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Enfermagem em Clínica Cirúrgica para Ebserh

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Livro Eletrônico
Aula 00
Enfermagem em Clínica Cirúrgica p/ EBSERH (Enfermeiro)
Professor: Poliana Gesteira
00000000000 - DEMO
Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 
 
 
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AULA 00: Conceitos iniciais 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1.Apresentação dos professores 2 
2.Apresentação da proposta de aula 2 
3. Cronograma da aula 3 
4. Classificação e Tipos de Cirurgias 5 
5. Nomenclatura cirúrgica 17 
6. Riscos cirúrgicos 22 
7.Tempos Cirúrgicos 26 
8. Sistematização da assistência de enfermagem 
perioperatória. Período pré-operatório. Período intra-operatório. 
Período Pós-operatório e complicações. 
29 
9. Lista das questões apresentadas 50 
10. Gabarito 32 
11. Referências 63 
 
 
 
 
 
 
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Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 
 
 
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Olá pessoal! Bem-vindos a este curso! 
Meu nome é Regina Barros, sou Enfermeira, Especialista em 
Enfermagem Clínica, aprovada em 10 concursos públicos, atuante em 
duas matrículas na SES/DF e ainda 20hs como tutora da Escola de 
Ciências de Saúde – DF. Atuante há mais de 12 anos na área da saúde. 
Juntamente com a Andreia Freires, Especialista em Gestão de Serviços de 
Enfermagem, atuante na SES/DF, aprovada em dois concursos públicos, 
trabalha há 14 anos na área da saúde, organizamos as aulas deste curso 
para você. 
Nossa apresentação é para mostrar o quão importante é 
procurarmos um lugar ao sol na área dos concursos. O concurso público é 
a forma mais democrática de se conseguir a tão sonhada estabilidade. 
Todos têm chance, mas somente aqueles que derem o seu melhor vão 
conseguir a aprovação. Estamos aqui para te ajudar nesse processo. Você 
vai precisar do nosso material e do seu esforço. Vamos juntos rumo a 
vitória! 
 
2. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DA AULA 
Nosso objetivo é entrar de cabeça no universo da prática cirúrgica 
voltada para a Enfermagem, e com isso, dividir com vocês um pouco do 
que tenho aprendido em todos esses anos de vida profissional, acadêmica 
e, sobretudo, de concurseira. Embora muitos pensem que essa escolha de 
estudar seja fácil, eu sei, não é! Nunca foi não é mesmo? Só quem estuda 
sabe o que um concurseiro passa; o que são os fins de semana sentados 
em uma cadeira lendo e relendo resumos; as festas em que não pode 
comparecer... 
Como a assunto é extenso, tentarei resumir o que as bancas mais 
têm focado baseado em provas anteriores e com vistas ao que realmente 
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Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 
 
 
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é importante, vamos seguir os editais dos últimos concursos para 
EBSERH. 
As aulas que trago para você são todas montadas com referências 
nacionais e internacionais, quando assim for necessário, desta forma o 
conteúdo será baseado em manuais, normas, resoluções e pareceres dos 
Coren, COFEN, SOBECC, Ministério da Saúde e Anvisa. Lembro a você que 
por se tratar de uma matéria que não muda muito, faremos aqui uma 
revisão sistemática do conteúdo. Não espere ver muitas mudanças uma 
vez que nossa disciplina é pautada em normativas e protocolos. 
 
3. CRONOGRAMA DE AULA 
Distribuímos o cronograma em 03 aulas como no cronograma 
disponível para compra, mas aqui apresentaremos de forma mais 
resumida e o dividiremos em: 
Aula 00 Classificação e tipos de cirurgia. Nomenclatura 
cirúrgica. Riscos cirúrgicos. Tempos cirúrgicos. 
Sistematização de enfermagem perioperatória. 
Período pré-operatório. Período intra-operatório. 
Período Pós-operatório e complicações. 
14/09/2016 
Aula 01 Cuidados nas afecções cirúrgicas: Cabeça e Pescoço: 
Septoplastia; Tonsilectomia. Pulmonares: 
Pneumonectomia; Lobectomia. Endócrino: 
Tireoidectomia. Urológicas: Nefrectomia; Ressecção 
Trans Uretral de Próstata. Ginecológicas: 
Mastectomia; Quadrantectomia; Histerectomia, 
Anexectomia; Oforectomia. Coronariana: 
Revascularização do miocárdio. Ortopédicas: 
Artroplastia; Tração cutânea e esquelética. 
24/09/2016 
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Aula 02 Poĺtica Nacional de Seguranc a do Paciente. 04/10/2016ࡤ
Preparados para começarmos? Então vamos nessa! 
 
4- CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CIRURGIA 
As cirurgias podem ser classificadas de três formas distintas: 
- Pelo risco potencial de contaminação (Portaria 2616/98 – MS) 
em: 
 
- Pelo momento operatório ou tempo de espera para a cirurgia 
em: 
 
ͻ Limpas 
ͻPotencialmente contaminadas 
ͻ Contaminadas 
ͻ Infectadas 
ͻ Urgência 
ͻEmergência 
ͻ Eletiva 
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- Pela finalidade em: 
 
Vejamos mais detalhadamente uma por uma. 
 
1) Classificação segundo o risco potencial de contaminação: 
Esta classificação é descrita pela Portaria MS nº. 930/92 - anexo III, 
a qual resolve que as infecções pós-operatórias devem ser 
criteriosamente analisadas conforme o potencial de contaminação, 
sempre no final do ato cirúrgico, com o entendimento do número de 
microrganismos presentes no tecido a ser operado. Segundo o risco 
potencial de contaminação, as cirurgias podem ser classificadas em 
limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. 
Cirurgias limpas: São cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou 
passíveis de descontaminação, com ausência de processo 
infeccioso e flogístico local ou falhas técnicas grosseiras. 
Geralmente são caracterizadas pelas cirurgias eletivas e traumáticas 
ͻ Curativas 
ͻPaliativa 
ͻ Diagnóstica/Exploratória
ͻ Plástica reparadora/reconstrutora
ͻ Plástica cosmética/estética
ͻ Transplante
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com cicatrização de primeira intenção e sem coleção de líquido 
serosanguinolento. Também entram nesse rol as cirurgias nas quais não 
ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou 
urinário. Destacam-se também os procedimentos em que há 
fechamento primário da ferida operatória sem presença de dreno. 
São exemplos clássicos de cirurgias limpas: 
• Cirurgias cardíacas: Inserção de Marca-passo definitivo; 
 Cirurgia Vascular; 
 Neurocirurgias: acesso através da pele (craniotomia); 
 Cirurgia de mediastino; 
 Cirurgia Plástica; 
 Cirurgia Ortopédicas eletivas; 
 Cirurgias de cabeça e pescoço; 
 Herniorrafia: Cirurgia de mama; 
 Artoplastia do quadril 
 Cirurgia cardíaca 
 Herniorrafias 
 Neurocirurgia 
 Procedimentos ortopédicos (eletivos) 
 Mastoplastia e Mastectomias 
Cirurgias potencialmente contaminadas: são as cirurgias que 
acontecem em tecidos colonizados por flora microbiana pouco 
numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Nesse tipo de 
cirurgia há ausência de processo tanto infeccioso quanto inflamatório 
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e com falhas técnicas no transoperatório são discretas. Importante 
lembrar que as cirurgias limpas com drenagem fazem parte dessa 
categoria. As cirurgias potencialmente contaminadas são caracterizadas 
por envolver manejo nos tratos digestivo, respiratório ou urinário 
sem contaminação significativa. Fazem parte da classificação de 
cirurgias potencialmente contaminadas: 
 Histerectomia abdominal 
 Parto cesáreo 
 Cirurgia do intestino delgado (eletivas sem supuração) 
 Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar 
 Feridas traumáticas limpas (até 10h após) 
 Colecistectomia não supurativa 
 Cirurgias cardíacas com circulação extra-corpórea 
 Cirurgia Cardíaca: quando houver sistema de drenagem aberta 
 Neurocirurgias: acesso através da nasofaringe ou seios da face 
 Cirurgias da árvore traqueobrônquica 
 Cirurgia plástica 
 Cirurgias Urológicas 
 
 
1. (HUB – CESPE) São consideradas potencialmente contaminadas 
as cirurgias realizadas em tecidos que, embora não apresentem 
supuração local, sejam de difícil descontaminação e as cirurgias 
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em que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou 
urinário, sem contaminação significativa, como, por exemplo, a 
redução de fratura exposta. ERRADO. Fraturas expostas são feridas 
traumáticas recentes abertas e se caracterizam como cirurgias 
contaminadas e não potencialmente contaminadas. Feridas limpas não 
são fraturas expostas, o examinador quis apenas confundir o candidato. 
 
