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ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE GEOLOGIA DISCIPLINA DE MINERALOGIA II OLIVINAS OU PERIDOTOS (SERPENTINAS E TALCO) Curso de Geologia Geól. Andrea Sander (andreasan@unisinos.br) A série de Bowen - Relembrar é viver! Observem que a complexidade da estrutura interfere na ordem de cristalização Olivinas ou Peridotos As olivinas são NESOSSILICATOS onde os tetraedros de sílica isolados estão unidos entre si por ligações iônicas a partir de cátions bivalentes intersticiais, resultando na fórmula geral: A2(SiO4) onde A é Mg e/ou Fe As olivinas cristalizam no SISTEMA ORTORRÔMBICO e constituem uma solução sólida perfeita entre a FORSTERITA - Fo Mg2(SiO4) – e a FAIALITA - Fa Fe2(SiO4). Fo Fa Olivinas ou Peridotos SÉRIE DAS OLIVINAS: Nome %Fo FORSTERITA 100 A 90% de Fo CRISOLITA 90 A 70% de Fo HIALOSSIDERITA 70 A 50% de Fo HORTONOL ITA 50 A 30% de Fo FERRORTONOLITA 30 A 10% de Fo FAIALITA 10 A 0% de Fo Do que depende a forma dos minerais? Olivinas ou Peridotos PARAGÊNESE GERAL DAS OLIVINAS A. ROCHAS ÍGNEAS: estão presentes em rochas plutônicas e vulcânicas limitadas pela composição química: Fo2 a Fo88 - rochas ultrabásicas (ex.: dunitos, peridotitos, kimberlitos) Fo85 a Fo40 - rochas básicas (ex.: gabros e basaltos) Fo menor que 40 - rochas intermediárias (ex.: sienitos) B. ROCHAS METAMÓRFICAS: variedades magnesianas ocorrem em mármores e as férricas em metassedimentos ricos em ferro. MINERAIS ASSOCIADOS: ortopiroxênios, talco, serpentina, flogopita, anfibólios, clinocloro, entre outros. Não podemos mais usar o QAPF! O QAPF é para as rochas com < de 10% de minerais máficos e as rochas com olivina podem ter mais máficos. Plagioclásio OlivinaPiroxênio Olivine gabbro Plagioclase-bearing ultramafic rocks 90 (b) Anorthosite As rochas com olivina Olivina ClinopiroxênioOrtopiroxênio Lherzolite Websterite Ortopiroxenito Clinopiroxenito Olivine Websterite Peridotitos Piroxenitos 90 40 10 10 Dunito Dunito Gabro As rochas básicas e ultrabásicas Básica Ultrabásica %SiO2 52 a 45% de SiO2 <45% de SiO2 Plutônica Gabro Peridotito Dunito Vulcânica Basalto Komatiíto Minerais mais comuns Plagioclásio (An>50) Piroxênios Olivina Anfibólio Biotita Olivina Piroxênio (orto e clinopx) Flogopita Plagioclásio (An>50) Olivinas ou Peridotos CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS cor - verde oliva, verde acinzentado, castanho, avermelhado diafaneidade - transparente a translúcido brilho - vítreo hábito - prismas curtos ou como agregados granulares dureza - 6,5 a 7 tenacidade - frágil clivagem - fraca, ausente (normalmente muito fraturada) outros - altera-se facilmente para serpentina Meteorito Basalto Olivinas ou Peridotos Propriedades microscópicas LN • hábito – normalmente anédricas, globulosas e fraturadas ou euédricas • cor – variedades magnesianas – monocróicas incolores Variedades férricas – fracamente pleocróicas em tons amarelados, amarelo alaranjados a avermelhados • IR – forte, o mais elevado dos minerais essenciais, aumenta com o teor de Fe • clivagem – indistinta • alterações – são comuns principalmente: serpentina, talco, clorita, anfibólio, óxidos e hidróxidos, idingsita (avermelhada), boulingita (esverdeada), carbonato. • Serpentina – hidratação com P e T baixas • Clorita – hidratação com T elevada e P baixa • Talco – presença de CO2 e T elevada Filminho Idingsita Idingsita Boulingita Olivinas ou Peridotos Propriedades microscópicas LP • birrefringência - muito alta, cores de interferência de 2ª e 3ª ordem • extinção - reta • SE - (+) para variedades ígneas (-) para variedades metamórficas • macIas - pouco freqüentes • outros – podem apresentar zonação LC • Fo - B(+) com 2V de 85 a 90º • Fa - B(-) com 2V de 60 a 90º Textura Spinifex em komatiítos Nome em homenagem a uma espécie de gramínea: Poaceae spinifex Spinifex em komatiítos (lâmina delgada) Gabro Mata Grande – RS Textura coronítica (olivina margeada por cpx e anfibólio) ol cpx anf Kimberlitos Kimberlitos Olivina com lamelas de deformação Olivina de dunito com textura mesh Basalto Nos meteoritos formam côndrulos (dos condritos/acondritos) Nos meteoritos formam côndrulos (dos condritos/acondritos) Serpentina GRUPO DA SERPENTINA GRUPO DA SERPENTINA Mg6[Si4O10](OH)2 As serpentinas são produto de alteração hidrotermal ou metamórfica de rochas ultrabásicas. Formam-se a partir de olivinas, piroxênios e anfibólios. são o constituinte principal de serpentinitos. São três tipos de serpentina: 1. Crisotilo - Lizardita 2. Antigorita O crisotilo e lizardita são mais comuns como alteração hidrotermal, ocorrem preenchendo veios. São de baixa temperatura. A antigorita é resultante do metamorfismo regional de baixo e médio graus. É de temperatura mais elevada. As serpentinas possuem estrutura semelhante ao talco, desenvolvendo uma variedade pseudomorfa (crisotilo) fibrosa resultante do encurva mento das camadas de silicato, com a formação de tubos cilíndricos. A variedade lamelar denomina-se antigorita. *serpentina - sua semelhança com a cor e as manchas da pele das serpente GRUPO DA SERPENTINA Propriedades macroscópicas cor - variegada, tons de verde. diafaneidade - translúcida a opaca brilho - gorduroso, nas variedades maciças (semelhante a cera); sedoso nas variedades fibrosas hábito - não se conhecem cristais, apenas pseudomorfos; a antigorita é lamelar; o crisotilo é fibroso; quando na pedra sabão são maciças; dureza - 2,2 nas variedades fibrosas; 2,6 nas maciças tenacidade - flexível a frágil (quando maciça) clivagem - clivagem basal perfeita na antigorita; crisoltilo é fibroso II ao eixo x; quando maciça pode apresentar fratura conchoidaI. densidade - baixa costumam preencher veios, onde o maior alongamento da fibra é perpendicular às paredes do veio Usos - são a principal fonte de asbesto para fabricação de tecidos não inflamáveis, material isolante contra fogo e calor, pedra ornamental. GRUPO DA SERPENTINA PROPRIEDADES ÓTICAS LN cor - incolores ou então apresentam um leve tom verde forma - crisotilo e lizardita -fibras muito finas alongadas segundo o eixo C ou então de grão muito fino; antigorita - cristais anédricos ou agregados fibrolamelares, pode ocorrer pseudomorfa com olivinas, piroxênios e anfibólios (bastitas). IR - baixo, variando de 1,55 a 1,58 clivagem - crisotilo - fibrosa paralelamente a C lizardita e antigorita - perfeita segundo (001) LP birrefringência - baixa, variando de 0,004 a 0,009, com cores cinzas de 1º ordem. extinção - reta SE (+) *em alguns crisotilos SE (-) a LP pode-se observar que as serpentinas tem estrutura em malha LP B (-) com 2V de 25 a 60º (para a antigorita) 5. Grupo do talco Grupo to talco 1. Talco [Si4O10](OH)2Mg3 2. Pirofilita [Si4O10](OH)2Al3 Talco Paragênese: São comuns em rochas metamórficas formadas a partir de rochas ígneas ultrabásicas ou calcáreos dolomitícos magnesianos. 5. Grupo do talco Propriedades óticas LN cor – incolores (igual a muscovita!!! Cuidado, o que ajuda é a paragênese magnesiana: serpentina, carbonato, clorita magnesiana, tremolita e na macroscopia o tato untuoso) forma – como secções alongadas clivagem – perfeita segundo (001) IR- baixo, variando de 1,55 a 1,59 LP birrefringência – muito alta, variando de 0,040 a 0,050, com cores de 2ª a 3ª ordem. extinção– reta SE (+) LC B (–) com ângulo 2V de 0º a 30º. Muscovita Talco
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