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AÇÃO SOCIAL JUNTO CRIANÇA, ADOLESCENTE E TERCEIRA IDADE MÓDULO V As políticas públicas sociais se concretizam na atenção demandada, que fica demarcada pelo controle social, pela defesa intransigente de direitos e pelo financiamento nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal). Política Pública Social visitamos o art. 6º da CF/88 São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Artigo 86 da Lei 8069/1990 - A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Art. 87. Linhas de ação da política de atendimento I - políticas sociais básicas; II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de proteção social e de prevenção e redução de violações de direitos, seus agravamentos ou reincidências; III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos; V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente. VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes; VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e à adoção, especificamente inter-racial. As políticas devem trabalhar articuladas. Art. 88. São diretrizes da política de atendimento No artigo 88 fica explicitado que cada município deverá trabalhar na complexidade de sua demanda, planejando e executando as políticas necessárias para a proteção integral, sendo necessário o financiamento previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) sempre articulado com as três esferas de governo. Instituído o FMDCA – fundo municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e destes em consonância com os fundos estaduais e federal. No que se refere ao planejamento deverá estar previsto o controle social através dos conselhos; tutelar e de direitos da criança e do adolescente municipal. O primeiro com eleição pública e o segundo com representação quadripartite: representantes do governo, representantes da sociedade civil (organizações de representação, organizações de execução da política pública/privada representação das crianças e adolescentes). Efetivando o controle social pelas comissões especificadas: Medidas socioeducativas, Jovem aprendiz, proteção básica e proteção especial e grupos de trabalho para garantia de direitos, específicos, conforme demanda. O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) foi constituído e estabelecido a partir da homologação da Lei nº 80.69/90 e tem como finalidade desempenhar a missão de assegurar que os 267 artigos do ECA sejam garantidos às crianças e aos adolescentes, sem exceção. Sistema de Garantia (eixos): promoção, defesa e controle social. * PROMOÇÃO: é responsável por deliberar e controlar as políticas sociais básicas, sob a ótica da universalização dos direitos fundamentais referentes à educação, à saúde, à segurança pública, etc. Esse eixo, também, tem como responsabilidade deliberar e controlar as políticas de seguridade social (assistência social, saúde e previdência social). Principalmente a política de assistência social, que tem caráter não universal, por abranger apenas os contingentes populacionais em vulnerabilidade biopsicossocial. Serviços Assistenciais: atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população voltadas para as necessidades básicas. - O segmento infanto-juvenil que estiver em situação de vulnerabilidade biopsicossocial é público-alvo de todas as políticas. São então encaminhados para a política de assistência social, na lógica da atenção especifica demandada. - o eixo promoção também “controla” as políticas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente no que diz respeito às situações de abandonados, maus-tratos, abuso e exploração sexual, trabalho infantil, situação de rua, negligência e em caso de autor de ato infracional. Esse eixo é composto pelos conselhos setoriais de assistência social, de direitos e pelas organizações governamentais e organizações não governamentais. * DEFESA: tem como intuito responsabilizar a família, o Estado e a sociedade caso o atendimento à população infanto-juvenil seja irregular ou haja ameaças e violações nos direitos individuais ou coletivos desse segmento. - são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; III – em razão da sua própria conduta. Nesse eixo – defesa –, estão compreendidos os seguintes órgãos do poder público: • Secretaria de Segurança Pública; Ministério Público; Poder Judiciário; Centro de Defesa; Defensoria Pública; Conselho Tutelar; órgãos da sociedade civil; entidades sociais. FUNÇÃO: esses órgãos são responsáveis por perpetrar e cessar a ameaça e/ou violação dos direitos garantidos às crianças e aos adolescentes, pois suas atribuições são conduzir à solução do problema e à responsabilização do autor. * CONTROLE SOCIAL: tem como finalidade fiscalizar o cumprimento dos princípios legais garantidos pelo ECA, e, ainda, constitui-se como espaço de participação da