2. (CAERD – Gestão de Concursos – 2013) É considerada cirurgia 
potencialmente contaminada: 
A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo. 
B) cirurgia de mediastino. 
C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe. 
D) cirurgia ortopédica eletiva. 
E) cirurgia para retirada de nódulos da mama. 
Comentário: 
A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo. (Cirurgia 
limpa) 
B) cirurgia de mediastino. (cirurgia limpa) 
C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe. (VERDADEIRA) 
D) cirurgia ortopédica eletiva. (cirurgia limpa) 
E) cirurgia para retirada de nódulos da mama. (cirurgia limpa) 
Lembre-se que cirurgias limpas são cirurgias realizadas em tecidos 
estéreis ou passíveis de descontaminação, com ausência de processo 
infeccioso e flogístico local ou falhas técnicas grosseiras; não ocorrem 
penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Portanto, por 
envolver contato com trato respiratório, a alternativa é invalidade por ter 
contato com nasofaringe. 
 
3. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) De acordo com os riscos 
de contaminação, as cirurgias são classificadas como limpas, 
potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. Qual 
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das cirurgias a seguir corresponde à cirurgia POTENCIALMENTE 
CONTAMINADA? 
(A) Cirurgia vascular. 
(B) Cirurgia de mediastino. 
(C) Herniorrafia. 
(D) Safenectomia. 
(E) Gastrectomia. 
Comentários: 
(A) Cirurgia vascular. 
(B) Cirurgia de mediastino. 
(C) Herniorrafia. 
(D) Safenectomia. 
(E) Gastrectomia. 
 Exceto a alternativa de letra E que é uma cirurgia potencialmente 
contaminada por envolver o trato digestivo, todas as outras são 
caracterizadas por serem cirurgias limpas. 
 
Cirurgias contaminadas: São cirurgias que se caracterizam por terem 
sido realizadas em tecidos traumatizados recentemente, abertos, 
colonizados por flora bacteriana muito numerosa, cuja 
descontaminação seja difícil ou impossível, ou ainda as cirurgias nas 
quais tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras. O trato digestivo é 
característico desta classificação. Há ainda presença de inflamação 
aguda na ferida operatória e a cicatrização se caracteriza por ser 
por segunda intenção. Não há presença de pus no local. São 
consideradas cirurgias contaminadas: 
 Cirurgia das vias biliares com obstrução biliar 
 Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclorídricos 
 Colecistectomia 
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 Cirurgias cardíacas prolongadas com circulação extracorpórea 
 Cirurgias de vias biliares, estômago e duodeno, jejuno, íleo, cólo e 
reto 
 Apendicectomia 
 Desbridamento de queimaduras 
 Cirurgia bucal, dental e da orofaringe 
 Cirurgia intranasal 
 Fraturas expostas e feridas traumáticas com atendimento após dez 
horas o trauma 
 
 
4. (HUB – CESPE) Classificam-se como contaminadas as cirurgias 
que se realizam em tecidos estéreis e na ausência de processo 
infeccioso local, sem que haja penetração nos tratos digestório, 
respiratório ou urinário, em sala de cirurgia que apresente 
condições ideais. 
Comentário: tecidos estéreis e na ausência de processo infeccioso local 
ERRADO. Cirurgias realizadas em tecidos estéreis e com ausência de 
processo infeccioso local são cirurgias limpas. 
 
 
Cirurgias infectadas: são as intervenções cirúrgicas realizadas em 
qualquer tecido ou órgão em que há presença de processo infeccioso 
com supuração local (presença de pus), necrose, corpo estranho e 
feridas de origem suja. São exemplos de cirurgias infectadas: 
 Cirurgia de reto e ânus com supuração 
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 Cirurgia abdominal em presença de conteúdo do cólo 
 Nefrectomia com infecção 
 Colescitectomia com empiema 
 Cirurgia do reto e ânus com pus 
 Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon 
 Exploração das vias biliares em colangite supurativa 
 
 
5. (HUB – CESPE) Classificam-se como infectadas as cirurgias 
realizadas em tecidos com supuração local, em tecido necrótico, 
em feridas traumáticas sujas. CERTO. Em toda ferida infectada é 
possível observar a presença de pus. 
 
6. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Analise as 
informações a seguir e assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos envolvem um 
trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que envolvam 
feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia, tecido 
isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera perfurada. 
(B) São recomendações para controle e prevenção de ISC: reduzir o 
tempo de internação em cirurgias eletivas, sendo a meta um tempo 
inferior a 24 horas; compensar doenças subjacentes; tratar infecções em 
sítio remoto antes da realização do procedimento, a não ser que o quadro 
clínico não permita adiamento do procedimento. 
(C) As cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas, de forma 
geral, têm indicação de antibioticoprofilaxia. Também as cirurgias limpas 
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que envolvam a instalação de próteses ou cuja eventual infecçãotenha 
consequências desastrosas, como as cardíacas. 
(D) Cirurgias potencialmente contaminadas são aquelas em que o sítio 
cirúrgico entra nos tratos respiratório, genital, gastrintestinal ou urinário 
em condições controladas e sem contaminação acidental. 
(E) Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) profundas são infecções que 
ocorrem relacionadas à manipulação cirúrgica acometendo tecido 
subcutâneo, tecidos moles profundos (fáscia e músculo), órgão e 
cavidades com incisão. Enquadram-se como aquelas que ocorrem até o 
30º dia de pós-operatório ou até 01 ano nos casos de cirurgias com 
implante de próteses. 
Comentário: (A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos 
envolvem um trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que 
envolvam feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia, 
tecido isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera 
perfurada. 
Alternativa completamente errada! Essa descrição trata-se de cirurgias 
infectadas. Cirurgias limpas não são provenientes de traumas, não 
possuem tecido isquêmico, nem perfuração de vísceras muito menos têm 
presença de pus. 
 
 
 
 
Classificação quanto ao momento operatório 
Eletiva: cirurgia que pode ser programada, aguardada ou agendada 
sem que isso traga risco de morte ou perda do membro ao 
paciente. Geralmente a programação é baseada no momento mais 
propício para a realização da mesma. São exemplos as mamoplastia, 
gastrectomia, varizes de MMII, cirurgias plásticas estéticas. 
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Urgência: tipo de tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve 
necessariamente ser realizado, via de regra, dentro de 24 a 48 horas. O 
aguardo mais prolongado por trazer prejuízos ao paciente e em 
alguns casos, até mesmo risco de morte por complicações. São 
exemplos a apendicectomia não supurativa, úlceras supuradas, obstrução 
intestinal aguda, hemorragia digestiva alta, retirada de corpo estranho do 
trato digestivo. 
Emergência: tratamento cirúrgico que envolve risco iminente de 
morte ao paciente ou perda permanente do membro, e requer ação 
imediata por se tratar de uma situação crítica. A janela de ação para o 
procedimento cirúrgico é de no máximo 24h de espera, com período 
ideal entre 6 e 24h para realização do procedimento que visa minimizar 
ao máximo o dano ou risco de morte. São exemplos os ferimentos por 
arma de fogo em região precordial, hematoma subdural, trauma de tórax, 
trauma de abdome, aneurismas rompidos e situações em que haja grande 
perda de sangue que podem evoluir para um choque. 
 
 
Atualmente, a AHA emprega o termo de “cirurgia time-sensitive” 
(sensível ao tempo) para os procedimentos que não se enquadram nas 
categorias acima, em casos em que os procedimentos adiados por um 
período de algumas semanas podem causar danos ao paciente. 
Geralmente emprega-se na maioria das cirurgias onde o diagnóstico é de 
cunho oncológico ou cardiológico. 
 
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7. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Uma cirurgia pode ser 
realizada por uma série de razões, como diagnóstica, paliativa, 
curativa ou de reparação. Quanto à categoria de cirurgia com base 
na URGÊNCIA, a cirurgia pode ser classificada em 
(A) ambulatorial eletiva, hospitalar. 
(B) ambulatorial, hospitalar de urgência. 
(C) ambulatorial eletiva, hospitalar de urgência. 
(D) emergência, eletiva. 
(E) emergência, urgência, requerida, eletiva, opcional. 
Comentário: Quando falamos de urgência, nos referimos ao tempo de 
espera da cirurgia, portanto, a alternativa que melhor valida o tempo de 
espera é a letra E, onde a cirurgia requerida, eletiva e opcional são 
praticamente sinônimos. 
 
