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* Álvaro Mariano * Direito Empresarial Prof. Dr. Rogério Mayer Álvaro Mariano Álvaro Mariano PARTE GERAL História do Direito Comercial Teoria da empresa Empresário “individual” Microempresa e empresa de pequeno porte Estabelecimento Registro público das empresas mercantis Nome empresarial Escrituração e balanços Álvaro Mariano HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL TEORIA DA EMPRESA EMPRESÁRIO Álvaro Mariano História do Direito Comercial Matéria comercial: conteúdo variado ao longo da história (T. Ascarelli: “categoria histórica” ) Fases: 1ª Fase (subjetiva): as corporações de mercadores 2ª Fase (objetiva): os atos de comércio. 3ª Fase (subjetiva moderna): a empresa. Direito Comercial no Brasil Código Comercial de 1850: sistema objetivo misto Código Civil de 2002: sistema subjetivo moderno Questão: unificação do direito privado Álvaro Mariano PERFIS DA EMPRESA a-) perfil objetivo: empresa é estabelecimento b-) perfil subjetivo: empresa identifica-se com o empresário c-) perfil corporativo: é o conjunto formado pelos trabalhadores (recursos humanos) d-) perfil funcional: atividade econômica organizada, para a produção e circulação de bens e serviços Álvaro Mariano Teoria da Empresa e o Empresário Código Civil italiano de 1942 Código Civil brasileiro de 2002 Art. 966, caput: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Definição de empresário individual e parâmetro para sociedade empresária (art. 982 c/c art. 967) Álvaro Mariano Empresário - requisitos Atividade econômica Atividade: conjunto coordenado de atos exercidos para determinada finalidade Ato x atividade: Vícios: nulidade/anulabilidade x irregularidade Proteção: do sujeito x de terceiros Econômica: a finalidade é a criação de utilidades (bens ou serviços) patrimonialmente valoráveis e voltadas para o mercado Álvaro Mariano * Empresário - requisitos Organizada Racionalização dos fatores de produção (bens capital e trabalho) Profissionalmente Habitualidade Finalidade lucrativa O lucro não é requisito! Risco Álvaro Mariano * Atividades não-empresariais Exceções ao regime empresarial: Atividade intelectual CC: art. 966, p. único, 1ª parte: “Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” Exceção da exceção: art. 966, p. único, 2ª parte (elemento de empresa) Atividade rural: art. 971 (a contrario sensu) Álvaro Mariano * * Capacidade para ser empresário Capacidade civil Implemento de idade ou outra forma de cessação de incapacidade (art. 5º) Ausência de impedimento Ex.: parlamentares (CR: art. 54, II, “a”), servidores públicos (Lei 8.112/90: art. 117, X), magistrados (LOMAN: art. 36, I), membros do MP (Lei 8.625/93: art. 44, III), falidos (LREF: art. 158) Art. 973: responsabilidade pelas obrigações contraídas por impedidos de exercer empresa Álvaro Mariano * Incapaz autorizado a exercer empresa Incapaz não pode iniciar empresa Pode continuá-la (arts. 974 e 975), nas hipóteses: Interdição (perda superveniente da capacidade civil pelo empresário) Sucessão (recebimento de herança pelo não-empresário) Álvaro Mariano * Incapaz autorizado a exercer empresa Requisitos Autorização judicial Exame prévio de (i) conveniência e (ii) circunstâncias e risco da empresa Exercício da empresa por representante ou assistente Gerente é nomeado: Se impedido o representante/assistente (c/ autorização judicial) Sempre que o juiz entender conveniente Subsiste a responsabilidade do representante/assistente Álvaro Mariano * Incapaz autorizado a exercer empresa A autorização é revogável a qualquer tempo pelo juiz, ouvidos os envolvidos (pais, tutores ou representantes legais) São respeitados os direitos de terceiros Autorização e sua revogação (e a emancipação) são inscritas ou averbadas no Registro de Empresas Álvaro Mariano * Limitação da responsabilidade do menor autorizado a exercer empresa Regra geral: o patrimônio responde pelas obrigações do titular (CC: art. 391 e CPC: art. 591) Incapaz autorizado: Não respondem os bens “particulares” existentes ao tempo da interdição/sucessão Respondem os bens do