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Apostila História Parte 03

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1 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
PHD CONCURSOS E VESTIBULARES 
PREPARATÓRIO ENEM/IFAL/VESTIBULARES 
DISCIPLINA: CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
CULTURA GERAL 
 
 
A prova exige dos candidatos uma 
visão globalizante do processo 
transformacional das sociedades ocidentais 
através dos tempos. 
O candidato, além de ser capaz de 
fazer uma análise estrutural dos fatores 
econômicos, históricos, geográficos, políticos 
e sociais, deve interpretar mapas, tabelas, 
organogramas, textos e gráficos, 
estabelecendo relações com as condições às 
quais se referem ou nas quais foram 
gerados. 
 
 
 
 
CONHECIMENTOS ENGLOBADOS 
 
 Geografia 
 História 
 Atualidades 
 
 
 
III – TRANSFORMAÇÕES DO 
MUNDO ATUAL 
 
 
3.1 Descolonização de África e Ásia 
 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, a Ásia e a 
África passaram por grandes transformações 
históricas internas. Nesses dois continentes 
se iniciou a descolonização, ou seja, o 
processo de independência das colônias 
pertencentes aos países imperialistas 
europeus. 
 
Esse movimento histórico ocorreu 
basicamente pelas seguintes razões: a ruína 
dos países europeus após a Segunda Guerra 
dificultou política e economicamente a 
preservação das colônias. 
 
Não havia mais sentido em manter 
os impérios coloniais no novo estágio do 
capitalismo pós-guerra; as políticas e 
objetivos da ONU proclamavam a 
autodeterminação dos povos, e por isso 
tornava-se contraditório que seus países 
membros mantivessem colônias; e, talvez o 
motivo mais importante, a resistência 
anticolonial que gerou movimentos 
nacionalistas de libertação, apoiados 
principalmente pelas potências socialistas 
(URSS e China). 
 
Esses movimentos ocorreram de 
forma e em momentos diferentes; alguns 
aconteceram no final da década de 1940 
(Índia, por exemplo) e outros se estenderam 
até meados da década de 1970 (países da 
África central). Se alguns movimentos de 
independência ou nacionalistas começaram 
antes da Segunda Guerra, os resultados 
concretos começaram a surgir somente na 
década de 1950. Na realidade, eles tiveram 
uma aceleração significativa a partir de 1955, 
após a Conferência de Bandung, na 
Indonésia. 
 
Nessa Conferência, na qual se 
reuniram países da África e da Ásia, alguns 
pontos consensuais foram acertados. 
Procurou-se criar uma política própria e 
específica dos países pobres, independente 
dos interesses políticos das superpotências; 
na disputa entre elas, esses países deveriam 
se manter neutros. 
 
Surge daí a definição de países 
pertencentes ao Terceiro Mundo (embora o 
termo já fosse utilizado desde 1952), aqueles 
que procuravam uma política de neutralidade 
em relação aos países capitalistas, liderados 
pelos EUA (Primeiro Mundo), e socialistas, 
liderados pela URSS, (Segundo Mundo), 
2 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
apontando para uma política de não-
alinhamento. A defesa do desarmamento 
mundial e a reafirmação da igualdade entre 
as raças também fizeram parte de suas 
resoluções. 
 
Outros encontros de países 
terceiro-mundistas foram realizados, 
incorporando países da América Latina; 
entretanto, os resultados eram pouco 
eficientes no quadro político internacional. 
 
O movimento dos países do 
Terceiro Mundo teve impacto também no 
universo intelectual. Alguns teóricos tentaram 
formular um conceito e tipologia para 
caracterizar os países terceiro-mundistas. 
Os critérios, que de forma indistinta "uniam" 
países totalmente diferentes, de vários 
continentes, como Brasil, lugoslávia, Egito e 
India, acabaram estabelecendo como 
características: economia agrícola e fraca 
industrialização; dependência do capital e 
tecnologia dos países centrais (Primeiro 
Mundo); elevado crescimento 
demográfico com predomínio das 
populações rurais; proliferação da 
pobreza, altas taxas de analfabetismo, 
subnutrição e mortalidade infantil; pouca 
tradição democrática das instituições 
políticas, que via de regra implicava 
governos autoritários. 
 
Os resultados positivos da ação 
conjunta através da Conferência de Belgrado 
surgiram nos movimentos de independência 
que proliferaram, principalmente na África, 
du-rante a década de 1960. 
 
A partir da década de 1970, as 
diferenças entre esses países tornaram-se 
mais evidentes no campo econômico com a 
emergência dos países produtores de 
petróleo, "tigres asiáticos", etc. Alguns 
analistas preferiram denominar essa nova 
realidade como o "Quarto Mundo", no 
entanto, o desmoronamento da URSS e do 
Leste europeu colocou fim ao "Segundo 
Mundo", inviabilizando totalmente esse tipo 
de classificação e conceito. 
 
 
 
 
ÁSIA 
 
 
A Ìndia - Logo que terminou a Primeira 
Guerra, desenvolveu-se na Índia um forte 
movimento nacionalista contra a Inglaterra. O 
Partido do Congresso, liderado por Mahatma 
Gandhi e Jawaharlal Nehru, comandou um 
movimento que se tornou famoso no mundo 
inteiro. 
 
 
As características da luta contra o 
imperialismo inglês desenvolvidas por 
Gandhi no período entre guerras baseavam-
se na ideia da não-cooperação e não-
violência. O objetivo fundamental era resistir 
à dominação da Inglaterra, deixando de 
cooperar com os ingleses e com as 
instituições coloniais e não reagindo à 
violência. Como exemplo de resistência e 
desobediência civil, Gandhi jejuava, não 
cumpria as leis coloniais e fazia marchas 
pacíficas pela Índia. 
 
Após muita repressão, luta e 
concessões por parte da Inglaterra, a 
independência da Índia aconteceu em agosto 
de 1947. Entretanto, as disputas religiosas 
entre hindus, sikhs e muçulmanos, que já 
haviam dificultado a independência, dividiram 
o país, com a criação do Paquistão 
(muçulmano). Mais tarde o Paquistão seria 
subdividido com o surgimento de Bangladesh 
(1972). 
 
Foi nesse contexto de radicalização 
político-religiosa que Gandhi foi assassinado, 
em 1948, por um fanático muçulmano que o 
culpava pela divisão do país. Jawaharlal 
Nehru (amigo e seguidor de Gandhi, foi o 
primeiro chefe político da Índia independente, 
governando-a até 1964) assumiu 
definitivamente a direção do país e procurou 
desenvolver internamente a Índia. 
 
Ele também teve um papel muito 
importante no cenário político internacional, 
pois defendeu a política de neutralidade e a 
necessidade de construir uma terceira via de 
desenvolvimento, como alternativa ao 
socialismo e ao capitalismo. 
 
3 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
No entanto, a partir da década de 
1960, a índia se aproximou da URSS 
buscando proteção política e militar, pois a 
China havia invadido a região de Cachemira 
(1962), criando uma situação de guerra. 
 
Até hoje a índia convive com sérias 
dificuldades sociais, como a superpopulação 
e a miséria, além dos problemas políticos e 
religiosos. 
 
 
A China, durante o imperialismo do século 
XIX, esteve ocupada por diversos países 
europeus e teve que enfrentar o 
expansionismo do Japão no final do século 
(Guerra Sino-Japonesa, 1894-95). 
 
 
A independência só se concretizou 
com a proclamação da república em 1912. 
Todavia, isso não significou a plena 
autonomia do país, que continuou sob a 
pressão dos interesses imperialistas dos 
EUA e do Japão, dividido e com graves 
dificuldades econômicas e sociais. 
 
As disputas políticas internas 
também se evidenciaram no final da década 
de 1920 com os confrontos entre o Partido do 
Kuomintang (republicano), liderado por 
Chiang Kai-shek, e o Partido Comunista, 
comandado por Mao Tsé-tung. A 
radicalização desse processo produziu uma 
verdadeira guerra civil. Em 1934 o exército 
popular (Exército Vermelho) realizou a Longa 
Marcha, chefiada por MaoTsé-tung e Chu 
Enlai, que percorreu cerca de 9 mil km para 
evitar o cerco das tropas do Kuomintang. 
 
Com as novas invasões japonesas 
no final da década de 1930 e o início da 
Segunda Guerra Mundial, os partidos do 
Kuomintang e Comunista se uniram em uma 
frente de defesa da China. A resistência foi 
liderada pelo Exército Vermelho, que 
conseguiu ampliar suas bases. Nesse 
período, Mao Tsé-tung formula as ideias 
básicas sobre a possibilidade da revolução 
socialista nos países de passado colonial. 
 
Após o final da guerra (1945), a 
aliança entre o Kuomintang e os comunistas 
se desfez, dando lugar a novo confronto 
armado: de um lado as tropas do 
Kuomintang, apoiadas pelos EUA, e do outro 
o Exército Vermelho, organizado pelo Partido 
Comunista, tendo à frente Mao Tsé-tung. 
 
A luta terminou em 1949 com a 
vitória dos comunistas, que proclamaram a 
República Popular da China, tendo na 
presidência Mao. Chiang Kai-shek fugiu para 
a ilha de Formosa(Taiwan), organizando um 
governo independente, apoiado pelos EUA. 
 
