o segundo grau civil; 
 IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade 
da função pública; 
 X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não 
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008) 
 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se 
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge 
ou companheiro; 
 XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições; 
 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 XV - proceder de forma desidiosa; 
 XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades 
particulares; 
 XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em 
situações de emergência e transitórias; 
 XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou 
função e com o horário de trabalho; 
 XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
 Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos 
seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) 
 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a 
União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 
2008) 
 II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, 
observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) 
 
 
 
 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
 
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A
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P
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A
D
ES
 
( 
A
R
T.
 1
21
) 
 
Responsabilidade 
Civil 
- Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 
prejuízo ao erário ou a terceiros. 
- A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles 
será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Responsabilidade 
Civil-
administrativa- Resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo 
ou função. 
- A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Responsabilidade 
Penal 
- Abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa 
qualidade. 
- As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. 
 
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A
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D
A
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 (
 A
R
T.
 1
27
) 
 
 
I - Advertência 
 
 - Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação 
de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância 
de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que 
não justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
II – Suspensão - Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas 
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não 
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo 
exceder de 90 (noventa) dias. 
III – Demissão - Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima 
defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
IV - Cassação de 
aposentadoria ou 
disponibilidade 
- Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo 
que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. 
V - Destituição de 
cargo em 
comissão; 
 
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante 
de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades 
de suspensão e de demissão. 
VI - Destituição de 
função 
comissionada. 
 
--- 
 
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OS: 0124/9/16-Gil 
 
 
 DA PRESCRIÇÃO: 
A ação disciplinar prescreverá: 
I - Em 5 (cinco) anos: quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição 
de cargo em comissão. 
II - em 2 (dois) anos: quanto à suspensão. 
III - em 180 (cento e oitenta) dias: quanto á advertência. 
- O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 
- Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. 
- A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida 
por autoridade competente. 
- Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção 
 AUTORIDADES COMPETENTES PARA A APLICAÇÃO DA PENALIDADES: 
 
 
 
 
 
 
 
ART. 
141 
PENALIDADES AUTORIDADES 
 
Demissão, 
Cassação de aposentadoria 
ou cassação de 
disponibilidade. 
I. Do servidor do: 
Poder Executivo Federal: Presidente da República 
Poder Legislativo Federal: Presidente da Casa do Poder Legislativo 
Poder Judiciário Federal: Presidentes dos Tribunais Federais 
Ministério Público Federal: Procurador Geral da República 
Suspensão 
(superior a 30 dias) 
II. Autoridades administrativas hierarquicamente inferiores às 
mencionadas no item I 
Advertência 
Suspensão (até 30 dias) 
III. Chefe de repartição e outras autoridades 
Destituição do cargo em 
comissão 
IV. Autoridade que houver feito a nomeação 
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88 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
 
 
 PRAZO PARA CONCLUSÃO: 30 DIAS 
 + 30 DIAS, a critério de autoridade superior 
 
 
 
 
OU OU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*FONTE: DEGRAU CONCURSOS. 
SINDICÂNCIA 
DECISÃO 
Arquivamento 
do processo 
Aplicação de 
advertência ou 
suspensão (até 30d) 
Instauração do 
PAD (Processo 
Administrativo 
Disciplinar) 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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89 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
 
*FONTE: DEGRAU CONCURSOS. 
 
 
superior a 30 dias. 
CITAÇÃO DO 
INDICIADO 
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90 
 
OS: 0124/9/16-Gil 
CAPÍTULO 8 – CONTROLE DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E 
IMPROBIDADE 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 
CONCEITO: 
Controle da administração pública é o 
conjunto de mecanismos jurídicos e 
administrativos por meio dos quais se exerce 
o poder de fiscalização e de revisão da 
atividade administrativa em qualquer das 
esferas de poder. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
1) QUANTO AO ÓRGÃO (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE 
MELLO, MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO) = QUANTO À 
EXTENSÃO DO CONTROLE (JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO 
FILHO): 
1.1- Controle interno (autocontrole): é o controle que cada 
um dos poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes. 
OBS.: CUIDADO!!!!!!!! 
Controle interno exterior: nomenclatura de Celso Antônio 
Bandeira de Mello, referente aos casos onde haveria duplo 
controle, assim, um controle seria realizado pelo próprio 
órgão e o outro controle seria realizado pela administração 
direta. 
 