sociedade civil representada por fóruns e por OSs – Organizações Sociais representadas pela sociedade civil. - Os atores no controle social são: • OSs; OGs; movimentos sociais da criança e do adolescente; fóruns de defesa da criança e do adolescente; as redes de serviços que atendem e atuam com esse segmento. Os três eixos (promoção, defesa e controle social), que compõem o Sistema de Garantia, atuam na missão de fazer com que as instituições: a família, o Estado e a sociedade peregrinem no caminho da Doutrina da Proteção Integral, de acordo com os direitos à população infanto-juvenil, que estão assegurados no ECA, possibilitando a efetivação desses direitos alocados nos 267 artigos da Lei nº 8.069/90. ::::: SGDCA (Sistema de Garantia) é composto por atores sociais :::: • Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda): é um órgão deliberativo e fiscalizador. Controla a política da criança e do adolescente e é responsável pela formulação de políticas públicas e pela decisão sobre a aplicação de recursos financeiros que são destinados ao cumprimento da Lei nº 8.069/90: o ECA. • Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca): é também um órgão paritário, deliberativo e fiscalizador, porém, de âmbito estadual, formado por representantes das instituições governamentais do Estado e da sociedade civil, que têm como responsabilidades avaliar e acompanhar programas socioeducativos de proteção à população infantojuvenil, além de interferir em casos de desvios. • Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA): é paritário, composto por representante do poder público municipal e da sociedade civil organizada. Tem como objetivo central garantir, priorizar e controlar o cumprimento das políticas públicas no âmbito municipal. • ConselhoTutelar (CT): é um órgão autônomo não judicial que surgiu com o ECA: é um órgão encarregado pela sociedade em geral por zelar pelo cumprimento dos direitos da população infanto-juvenil definidos nesta Lei nº 8.069/90. O CT é um órgão colegiado, composto por membros (cinco membros em cidades pequenas e cincos membros por região em cidades de médio e grande portes) escolhidos pela sociedade civil, por meio do voto direto e sigiloso. • Fundo para Infância e Adolescência (FIA): O FIA atua com verbas orçamentárias ou com arrecadação com multas por violação dos direitos da criança e do adolescente; além de poder receber doação de 1% do impacto de renda de pessoas jurídicas. • Vara da Infância e da Juventude (VIJ): é o órgão judicial que tem como finalidade encarregar-se de aplicar legalmente a Lei para que se solucionem os conflitos pautados nos direitos das crianças e dos adolescentes. Este órgão tem como função exercer por um ou mais Juízes de Direitos especializados, juntamente com uma equipe técnica, formada por assistentes sociais, psicólogos, educadores, Ministério Público, Promotoria da Infância e da Juventude e, ainda, com advogados especializados para cumprirem em equipe as garantias de direitos preconizadas no ECA. • Juiz da Infância e da Juventude: é a autoridade local que julga as causas decorrentes de ameaça e violação das normas da Lei nº 8.069/90. Com a criação do ECA, o juiz da VIJ não é a única autoridade. • Assistência Judiciária- Defensoria Pública: garante os direitos à criança e ao adolescente em relação à defesa, principalmente quando se trata de adolescentes autores de atos infracionais, a Assistência Jurídica é um serviço público que presta, por meio do defensor público ou advogado nomeado, o serviço de garantir o direito de defesa desse adolescente autor de ato infracional. • Ministério Público: é o promotor público quem zela pela efetiva importância dos direitos e das garantias às crianças e aos adolescentes, ao propor ações que serão julgadas pelo juiz da VIJ. • Segurança Pública: polícias militar e civil, que têm o dever de reconhecer e aplicar o ECA. À polícia militar cabe atuação ostensiva na preservação da garantia dos direitos da população infanto-juvenil. No caso da polícia civil, sua função é investigar a prática de atos infracionais contra as leis criminais, reunindo provas para que a justiça julgue os responsáveis e, também, fortalecer o CT, colocando-o a par da situação. Costa (2002) - nesse novo cenário, o Conselho Tutelar é um organismo-chave, que tem em sua definição a competência formal de zelar pelo cumprimento dos direitos previstos na Lei. Em cada município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para um mandato de três anos, permitida uma recondução. CONSELHO MUNICIPAL DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Ele delibera, é resolutivo, decide sobre políticas, programas e gastos; é um órgão controlador das ações do Governo e da sociedade civil no que se refere à garantia e à violação dos direitos das crianças e dos adolescentes. Desempenham um papel político, pois tem