O governo chinês se aproximou 
inicialmente da URSS, fortalecendo o bloco 
socialista (URSS e Leste europeu). Mao 
realizou uma reforma agrária, socializou os 
meios de produção, nacionalizou bancos e 
grandes empresas, expulsou estrangeiros e 
desenvolveu o ensino básico. 
 
Na década de 1960, os projetos da 
China estavam envolvidos com o 
aprofundamento do comunismo (o Grande 
Salto à Frente), o aumento da produção e o 
desenvolvimento de seu arsenal nuclear; ou 
seja, os chineses pretendiam se tornar mais 
uma superpotência no bloco socialista. Sob o 
discurso das diferenças ideológicas no 
campo do marxismo, China e URSS 
afastaram-se basicamente em razão dessas 
intenções expansionistas e nucleares dos 
chineses. 
 
A resistência soviética ao projeto 
nuclear chinês provocou o fim das relações 
sino-soviéticas (a cisma sino-soviética) e 
iniciou o período de isolamento internacional 
da China. 
 
Nessa fase de isolamento, Mao 
Tsé-tung realizou a Revolução Cultural, 
radicalizando o processo de aprofundamento 
do comunismo. A economia foi fechada ao 
estrangeiro, dirigentes mais moderados do 
PC foram expurgados e desmoralizados, a 
ideologia do Estado chinês era imposta à 
força e controlada por organizações radicais 
de jovens maoístas. 
 
Na década de 1970 a China e os 
EUA implementaram uma política de 
reaproximação (diplomacia triangular). 
 
4 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Entre os acordos realizados pelos 
dois países, o mais importante foi a aceitação 
da China como membro do Conselho de 
Segurança da ONU, reconhecendo-a como 
uma potência mundial (até então, a ONU 
reconhecia apenas Formosa (Taiwan) como 
membro). No quadro político internacional, 
com a diplomacia triangular dos EUA que 
restabelecia as boas relações com a China, a 
URSS tornou-se o grande inimigo da China. 
 
Com a morte de Mao Tsé-tung em 
1976 desenvolveu-se uma longa luta entre as 
correntes do PC chinês. O segmento mais 
moderado, liderado por Hua Kuo-feng e Deng 
Xiaoping, saiu vitorioso, afastando do poder o 
"Bando dos Quatro", entre os quais a viúva 
de Mao, Chiang-Ching. 
 
Começou nesse período, uma real 
abertura com o Ocidente, que se efetivou no 
governo de Zhao Ziang, após a renúncia de 
Hua Kuo-feng em 1980. A China mudou 
então sua política econômica interna e suas 
relações externas, permitindo até o ingresso 
de multinacionais. No final da década de 
1980, URSS e China restabeleceram 
contatos políticos e comerciais. 
 
 
Desde o início deste século a Coréia foi um 
país ocupado por outras nações, 
principalmente por causa da sua localização 
estratégica no Extremo Oriente, entre a 
China e o Japão. Ela foi ocupada pelo Japão 
em 1905 e anexada formalmente em 1910. 
Em 1945, após o final da Segunda Guerra, 
com a derrota japonesa no Oriente, foi 
ocupada pelos EUA e pela URSS 
 
 
Em razão dos interesses soviéticos 
e norte-americanos na região, em 1948, a 
Coréia acabou dividida entre as duas 
superpotências, tendo como limite o paralelo 
38. Os EUA sustentaram a ordem capitalista 
na região ao sul, onde se estabeleceu a 
Coréia do Sul; a URSS apoiou o regime 
comunista da República Democrática Popular 
da Coréia do Norte. 
 
Em 1950, a Coreia do Norte invadiu 
a do Sul, iniciando um conflito que durou até 
1953. A Guerra da Coreia colocou em 
campos opostos EUA e URSS, que apoiaram 
"indiretamente" as tropas do Sul e do Norte 
respectivamente, colocando em risco a 
política da Guerra Fria e inaugurando um tipo 
de estratégia que se tornaria comum ao 
longo das últimas décadas: o conflito indireto 
das duas superpotências em um terceiro 
país. 
 
A península da Indochina, composta por 
países como Vietnã, Camboja e Laos, foi 
uma colônia francesa, também ocupada pelo 
Japão na Segunda Guerra. 
 
Após a guerra, um movimento de 
independência liderado por Ho Chi Minh 
libertou o norte do Vietnã, instaurando um 
governo comunista na cidade de Hanói. A 
região Sul foi devolvida à França, que não 
conseguiu deter as manifestações 
nacionalistas. Em 1946, a França 
reconheceu a independência do Vietnã do 
Sul e começou a guerra civil no Vietnã. 
 
Somente em 1954, após o término 
dos conflitos internos, o Acordo de Genebra 
estabeleceu a divisão do Vietnã no paralelo 
17: ao sul a República do Vietnã do Sul 
(capital Saigon), pró-ocidental, e ao norte a 
República Democrática do Vietnã (Vietnã do 
Norte, capital Hanói), de perfil comunista. 
Nesse momento a França reconheceu 
também a independência do Laos e do 
Camboja. 
 
Contudo, a política das potências 
na região era a de não perder posições e não 
permitir o avanço do inimigo. De acordo com 
essa estratégia, a oficialização no poder de 
um comunista no Vietnã do Norte (Ho Chi 
Minh), em 1954, representava um 
desequilíbrio. 
 
Assim, em 1960, procurando 
reverter suas posições no Extremo Oriente, 
apesar do desgaste na Guerra da Coreia, o 
governo norte-americano resolveu apoiar 
política e militarmente o Vietnã do Sul, dando 
início aos conflitos na região. O presidente 
John Kennedy não poupou ajuda financeira e 
militar aos sul-vietnamitas e seu sucessor, 
Lyndon Johnson, aumentou a "escalada 
militar" no Vietnã. 
 
5 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Durante anos os EUA, através do 
Vietnã do Sul, procuraram derrubar o regime 
comunista do Vietnã do Norte. A guerra 
atingiu também o Laos e o Camboja, que 
foram ocupados pelos EUA e por guerrilhas 
nacionalistas e de esquerda. 
 
A força bélica e tecnológica norte-
americana sucumbiu diante da eficiente 
guerrilha vietcongue (guerrilheiros do Vietnã 
do Norte) e do apoio da população aos 
guerrilheiros. O acordo de paz foi negociado 
por Henry Kissinger em 1973, mas os 
conflitos se prolongaram até 1975 no Laos e 
no Camboja. 
 
Os custos financeiros, materiais e 
sociais da guerra causaram enorme trauma 
na sociedade norte-americana. As reações 
internas à guerra surgiram já em meados da 
década de 1960 e os problemas se 
avolumaram. Richard Nixon foi eleito em 
1968, por exemplo, com a promessa de 
terminar a guerra. As derrotas militares e as 
pressões internas obrigaram os EUA a 
manter um outro tipo de posicionamento 
internacional, favorecendo o diálogo. 
 
Os conflitos no Vietnã terminaram 
com a derrota e a retirada dos EUA, mas o 
país, mesmo unificado, continuou com sérios 
problemas políticos internos e com grande 
dificuldade para empreender a reconstrução. 
 
 
A Indonésia, um arquipélago no sudeste da 
Ásia, foi uma colónia holandesa invadida pelo 
Japão durante a Segunda Guerra. No final do 
conflito, uma frente política nacionalista 
proclamou uma república independente, sob 
o comandode Achmed Sukarno. Inicialmente 
ela se aproximou da política de não-
alinhamento, mas em 1965 o fortalecimento 
de movimentos de esquerda acarretou um 
sangrento golpe comandado pelo general 
Suharto, de posições pró-ocidentais. 
 
 
 
ÁFRICA 
 
Os primeiros movimentos em favor 
da libertação dos países africanos se 
iniciaram no entre guerras, mas foi logo após 
o fim da Segunda Guerra que os processos 
emancipacionistas se multiplicaram por todo 
o continente. 
 
É preciso levar em conta que a 
ocupação europeia na África é bastante 
antiga e remonta aos séculos XV e XVI. No 
século XIX ela foi toda dividida em 
possessões e colônias da Europa. 
 
Além disso, é preciso salientar que 
o continente é extremamente heterogêneo 
em termos étnicos, culturais e econômicos e 
isso se refletiu nos movimentos de libertação 
(o norte da África é branco e muçulmano e a 
África central essencialmente negra). Esses 
movimentos se concentraram basicamente 
em dois períodos, a década de 1960 e a de 
1970. 
 
Os movimentos de independência 
no norte da África começaram durante a 
década de 1950, e seus resultados práticos 
surgiram nos anos 60. De modo geral eles se 
organizavam em frentes políticas e militares 
de combate aos países colonizadores 
europeus e mantinham perfil nacionalista, 
como no caso da Argélia (ocupada pela 
França). Geralmente, depois do período de 
guerrilha e luta contra as tropas europeias, 
as diversas correntes políticas internas 
iniciavam uma disputa pelo poder, colocando 
em risco a estabilidade política do país. 
 
Após a independência ou o reforço 
das correntes nacionalistas, países 
importantes na região, como a Argélia (1962) 
e o Egito (1953), respectivamente, foram 
fundamentais para o desenvolvimento da 
política de não-alinhamento e de ações 
conjuntas entre nações terceiro-mundistas. 
 
