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Princípios Constitucionais das Relações Internacionais

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*
Princípios Constitucionais que Regem as Relações Exteriores do Brasil
Base legal:
Constituição Federal, art. 4.º
Diferença entre:
República Federativa do Brasil e União.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...)
A CF/88 equivocadamente trata como se fossem sinônimos.
*
Diferenças e semelhanças entre:
República Federativa do Brasil e União
República Federativa do Brasil
É o Estado brasileiro.
Relações Exteriores.
Presidente da República (chefe de Estado).
União
É a pessoa jurídica de direito interno.
Estrutura do poder interno brasileiro.
Presidente da República (chefe de governo).
*
Um dos maiores equívocos da CF/88
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
É a RFB que estabelece relações com Estados estrangeiros e não a União.
*
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
*
Independência Nacional
O Brasil é um Estado soberano.
Os Estados são iguais do ponto de vista jurídico no âmbito internacional.
Não deve haver ingerência externa sobre o Estado brasileiro.
Hoje a soberania é mitigada. Os Estados podem abrir mão de parte da sua soberania por razões econômicas, políticas, ambientais. Ex.: União Européia, Brasil ao integrar o Mercosul.
*
Soberania: Enfoques Interno e Externo
Soberania no Enfoque Interno:
O Estado brasileiro afirma que não aceitamos ingerência externa em assuntos internos.
Soberania no Enfoque Externo:
O Estado brasileiro afirma que respeitará a soberania dos demais Estados.
Previsão legal: Art. 4. (...) CF
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
*
Prevalência do Princípio dos Direitos Humanos
Direitos Humanos
Dignidade da pessoa humana.
Proteção no âmbito do direito internacional.
Previstos em tratados internacionais.
Direitos Fundamentais
Dignidade da pessoa humana.
Proteção interna promovida pelo Estado brasileiro.
Previstos no Capítulo V – Direitos Fundamentais.
*
Segundo Ingo Wolfgang Sarlet:
Em que pese sejam ambos os termos (‘direitos humanos’ e ‘direitos fundamentais’) comumente utilizados como sinônimos, a explicação corriqueira e, diga-se de passagem, procedente para a distinção é de que o termo ‘direitos fundamentais’ se aplica para aqueles direitos do ser humano reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional positivo de determinado Estado, ao passo que a expressão ‘direitos humanos’ guardaria relação com os documentos de direito internacional, por referir-se àquelas posições jurídicas que se reconhecem ao ser humano como tal, independentemente de sua vinculação com determinada ordem constitucional, e que, portanto, aspiram à validade universal, para todos os povos e tempos, de tal sorte que revelam um inequívoco caráter supranacional (internacional).(1)
*
(1) SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 6ª ed., Porto Alegre : Livraria do Advogado, 2006, p. 35 e 36.
*
Direitos Humanos
Corrente Universalista
Não deve levar em consideração a cultura local.
Corrente Relativista
Deve levar em consideração a cultura local.
*
Princípios da defesa da paz e solução pacífica dos conflitos
A guerra hoje, regra geral, é ilegal no plano do direito internacional.
A solução para conflitos deverá ser pacífica: diplomacia ou judicial (CIJ).
Exceções previstas na doutrina:
1) Legítima defesa;
2) Para obtenção de independência frente a um Estado colonizador;
3) Forças de Paz da ONU.
*
Direito Humanitário
Proteção da dignidade da pessoa humana do soldado e dos civis em situações de guerra.
*
Princípio do Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo
É um crime de jurisdição universal, ou seja, quem captura, pode julgar.
Agência Brasileira de Inteligência: 
1) Ato premeditado ou sua ameaça por 
2) motivação política ou ideológica visando 
3) atingir, influenciar ou coagir o Estado e ou a sociedade com o 
4) emprego de violência. Entende-se por atos terroristas aqueles definidos em documentos internacionais sobre a matéria ratificados pelo Brasil.
*
Princípio da Cooperação dos Povos para o progresso da humanidade
Caso do envio de militares brasileiros para o Haiti, Angola, Moçambique sob a direção da ONU – Operações de Paz da ONU.
*
Princípio da Concessão de Asilo Político
Concedido de forma individualizada para uma pessoa;
Requisito: perseguição política.
Ou seja, a pessoa recebe asilo político porque está sendo perseguida por crime de opinião, crime político, crime contra segurança do Estado, por questão ideológica.