poder legal para definir, em parceria com o governo, as diretrizes das políticas públicas de promoção e defesa garantindo os direitos da criança e do adolescente e, ainda, contribuir para certificar o cumprimento legal da Lei nº 8.069/90. O Conanda contribui, também, para que as crianças e os adolescentes sejam reconhecidos como sujeitos de direitos. MÓDULO VI - Definição de família o proposto pelo Plano Nacional de Convivência familiar e comunitária A Constituição Brasileira de 1988 define “entende-se como entidade familiar a comunidade formada por qualquer um dos pais e seus descendentes” O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define como família natural “a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes”. A ênfase no vínculo de parentalidade/filiação respeita a igualdade de direitos dos filhos, independentemente de sua condição de nascimento, imprimindo grande flexibilidade na compreensão do que é a instituição familiar. “FAMÍLIA”, COM BASE SÓCIO-ANTROPOLÓGICA A família pode ser pensada como um grupo de pessoas que são unidas por laços de consanguinidade, de aliança e de afinidade. Esses laços são constituídos por representações, práticas e relações que implicam obrigações mútuas. A diferença entre “família”, como rede de vínculos, e como “domicílio” também tem um importante caráter operacional no interior de programas e serviços sociais, pois há vínculos que definem obrigações legais entre pessoas que não moram no mesmo domicílio e que são reconhecidas e se reconhecem como “família”, como no caso de crianças e adolescentes que não residem com pelo menos um de seus pais. O cotidiano das famílias é constituído por outros tipos de vínculos que pressupõem obrigações mútuas, mas não de caráter legal e sim de caráter simbólico e afetivo. São relações de apadrinhamento, amizade e vizinhança e outras correlatas. Rede Social de Apoio - diversos arranjos constituídos no cotidiano para dar conta da sobrevivência, do cuidado e da socialização de crianças e adolescentes. - as “redes sociais de apoio” são uma frente importante para o trabalho com inclusão social da família e com a proteção, defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária. - vínculos afetivos e simbólicos podem ser reconhecidos, mobilizados e orientados no sentido de prover apoio às famílias em situação de vulnerabilidade, de prestar cuidados alternativos às crianças e aos adolescentes afastados do convívio com a família de origem, e, finalmente, para tomar decisões relativas à atribuição de guarda legal e adoção. Todas as equipes das políticas públicas trabalharão na lógica da proteção integral da criança e do adolescente, mas é na política publica de assistência social, que as demandas de proteção social quando existentes fragilidades, vulnerabilidades e riscos sociais tem a oferta de serviços, programas projetos e benefícios para se efetivar direitos. PROTEÇÃO SOCIAL – SEGURANÇAS Segurança de sobrevivência - Rendimentos - garantia de que todos tenham uma forma monetária de garantir sua sobrevivência. Segurança a Acolhida - Provisão das necessidades humanas: direito à alimentação, ao vestuário, ao abrigo, próprios à vida humana em sociedade; Separação da família ou da parentela por múltiplas situações. Segurança da vivência familiar, segurança do convívio e a não aceitação de situações de reclusão ou perda das relações. SUAS Pretende: Incluir os invisíveis, do individual para o coletivo, as diferenças e os diferentes, as disparidades e as desigualdades. Tem como visão: Visão social de proteção, conhecer riscos e possibilidades de enfrentar; Visão social capaz de captar diferenças sociais, macro e micro; Visão social das necessidades e de desejo de superação; Visão social capaz de identificar forças. Foca na Territorialidade – a proteção social exige a capacidade de maior aproximação possível do cotidiano da vida das pessoas, pois é nele que riscos, vulnerabilidades se constituem. OBJETIVOS Prover serviços, programas e benefícios de proteção social básica e especial para famílias, indivíduos e grupos. Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural. Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família e que garantam a convivência familiar e comunitária. ORGANIZAÇÃO VIGILÂNCIA SOCIAL - sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre as famílias/pessoas nos diferentes ciclos de vida. Os indicadores devem mensurar no território as situações de riscos sociais e violação de direitos. PROTEÇÃO SOCIAL – Segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia; Segurança de convívio ou vivência familiar – restabelecimento de vínculos pessoais, com oferta de serviços socioeducativos; Segurança de Acolhida – proteger e recuperar situações de abandono e isolamento. DEFESA SOCIAL E INSTITUCIONAL – a proteção básica e especial deve garantir aos usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa. Direitos Direito ao atendimento digno, sem procedimentos vexatórios e coercitivos. Direito ao tempo em acessar serviços com reduzida espera. Direito à informação, sobretudo aqueles com barreiras culturais, de leitura, de limitações. Direito do usuário à oferta qualificada de serviços. Direito de convivência familiar e comunitária. A garantia de rede de serviços socioassistenciais e intersetoriais – evita a superposição paralelismo de ações, entidades, órgãos, dispersão de recursos humanos, materiais e financeiros. Para cumprir com suas demandas a política de assistência social se organiza em três níveis de proteção (básica e especial) – BÁSICA, MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE. A assistência social tem por objetivos: - proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos (à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, emprego). A garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; - vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos. - defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA: Prevenir situação de risco por meio do desenvolvimento de potencialidade e aquisições, fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Serviços de Proteção Social Básica: a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas. SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA – PAIF Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. O trabalho social do PAIF deve utilizar-se também de ações nas áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar universo informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do serviço. Tem por princípios norteadores a universalidade e gratuidade de atendimento, cabendo exclusivamente à esfera estatal sua implementação. Serviço ofertado necessariamente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Usuários/Sujeitos Sociais Dessa Política: Famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou nulo acesso aos serviços públicos, da fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade e/ou qualquer outra situação de vulnerabilidade e risco social. Famílias beneficiárias de programas de transferência de renda e benefícios assistenciais; Famílias em situação de vulnerabilidade em decorrência de dificuldades vivenciadas por algum de seus membros; Pessoas com deficiência e/ou pessoas idosas que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social. Trabalho social realizado nessa proteção: Acolhida; estudo social; visita domiciliar; orientação e encaminhamentos; grupos de famílias; acompanhamento familiar; atividades comunitárias; campanhas socioeducativas; informação, comunicação e defesa de direitos; promoção ao acesso à documentação pessoal; mobilização e fortalecimento de redes sociais de apoio; desenvolvimento do convívio familiar e comunitário; mobilização para a cidadania; conhecimento do território; cadastramento socioeconômico; elaboração de relatórios e/ou prontuários; notificação da ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social; busca ativa. SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS Serviço realizado em grupos de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertencimento e de identidade. Possui caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social.. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E IDOSAS. O serviço tem por finalidade a prevenção de agravos que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa a garantia de direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a inclusão social, a equiparação de oportunidades e a participação e o desenvolvimento da autonomia das pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades individuais e sociais, prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento. A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE Tem por objetivo, contribuir para reconstrução de vínculos familiares e comunitários, fortalecer potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de risco pessoal e social, por violação de direitos. A Proteção Social é classificada em dois tipos: Proteção Social Especial de Média Complexidade Destinatários: Famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos. Proteção Social Especial de Alta Complexidade Destinatários: Famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário. SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE: a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); b) Serviço Especializado em Abordagem Social c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias; e) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. CREAS – CENTRO DE REFERENCIAL ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL o CREAS é uma unidade pública estatal, de abrangência municipal ou regional, referência para a oferta de trabalho social