 
 
Classificação quanto à finalidade 
Já cansamos de ouvir que “fulano” fez uma cirurgia para retirada de 
um tumor, outro para ligadura de trompas, outro para corrigir o nariz, 
mas nunca pensamos na finalidade das cirurgias, certo?! Pois bem! As 
cirurgias podem ser classificadas conforme a finalidade do tratamento 
cirúrgico, podendo ser: 
Curativa: 
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Tem por objetivo destruir ou corrigir a causa da doença, e “devolver” a 
saúde ao paciente. Em alguns casos dessa finalidade é necessária a retirada 
parcial ou total de um órgão. Em alguns casos, é utilizada para cirurgias de 
câncer, e nesses casos, a cirurgia curativa apenas aumenta a sobrevida do 
paciente proporcionando qualidade de vida. Ex. Apendicectomia, colelitíase, 
fístula anal. 
 
Paliativa: 
Como o nome mesmo diz, tem o objetivo de aliviar, atenuar ou buscar 
uma alternativa para reduzir o mal, mas não tem objetivo de curar a 
doença. Ex. Gastrostomia. 
 
Diagnóstica/Exploratória: 
Seu objetivo geralmente é auxiliar no esclarecimento da doença. Ex. 
Laparotomia exploratória. 
 
Plástica Reparadora/reconstrutora: 
 tem o objetivo de reconstruir artificialmente uma parte do corpo 
lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto de pele em 
queimados e implante de prótese mamária pós-mastectomia. 
 
 
 
 
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Transplante: 
Realizada com o objetivo de permutar um órgão de um paciente para 
outro ou inserir um dispositivo produzido em laboratório que realize as 
funções do órgão inexistente. 
 
 
 
8. Enfermeiro – EBSERH - (UFMG – AOCP – 2015) Michael, 45 
anos, foi submetido à craniotomia para drenagem de hematoma 
subdural após acidente de esqui. Não apresenta lesões externas. 
Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado quanto ao 
MOMENTO OPERATÓRIO, FINALIDADE E POTENCIAL DE 
CONTAMINAÇÃO, RESPECTIVAMENTE como: 
(A) Emergência – Diagnóstico – Limpo. 
(B) Urgência – Curativo – Limpo. 
(C) Emergência – Paliativo – Potencialmente Contaminado. 
(D) Urgência – Radical – Potencialmente Contaminado. 
(E) Emergência – Curativo – Limpo. 
Comentário: toda cirurgia realizada dentro de até 24h é uma cirurgia de 
emergência uma vez que envolve risco de morte ou comprometimento 
permanente do membro/ é curativa já que tem a finalidade de curar o 
paciente através da drenagem/ é limpa uma vez que é realizada em 
Plástica cosmética: 
Realizada com objetivos estéticos para fins exclusivos de 
embelezamento. Ex. Rinoplastia estética, mamoplastia de aumento, 
otoplastia, blefaroplastia. 
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tecidos estéreis e não tem contato com trato urinário, respiratório ou 
digestivo. Resposta certa letra E. 
 
9. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) N. B., 27 
anos, foi submetido à esplenectomia após acidente 
automobilístico com trauma abdominal fechado e com hemorragia 
interna. Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado, quanto 
ao Momento Operatório, Finalidade e Potencial de Contaminação, 
respectivamente, COMO: 
(A) Urgência – Paliativo – Contaminado. 
(B) Emergência– Radical – Limpo. 
(C) Urgência – Paliativo – Potencialmente Contaminado. 
(D) Urgência – Radical – Limpo. 
(E) Eletivo – Curativo – Limpo. 
Comentário: Alternativa de letra B. Um trauma que desencadeia 
hemorragia é um preditivo de choque hipovolêmico. Todo choque é 
considerado uma emergência clínica, portanto, uma cirurgia dessa 
dimensão deve ser realizada o quanto antes, preferencialmente o mais 
breve possível e não deve-se esperar até 24h para sua realização/ é uma 
cirurgia de retirada de órgão, logo, trata-se de uma cirurgia radical/ limpa 
uma vez que não houve trauma aberto. 
 
5- NOMENCLATURA CIRÚRGICA 
Já sabemos que as cirurgias são classificadas por tipo, tempo, 
potencial de contaminação, mas a nomenclatura do ato cirúrgico é de alta 
relevância e importância, já que é por meio dela que são descritos os 
tipos de cirurgia, que são preparados os instrumentais cirúrgicos, que são 
descritos procedimentos e montadas as salas. Também é a nomenclatura 
que descreve, por si só, o objetivo cirúrgico e a localização do 
procedimento. 
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Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por um 
prefixo – termo que designa a parte do corpo relacionada que seja 
operada; e por um sufixo – termo que indica a finalidade cirúrgica. 
Vejamos: 
 
Nomenclatura de ralações cirúrgicas 
Adeno Glândula 
Blefaro Pálpebra 
Cisto Bexiga 
Cole Vesícula 
Colo Cólon 
Colpo Vagina 
Entero Intestino delgado 
Gastro Estomago 
Histero Útero 
Nefro Rim 
Oftalmo Olho 
Ooforo Ovário 
Orqui Testículo 
Osteo Osso 
Oto Ouvido 
Proto Reto 
Rino Nariz 
Salpingo Trompa 
Traqueo Traqueia 
Sufixo Significado 
Ectomia Remoção parcial ou total 
Pexia Fixação de um órgão 
Plastia Alteração da forma e/ou função 
Rafia Sutura 
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Scopia Visualização do interior do corpo em geral por 
meio de aparelhos com lentes especiais 
(S)tomia Abertura de um órgão ou de uma nova boca 
 
 
Terminologias que não seguem as regras citadas 
Cirurgia Para abertura de 
amputação remoção de um membro ou de parte necrosada 
do corpo 
anastomose conexão e sutura de dois órgãos ou vasos 
artrodese fixação cirúrgica de articulação 
bartholinectomia retirada de cisto de bartolin 
biópsia remoção de um tecido vivo para fins 
diagnósticos 
cauterização destruição de tecido por meio de agente 
caustico ou calor - bisturi elétrico 
cesariana retirada do feto por incisão através da parede 
abdominal 
circuncisão ressecção da pele do prepúcio que cobre a 
glande 
cistocele queda da bexiga 
curetagem uterina raspagem e remoção do conteúdo uterino 
deiscência separação de bordos previamente suturados e 
unidos 
dissecção corte, retalhamento 
divertículo bolsa que sai da cavidade 
enxerto transplante de órgão ou tecido 
episiotomia incisão perineal destinada a evitar a ruptura do 
períneo durante o parto 
evisceração saída de víscera de sua cavidade 
 
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fístula orifício que põe em comunicação parte de um 
órgão, cavidade ou foco supurativo com a 
superfície cutânea ou mucosa 
goniotomia cirurgia de glaucoma 
onfalectomia remoção do umbigo 
operação de bursh levantamento da bexiga 
operação de hammsted correção de estenose pilórica 
operação de manchester correção de prolapso de útero 
paracentese punção cirúrgica da cavidade par retirada de 
liquido 
ressecção remoção cirúrgica de parte de órgão 
retocele protrusão de parte do reto 
toracocentese punção cirúrgica na cavidade torácica 
varicocele veias ditadas no escroto 
vasectomia corte de um segmento do canal deferente (para 
controle da natalidade) 
 
 
 
10. Enfermeiro – EBERH - (UFMG – AOCP – 2015) Os principais 
objetivos da terminologia cirúrgica são: fornecer por meio da forma 
verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico e descrever os 
tipos de cirurgia. Ao solicitar a um paciente informações sobre a 
história de doenças e cirurgias em sua família, o enfermeiro obteve 
as seguintes respostas: 
• a mãe foi submetida à retirada da bexiga. 
• a irmã foi submetida à retirada das trompas uterinas. 
• o pai foi submetido à retirada do baço. 
• um irmão foi submetido à fixação do test́culo na bolsa escrotal. 
Assinale a alternativa CORRETA. Ao fazer as anotações utilizando os termos 
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técnicos adequados, o profissional registrou: 
(A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia. 
(B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia. 
(C) cistectomia – salpingectomia – esplenectomia – orquipexia. 
(D) cistectomia – trompectomia – bacectomia – postectomia. 
(E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia. 
Comentário: 
(A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia. 
(Respectivamente: retirada do útero, retirada do ovário, retirada do fígado e 
retirada de fimose) 
(B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia. 
(Respectivamente: retirada da bexiga, retirada do útero, retirada da vesícula 
e fixação dos testículos) 
(D) cistectomia – trompectomia – bacotomia – postectomia. 
(Respectivamente: retirada da bexiga, não existe, não existe, retirada da 
fimose) 
(E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia. 
(Respectivamente: retirada da bexiga, reconstrução das trompas, retirada do 
fígado e reconstrução dos testículos) 
 