 
A ÁFRICA “NEGRA” 
 
A África Negra é composta pela 
esmagadora maioria dos países do 
continente, com exceção apenas do Norte. 
Os processos e lutas de libertação nessa 
extensa área começaram no final da década 
de 1950, quando os países europeus já 
haviam se enfraquecido, e estenderam-se 
até a década de 1970, com a autonomia das 
colônias portuguesas. 
6 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
A Inglaterra foi reconhecendo 
lentamente a independência de suas colônias 
de 1957 a 1965: Gana (1957), Nigéria (1960), 
Uganda (1962), Quênia (1963), Zâmbia 
(1964), Malauí (1964). 
 
Outras colônias europeias também 
se libertaram nesse período e muitas delas 
passaram por graves conflitos internos, 
muitas vezes vinculados às disputas entre as 
duas superpotências, como o Congo Belga, 
atual República Democrática do Congo. Os 
graves problemas econômicos e sociais e as 
interferências políticas externas acabaram 
atrasando ainda mais o desenvolvimento 
autônomo desses países, que continuam até 
hoje em situação de miséria. Antiga colônia 
holandesa, depois ocupada pelos ingleses, 
rica em minério e pedras preciosas, adotou 
uma política de segregação racial que 
assumiu uma face legal e institucional por 
meio do sistema do apartheid. Baseado na 
ideia de inferioridade racial dos negros, a 
maioria negra estava submetida a áreas 
preestabelecidas e a uma cidadania de 
segunda classe. 
 
As antigas colônias portuguesas na 
África foram as últimas a conquistar a 
autonomia. Guiné-Bissau, Moçambique e 
Angola chegaram à independência em 1974 
e em 1975. Um fato importante que 
colaborou diretamente para esse processo foi 
a Revolução dos Cravos em Portugal, que 
terminou com o regime autoritário de 
Salazar. 
 
Nesses países, após a 
independência, ocorreram guerras civis, em 
que as correntes opostas foram apoiadas 
pelas duas superpotências. As organizações 
vitoriosas aproximaram-se da URSS e os 
contrarrevolucionários mantiveram-se com o 
apoio dos EUA ou da África do Sul. Em 
Angola e Moçambique, as lutas entre as 
correntes políticas permaneceram até a 
década de 1980. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
 
 
1. (Mackenzie) "Cremos como verdades 
evidentes, por si próprias, que todos os 
homens nasceram iguais, que receberam do 
seu Criador alguns direitos inalienáveis; que 
entre esses direitos estão a vida, a liberdade 
e a procura da felicidade; que é para 
assegurar esses direitos que os Governos 
foram instituídos..." 
 
(Declaração de Independência 
dos EUA - 04.07.1776). 
 
Esta declaração inspirou-se nos ideais do: 
 
a) Neoliberalismo. 
 
b) Absolutismo. 
 
c) Iluminismo. 
 
d) Positivismo. 
 
e) Estoicismo. 
 
2. (Cesgranrio) "Morre um homem por minuto 
em Ruanda. Um homem morre por minuto 
numa nação do continente onde o Homo 
Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para 
o ano 2000 só faltam seis, mas a 
Humanidade não ingressará no terceiro 
milênio, enquanto a África for o túmulo da 
paz." 
 
(Augusto Nunes, in: 
jornal O GLOBO, 6.8.94) 
 
A situação de instabilidade no continente 
africano é o resultado de diversos fatores 
históricos, dentre os quais destacamos o(a): 
 
a) fortalecimento político dos antigos 
impérios coloniais na região, apoiado pela 
Conferência de Bandung. 
 
b) declínio dos nacionalismos africanos 
causado pelo final da Guerra Fria. 
 
c) acirramento das guerras intertribais no 
processo de descolonização que não 
respeitou as características culturais do 
continente. 
 
7 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
d) fim da dependência econômica ocorrida 
com as independências políticas dos países 
africanos, após a década de 50. 
 
e) difusão da industrialização no continente 
africano, que provocou suas grandes 
desigualdades sociais. 
 
3. (Cesgranrio) "A Conferência está de 
acordo em declarar que o colonialismo, em 
todas as suas manifestações, é um mal a 
que deve ser posto fim imediatamente." 
 
(DECLARAÇÃO DA 
CONFERÊNCIA DE 
BANDUNG, abril de 
1955) 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, a 
dominação ocidental no continente asiático e 
no continente africano foi contestada por 
movimentos locais de confronto com as 
nações imperialistas, em prol da 
independência e da autodeterminação dos 
povos desses continentes. Dentre os fatores 
que possibilitaram o processo de 
descolonização afro-asiático, NÃO podemos 
apontar a(o): 
 
a) influência da doutrina socialista, 
principalmente nas áreas coloniais que 
sofreram transformações revolucionárias, tais 
como o Vietnã e Angola. 
 
b) transferência para as áreas coloniais de 
uma ideologia humanista e antinacionalista, 
expressa na organização doutrinária do 
Bloco dos Não-Alinhados. 
 
c) deslocamento dos centros hegemônicos 
das decisões políticas internacionais da 
Europa para os EUA e a U.R.S.S. 
 
d) enfraquecimento das potências coloniais 
europeias provocado por sua participação na 
Segunda Guerra Mundial. 
 
e) fim do mito da inferioridade dos povos 
afro-asiáticos, em virtude das vitórias 
japonesas contra os ocidentais na guerra do 
Pacífico. 
 
4. (Fatec) A descolonização do Oriente 
Médio enfrentou sérias dificuldades 
decorrentes, entre outras razões, das 
arbitrariedades cometidas na demarcação 
dos territórios de cada uma das novas 
nações. Esse procedimento, ao tentar 
solucionar os problemas dos ex-
dominadores, dividiu grupos tradicionais, 
tirando-lhes regiões ricas ou estratégicas, 
colocando, com isso, os nascentes Estados 
em rivalidade permanente e levando, 
algumas vezes, ao surgimento de guerras 
como a Guerra dos Seis Dias (1967). 
 
Esse conflito trouxe como principal problema 
para aquela região: 
 
a) o boicote petrolífero determinado pela 
OPEP contra os países do Ocidente. 
 
b) a guerra civil no Líbano após a queda de 
Nasser no Egito. 
 
c) a ocupação por Israel de vários territórios 
árabes, principalmente a margemocidental 
do rio Jordão. 
 
d) a internacionalização de Jerusalém e a 
ocupação israelense em Golan. 
 
e) o fechamento do Canal de Suez e a 
ocupação egípcia da região do Sinai. 
 
5. (Fgv) "... em 1955, em Bandung, na 
Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se 
apresentavam como do Terceiro Mundo. 
Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo 
neutralismo, mas também contra o Ocidente 
e contra a União Soviética, e proclamaram o 
compromisso dos povos liberados de ajudar 
a libertação dos povos dependentes..." 
 
A conferência a que o texto se refere é 
apontada como um 
 
a) indicador da crise do sistema colonial por 
representar os interesses dos países que 
estavam sofrendo as consequências do 
processo de industrialização na Europa. 
 
b) indício do processo de globalização da 
economia mundial uma vez que suas 
propostas defendiam o fim das restrições 
alfandegárias nos países periféricos. 
 
c) sintoma de esgotamento do imperialismo 
americano no Oriente Médio, provocado pela 
8 
 
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quebra do monopólio nuclear a favor dos 
árabes. 
 
d) sinal de desenvolvimento da economia 
dos denominados "tigres asiáticos" que 
valorizou o planejamento estratégico, a 
industrialização independente e a educação. 
 
e) marco no movimento descolonizador da 
África e da Ásia que condenou o 
colonialismo, a discriminação racial e a 
corrida armamentista. 
 
6. (Fgv) O genocídio que teve lugar em 
Ruanda, assim como a guerra civil em curso 
na República Democrática do Congo, ou 
ainda o conflito em Darfur, no Sudão, 
revelam uma África marcada pela divisão e 
pela violência. Esse estado de coisas deve-
se, em parte, 
 
a) às diferenças ideológicas que perpassam 
as sociedades africanas, divididas entre os 
defensores do liberalismo e os adeptos do 
planejamento central. 
 
b) à intolerância religiosa que impede a 
consolidação dos estados nacionais 
africanos, divididos nas inúmeras 
denominações cristãs e muçulmanas. 
 
c) aos graves problemas ambientais que 
produzem catástrofes e aguçam a 
desigualdade ao perpetuar a fome, a 
violência e a miséria em todo o continente. 
 
d) à herança do colonialismo, que introduziu 
o conceito de Estado-nação sem considerar 
as características das sociedades locais. 
 
e) às potências ocidentais que continuam 
mantendo uma política assistencialista, o que 
faz com que os governos locais se 
beneficiem do caos. 
 
7. (Fuvest) Assolado pela miséria, 
superpopulação e pelos flagelos mortíferos 
da fome e das guerras civis, a situação de 
praticamente todo o continente africano é, 
neste momento de sua história, catastrófica. 
Este quadro trágico decorre: 
 
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver 
com a herança do neocolonialismo, uma vez 
que a dominação colonial europeia se 
encerrou logo após a segunda guerra 
mundial. 
 
b) exclusivamente de um fator estrutural, 
posterior ao colonialismo europeu, mas 
interno ao continente, que é o tribalismo, que 
impede sua modernização. 
 
c) da inserção da maioria dos países 
africanos na economia mundial como 
fornecedores de matérias-primas cujos 
preços têm baixado continuamente. 
 
d) exclusivamente de um fator estrutural, 
externo ao continente, a espoliação imposta 
e mantida pelo Ocidente que bloqueia a sua 
autodeterminação. 
 
e) da herança combinada de tribalismo e 
colonialismo, que redundou na formação de 
micronacionalismos incapazes de reconstruir 
antigas formas de associação bem como de 
construir novas. 
 