a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos, que demandam intervenções especializadas no âmbito do SUAS. Serviço PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famíliase Indivíduos - DESCRIÇÃO: Serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de violação de direitos, conforme público alvo específico. - COMPREENDE: atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento das famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam e ou as submetem a situações de risco pessoal e social. Objetivos da atenção ofertada pelos Serviços do CREAS Ao fortalecimento da função protetiva da família; À interrupção de padrões de relacionamento familiares e comunitários com violação de direitos; À potencialização dos recursos para a superação da situação vivenciada e reconstrução de relacionamentos Ao acesso das famílias e indivíduos a direitos socioassistenciais e à rede de proteção social; Ao exercício do protagonismo e da participação social; À prevenção de agravamentos e da institucionalização. - SINASE – SISTEMA NACIONAL DE MEDIAS SOCIOEDUCATIVAS: O ECA em seus artigos busca soluções que viabilizem, de fato, garantir o direito dos adolescentes infratores e, ainda, responsabilizá-los pelos atos cometidos sem deixar de vê-los como cidadãos de direitos. Adolescentes autores de atos infracionais teriam uma oportunidade de desenvolvimento e de reconstrução de seu projeto de vida, idealizado pelo (Sinase). Dessa forma, “esses direitos estabelecidos em lei devem repercutir diretamente na materialização de políticas públicas e sociais que incluam o adolescente em conflito com a lei”. SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE: Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes modalidades: - abrigo institucional; - Casa-Lar; - Casa de Passagem; - Residência Inclusiva. b) Serviço de Acolhimento em República; c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências. MÓDULO VII Política Nacional do Idoso >> objetivo regulamentar sua finalidade, seus princípios e suas diretrizes, isto é, direcionar as competências aos órgãos públicos nas áreas de: educação, assistência social, saúde, trabalho e previdência, habitação e urbanismo, cultura e lazer. Lei nº 10.741 – 2003, 1º de outubro, nasce o Estatuto do Idoso. Garantir os direitos e os deveres e por objetivo o intuito de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos com mais de sessenta anos. ESTA TRÍADE: SOCIEDADE, ESTADO E FAMÍLIA, tem o dever de assegurar os direitos dos idosos, garantindo sua participação na comunidade e defendendo sua dignidade, sua vida e seu bem-estar, por meio dessa política, sem sofrer nenhuma discriminação. Pois o Estatuto do Idoso em seu objetivo promove a inclusão social da pessoa idosa — com mais de sessenta anos — e a garantia de direitos enquanto cidadãos brasileiros. O Estatuto do Idoso veio para instituir penas mais severas para quem desrespeitar ou abandonar o cidadão idoso e garantir à pessoa idosa seus direitos. Inspirado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o ESTATUTO DO IDOSO COMPREENDE QUATRO EIXOS RELATIVOS aos Direitos Fundamentais, que fortalecem o direito do cidadão idoso, que são: • Medidas de proteção ao idoso que se encontrar em situação de risco pessoal, como também risco social. • Política de atendimento ao idoso, por meio de regulamentação e do controle das entidades de atendimento à pessoa idosa. • Acesso à justiça, ofertando prioridade à pessoa idosa nos trâmites judiciais; competência do Ministério Público na defesa da pessoa idosa. • Do crime em suas naturezas, que institui penas para condutas nocivas aos direitos da pessoa idosa, bem como a promoção do aumento da pena se a vítima for uma pessoa idosa. DIREITOS FUNDAMENTAIS • DIREITO À VIDA: diz respeito ao direito do idoso de envelhecer com saúde, sendo do estado a obrigação de protegê-lo, por meio de políticas sociais públicas e de responsabilidade da família e da sociedade. • DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE: diz respeito à liberdade de ir e vir, de opinião e expressão, de crença e culto religioso, de práticas esportivas e de lazer, de participação na vida familiar e comunitária, de participação na vida política e a liberdade de buscar refúgio, auxílio e orientação. • DIREITO AO ALIMENTO: diz respeito à prestação de alimentos, apontando que é obrigação da família prover alimentação à pessoa idosa e, quando não dispuser de meios para provê-los, fica sob a responsabilidade do Estado no âmbito da política de assistência social. • DIREITO À SAÚDE: o direito à saúde da pessoa idosa deve ser integral, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no que diz respeito ao tratamento, prevenção de doenças; oferta de atendimento gerontológico e geriátrico em ambulatórios e em domicílio para a pessoa idosa que não puder se locomover; fornecimento de medicamentos de uso