 
 
6-RISCOS CIRÚRGICOS 
O Risco Cirúrgico é uma avaliação do estado clínico do 
paciente que deve ser feita previamente a procedimentos 
cirúrgicos ou determinados procedimentos médicos, conforme padrões 
pré-estabelecidos pelas principais sociedades médicas. O risco cirúrgico 
serve para avaliar o risco antes mesmo de iniciar o procedimento. 
No risco cirúrgico são considerados: estados de saúde do paciente, a 
complexidade dos procedimentos e o possível tempo de duração da 
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cirurgia. Os riscos cirúrgicos mais utilizados seguem a orientação da 
SOBECC, ASA e Goldman e é ele que determina o porte da cirurgia. 
O Risco Cirúrgico é composto por Raio-X de tórax, ECG, exames 
de sangue (contagem de plaquetas, hemácias, leucócitos e hematócrito, 
eletrólitos, função renal, função hepática, glicose, Beta-HCG para 
mulheres, tipagem sanguínea) e avaliação pela anestesiologia. 
 
 
11. Enfermeiro – EBSERH - (HUPES /BA - IADES – 2015) A 
verificação do aumento do tempo de protrombina leva a riscos 
pós-operatórios. Assinale a alternativa que indica corretamente 
um desses riscos. 
(A) Infecção. 
(B) Queda de pressão arterial. 
(C) Baixo débito urinário. 
(D) Arritmia cardíaca. 
(E) Sangramento 
Comentário: 
(A) Infecção.(B) Queda de pressão arterial. 
(C) Baixo débito urinário. 
(D) Arritmia cardíaca. 
(E) Sangramento (VERDADEIRA) 
A protrombina é uma proteína plasmática precursora da trombina e 
essencial para a coagulação sanguínea. É solicitada nos exames 
laboratoriais que compõem o risco cirúrgico. O déficit de protrombina é 
um fator de risco para hemorragias, portanto, nenhuma das demais 
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afirmativas faz relação direta com a coagulação sangúinea, logo, resposta 
correta letra E. 
 
 O momento ideal para a avaliação pré-operatória do risco cirúrgico 
e quem deve fazê-la ainda não foi definido. O ideal é que o risco seja feito 
em conjunto pela cardiologia, anestesia, clínico geral, equipe de 
enfermagem e equipe cirúrgica. A ASA – American Society 
Anestesiology sugere o uso de um algoritmo na avaliação do risco 
cirúrgico onde é considerado o risco para o paciente, que tem como 
principais componentes a natureza da condição clínica pré-operatória e a 
natureza do procedimento em si. 
A avaliação segundo a ASA é feita pelo anestesiologista e avalia o 
estado de saúde do paciente em que o mesmo é classificado de 1 a 6 da 
seguinte forma: 
ASA 1: Indivíduo saudável, hígido, sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos 
ou psiquiátricos. 
ASA 2: Indivíduo com distúrbio fisiológico de leve a moderado, porém 
controlado. Sem comprometimento da atividade normal. A condição pode 
afetar a cirurgia ou anestesia. Doença sistêmica leve, por ex. diabetes. 
ASA 3: Indivíduo com distúrbio sistêmico importante, de difícil controle, 
com comprometimento da atividade normal e com impacto sobre a 
anestesia e cirurgia, por ex. falência renal e cirrose. 
ASA 4: Indivíduo com desordem sistêmica severa, potencialmente letal, 
com grande impacto sobre a anestesia e cirurgia. Doença sistêmica grave 
com ameaça constante à vida, por ex. ICC severa. 
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ASA 5: Indivíduo moribundo. A cirurgia é a única esperança para salvar a 
vida. Sem possibilidade de sobrevida sem a cirurgia. 
ASA 6: Paciente com morte cerebral cujos órgãos serão removidos para 
fins de doação. 
 Lembremos que em todo pré-operatório devem ser considerados os 
exames laboratoriais do paciente e segundo a avaliação das taxas séricas, 
são definidas as necessidades de reposição de hemocomponentes, a 
necessidade de leito de UTI, o tamanho e composição da equipe, 
equipamentos especializados utilizados, etc. Dada a avaliação global do 
paciente, os procedimentos são classificados em: 
Procedimentos Cirúrgicos A – Procedimento minimamente invasivo 
com baixo potencial para causar alterações homeostáticas. Raramente 
relacionado com morbidade ligada ao procedimento anestésico. 
Raramente requer hemotransfusões, monitorização invasiva ou CTI no 
pós operatório. 
Procedimentos Cirúrgicos B – Procedimento moderadamente 
invasivo com potencial moderado para alterações homeostáticas. Pode 
requerer hemotransfusão, monitorização invasiva ou CTI no pós-
operatório. 
Procedimentos Cirúrgicos C – Procedimento altamente invasivo com 
alteração da homeostase. Quase sempre requer hemotransfusão, 
monitorização invasiva CTI no pós-operatório. 
As cirurgias ainda podem ser classificadas quanto ao porte 
cirúrgico ou risco cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou 
seja, a probabilidade de perda de fluidos e sangue durante sua realização, 
e quanto ao tempo. 
Quanto ao PORTE em: 
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Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluído e sangue. 
Ex: cirurgias de emergência com comprometimentos vasculares arteriais. 
Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluído e sangue. 
Ex:troca de prótese de quadril. 
Pequeno porte: Com pequena probabilidade de perda de fluído e 
sangue. Ex: mamoplastia de aumento. 
 
 
 
Quanto ao TEMPO: 
Cirurgia de porte I: Com o tempo de duração de até 2 horas. Ex: 
rinoplastia, colecistectomia, blefaroplastia. 
Cirurgia de porte II: Com o tempo de duração de 2 a 4 horas. Ex: 
gastrectomia, laparotomia exploratória. 
Cirurgia de porte III: Com o tempo de duração de 4 a 6 horas. Ex: 
craniotomia, revascularização do miocárdio. 
Cirurgia de porte IV: Com tempo de duração maior que 6 horas. Ex: 
hepatectomia, transplante cardíaco. 
 
7 -TEMPOS CIRÚRGICOS 
1. Diérese: consiste no primeiro tempo cirúrgico e é caracterizado pela 
separação dos tecidos por intervenção manual ou instrumental. É o 
rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para 
atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. 
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 Mecânica: através de instrumentos cortantes (agulhas, trocaters, 
dilatadores, bisturis, tesouras e lâminas especiais) 
 Física: através de recursos especiais (meio térmico, crioterápico e 
por laser) 
2. Hemostasia: é o segundo tempo cirúrgico que consiste em um 
conjunto de manobras manuais ou instrumentais que tem como objetivo 
conter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de 
sangue em determinado local em um período de tempo. A remoção 
de sangue derramado durante a cirurgia pode ser realizada por aspiração 
ou pela secagem com compressa estéril, realizada manualmente ou com 
instrumental. As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, 
capilar ou mista. Podem trazer ameaça à vida do paciente ou a sua pronta 
recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a infecção e podem 
dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia. 
Os métodos de hemostasia dividem-se em temporários e definitivos: 
 Temporária: realizada através de torniquete, posição anti-
hemorrágica, vasoconstritor de aplicação local (ex.: adrenalina), 
distensão dos tecidos, tamponamento compressivo, bandagem 
compressiva, ligadura ou pinçamento transitório com clampeador, 
com fios, com fitas ou com sondas. 
 Definitiva: realizada por meio de substância de aplicação local como 
adesivo de fibrina, gelatina absorvível, celulose oxidada, colágeno 
absorvível, adesivo de cianocrilato, cera óssea, coagulação térmica 
(por frio ou por calor), pinçamento dos vasos, forcitorção dos vasos, 
ligadura, individual ou em massa, ligadura por transfixação, 
ligadura de pedículos vasculares, síntese de vaso. 
3. Exérese: é o terceiro tempo cirúrgico que consiste na remoção ou 
extirpação cirúrgica de órgãos ou de estruturas anatômicas. É o momento 
da cirurgia propriamente dita. 
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4. Síntese: quarto e último tempo cirúrgico. Consiste na redução do 
espaço morto e aproximação das bordas. É importante para evitar a 
formação de seroma, o que pode causar contaminação e consequente 
deiscência de sutura por aumento da pressão no interior da cavidade ou 
do tecido. Também é importante para diminuir a tensãosobre a sutura de 
pele, o que diminuirá o risco de necrose por perda de irrigação do local. 
Ao diminuir a tensão da sutura de pele, permite também a utilização de 
fio de sutura mais fino, o que contribui para uma cicatriz mais 
esteticamente aceitável. A síntese pode ser: 
 Cruenta: por meio de fios cirúrgicos para aproximação das bordas. 
 Incruenta: união das bordas não é realizada por sutura. Utiliza-se 
artifícios como gesso, adesivos e ataduras. 
 Imediata: a união das bordas da incisão é feita imediatamente 
após o término da cirurgia. 
 Mediata: a aproximação das bordas é feita após algum tempo de 
incisão. 
 Completa: aproximação das bordas é feita em toda a 
dimensão/extensão da incisão cirúrgica. 
 Incompleta: a aproximação das bordas não compreende toda a 
extensão da lesão e mantém-se uma pequena abertura para a 
colocação de um dreno. 
 Temporária: quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos 
da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta. 
 Definitiva ou permanente: quando os fios cirúrgicos não 
precisam de remoção já que permanecem encapsulados no interior 
dos tecidos. 
 
