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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CAMPUS AMÍLCAR FERREIRA SOBRAL – CAFS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 4° BLOCO DISCIPLINA: ZOOLOGIA DOS INVERTEBRADOS I DOCENTE: ÉLISON FABRÍCIO BEZERRA LIMA DISCENTES: EDENILSON DE SOUSA, BIANCA GÓES, ISLANNY SCARLET, KAREN MENDES, JÚNIOR WESLEY & MATHEUS LIMA SEMINÁRIO SOBRE O FILO CNIDARIA: DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA APRESENTAÇÃO FLORIANO – PI 2016 2 DISCENTES: EDENILSON DE SOUSA, BIANCA GÓES, ISLANNY SCARLET, KAREN MENDES, JÚNIOR WESLEY & MATHEUS LIMA SEMINÁRIO SOBRE O FILO CNIDARIA: DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA APRESENTAÇÃO FLORIANO – PI 2016 Manual explicativo para confecção de uma maquete e espécies do filo Cnidaria, como complemento prático no seminário de apresentação sobre as características gerais e específicas desse filo, cujo trabalho serviu de requisito para obtenção da 4° nota, sendo esta de caráter substituto para a nota mais baixa da grade disciplinar. 3 SUMÁRIO 1. Introdução ..........04 2. Lista de materiais ..........05 3. Esboço da maquete ..........06 4. Caracterizando o fundo do mar: deformação do isopor pelo fogo ..........10 5. Pintando o fundo do mar ..........11 6. Pintando o meio aquático no 2° isopor; anexando as duas partes com palitos de dentes e cola quente ..........12 7. Finalizando a maquete ..........14 8. Conclusão da maquete: representação das espécies do filo Cnidária ...........15 9. Representação das espécies em tamanho maior: complementando o material didático ..........17 10. Outras espécies do Filo Cnidária ..........18 11. Na hora da apresentação ..........19 12. Referência bibliográfica ..........20 4 INTRODUÇÃO O filo Cnidaria é um grupo interessante com mais de 9.000 espécies. Ele tem o nome devido às células chamadas cnidócitos, as quais podem conter organelas urticantes (nematocistos) características do filo. Os nematocistos são formados e utilizados somente por cnidários. Um outro nome para o filo, Coelenterata é menos utilizado do que era antigamente e algumas vezes se refere aos dois filos radiais, uma vez que seu significado é igualmente aplicável para ambos. Os cnidários são geralmente considerados como originados próximos do estoque basal da linhagem dos metazoários. Eles constituem um grupo antigo com a mais longa história fóssil dentre os metazoários, alcançando mais de 700 milhões de anos. (HICKMAN, 2013). Os cnidários são encontrados abundantemente em hábitats marinhos de águas rasas, especialmente em temperaturas mais quentes e em regiões tropicais. Não há nenhuma espécie terrestre. Os hidróides coloniais são normalmente encontrados presos ás conchas dos moluscos, rochas, pilastras e outros animais de águas costeiras rasas, mas algumas espécies são encontradas a grandes profundidades. As medusas são flutuantes e livre-natantes são encontradas no mar aberto e em lagos, frequentemente longe da costa. As colônias flutuantes como a caravela do mar e Velella, têm flutuadores ou velas através dos quais são levadas pelo vento. De acordo com HICKMAN (2013), existem quatro classes que são geralmente conhecidas em Cnidaria: os Hydrozoa (a classe com maior variação, incluindo hidróides, corais-de-fogo, caravelas-do-mar e outros), os Syphozoa (“medusas verdadeiras”), os Cubozoa (medusas) e os Anthozoa (maior classe, incluindo as anêmonas-do-mar, corais pétreos, corais moles e outros). Recentemente uma classe nova foi sugerida para esse filo, devido à algumas espécies de medusas serem sésseis (se fixando ao substrato durante toda a sua vida): a Classe Staurozoa (staurozoários). Para comtemplar uma explicação de forma bastante didática para esse filo, suas classes e espécies correspondentes, o presente trabalho teve como objetivo a elaboração de um manual prático, mostrando os procedimentos e as etapas que se sucederam na construção dos materiais didáticos usados para a apresentação do filo Cnidaria, dentro da disciplina de Zoologia dos Invertebrados I, na Universidade Federal do Piauí (UFPI). 