8. (Fuvest) As resistências à descolonização 
da Argélia derivaram essencialmente: 
 
a) da reação de setores políticos 
conservadores na França, associados aos 
franceses que viviam na Argélia. 
 
b) da pressão das grandes potências que 
temiam a implantação do fundamentalismo 
islâmico na região. 
 
c) da iniciativa dos Estados Unidos que 
pressionaram a França a manter a colônia a 
qualquer preço. 
 
d) da ação pessoal do general De Gaulle que 
se opunha aos projetos hegemônicos dos 
Estados Unidos. 
 
e) da atitude da França que desejava 
expandir suas colônias, após a Segunda 
Guerra Mundial. 
 
9. (Fuvest) Portugal foi o país que mais 
resistiu ao processo de descolonização na 
África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-
Bissau os últimos países daquele continente 
a se tornarem independentes. Isto se explica 
 
9 
 
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a) pela ausência de movimentos de 
libertação nacional naquelas colônias. 
 
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto, 
Samora Machel e Amílcar Cabral. 
 
c) pela suavidade da dominação lusitana 
baseada no paternalismo e na benevolência. 
 
d) pelos acordos políticos entre Portugal e 
África do Sul para manter a dominação. 
 
e) pela intransigência do salazarismo 
somente eliminada com a Revolução de Abril 
de 1974. 
 
10. (Fuvest) Na década de 1950, dois países 
islâmicos tomaram decisões importantes: em 
1951, o governo iraniano de Mossadegh 
decreta a nacionalização do petróleo; em 
1956, o presidente egípcio, Nasser, anuncia 
a nacionalização do canal de Suez. Esses 
fatos estão associados 
 
a) às lutas dos países islâmicos para se 
livrarem da dominação das potências 
Ocidentais. 
 
b) ao combate dos países árabes contra o 
domínio militar norte-americano na região. 
 
c) à política nacionalista do Irã e do Egito 
decorrente de uma concepção religiosa 
fundamentalista. 
 
d) aos acordos dos países árabes com o 
bloco soviético, visando à destruição do 
Estado de Israel. 
 
e) à organização de um Estado unificado, 
controlado por religiosos islâmicos sunitas. 
 
11. (Puc-rio) As lutas pela descolonização 
transformaram profundamente o mapa 
político mundial na segunda metade do 
século XX. As alternativas abaixo relacionam 
características importantes dos Estados 
nacionais surgidos na África e Ásia ao longo 
desse período, com EXCEÇÃO de uma. 
Qual? 
 
a) A maioria dos novos Estados nacionais 
adotou sistemas políticos e modelos de 
governo ocidentais inspirados nas 
experiências de suas metrópoles. 
 
b) Os Estados recém-constituídos 
conseguiram construir uma identidade 
política sólida, o que permitiu a organização 
do movimento dos países "não-alinhados", 
em Bandung, na Indonésia. 
 
c) Na maioria dos novos países, coube ao 
Estado tomar para si as tarefas de 
modernização e crescimento econômico com 
o objetivo de promover o desenvolvimento 
nacional. 
 
d) Nos países em que a independência se 
realizou por meio de revoluções sociais, os 
novos Estados tenderam para o modelo 
soviético. 
 
e) Nos processos de independência 
conseguidos através de guerras contra as 
antigas metrópoles, os exércitos nacionais e 
suas lideranças acabaram por desempenhar 
um papel de destaque na política nacional 
dos novos Estados. 
 
12. (Pucmg) Na segunda metade do século 
XX, após décadas de dominação europeia, 
os povos da África conseguem se libertar. 
São marcas dos Estados Africanos hoje, 
EXCETO: 
 
a) o domínio exercido por uma elite africana 
em lugar do antigo dominador. 
 
b) o falso desenvolvimento econômico 
realizado em proveito do capital externo. 
 
c) a independência formal associada à 
manutenção do domínio de "tipo colonial". 
 
d) a solidariedade dos povos negros em luta 
contra os resíduos da europeização. 
 
e) a tendência autoritária e violenta dos 
pequenos Estados recém-formados. 
 
13. (Pucsp) "A economia dos países 
africanos caracteriza-se por alto 
endividamento externo, elevadas taxas de 
inflação, constante desvalorização da moeda 
e grande grau de concentração de renda, 
mantidos pela ausência ou fraqueza dos 
10 
 
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mecanismos de redistribuição da riqueza e 
pelo aprofundamento da dependência da 
ajuda financeira internacional,em uma 
escala que alguns países não tiveram nem 
durante o colonialismo". 
 
Leila Leite Hernandez. "A 
África na sala de aula". São 
Paulo: Selo Negro Edições, 
2005, p. 615. 
 
O fragmento caracteriza a atual situação 
geral dos países africanos que obtiveram sua 
independência na segunda metade do século 
XX. Sobre tal caracterização pode-se afirmar 
que: 
 
a) deriva sobretudo da falta de unidade 
política entre os Estados nacionais africanos, 
que impede o desenvolvimento de uma luta 
conjunta contra o controle do comércio 
internacional pelos grandes blocos 
econômicos. 
 
b) é resultado da precariedade de recursos 
naturais no continente africano e da falta de 
experiência política dos novos governantes, 
que facilitam o agravamento da corrupção e 
dificultam a contenção dos gastos públicos. 
 
c) deriva sobretudo das dificuldades de 
formação dos Estados nacionais africanos, 
que não conseguiram romper totalmente, 
após a independência, com os sistemas 
econômicos, culturais e político-
administrativos das antigas metrópoles. 
 
d) é resultado exclusivo da globalização 
econômica, que submeteu as economias dos 
países pobres às dos países ricos, visando à 
exploração econômica direta e 
estabelecendo a hegemonia norte-americana 
sobre todo o planeta. 
 
e) deriva sobretudo do desperdício 
provocado pelas guerras internas no 
continente africano, que tiveram sua origem 
no período anterior à colonização europeia e 
se reacenderam em meio às lutas de 
independência e ao processo de formação 
nacional. 
 
 
14. (UERJ) A África subsaariana conheceu, 
ao longo dos últimos quarenta anos, trinta e 
três conflitos armados que fizeram no total 
mais de sete milhões de mortos. Muitos 
desses conflitos foram provocados por 
motivos étnico-regionais, como os massacres 
ocorridos em Ruanda e no Burundi. 
 
(Le Monde Diplomatique, 
maio/1993 - com 
adaptações.) 
 
Das alternativas abaixo, aquela que identifica 
uma das raízes históricas desses conflitos no 
continente africano é: 
 
a) a chegada dos portugueses, que, em 
busca de homens para escravização, 
extinguiram inúmeros reinos existentes 
 
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas 
entre EUA e URSS, transformou a África num 
palco de guerras localizadas 
 
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as 
diferentes nacionalidades segundo tradições 
e costumes, anulou direitos de conquista 
 
d) o processo de descolonização, que, 
mantendo as mesmas fronteiras do 
colonialismo europeu, desrespeitou as 
diferentes etnias e nacionalidades 
 
 
15. (Ufmg) "O colonialismo em todas as suas 
manifestações, é um mal a que deve ser 
posto fim imediatamente." 
 
Os argumentos dessa reinvindicação, 
expressa na Conferência de Bandung (1955), 
estavam fundamentados 
 
a) na Carta das Nações Unidas e Declaração 
dos Direitos do Homem. 
 
b) na Encíclica "Rerum Novarum" e nas 
resoluções do Concílio Vaticano II. 
 
c) na estratégia revolucionária do Kominform 
para as regiões coloniais. 
 
d) na Teoria do Efeito Dominó do 
Departamento de Estado americano. 
 
e) nas teorias de revolução e imperialismo do 
marxismo-leninismo. 
 
11 
 
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16. (Ufrn) Em relação ao processo de 
descolonização afro-asiático, é correto 
afirmar: 
 
a) As potências europeias, fortalecidas com o 
fim da 2ª Guerra Mundial, investiram 
recursos na luta contra os movimentos de 
libertação que explodiam nas colônias. 
 
b) A Organização das Nações Unidas tornou-
se o parlamento no qual muitos países 
condenavam o neocolonialismo, dado que 
proclamava a autodeterminação dos povos. 
 
c) A Guerra Fria dificultou a descolonização, 
em virtude da oposição de soviéticos e 
americanos, que viam no processo uma 
limitação de seu poder de influência na África 
e na Ásia. 
 
d) As nações que optaram por guerra e luta 
armada foram as únicas que conquistaram 
independência e autonomia política frente à 
dominação dos países europeus. 
 
17. (Ufv) O vasto império colonial português 
na África, cujas origens se encontram na 
expansão ultramarina no século XV, 
começou a ruir a partir da década de 50 do 
século XX, quando suas colônias iniciam as 
lutas pela independência. Esse processo 
estava associado ao fim do Imperialismo e do 
Colonialismo, com a emancipação das 
colônias europeias na África e na Ásia. 
Dentre as opções abaixo, assinale aquela 
que NÃO está diretamente associada ao fim 
do Imperialismo e do Colonialismo. Afro-
asiático: 
 
a) A ampliação do poder econômico e político 
dos Estados Unidos e da União Soviética. 
 
b) As transformações políticas, econômicas, 
sociais e ideológicas causadas pela Segunda 
Grande Guerra. 
 
c) A ampliação dos movimentos de caráter 
nacionalista. 
 
d) O declínio da hegemonia europeia iniciado 
na Primeira Guerra Mundial. 
 
e) As pressões da China comunista pela 
ampliação de sua área de influência na Ásia 
e na África ocidental. 
 