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12- Enfermeiro- AOCP- EBSERH- 2015- A expressão tempo 
cirúrgico caracteriza a sequência de procedimentos utilizados no 
ato operatório. Esses tempos são divididos e denominados em 
quatro fases. São elas: 
(A) diérese, hemostasia, exérese e síntese. 
(B) dissecção, fulguração, exploração e conclusão. 
(C) anestesia, preparo, ato cirúrgico propriamente dito, recuperação. 
(D) identificação, anestesia, exploração e reversão da anestesia. 
(E) pré-operatório, transoperatório, recuperação pós-anestésica e pós-
operatório imediato. 
Comentários: Os tempos corretos e na ordem correta está descrito no 
item A. 
 Relembrando os tempos cirúrgicos: 
1-Diérese 
2-Hemostasia 
3- Exérese 
4- Síntese 
 
 
8 -PERÍODOS CIRÚRGICOS E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA 
DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA 
Perioperatório é o termo utilizado para descrever TODO o 
período da cirurgia desde o momento em que o cirurgião decide indicar a 
operação e comunica ao paciente, até que este último retorne, depois da 
alta hospitalar, às atividades diárias normais. 
O PERIOPERATÓRIO inclui três fases de cuidados: 
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Essa divisão é fundamental principalmente para o emprego do 
cuidado em cada fase uma vez é necessária a avaliação dos riscos e das 
complicações relacionadas às intervenções cirúrgicas. Vamos mais a 
fundo... 
Pré-Operatório: inicia no momento em que o paciente recebe a 
indicação da cirurgia e se estende até a sua entrada no centro 
cirúrgico. O pré-operatório é dividido em Mediato e Imediato. 
 Mediato: 
Neste período o paciente é orientado sobre a cirurgia, são 
realizados os exames pré-cirúrgicos, avaliado o uso de medicações de 
rotina, os dados antropométricos e feita a conferência de exames. 
Também é neste momento em que é prestado suporte emocional 
ao paciente para cirurgia, já que qualquer ato cirúrgico contribui para o 
aumento da ansiedade do indivíduo. Por esta razão, toda a equipe deve 
estar alerta para esclarecer aspectos que não estejam claros, e detectar 
sinais e sintomas de alterações físicas decorrentes da ansiedade como: 
taquicardia, hipertensão, hipertermia, sudorese e insônia. Este momento 
do pré-operatório não é propício ao ensino, pois o paciente não está 
receptivo para tal. 
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No pré-operatório mediato é de competência do enfermeiro o 
planejamento, implementação e avaliação das ações de 
assistência para o preparo físico do paciente de pré-operatório 
imediato quanto à orientação para a deambulação no pós-cirúrgico, 
quanto aos exercícios respiratórios e a necessidade de cuidados 
específicos para cada cirurgia. 
 
 Imediato 
É o período compreendido nas 24h que antecedem a cirurgia. A 
evolução técnica e científica alcançada pela enfermagem tornou possível a 
visita pré-operatória pelo enfermeiro onde é realizada a entrevista de 
enfermagem, que possibilita a obtenção de dados do paciente, detecção 
de problemas e alterações relacionadas aos aspectos biopsico-sócio-
espirituais. É no período imediato que podemos realizar a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem e avaliar a 
necessidade de intervir a fim de: 
- Diminuir ansiedade do paciente e família em relação ao procedimento 
anestésico-cirúrgico e ambiente do centro cirúrgico; 
- Avaliar as condições físicas e emocionais do paciente para obter 
subsídios necessários ao planejamento e implementação a assistência a 
ser prestada durante a permanência do paciente na unidade do Centro 
Cirúrgico e de recuperação pós-cirúrgica; 
- Proporcionar continuidade na assistência de enfermagem de forma 
individual; 
- Contribuir para a melhoria da qualidade de assistência de enfermagem 
prestada no período perioperatório. 
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É durante a visita de enfermagem que é realizado o levantamento 
de dados do paciente por intermédio do histórico e exame físico de 
enfermagem, que objetiva identificar problemas, que são a base para o 
diagnóstico situacional do paciente. 
Com base nesses dados, é planejada a assistência a ser 
prestada relacionada ao tipo cirúrgico, como por exemplo, a 
necessidade de cateterizações, preparo da pele, necessidade de 
cuidados para infusão anestésica, etc. Sempre que necessário, é 
realizada consulta ao prontuário médico, a fim de pesquisar dados que 
fizerem necessários. 
É no pré-operatório imediato que deve ser conferido o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, documento que autoriza a 
cirurgia e prova que o paciente está ciente do tratamento a que vai ser 
submetido. Nunca se esqueça que o termo de responsabilidade deve ter 
sido assinado pelo próprio paciente quando este for capaz, e/ou pela 
família em casos de curatela ou menoridade. É papel da Enfermagem 
assegurar que o Consentimento Informado esteja devidamente assinado e 
esteja junto ao prontuário do paciente. 
Nos cuidados específicos de Enfermagem estão incluídos: 
1) Observação aos cuidados com esvaziamento intestinal: que deve 
ser indicado e utilizado principalmente em cirurgias intestinais com a 
função de limpar este órgão e assim reduzir a possibilidade de infecção 
por eliminações trans e pós-cirúrgicas. Deve ser realizado de 8 a 12 
horas antes do ato cirúrgico. 
2) Modificação da dieta e jejum: o objetivo do jejum pré-operatório é 
diminuir o risco e o grau de regurgitação do conteúdo gástrico, 
prevenindo uma possível broncoaspiração. As recomendações para 
Jejum Pré-Operatório Segundo a ASA Task Force on Preoperative Fasting 
são: 
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- Líquidos sem resíduos (água, chá, café, suco de fruta sempolpa, todos 
sem álcool e com pouco açúcar): jejum de 2 horas para todas as idades; 
- Leite materno: jejum de 4 horas para recém-nascidos e lactentes; 
- Dieta leve (chá e torradas) e leite não materno: aceita-se até 6 horas de 
jejum para crianças e adultos; 
- Fórmula infantil: jejum de 6 horas para recém-nascidos e lactentes; 
- Sólidos: jejum de 8 horas para crianças e adultos. 
 
 
13. (FHEMIG – FCC – 2013) Na admissão do paciente no Centro 
Cirúrgico, é importante verificar se: 
I. O termo de consentimento de cirurgia foi preenchido 
corretamente e assinado pelo paciente. 
II. O prontuário, os exames de laboratório e de imagem foram 
encaminhados junto com o paciente. 
III. Os dados do paciente conferem com a pulseira de identificação. 
IV. O tempo de jejum foi respeitado e se as próteses foram 
retiradas, quando necessárias. 
Está correto o que consta em: 
(A) I, apenas. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I, II, III, apenas. 
(D) I, II, IV, apenas. 
(E) I, II, III e IV 
Comentário: 
(A) I, apenas. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I, II, III, apenas. 
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(D) I, II, IV, apenas. 
(E) I, II, III e IV (VERDADEIRA) 
 A conferência do TCLE, exames, dados pessoais, tempo de jejum e 
adornos são de responsabilidade da Enfermagem. Lembre-se que em 
90% dos casos a palavra “apenas” invalidade a alternativa. 
 
