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CIPE Significado: Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem. É um produto e um programa do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), uma federação de associações nacionais que já possui 120 países membros (CHAVES, 2011). É datada do ano de 1980 (SILVA, 2009). CIPE DENTRE OS OBJETIVOS DA CIPE TEMOS: Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática de enfermagem para melhorar a comunicação entre enfermeiros; Descrever os cuidados de enfermagem de indivíduos, família e comunidades; Permitir a comparação dos dados de enfermagem; Estimular a pesquisa em enfermagem; Fornecer dados sobre a prática de enfermagem para influenciar políticas de saúde. (CHAVES, 2011) CIPE COMO UTILIZAR A CIPE: De acordo com Silva et al. (2009), a tabela 1 abaixo reflete os 7 eixos definidores da CIPE: Como utilizar a CIPE: FOCO ÁREA DE ATENÇÃO SIGNIFICATIVA JULGAMENTO JULGAMENTO CLÍNICO OUQUESTÃO RELACIONADA A PRÁTICA DE ENFERMAGEM CLIENTE Sujeito que recebeu o diagnóstico e que é receptor de uma intervenção AÇÃO Um processo intencional destinado a um cliente MEIOS Uma maneira ou método de desempenhar uma intervenção TEMPO CIPE COMO UTILIZAR A CIPE: De acordo com Silva et al. (2009), a tabela 1 abaixo reflete os 7 eixos definidores da CIPE: Como utilizar a CIPE: LOCALIZAÇÃO ORIENTAÇÃO ANATÔMICA TEMPO O momento ou o período ou intervalo ou duração de uma ocorrência Determinando diagnósticos e resultados de enfermagem De acordo com Chaves (2011), nos diagnósticos formulados com base na CIPE devem constar: Um termo do eixo foco; Um termo do eixo julgamento; A inclusão de eixos adicionais caso necessário. cipe B) Determinando as intervenções de enfermagem. Para a confecção das intervenções de enfermagem são recomendadas as inclusões: De um termo do eixo ação; De um termo qualquer dos eixos denominados termo alvo (excetuando-se o eixo julgamento); Também pode-se incluir termos adicionais, de qualquer um dos eixos, caso seja necessário. cipe Paciente do sexo feminino, 20 anos, admitida em setor de emergência, com história clínica de cistite recorrente, com início há aproximadamente 2 anos. Em uso contínuo de ciprofloxacino via oral e anti- inflamatórios não esteroidais. Hipertensa (180 x 90mmHg), com edema periorbital, mãos edemaciadas, sinal de Godet positivo (4+/4+) em ambos membros inferiores. Queixa-se de dor em flancos, sinal de Giordano positivo, dificuldade respiratória e ansiedade extrema, tendo intolerância postural a zero graus. Realizada administração de diuréticos, antibioticoterapia de ataque e encaminhada ao CTI. cipe De acordo com a CIPE, os diagnósticos possíveis são demonstrados no Quadro 2 AÇÃO CLIENTE FOCO LOCALIZAÇÃO JULGAMENTO MEIOS TEMPO PACIENTE DOR FLANCOS INTENSA NA ADMISSÃO PACIENTE VENTILAÇÃO DIMINUIDA NA ADMISSÃO CIPE De acordo com a CIPE, os diagnósticos possíveis são demonstrados no Quadro 2 AÇÃO CLIENTE FOCO LOCALIZAÇÃO JULGAMENTOS MEIOS TEMPO MONITORAR ESCALAS FACIAIS DURANTE A TERAPÊUTICA ADMINISTRAR ADMINISTRAR OXIGENOTERAPIA EM FLUXO MODERADO CONTÍNUO CIPE Transpondo as intervenções de enfermagem do quadro temos: Monitorar a dor da paciente em flancos durante a terapêutica através de escalas faciais; Favorecer imediatamente a ventilação através da administração de oxigenoterapia de fluxo moderado; cipe Como resultado estreitamos: O monitoramento contínuo da dor; A ventilação melhorada Caso clínico II aplicando NANDA Sr. João, 32º dia de internação, idoso, acamado, desorientado, desidratado, encontra-se na clínica médica de um hospital de pequeno porte. Acompanhante, sua filha, relata possuir sérios problemas em permanecer constantemente na unidade com seu pai. O mesmo, no 10º dia de sua internação, caiu do leito, tendo fraturado o fêmur. Como todo e qualquer idoso em idade avançada, possui dificuldades em aceitar a dieta ofertada pela instituição, perdendo, em consequência disso, 5 quilos. Possui área hiperemiada em região sacrococcígea. Obstrução do cateter vesical evoluindo para bexigoma, denota-se grande presença de grumos e sangue em bolsa coletora vesical. A enfermeira, conjuntamente com sua equipe e a pedido do médico plantonista, realizou nova passagem da sonda vesical para que o paciente pudesse realizar suas eliminações vesicais. NANDA