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Livro Eletrônico Aula 00 Enfermagem em Clínica Cirúrgica p/ EBSERH (Enfermeiro) Professor: Poliana Gesteira 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 62 AULA 00: Conceitos iniciais SUMÁRIO PÁGINA 1.Apresentação dos professores 2 2.Apresentação da proposta de aula 2 3. Cronograma da aula 3 4. Classificação e Tipos de Cirurgias 5 5. Nomenclatura cirúrgica 17 6. Riscos cirúrgicos 22 7.Tempos Cirúrgicos 26 8. Sistematização da assistência de enfermagem perioperatória. Período pré-operatório. Período intra-operatório. Período Pós-operatório e complicações. 29 9. Lista das questões apresentadas 50 10. Gabarito 32 11. Referências 63 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 62 Olá pessoal! Bem-vindos a este curso! Meu nome é Regina Barros, sou Enfermeira, Especialista em Enfermagem Clínica, aprovada em 10 concursos públicos, atuante em duas matrículas na SES/DF e ainda 20hs como tutora da Escola de Ciências de Saúde – DF. Atuante há mais de 12 anos na área da saúde. Juntamente com a Andreia Freires, Especialista em Gestão de Serviços de Enfermagem, atuante na SES/DF, aprovada em dois concursos públicos, trabalha há 14 anos na área da saúde, organizamos as aulas deste curso para você. Nossa apresentação é para mostrar o quão importante é procurarmos um lugar ao sol na área dos concursos. O concurso público é a forma mais democrática de se conseguir a tão sonhada estabilidade. Todos têm chance, mas somente aqueles que derem o seu melhor vão conseguir a aprovação. Estamos aqui para te ajudar nesse processo. Você vai precisar do nosso material e do seu esforço. Vamos juntos rumo a vitória! 2. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DA AULA Nosso objetivo é entrar de cabeça no universo da prática cirúrgica voltada para a Enfermagem, e com isso, dividir com vocês um pouco do que tenho aprendido em todos esses anos de vida profissional, acadêmica e, sobretudo, de concurseira. Embora muitos pensem que essa escolha de estudar seja fácil, eu sei, não é! Nunca foi não é mesmo? Só quem estuda sabe o que um concurseiro passa; o que são os fins de semana sentados em uma cadeira lendo e relendo resumos; as festas em que não pode comparecer... Como a assunto é extenso, tentarei resumir o que as bancas mais têm focado baseado em provas anteriores e com vistas ao que realmente 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 62 é importante, vamos seguir os editais dos últimos concursos para EBSERH. As aulas que trago para você são todas montadas com referências nacionais e internacionais, quando assim for necessário, desta forma o conteúdo será baseado em manuais, normas, resoluções e pareceres dos Coren, COFEN, SOBECC, Ministério da Saúde e Anvisa. Lembro a você que por se tratar de uma matéria que não muda muito, faremos aqui uma revisão sistemática do conteúdo. Não espere ver muitas mudanças uma vez que nossa disciplina é pautada em normativas e protocolos. 3. CRONOGRAMA DE AULA Distribuímos o cronograma em 03 aulas como no cronograma disponível para compra, mas aqui apresentaremos de forma mais resumida e o dividiremos em: Aula 00 Classificação e tipos de cirurgia. Nomenclatura cirúrgica. Riscos cirúrgicos. Tempos cirúrgicos. Sistematização de enfermagem perioperatória. Período pré-operatório. Período intra-operatório. Período Pós-operatório e complicações. 14/09/2016 Aula 01 Cuidados nas afecções cirúrgicas: Cabeça e Pescoço: Septoplastia; Tonsilectomia. Pulmonares: Pneumonectomia; Lobectomia. Endócrino: Tireoidectomia. Urológicas: Nefrectomia; Ressecção Trans Uretral de Próstata. Ginecológicas: Mastectomia; Quadrantectomia; Histerectomia, Anexectomia; Oforectomia. Coronariana: Revascularização do miocárdio. Ortopédicas: Artroplastia; Tração cutânea e esquelética. 24/09/2016 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 62 Aula 02 Poĺtica Nacional de Seguranc a do Paciente. 04/10/2016ࡤ Preparados para começarmos? Então vamos nessa! 4- CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CIRURGIA As cirurgias podem ser classificadas de três formas distintas: - Pelo risco potencial de contaminação (Portaria 2616/98 – MS) em: - Pelo momento operatório ou tempo de espera para a cirurgia em: ͻ Limpas ͻPotencialmente contaminadas ͻ Contaminadas ͻ Infectadas ͻ Urgência ͻEmergência ͻ Eletiva 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 62 - Pela finalidade em: Vejamos mais detalhadamente uma por uma. 1) Classificação segundo o risco potencial de contaminação: Esta classificação é descrita pela Portaria MS nº. 930/92 - anexo III, a qual resolve que as infecções pós-operatórias devem ser criteriosamente analisadas conforme o potencial de contaminação, sempre no final do ato cirúrgico, com o entendimento do número de microrganismos presentes no tecido a ser operado. Segundo o risco potencial de contaminação, as cirurgias podem ser classificadas em limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. Cirurgias limpas: São cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, com ausência de processo infeccioso e flogístico local ou falhas técnicas grosseiras. Geralmente são caracterizadas pelas cirurgias eletivas e traumáticas ͻ Curativas ͻPaliativa ͻ Diagnóstica/Exploratória ͻ Plástica reparadora/reconstrutora ͻ Plástica cosmética/estética ͻ Transplante 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 62 com cicatrização de primeira intenção e sem coleção de líquido serosanguinolento. Também entram nesse rol as cirurgias nas quais não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Destacam-se também os procedimentos em que há fechamento primário da ferida operatória sem presença de dreno. São exemplos clássicos de cirurgias limpas: • Cirurgias cardíacas: Inserção de Marca-passo definitivo; Cirurgia Vascular; Neurocirurgias: acesso através da pele (craniotomia); Cirurgia de mediastino; Cirurgia Plástica; Cirurgia Ortopédicas eletivas; Cirurgias de cabeça e pescoço; Herniorrafia: Cirurgia de mama; Artoplastia do quadril Cirurgia cardíaca Herniorrafias Neurocirurgia Procedimentos ortopédicos (eletivos) Mastoplastia e Mastectomias Cirurgias potencialmente contaminadas: são as cirurgias que acontecem em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Nesse tipo de cirurgia há ausência de processo tanto infeccioso quanto inflamatório 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e AndreiaFreiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 62 e com falhas técnicas no transoperatório são discretas. Importante lembrar que as cirurgias limpas com drenagem fazem parte dessa categoria. As cirurgias potencialmente contaminadas são caracterizadas por envolver manejo nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Fazem parte da classificação de cirurgias potencialmente contaminadas: Histerectomia abdominal Parto cesáreo Cirurgia do intestino delgado (eletivas sem supuração) Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar Feridas traumáticas limpas (até 10h após) Colecistectomia não supurativa Cirurgias cardíacas com circulação extra-corpórea Cirurgia Cardíaca: quando houver sistema de drenagem aberta Neurocirurgias: acesso através da nasofaringe ou seios da face Cirurgias da árvore traqueobrônquica Cirurgia plástica Cirurgias Urológicas 1. (HUB – CESPE) São consideradas potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas em tecidos que, embora não apresentem supuração local, sejam de difícil descontaminação e as cirurgias 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 62 em que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, sem contaminação significativa, como, por exemplo, a redução de fratura exposta. ERRADO. Fraturas expostas são feridas traumáticas recentes abertas e se caracterizam como cirurgias contaminadas e não potencialmente contaminadas. Feridas limpas não são fraturas expostas, o examinador quis apenas confundir o candidato. 