5 LISTA DE MATERIAIS 2 (dois) isopores de espessura grossa; 3 (três) rolos de fita adesiva de embalagem de caixas (no mínimo); 1 (uma) tesoura; 1 (uma) borracha; Folhas de papel (quantidade à gosto); Folhas de EVAs (cores e quantidades à gosto); 1 (uma) sacola de plástico azul; 3 (três) sacolas de cor branca; 3 (três) caixas de palitos de dente; 1 (uma) caixa de tinta guache (ou de tecido); 3 (três) pinceis de tinta; Areia; Pedras de vários formatos (de preferência todas pequenas); 1 (um) pincel preto atômico (permanente); 1 (um) pincel de cor azul acrílica (para quadro); 1 (um) estilete; 1 (um) pacote de varetas de madeira para churrasco; 2 (duas) varetas finas de madeira comum (tronco ressecado) – caso não tenha o item anterior; 1 (uma) régua; Caixa de fósforos; 1 (uma) pistola de cola quente; Varetas de cola quente (quantidade à gosto); 1 (um) copo descartável de tamanho grande; 1 (uma) garrafa pet de 1 litro; Criatividade à gosto. 6 ESBOÇO DA MAQUETE 7 Faça um corte nos dois blocos de isopor, usando o estilete e a régua, para que as metades fiquem com as proporções iguais. Em seguida, pegue e use duas das quatro metades para a montagem da maquete. A primeira metade será para confeccionar o fundo do mar e a segunda será o mar em si, onde flutuarão as águas vivas (Classe Scyphozoa) e as vespas-do-mar (Classe Cubozoa). 1 2 Corte com o estilete 8 Depois de ter cortado os isopores, começe a fazer as decorações para o fundo do mar: faça várias bolinhas de papel enroladas em fita adesiva para simular os corais- cérebro (Classe Anthozoa). Use as folhas de EVA para desenhar tanto as anêmonas-do- mar (Classe Anthozoa) como as hidras (Classe Hydrozoa). Faça o maior número possível das duas espécies, para representar a diversidade de ambas. Faça o mesmo com as águas-vivas (Classe Scyphozoa) e as vespas-do-mar (Classe Cubozoa). Procure desenhar o maior número possível das principais espécies do filo Cnidaria e deixe o montante de cada uma separada, para não se misturarem, por questão de organização. 9 VESPA-DO-MAR (CLASSE CUBOZOA) ÁGUA-VIVA (CLASSE SCYPHOZOA) HIDRA (CLASSE HYDROZOA) CARAVELA PORTUGUESA (CLASSE HYDROZOA) ANÊMONAS-DO- MAR (CLASSE ANTHOZOA) 10 CARACTERIZANDO O FUNDO DO MAR: DEFORMAÇÃO DO ISOPOR PELO FOGO Pegue a caixa de fósforo e queime um pedaço de papel enrolado para deformar a superfície do isopor. Use o tempo restante da queima do papel para criar pequenos relevos e concavidades, sempre tomando cuidado para não deixar queimar o isopor por acidente, apenas para esquentar sua superfície esponjosa. Use os palitos para intensificar essa deformação, acrescentando detalhes na superfície.Queimaduras 11 PINTANDO O FUNDO DO MAR Pegue a tinta guache para pintar a superfície do isopor. Use a tinta amarela misturada levemente com a tinta preta e dê pinceladas de forma aleatória, com a intenção de dar mais realismo aos relevos feitos pelas queimaduras à fogo. Após a 1° pincelada, limpe o(s) pincel(is) e volte a reforçar as duas cores usadas na superfície do isopor. Faça varreduras nos buracos criados e pinte- os, sem deixar nenhum para trás. Espere a secagem do isopor. 12 PINTANDO O MEIO AQUÁTICO NO 2° ISOPOR; ANEXANDO AS DUAS PARTES COM PALITOS DE DENTES E COLA QUENTE O mesmo processo ocorrerá no 2° isopor: use as cores azul e amarelo para pintar o mar, criando tonalidades de verde caracterizando o ambiente marinho. Após a secagem do 2° isopor, agora começará a uma das partes mais importantes da maquete: use os palitos de dente e comece a fixá-los na parte lateral de um dos isopores, onde depois irá anexa-los firmemente na parede do outro isopor. Para reforçar a fixação, use cola quente em todos os lados. 13 Após a secagem, use um outro pedaço de isopor e corte igualmente 3 (três) tabletes para colar em 3 (três) lados, fazendo neles os mesmos procedimentos anteriores. Fechando os lados, a areia que será colocada não terá perigo de ser derramada e assim, evitando sujeira. Use a pistola de cola quente (com a vareta previamente acoplada) para anexar as águas-vivas (Classe Scyphozoa) e as vespas-do-mar (Classe Cubozoa) no 2° isopor pintado, representando o ambiente marinho. A colagem pode ser aleatória ou organizada. 