18. (Unesp) A Inglaterra, detentora do mais 
rico e poderoso império marítimo, chegou ao 
auge de sua supremacia no Século XIX. A 
decadência do Império Britânico e o processo 
de descolonização nas colônias oriundas de 
povoamento inglês, relacionam-se com 
 
a) a educação política veiculada pelos 
dominadores, procurando desenvolver a 
consciência anti-imperialista dos dominados. 
 
b) a transformação de alguns domínios em 
comunidades autônomas e iguais, não 
subordinadas umas às outras, embora unidas 
por uma fidelidade comum à Coroa Britânica 
e livremente associadas. 
 
c) o controle administrativo direto das terras 
árabes, segundo fundamentos filantrópicos e 
zelo missionário. 
 
d) o prolongado governo pela força e sem 
nenhum grau de autonomia dos domínios do 
Canadá, Austrália e Nova Zelândia. 
 
e) a transferência de tecnologia para os 
domínios da África e da Ásia, a fim de 
assegurar imediata independência 
econômica. 
 
19. (Unirio) A descolonização do continente 
africano, a partir de 1950, libertou nações do 
imperialismo. Entretanto, não solucionou os 
problemas estruturais de diversos países do 
continente. Sobre os países africanos 
descolonizados, é correto afirmar-se que: 
 
a) em Ruanda, ao processo de 
independência, conquistada em 1962, 
seguiu-se a criação de um governo de 
coalizão popular que, apoiado por 
investimentos ocidentais, extinguiu as 
rivalidades étnicas e as guerras tribais. 
 
b) em Angola, a prolongada guerra civil após 
a independência, em 1975, provocou a 
intervenção da ONU no conflito, com a 
participação de soldados brasileiros, cujo 
objetivo é desarmar a guerrilha e auxiliar na 
reconstrução do país. 
12 
 
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c) em Moçambique, que alcançou a 
independência em 1975, o movimento 
guerrilheiro de inspiração socialista 
FRELIMO (Frente de Libertação de 
Moçambique), apoiado pela União Soviética, 
conquistou a gestão das regiões auríferas da 
Rodésia. 
 
d) na Argélia, independente em 1962, após o 
fracasso das tentativas de estabelecimento 
da democracia com as recentes eleições, 
ocorreu o golpe de estado dos 
fundamentalistas muçulmanos. 
 
e) na Namíbia, a fraqueza política e 
econômica dos governos posteriores à 
independência, ocorrida em 1990, facilitou a 
invasão militar, com a anexação de seu 
território pela África do Sul. 
 
 
20. (Ufes) O presidente sul-africano ficou 
surpreso ao saber que, no Brasil, o maior 
país de população negra fora da África, se 
fala uma só língua e se pratica o sincretismo 
religioso. 
 ("O Globo" - 23/7/98) 
 
O texto se refere à visita ao Brasil do 
presidente sul-africano, Nelson Mandela, que 
combateu duramente os sérios problemas 
enfrentados pela África do Sul após se 
libertar dasujeição efetiva à Inglaterra. Uma 
das dificuldades por que passou o país foi a 
política de "apartheid", que consistia no(a) 
 
a) resistência pacífica, que previa o boicote 
aos impostos e ao consumo dos produtos 
ingleses. 
 
b) radicalismo religioso, que não permitia aos 
brancos professar a religião dos negros, 
impedindo o sincretismo religioso que 
interessava aos ingleses. 
 
c) manutenção da igualdade social, que 
facilitava o acesso à cultura a brancos e 
negros, desde que tivessem poder 
econômico e político. 
 
d) segregacionismo oficial, que permitia que 
uma minoria de brancos controlasse o poder 
político e garantisse seus privilégios diante 
da maioria negra. 
 
e) desarmamento obrigatório para qualquer 
instituição nacional e exigência do uso 
exclusivo do dialeto africano nas empresas 
estrangeiras. 
 
 
3.2 América Latina Pós-Guerra 
 
 
A história do desenvolvimento na 
América Latina passou três fases distintas: 
 
Uma de otimismo que marcou a 
sua gênese nos anos 40 e 50; 
 
Uma era de radicalização pela 
direita que distorceu os fins almejados pelo 
desenvolvimento para culminar no 
aprofundamento da dependência e da 
concentração da renda em nome da 
acumulação de capital; 
 
E a última, nos anos 90 com a 
prática neoliberal que pretende vender a 
ilusão de que esses países podem alcançar 
um patamar de desenvolvimento igual aos 
dos países centrais, onde a população 
poderá desfrutar de um maior bem-estar 
social. Não é certo que a manutenção do 
modelo de crescimento voltado para dentro 
teria conseguido obter sucesso contra os 
efeitos nocivos do subdesenvolvimento, mas, 
tampouco, é certeiro que um modelo que 
privilegia a concentração da renda em 
detrimento do combate à pobreza irá obter 
resultados satisfatórios para superarmos a 
nossa secular condição de países 
secundários no cenário internacional. 
 
 
A REVOLUÇÃO CUBANA 
 
Após se tornar independente, Cuba tornou-
se praticamente um protetorado dos 
Estados Unidos, visto que devido à 
Emenda Platt (dispositivo legal inserido na 
Carta Constitucional de Cuba), estes podiam 
intervir naquele país diretamente caso os 
interesses recíprocos fossem ameaçados. 
 
13 
 
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Mesmo após a política da boa 
vizinhança, quando a Emenda se tornou 
praticamente inútil, Cuba continuava 
dependente dos Estados Unidos quando se 
tratava de importações e exportações, por 
exemplo. 
 
Em 1925, teve início o governo 
ditatorial de Gerardo Machado, que, apoiado 
pelos norte-americanos perseguiu opositores 
de seu governo gerando vários conflitos 
internos. Ele foi deposto em 1933, em um 
movimento que participavam dentre muitos, 
trabalhadores vinculados ao Partido 
Comunista Cubano. 
 
Após a deposição, Fulgêncio 
Batista, um dos líderes do mesmo, assumiu o 
comando do exército em Cuba e como 
possuía bastante influência, foi eleito 
presidente em 1940, e governou por quatro 
anos. Nos dois governos seguintes, o país 
continuou a vivenciar uma atmosfera 
democrática e livre de golpes militares até 
que em 1952, Batista deu um golpe de 
estado estabelecendo uma ditadura apoiada 
pelos Estados Unidos até 1958. 
 
Á medida que a economia cubana 
se restringia à exportação de matéria-prima a 
desigualdade social aumentou bastante. 
Havia resistência ao governo, mas ela era 
duramente reprimida por Fulgêncio. Entre os 
principais líderes da oposição se encontrava 
Fidel Castro e para ele a resolução do 
problema da ditadura se encontrava na luta 
armada. Então, reuniu um grupo de jovens 
com o objetivo de atacar o quartel da 
Moncada, porém, fracassou. Os rebeldes 
foram presos, mas Fidel foi anistiado, não 
demorando a iniciar outro movimento, 
organizado no México, com seu irmão Raúl e 
com o médico argentino Che Guevara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em novembro de 1956, mais de 
oitenta homens embarcaram rumo à Cuba 
mas a viagem atrasou e o plano foi 
descoberto. Ao chegarem na costa, 
tornaram-se alvos fáceis e apenas 12 
sobreviveram. Os sobreviventes se 
esconderam em Sierra Maestra, se 
organizaram novamente e por dois anos 
travaram guerras de guerrilhas nessa região, 
enquanto nas cidades, grupos clandestinos 
reforçavam a oposição. Diante do cenário, 
Fulgêncio deixou Cuba e Fidel Castro 
assumiu o poder, adotando imediatamente 
políticas de impacto na política interna e 
externa do país. 
 
Uma das medidas adotadas por ele 
foi a nacionalização de empresas. Como 
haviam muitas empresas norte-americanas 
lá, as tensões aumentaram, e pioravam à 
medida que Cuba se aproximava da União 
Soviética. Em 1961, Cuba e os Estados 
Unidos cortaram as relações diplomáticas e 
Fidel Castro declarou Cuba como sendo um 
estado socialista. A consequência disto foi 
um embargo econômico promovido pelos 
EUA no ano seguinte. 
 
Em 1962, os norte-americanos 
descobriram que a União Soviética havia 
instalado mísseis em território Cubano (Crise 
dos mísseis) e o episódio só foi resolvido 
quando os soviéticos decidiram retirá-los da 
ilha. 
 
 
A ARGENTINA DE PERÓN 
 
Eleições fraudulentas, disputas internas, 
golpes. Disso foi composta a década de 1930 
na Argentina, também conhecida como 
década infame. 
 
Após um golpe de estado em 1930, 
os militares passaram a ter grande influência 
na política Argentina. Os grupos políticos 
eram divididos de acordo com a posição do 
país na Segunda Guerra Mundial e isto fazia 
com que as diferenças de ideologia ficassem 
mais acentuadas. 
 
No início dos anos 40, o foco da 
tensão estava entre os que apoiavam os 
Fidel 
Castro 
14 
 
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Aliados e os que simpatizavam com regimes 
autoritários europeus, porém, conforme os 
países do Eixo conquistavam vitórias, a 
possibilidade de instalação de um regime 
autoritário foi sendo cogitada causando 
agitação. 
 