estabelecimento e os particulares posteriores à autorização Álvaro Mariano * Empresário casado A alienação ou oneração real de bem imóvel de pessoa casada: depende de outorga conjugal (salvo regime de separação absoluta – art. 1.647, I) Se empresário, o cônjuge pode alienar/onerar bem imóvel integrante do “patrimônio da empresa” sem outorga (art. 978) Observações: união estável, “patrimônio” (?) e outros atos (aval, fiança...) Álvaro Mariano * Empresário rural Atividade rural: é não-empresária Inscrição facultativa perante o Registro e Empresa, se: Principal profissão Se atendidos os requisitos (capacidade civil + ausência de impedimento) Inscrição de natureza constitutiva Torna-se empresário para todos os fins Álvaro Mariano * * Deveres do empresário Inscrição perante o Registro Público das Empresas Mercantis e Afins (Lei 8.934/94; CC: arts. 967 e 1.150-1.157) Escrituração contábil Levantamento anual de balanços patrimonial e de resultados (art. 1.179) Álvaro Mariano MICROEMPRESÁRIO E EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE * Álvaro Mariano * Microempresa e Empresa de pequeno porte (ME/EPP) CR: art. 170, IX, e art. 179 LC 123/06 Revogou as leis 9.317/96 e 9.841/99 Requisitos: Empresários, sociedades empresárias e sociedades simples Receita bruta anual: ME ≤ R$240 mil EPP R$240 mil < x ≤ R$2,4 milhões Pode ser reajustado pelo Comitê Gestor de Tributação das ME/EPP do MF. Álvaro Mariano * ME/EPP Restrições: Não pode participar de outra PJ nem ter PJ em seu capital social Não pode ser desmembramento de outra PJ nos últimos 5 anos Sócio da ME/EPP não pode participar de outra PJ nem ser administrador, salvo se a receita bruta anual for inferior ao teto da lei Álvaro Mariano * ME/EPP Tratamento favorecido Tributário: SIMPLES Administrativo: Alvará de funcionamento Licitações (empate com propostas até 5% ou 10% superior, conforme o caso) Acesso à Justiça: Uso dos JECs/JEFs Representação na JT com preposto sem vículos Regras societárias favorecidas e dispensa de publicações Procedimento especial de recuperação de empresa (LREF) Álvaro Mariano * ME/EPP Tratamento favorecido Tributário: SIMPLES Administrativo: Alvará de funcionamento Licitações (empate com propostas até 5% ou 10% superior, conforme o caso) Acesso à Justiça: Uso dos JECs/JEFs Representação na JT com preposto sem vículos Regras societárias favorecidas e dispensa de publicações Procedimento especial de recuperação de empresa (LREF) Álvaro Mariano * ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Álvaro Mariano * Estabelecimento empresarial (Patrimônio) Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Álvaro Mariano * Conceito e natureza jurídica Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. “pluralidade de bens” “destinação unitária” relação de pertinência (≠ propriedade) Álvaro Mariano * Estabelecimento empresarial Natureza jurídica: universalidade de fato (art. 90) CONSEQUÊNCIA: pode ser objeto de direito (art. 90, p. único, e art. 1.143) Bem móvel (discussão doutrinária) Nomenclatura: casa de comércio, fazenda mercantil, fundo de empresa, fundo de comércio etc. Álvaro Mariano Estabelecimento empresarial Estabelecimento ≠ patrimônio (‘patrimônio aziendal’) Estabelecimento ≠ local Relevância do local da instalação do estabelecimento: Ação renovatória: proteção ao ‘ponto’ Domicílio da pessoa jurídica (CC: 75, § 1º) Legislação concursal (LREF: 3º) Legislação trabalhista Sucessão, jus variandi (transferência) etc. * Álvaro Mariano Estabelecimento empresarial Estabelecimento na legislação tributária Sucessão tributária (CTN: 133): não é local Lei do ICMS: é local LC 87/96:“§ 3º Para efeito desta Lei Complementar, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte: (...).” Estabelecimento ‘virtual’? Ação renovatória? Estabelecimento secundário Agências, filiais, sucursais Registros e averbações * Álvaro Mariano Estabelecimento empresarial Elementos ≠ atributos Bens (ativo e não passivo): Bens materiais: maquinário, utensílios, estoque, matéria prima Bens imateriais e direitos: título de estabelecimento, marca, crédito, know how, Bens