1.2- Controle externo (heterocontrole): é o controle 
exercido por um dos poderes sobre o outro. Ex.: controle 
que a administração pública direta exerce sobre a 
administração pública indireta; controle que o judiciário 
realiza perante atos praticados pelo executivo; controle do 
Tribunal de Contas sobre atos do judiciário; 
Obs.: o controle popular trata se de controle externo, 
sendo decorrência do princípio da publicidade. O controle 
popular pode ser realizado conforme a lei 4.898/65, pela lei 
8.429/95 (art. 14, art. 22), conforme o art. 31, §3º da 
CRFB/88. 
 
2) QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO (MARIA SYLVIA 
ZANELLA DI PIETRO E CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE 
MELLO) = QUANTO À NATUREZA DO CONTROLE (JOSÉ DOS 
SANTOS CARVALHO FILHO): 
2.1- Controle de legalidade: pode ser realizado pela 
administração (súmula 346 do STF), pelo judiciário (art. 5º, 
XXXV, CRFB/88) e pelo legislativo (quando autorizado pela 
Constituição) 
2.2- Controle de mérito: é o controle realizado em relação à 
conveniência e oportunidade, prevalecendo o princípio daseparação dos poderes, assim, não cabe ao judiciário 
substituir o mérito administrativo (súmula 473 do STF). 
Quanto ao controle de mérito, deve haver atenção especial 
para a ADPF 4511, que trata de políticas públicas: quando 
uma decisão administrativa viola a razoabilidade e a 
proporcionalidade (previstas no artigo 2º da lei 9.784/99), o 
judiciário pode sim exercer o controle, sendo um controle 
de legalidade, porém, que, indiretamente, atingirá o mérito 
do ato administrativo; 
3) QUANTO AO MOMENTO (CELSO ANTÔNIO, DI PIETRO) = 
QUANTO À OPORTUNIDADE (JOSÉ DOS SANTOS): 
3.1-Controle prévio: exercido antes de se consumar a 
conduta administrativa; 
3.2-Controle concomitante (sucessivo): é o controle 
realizado à medida que a conduta está se desenvolvendo. 
Ex.: fiscalização de um contrato que está em andamento; 
art. 67 da lei 8.666/93, que consiste na fiscalização dos 
agentes públicos durante a realização de obras públicas; 
3.3-Controle posterior (corretivo/subsequente): traz a 
ideia de revisão, buscando confirmar ou corrigir o ato. Ex.: 
típico ato de controle do judiciário em relação a ato já 
praticado: visto das autoridades superiores; homologação 
da autoridade superior. 
 
4) QUANTO À INICIATIVA (JOSÉ DOS SANTOS): 
4.1- De ofício: trata se de manifestação da própria 
autotutela; 
4.2- Provocado: é o controle deflagrado por terceiro, sendo 
caso claro, por exemplo, dos recursos administrativos. 
 