A pessoa nesta condição faz um pedido, um requerimento de asilo.
O país concede de forma discricionária, ou seja, o país não está obrigado a conceder o asilo político.
*
Caso Cesare Batistte
Italiano (colunista e escritor) acusado de cometer homicídio na Itália.
Fugiu para França, da França para o México, do México para o Brasil.
O asilado pode ser extraditado (STF: Extradição 524 do STF).
Art. 33 e 34 da Lei n.º 9.474/97 – O pedido de refúgio suspende o processo de extradição. E, se o refúgio for concedido, não poderá ser extraditado.
Por isso, Batistte pediu refúgio ao CONARE e não asilo político. O CONARE por maioria não concedeu o refúgio.
Batistte recorreu ao Ministro da Justiça, que concedeu a qualidade de refugiado a Cesare Batistte.
Conforme Estatuto dos Refugiados, ele não poderia ser extraditado.
Mesmo assim, o STF autorizou a extradição. (STF 5 votos a 4, decidiu que Cesare Battiste pode ser extraditado).
O STF considerou ilegal o ato do Ministro da Justiça, pois os homicídios cometidos por Battiste na Itália seriam crimes comuns, logo considerou possível a extradição.
O STF disse então que o Presidente da República não está vinculado a decisão do STF, mas o ato não é discricionário, tem que cumprir o tratado bilateral de extradição com a Itália de 1989.
Divergência doutrinária: alguns dizem que a decisão é ato discricionário do Presidente e outros dizem que o tratado bilateral tem que ser cumprido.
*
Restrições à Aquisição de Propriedade por Estrangeiros
Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional.
Art. 3.º, Lei n.º 5.709 – imóvel rural não superior à 50 módulos.
150 km – faixa de fronteira – necessita-se autorização para que o estrangeiro adquira o imóvel.
Os Estados estrangeiros podem adquirir apenas os imóveis dos seus consulados e embaixadas.
*
Imunidades das Embaixadas e Consulados
Convenções de Viena de 1961 e 1963.
Existem imunidades dos bens das embaixadas.
Não existe imunidade de jurisdição contra o Estado.
Atos de império: ações estatais = há imunidade.
Atos de gestão: relações privadas (reclamatória trabalhista) = abre mão de imunidade. STF.
Caso de constrição de valores bancários – EUA – AGU entrou com ação e o TST se posicionou pela vedação dessa constrição.
*
Princípios do Direito da Integração
Princípio da Subsidiariedade:
Princípio da Competência por Atribuição;
Princípio da Proporcionalidade;Princípio do Primado;
Princípio da Lealdade;
Princípio da Coesão;
*
Princípio da Subsidiariedade:
As comunidades de Estados não devem sacrificar a individualidade e a identidade específica dos Estados participantes do processo de integração.
Ex. Manter identidade cultural, costumes, etc.
*
Princípio da Competência por Atribuição
A comunidade só deve exercer suas funções nos limites das suas atribuições explícita ou implicitamente conferidas pelo tratado que a instituiu e para a consecução dos seus objetivos.
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Princípio da Proporcionalidade
A comunidade não deve exceder o uso dos meios necessário à consecução dos seus objetivos institucionais.
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Princípio do Primado
Segundo o princípio do primado, o direito europeu tem um valor superior ao dos direitos nacionais dos Estados-Membros. O princípio do primado aplica-se a todos os atos europeus com força vinculativa. Assim, os Estados-Membros não podem aplicar uma regra nacional contrária ao direito europeu. 
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Tribunal de Justiça da União Européia
O TJUE consagrou o princípio do primado no acórdão Costa contra Enel de 15 de Julho de 1964. Neste acórdão, o Tribunal declara que o direito proveniente das instituições européias se integra nos sistemas jurídicos dos Estados-Membros, sendo estes obrigados a respeitá-lo. 
O direito europeu tem assim o primado sobre os direitos nacionais. Deste modo, se uma regra nacional for contrária a uma disposição européia, as autoridades dos Estados-Membros devem aplicar a disposição européia. O direito nacional não é nem anulado nem alterado, mas a sua força vinculativa é suspensa. 
*
Princípio da Lealdade
Estados-membros da ordem comunitária devem observar a boa-fé diante dos compromissos assumidos para com a comunidade.

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