2. (CAERD – Gestão de Concursos – 2013) É considerada cirurgia potencialmente contaminada: A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo. B) cirurgia de mediastino. C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe. D) cirurgia ortopédica eletiva. E) cirurgia para retirada de nódulos da mama. Comentário: A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo. (Cirurgia limpa) B) cirurgia de mediastino. (cirurgia limpa) C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe. (VERDADEIRA) D) cirurgia ortopédica eletiva. (cirurgia limpa) E) cirurgia para retirada de nódulos da mama. (cirurgia limpa) Lembre-se que cirurgias limpas são cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, com ausência de processo infeccioso e flogístico local ou falhas técnicas grosseiras; não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Portanto, por envolver contato com trato respiratório, a alternativa é invalidade por ter contato com nasofaringe. 3. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) De acordo com os riscos de contaminação, as cirurgias são classificadas como limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. Qual 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 62 das cirurgias a seguir corresponde à cirurgia POTENCIALMENTE CONTAMINADA? (A) Cirurgia vascular. (B) Cirurgia de mediastino. (C) Herniorrafia. (D) Safenectomia. (E) Gastrectomia. Comentários: (A) Cirurgia vascular. (B) Cirurgia de mediastino. (C) Herniorrafia. (D) Safenectomia. (E) Gastrectomia. Exceto a alternativa de letra E que é uma cirurgia potencialmente contaminada por envolver o trato digestivo, todas as outras são caracterizadas por serem cirurgias limpas. Cirurgias contaminadas: São cirurgias que se caracterizam por terem sido realizadas em tecidos traumatizados recentemente, abertos, colonizados por flora bacteriana muito numerosa, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, ou ainda as cirurgias nas quais tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras. O trato digestivo é característico desta classificação. Há ainda presença de inflamação aguda na ferida operatória e a cicatrização se caracteriza por ser por segunda intenção. Não há presença de pus no local. São consideradas cirurgias contaminadas: Cirurgia das vias biliares com obstrução biliar Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclorídricos Colecistectomia 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 62 Cirurgias cardíacas prolongadas com circulação extracorpórea Cirurgias de vias biliares, estômago e duodeno, jejuno, íleo, cólo e reto Apendicectomia Desbridamento de queimaduras Cirurgia bucal, dental e da orofaringe Cirurgia intranasal Fraturas expostas e feridas traumáticas com atendimento após dez horas o trauma 4. (HUB – CESPE) Classificam-se como contaminadas as cirurgias que se realizam em tecidos estéreis e na ausência de processo infeccioso local, sem que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, em sala de cirurgia que apresente condições ideais. Comentário: tecidos estéreis e na ausência de processo infeccioso local ERRADO. Cirurgias realizadas em tecidos estéreis e com ausência de processo infeccioso local são cirurgias limpas. Cirurgias infectadas: são as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em que há presença de processo infeccioso com supuração local (presença de pus), necrose, corpo estranho e feridas de origem suja. São exemplos de cirurgias infectadas: Cirurgia de reto e ânus com supuração 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 62 Cirurgia abdominal em presença de conteúdo do cólo Nefrectomia com infecção Colescitectomia com empiema Cirurgia do reto e ânus com pus Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon Exploração das vias biliares em colangite supurativa 5. (HUB – CESPE) Classificam-se como infectadas as cirurgias realizadas em tecidos com supuração local, em tecido necrótico, em feridas traumáticas sujas. CERTO. Em toda ferida infectada é possível observar a presença de pus. 6. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Analise as informações a seguir e assinale a alternativa INCORRETA. (A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos envolvem um trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que envolvam feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia, tecido isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera perfurada. (B) São recomendações para controle e prevenção de ISC: reduzir o tempo de internação em cirurgias eletivas, sendo a meta um tempo inferior a 24 horas; compensar doenças subjacentes; tratar infecções em sítio remoto antes da realização do procedimento, a não ser que o quadro clínico não permita adiamento do procedimento. (C) As cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas, de forma geral, têm indicação de antibioticoprofilaxia. Também as cirurgias limpas 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 62 que envolvam a instalação de próteses ou cuja eventual infecçãotenha consequências desastrosas, como as cardíacas. (D) Cirurgias potencialmente contaminadas são aquelas em que o sítio cirúrgico entra nos tratos respiratório, genital, gastrintestinal ou urinário em condições controladas e sem contaminação acidental. (E) Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) profundas são infecções que ocorrem relacionadas à manipulação cirúrgica acometendo tecido subcutâneo, tecidos moles profundos (fáscia e músculo), órgão e cavidades com incisão. Enquadram-se como aquelas que ocorrem até o 30º dia de pós-operatório ou até 01 ano nos casos de cirurgias com implante de próteses. Comentário: (A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos envolvem um trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que envolvam feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia, tecido isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera perfurada. Alternativa completamente errada! Essa descrição trata-se de cirurgias infectadas. Cirurgias limpas não são provenientes de traumas, não possuem tecido isquêmico, nem perfuração de vísceras muito menos têm presença de pus. Classificação quanto ao momento operatório Eletiva: cirurgia que pode ser programada, aguardada ou agendada sem que isso traga risco de morte ou perda do membro ao paciente. Geralmente a programação é baseada no momento mais propício para a realização da mesma. São exemplos as mamoplastia, gastrectomia, varizes de MMII, cirurgias plásticas estéticas. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 62 Urgência: tipo de tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve necessariamente ser realizado, via de regra, dentro de 24 a 48 horas. O aguardo mais prolongado por trazer prejuízos ao paciente e em alguns casos, até mesmo risco de morte por complicações. São exemplos a apendicectomia não supurativa, úlceras supuradas, obstrução intestinal aguda, hemorragia digestiva alta, retirada de corpo estranho do trato digestivo. Emergência: tratamento cirúrgico que envolve risco iminente de morte ao paciente ou perda permanente do membro, e requer ação imediata por se tratar de uma situação crítica. A janela de ação para o procedimento cirúrgico é de no máximo 24h de espera, com período ideal entre 6 e 24h para realização do procedimento que visa minimizar ao máximo o dano ou risco de morte. São exemplos os ferimentos por arma de fogo em região precordial, hematoma subdural, trauma de tórax, trauma de abdome, aneurismas rompidos e situações em que haja grande perda de sangue que podem evoluir para um choque. Atualmente, a AHA emprega o termo de “cirurgia time-sensitive” (sensível ao tempo) para os procedimentos que não se enquadram nas categorias acima, em casos em que os procedimentos adiados por um período de algumas semanas podem causar danos ao paciente. Geralmente emprega-se na maioria das cirurgias onde o diagnóstico é de cunho oncológico ou cardiológico. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 62 7. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Uma cirurgia pode ser realizada por uma série de razões, como diagnóstica, paliativa, curativa ou de reparação. Quanto à categoria de cirurgia com base na URGÊNCIA, a cirurgia pode ser classificada em (A) ambulatorial eletiva, hospitalar. (B) ambulatorial, hospitalar de urgência. (C) ambulatorial eletiva, hospitalar de urgência. (D) emergência, eletiva. (E) emergência, urgência, requerida, eletiva, opcional. Comentário: Quando falamos de urgência, nos referimos ao tempo de espera da cirurgia, portanto, a alternativa que melhor valida o tempo de espera é a letra E, onde a cirurgia requerida, eletiva e opcional são praticamente sinônimos. Classificação quanto à finalidade Já cansamos de ouvir que “fulano” fez uma cirurgia para retirada de um tumor, outro para ligadura de trompas, outro para corrigir o nariz, mas nunca pensamos na finalidade das cirurgias, certo?! Pois bem! As cirurgias podem ser classificadas conforme a finalidade do tratamento cirúrgico, podendo ser: Curativa: 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 62 Tem por objetivo destruir ou corrigir a causa da doença, e “devolver” a saúde ao paciente. Em alguns casos dessa finalidade é necessária a retirada parcial ou total de um órgão. Em alguns casos, é utilizada para cirurgias de câncer, e nesses casos, a cirurgia curativa apenas aumenta a sobrevida do paciente proporcionando qualidade de vida. Ex. Apendicectomia, colelitíase, fístula anal. Paliativa: Como o nome mesmo diz, tem o objetivo de aliviar, atenuar ou buscar uma alternativa para reduzir o mal, mas não tem objetivo de curar a doença. Ex. Gastrostomia. Diagnóstica/Exploratória: Seu objetivo geralmente é auxiliar no esclarecimento da doença. Ex. Laparotomia exploratória. Plástica Reparadora/reconstrutora: tem o objetivo de reconstruir artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto de pele em queimados e implante de prótese mamária pós-mastectomia. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 62 Transplante: Realizada com o objetivo de permutar um órgão de um paciente para outro ou inserir um dispositivo produzido em laboratório que realize as funções do órgão inexistente. 8. Enfermeiro – EBSERH - (UFMG – AOCP – 2015) Michael, 45 anos, foi submetido à craniotomia para drenagem de hematoma subdural após acidente de esqui. Não apresenta lesões externas. Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado quanto ao MOMENTO OPERATÓRIO, FINALIDADE E POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO, RESPECTIVAMENTE como: (A) Emergência – Diagnóstico – Limpo. (B) Urgência – Curativo – Limpo. (C) Emergência – Paliativo – Potencialmente Contaminado. (D) Urgência – Radical – Potencialmente Contaminado. (E) Emergência – Curativo – Limpo. Comentário: toda cirurgia realizada dentro de até 24h é uma cirurgia de emergência uma vez que envolve risco de morte ou comprometimento permanente do membro/ é curativa já que tem a finalidade de curar o paciente através da drenagem/ é limpa uma vez que é realizada em Plástica cosmética: Realizada com objetivos estéticos para fins exclusivos de embelezamento. Ex. Rinoplastia estética, mamoplastia de aumento, otoplastia, blefaroplastia. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 62 tecidos estéreis e não tem contato com trato urinário, respiratório ou digestivo. Resposta certa letra E. 9. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) N. B., 27 anos, foi submetido à esplenectomia após acidente automobilístico com trauma abdominal fechado e com hemorragia interna. Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado, quanto ao Momento Operatório, Finalidade e Potencial de Contaminação, respectivamente, COMO: (A) Urgência – Paliativo – Contaminado. (B) Emergência– Radical – Limpo. (C) Urgência – Paliativo – Potencialmente Contaminado. (D) Urgência – Radical – Limpo. (E) Eletivo – Curativo – Limpo. Comentário: Alternativa de letra B. Um trauma que desencadeia hemorragia é um preditivo de choque hipovolêmico. Todo choque é considerado uma emergência clínica, portanto, uma cirurgia dessa dimensão deve ser realizada o quanto antes, preferencialmente o mais breve possível e não deve-se esperar até 24h para sua realização/ é uma cirurgia de retirada de órgão, logo, trata-se de uma cirurgia radical/ limpa uma vez que não houve trauma aberto. 5- NOMENCLATURA CIRÚRGICA Já sabemos que as cirurgias são classificadas por tipo, tempo, potencial de contaminação, mas a nomenclatura do ato cirúrgico é de alta relevância e importância, já que é por meio dela que são descritos os tipos de cirurgia, que são preparados os instrumentais cirúrgicos, que são descritos procedimentos e montadas as salas. Também é a nomenclatura que descreve, por si só, o objetivo cirúrgico e a localização do procedimento. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 62 Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por um prefixo – termo que designa a parte do corpo relacionada que seja operada; e por um sufixo – termo que indica a finalidade cirúrgica. Vejamos: Nomenclatura de ralações cirúrgicas Adeno Glândula Blefaro Pálpebra Cisto Bexiga Cole Vesícula Colo Cólon Colpo Vagina Entero Intestino delgado Gastro Estomago Histero Útero Nefro Rim Oftalmo Olho Ooforo Ovário Orqui Testículo Osteo Osso Oto Ouvido Proto Reto Rino Nariz Salpingo Trompa Traqueo Traqueia Sufixo Significado Ectomia Remoção parcial ou total Pexia Fixação de um órgão Plastia Alteração da forma e/ou função Rafia Sutura 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 62 Scopia Visualização do interior do corpo em geral por meio de aparelhos com lentes especiais (S)tomia Abertura de um órgão ou de uma nova boca Terminologias que não seguem as regras citadas Cirurgia Para abertura de amputação remoção de um membro ou de parte necrosada do corpo anastomose conexão e sutura de dois órgãos ou vasos artrodese fixação cirúrgica de articulação bartholinectomia retirada de cisto de bartolin biópsia remoção de um tecido vivo para fins diagnósticos cauterização destruição de tecido por meio de agente caustico ou calor - bisturi elétrico cesariana retirada do feto por incisão através da parede abdominal circuncisão ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande cistocele queda da bexiga curetagem uterina raspagem e remoção do conteúdo uterino deiscência separação de bordos previamente suturados e unidos dissecção corte, retalhamento divertículo bolsa que sai da cavidade enxerto transplante de órgão ou tecido episiotomia incisão perineal destinada a evitar a ruptura do períneo durante o parto evisceração saída de víscera de sua cavidade 0 00000000000 - DEMO 0 Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 62 fístula orifício que põe em comunicação parte de um órgão, cavidade ou foco supurativo com a superfície cutânea ou mucosa goniotomia cirurgia de glaucoma onfalectomia remoção do umbigo operação de bursh levantamento da bexiga operação de hammsted correção de estenose pilórica operação de manchester correção de prolapso de útero paracentese punção cirúrgica da cavidade par retirada de liquido ressecção remoção cirúrgica de parte de órgão retocele protrusão de parte do reto toracocentese punção cirúrgica na cavidade torácica varicocele veias ditadas no escroto vasectomia corte de um segmento do canal deferente (para controle da natalidade) 10. Enfermeiro – EBERH - (UFMG – AOCP – 2015) Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são: fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico e descrever os tipos de cirurgia. Ao solicitar a um paciente informações sobre a história de doenças e cirurgias em sua família, o enfermeiro obteve as seguintes respostas: • a mãe foi submetida à retirada da bexiga. • a irmã foi submetida à retirada das trompas uterinas. • o pai foi submetido à retirada do baço. • um irmão foi submetido à fixação do test́culo na bolsa escrotal. Assinale a alternativa CORRETA. Ao fazer as anotações utilizando os termos 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 62 técnicos adequados, o profissional registrou: (A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia. (B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia. (C) cistectomia – salpingectomia – esplenectomia – orquipexia. (D) cistectomia – trompectomia – bacectomia – postectomia. (E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia. Comentário: (A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia. (Respectivamente: retirada do útero, retirada do ovário, retirada do fígado e retirada de fimose) (B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia. (Respectivamente: retirada da bexiga, retirada do útero, retirada da vesícula e fixação dos testículos) (D) cistectomia – trompectomia – bacotomia – postectomia. (Respectivamente: retirada da bexiga, não existe, não existe, retirada da fimose) (E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia. (Respectivamente: retirada da bexiga, reconstrução das trompas, retirada do fígado e reconstrução dos testículos) 6-RISCOS CIRÚRGICOS O Risco Cirúrgico é uma avaliação do estado clínico do paciente que deve ser feita previamente a procedimentos cirúrgicos ou determinados procedimentos médicos, conforme padrões pré-estabelecidos pelas principais sociedades médicas. O risco cirúrgico serve para avaliar o risco antes mesmo de iniciar o procedimento. No risco cirúrgico são considerados: estados de saúde do paciente, a complexidade dos procedimentos e o possível tempo de duração da 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 62 cirurgia. Os riscos cirúrgicos mais utilizados seguem a orientação da SOBECC, ASA e Goldman e é ele que determina o porte da cirurgia. O Risco Cirúrgico é composto por Raio-X de tórax, ECG, exames de sangue (contagem de plaquetas, hemácias, leucócitos e hematócrito, eletrólitos, função renal, função hepática, glicose, Beta-HCG para mulheres, tipagem sanguínea) e avaliação pela anestesiologia. 