 
 
3) Higiene corporal, oral e banho pré-operatório com antisséptico 
degermante: a maior parte das referências fazem alusão de que um 
banho com água e sabão é suficiente, mais em casos que colocação de 
próteses são possíveis de serem prescritas, o banho com antisséptico é 
fundamental. 
4) Esvaziamento da bexiga: é neste momento que são feitas as 
avaliações quando à instalação de sondagem vesical de demora. SVD são 
indicadas para cirurgias longas onde o monitoramento da perda de 
líquidos é essencial, ou para que seja evitada a distensão da bexiga 
(comum em cirurgias ginecológicas devido a proximidade útero com a 
bexiga). Por uma questão de humanização, orienta-se sondar o paciente 
após a indução anestésica. 
5) Passagem da sonda nasogástrica: orientada principalmente nos 
casos onde existe a possibilidade de refluxo de conteúdo gástrico ou 
acúmulo de líquido no estômago. 
6) Punção calibrosa: sempre indicada, principalmente nos casos em 
que a condição do paciente é grave e existe a possibilidade de necessitar 
de volume durante o procedimento cirúrgico. Importante para realização 
de medicações, manutenção da hidratação do paciente e fornecimento de 
calorias em casos em que a NPT faz-se necessária. 
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7) Controle de sinais vitais: a monitorização do paciente é essencial 
uma vez que alterações na homeostase do indivíduo podem acarretar o 
cancelamento do procedimento cirúrgico. 
 
 
14. (HUB – CESPE) As prescrições de enfermagem mais comuns no 
pós-operatório incluem aquelas relativas à verificação freqüente 
dos sinais vitais, controle de líquidos e infusões, administração de 
medicamentos para dor conforme prescrição médica e 
posicionamento adequado do paciente no leito. CERTO. As 
prescrições de Enfermagem se relacionam diretamente com o conforto e 
bem estar do paciente. 
 
8) Remoção de próteses dentárias e esmaltes: próteses dentárias 
devem ser retiradas pois oferecem risco de obstrução de via aérea 
durante a intubação. Materias de uso pessoal devem recolhidos e 
deixados com familiares. O esmalte, principalmente os escuros, podem 
alterar a sensibilidade do oxímetro de pulso (medidor de saturação 
sanguínea), portanto, devem ser retirados antes do início da cirurgia. 
9) Medicação pré-anestésica: auxilia na redução da ansiedade do 
paciente a ajuda na indução anestésica. Geralmente é administrado entre 
45-75 minutos que precedem a cirurgia. 
11) Retirada de brincos, adornos, roupa íntima: deve-se ao uso do 
bisturi elétrico. O bisturi transforma a corrente alternada em corrente 
elétrica de alta freqüência. O uso da placa dispersiva serve como fio terra, 
mas na presença de materiais de metal pelo corpo, a energia pode 
acumular naquele determinado local e causar queimadura. Atenção para 
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roupas íntimas que podem ser feitas de material sintético e possuir 
ornamentos de metal. 
 
 
 
15. EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte dos 
cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO 
para esse paciente, EXCETO: 
(A) suspender medicação antihipertensiva. 
(B) jejum de 06 a 08 horas. 
(C) orientar e supervisionar a retirada de próteses e possíveis adornos. 
(D) controle de sinais vitais. 
(E) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré-
anestésico. 
Comentário: A suspensão de anti-hipertensivos não é uma medida 
adotada para cirurgias uma vez que eles controlam a condição 
hemodinâmica do paciente e esta uma vez alterada pode comprometer a 
realização da cirurgia. Excetua-se dos cuidados pré-operatórios apenas a 
letra A. 
 
16. Enfermeiro - EBSERH(HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte 
dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO 
para essa paciente, EXCETO 
(A) jejum de 06 a 08 horas. 
(B) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré-
anestésico. 
(C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário modificar a 
cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia. 
(D) remoção de prótese dentária e outras, joias e adornos, esmalte e 
maquilagem. 
(E) certificar-se do consentimento do paciente. 
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Comentário: (C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário 
modificar a cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia. 
A orientação de não levantar a cabeça não existe no período pré-
operatório. Geralmente quando esse tipo de orientação é fornecida, é 
realizada no período PÓS-OPERATÓRIO após realizada a raquianestesia. 
Orienta-se manter a posição de 180º com vistas a evitar cefaleia pós-
raqui, onde o paciente pode fazer uma cefaleia por extravasamento do 
líquido raquimedular pelo orifício do local da anestesia. Não é regra, varia 
de paciente para paciente e conforme a orientação da anestesia. Exceto 
esta explicação, não existe outra justificativa. 
 
Trans/Instra-Operatório: Trans-operatório é descrito como o momento 
em que o paciente é admitido no CC e o intra-operatório é o momento 
compreendido entre o início da infusão anestésica até a saída do paciente 
da sala operatória. O Intraoperatório e o Transoperatório acabam juntos. 
É durante o transoperatório, imediatamente antes do procedimento 
cirúrgico, que deve ser realizada a tricotomia por meio do tricótomo com 
a finalidade de evitar lesões na pele e diminuir o índice de infecção 
cirúrgica. A tricotomia, sempre que necessária, facilita o acesso às regiões 
a serem operadas. 
É no transoperatório que o paciente é posicionado conforme 
o tipo de cirurgia. As posturas mais comumente utilizadas são: 
- Decúbito dorsal ou posição supina: dorso no paciente emcontato 
com a superfície da mesa operatória (ex: parto cesáreo) 
- Decúbito ventral ou posição prona: tórax do paciente em contato 
com a superfície da mesa operatória (ex: hérnia de disco) 
- Decúbito lateral ou SIMS: região lateral do paciente posicionada 
na mesa operatória com pernas fletidas (ex: cirurgia renal) 
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- Posição litotômica ou ginecológica: pernas do paciente suspensas 
e seguras em apoio específico para joelhos (ex: parto natural) 
- Posição de Tredelemburg: corpo do paciente pendente com os pés 
para cima; essa postura reduz a pressão sobre vísceras abdominais e 
aumenta o espaço existente entre elas. (ex: laparotomia de abdome 
inferior) 
- Posição de Tredelemburg reverso: corpo do paciente pendente 
com os pés para baixo; reduz a pressão sanguínea em região apical (ex: 
craniotomia) 
- Posição de Fowler ou sentada: paciente sentado com o tronco num 
ângulo de aproximadamente 45º com relação ao solo (ex: inserção de 
dreno de tórax) 
 
 
 
17. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) A assistência de 
enfermagem ao paciente cirúrgico deve ser individualizada e 
sistematizada, visto que nem sempre ele sairá da operação nas 
mesmas condições físicas anteriores à cirurgia. Na abordagem de 
posicionamento cirúrgico, todas as recomendações para posições 
cirúrgicas a seguir estão corretas, EXCETO: 
(A) Posição de Sims - decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça 
apoiada. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o 
braço esquerdo esticado Para trás, de forma a permitir que parte do peso 
do corpo apoie sobre o peito. MMII devem estar flexionados; o direito, 
mais que o esquerdo. 
(B) Lateral - manter o alinhamento espinhal, observar orelhas, colocar um 
apoio sob a cabeça, região da axila e entre as pernas, manter a perna em 
contato com a mesa flexionada na região do quadril e a superior esticada. 
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(C) Litotomia - manter os braços em braçadeiras em um ângulo máximo 
de 90º, acolchoar quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a menor 
elevação das pernas pelo menor tempo possível e minimizar o grau de 
abdução do quadril. 
(D) Prona - proteger rosto, olhos e queixo, favorecer o acesso aos tubos 
e linhas de monitoramento, manter o alinhamento do pescoço, colocar 
coxins em formato de rolos da clavícula à crista ilíaca e sob as pernas e 
pés, deixar as genitálias livres, proteger os pés de hiperflexão. 
(E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos joelhos, os braços 
em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as pernas descruzadas, 
com os pés em hiperextensão. 
Comentário: (E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos 
joelhos, os braços em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as 
pernas descruzadas, com os pés em hiperextensão. 
Alternativa errada letra E. A posição supina mantem o paciente deitado de 
costas com as pernas e braços estendidos em relação ao corpo e apoiado 
em talas. Os pés ficam em posição anatômica respeitando a postura do 
indivíduo e não em hiperextensao. Essas duas afirmativas erradas 
invalidam a questão. 
 
