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O CONCEITO DE ALIENAÇÃO

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O CONCEITO DE ALIENAÇÃO – MARXISMO E A ESCOLA DE FRANKFURT
 O homem é um ser social, essa não é só uma afirmação geral, muito pelo contrario, encerra em si um aspecto fundamental para entender a evolução social e técnica do mundo contemporâneo.
 A modernidade situada historicamente com as Grandes Navegações pó volta dos século XIV, apresenta uma serie de novos elementos sociais ao homem, de uma maneira contagiante as transformações determinam novos papeis, novas estruturas produtivas e uma dimensão de organização social mais ampla no papel de cada ser humano.
O objetivo deste texto é o de exatamente mostrar como um os conceitos fundamentais na obra marxiana, isto é, o conceito de alienação, pode ser utilizado na atualidade e de como o pensamento de autores da primeira fase da chamada “Escola de Frankfurt”, permite contextualizar a sociedade tecnológica atual e suas formas de alienação. 
O termo alienação, vem do latim alienus pode-se traduzir como “dar o que pertence a um outro” (Routledge Encyclopedia of Phlosophy, vol. I – Londres – Routledge – 1998 – p. 178 -181.) sendo um domínio transferido, quer seja de posse ou de direito, quer seja de uma propriedade, de alguma coisa em referência a outra pessoa.
No campo da psicologia, o termo é designado como uma grave doença quer seja referente à identidade pessoal, quer da realidade não percebida. O conceito é referente no sentido de se perceber que alguém perde algo, ou não se apercebe-se na realidade. 
O conceito de alienação é depois de Hegel, retomado por Fuerbach, Marx, Luckács, Marcuse e Sartre, todos utilizam com variáveis o sentido hegeliano do conceito, analisar a forma de elaboração de Hegel é fundamental, sua estruturação é uma demonstração necessária para o nosso debate.
“ ...alienação refere-se, fundamentalmente, a uma espécie de atividade na qual a essência do agente é afirmada como algo externo ou estranho a ele, assumindo a formada de uma dominação hostil sobre o agente” – Wood, ibidem,p.179
Georg Wilhem Friedich Hegel – 27/08/1770 (nascimento) e 14/11/1831 (morte)
Breve Biografia: estudou no seminário de Tubingen, habilitando-se como docente livre em Jena em 1801. 
Na obra de Hegel, podemos destacar as seguintes influências: De Heráclito de Efeso, herda a idéia de dialética, que será entendida como uma estrutura da realidade e do pensamento, de Aristóteles, vai aceitar três noções fundamentais: do universal como imanente e não transcendente do individuo (anti platonismo),a lógica, porém não recusando a contradição como possibilidade.
Como outras influências filosóficas, destacamos, o racionalismo cartesiano, Hegel aceita a idéia da racionalidade do real, de Spinosa em particular a intuição do filósofo de que qualquer afirmação é uma negação, já do criticismo kantiano, um dos pontos de partida da filosofia moderna, Hegel aceita a distinção entre o entendimento e a razão, considerar os conceitos como a priore aos objetos, já que o criticismo determina as regras (formula) as regras do pensamento puro vinculando categorias á consciência de si, ao Eu subjetivo.
Por fim, de Fichte, Hegel concorda com a noção de dialética do primeiro, como processo de afirmação, negação e negação da negação, na síntese, de Schelling, a noção de idealismo objetivo e de identidade do sujeito ao objeto.
Hegel, escreveu e foi diretor de jornais voltadospara o mundo do debate filosófico, sendo também dretor de Ginásio em Nuremberg(18008-1816) e professor da Universidade de Hildenberg (1818). 
Principais obras:
Fenomenologia do Espírito – 1807.
Ciência da Lógica – 1812 – 1816.
Enciclopédia das ciências filosóficas: 1817 – 183
Elementos da Filosofia do Direito 1817 – 1830.
O termo alienação é utilizado por Hegel na obra Fenomenologia do Espírito, este termo é utilizado ao estar se referindo ao processo pela qual a Ideia (a autoconsciência) se exterioriza objetiva na natureza e na história como alteridade, enfim como negação em si própria. 
Para o filósofo alemão, a “negação em si própria” é um processo sem o qual a Ideia não pode se realizar-se e conhecer-se a si própria, a dinâmica de desalienação é possível ao recorrer ao homem como instrumento, pois, no desenvolvimento da História a Ideia regressaria a si como Espírito, tomando plena consciência de si como Espírito Absoluto, isto sob a forma de Arte, da Religião e da Filosofia, sendo esta ultima a que vai nesta trilogia ocupar um lugar de destaque.
A Filosofia teria a capacidade de mostrar e produzir a unificação da objetividade (caráter sensível da arte) à subjetividade (representação interior da religião), assim a filosofia seria a última estância, palavra do Espírito Absoluto ( experimentando este enfim a necessidade que leva Deus a criar o mundo), a História seria o “calário da razão”.
O historiador da Filosofia G. Bedeschi, percebe ao sentido “lógico-metafisico” ou “lato” de alienação, Hegel unifica um sentido histórico-politico ou histórico-social, presente ao se referir ao fato : “a consciência já não se reconhece no mundo sócio-politico e ideológico por ela produzido”, e uma tal maneira onde as produções – criações do home lhe aparecem como estranhas e mesmo como opostas a si própria.
No aspecto histórico, esta separação tem como motivação, o advento do Império Romano e o Cristianismo, estes consagram a cisão da “bela harmonia” existente entre individuo e a comunidade na polis grega. 
A nova cisão, ou, a superação de uma cisão ocorre com a Revolução francesa e o Estado Moderno,pois, apresentam um novo elemento capaz de integrar a subjetividade e a comunidade, o individuo e o Estado e as partes e o todo.
Outra contribuição para este debate é apresentado por outro filosofo alemão, cnsiderado (e vamos aos poucos entender) como membro a chamada esquerda hegeliana: Feuerbach.
WILHELM FEUERBACHI 28-06-1804 - 13-09-1872
Um do mais importantes filósofos modernos alemães, foi influenciado por Hegel, de quem foi aluno e posteriormente critico, influenciou a obra de Marx e a filósofos contemporaneosonde destacamos Enrique Dussel, Sigmund Freud, Guy Debord, Emil M. Cioram e Rene Girard.
Principias obras
Princípios da Filosofia do Futuro - 1843

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