 
5) QUANTO À NATUREZA DO CONTROLADOR: 
5.1- CONTROLE ADMINISTRATIVO: é o controle que vai 
confirmar, rever, alterar, condutas internas quanto à 
legalidade e à conveniência, sendo sempre realizado pelo 
executivo ou pelos órgãos administrativos do legislativo e 
do judiciário. Tudo isso decorre da autotutela. Tal controle é 
exercido pelos órgãos superiores em relação aos órgãos 
inferiores, com o auxílio de órgãos julgadores de recursos e 
também com o auxílio de órgãos especializados (ex.: 
controle técnico de auditoria). O objetivo desse controle é: 
confirmação do ato; correção do ato; alteração do ato. 
 FUNDAMENTO DO CONTROLE (CELSO ANTÔNIO): 
-Hierárquico (controle por subordinação): escalonamento 
vertical dos órgãos – decorrência do princípio da hierarquia 
entre órgão superior e órgão inferior, tratando de caso 
típico de exercício do poder hierárquico; 
- Finalístico (controle por vinculação): controle de 
legalidade da atuação administrativa, exercendo a 
administração direta controle sobre a administração 
indireta; 
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Texto digitado
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 OS INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO 
DESSE CONTROLE SÃO: 
A) direito de petição - direito de postular aos órgãos 
públicos algum direito em decorrência da cidadania 
(previsto no artigo 5º, XXXIV, “a”, da CRFB/88). Depois de 
exercido o direito de petição, o recebimento do pedido pela 
autoridade é obrigatório. 
 b) controle ministerial - é o exercício feito pelo Ministério 
sobre os órgãos da administração pública a ele vinculado e 
sobre as pessoas da administração indireta federal (art. 19 
do decreto 200/67); 
c) fiscalização hierárquica (Celso Antônio) - esse é o 
“sistema organizacional da administração”, decorrente do 
escalonamento dos quadros da administração, onde o 
órgão superior exerce o controle sobre o órgão inferior; 
d) controle social - é o controle do poder público que é 
realizado pela sociedade. Existem vários instrumentos que 
mostram esse controle social, como por exemplo: leis de 
iniciativa popular (art. 61, §2º da CRFB/88) + EC 19/98, com 
o art. 37, §3º + ações e serviços de saúde (art. 198, III, 
CRFB/88) + participação social na seguridade social (art. 
194, VII, da CRFB/88) + consulta pública e audiência pública 
(lei 9.784/99). Esse controle social pode ser efetivado 
através de um controle natural (associações, fundações, 
sindicatos realizando o controle) ou também pode ser um 
controle institucional, exercido por órgãos (entidades) do 
poder público, que tem por escopo a defesa de interesses 
gerais da coletividade (ex.: Defensoria Pública, Ministério 
Público). 
e) instrumentos legais - a Lei Complementar 101/2.000 (Lei 
de Responsabilidade Fiscal) é um instrumento legal de 
controle dos atos; 
f) recursos administrativos lato sensu - tais recursos devem 
se sujeitar ao princípio da publicidade e também ao 
princípio do formalismo, sendo necessário também que 
haja (para que possa recorrer) o inconformismo. Aqui, resta 
lembrar, fala se apenas dos recursos administrativos, não 
dos recursos judiciais. O fundamento do recurso está no 
sistema de hierarquia orgânica, o exercício do direito de 
petição, a garantia de contraditório e de ampla defesa. Não 
há uma regra geral para os recursos. Os recursos 
administrativos dispensam advogado, e a petição já vem 
com a razão em uma peça só (não há petição de 
interposição separado das razões). 
 