imóveis Discussão doutrinária Não são elementos: Atributos (aviamento e clientela) Contratos Débitos * Álvaro Mariano * * Bens do estabelecimento Destinação unitária: vinculação funcional (complementaridade econômica dos bens) “Propriedade pertinência” Art. 90: “...pertinentes...” Bens singulares não perdem a individualidade Art. 90, p. único Ex.: transmissão de bens imóveis, de registro (administrativo: Detran, INPI, etc.) Álvaro Mariano Estabelecimento empresarial Atributo = qualidade Tem repercussão patrimonial, mas... Não é possível sua ‘individualização’ (como os bens) Não têm existência própria (independente da universalidade) Ilustração: fertilidade do solo Atributos: AVIAMENTO CLIENTELA * Álvaro Mariano Atributos (I): aviamento Nomenclatura fundo de comércio, fundo de empresa, goodwill Conceito: aptidão de produzir lucros sobrevalor da universalidade (conjunto) em relação à soma dos seus bens integrantes Aviamento subjetivo objetivo * Álvaro Mariano Importância: Avaliação de estabelecimento Apuração de haveres em dissolução de sociedade Indenização por desapropriação pelo Poder Público Reconhecimento contábil CC: 1.187, p. único, III: o adquirente de estabelecimento pode incluir o aviamento em seu ativo, desde que o amortize periodicamente * Atributos (I): aviamento Álvaro Mariano Atributos (I): aviamento TJGO/2007: I - O estabelecimento empresarial e o “fundo de comércio” ou “fundo de empresa” não são a mesma coisa, haja vista que o primeiro é o conjunto de bens que o empresário reúne para explorar uma atividade econômica e o segundo é o valor agregado ao referido conjunto, em razão da mesma atividade. (V) II – A proteção jurídica conferida ao empresário, no sentido de não se ver tolhido da clientela conquistada, em razão de condutas condenáveis de seus concorrentes, decorre do fato de ser a clientela um dos elementos materiais do estabelecimento empresarial, cuja proteção jurídica funda-se no denominado “direito à clientela”. (F) III – Se caracterizada a locação empresarial e proposta a ação renovatória dentro do prazo, o locatário terá, em determinadas situações, direito à indenização pela perda do ponto, caso o locador obtenha a retomada do imóvel.(V) IV – O contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial denomina-se trespasse, o qual não se confunde com a cessão de quotas sociais de sociedade limitada ou a alienação de controle de SA.(V) * Álvaro Mariano * Atributos (II): clientela Clientela Conjunto habitual de pessoas que se servem do mesmo estabelecimento empresarial Âmbitos de proteção Concorrência desleal: ilícito civil e penal (arts. 195 a 210 da Lei 9.279/96) Hipótese de transferência do estabelecimento (art. 1.147) Ação renovatória Obs.: freguesia Álvaro Mariano * Negócios jurídicos Art. 1.143: Negócios translativos e negócios constitutivos Titularidade (“propriedade dinâmica”, “propriedade-pertinência”) Exploração (“titularidade secundária”, “desfrute”) Art. 1.144: Efeitos perante terceiros Averbação + publicação na imprensa oficial Álvaro Mariano * Insolvência do alienante Art. 1.145: se não restarem ao alienante bens suficientes ao pagamento do passivo, a eficácia do negócio fica condicionada a: Ou pagamento dos credores Ou consentimento deles Expresso Tácito (silêncio após 30 dias da notificação) Lei 11.101/05: art. 94, III, “c” (ato de falência) e art. 129, VI (atos ineficazes pré-falimentares) Álvaro Mariano * Débitos Não integram o estabelecimento Não são bens! Responsabilidade: Do adquirente, se contabilizados; Solidária do alienante, por 1 ano, a contar: Da publicação na imprensa oficial, se vencidos; Do vencimento, se vincendos Solidariedade: arts. 264-266 e 275-285 Não existe benefício de ordem! Álvaro Mariano Débitos Débitos relativos ao estabelecimento Verificados pela contabilidade Decorre de lei e indeclinável Independe de vontade das partes (alienante/adquirente) Pacto entre as partes não é oposto a terceiros Apenas direito de regresso Independe de consentimento do credor Bastam publicidade + publicação Diferente da assunção de dívida da Parte Geral do CC (229-303): Requer manifestação de vontade das partes (devedor primitivo e terceiro) Requer consentimento expresso do credor E para cada dívida! O silêncio é recusa! (229, p. único) O devedor primitivo se exonera (salvo se o terceiro era insolvente e o credor ignorava) Álvaro Mariano Débitos Regras especiais: Dívidas trabalhistas: CLT: “Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados ” Dívidas tributárias: CTN: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Independe de contabilização Discussão sobre a sucessão de multas Álvaro Mariano Débitos Casos especiais: Alienação de estabelecimento por devedor falido ou em processo de recuperação judicial A) FALÊNCIA: Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo: (...) II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. CTN: 133, § 1º (cfm. LC 118/05). Álvaro Mariano Débitos B) RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei. Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no § 1o do art. 141 desta Lei. Álvaro Mariano Débitos B) RECUPERAÇÃO JUDICIAL Discussão quanto à sucessão trabalhista: A favor da sucessão: Discussões na Câmara e no Senado; Silêncio expressivo do legislador (comparação art. 141, II, com o art. 60, p. único) Tendo em vista a regra geral do art. 10 da CLT, é necessária ressalva expressa (não presente no art. 60) Contra a sucessão: Objetivos da recuperação (art. 47) Os termos do art. 60, p. único, já bastam (“livre de qualquer ônus” e “não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor”) O termo “inclusive” apenas explicita LREF é posterior à CLT. Álvaro Mariano * Créditos Integram o estabelecimento (ativo) Publicação na imprensa oficial opera cessão de créditos arts. 286-298 (parte geral) Partes podem dispor de modo diverso Pagamento de boa-fé: eficaz Alienante não responde pela solvência (296) Títulos de crédito: cessão civil e não endosso Álvaro Mariano * Contratos Relações contratuais Transferência importa sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento Salvo: Estipulação em contrário (no negócio de alienação ou no contrato – cláusula resolutiva expressa) Contratos personalíssimos “Justa causa” Álvaro Mariano Contratos Questão: e o contrato de locação? LI: Art. 13. A cessão da locação, a sublocação e o empréstimo do imóvel, total ou parcialmente, dependem do consentimento prévio e escrito do locador. En. CJF 64: “Art. 1.148. A alienação do estabelecimento empresarial importa, como regra, na manutenção do contrato de locação em que o alienante figurava como locatário.” En. CJF 234: – “Art. 1.148: Quando do trespasse do estabelecimento empresarial, o contrato de locação do respectivo ponto não se transmite automaticamente ao adquirente. Fica cancelado o Enunciado n. 64.” * Álvaro Mariano * Dever de não-concorrência Art. 1.147: elemento natural (naturalia negotii) dos negócios envolvendo estabelecimento CR: arts. 1º, IV; 5º, XIII; art. 170, caput e inc. IV; art. 173, § 4º) Limites: Mesmo mercado relevante: geográfico e de produto Prazo: Negócios translativos: até 5 anos Negócios constitutivos: o prazo do negócio Álvaro Mariano PONTO COMERCIAL Conceito – Centro de convergência da clientela. Possui valor agregado. Natureza jurídica - bem imaterial Constituição – fruto da atividade mercantil Negócios translativos. Possibilidade, mesmo em imóvel alheio. Âmbito de proteção – estadual ou federal (direito concorrencial e ação renovatória) Álvaro Mariano PONTO COMERCIAL - PROTEÇÃO ESTABELECIMENTO AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO * Álvaro Mariano * Ação renovatória Locação não residencial Atividade empresária (“comercial”, “industrial” e “civil” – art. 51, § 4º) Exercício do direito constitutivo à renovação da relação locatícia mediante ação judicial Prazo decadencial de propositura da ação: de 1 ano a 6 meses antes do término do contrato (art. 51, § 5º) Álvaro Mariano * Ação renovatória Legitimidade ativa: Locatário Cessionários Obs.: art. 13 (consentimento do locador) Sucessores (art. 10) Sublocatário Art. 13 (consentimento do locador) Locatário ou sociedade (que utilize o imóvel e à qual