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Metodologia da Economia 2013 - Aula 13

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Metodologia da Economia 
Bibliografia: 
O: Possas (1997). 
S: Colander (2000); Colander, Holt & Rosser (2004). 
C: Dequech (2008). 
Aula 13 
Ortodoxia e heterodoxia 
na economia 
contemporânea 
1 
1. Um panorama geral 
• A economia está dividida em várias correntes 
(escolas, paradigmas, PPCs, ou como se chame). 
• Uma delas, com suas diferentes variedades, é a 
que domina na academia internacional e em boa 
parte da academia brasileira. 
• Pode se dizer que essa corrente constitui a 
ortodoxia em economia (no sentido de ser a 
opinião vista como correta). 
• Os que se encontram fora dessa tradição são 
considerados heterodoxos (a opinião dissidente), 
independentemente das diferenças entre eles. 
1. Um panorama geral 
• Essa ortodoxia mantém elementos de 
continuidade, mas foi e vai mudando ao longo do 
tempo; é polêmico atribuir um nome a essa 
corrente. 
• Muitos consideram que essa escola é, ou no 
mínimo continua, a visão denominada 
neoclássica, que se originou da Revolução 
Marginalista dos anos 1870. 
• Outros, face á dificuldade de encontrar uma 
classificação, preferem se referir a ela apenas 
como o “mainstream” (a corrente principal). 
• O artigo do Mário Possas aceita esta classificação. 
 
 
2. A cheia do “mainstream” 
• De um lado, a corrente tornou-se mais caudalosa, 
aumentando sua presença na profissão. 
• De outro, invade as margens: vários temas 
considerados marginais ou intratáveis, relegados 
à heterodoxia ou ao limbo, passaram a ser 
incorporados, ganhando o status de assuntos 
sérios. 
• Segundo MP, o que caracteriza a abordagem do 
mainstream é a manutenção de: 
1. Racionalidade substantiva; 
2. Equilíbrio como norma de operação de agentes e 
mercados. 
 
3. A nova microeconomia 
• Ressurge a teoria dos jogos não cooperativos. 
• Com isso, entra o comportamento estratégico, o que 
implica em considerar decisões no tempo. 
• Também entram problemas de informação e 
coordenação. 
• Aumenta a importância dada aos oligopólios. 
• Todavia, não consegue superar os limites da incerteza 
(radical, keynesiana) e da complexidade. 
• A incerteza só pode ser considerada como informação 
incompleta, ou decisões sob risco. 
• O equilíbrio sempre exige cálculos além da capacidade 
real de processamento dos agentes. 
4. A nova macroeconomia 
• A ofensiva novo-clássica mudou a agenda da 
macroeconomia, afastando-a da visão keynesiana. 
• Hoje, mesmo os que mantêm o nome “keynesiano” 
querem dizer com isto unicamente que pensam que 
nem sempre ocorre “market clearing”. 
– Isso significa que se assume preços e salários rígidos ou de 
ajuste lento (falhas de mercado). 
– Basicamente, se introduz uma agenda micro na macro: o 
essencial são os microfundamentos. 
• O peso está na oferta agregada, invertendo o foco 
keynesiana na demanda. 
• Não são levados em consideração os problemas reais 
de uma economia com moeda não-neutra. 
5. A nova teoria do crescimento 
• O estudo das flutuações passou a ser um estudo 
de como a economia volta ao equilíbrio após 
choques exógenos. 
– Estes podem ser monetários ou tecnológicos. 
• Isto é radicalmente diferente das visões que 
veem o ciclo como um processo de desequilíbrio. 
• A teoria de crescimento endógeno continua a 
tradição dos modelos no estilo do de Solow, 
caracterizado por um viés formalista e 
antirrealista. 
• Estes modelos são denominados endógenos 
porque incorporam rendimentos crescentes do 
conhecimento (mesmo sob rendimentos 
decrescentes das pesquisas). 
5. A nova teoria do crescimento 
• Todavia, estes modelos utilizam a hipótese de 
retornos constantes, que essa mesma tradição 
tinha criticado no modelo de Harrod-Domar. 
• Continuam assumindo mercados 
perfeitamente competitivos, pois assim 
podem encontrar soluções únicas e ótimas. 
• Continuam deixando fora uma análise realista 
do progresso técnico, reduzido a um choque 
exógeno nos modelos de “Ciclo Real dos 
Negócios” (RBC). 
6. Estreitamento dos parâmetros científicos 
• A capacidade do mainstream de (re)tomar 
temas que ele antes ignorava pode ser vista 
como um mérito. 
• Todavia, a forma em que isso foi feito 
demonstrou ser cada vez mais restritiva., com 
três problemas: 
1. Formalização crescente. 
2. Importância ainda maior do equilíbrio. 
3. Otimização como norma. 
6.1 Formalização crescente 
• Esse processo inclui também a utilização 
crescente de técnicas econométricas. 
• Insistência na busca de microfundamentos 
baseados na otimização leva à procura de 
maior rigor formal. 
• Na micro, isso leva a uma maior importância da 
teoria do consumidor, e na macro ao estudo da 
otimização das decisões. 
• A preocupação com a excessiva formalização 
levantou preocupações mesmo dentro da nata 
do mainstream. 
 
6.2 O caráter axiomático do equilíbrio. 
• O equilíbrio passa a ser a solução matemática de 
um sistema de equações simultâneas. 
– O desequilíbrio é portanto uma impossibilidade: se a 
economia estivesse em desequilíbrio, os processos 
econômicos não seriam inteligíveis, pois os agentes não 
estariam sendo racionais. 
– Um exemplo é a rejeição da ideia de que possa existir 
desemprego involuntário. 
• Chega-se muitas vezes perto da tautologia: se um 
agente transacionou um bem, foi porque quis; 
logo, foi racional; logo, está no equilíbrio 
individual; mas se todos os agentes fazem isso, 
todos estão em equilíbrio; logo, todos os mercados 
estão em equilíbrio. 
6.3 otimização como norma. 
• Simon já criticou este conceito, ao se referir à 
racionalidade limitada, causada pela incerteza e 
pela complexidade cognitiva. Isso leva a 
escolhas “satisficing”. 
• Muitos no mainstream reconhecem estes 
problemas, mas insistem em que a única 
possibilidade é ignorar isto pela dificuldade de 
dar um tratamento analítico a estes assuntos.

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