 ESTUDO DOS RECURSOS EM ESPÉCIE: 
F.1) representação administrativa: o recorrente denuncia 
irregularidades, ilegalidades ou condutas abusivas dos 
órgãos e agentes públicos, tudo isso com o objetivo de 
apuração e de regularização do ato. Nesse caso, o 
recorrente pode ser qualquer pessoa, mesmo aquele que 
ainda não tenha sido afetado pela conduta abusiva – assim, 
a administração pública ao receber essa representação do 
recorrente, necessariamente instaura um processo 
administrativo, que nada mais é do que um poder dever 
que a administração pública tem de averiguar e punir os 
responsáveis por ter praticado condutas abusivas(exemplo: 
art. 74, §2º da CRFB/88; lei 4.898/65, nos artigos 3º e 4º);·. 
F.2) reclamação administrativa: prevista no decreto 
20.910/32, conceitua se como “o ato pelo qual o 
administrado, seja particular ou servidor público, deduz 
uma pretensão perante a administração pública, visando 
obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um 
ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão”. Na 
reclamação, o recorrente é o interessado direto (já na 
representação, o recorrente é qualquer pessoa, ainda que 
não afetada pelo ato). 
OBS.: CUIDADO: Não se deve confundir essa reclamação 
com a reclamação cabida ao STF em razão de ato 
administrativo contrário à orientação de súmula 
vinculante (essa última de caráter nitidamente 
jurisdicional); 
F.3) pedido de reconsideração: trata se de pedido de 
reexame da matéria pela própria autoridade que emitiu 
aquele ato, só podendo ser esse pedido ser feito uma única 
vez (assim, se for indeferido, total ou parcialmente, não 
admite uma nova postulação). Não há lei específica 
cuidando do pedido de reconsideração, embora haja alguns 
diplomas que se referem a esse recurso: lei 8.112/90; art. 
109, III, da lei 8.666/93. O prazo para esse pedido é de um 
ano (utiliza se por analogia o prazo da reclamação 
administrativa). 
F.4) revisão do processo: prevista nos artigo 174 a 182 da 
lei 8.112/90 e no artigo 65 da lei 9.784/99. A revisão nada 
mais é do que o reexame da punição (ou do servidor, ou do 
administrado) em razão da ocorrência de: um fato novo; 
circunstância que justifique a inocência; inadequação da 
penalidade aplicada. Pode a revisão do processo ser feita de 
ofício, a pedido e também a qualquer tempo. 
F.5) recurso hierárquico: 
F.5.1) recurso hierárquico próprio: é aquele recurso 
dirigido para a autoridade hierarquicamente superior 
(portanto, é um recurso interno). Esse recurso decorre da 
própria hierarquia dos órgãos, portanto, não precisa delei 
que o preveja, sendo lícito que o administrado recorra à 
autoridade superior àquela que realizou o ato que lhe 
prejudicou. Exemplos: artigos 56 a 64 da lei 9.784/99. 
F.5.2) recurso hierárquico impróprio: não decorre da 
hierarquia, uma vez que o recurso se dá para outro órgão 
que não exerce hierarquia sobre o primeiro (ex.: o dirigente 
de uma autarquia profere um ato, e há recurso para o 
Ministério em que se acha vinculado aquela autarquia): É 
NECESSÁRIO EXPRESSA PREVISÃO LEGAL!!!!! 
6.2- CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR: 
6.2.1- CONTROLE POLÍTICO: vai analisar as decisões 
administrativas sobre os aspectos da discricionariedade, ou 
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seja, da oportunidade e da conveniência ao interesse 
público. O artigo 49, X da CRFB/88, atribui como 
competência do Congresso Nacional “[...] fiscalizar e 
controlar diretamente ou por qualquer de suas casas os atos 
do Poder Executivo [...]”. O controle do Congresso Nacional 
acima prevista, do artigo 49, X, trata-se de uma hipótese de 
controle político; 
- O art. 49, V, da CRFB/88 traz a possibilidade de controle 
dos atos pelo Congresso quando os atos do Executivo 
suplantarem os limites da regulamentação; O art. 50 da 
CRFB/88 trata do poder convocatório; O art. 58, §3º trata 
das CPI´s; As aprovações e autorizações do Congresso 
Nacional para que o Executivo realiza alguns atos trata de 
mais uma forma de controle legislativo. Ex.: é preciso que o 
Congresso Nacional aprove o ato de renovação de um 
contrato de emissora de TV – o artigo 49, I, XII, XIII, XV e 
XVII traz outros exemplos de controle; O senado também 
pode exercer o controle (art. 52, III a IX da CRFB/88); 
6.2.2- CONTROLE FINANCEIRO: previsto no artigos 70 a 75 
da CRFB/88, abarca todos os poderes da República. É o 
controle realizado, principalmente, pelo TCU. Existe tanto o 
controle interno quanto o controle externo; 
- O artigo 71 da CRFB/88 diz quais são as atribuições do 
Tribunal de Contas. Seria possível ao Tribunal de Contas, 
ainda que realizando o controle financeiro, poderia ele 
realizar o controle abstrato de constitucionalidade? Não, a 
realização de controle abstrato de constitucionalidade é 
competência do STF, e o que o Tribunal de Contas pode é 
apreciar a constitucionalidade de leis e atos do poder 
público (nesse sentido: súmula 347 do STF). Seria cabível ao 
Tribunal de Contas rever uma decisão judicial transitada em 
julgado? O MS 28.150 julgado recentemente (em 2009), diz 
que não cabe ao Tribunal de Contas rever decisões 
transitadas em julgado, sob pena de violar a segurança 
jurídica e a boa fé objetiva. A lei 9.478/97, no seu artigo 67, 
prevê um procedimento simplificado de licitação para a 
Petrobrás: o STF concedeu liminar no MS 28.252 (em 
29/09/09) no sentido de que seria permitido que a 
Petrobrás utilizasse o procedimento simplificado da lei 
9.478/97, suspendendo os efeitos de um acórdão do 
Tribunal de Contas (que trazia orientação de que a 
Petrobrás deveria seguir a lei 8.666/93). 
6.3 CONTROLE JUDICIAL: 
Vigora o sistema da jurisdição única, ou seja, cabe ao 
judiciário dar a decisão final em relação ao ato; O judiciário 
pode anular os atos ilegais, havendo várias medidas para 
isso: habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, 
mandado de injunção, ação civil pública, ADI, dentre outras, 
sem prejuízo das ações ordinárias; 
 
 
 