Pós-Operatório: Inicia-se no momento que o paciente sai da sala 
operatória e é admitido na sala de recuperação pós-anestésica e estende-
se até a alta, acompanhamento e avaliação domiciliar. Dividido em 
Imediato e Mediato. 
 Pós-Operatório Imediato 
Também conhecido por POI ou PO Zero. Corresponde às primeiras 
24h após o término da cirurgia e começa a ser contato à partir da hora 
em que a anestesia é suspensa pelo boletim anestésico. É comum que 
nesta fase o paciente apresente hematomas, equimoses, edema 
intersticial e dor de intensidade leve a moderada. Neste período é 
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avaliada a condição d recuperação pós-anestésica do paciente a cada 15 
minutos na primeira hora e a cada 30 minutos nas horas subsequentes. 
Utiliza-se como avaliação as escalas de Glasgow, Aldrete-Kroulik e 
Ramsey. Abordaremos esses assuntos mais afundo num momento mais 
oportuno. 
 Pós-Operatório Mediato: 
Estende-se das 24h após o procedimento cirúrgico até a alta médica 
do paciente, o que não quer necessariamente dizer que seja a alta 
hospitalar. 
ATENÇÃO! A alta hospitalar pode acontecer no dia seguinte à 
cirurgia, mas às vezes o paciente demora meses para ter alta médica 
ainda que já esteja em domicílio. 
 
Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório 
 Todo paciente que foi submetido a algum tipo de cirurgia terá 
desconforto de alguma espécie. O objetivo da assistência de 
Enfermagem no Pós-Operatório é reduzir a ocorrência desses 
desconfortos e prevenir as complicações advindas da cirurgia. As 
complicações que podem ocorrer a qualquer momento, tanto no POM 
quanto no POI. 
 Desconfortos: são descritos como situações esperadas e 
facilmente resolvidas. Entre eles podemos ter: 
- Náuseas e vômitos (hiperêmese): ocorrem em virtude do efeito 
anestésico, deglutição de sangue ou de muco durante o ato cirúrgico. 
Facilmente resolvida com medicamentos antieméticos administrados logo 
após a cirurgia e ao longo do período de internação. Atenção sempre para 
o posicionamento do paciente quanto à cabeça, que deve estar 
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lateralizada com a finalidade de evitar broncoaspirações. A cabeceira deve 
permanecer elevada sempre que possível e quando não for contra-
indicado. Recomenda-se a realização da higiene oral a cada episódio de 
vômito. 
- Distensão abdominal: acontece em virtude do acúmulo de gases ou 
líquidos na cavidade abdominal. É comum que aconteça quando existe 
forte manipulação abdominal, como nos casos de retiradas de órgãos. 
Nestes casos recomenda-se manter a cabeceira do paciente entre 30 e 
40º de elevação, estimular a deambulação sempre que possível, verificar 
posição do dreno quando este estiver presente e oferecer medicação 
prescrita que reduza a sensação de desconforto (ex: simeticona). 
- Retenção urinária: ocorre principalmente pelo bloqueio anestésico e 
psicológico, mas também pode ser proveniente de manipulações em 
tecidos próximos à bexiga. Orienta-se que o paciente seja encorajado a 
urinar com auxílio de massagens locais, compressa de água morna e em 
último caso, com passagem de sondas de alívio. Não esqueça que toda 
sondagem vesical traz riscos de infecções, portanto, a sondagem deve ser 
utilizada como último recurso ou quando houver presença de distensão 
vesical importante, nosso conhecido “bexigoma”. 
- Polidipsia: pode ocorrer em virtude de distúrbios hidroeletrolíticos 
quando há perda excessiva de sangue, líquido ou quando há indução 
anestésica ou de analgésicos. Alguns medicamentos causam ressequidão 
de mucosas, nestes casos recomenda-se umedecer os lábios do paciente 
com compressas com água, mas nunca oferecer água quando não for 
orientação médica e quando paciente estiver em dieta zero. A oferta de 
água só está permitida quando o nível de consciência do indivíduo for 
satisfatório e quando essa manobra não oferecer risco parabroncoaspiração. 
- Temperatura: pacientes pós-cirúrgicos costumam fazer hipotermia por 
diversas razões: perda de líquido, efeitos deletérios da anestesia geral, 
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perda de calor para o ambiente frio da sala operatória, perda da fluídos e 
exposição das vísceras quando expostas, descobertura do corpo durante o 
ato cirúrgico, infusão de soros gelados e antissepsia com agentes frios. 
Todos esses itens causam queda da temperatura corporal e podem induzir 
a perda de calor o que consequentemente evolui para hipotermia. Nesses 
casos, orienta-se aquecer o paciente com manta térmica e limpar os 
curativos sempre que estiverem saturados. 
 
 
18. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2015 -A Sistematização da 
Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) preconiza a 
atuação do enfermeiro de centro cirúrgico, sequencialmente, nos 
seguintes períodos operatórios: 
(A) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-
operatório tardio. 
(B) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-
operatório imediato. 
(C) transoperatório, pós-operatório imediato, pós-operatório mediato. 
(D) pré-operatório imediato, transoperatório, pós-operatório mediato, 
pós-operatório tardio. 
(E) pré-operatório imediato, recuperação anestésica, pós-operatório 
imediato. 
Resposta: 
(A) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-
operatório tardio. 
Correta: (B) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação 
anestésica, pós-operatório imediato. 
(C) transoperatório, pós-operatório imediato, pós-operatório mediato. 
(D) pré-operatório imediato, transoperatório, pós-operatório mediato, 
pós-operatório tardio. 
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(E) pré-operatório imediato, recuperação anestésica, pós-operatório 
imediato. 
Preste atenção no comando da questão! Ela pede sequencialmente, por 
isso as outras não estão corretas ou estão incompletas. Na sequência 
correta só está a letra B. Lembrando que a sequência correta é: 
 Pré-operatório: mediato e imediato. 
 Transoperatório 
 Pós-operatório: imediato e mediato. 
 
 
HIPOTERMIA SEVERA: considerada uma condição de emergência onde 
a temperatura corporal fica abaixo dos 30ºC; a respiração torna-se 
superficial e paradoxal, a pulsação irregular ou inexistente e as pupilas 
dilatadas. Em situações assim, deve ser imediatamente iniciada 
soroterapia aquecida com o a presença de um médico. Nesses casos o 
soro deve estar em temperatura tátil de aproximadamente 37ºC. 
HIPERTERMIA MALIGNA: caracterizada por temperaturas maiores que 
40ºC que podem ocorrer no intra-operatório em virtude de 
hemotransfusão, de efeitos anestésicos ou ainda por indução de 
relaxantes musculares. Os primeiros sintomas são taquicardia e oscilação 
na pressão arterial, com o prolongar do tempo de anestesia os sintomas 
vão se agravando causando alterações cardiovasculares, rigidez muscular, 
sudorese intensa, hipertermia, mioglobinúria, dentro outros. Neste caso 
recomenda-se expor o paciente o máximo possível a baixas temperaturas, 
utilizar compressas frias, soroterapia gelada e antitérmicos como 
coadjuvantes de tratamento. 
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- Dor da ferida operatória: dor na ferida operatória lesa a quadros de 
ansiedade e pode desencadear o aumento da PA e da FR em pacientes 
pós-operados. Orienta-se que o paciente seja mantido em posições de 
conforto com a finalidade de controle álgico. A utilização de analgésicos 
deve ser realizada sempre que prescrita. 
 
 
19. (HUB – CESPE) Na avaliação dos resultados esperados, 
relacionados à cicatrização normal da ferida cirúrgica, o 
enfermeiro deve observar as condições da ferida, como a ausência 
de sinais de inflamação e a aproximação das bordas. CERTO. 
Qualquer alteração na ferida cirúrgica pode prejudicar a cicatrização. Uma 
vez que há presença de processo inflamatório há processo infeccioso, o 
que pode comprometer a recuperação do paciente e se não tratada a 
tempo, evoluir para um séptico. 
20. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2014 - No processo anestésico 
cirúrgico, a hipertermia maligna (HM) configura-se como uma 
desordem farmacogenética potencialmente fatal, sendo comum 
nos primeiros sintomas o paciente apresentar: 
(A) diplopia. 
(B) anorexia. 
 (C) hipotermia. 
(D) perda de tônus muscular. 
(E) taquicardia. 
Comentário: A correta é a letra E. A taquicardia é um dos primeiros 
sinais, com a progressão dos sintomas podem ocorrer agravamentos em 
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vários sistemas. A letra D pode confundir, mas não há perdas musculares 
e sim rigidez. 
 