passe a pertencer o fundo de comércio e da qual o locatário seja sócio – art. 51, § 2º) Sócio sobrevivente em dissolução de sociedade decorrente de morte do outro (desde que mesmo ramo) Álvaro Mariano * Ação renovatória Requisitos: Contrato escrito Com prazo determinado Prazo contratual mínimo: 5 anos Exercício ininterrupto da mesma atividade nos últimos 3 anos Acessio temporis Álvaro Mariano * Ação renovatória Ação deve ser instruída com (art. 71) Comprovação dos requisitos (art. 51) Comprovação do cumprimento das obrigações contratuais Indicação das condições de renovação Indicação de fiador Comprovação da sucessão da posição contratual de locatário Álvaro Mariano * Ação renovatória Casos de não renovação: 1) Reforma ordenada pelo Poder Público que (i) altere radicalmente o imóvel ou (ii) aumente o valor do negócio ou do imóvel 2) O imóvel for utilizado Pelo locador ou Para transferência de estabelecimento que (i) exista há mais de um ano e (ii) seja detentor da maioria do capital o locador, cônjuge, ascendente ou descendente Álvaro Mariano * Ação renovatória Casos de não renovação: Observações sobre essa última hipótese: Não pode ser a mesma atividade do locatário Ratio legis: proteção à clientela Salvo se houve arrendamento do fundo de comércio (já que a titularidade já é do locador) O locador de shopping center não pode negar renovação sob esse fundamento (art. 52, § 2º) Álvaro Mariano * Ação renovatória Casos de não renovação: 3) A proposta de locação não atender ao valor locativo real na época da renovação 4) O locador tiver proposta melhor e o locatário não cobrir Direito à indenização do locatário devido solidariamente pelo locador e pelo proponente (art. 72) Álvaro Mariano * Ação renovatória Direito de indenização do locatário (art. 52, § 3º): Por (i) prejuízos e lucros cessantes e por (ii) perda de lugar e desvalorização do fundo de comércio (aviamento objetivo) Casos: (a) não renovação em razão de melhor proposta de terceiros (b) o locador não iniciar em três meses a atividade que permitiu a não-renovação Álvaro Mariano * Ação renovatória Matéria de defesa do locador Não preenchimento dos requisitos Proposta não atender ao valor locativo real do imóvel na data da renovação Houve melhor proposta de terceiros Hipóteses de não renovação (art. 52, I e II) Juiz pode fixar aluguéis provisórios (para depois do encerramento do contrato, se não houver sentença até lá) Álvaro Mariano * Ação renovatória Casos especiais: hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos, estabelecimento de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, Rescisão apenas em caso de: hipóteses do art. 9º (distrato, infração contratual ou para realizar reparos urgentes) caso o proprietário ou promissário-comprador ou cessionário venha a requerer o imóvel para demolição, edificação licenciada ou reforma que venha a aumentar, pelo menos, 50% da área útil (art. 53, II). Álvaro Mariano * REGISTRO PÚBLICO DAS EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS Álvaro Mariano * Registro Público das Empresas Atividade não-empresária: Registro Civil das Pessoas Jurídicas OAB Atividade empresária: Lei 8.934/94 Sistema Nacional de Registro do Comércio (SNRC): DNRC e Juntas Comerciais OBS.: ao Registro Público de Empresas se vinculam as cooperativas (embora simples) Álvaro Mariano * Registro Público das Empresas DNRC: Vinculado ao MDIC Órgão central do SNRC (supervisionar, coordenar, solucionar dúvidas, prestar orientação, fiscalizar, estabelecer normas procedimentais) Sem funções registrárias Álvaro Mariano * Registro Público das Empresas Juntas Comerciais Vinculadas aos estados Salvo a JC do DF: subordinada ao DNRC Funções registrárias Inscrição de empresários, sociedades empresárias e cooperativas Averbação das alterações posteriores (trespasse, emancipação, autorização judicial para incapaz, pacto antenupcial, separação judicial) Matrícula de tradutores e intépretes públicos juramentados, leiloeiros, trapicheiros Assentar usos e costumes empresariais Autenticar livros empresariais Álvaro Mariano * Registro Público das Empresas