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MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITACOATIRA BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL Itacoatiara - AM A chuva faz a floresta 1 índice Introdução Balanço Hídrico de Bacias Florestais Interceptação da Chuva Formas de Interceptação Escoamento Escoamento Superficial Escoamento Sub-Superficial Escoamento Subterrâneo Tipos de Chuva Conclusão Referências Bibliográficas 07/12/2016 Itacoatiara - AM 2 07/12/2016 Itacoatiara - AM 3 A ciência prova que é a chuva que faz a floresta, onde tem floresta é porque chove. As árvores reciclam a chuva, o ar úmido, como se fosse um radiador. A origem da chuva está nos oceanos e não na floresta, as matas só refrigeram e mantem úmida a terra. Introdução Os cientistas que estudam há mais de 25 anos a formação de nuvens na Amazônia se deparam com esse mistério: AS GOTÍCULA DE ÁGUA PRODUZIDAS PELAS FLORESTAS SÃO INSUFICIENTES PARA PROVOCAR AS TEMPESTADES, QUE SÃO CONSTANTES NA REGIÃO. Segundo esse estudo publicado as gotículas vem do céu, de grandes altitudes. Os aerossóis que estão na atmosfera a cerca de 15 mil metros de altitude (faixa por onde voam os aviões comerciais) se somam à essas partículas vindas das árvores alimentam as nuvens da Amazônia. 3 07/12/2016 Itacoatiara - AM 4 Balanço hídrico de bacias florestadas Fig. 1: Ciclo da Água. Fonte: http://images.slideplayer.com.br Para a compreensão do ciclo hidrológico, pode-se descrevê-lo como tendo início com a evaporação das águas dos oceanos. O vapor resultante é transportado pelo movimento das massas de ar, e sob determinadas condições, é condensado, formando nuvens que por sua vez podem resultar em precipitação. A maior parte da umidade atmosférica que eventualmente precipitará em áreas continentais provém da evaporação dos oceanos. 4 Qualidade da água A presença de cobertura vegetal em bacias hidrográficas traz a regularização dos rios e a melhora na qualidade da água. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 5 Fig. 2: Bacias Hidrográficas. Fonte: http://originalmiles.com.br/ A vegetação se enraíza, retém água na superfície do solo e alimenta gradualmente o lençol freático, assim, possibilita que um rio tenha vazão regular ao longo do ano, inclusive nos períodos de estiagem. O efeito contrário acontece nas bacias sem a proteção florestal. A infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos e o escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente a calha do rio. O rápido escoamento provoca inundações. E nos períodos de estiagem o corpo de água tende a enfraquecer e pode até secar. A floresta representa muitos outros benefícios para os sistemas hídricos. Contribui, por exemplo, para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. A vegetação promove a absorção de nutrientes pelas árvores, arbustos e plantas herbáceas evitando a lixiviação excessiva dos sais minerais do solo para o rio. 5 07/12/2016 Itacoatiara - AM 6 Climatologicamente definida como sendo a capacidade que a vegetação ou outro tipo de obstáculo possuem de reter a chuva. É um processo fortemente dependente das características das precipitações, das condições climáticas, da densidade da vegetação, da estrutura e arquitetura do dossel e do comportamento fisiológico das plantas durante o ano (TUCCI, 2000). Interceptação de chuva Cabe ressaltar que, em geral, uma folha não é capaz de absorver quase nada da água interceptada em sua superfície. Que a capacidade individual de retenção foliar é correlacionada com o tamanho da folha, com sua forma e com a viscosidade da água (RUTTER, 1975). Ressaltando-se as pressões externas causadas por ação dos ventos, do tipo e freqüência das precipitações dentre outras também influenciam no teor de água retida na vegetação. A quantidade evaporada durante as chuvas intensas é desprezível em relação ao total precipitado. No entanto a água ao penetrar no solo reabastece os aquíferos subterrâneos que dependem as vazões dos cursos de água nos períodos de estiagem. 