14 FINALIZANDO A MAQUETE Está na hora de decorar o fundo do mar! Use sua criatividade para montar as espécies no fundo do isopor. É recomendável usar pouca areia, apenas para dar um toque de relevo marinho. Introduza cuidadosamente os palitos de dente nas espécies desenhadas nos EVAs e depois finque-as no fundo do isopor, colocando-as em modo aleatório. Faça dois buracos na parte superior do 2° isopor com as varetas de churrasco (ou faça isso previamente para a introdução das varas de madeira ressecada). Use fita adesiva e cola quente para impedir que as varas caiam para frente. A parte de cima será a superfície do mar e a praia, onde estarão boiando as caravelas portuguesas (Classe Hydrozoa), feita de uma sacola azul cortada no meio e colada com fita adesiva nas varetas. PRAIA MAR 15 CONCLUSÃO DA MAQUETE: REPRESENTAÇÃO DAS ESPÉCIES DO FILO CNIDARIA Por último use 4 varetas para churrasco (ou duas varas finas de madeira comum) e perfure na parte superior de cada um dos cantos do 2° isopor. Cole as varetas uma na outra com fita adesiva, aumentando o seu tamanho, formando um par de varetas. Corte a sacola azul no meio e deixe-a com o tamanho comprido, colando-a em seguida em cada lado do par de varetas. Assim como na figura ao lado, certifique-se de que a cola quente e a fita adesiva sejam suficientes para dar sustentação ao par de varetas com a sacola azul, já que essa estrutura está representando a superfície do oceano e, boiando ao sabor das correntes marítimas, se encontra as caravelas portuguesas (Classe Hydrozoa) e, logo atrás, um pedaço comprido de papel cortado e modelado, simbolizando a praia. Agora os procedimentos finais: faça um check-up em toda a estrutura da maquete, verificando o que pode estar faltando e o que pode ter sido mal feito. Teste o seu peso (com a areia e as pedras introduzidas) certifique-se de que as espécies estejam bem grudadas, as cores, a estrutura da superfície do oceano...tudo! Não deixe escapar nenhum detalhe, para não passar por problemas na hora da apresentação. 16 REPRESENTAÇÃO DAS ESPÉCIES EM TAMANHO MAIOR: COMPLEMENTANDO O MATERIAL DIDÁTICO Ainda na decoração do fundo do mar: pinte com tinta guache (ou tecido) as bolinhas de papel e fita, e em seguida faça linha de labirinto nelas representando o coral cérebro, encontrado próximo ao Caribe (Classe Anthozoa). Faça uma bola de papel e fita adesiva maciças para representar o coral cérebro em tamanho maior, servindo para manuseio na hora da apresentação. Assim como nos pequenos, pinte e decore do mesmo jeito a bola maciça. 17 Para a confecção da vespa-do mar (Classe Cubozoa), pegue o copo descartável e corte as bordas em longas tiras. Em seguida dobre várias vezes uma sacola branca com o intuito de cortar longas tiras, para amarrar (ou colar) no copo, simbolizando os tentáculos e nematocistos. Logo após isso pinte de azul todo o corpo da vespa-do-mar. Para a confecção da hidra (Classe Hydrozoa), enrole várias folhas de papel, uma por cima da outra, colando fita adesiva em pontos estratégicos afim de dar sustentação à espécie. Faça várias ramificações de pólipo em papel na hidra, moldando o formato destes baseado em imagens disponibilizadas na internet e em livros. 18 OUTRAS ESPÉCIES DO FILO CNIDARIA ÁGUA-VIVA (CLASSE SCYPHOZOA) Corte o fundo da garrafa pet com o estilete, quase na metade do corpo. Assim como na vespa, corte as bordas e corte longas tiras de sacola branca (para fazer a parte branca dos nematocistos perto da região oral) e tiras longas de EVA (para os tentáculos). Cole tudo com fita adesiva em seus respectivos lugares, de acordo com as imagens disponíveis da espécie. ANÊMONA-DO-MAR (CLASSE ANTHOZOA) Use uma folha de EVA vermelha (ou de qualquer outra cor) para desenhar uma anêmona-do-mar. Faça vários tentáculos e depois corte cuidadosamente para que saia todos inteiros. Dobre ele em forma de círculo e use fita adesiva para colar uma parte na outra. Coloque em seu interior (entre a fita a parede de EVA) algum tipo de peso para segurá-lo em pé. Corte mais ou menos ao meio a garrafa pet. Desenhe com um lápis preto a anêmona-do-mar na folha de EVA. 19 NA HORA DA APRESENTAÇÃO Depois de prontos, coloque os materiais didáticos antes da apresentação em uma posição para que todos os que estão presentes tenham uma visão melhor do que foi feito para a evolução do conteúdo (na foto acima, um dos integrantes, Matheus Lima, deu início na apresentação do grupo. Observe a disposição da maquete e das espécies colocadas no chão, captando uma boa visão das partes constituintes do trabalho). “AGORA, MÃOS Á OBRA!!!” 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HICKMAN, Cleveland P. Princípios integrados de zoologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda. – 2013.
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