11. Enfermeiro – EBSERH - (HUPES /BA - IADES – 2015) A verificação do aumento do tempo de protrombina leva a riscos pós-operatórios. Assinale a alternativa que indica corretamente um desses riscos. (A) Infecção. (B) Queda de pressão arterial. (C) Baixo débito urinário. (D) Arritmia cardíaca. (E) Sangramento Comentário: (A) Infecção.(B) Queda de pressão arterial. (C) Baixo débito urinário. (D) Arritmia cardíaca. (E) Sangramento (VERDADEIRA) A protrombina é uma proteína plasmática precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea. É solicitada nos exames laboratoriais que compõem o risco cirúrgico. O déficit de protrombina é um fator de risco para hemorragias, portanto, nenhuma das demais 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 62 afirmativas faz relação direta com a coagulação sangúinea, logo, resposta correta letra E. O momento ideal para a avaliação pré-operatória do risco cirúrgico e quem deve fazê-la ainda não foi definido. O ideal é que o risco seja feito em conjunto pela cardiologia, anestesia, clínico geral, equipe de enfermagem e equipe cirúrgica. A ASA – American Society Anestesiology sugere o uso de um algoritmo na avaliação do risco cirúrgico onde é considerado o risco para o paciente, que tem como principais componentes a natureza da condição clínica pré-operatória e a natureza do procedimento em si. A avaliação segundo a ASA é feita pelo anestesiologista e avalia o estado de saúde do paciente em que o mesmo é classificado de 1 a 6 da seguinte forma: ASA 1: Indivíduo saudável, hígido, sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos ou psiquiátricos. ASA 2: Indivíduo com distúrbio fisiológico de leve a moderado, porém controlado. Sem comprometimento da atividade normal. A condição pode afetar a cirurgia ou anestesia. Doença sistêmica leve, por ex. diabetes. ASA 3: Indivíduo com distúrbio sistêmico importante, de difícil controle, com comprometimento da atividade normal e com impacto sobre a anestesia e cirurgia, por ex. falência renal e cirrose. ASA 4: Indivíduo com desordem sistêmica severa, potencialmente letal, com grande impacto sobre a anestesia e cirurgia. Doença sistêmica grave com ameaça constante à vida, por ex. ICC severa. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 62 ASA 5: Indivíduo moribundo. A cirurgia é a única esperança para salvar a vida. Sem possibilidade de sobrevida sem a cirurgia. ASA 6: Paciente com morte cerebral cujos órgãos serão removidos para fins de doação. Lembremos que em todo pré-operatório devem ser considerados os exames laboratoriais do paciente e segundo a avaliação das taxas séricas, são definidas as necessidades de reposição de hemocomponentes, a necessidade de leito de UTI, o tamanho e composição da equipe, equipamentos especializados utilizados, etc. Dada a avaliação global do paciente, os procedimentos são classificados em: Procedimentos Cirúrgicos A – Procedimento minimamente invasivo com baixo potencial para causar alterações homeostáticas. Raramente relacionado com morbidade ligada ao procedimento anestésico. Raramente requer hemotransfusões, monitorização invasiva ou CTI no pós operatório. Procedimentos Cirúrgicos B – Procedimento moderadamente invasivo com potencial moderado para alterações homeostáticas. Pode requerer hemotransfusão, monitorização invasiva ou CTI no pós- operatório. Procedimentos Cirúrgicos C – Procedimento altamente invasivo com alteração da homeostase. Quase sempre requer hemotransfusão, monitorização invasiva CTI no pós-operatório. As cirurgias ainda podem ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda de fluidos e sangue durante sua realização, e quanto ao tempo. Quanto ao PORTE em: 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 62 Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluído e sangue. Ex: cirurgias de emergência com comprometimentos vasculares arteriais. Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluído e sangue. Ex:troca de prótese de quadril. Pequeno porte: Com pequena probabilidade de perda de fluído e sangue. Ex: mamoplastia de aumento. Quanto ao TEMPO: Cirurgia de porte I: Com o tempo de duração de até 2 horas. Ex: rinoplastia, colecistectomia, blefaroplastia. Cirurgia de porte II: Com o tempo de duração de 2 a 4 horas. Ex: gastrectomia, laparotomia exploratória. Cirurgia de porte III: Com o tempo de duração de 4 a 6 horas. Ex: craniotomia, revascularização do miocárdio. Cirurgia de porte IV: Com tempo de duração maior que 6 horas. Ex: hepatectomia, transplante cardíaco. 7 -TEMPOS CIRÚRGICOS 1. Diérese: consiste no primeiro tempo cirúrgico e é caracterizado pela separação dos tecidos por intervenção manual ou instrumental. É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 62 Mecânica: através de instrumentos cortantes (agulhas, trocaters, dilatadores, bisturis, tesouras e lâminas especiais) Física: através de recursos especiais (meio térmico, crioterápico e por laser) 2. Hemostasia: é o segundo tempo cirúrgico que consiste em um conjunto de manobras manuais ou instrumentais que tem como objetivo conter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de tempo. A remoção de sangue derramado durante a cirurgia pode ser realizada por aspiração ou pela secagem com compressa estéril, realizada manualmente ou com instrumental. As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, capilar ou mista. Podem trazer ameaça à vida do paciente ou a sua pronta recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a infecção e podem dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia. Os métodos de hemostasia dividem-se em temporários e definitivos: Temporária: realizada através de torniquete, posição anti- hemorrágica, vasoconstritor de aplicação local (ex.: adrenalina), distensão dos tecidos, tamponamento compressivo, bandagem compressiva, ligadura ou pinçamento transitório com clampeador, com fios, com fitas ou com sondas. Definitiva: realizada por meio de substância de aplicação local como adesivo de fibrina, gelatina absorvível, celulose oxidada, colágeno absorvível, adesivo de cianocrilato, cera óssea, coagulação térmica (por frio ou por calor), pinçamento dos vasos, forcitorção dos vasos, ligadura, individual ou em massa, ligadura por transfixação, ligadura de pedículos vasculares, síntese de vaso. 3. Exérese: é o terceiro tempo cirúrgico que consiste na remoção ou extirpação cirúrgica de órgãos ou de estruturas anatômicas. É o momento da cirurgia propriamente dita. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 62 4. Síntese: quarto e último tempo cirúrgico. Consiste na redução do espaço morto e aproximação das bordas. É importante para evitar a formação de seroma, o que pode causar contaminação e consequente deiscência de sutura por aumento da pressão no interior da cavidade ou do tecido. Também é importante para diminuir a tensãosobre a sutura de pele, o que diminuirá o risco de necrose por perda de irrigação do local. Ao diminuir a tensão da sutura de pele, permite também a utilização de fio de sutura mais fino, o que contribui para uma cicatriz mais esteticamente aceitável. A síntese pode ser: Cruenta: por meio de fios cirúrgicos para aproximação das bordas. Incruenta: união das bordas não é realizada por sutura. Utiliza-se artifícios como gesso, adesivos e ataduras. Imediata: a união das bordas da incisão é feita imediatamente após o término da cirurgia. Mediata: a aproximação das bordas é feita após algum tempo de incisão. Completa: aproximação das bordas é feita em toda a dimensão/extensão da incisão cirúrgica. Incompleta: a aproximação das bordas não compreende toda a extensão da lesão e mantém-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno. Temporária: quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta. Definitiva ou permanente: quando os fios cirúrgicos não precisam de remoção já que permanecem encapsulados no interior dos tecidos. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 62 12- Enfermeiro- AOCP- EBSERH- 2015- A expressão tempo cirúrgico caracteriza a sequência de procedimentos utilizados no ato operatório. Esses tempos são divididos e denominados em quatro fases. São elas: (A) diérese, hemostasia, exérese e síntese. (B) dissecção, fulguração, exploração e conclusão. (C) anestesia, preparo, ato cirúrgico propriamente dito, recuperação. (D) identificação, anestesia, exploração e reversão da anestesia. (E) pré-operatório, transoperatório, recuperação pós-anestésica e pós- operatório imediato. Comentários: Os tempos corretos e na ordem correta está descrito no item A. Relembrando os tempos cirúrgicos: 1-Diérese 2-Hemostasia 3- Exérese 4- Síntese 8 -PERÍODOS CIRÚRGICOS E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA Perioperatório é o termo utilizado para descrever TODO o período da cirurgia desde o momento em que o cirurgião decide indicar a operação e comunica ao paciente, até que este último retorne, depois da alta hospitalar, às atividades diárias normais. O PERIOPERATÓRIO inclui três fases de cuidados: 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 62 Essa divisão é fundamental principalmente para o emprego do cuidado em cada fase uma vez é necessária a avaliação dos riscos e das complicações relacionadas às intervenções cirúrgicas. Vamos mais a fundo... Pré-Operatório: inicia no momento em que o paciente recebe a indicação da cirurgia e se estende até a sua entrada no centro cirúrgico. O pré-operatório é dividido em Mediato e Imediato. Mediato: Neste período o paciente é orientado sobre a cirurgia, são realizados os exames pré-cirúrgicos, avaliado o uso de medicações de rotina, os dados antropométricos e feita a conferência de exames. Também é neste momento em que é prestado suporte emocional ao paciente para cirurgia, já que qualquer ato cirúrgico contribui para o aumento da ansiedade do indivíduo. Por esta razão, toda a equipe deve estar alerta para esclarecer aspectos que não estejam claros, e detectar sinais e sintomas de alterações físicas decorrentes da ansiedade como: taquicardia, hipertensão, hipertermia, sudorese e insônia. Este momento do pré-operatório não é propício ao ensino, pois o paciente não está receptivo para tal. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 62 No pré-operatório mediato é de competência do enfermeiro o planejamento, implementação e avaliação das ações de assistência para o preparo físico do paciente de pré-operatório imediato quanto à orientação para a deambulação no pós-cirúrgico, quanto aos exercícios respiratórios e a necessidade de cuidados específicos para cada cirurgia. Imediato É o período compreendido nas 24h que antecedem a cirurgia. A evolução técnica e científica alcançada pela enfermagem tornou possível a visita pré-operatória pelo enfermeiro onde é realizada a entrevista de enfermagem, que possibilita a obtenção de dados do paciente, detecção de problemas e alterações relacionadas aos aspectos biopsico-sócio- espirituais. É no período imediato que podemos realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem e avaliar a necessidade de intervir a fim de: - Diminuir ansiedade do paciente e família em relação ao procedimento anestésico-cirúrgico e ambiente do centro cirúrgico; - Avaliar as condições físicas e emocionais do paciente para obter subsídios necessários ao planejamento e implementação a assistência a ser prestada durante a permanência do paciente na unidade do Centro Cirúrgico e de recuperação pós-cirúrgica; - Proporcionar continuidade na assistência de enfermagem de forma individual; - Contribuir para a melhoria da qualidade de assistência de enfermagem prestada no período perioperatório. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 62 É durante a visita de enfermagem que é realizado o levantamento de dados do paciente por intermédio do histórico e exame físico de enfermagem, que objetiva identificar problemas, que são a base para o diagnóstico situacional do paciente. Com base nesses dados, é planejada a assistência a ser prestada relacionada ao tipo cirúrgico, como por exemplo, a necessidade de cateterizações, preparo da pele, necessidade de cuidados para infusão anestésica, etc. Sempre que necessário, é realizada consulta ao prontuário médico, a fim de pesquisar dados que fizerem necessários. É no pré-operatório imediato que deve ser conferido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, documento que autoriza a cirurgia e prova que o paciente está ciente do tratamento a que vai ser submetido. Nunca se esqueça que o termo de responsabilidade deve ter sido assinado pelo próprio paciente quando este for capaz, e/ou pela família em casos de curatela ou menoridade. É papel da Enfermagem assegurar que o Consentimento Informado esteja devidamente assinado e esteja junto ao prontuário do paciente. Nos cuidados específicos de Enfermagem estão incluídos: 1) Observação aos cuidados com esvaziamento intestinal: que deve ser indicado e utilizado principalmente em cirurgias intestinais com a função de limpar este órgão e assim reduzir a possibilidade de infecção por eliminações trans e pós-cirúrgicas. Deve ser realizado de 8 a 12 horas antes do ato cirúrgico. 2) Modificação da dieta e jejum: o objetivo do jejum pré-operatório é diminuir o risco e o grau de regurgitação do conteúdo gástrico, prevenindo uma possível broncoaspiração. As recomendações para Jejum Pré-Operatório Segundo a ASA Task Force on Preoperative Fasting são: 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 62 - Líquidos sem resíduos (água, chá, café, suco de fruta sempolpa, todos sem álcool e com pouco açúcar): jejum de 2 horas para todas as idades; - Leite materno: jejum de 4 horas para recém-nascidos e lactentes; - Dieta leve (chá e torradas) e leite não materno: aceita-se até 6 horas de jejum para crianças e adultos; - Fórmula infantil: jejum de 6 horas para recém-nascidos e lactentes; - Sólidos: jejum de 8 horas para crianças e adultos. 13. (FHEMIG – FCC – 2013) Na admissão do paciente no Centro Cirúrgico, é importante verificar se: I. O termo de consentimento de cirurgia foi preenchido corretamente e assinado pelo paciente. II. O prontuário, os exames de laboratório e de imagem foram encaminhados junto com o paciente. III. Os dados do paciente conferem com a pulseira de identificação. IV. O tempo de jejum foi respeitado e se as próteses foram retiradas, quando necessárias. Está correto o que consta em: (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II, III, apenas. (D) I, II, IV, apenas. (E) I, II, III e IV Comentário: (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II, III, apenas. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 62 (D) I, II, IV, apenas. (E) I, II, III e IV (VERDADEIRA) A conferência do TCLE, exames, dados pessoais, tempo de jejum e adornos são de responsabilidade da Enfermagem. Lembre-se que em 90% dos casos a palavra “apenas” invalidade a alternativa. 3) Higiene corporal, oral e banho pré-operatório com antisséptico degermante: a maior parte das referências fazem alusão de que um banho com água e sabão é suficiente, mais em casos que colocação de próteses são possíveis de serem prescritas, o banho com antisséptico é fundamental. 4) Esvaziamento da bexiga: é neste momento que são feitas as avaliações quando à instalação de sondagem vesical de demora. SVD são indicadas para cirurgias longas onde o monitoramento da perda de líquidos é essencial, ou para que seja evitada a distensão da bexiga (comum em cirurgias ginecológicas devido a proximidade útero com a bexiga). Por uma questão de humanização, orienta-se sondar o paciente após a indução anestésica. 