 
CAPÍTULO 9 – LEGISLAÇÃO 
 
 
1 – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL DE 1988 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas 
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
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Parágrafo único. A República Federativa do Brasil 
buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
I – home e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou 
à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais 
de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo 
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delitoou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, independentemente 
de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a 
de cooperativas independem de autorização, sendo vedada 
a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou 
a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, 
se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida 
em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto 
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de 
financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
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a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que participarem 
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no 
País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa 
do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da 
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável 
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da 
lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o período 
de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
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LII - não será concedida extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
benssem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em 
lei; (Regulamento). 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito 
ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre 
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada 
pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, 
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável 
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou 
abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-
corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre 
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral 
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e 
"habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
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§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma 
deste parágrafo) 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal 
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e 
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 90, de 2015) 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, 
dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação 
para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, 
para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na 
remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em 
lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei 
nº 5.452, de 1943) 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordináriosuperior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do 
normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e 
do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes 
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches 
e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006) 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos 
coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da 
lei; 
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XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo 
do empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos 
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois 
anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício 
de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no 
tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador 
portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, 
a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador 
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos 
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, 
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições 
estabelecidas em lei e observada a simplificação do 
cumprimento das obrigações tributárias, principais e 
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas 
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e 
XXVIII, bem como a sua integração à previdência 
social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, 
de 2013) 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para 
a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que 
será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um 
Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e 
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive 
em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em 
se tratando de categoria profissional, será descontada em 
folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se 
filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado 
sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de 
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-
se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo 
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-
lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades 
essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis 
às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos 
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos 
empregados, é assegurada a eleição de um representante 
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os empregadores. 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, 
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não 
estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou 
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil; 
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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de 
mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois 
de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, 
de 2007) 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há mais de 
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde 
que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente 
no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os 
casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre 
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição.§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do 
brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos 
casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária 
pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 3, de 1994) 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, 
como condição para permanência em seu território ou para 
o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da 
República Federativa do Brasil. 
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil 
a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão ter símbolos próprios. 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor 
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os 
estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão 
ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
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§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente 
da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos 
mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do 
titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até 
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, 
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis 
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição. 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as 
seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá 
afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a 
inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de 
proteger a probidade administrativa, a moralidade para 
exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições 
contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante 
a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder 
econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará 
em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da 
lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja 
perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença 
transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, 
enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 
37, § 4º. 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará 
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra até um ano da data de sua 
vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, 
de 1993) 
CAPÍTULO V 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e 
extinção de partidos políticos, resguardados a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os 
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os 
seguintes preceitos: Regulamento 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros 
de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a 
estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia 
para definir sua estrutura interna, organização e 
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o 
regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade 
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, 
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos 
estabelecer normas de disciplina e fidelidade 
partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
52, de 2006) 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem 
personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus 
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do 
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na 
forma da lei. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
TÍTULO III 
Da Organização do Estado 
CAPÍTULO I 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 1º - Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, 
por lei complementar. 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
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dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, 
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências 
entre si. 
CAPÍTULO II 
DA UNIÃO 
Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe 
vierem a ser atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das 
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias 
federais de comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em 
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um 
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se 
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem 
como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes 
com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e 
as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de 
Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço 
público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 
26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 
2005) 
V - os recursos naturais da plataforma continental e 
da zona econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios 
arqueológicos e pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da 
administração direta da União, participação no resultado da 
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos 
para fins de geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, plataforma 
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou 
compensação financeira por essa exploração. 
§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros 
de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada 
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para 
defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização 
serão reguladas em lei. 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e 
participar de organizações internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - permitir, nos casos previstos em lei 
complementar, que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a 
intervenção federal; 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de 
material bélico; 
VII - emitir moeda; 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e 
fiscalizar as operações de natureza financeira, 
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem 
como as de seguros e de previdência privada; 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais 
