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Aula 10: Omissão de socorro 
 
● Conceito de omissão de socorro 
É obrigação do enfermeiro prestar socorro a quem se apresenta em situação gravíssima e em iminente perigo de 
vida. 
 
Se o profissional de enfermagem descumprir uma determinada ação, está praticando a omissão de socorro. 
O Código Penal vigente conceitua o crime de omissão de socorro em seu artigo 135: “Deixar de prestar 
assistência, quando possível de fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou pessoa 
inválida ou ferida, ao desamparo ou em iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública”. 
 
● Evitando a emissão de socorro 
Para o enfermeiro evitar a omissão de socorro, ele deve partir do princípio da dignidade e solidariedade. 
Diante de uma pessoa que se apresente em situação de grave e iminente perigo de vida, não existe uma 
competência ética, nem legal, de que as condições das ações apresentadas pelos profissionais de saúde sejam 
eficientes. 
Na verdade, não existe a obrigatoriedade de cura ou de preservar o desfecho fatal da pessoa que está sendo 
socorrida. 
O dever ético-jurídico nada mais é que a prestação do socorro. 
A omissão de socorro se caracteriza por uma manifestação da pessoa, e é doloso, voluntário, consciente, 
daquele que se omite. 
As omissões involuntárias, mesmo que se caracterizem culposas, não se moldam neste tipo e nem são punidas 
pelas questões jurídicas e deontológicas vigentes. Se não existir prova de que a pessoa praticou dolosamente 
(conscientemente), não será caracterizada omissão de socorro. 
 
● Quando se deve socorrer? 
Os profissionais de saúde não são obrigados a atender todas as pessoas, em quaisquer condições, sob o receio 
de faltar a questão da solidariedade. É necessário que o problema se trate de um gravíssimo perigo. 
 
Também não basta que a condição do indivíduo seja grave. Por exemplo: quando o profissional diagnostica uma 
determinada patologia oncológica, isto não caracteriza uma iminência de se prestar o socorro. 
 
Para que uma determinada situação venha causar o perigo, além de grave, deve desencadear algum prejuízo à 
vida da pessoa, que necessite de uma ação imediata dos profissionais de saúde. 
 
● Perigo grave e iminente 
Na prática do dia a dia do profissional de enfermagem, há uma enorme dificuldade de se estabelecerem pontos 
indicativos de “perigo grave e iminente”. 
 
Isto porque não existe uma tabela ética, deontológica ou até mesmo jurídica, em que se firmem determinados 
padrões de avaliação de gravidade dos casos. 
 
Porém, podemos tirar determinados princípios técnicos para estabelecer cada caso. 
Não se pede manifestação de mérito, mas uma ação de conforto às possibilidades pessoais e profissionais. 
 
Coerentemente, não há que se desculpar quando o profissional não agir, quando a gravidade for pequena. 
 
Todavia, a existência de risco de uma determinada gravidade justifica o profissional não ter prestado o socorro 
ao indivíduo. 
 
Para que o enfermeiro identifique as implicações legais através do Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem sobre Omissão de Socorro, ele deve estar ciente das suas atribuições a serem prestadas no que diz 
respeito à assistência. 
 
 
● Ação solidária 
O que se quer é a ação solidária, sem qualquer forma de preconceito ou discriminação, quando o indivíduo se 
encontrar em uma determinada situação de gravidade e iminente perigo de vida. Um exemplo bem claro é a 
omissão e encaminhamento do paciente a outro estabelecimento, que diz: 
 
 
● Segredo profissional 
O segredo profissional se estabelece por confiança, confidência e justiça. O paciente possui total direito à 
privacidade, ao bem-estar e à segurança em virtude de sua individualidade e de sua dignidade humana. 
 
A privacidade e a intimidade são direitos que não se pode alienar ao enfermeiro, por ter obrigação de considerar 
um profissional de extrema confiança de todas as informações que apresenta o seu cliente. 
 
● Revelação inoportuna de segredo 
A revelação inoportuna de um segredo nos corredores do hospital pode prejudicar a recuperação do paciente, 
por levá-lo ao desespero e, muitas vezes, até mesmo ao suicídio. Então, se faz necessário questionar: 
 
O que revelar? A quem revelar? O que revelar? 
 
Para fundamentar a base da legalidade como preceito constitucional, a visão da legislação civil e penal se 
caracteriza por fator de ordem moral e social, que orienta a conduta do profissional. 
 
Portanto, o enfermeiro pode revelar o segredo quando se tratar de agravos a saúde, relacionados à notificação 
compulsória .

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