continuado gratuitos, órteses e próteses. • DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER: este item refere-se ao acesso que a pessoa idosa tem à educação, com currículos, metodologia e materiais didáticos adequados e de acordo com os programas educacionais ao idoso; e, ainda, a criação de universidades abertas para a pessoa idosa; publicação de livros e periódicos em padrão que facilite a leitura desse segmento. Quanto ao acesso da pessoa idosa à cultura, ao esporte e ao lazer, este item é categórico ao informar que as pessoas idosas têm 50% de desconto nos ingressos. • DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E AO TRABALHO: este item refere-se ao respeito às condições físicas e psíquicas da pessoa idosa para a atividade laboral e profissional, sendo vedada a discriminação quanto à idade, ressalvo nos casos excepcionais. Em concursos públicos, a idade será um critério para desempate; preparação para a aposentadoria “com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania”. • DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL: este item dos Direitos Fundamentais do Estatuto do Idoso diz respeito aos critérios de reajuste, preservando o valor real dos benefícios da aposentadoria e da pensão. • DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL: este item expõe sobre o direito a Benefícios de Prestação Continuada, da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário- mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção. • DIREITO À HABITAÇÃO: refere-se ao idoso ter uma moradia digna, em companhia de sua família; ou, em casos de abrigamento, que este se instale em instituições de assistência social, que respondam aos critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). • DIREITO AO TRANSPORTE: diz respeito à gratuidade nos transportes públicos e 10% de reservas dos assentos; e reserva de 2 vagas gratuitas, nos transportes coletivos interestaduais para o idoso que comprovar renda igual ou inferior a 2 salários mínimos. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a Lei Orgânica da Saúde (LOS) - “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de: I – cadastramento da população idosa em base territorial; II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios; III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologiasocial; IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover. V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde. § 2º Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento. § 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade. § 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei. POLÍTICA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL O Estado, as leis e a previdência social têm por obrigação garantir os direitos sociais à pessoa idosa e a aposentadoria prevista no sistema previdenciário, que é uma forma de idealizar uma velhice digna. LEI Nº 3.807, DE 26 DE AGOSTO DE 1960, DENOMINADA LEI ORGÂNICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (LOPS) A Lops apresenta e garante os benefícios às pessoas idosas, como, por exemplo, a aposentadoria, aos idosos do sexo masculino com 65 anos e do sexo feminino com 60 anos, tratando-se de aposentadoria por idade. O serviço social previdenciário atua::::: • esclarecer as pessoas idosas sobre seus direitos previdenciários e sobre os meios de exercê-los; • priorizar o atendimento às pessoas idosas, propondo a manutenção dos benefícios e a habilitação, o setor de informação, exames médicos e serviço social; • estimular a criação e a manutenção de programas que preparam trabalhadores para a aposentadoria, por meio de assessoria às empresas privadas, ONGs e OGs. • atender, prioritariamente, as pessoas idosas, que estão para se aposentar nos postos de seguro social. POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL A Política Nacional de Assistência Social (Pnas) contempla que a pessoa idosa deve ser atendida como membro familiar e que dela deve receber a atenção devida. Isto é, a pessoa idosa é vista como membro de matriz familiar. PNAS atende sua população usuária, inclusive a pessoa idosa, em equipamentos descentralizados da assistência social, o que é acordado pela organização do Sistema Único da Assistência Social (SUAS): O CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS): porta de entrada da população usuária da rede de proteção social básica. Viabiliza ações da política por meio de intervenções de prevenção, ofertando serviços à família e sua matricialidade. CRAS > ASSISTENTE SOCIAL > visa à promoção e à emancipação social das famílias atendidas e acompanhadas, na conquista da cidadania, em especial, para a pessoa idosa. CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS): atende a população usuária por meio de serviços especializados e continuados a indivíduos, famílias em sua