6 07/12/2016 Itacoatiara - AM 7 Pela vegetação: água que goteja ao solo; água que escoa pelo tronco; água que volta à atmosfera por evaporação direta. Formas de interceptação Fig. 3: Interceptação pela Vegetação. Fonte: http://ambiente.sp.gov.br/ Pode ocorrer de duas formas: pela copa das árvores e pelo solo. Àgua que goteja ao solo; água que escoa pelo tronco; água que volta à atmosfera por evaporação direta. 7 07/12/2016 Itacoatiara - AM 8 Pelo solo: evaporar; penetrar no solo; escoar superficialmente. Formas de interceptação Fig. 4: Interceptação pelo Solo. Fonte: http://pesca.iff.edu.br/ 07/12/2016 Itacoatiara - AM 9 Interceptação de chuva na floresta Fig. 5: Modelo do processo de interceptação da chuva por uma floresta. O modelo esquematizado na Figura permite visualizar as inter-relações entre o recebimento e a redistribuição da chuva em uma floresta. 9 A redistribuição de água no solo é o movimento da água no perfil do solo depois de cessada a infiltração e que ocorre como: Escoamento Superficial; Escoamento Sub-Superficial; Escoamento Subterrâneo; 07/12/2016 Itacoatiara - AM 10 Escoamento Acontece quando a água se precipita toma vários rumos: quando a agua cai no reservatório natural (oceano, rios, lagos) ou qnd cai na superfície terrestre infiltrando na sua própria terra, solo, e estruturass das rochas, parte absorvida pelas raízes e outra parte continua escoando solo adentro alimentando os lençóis freáticos. 10 Iniciado a partir da precipitação após a ação da interceptação pelos vegetais e/ou obstáculos, da saturação do solo e da subsequente acumulação da água nas depressões do terreno. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 11 Escoamento Superficial Abrange desde o excesso de precipitação que ocorre após uma chuva intensa e desloca livre pela superfície o terreno ate o escoamento de um rio. Importante das fases do ciclo hidrológico, uma vez que a maioria dos estudos está ligada ao aproveitamento da água superficial e à proteção contra os fenômenos provocados pelo seu deslocamento (erosão do solo, inundação, etc.). 11 07/12/2016 Itacoatiara - AM 12 Escoamento Superficial Fonte: http://image.slidesharecdn.com/ Fonte:http://http://www.meted.ucar.edu/ O ES pode ser alimentado tanto pelo excesso de precipitação como pelas aguas subterrâneas Em uma área de proteção florestal pode ocorres: Menos escoamento superficial, More storage: mais armazenamento 12 Agroclimáticos Fisiográficos; 07/12/2016 Itacoatiara - AM 13 fatores que influenciam o escoamento superficial Agroclimaticos: influenciam o escoamento superficial resultam das características de intensidade e duração da precipitação. Fator fisiografico: Quanto mas circular for uma bacia maior vai ser a tendência de concentração de agua para contribuição do escoamento superficial (características físicas da bacia, solo cobertura, relevo, umidade antecedente. 13 Ocorre nas camadas superiores do solo, é difícil de ser separado do escoamento superficial; 07/12/2016 Itacoatiara - AM 14 Escoamento sub - Superficial 07/12/2016 Itacoatiara - AM 15 Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/353609 Fonte: http://waterdropess.blogspot.com.br Escoamento sub - Superficial Oriundo do acumulo de água em aquíferos, é responsável pela alimentação do curso de água durante períodos de estiagem; 07/12/2016 Itacoatiara - AM 16 Escoamento subterrâneo 07/12/2016 Itacoatiara - AM 17 Escoamento subterrâneo Fonte: http://www.ebah.com.br Fonte: http:rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula Matas ciliares As florestas à beira dos rios e nascentes, são chamadas de matas ciliares. Essas matas desempenham o papel de filtro, o qual se situa entre as partes mais altas da bacia hidrográfica. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 18 Fig. 12: Matas Ciliares. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/ Assim como nossos cílios, as matas ciliares atuam como barreiras protegendo os rios, córregos e nascentes, impedindo que a terra desbarranque ao proteger de terra e lixo, evitando-se o chamado “assoreamento” que é a elevação da superfície. Se não houver essa proteção, fatalmente ocorrera o fim da água, pois haverá o aterramento dos rios. 18 Chuva Frontal Originada do encontro de massas de ar com diferentes características de temperatura e umidade. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 19 Tipos de chuva Dependendo do tipo de massa que avança sobre a outra, as frentes podem ser denominadas basicamente de frias e quentes. Nesse processo ocorre a “convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se sobrepondo à massa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com condensação e posterior precipitação. 19 Chuva Frontal 07/12/2016 Itacoatiara - AM 20 Tipos de chuva Fig.13 : Chuvas Frontais. Fonte: http://s4.static.brasilescola.uol.com.br/ Dependendo do tipo de massa que avança sobre a outra, as frentes podem ser denominadas basicamente de frias e quentes. Nesse processo ocorre a “convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se sobrepondo à massa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com condensação e posterior precipitação. 20 Chuva Orográfica Ocorrem em regiões onde barreiras orográficas forçam a elevação do ar úmido. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 21 Tipos de chuva Provocando convecção forçada, resultando em resfriamento adiabático e em chuva na face a barlavento. Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico 21 Chuva Orográfica 07/12/2016 Itacoatiara - AM 22 Tipos de chuva Fig. 14 : Chuvas Orográficas. Fonte: http://s4.static.brasilescola.uol.com.br/ Provocando convecção forçada, resultando em resfriamento adiabático e em chuva na face a barlavento. Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico 22 Chuva Convectiva Originada do processo de convecção livre, em que ocorre resfriamento adiabático, formando-se nuvens de grande desenvolvimento vertical. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 23 Tipos de chuva localizada, com grande variabilidade espacial Intensidade: moderada a forte, dependendo do desenvolvimento vertical da nuvem Predominância: no período da tarde/início da noite Duração: curta a média (minutos a horas) 23 Chuva Convectiva 07/12/2016 Itacoatiara - AM 24 Tipos de chuva Fig. 15: Chuva de Convecção. Fonte: http://s5.static.brasilescola.uol.com.br/ Esse tipo de chuva tem uma incidência maior em regiões de predominância do clima tropical e equatorial, chamadas de torrenciais. Geralmente as rápidas e com ocorrência de trovoes e relâmpagos. 24 07/12/2016 Itacoatiara - AM 25 Esse tipo de chuva tem uma incidência maior em regiões de predominância de clima tropical e equatorial, chamadas de torrenciais. Geralmente são rápidas e com ocorrência de trovões e relâmpagos. 25 A quantidade e a distribuição das chuvas definem o clima de uma região (seco ou úmido) e, juntamente com a temperatura do ar, define o tipo de vegetação natural que ocorre nas diferentes regiões do globo. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 26 A chuva faz a floresta 26 Conclusão O ciclo da agua é de extrema importância para manutenção da vida no planeta Terra. É através do ciclo hidrológico que ocorrem a variação climática, criação de condições para o desenvolvimento de plantas e animais e o funcionamento de rios, oceanos e lagos. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 27 Referências Bibliográficas LIMA, WALTER DE PAULA; Hidrologia Florestal Aplicada ao Manejo de Bacias Hidrográficas - Departamento de Ciências Florestais Piracicaba – São Paulo, dezembro de 2008 – Copyright. MIRANDA, RICARDO AUGUSTO CALHEIROS; OLIVEIRA, MARCUS VINICIUS SIQUEIRA; SILVA, DANIELLE FERREIRA; Ciclo Hidrológico Planetário: abordagens e conceitos – ISSN – Geo UERJ – Ano 12, v.1, nº. 21, 21, 1º semestre de 2010. 07/12/2016 Itacoatiara - AM 28 A chuva faz a floresta Manejo de bacias hidrográficas UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITACOATIRA BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL Itacoatiara - AM 29
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