Complicações: são descritas por situações fisiológicas relacionadas 
direta ou indiretamente ao procedimento anestésico ou cirúrgico, seja 
durante ou após a cirurgia. 
 
- Atelectasia: pode ocorrer em virtude do tipo de anestesia ou tipo de 
cirurgia. Mais comum em cirurgias torácicas por acúmulo de líquido na 
cavidade pulmonar ou por obstrução na passagem de ar para os alvéolos 
em virtude de algum coágulo. Pode ser apresentar-se clinicamente por 
dor torácica, falta de ar e febre. Pede-se posicionar o paciente sentado 
em posição de Fowler, realizar instalação de cateter nasal ou máscara de 
Venturi (visando melhora o desconforto respiratório), realizar analgesia 
medicamentosa e exercícios respiratórios para recrutamento alveolar. 
- Trombose venosa profunda (TVP): causada por deslocamento de 
trombo em virtude da estase venosa no centro cirúrgico ou por trombo 
proveniente da própria cirurgia. O corte, algumas vezes, pode ser o 
responsável pela TVP nos casos em que partículas gordurosas podem se 
desprender do tecido e migrar para vasos de pequeno calibre. A TVP é 
caracterizada por sinais flogísticos locais (dor, calor, rubor e edema) e seu 
surgimento pode ser decorrente de uma flebite. O tratamento envolve o 
uso de anticoagulantes, analgésicos e antiinflamatórios. Para que a TVP 
seja prevenida, o paciente é orientado quanto à utilização de meias 
elásticas, enfaixamento compressivo e a deambulação precoce no pós-
operatório. Durante o período agudo dos sintomas da TVP, orienta-se que 
o paciente mantenha repouso do membro afetado com a finalidade de 
evitar migração do coágulo para a região pulmonar. 
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- Tromboembolismo Pulmonar (TEP): geralmente ocorre como uma 
complicação da TVP quando algum trombo migra para a região pulmonar. 
O paciente com TEP geralmente refere dor na inspiração e pode evoluir 
para rebaixamento do nível de consciência. Nos casos de TEP a orientação 
é a manutenção do paciente com suporte de O2 suplementar, em posição 
de Fowler sob repouso, com monitorização dos sinais vitais, sob uso de 
anticoagulantes, analgésicos eantiinflamatórios. 
- Hemorragia: ocorre quando há rompimento da sutura na ferida 
operatória ou quando ocorre rompimento interno de algum vaso ou ainda 
por extrusão do dreno. Pode ser primária (quando ocorre durante o 
transoperatório) ou secundária (no pós-operatório). Em casos de 
hemorragia é necessário que seja feito trendelemburg , contenção do foco 
do sangramento, realização de reposição volêmica caso seja necessário 
sempre por acesso venoso calibroso ou duplo. 
- Infecção da ferida cirúrgica: geralmente ocorre por técnica asséptica 
inadequada (contaminação) pela equipe durante o procedimento cirúrgico 
ou mesmo pelo paciente durante os cuidados no pós-operatório. Ocorre 
aparecimento dos sinais flogísticos locais e exudato purulento. Em casos 
graves pode não ter aproximação das bordas e a vascularização 
prejudicada pode levar à necrose do tecido local. 
 
 
Cirurgias nas quais são utilizados OPME (órtese, prótese e materiais 
especiais) são potenciais para focos de infecção de fundo hospitalar. São 
consideradas infecções hospitalares as provenientes de uso de 
OPME até um ano após o implante (ex: prótese de quadril) e sem o 
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uso de OPME até 30 dias após a realização do ato cirúrgico (ex: 
amigdalectomia). 
 
-Deiscência da ferida operatória: é a abertura da ferida cirúrgica por 
técnica de sutura inadequada, por aumento da pressão intrabdominal ou 
por movimentação brusca do paciente. Orienta-se controlar a 
temperatura corporal a fim de avaliar possíveis infecções do sítio 
cirúrgico, cobrir a ferida e unir as bordas. Geralmente não é feita 
reabordagem para união das bordas uma vez que a ferida operatória está 
contaminada e existe o risco de disseminação do processo infeccioso. É 
PRIVATIVO do Enfermeiro a escolha da cobertura para a deiscência de 
ferida operatória. 
- Evisceração: consiste na saída de vísceras através da incisão cirúrgica. 
Geralmente é reoperável na tentativa de reduzir o edema visceral. O 
tratamento é baseado em antibiótico, dieta zero e consideração de dieta 
parenteral total, uso de luvas estéreis para manipulação (que deve ser 
mínima nesses casos) e uso de compressa cirúrgica estéril e umedecida 
com água destilada para cobertura. Não é recomendado o uso de soro 
fisiológico, pois este tem valor osmolar de alta densidade e pode 
causar desidratação local pela presença de sódio. As compressas 
devem ser trocadas toda vez que estiverem saturadas de exudato 
sanguinolento. Importante observar para que não seja feito enfaixamento 
do local da evisceração uma vez que a compressão pode aumentar a 
pressão dentro da cavidade abdominal. 
 
 
21.Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Dentre as complicações 
no pós operatório, podemos citar alterações respiratórias, 
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cardíacas, distúrbios hidroeletrolítico, processos alérgicos entre 
outras. Assim, a EVISCERAÇÃO é: 
(A) deiscência parcial de sutura cirúrgica. 
(B) drenagem de exsudato purulento pela cicatriz cirúrgica. 
(C) hemorragia, sangramento visível ou não no local da incisão. 
(D) ruptura parcial ou total dos planos anatômicos que compõem a ferida 
cirúrgica. 
(E) deiscência completa ou total com saída para o exterior de vísceras 
intraperitoniais. 
Comentário: Alternativa correta letra E. Como vimos, é uma emergência 
cirúrgica e necessita de cuidados diferenciados. 
 
22. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Diante 
das características específicas do paciente cirúrgico, entendemos 
que a sistematização da assistência de enfermagem 
perioperatória possibilita a melhoria da qualidade da assistência 
prestada ao paciente, pois se torna um processo individualizado, 
planejado, avaliado e, principalmente, contínuo, ou seja, abrange 
os períodos pré, intra e pós-operatório da experiência cirúrgica do 
paciente. De acordo com o exposto, assinale a alternativa correta. 
(A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o 
paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar. 
Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o 
momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou 
seja, do início do processo anestésico até a sua reversão. 
(B) O período pré-operatório inicia-se no momento em que o paciente é 
avisado da necessidade do procedimento cirúrgico e as ações de 
enfermagem, neste período, objetivam condições físicas e psicológicas 
adequadas. 
(C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas, 
quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam 
hipoglicemia. 
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(D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico 
com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade 
exclusiva do anestesista. 
(E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi 
feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato. 
Comentário: 
(A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o 
paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar. 
Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o 
momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou 
seja, do início do processo anestésico até a sua reversão. ERRADO! O 
trans inicia no momento em que o paciente entra na sala operatória. 
 (C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas, 
quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam 
hipoglicemia. ERRADO! Todo paciente pode e deve fazer jejum, exceto em 
casos de cirurgia de emergência onde não há possibilidade de jejum 
prévio e a cirurgia é vital para o paciente. Nesses casos é feito 
esvaziamento gástrico por sonda ou aspiração. Nos casos em que o 
paciente seja diabético, o Enfermeiro realizará a avaliação deste e caso 
seja necessário, serão tomadas medidas terapêuticas como a reposição 
de glicose por via parenteral. 
(D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico 
com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade 
exclusiva do anestesista. ERRADO! O paciente deve dar entrada 
preferencialmente com um acesso calibroso puncionado, mas isso não é 
uma prerrogativa exclusiva do anestesista. Atenção para as palavras que 
invalidam as afirmativas: nunca, somente, exclusivamente, jamais, etc. 
(E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi 
feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato. 
ERRADO! O paciente deve ser reavaliado constantemente. Lembre-se que 
cada indivíduo reage de uma forma diferente e tratando-se de organismo, 
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Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH 
Teoria e exercícios comentados 
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tudo é mutável. O processo de enfermagem é contínuo e o paciente deve 
ser avaliado a todo instante. 
Portanto, gabarito letra B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Enfermeiro – EBSERH -(HUPES /BA - IADES – 2015) A 
verificação do aumento do tempo de protrombina leva a riscos 
pós-operatórios. Assinale

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