de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social; 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo 
nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, 
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, 
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos 
serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos 
institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 8, de 15/08/95:) 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, 
concessão ou permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e 
imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, 
de 15/08/95:) 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o 
aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais 
hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura 
aeroportuária; 
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d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário 
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que 
transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual 
e internacional de passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o 
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a 
Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de 
efeito) 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia 
militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, 
bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal 
para a execução de serviços públicos, por meio de fundo 
próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de 
estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito 
nacional; 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de 
diversões públicas e de programas de rádio e televisão; 
XVII - conceder anistia; 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente 
contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as 
inundações; 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de 
recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos 
de seu uso; (Regulamento) 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento 
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos; 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o 
sistema nacional de viação; 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, 
aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de 
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a 
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus 
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional 
somente será admitida para fins pacíficos e mediante 
aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a 
comercialização e a utilização de radioisótopos para a 
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
c) sob regime de permissão, são autorizadasa 
produção, comercialização e utilização de radioisótopos de 
meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares 
independe da existência de culpa; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do 
trabalho; 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o 
exercício da atividade de garimpagem, em forma 
associativa. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar 
sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, 
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente 
perigo e em tempo de guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e 
radiodifusão; 
V - serviço postal; 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e 
garantias dos metais; 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e 
transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, 
marítima, aérea e aeroespacial; 
XI - trânsito e transporte; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e 
metalurgia; 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e 
expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e 
condições para o exercício de profissões; 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do 
Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública 
dos Territórios, bem como organização administrativa 
destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, 
de 2012) (Produção de efeito) 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de 
geologia nacionais; 
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XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da 
poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material 
bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias 
militares e corpos de bombeiros militares; 
XXII - competência da polícia federal e das polícias 
rodoviária e ferroviária federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em 
todas as modalidades, para as administrações públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 
37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa 
marítima, defesa civil e mobilização nacional; 
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar 
os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo. 
Art. 23. É competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das 
instituições democráticas e conservar o patrimônio público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção 
e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens 
de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as 
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a 
descaracterização de obras de arte e de outros bens de 
valor histórico, artístico ou cultural; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à 
educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à 
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, 
de 2015) 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição 
em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o 
abastecimento alimentar; 
IX - promover programas de construção de moradias 
e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento 
básico; 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de 
marginalização, promovendo a integração social dos setores 
desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões 
de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e 
minerais em seus territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação 
para a segurança do trânsito. 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão 
normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio 
do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, 
de 2006) 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico; 
II - orçamento; 
III - juntas comerciais; 
IV - custas dos serviços forenses; 
V - produção e consumo; 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da 
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, 
artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, 
ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, 
tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e 
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
85, de 2015) 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de 
pequenas causas; 
XI - procedimentos em matéria processual; 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
XIV - proteção e integração social das pessoas 
portadoras de deficiência; 
XV - proteção à infância e à juventude; 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das 
polícias civis. 
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§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a 
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre 
normas gerais não exclui a competência suplementar dos 
Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os 
Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas 
gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
CAPÍTULO III 
DOS ESTADOS FEDERADOS 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas 
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios 
desta Constituição. 
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências 
que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na 
forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a 
sua regulamentação.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 5, de 1995) 
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, 
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na 
forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que 
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio 
da União, Municípios ou terceiros; 
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à 
União; 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as 
da União. 
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia 
Legislativa corresponderá ao triplo da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 
trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os 
Deputados Federais acima de doze. 
§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados 
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição 
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, 
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e 
incorporação às Forças Armadas. 
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado 
por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, 
no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, 
em espécie, para os Deputados Federais, observado o que 
dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 
2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
§ 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor 
sobre seu regimento interno, polícia e serviços 
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos 
cargos. 
§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no 
processo legislativo estadual. 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-
Governador de Estado, para mandato de quatro anos, 
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro 
turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, 
se houver, do ano anterior ao do término do mandato de 
seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de 
janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o 
disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 16, de1997) 
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir 
outro cargo ou função na administração pública direta ou 
indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público 
e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.(Renumerado do 
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-
Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por 
lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que 
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
CAPÍTULO IV 
Dos Municípios 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, 
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez 
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios 
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 
respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos 
Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito 
direto e simultâneo realizado em todo o País; 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no 
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término 
do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do 
art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil 
eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, 
de1997) 
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III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de 
janeiro do ano subseqüente ao da eleição; 
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será 
observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide 
ADIN 4307) 
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 
(quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 58, de 2009) 
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 
15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) 
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
58, de 2009) 
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 
30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta 
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 58, de 2009) 
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 
50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta 
mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, 
de 2009) 
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais 
de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e 
vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional 
nº 58, de 2009) 
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais 
de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 
(cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 58, de 2009) 
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 