Sequência metodológica: Passo 1: Elencar os problemas/processos assistenciais relevantes do cliente (em sublinhado no texto; Passo 2: Compor diagnósticos de NANDA; Passo 3: Associar os diagnósticos construídos às intervenções de enfermagem possíveis; Passo 4: Estimar um resultado/prognóstico sobre a conduta de NIC. NANDA Caso clínico II aplicando NANDA Lembrando de como se compõem diagnósticos reais (conceito diagnóstico + fator relacionado + característica definidora) e de risco (conceito diagnóstico + fator relacionado) PROBLEMAIDENTIFICADO DIAGNÓSTICO FRATURA DE FÊMUR Mobilidade no leito prejudicada relacionada à fratura caracterizada por dificuldades de realizar mudanças de decúbito INACEITAÇÃO DA DIETA Nutrição desequilibrada (menor do que as necessidades corporais relacionadas à dificuldade de aceitação da dieta ofertada, caracterizada por emagrecimento) ÁREA HIPEREMIADA EM REGIÃO SACROCOCCÍGEA Risco de integridade da pele prejudicada relacionada à vermelhidão em região sacrococcígea OBSTRUÇÃO DO CATETER POR GRUMOS Eliminação urinária prejudicada relacionada à presença de grumos em cateter caracterizada por abaulamento ventral (bexigoma) NANDA Caso clínico II aplicando NANDA Estreitando NIC e NOC INTERVENÇÕES(NIC) RESULTADO (NOC) PROMOVER CONFORTO ATRAVÉS DE COXINS Diminuição de áreas de tensão em proeminências ósseas, redução de úlceras até o final de condutas terapêuticas INQUIRIR HÁBITOSALIMENTARES Maior aceitação alimentar do cliente de acordo com as possibilidades institucionais em caráter imediato PROTEGER PELE DE REGIÃO SACROCOCCÍGEA COM PLACAS DE HIDROCOLOIDE Evitar abertura de úlceras eskin-tearsaté o término de sua admissão. NANDA Eixos, domínios e classes: O diagnóstico de NANDA são concebidos através da combinação entre Eixos, Domínios e CLASSES: Ao total, o NANDA-I possui 7 eixos estruturados (NANDA, 2015): Eixo 1: conceito diagnóstico; Eixo 2: sujeito do diagnóstico; Eixo 3: julgamento prejudicado, ineficaz; Eixo 4: localização – regiões do corpo; Eixo 5: idade (neonato ao idoso); Eixo 6: tempo (agudo, crônico, contínuo, intermitente); Eixo 7: situação do diagnóstico (risco, com foco no problema, de promoção da saúde). NANDA Eixos, domínios e classes: Domínios e classes: Os domínios de NANDA (2015) são: 1:Promoção da saúde; 2: Nutrição; 3: Eliminação/troca; 4: Atividade/repouso; 5: Percepção/Cognição; 6: Autopercepção; 7: Relacionamentos de papel; NANDA Domínios e classes: 8: Sexualidade; 9: Enfrentamento/Estresse; 10: Princípios de vida; 11: segurança e proteção; 12: Conforto; 13: Crescimento e desenvolvimento. Curiosidades: O NANDA 2015 possui no total 234 diagnósticos, 13 domínios e 47 classes (NANDA, 2015, p.19). Já que a apresentação das classes são extensas, sugerimos a consulta em biblioteca da versão do NANDA (2015 – 2017) NANDA Composição de diagnósticos reais, de risco e de promoção da saúde: Definindo o que são características definidoras, fatores relacionados e fatores de risco: Características definidoras: São pistas, sinais e sintomatologias observados e manifestados na composição de um diagnóstico. Lembre-se de sinais e sintomas. Fatores Relacionados: Incluem as circunstâncias e fatos que podem estar relacionados ou ser contribuintes para o diagnóstico. Lembre-se: é a causa do problema. nanda Fatores de risco Fatores influentes que aumentam a vulnerabilidade do indivíduo a um evento não saudável. Composição de diagnósticos reais, de risco e de promoção da saúde: Redigindo um diagnóstico real: Conceito diagnóstico + fator relacionado + características definidoras. Redigindo um diagnóstico de risco: Conceito diagnóstico + fator relacionado. Redigindo um diagnóstico de bem-estar: Respostas humanas de bem-estar + evidenciado por (CHAVES, 2009; NANDA, 2015, p.106) REFERÊNCIAS CHAVES, Lucimara Duarte. Sistematização da Assistência de Enfermagem: considerações teóricas e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2009. NÓBREGA, Maria Miriam Lima; SILVA, Kenya de Lima. Fundamentos do cuidar em enfermagem. 2. ed. Belo Horizonte: ABEn, 2008/2009. SMELTZER, Suzane C. Brunner & Suddarth. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. T . HEATHER (org.). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e Classificações 2015-2017.
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