Em 1941, um grupo de militares 
simpatizantes do Fascismo formou o Grupo 
de Oficiais Unidos (GOU) na Argentina, que 
após dois anos deu um golpe de estado 
derrubando o então presidente para que o 
exército, que continuava com opiniões 
divergentes entre si, passasse a administrar 
o país. 
 
Provas deste choque de ideologias 
surgiram quando, em 1945, a pressão da 
opinião pública e os problemas aumentaram 
e chegaram a seu ápice fazendo com que 
Juan Domingo Perón, então vice-presidente 
do país, fosse destituído, preso e liberado em 
seguida devido à reação das massas 
trabalhadoras e dos sindicalistas. Eleições 
foram convocadas em 1946 e a aliança 
peronista ganhou a disputa. 
 
 
Perón iniciou seu governo 
cumprindo promessas eleitorais tais como o 
aumento do salário dos servidores públicos, 
investimentos na saúde pública, focando no 
desenvolvimento da indústria Argentina, 
censurando a imprensa e perseguindo toda e 
qualquer oposição. Encarregava sua esposa, 
Evita Perón, de obras sociais, como 
construção de escolas e de hospitais. 
Ganhou a simpatia das grandes massas e 
com isso foi reelegido em 1952, porém a 
situação mudou daí em diante: a produção 
industrial caiu, a inflação aumentou e a 
oposição foi reforçada por setores do exército 
e da Igreja Católica, até então aliados de 
Perón. 
 
A oposição ao governo cresceu 
mais até que em 1955 aconteceu a 
Revolução Libertadora, que destituiu Perón. 
O novo regime foi marcado pela perseguição 
forte aos peronistas, que nem votar em 
membros do seu partido podiam. 
 
Em 1958, Arturo Frondizi, um civil, 
foi eleito presidente da Argentina, acabando 
com a revolução. A presença de um civil 
como presidente, no entanto, não foi 
predominante visto que apenas dois 
governaram num espaço de 18 anos. 
 
Isto, somado com a marginalizaçãodos peronistas causou vários conflitos 
durante os anos 60, e fez com que surgissem 
grupos guerrilheiros armados, como os 
Montoneros e o Exército Revolucionário do 
Povo, que se enfrentavam causando danos à 
população Argentina. Diante das pressões, 
eleições foram convocadas pelos militares 
em 1973, e a candidatura de Perón foi aceita. 
Este voltou do exílio e venceu as eleições, 
porém não ficou muito tempo no cargo, visto 
que morreu em 1974, e foi sucedido pela sua 
Segunda esposa, Isabelita Perón. 
 
 
O BRASIL NO PÓS-GUERRA 
 
 
 
O Brasil na Guerra Fria, mais precisamente 
no início dela, era governado por João 
Goulart, nesse período ele buscou uma 
aproximação com a União Soviética 
 
 
Ao término da Segunda Guerra 
Mundial (1945), iniciou-se a Guerra Fria, uma 
disputa pela hegemonia mundial entre 
Estados Unidos e União das Repúblicas 
Socialistas Soviéticas. 
 
Foi uma intensa guerra ideológica, 
econômica, diplomática e tecnológica pela 
conquista de zonas de influência, que 
estabeleceu a divisão do mundo em dois 
Juan Domingo Péron 
15 
 
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blocos, com sistemas econômicos, políticos e 
ideológicos divergentes: o chamado bloco 
capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e 
o bloco comunista, liderado pela União 
Soviética. Essa disputa influenciou 
diretamente nas políticas de vários países, 
inclusive do Brasil. 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, o 
Brasil integrou o bloco capitalista, no entanto, 
a partir de 1961 o presidente João Goulart 
(Jango) desenvolveu uma política externa 
independente do apoio das superpotências 
da Guerra Fria. Jango fortaleceu os 
movimentos sindicais, estudantis, 
camponeses e populares. Além desses fatos, 
o então presidente promoveu uma 
aproximação política entre o Brasil e a União 
Soviética, o que desencadeou atritos com as 
lideranças políticas, econômicas e militares 
do Brasil. 
 
Em fevereiro de 1964, Jango 
anunciou as reformas de base, que consistia 
num conjunto de reformas sociais que incluía 
a reforma agrária. Sua política preocupou 
bastante a classe burguesa do Brasil e os 
investidores estadunidenses, esse clima era 
propício para um golpe de estado. Em 31 de 
março de 1964, o presidente foi deposto por 
um golpe militar que teve apoio decisivo da 
elite conservadora brasileira e da Agência de 
Inteligência dos Estados Unidos (CIA). 
 
Instalou-se no Brasil uma ditadura 
militar que governou o país por duas décadas 
(1964 – 1985), esse período se caracterizou 
pela censura à imprensa, movimentos 
culturais e sociais, a repressão aos 
opositores do regime militar, 
institucionalização da tortura, entre outros 
fatores. 
 
 
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO 
 
 
Vivemos sob a égide de três 
revoluções que estão produzindo profundas 
alterações no mundo de hoje: a revolução 
ecológica, a revolução tecnológica e a 
globalização. 
 
A primeira revolução que 
chamamos ecológica tem mais a ver com 
a filosofia. O fracasso dos homens deste 
século na construção das utopias geradas 
nos séculos passados leva mais do que à 
reflexão, à busca de novas utopias e de 
novos caminhos para encontrar a felicidade. 
 
Essa reflexão nos está conduzindo 
ao abandono do racionalismo cartesiano e se 
volta a dar mais valor a espiritualidade e a 
compreensão de que o ser humano é uma 
complexa unidade integrada à natureza e 
está integrada ao universo – é o que se está 
denominando de pensamento holístico. 
 
A segunda revolução tecnológica 
é aquela que está ocorrendo na área da 
ciência e da tecnologia. As coisas acontecem 
a uma velocidade nunca vista. Muitas vezes 
quando nos decidimos pela compra de um 
novo produto ele já foi substituído por outro 
mais sofisticado. 
 
Todas as áreas da atividade 
humana, estão sendo afetadas pelas grandes 
transformações ocasionadas pelo 
desenvolvimento tecnológico e científico, 
particularmente nas áreas da informática e 
telecomunicações. O resultado previsível é 
que a cada dia o conhecimento e as 
habilidades passam a ser cada vez mais a 
única fonte de vantagens comparativas. 
 
A terceira revolução é a 
globalização. Em uma era de empresas 
baseadas na capacidade intelectual, a 
economia global é uma economia dinâmica 
em transição permanente. Pela primeira vez, 
na história da humanidade tudo se pode 
fazer em qualquer parte e ser vendido onde 
se queira. A economia global define o ponto 
de vista de todos e modifica o que cada um 
de nós pensa. Todos enfrentamos uma nova 
realidade. Todos no mundo somos 
mutuamente dependentes. 
 
Diante dessa nova realidade, em 
todo o mundo de hoje o sentimento 
dominante na maioria das pessoas é de 
perplexidade. Principalmente nos países em 
desenvolvimento, como o nosso, algumas 
pessoas se veem como que perdidas diante 
da voragem de tanta informação, diante da 
16 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
velocidade com que as coisas acontecem. 
Tememos ficar para traz e muitas vezes não 
sabemos o que fazer para ir para frente. 
 
Esse sentimento é agravado com a 
sensação de insegurança quando vemos, em 
países como o nosso, a desmontagem do 
Estado dando mais responsabilidade às 
iniciativas privadas, quando vemos a 
delapidação do patrimônio nacional e mais 
ainda, quando se vê a fragilidade da 
aparente estabilidade atual diante das 
manobras dos que se locupletam no lucro 
fácil do cassino global. 
 
Diante de tantas transformações e 
de tanta perplexidade, o que se coloca como 
vital no momento atual, é como sobreviver, 
ou, mais que isso, como obter sucesso nesse 
mundo cambiante, como ser moderno na 
virada do milênio. 
 
Buscando respostas a essas 
inquietações a equipe de Nova Sociedade se 
viu na disjuntiva de reformular sua missão e 
encontrou o que lhe parece ser o melhor 
caminho para seu desenvolvimento. Levar a 
experiência de nossos consultores 
associados e (levar) a metodologia 
participativa na construção do conhecimento, 
para junto com nossos clientes tentar tornar 
menos dolorosa a transição, construir 
caminhos que facilitem não só a 
sobrevivência no próximo milênio, mas, 
principalmente o sucesso. 
 
Nós acreditamos que todas essas 
revoluções que estão ocorrendo, naquilo que 
elas têm de positivo, têm tudo o que é 
preciso para que se possa realizar a própria 
revolução, a revolução interior que significa 
ver que as coisas no mundo estão mudando 
e colocar-se na posição de protagonista, de 
agente dinâmico impulsionador dessas 
mudanças. É assim que vamos contribuir 
para melhorar a vida na terra senão para 
nós, para nossos descendentes. 
 
Com essa visão de mundo é que 
acreditamos se deve traçar os objetivos para 
nortear a execução de qualquer projeto, seja 
o projeto de uma empresa industrial, 
comercial ou de serviço, seja o projeto para a 
gestão pública ou de uma entidade não 
governamental, seja em fim o próprio projeto 
de realização pessoal. 
 