5) Passagem da sonda nasogástrica: orientada principalmente nos casos onde existe a possibilidade de refluxo de conteúdo gástrico ou acúmulo de líquido no estômago. 6) Punção calibrosa: sempre indicada, principalmente nos casos em que a condição do paciente é grave e existe a possibilidade de necessitar de volume durante o procedimento cirúrgico. Importante para realização de medicações, manutenção da hidratação do paciente e fornecimento de calorias em casos em que a NPT faz-se necessária. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 62 7) Controle de sinais vitais: a monitorização do paciente é essencial uma vez que alterações na homeostase do indivíduo podem acarretar o cancelamento do procedimento cirúrgico. 14. (HUB – CESPE) As prescrições de enfermagem mais comuns no pós-operatório incluem aquelas relativas à verificação freqüente dos sinais vitais, controle de líquidos e infusões, administração de medicamentos para dor conforme prescrição médica e posicionamento adequado do paciente no leito. CERTO. As prescrições de Enfermagem se relacionam diretamente com o conforto e bem estar do paciente. 8) Remoção de próteses dentárias e esmaltes: próteses dentárias devem ser retiradas pois oferecem risco de obstrução de via aérea durante a intubação. Materias de uso pessoal devem recolhidos e deixados com familiares. O esmalte, principalmente os escuros, podem alterar a sensibilidade do oxímetro de pulso (medidor de saturação sanguínea), portanto, devem ser retirados antes do início da cirurgia. 9) Medicação pré-anestésica: auxilia na redução da ansiedade do paciente a ajuda na indução anestésica. Geralmente é administrado entre 45-75 minutos que precedem a cirurgia. 11) Retirada de brincos, adornos, roupa íntima: deve-se ao uso do bisturi elétrico. O bisturi transforma a corrente alternada em corrente elétrica de alta freqüência. O uso da placa dispersiva serve como fio terra, mas na presença de materiais de metal pelo corpo, a energia pode acumular naquele determinado local e causar queimadura. Atenção para 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 62 roupas íntimas que podem ser feitas de material sintético e possuir ornamentos de metal. 15. EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO para esse paciente, EXCETO: (A) suspender medicação antihipertensiva. (B) jejum de 06 a 08 horas. (C) orientar e supervisionar a retirada de próteses e possíveis adornos. (D) controle de sinais vitais. (E) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré- anestésico. Comentário: A suspensão de anti-hipertensivos não é uma medida adotada para cirurgias uma vez que eles controlam a condição hemodinâmica do paciente e esta uma vez alterada pode comprometer a realização da cirurgia. Excetua-se dos cuidados pré-operatórios apenas a letra A. 16. Enfermeiro - EBSERH(HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO para essa paciente, EXCETO (A) jejum de 06 a 08 horas. (B) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré- anestésico. (C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário modificar a cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia. (D) remoção de prótese dentária e outras, joias e adornos, esmalte e maquilagem. (E) certificar-se do consentimento do paciente. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 62 Comentário: (C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário modificar a cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia. A orientação de não levantar a cabeça não existe no período pré- operatório. Geralmente quando esse tipo de orientação é fornecida, é realizada no período PÓS-OPERATÓRIO após realizada a raquianestesia. Orienta-se manter a posição de 180º com vistas a evitar cefaleia pós- raqui, onde o paciente pode fazer uma cefaleia por extravasamento do líquido raquimedular pelo orifício do local da anestesia. Não é regra, varia de paciente para paciente e conforme a orientação da anestesia. Exceto esta explicação, não existe outra justificativa. Trans/Instra-Operatório: Trans-operatório é descrito como o momento em que o paciente é admitido no CC e o intra-operatório é o momento compreendido entre o início da infusão anestésica até a saída do paciente da sala operatória. O Intraoperatório e o Transoperatório acabam juntos. É durante o transoperatório, imediatamente antes do procedimento cirúrgico, que deve ser realizada a tricotomia por meio do tricótomo com a finalidade de evitar lesões na pele e diminuir o índice de infecção cirúrgica. A tricotomia, sempre que necessária, facilita o acesso às regiões a serem operadas. É no transoperatório que o paciente é posicionado conforme o tipo de cirurgia. As posturas mais comumente utilizadas são: - Decúbito dorsal ou posição supina: dorso no paciente emcontato com a superfície da mesa operatória (ex: parto cesáreo) - Decúbito ventral ou posição prona: tórax do paciente em contato com a superfície da mesa operatória (ex: hérnia de disco) - Decúbito lateral ou SIMS: região lateral do paciente posicionada na mesa operatória com pernas fletidas (ex: cirurgia renal) 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 62 - Posição litotômica ou ginecológica: pernas do paciente suspensas e seguras em apoio específico para joelhos (ex: parto natural) - Posição de Tredelemburg: corpo do paciente pendente com os pés para cima; essa postura reduz a pressão sobre vísceras abdominais e aumenta o espaço existente entre elas. (ex: laparotomia de abdome inferior) - Posição de Tredelemburg reverso: corpo do paciente pendente com os pés para baixo; reduz a pressão sanguínea em região apical (ex: craniotomia) - Posição de Fowler ou sentada: paciente sentado com o tronco num ângulo de aproximadamente 45º com relação ao solo (ex: inserção de dreno de tórax) 17. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) A assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico deve ser individualizada e sistematizada, visto que nem sempre ele sairá da operação nas mesmas condições físicas anteriores à cirurgia. Na abordagem de posicionamento cirúrgico, todas as recomendações para posições cirúrgicas a seguir estão corretas, EXCETO: (A) Posição de Sims - decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o braço esquerdo esticado Para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo apoie sobre o peito. MMII devem estar flexionados; o direito, mais que o esquerdo. (B) Lateral - manter o alinhamento espinhal, observar orelhas, colocar um apoio sob a cabeça, região da axila e entre as pernas, manter a perna em contato com a mesa flexionada na região do quadril e a superior esticada. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 62 (C) Litotomia - manter os braços em braçadeiras em um ângulo máximo de 90º, acolchoar quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a menor elevação das pernas pelo menor tempo possível e minimizar o grau de abdução do quadril. (D) Prona - proteger rosto, olhos e queixo, favorecer o acesso aos tubos e linhas de monitoramento, manter o alinhamento do pescoço, colocar coxins em formato de rolos da clavícula à crista ilíaca e sob as pernas e pés, deixar as genitálias livres, proteger os pés de hiperflexão. (E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos joelhos, os braços em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as pernas descruzadas, com os pés em hiperextensão. Comentário: (E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos joelhos, os braços em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as pernas descruzadas, com os pés em hiperextensão. Alternativa errada letra E. A posição supina mantem o paciente deitado de costas com as pernas e braços estendidos em relação ao corpo e apoiado em talas. Os pés ficam em posição anatômica respeitando a postura do indivíduo e não em hiperextensao. Essas duas afirmativas erradas invalidam a questão. Pós-Operatório: Inicia-se no momento que o paciente sai da sala operatória e é admitido na sala de recuperação pós-anestésica e estende- se até a alta, acompanhamento e avaliação domiciliar. Dividido em Imediato e Mediato. Pós-Operatório Imediato Também conhecido por POI ou PO Zero. Corresponde às primeiras 24h após o término da cirurgia e começa a ser contato à partir da hora em que a anestesia é suspensa pelo boletim anestésico. É comum que nesta fase o paciente apresente hematomas, equimoses, edema intersticial e dor de intensidade leve a moderada. Neste período é 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 62 avaliada a condição d recuperação pós-anestésica do paciente a cada 15 minutos na primeira hora e a cada 30 minutos nas horas subsequentes. Utiliza-se como avaliação as escalas de Glasgow, Aldrete-Kroulik e Ramsey. Abordaremos esses assuntos mais afundo num momento mais oportuno. Pós-Operatório Mediato: Estende-se das 24h após o procedimento cirúrgico até a alta médica do paciente, o que não quer necessariamente dizer que seja a alta hospitalar. ATENÇÃO! A alta hospitalar pode acontecer no dia seguinte à cirurgia, mas às vezes o paciente demora meses para ter alta médica ainda que já esteja em domicílio. Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório Todo paciente que foi submetido a algum tipo de cirurgia terá desconforto de alguma espécie. O objetivo da assistência de Enfermagem no Pós-Operatório é reduzir a ocorrência desses desconfortos e prevenir as complicações advindas da cirurgia. As complicações que podem ocorrer a qualquer momento, tanto no POM quanto no POI. Desconfortos: são descritos como situações esperadas e facilmente resolvidas. Entre eles podemos ter: - Náuseas e vômitos (hiperêmese): ocorrem em virtude do efeito anestésico, deglutição de sangue ou de muco durante o ato cirúrgico. Facilmente resolvida com medicamentos antieméticos administrados logo após a cirurgia e ao longo do período de internação. Atenção sempre para o posicionamento do paciente quanto à cabeça, que deve estar 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 62 lateralizada com a finalidade de evitar broncoaspirações. A cabeceira deve permanecer elevada sempre que possível e quando não for contra- indicado. Recomenda-se a realização da higiene oral a cada episódio de vômito. - Distensão abdominal: acontece em virtude do acúmulo de gases ou líquidos na cavidade abdominal. É comum que aconteça quando existe forte manipulação abdominal, como nos casos de retiradas de órgãos. Nestes casos recomenda-se manter a cabeceira do paciente entre 30 e 40º de elevação, estimular a deambulação sempre que possível, verificar posição do dreno quando este estiver presente e oferecer medicação prescrita que reduza a sensação de desconforto (ex: simeticona). - Retenção urinária: ocorre principalmente pelo bloqueio anestésico e psicológico, mas também pode ser proveniente de manipulações em tecidos próximos à bexiga. Orienta-se que o paciente seja encorajado a urinar com auxílio de massagens locais, compressa de água morna e em último caso, com passagem de sondas de alívio. Não esqueça que toda sondagem vesical traz riscos de infecções, portanto, a sondagem deve ser utilizada como último recurso ou quando houver presença de distensão vesical importante, nosso conhecido “bexigoma”. - Polidipsia: pode ocorrer em virtude de distúrbios hidroeletrolíticos quando há perda excessiva de sangue, líquido ou quando há indução anestésica ou de analgésicos. Alguns medicamentos causam ressequidão de mucosas, nestes casos recomenda-se umedecer os lábios do paciente com compressas com água, mas nunca oferecer água quando não for orientação médica e quando paciente estiver em dieta zero. A oferta de água só está permitida quando o nível de consciência do indivíduo for satisfatório e quando essa manobra não oferecer risco parabroncoaspiração. - Temperatura: pacientes pós-cirúrgicos costumam fazer hipotermia por diversas razões: perda de líquido, efeitos deletérios da anestesia geral, 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 62 perda de calor para o ambiente frio da sala operatória, perda da fluídos e exposição das vísceras quando expostas, descobertura do corpo durante o ato cirúrgico, infusão de soros gelados e antissepsia com agentes frios. Todos esses itens causam queda da temperatura corporal e podem induzir a perda de calor o que consequentemente evolui para hipotermia. Nesses casos, orienta-se aquecer o paciente com manta térmica e limpar os curativos sempre que estiverem saturados. 18. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2015 -A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) preconiza a atuação do enfermeiro de centro cirúrgico, sequencialmente, nos seguintes períodos operatórios: (A) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós- operatório tardio. (B) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós- operatório imediato. (C) transoperatório, pós-operatório imediato, pós-operatório mediato. (D) pré-operatório imediato, transoperatório, pós-operatório mediato, pós-operatório tardio. (E) pré-operatório imediato, recuperação anestésica, pós-operatório imediato. Resposta: (A) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós- operatório tardio. Correta: (B) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-operatório imediato. (C) transoperatório, pós-operatório imediato, pós-operatório mediato. (D) pré-operatório imediato, transoperatório, pós-operatório mediato, pós-operatório tardio. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 62 (E) pré-operatório imediato, recuperação anestésica, pós-operatório imediato. Preste atenção no comando da questão! Ela pede sequencialmente, por isso as outras não estão corretas ou estão incompletas. Na sequência correta só está a letra B. Lembrando que a sequência correta é: Pré-operatório: mediato e imediato. Transoperatório Pós-operatório: imediato e mediato. HIPOTERMIA SEVERA: considerada uma condição de emergência onde a temperatura corporal fica abaixo dos 30ºC; a respiração torna-se superficial e paradoxal, a pulsação irregular ou inexistente e as pupilas dilatadas. Em situações assim, deve ser imediatamente iniciada soroterapia aquecida com o a presença de um médico. Nesses casos o soro deve estar em temperatura tátil de aproximadamente 37ºC. HIPERTERMIA MALIGNA: caracterizada por temperaturas maiores que 40ºC que podem ocorrer no intra-operatório em virtude de hemotransfusão, de efeitos anestésicos ou ainda por indução de relaxantes musculares. Os primeiros sintomas são taquicardia e oscilação na pressão arterial, com o prolongar do tempo de anestesia os sintomas vão se agravando causando alterações cardiovasculares, rigidez muscular, sudorese intensa, hipertermia, mioglobinúria, dentro outros. Neste caso recomenda-se expor o paciente o máximo possível a baixas temperaturas, utilizar compressas frias, soroterapia gelada e antitérmicos como coadjuvantes de tratamento. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 62 - Dor da ferida operatória: dor na ferida operatória lesa a quadros de ansiedade e pode desencadear o aumento da PA e da FR em pacientes pós-operados. Orienta-se que o paciente seja mantido em posições de conforto com a finalidade de controle álgico. A utilização de analgésicos deve ser realizada sempre que prescrita. 19. (HUB – CESPE) Na avaliação dos resultados esperados, relacionados à cicatrização normal da ferida cirúrgica, o enfermeiro deve observar as condições da ferida, como a ausência de sinais de inflamação e a aproximação das bordas. CERTO. Qualquer alteração na ferida cirúrgica pode prejudicar a cicatrização. Uma vez que há presença de processo inflamatório há processo infeccioso, o que pode comprometer a recuperação do paciente e se não tratada a tempo, evoluir para um séptico. 20. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2014 - No processo anestésico cirúrgico, a hipertermia maligna (HM) configura-se como uma desordem farmacogenética potencialmente fatal, sendo comum nos primeiros sintomas o paciente apresentar: (A) diplopia. (B) anorexia. (C) hipotermia. (D) perda de tônus muscular. (E) taquicardia. Comentário: A correta é a letra E. A taquicardia é um dos primeiros sinais, com a progressão dos sintomas podem ocorrer agravamentos em 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 62 vários sistemas. A letra D pode confundir, mas não há perdas musculares e sim rigidez. Complicações: são descritas por situações fisiológicas relacionadas direta ou indiretamente ao procedimento anestésico ou cirúrgico, seja durante ou após a cirurgia. - Atelectasia: pode ocorrer em virtude do tipo de anestesia ou tipo de cirurgia. Mais comum em cirurgias torácicas por acúmulo de líquido na cavidade pulmonar ou por obstrução na passagem de ar para os alvéolos em virtude de algum coágulo. Pode ser apresentar-se clinicamente por dor torácica, falta de ar e febre. Pede-se posicionar o paciente sentado em posição de Fowler, realizar instalação de cateter nasal ou máscara de Venturi (visando melhora o desconforto respiratório), realizar analgesia medicamentosa e exercícios respiratórios para recrutamento alveolar. - Trombose venosa profunda (TVP): causada por deslocamento de trombo em virtude da estase venosa no centro cirúrgico ou por trombo proveniente da própria cirurgia. O corte, algumas vezes, pode ser o responsável pela TVP nos casos em que partículas gordurosas podem se desprender do tecido e migrar para vasos de pequeno calibre. A TVP é caracterizada por sinais flogísticos locais (dor, calor, rubor e edema) e seu surgimento pode ser decorrente de uma flebite. O tratamento envolve o uso de anticoagulantes, analgésicos e antiinflamatórios. Para que a TVP seja prevenida, o paciente é orientado quanto à utilização de meias elásticas, enfaixamento compressivo e a deambulação precoce no pós- operatório. Durante o período agudo dos sintomas da TVP, orienta-se que o paciente mantenha repouso do membro afetado com a finalidade de evitar migração do coágulo para a região pulmonar. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 62 - Tromboembolismo Pulmonar (TEP): geralmente ocorre como uma complicação da TVP quando algum trombo migra para a região pulmonar. O paciente com TEP geralmente refere dor na inspiração e pode evoluir para rebaixamento do nível de consciência. Nos casos de TEP a orientação é a manutenção do paciente com suporte de O2 suplementar, em posição de Fowler sob repouso, com monitorização dos sinais vitais, sob uso de anticoagulantes, analgésicos eantiinflamatórios. - Hemorragia: ocorre quando há rompimento da sutura na ferida operatória ou quando ocorre rompimento interno de algum vaso ou ainda por extrusão do dreno. Pode ser primária (quando ocorre durante o transoperatório) ou secundária (no pós-operatório). Em casos de hemorragia é necessário que seja feito trendelemburg , contenção do foco do sangramento, realização de reposição volêmica caso seja necessário sempre por acesso venoso calibroso ou duplo. - Infecção da ferida cirúrgica: geralmente ocorre por técnica asséptica inadequada (contaminação) pela equipe durante o procedimento cirúrgico ou mesmo pelo paciente durante os cuidados no pós-operatório. Ocorre aparecimento dos sinais flogísticos locais e exudato purulento. Em casos graves pode não ter aproximação das bordas e a vascularização prejudicada pode levar à necrose do tecido local. Cirurgias nas quais são utilizados OPME (órtese, prótese e materiais especiais) são potenciais para focos de infecção de fundo hospitalar. São consideradas infecções hospitalares as provenientes de uso de OPME até um ano após o implante (ex: prótese de quadril) e sem o 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 62 uso de OPME até 30 dias após a realização do ato cirúrgico (ex: amigdalectomia). -Deiscência da ferida operatória: é a abertura da ferida cirúrgica por técnica de sutura inadequada, por aumento da pressão intrabdominal ou por movimentação brusca do paciente. Orienta-se controlar a temperatura corporal a fim de avaliar possíveis infecções do sítio cirúrgico, cobrir a ferida e unir as bordas. Geralmente não é feita reabordagem para união das bordas uma vez que a ferida operatória está contaminada e existe o risco de disseminação do processo infeccioso. É PRIVATIVO do Enfermeiro a escolha da cobertura para a deiscência de ferida operatória. - Evisceração: consiste na saída de vísceras através da incisão cirúrgica. Geralmente é reoperável na tentativa de reduzir o edema visceral. O tratamento é baseado em antibiótico, dieta zero e consideração de dieta parenteral total, uso de luvas estéreis para manipulação (que deve ser mínima nesses casos) e uso de compressa cirúrgica estéril e umedecida com água destilada para cobertura. Não é recomendado o uso de soro fisiológico, pois este tem valor osmolar de alta densidade e pode causar desidratação local pela presença de sódio. As compressas devem ser trocadas toda vez que estiverem saturadas de exudato sanguinolento. Importante observar para que não seja feito enfaixamento do local da evisceração uma vez que a compressão pode aumentar a pressão dentro da cavidade abdominal. 21.Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Dentre as complicações no pós operatório, podemos citar alterações respiratórias, 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 62 cardíacas, distúrbios hidroeletrolítico, processos alérgicos entre outras. Assim, a EVISCERAÇÃO é: (A) deiscência parcial de sutura cirúrgica. (B) drenagem de exsudato purulento pela cicatriz cirúrgica. (C) hemorragia, sangramento visível ou não no local da incisão. (D) ruptura parcial ou total dos planos anatômicos que compõem a ferida cirúrgica. (E) deiscência completa ou total com saída para o exterior de vísceras intraperitoniais. Comentário: Alternativa correta letra E. Como vimos, é uma emergência cirúrgica e necessita de cuidados diferenciados. 22. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Diante das características específicas do paciente cirúrgico, entendemos que a sistematização da assistência de enfermagem perioperatória possibilita a melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente, pois se torna um processo individualizado, planejado, avaliado e, principalmente, contínuo, ou seja, abrange os períodos pré, intra e pós-operatório da experiência cirúrgica do paciente. De acordo com o exposto, assinale a alternativa correta. (A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar. Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou seja, do início do processo anestésico até a sua reversão. (B) O período pré-operatório inicia-se no momento em que o paciente é avisado da necessidade do procedimento cirúrgico e as ações de enfermagem, neste período, objetivam condições físicas e psicológicas adequadas. (C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas, quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam hipoglicemia. 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 62 (D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade exclusiva do anestesista. (E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato. Comentário: (A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar. Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou seja, do início do processo anestésico até a sua reversão. ERRADO! O trans inicia no momento em que o paciente entra na sala operatória. (C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas, quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam hipoglicemia. ERRADO! Todo paciente pode e deve fazer jejum, exceto em casos de cirurgia de emergência onde não há possibilidade de jejum prévio e a cirurgia é vital para o paciente. Nesses casos é feito esvaziamento gástrico por sonda ou aspiração. Nos casos em que o paciente seja diabético, o Enfermeiro realizará a avaliação deste e caso seja necessário, serão tomadas medidas terapêuticas como a reposição de glicose por via parenteral. (D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade exclusiva do anestesista. ERRADO! O paciente deve dar entrada preferencialmente com um acesso calibroso puncionado, mas isso não é uma prerrogativa exclusiva do anestesista. Atenção para as palavras que invalidam as afirmativas: nunca, somente, exclusivamente, jamais, etc. (E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato. ERRADO! O paciente deve ser reavaliado constantemente. Lembre-se que cada indivíduo reage de uma forma diferente e tratando-se de organismo, 0 00000000000 - DEMO Enfermagem em Clínica Cirúrgica para EBSERH Teoria e exercícios comentados Prof. Regina Barros e Andreia Freiresʹ Aula 00 Prof. Cristiani Barbosa www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 62 tudo é mutável. O processo de enfermagem é contínuo e o paciente deve ser avaliado a todo instante. Portanto, gabarito letra B. 1. Enfermeiro – EBSERH -(HUPES /BA - IADES – 2015) A verificação do aumento do tempo de protrombina leva a riscos pós-operatórios. Assinale
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