300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 58, de 2009) 
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes 
e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 
750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída 
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e 
de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 
1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída 
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e 
de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 
2009) 
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e 
de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 
2009) 
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 
1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) 
habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 
2009) 
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes 
e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 
2009) 
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes 
e de até2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 
2009) 
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) 
habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 
2009) 
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 
4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de 
até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 
6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 
7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
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x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída 
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) 
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos 
Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da 
Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda constitucional nº 19, de 1998) 
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas 
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a 
subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, 
observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei 
Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o 
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por 
cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil 
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados 
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 
2000) 
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil 
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos 
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 25, de 2000) 
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil 
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos 
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 25, de 2000) 
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos 
mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos 
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 25, de 2000) 
f) em Municípios de mais de quinhentos mil 
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos 
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 25, de 2000) 
VII - o total da despesa com a remuneração dos 
Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco 
por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 1, de 1992) 
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas 
opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na 
circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela 
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da 
vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta 
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na 
Constituição do respectivo Estado para os membros da 
Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela 
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de 
Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda 
Constitucional nº 1, de 1992) 
XI - organização das funções legislativas e 
fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso 
IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
XII - cooperação das associações representativas no 
planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela 
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse 
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de 
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do 
eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda 
Constitucional nº 1, de 1992) 
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos 
do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela 
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo 
Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e 
excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os 
seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita 
tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 
e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício 
anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 
2000) 
I - 7% (sete por cento) para Municípios com 
população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação 
dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 
2009) (Produção de efeito) 
II - 6% (seis por cento) para Municípios com 
população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos 
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição 
Constitucional nº 58, de 2009) 
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com 
população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 
(quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda 
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) 
para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos 
mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de 
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição 
Constitucional nº 58, de 2009) 
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com 
população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 
(oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda 
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
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VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) 
para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito 
milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda 
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta 
por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído 
o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito 
Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº25, de 
2000) 
I - efetuar repasse que supere os limites definidos 
neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 
2000) 
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; 
ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada 
na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 25, de 2000) 
§ 3o Constitui crime de responsabilidade do 
Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste 
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no 
que couber; 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua 
competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo 
da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes 
nos prazos fixados em lei; 
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a 
legislação estadual; 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse 
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter 
essencial; 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira 
da União e do Estado, programas de educação infantil e de 
ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006) 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira 
da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da 
população; 
VIII - promover, no que couber, adequado 
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle 
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-
cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora 
federal e estadual. 
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo 
Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e 
pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo 
Municipal, na forma da lei. 
§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será 
exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados 
ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas 
dos Municípios, onde houver. 
§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão 
competente sobre as contas que o Prefeito deve 
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão 
de dois terços dos membros da Câmara Municipal. 
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante 
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer 
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá 
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou 
órgãos de Contas Municipais. 
CAPÍTULO V 
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 
Seção I 
DO DISTRITO FEDERAL 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em 
Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por 
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as 
competências legislativas reservadas aos Estados e 
Municípios. 
§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-
Governador, observadas as regras do art. 77, e dos 
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e 
Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 
§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa 
aplica-se o disposto no art. 27. 
§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo 
Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do 
corpo de bombeiros militar. 
Seção II 
DOS TERRITÓRIOS 
Art. 33. A lei disporá sobre a organização 
administrativa e judiciária dos Territórios. 
§ 1º - Os Territórios poderão ser divididos em 
Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto 
no Capítulo IV deste Título. 
§ 2º - As contas do Governo do Território serão 
submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do 
Tribunal de Contas da União. 
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§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil 
habitantes, além do Governador nomeado na forma desta 
Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e 
segunda instância, membros do Ministério Público e 
defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições 
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. 
CAPÍTULO VI 
DA INTERVENÇÃO 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no 
Distrito Federal, exceto para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da 
Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem 
pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes 
nas unidades da Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação 
que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por 
mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força 
maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas 
tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou 
decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios 
constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e 
regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, 
direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante 
de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, 
nem a União nos Municípios localizados em Território 
Federal, exceto quando: 
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 
dois anos consecutivos, a dívida fundada; 
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da 
lei; 
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da 
receita municipal na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a 
representação para assegurar a observância de princípios 
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a 
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder 
Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou 
de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for 
exercida contra o Poder Judiciário; 
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão 
judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior 
Eleitoral; 
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de 
representação do Procurador-Geral da República, na 
hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de 
lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a 
amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se 
couber, nomeará o interventor, será submetido à 
apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia 
Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. 
§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso 
Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação 
extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. 
§ 3º - Nos casos

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