 
3.3 Conflito Árabe-israelense 
 
 
O moderno estado de Israel está 
situado em um território que já foi 
conquistado por muitos povos: assírios, 
babilônios, persas, gregos, romanos, árabes 
muçulmanos e turcos otomanos. O país, 
localizado na costa oriental do Mar 
Mediterrâneo, é conhecido como a Terra 
Santa. Para os judeus, a terra é santa porque 
lhes foi prometida por Deus; para os cristãos, 
porque Jesus, sendo judeu, nasceu e viveu 
lá; para os muçulmanos, porque Jerusalém é 
o local da subida do profeta Maomé aos 
Céus. 
 
Em 1948, o estado de Israel foi 
estabelecido e, desde então, esteve 
envolvido em guerras e conflitos com seus 
vizinhos árabes. O objetivo do presente 
artigo é apresentar a origem e o histórico do 
conflito árabe-israelense. Vamos iniciar 
examinando as reivindicaçõeshistóricas dos 
judeus e árabes. Nos próximos artigos, 
iremos discutir os eventos que levaram à 
formação do estado de Israel e analisar as 
questões geopolíticas do conflito árabe-
israelense. 
 
 
BREVE HISTÓRIA DO POVO JUDEU 
 
O laço judeu à Terra de Israel data 
de mais de 3.700 anos. De acordo com a 
Bíblia, Deus prometeu que os descendentes 
do patriarca Abraão herdariam a terra. O 
Livro Sagrado revela que o povo judeu foi 
escravizado no Egito, até que Deus o 
libertou. Após sua libertação do Egito, o povo 
judeu foi liderado por Moisés - o maior 
profeta da história judaica - e levado à Terra 
de Israel. No entanto, foi Josué, sob o 
comando de Deus, que conquistou a Terra, 
iniciando assim a formação do primeiro 
estado judeu. 
 
A nação judaica formou a sua 
primeira monarquia constitucional por volta 
do ano 1000 A.C. O segundo rei dos judeus, 
17 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Davi, estabeleceu Jerusalém como a capital 
do país e seu filho Salomão liderou a 
construção do Templo Sagrado de 
Jerusalém. 
 
No ano 70 D.C., os romanos 
destruíram o Templo Sagrado. Tudo o que 
restou de pé até hoje foi sua Muralha 
Ocidental, conhecido por todos como Muro 
das Lamentações, considerado pelo 
judaísmo como o local mais sagrado do 
mundo. Sendo assim, pessoas de vários 
países, judeus e não-judeus, visitam o Muro 
em Jerusalém. Elas escrevem bilhetes com 
pedidos pessoais a Deus e os colocam entre 
suas pedras. 
 
Além de destruir o Templo Sagrado 
de Jerusalém, os romanos expulsaram os 
judeus de sua terra, dando início à diáspora, 
que significa a dispersão dos judeus para 
outros países do mundo. Contudo, apesar de 
terem sido conquistados pelos romanos, 
muitos judeus continuaram a viver na Terra 
de Israel. 
 
Por volta do século IX, 
comunidades judaicas foram restabelecidas 
em Jerusalém e Tibérias. No século XI, a 
população judaica crescia nas cidades de 
Rafa, Gaza, Ashkelon, Jaffa e Caesarea. 
Durante o século XII, muitos judeus que 
viviam na Terra Prometida foram 
massacrados pelas Cruzadas, mas nos 
séculos seguintes, a imigração para a Terra 
de Israel continuou. Mais comunidades 
religiosas judaicas estavam se fixando em 
Jerusalém e em outras cidades. 
 
Um dos pontos fundamentais da fé 
judaica é que todo o povo será liderado de 
volta à Terra de Israel e que o Templo 
Sagrado será restabelecido. Muitos judeus 
acreditam que o Messias, que será enviado 
por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo 
judeu à Terra de Israel. 
 
Contudo, muitos judeus 
acreditavam que eles próprios deveriam 
iniciar seu retorno à sua terra histórica. A 
ideia de estabelecer um estado judeu 
moderno começou a ganhar grande 
popularidade no século XIX na Europa. Um 
jornalista austríaco chamado Theodor Herzl 
levou adiante a ideia do sionismo, definido 
como o movimento nacional de libertação do 
povo judeu. O sionismo afirma que o povo 
judeu tem direito ao seu próprio estado, 
soberano e independente. 
 
No final do século XIX, o 
aparecimento do antissemitismo, o 
preconceito e ódio contra judeus, levou ao 
surgimento de pogroms - massacres 
organizados de judeus - na Rússia e na 
Europa Oriental. Esta violência notória contra 
judeus europeus ocasionou imigrações 
maciças para a Terra de Israel. Em 1914, o 
número de imigrantes vindos da Rússia para 
a Terra de Israel já alcançava os 100.000. 
Simultaneamente, muitos judeus vindos do 
Iêmen, Marrocos, Iraque e Turquia imigraram 
para a Terra de Israel. Quando os judeus 
começaram, em 1882, a imigrar para seu 
antigo território em grande escala, viviam por 
lá menos de 250.000 árabes. 
 
O povo judeu baseia suas 
reivindicações por Israel em diversos 
fatores: 
 
1. A Terra de Israel foi prometida 
por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra 
dos patriarcas e profetas bíblicos. Na Bíblia, 
inúmeras passagens citam Israel e 
Jerusalém como sagrados ao povo judeu e 
as principais orações judaicas falam sobre o 
retorno do povo à sua cidade sagrada. As 
orações judaicas são feitas em direção a 
Jerusalém. Durante as festas judaicas, as 
orações são encerradas recitando a frase 
"ano que vem em Jerusalém". 
 
2. Desde que os judeus foram 
exilados pelos romanos, a Terra de Israel 
nunca foi estabelecida como um estado. A 
região foi colonizada por diversos impérios, 
mas nunca voltou a ser um estado soberano. 
Foram imigrantes judeus que desenvolveram 
a agricultura e construíram cidades para 
restabelecer um estado no seu lar histórico. 
 
3. O estado de Israel foi criado 
pelas Nações Unidas em 1947. É um estado 
democrático, moderno e soberano. 
 
4. Toda a Terra de Israel foi 
comprada pelos judeus ou conquistada por 
18 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Israel em guerras de defesa, após o país ter 
sido atacado por seus vizinhos árabes. 
 
5. Os árabes controlam 99.9% do 
território no Oriente Médio. Israel representa 
apenas um décimo de 1 % da região. 
 
6. A história demonstrou que a 
segurança do povo judeu apenas pode ser 
garantida através da existência de um estado 
judeu forte e soberano. 
 
 
BREVE HISTÓRIA DO POVO PALESTINO 
 
 
Acredita-se que o termo "Palestina" 
(Palestine) origina dos filisteus (Philistines), 
um povo egeu que, no século XII A .C., se 
estabeleceu ao longo da planície costeira do 
Mediterrâneo, conhecida hoje como a Faixa 
de Gaza. No século II, após derrotar o antigo 
Estado de Israel, os romanos deram o nome 
de Palestina à terra, numa tentativa de 
humilhar os judeus e minimizar sua 
identificação com a Terra de Israel. 
 
Em 638, a conquista árabe da Terra 
de Israel deu início a 1.300 anos de presença 
muçulmana em Israel. Porém, o país nunca 
foi exclusivamente árabe. Após as invasões 
muçulmanas do século VII, o árabe tornou-se 
gradualmente a língua da maioria da 
população da região. Apesar do controle 
muçulmano, nenhum estado árabe 
independente chegou a ser estabelecido na 
Terra de Israel. 
 
A cidade de Jerusalém é 
considerada a terceira mais sagrada na 
religião islâmica (as primeiras são Meca e 
Medina). Acredita-se que Jerusalém seja o 
local onde o maior profeta islâmico, Maomé, 
subiu aos Céus. A mesquita al-Aqsa, onde o 
Domo da Rocha foi futuramente construído, 
marca este ponto, que é sagrado para os 
muçulmanos. 
 
Enquanto os muçulmanos 
dominavam a região, cristãos e judeus viviam 
em paz, já que eram considerados os Povos 
do Livro. Cristãos e judeus tinham controle 
autônomo em suas comunidades e eram 
permitidos a praticar as suas religiões com 
liberdade e segurança. Tal tolerância 
religiosa demonstrada pelo povo muçulmano 
é rara na história do homem. 
 
Em 1517, os turcos otomanos da 
Ásia Menor conquistaram a região e, com 
poucas interrupções, governaram Israel, 
então chamada de Palestina, até o inverno 
de 1917-18. O país foi dividido em diversos 
distritos, dentre eles, Jerusalém. A 
administração dos distritos foi cedida em 
grande parte aos árabes palestinos. As 
comunidades cristãs e judaicas, porém, 
receberam grande autonomia. A Palestina 
compartilhou a glória do Império Otomano 
durante o século XVI, mas foi negligenciada 
quando o império começou entrar em 
declínio no século XVII. 
 
Em 1882, menos de 250.000 
árabes viviam no local. Uma parte 
significante da Terra de Israel pertencia aos 
senhores, que viviam no Cairo, Damasco e 
Beirute. Por volta de 80% dos árabes 
palestinos eram camponeses, nômades ou 
beduínos. 
 
Em 1917-18, com apoio dos 
árabes, os britânicos capturaram a Palestina 
dos turcos otomanos. Na época, os árabes 
palestinos não se imaginavam tendo uma 
identidade separada. Eles se consideravam 
parte de uma Síria árabe. O nacionalismo 
árabe palestino é,em grande parte, um 
fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial. 
 