Efeito do arquivamento: Se em 30 dias, efeitos ex tunc Se posterior, efeitos ex nunc Álvaro Mariano * NOME EMPRESARIAL Álvaro Mariano * Nome Empresarial Nome de inscrição perante a Junta Comercial Sociedades simples, associações e fundações Não se confunde com marca ou título de estabelecimento ou nome de domínio (internet) Espécies: Firma Denominação Álvaro Mariano * Nome Empresarial Firma Empresário individual: nome civil (completo ou abreviado) + designativo (de sua pessoa ou atividade) Sociedade com sócios de responsabilidade ilimitada Firma: nome desses sócios + “e companhia” ou “e cia” SALVO: sociedade em comandita por ações (opção: firma ou denominação designativa de seu objeto social) Álvaro Mariano * Nome Empresarial Denominação Sociedade anônima Obs.: acionista fundador ou denominação honorífica Sociedade limitada: denominação ou firma Sociedade simples: Pura: denominação Forma empresarial: segue-lhe as regras Cooperativa: denominação + “cooperativa” Álvaro Mariano * Nome Empresarial Princípios: Veracidade (autenticidade – LREMA: art. 34) Aplicável às firmas (deve corresponder aos nomes dos sócios) Novidade (art. 1.163 e LREMA: art. 34) Dentro do território da unidade federativa Independe do ramo de atividade (diferente da marca) Álvaro Mariano * Nome Empresarial Princípios: Exclusividade (art. 1.166) Proteção desde a inscrição (LREMA: art. 33) Dentro da unidade federativa Obs.: norma especial sobre proteção nacional do nome empresarial Inalienabilidade (art. 1.164) Obs.: caso de sucessão de estabelecimento (“sucessor de” – art. 1.164, p. único) Álvaro Mariano AUXILIARES DO EMPRESÁRIO PREPOSTO, GERENTE E CONTABILISTA * Álvaro Mariano Preposto Função auxiliar do empresário/sociedade empresária Espécies Preposto Gerente Contabilista Álvaro Mariano Prepostos Funções auxiliares Poderes específicos: agem em nome e por conta do proponente Não podem fazer-se substituir por terceiros (salvo autorização - 1169) Dever de lealdade: não podem participar de outros negócios do mesmo gênero (1170) Álvaro Mariano Prepostos Responsabilidade do preposto perante terceiros: exclusivamente por dolo Responsabilidade do proponente Por dolo e culpa do preposto Dentro do ‘estabelecimento’ (= local): por todo ato Fora do ‘estabelecimento’: apenas pelos poderes conferidos por escrito Álvaro Mariano Gerente Não é administrador das limitadas! É o preposto permanente na sede ou nos estabelecimentos secundários Outorga de poderes É geral (salvo poderes específicos exigidos por lei) São solidários, se conferidos a dois ou mais As limitações dependem de averbação no RPEM, para oposição a terceiros (salvo conhecimento destes) Representação judicial nos limites de sua função O proponente responde pelos atos praticados pelo gerente em nome próprio mas à conta daquele Álvaro Mariano Contabilista Preposto responsável por realizar os assentos nos livros empresariais e fichas Assentos são como se tivessem sido feitos pelo proponente Responsabilidades: mesmas regras dos prepostos Álvaro Mariano ESCRITURAÇÃO EMPRESARIAL E BALANÇOS OBRIGATÓRIOS * Álvaro Mariano ESCRITURAÇÃO EMPRESARIAL Dever do empresário/sociedade empresária Princípios Fidelidade Sigilo Liberdade Funções: Gerencial Contábil Fiscal Álvaro Mariano ESCRITURAÇÃO EMPRESARIAL Livros Obrigatórios Comuns Livro diário: art. 1.180 do CC Especiais Livro de registro de duplicata, livro de registro de ações nominativas Facultativos Obs.: livros obrigatórios por legislação própria (livro de ICMS, de empregados etc.) Álvaro Mariano ESCRITURAÇÃO EMPRESARIAL Regularidade Requisitos intrínsecos (1183: técnica contábil) Requisitos extrínsecos (1181: segurança jurídica) Exibição Ordem judicial: parcial ou total Não faz prova absoluta Faz prova contra o autor Indivisível Autoridade administrativa Falsificação de documento público: CP, art. 297, § 3º Álvaro Mariano BALANÇOS ANUAIS OBRIGATÓRIOS CC: art. 1.179 – levantamento anual obrigatório de Balanço patrimonial Balanço de resultado econômico * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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