matricialidade, inclusive os idosos que tiveram seus direitos violados. No CREAS as ações são articuladas com o CRAS e demais instituições e têm estreita interface com o Sistema de Garantia de Direitos e neste espaço os profissionais, inclusive o assistente social, devem ofertar atenção especializada, apoio e orientação a indivíduos e suas respectivas famílias, incluindo nesse cenário a pessoa idosa. CREAS Acolhida; escuta; Estudo social; Diagnóstico socioeconômico; Monitoramento e avaliação do serviço; Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais; Construção de plano individual e/ou familiar de atendimento; Orientação sócio-familiar; Atendimento psicossocial; Orientação jurídico-social; Referência e contrarreferência; Informação, Comunicação e defesa de direitos; Apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) Serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio Para Pessoas Com Deficiência e Idosas Deve contribuir com a promoção do acesso de pessoas com deficiência e pessoas idosas aos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e a toda a rede socioassistencial, aos serviços de outras políticas públicas; Desenvolve ações extensivas aos familiares, de apoio, informação, orientação e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, exercício da cidadania e inclusão na vida social, sempre ressaltando o caráter preventivo do serviço. Os serviços têm por princípios norteadores a universalidade e gratuidade de atendimento, cabendo exclusivamente à esfera estatal sua implementação, Serviço ofertado necessariamente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Todos os serviços da proteção social básica, desenvolvidos no território de abrangência do CRAS, em especial os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, bem como o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, devem ser a ele referenciados e manter articulação com o PAIF. Na PNAS (2004) e na NOB (2005), a Proteção Social Básica está referida a ações preventivas, que reforçam a convivência, socialização, acolhimento e inserção, e possuem um caráter mais genérico e voltado prioritariamente para a família; e visa desenvolver potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares. SUAS Sistema Único de Assistência Social é o modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar as ações de assistência social. A indicação do SUAS é de que as ações socioassistenciais de proteção social básica serão realizadas, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). CREAS X CRAS O CRAS faz parte da rede de atenção básica. Nele são feitas as ofertas de serviços de proteção como: gestão de benefícios, acompanhamento sociofamiliar, a atenção às famílias com idosos ou pessoas com deficiência, a articulação com a rede local e com as demais políticas. O Cras é o primeiro serviço onde uma família, ou indivíduo em situação de necessidade pode procurar proteção. Na rede de proteção especial os serviços mais importantes estão no CREAS. Nele são atendidas aquelas famílias que tem agravos de vulnerabilidade, aqueles indivíduos ou famílias, que perderam o vínculo familiar, estão em situação de violência e pessoas que, de algum modo, além da condição de vulnerabilidade também perderam direitos. SCFV – SERVIÇO DE CONVIVENCIA E FORTALECIMENTO DE VINCULOS Complementa o trabalho social com famílias realizado pelo PAIF e PAEFI. O SCFV organiza-se em grupos, de modo a ampliar as trocas culturais e de vivências entre os usuários, assim como desenvolver o seu sentimento de pertença e de identidade. Serviços de Proteção Social Básica e Especial destinados às pessoas com deficiência e suas famílias devem contribuir para consecução dos seguintes objetivos: * Promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência e idosas com dependência, seus cuidadores e suas famílias. * Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários do serviço, assegurando o direito à convivência familiar e comunitária. * Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e outros serviços socioassistenciais. * Promover apoio às famílias na tarefa de cuidar, diminuindo a sua sobrecarga de trabalho e utilizando meios de comunicar e cuidar que visem à autonomia dos envolvidos e não somente cuidadosde manutenção. * Acompanhar o deslocamento, viabilizar o desenvolvimento do usuário e o acesso a serviços básicos, tais como: bancos, mercados, farmácias, etc., conforme necessidades. * Prevenir situações de sobrecarga e desgaste de vínculos provenientes da relação de prestação/demanda de cuidados permanentes/prolongados. SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA PESSOAS IDOSAS Deve funcionar em unidade inserida na comunidade, com características residenciais e estrutura física adequada, visando o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente familiar e a interação social com pessoas da comunidade. A natureza do acolhimento poderá ser provisória e, excepcionalmente, de longa permanência, quando esgotadas todas as possibilidades de autocuidado e convívio com familiares. Este serviço está vinculado a Coordenadoria de Proteção Social Especial de Alta Complexidade para População de Rua Adulto/Idoso. ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso) Entende-se ILPI como uma residência coletiva, que atende tanto idosos independentes em situação de carência de renda e/ou de família quanto aqueles com dificuldades para o desempenho das atividades diárias, que necessitem de cuidados prolongados. MODULO VIII O adulto com a integridade do ego experimenta a sensação de paz, de estar no controle da vida e mantém um sentido de dignidade; do contrário, a pessoa sente que a vida foi uma sucessão de fracassos, torna-se infeliz e tem como resultado o desespero. Isso é proeminente no caso das pessoas idosas, que já enfrentam no decorrer de sua vivência muitos problemas psicossociais. Seis tarefas de desenvolvimento como necessárias para uma vida idosa bem-sucedida • declínio da saúde e da força física; • aposentadoria e renda baixa; • morte do(a) companheiro(a); • mudanças de papéis; • estabelecimento de associações com outros da mesma faixa etária; • manutenção de acerto de vida satisfatório. Buscam-se profissionais para atuar no estímulo às habilidades e potencialidades dos idosos, para que estes tenham como meta a autonomia e a autoestima, possibilitando a esse segmento a convivência sociofamiliar. O profissional deve ser capaz de realizar uma leitura crítica e analítica do conjunto local, regional e nacional, tendo como referência as políticas públicas e a legislação social. O PROFISSIONAL DEVE ATUAR NO CAMPO DE ATENDIMENTO À POPULAÇÃO IDOSA NAS ÁREAS DA SAÚDE, ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA. Hospitais, da rede pública e privada, Organizações não governamentais, organizações governamentais, Previdência, postos de saúde, Instituições de abrigo protetivo. Família AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL O assistente social, para realizar as ações práticas no cuidado para com a pessoa idosa, parte da avaliação psicossocial, que é o componente inicial e essencial ao plano de intervenção. Os componentes da avaliação psicossocial da pessoa idosa são: • Capacidade cognitiva ou mental: determinação de seu grau de orientação, estado de alerta e memória para fatos passados, fatos recentes e memória imediata. Avaliação da capacidade de ler e seguir orientações para tomada de decisão. • Estado emocional e afetivo: caracteriza-se pela aferição dos sentimentos sobre a vida em geral: O idoso sente-se feliz, gosta de viver e está satisfeito com o modo de vida que leva. • Papéis atuais e mudança de papéis: refere-se ao conhecimento: dos papéis que representou ao longo da vida e dos que representa atualmente; das modificações na vida socioeconômica; das perdas que teve e os reflexos nas emoções. • Mecanismo de enfrentamento: entendimento de como a pessoa lida com os problemas. • Situação financeira e de seguridade: levantamento de seguridade social: a pessoa está amparada pela previdência social e/ou tem outros rendimentos. • Relação familiar: levantamento tanto dos aspectos interfamiliares quanto dos cuidados econômicos, afetivos e de proteção em geral. • Capacidade social: mensuração da capacidade de socialização em resposta às questões: Vive sozinha, com a família ou com outras pessoas? O que faz para se divertir? Como descreve seu cotidiano? • Ambiente comunitário: levantamento dos recursos existentes na comunidade que o idoso conhece e da capacidade desses recursos de atender às suas demandas. O propósito da coleta de informações é ter recursos para o assistente social conhecer aspectos da personalidade, como emoções, padrões sociais e capacidades cognitivas da pessoa idosa, as quais podem também determinar suas relações no ambiente social. CUIDADOR/A O cuidador de uma pessoa com deficiência deve estar capacitado ou se dispor a ser capacitado para que ele não tire a autonomia da pessoa e sim a fortaleça e auxilie em suas tarefas cotidianas. O cuidador tem que vislumbrar sua capacidade de ver além do olhar, ele tem que perceber, sentir, interpretar, e contextualizar as emoções da pessoa com deficiência e estabelecer uma relação onde ele não limite a pessoa que está sob seus cuidados. IDADE SOCIAL A idade social é definida pela obtenção de hábitos e status social pelo indivíduo para o preenchimento de muitos papéis sociais ou expectativas em relação às pessoas de sua idade, em sua cultura e em seu grupo social. Um indivíduo pode ser mais velho ou mais jovem dependendo de como ele se comporta dentro de uma classificação esperada para sua idade em uma sociedade ou cultura particular.
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