Em 1921, o Secretário Colonial 
Winston Churchill separou quase quatro 
quintos da Palestina - aproximadamente 
35.000 milhas quadradas - para criar um 
emirado árabe, a Transjordânia, conhecida 
hoje como Jordânia. Este país, que é uma 
monarquia árabe, é em sua maioria 
composto por palestinos que hoje 
representam aproximadamente 70% da 
população. 
 
Em 1939, os britânicos anunciaram 
o White Paper (Carta Branca), um 
documento relatando que um estado árabe 
independente e não dividido seria 
estabelecido na Terra de Israel (chamada de 
Palestina) dentro de 10 anos. O nacionalismo 
árabe cresceu com a promessa de um 
19 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
estado forte. Os britânicos não foram 
capazes de manter sua promessa aos 
árabes. Em vez disso, em 1947, as Nações 
Unidas decidiram dividir a Terra de Israel em 
dois estados: um judeu e outro árabe. Em 
1948, foi estabelecido o estado de Israel. 
 
Quando seus vizinhos árabes 
atacaram o novo estado judeu, teve início a 
primeira guerra árabe-israelense. Durante o 
estabelecimento do estado de Israel e 
durante a primeira guerra entre árabes e 
israelenses, mais da metade dos árabes que 
viviam na Terra de Israel fugiram, dando 
início ao problema ainda hoje vigente de 
refugiados palestinos, que discutiremos nos 
próximos artigos. 
 
O povo palestino baseia suas 
reivindicações em diversos fatores: 
 
1. Os árabes muçulmanos viveram 
no local por muitos anos. 
 
2. O povo palestino tem o direito à 
independência nacional e à soberania sobre 
a terra onde viveram. 
 
3. Jerusalém é a terceira cidade 
sagrada na religião muçulmana, local de 
elevação do profeta Maomé aos Céus. 
 
4. O Oriente Médio é dominado por 
árabes. Outras religiões ou nacionalidades 
não pertencem à região. 
 
5. Todos os territórios árabes que 
foram colonizados tornaram-se estados 
completamente independentes, exceto a 
Palestina. 
 
6. Os palestinos tornaram-se 
refugiados. Outros países árabes nunca os 
aceitaram completamente e eles vivem 
frequentemente em campos para refugiados 
tomados pela pobreza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
 
21. Na esteira da discórdia entre judeus e 
palestinos nos territórios por eles disputados 
está o movimento sionista, apontado por 
muitos como um dos principais elementos 
relacionados com o aumento das tensões 
entre ambos os lados da questão. De toda 
forma, o sionismo não é a causa do problema 
em si, mas um de seus fatores históricos 
mais importantes. 
 
Entende-se por sionismo: 
 
a) a intenção proeminente dos povos árabes 
de tentar erradicar os judeus do Oriente 
Médio. 
 
b) a crença religiosa de que judeus e 
muçulmanos são povos excludentes e que 
jamais entrarão em paz. 
 
c) a busca dos judeus pela Terra Prometida, 
nos arredores de Jerusalém, com a 
consequente criação de seu Estado-Nação. 
 
d) o movimento de resistência dos judeus 
frente às constantes ameaças árabes 
promovidas em todo o mundo. 
 
e) A resistência dos judeus mesmo após a 
segunda guerra e o holocausto. 
 
 
22. (PUC-RIO 2009) O Estado de Israel, que 
completou 60 anos em maio deste ano, teve 
suas fronteiras definidas a partir de várias 
guerras com países vizinhos. A esse 
respeito, avalie as afirmativas abaixo: 
 
I - O plano de Partilha da ONU (Resolução 
181) de 1947 previa a retirada das tropas do 
Império russo, a criação de um Estado 
judaico e de um Estado independente árabe-
palestino na região da Palestina. 
 
II - Os árabes rejeitaram o plano de partilha 
da Palestina aprovado pela Assembleia Geral 
das Nações Unidas e atacaram o recém-
formado Estado de Israel em 1948: era o 
começo dos conflitos árabe israelenses e do 
dilema dos refugiados palestinos. 
 
20 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
III - A vitória israelense na Guerra dos Seis 
Dias (1967) permitiu a ocupação de quase 
toda a Palestina, isto é, do Sinai, da Faixa de 
Gaza, da Cisjordânia, de Jerusalém e o do 
Iraque. 
 
IV - A partir de 1987, a população civil 
palestina começou a série de levantes 
(Intifada) contra a ocupação israelense 
usando paus, pedras e atentados. 
 
ASSINALE a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas I e III estão 
corretas. 
 
b) Somente as afirmativas I e II estão 
corretas. 
 
c) Somente as afirmativas II e IV estão 
corretas. 
 
d) Somente as afirmativas II e III estão 
corretas. 
 
e) Somente as afirmativas III e IV estão 
corretas. 
 
 
23. (UFMG 2009) Envolvido, desde sua 
fundação, em conflitos na região, o Estado 
de Israel completou, em maio de 2008, 60 
anos de existência. Considerando-se as 
disputas territoriais entre árabes e 
israelenses e outros conhecimentos sobre o 
assunto, é CORRETO afirmar que: 
 
a) a Autoridade Nacional Palestina controla 
os territórios de Gaza e do sul do Líbano e, 
em 2006, com o auxílio da Organização das 
Nações Unidas (ONU) e da União Europeia, 
garantiu a soberania sobre essas regiões. 
 
b) a cidade de Jerusalém, considerada 
sagrada por três religiões, foi ocupada por 
Israel em 1949, ao final da Primeira Guerra 
Árabe-Israelense, e, depois dos Acordos de 
Oslo, foi reconhecida pela ONU como capital 
do país. 
 
c) a região das colinas de Golã, rica em 
fontes de água e ocupada por Israel durante 
a Segunda Guerra Árabe-Israelense, foi 
devolvida à Síria em 2000, como parte dos 
tratados de paz firmados entre os dois 
países. 
 
d) o Governo de Israel promoveu, em 2005, a 
retirada de colonos judeus da faixa de Gaza, 
no entanto, apesar de pressões de 
organismos internacionais, manteve 
assentamentos judaicos no território da 
Cisjordânia. 
 
e) O justo seria a destruição total de um dos 
lados com a finalidade de garantir a 
hegemonia do outro e consequentemente a 
paz na região. 
 
 
24. (Enem-MEC) Em 1947, a Organização 
das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano 
de partilha da Palestina que previa a criação 
de dois Estados: um judeu e outro palestino. 
A recusa árabe em aceitar a decisão 
conduziu ao primeiro conflito entre Israel e 
países árabes. 
 
A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da 
decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato 
que atingia interesses anglo-franceses e 
israelenses. Vitorioso, Israel passou a 
controlar a península do Sinai. O terceiro 
conflito árabe-israelense (1967) ficou 
conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a 
rapidez da vitória de Israel. 
 
Em 06 de outubro de 1973, quando os judeus 
comemoravam o Yom Kippur (Dia do 
Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de 
surpresa Israel, que revidou de forma 
arrasadora. A intervenção americano-
soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 
22 de outubro. 
 
Com base no texto, assinale a opção correta. 
 
a) A primeira guerra árabe-israelense foi 
determinada pela ação bélica de tradicionais 
potências europeias no Oriente Médio. 
 
b) Na segunda metade dos anos 1960, 
quando explodiu a terceira guerra árabe-
israelense, Israel obteve rápida vitória. 
 
c) A guerra do Yom Kippur ocorreu no 
momento em que, a partir da decisão da 
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CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
ONU, foi oficialmente instalado o Estado de 
Israel. 
 
d) A ação dos governos de Washington e 
Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que 
pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense. 
 
e) Apesar das sucessivas vitórias militares, 
Israel mantém suas dimensões territoriais tal 
como estabelecido pela resolução de 1947 
aprovada pela ONU. 
 
 
 
25. Leia abaixo o trecho de um texto de 
Maurício Tragtenberg: 
 
“Os únicos precedentes paralelos são as 
Cruzadas e os emigrados que fundam os 
EUA. Nos futuros Estados-Nação não estava 
previsto um lugar para os judeus. Eles eram 
“diferentes”.Mais e mais a deixar de largar 
tudo e construir um “lar nacional” animava os 
judeus. Todos esses movimentos nacionais 
tinham uma matriz comum: voltados ao 
passado, cada povo cuidava de inventar um 
passado nacional glorioso pretendendo 
marcar por sua existência o retorno a uma 
“idade de ouro”. 
 
No trecho acima, é possível perceber os 
motivos que animaram setores da população 
judaica a criarem um “lar nacional”. O 
principal movimento político que impulsionou 
a criação do Estado de Israel foi: 
 
a) o socialismo, liderado por Victor 
Klemperer. 
 
b) o marxismo, liderado por Walter Benjamin. 
 
c) o nazismo, liderado por Adolf Hitler. 
 
d) o sionismo, liderado por Theodor Herzl. 
 
e) o fascismo, liderado por Ariel Sharon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
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GABARITO 
 
1 – c 
2 – c 
3 – b 
4 – c 
5 – e 
6 – d 
7 – e 
8 – a 
9 – e 
10 – a 
11 – b 
12 – d 
13 – c 
14 – d 
15 – a 
16 – b 
17 – e 
18 – b 
19 – b 
20 – d 
21 – c 
22 – c 
23 – b 
24 – b 
25 – d 
 
 
	3.2 América Latina Pós-Guerra

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