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Definindo a Pesquisa Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� Definindo a Pesquisa 1. Introdução Para que desenvolver uma pesquisa? Quais os passos a serem dados para se desenvolver uma pesquisa? Por onde começar uma pesquisa? Nesta unidade você terá algumas respostas para estas questões. Vamos iniciar a construção de um projeto de pesquisa para, posteriormente, realizá-la. O conteúdo será desenvolvido a partir dos seguintes tópicos: • A pesquisa científica • O processo de uma pesquisa • A definição da pesquisa Esperamos que, ao final da unidade, você tenha clareza dos procedimentos que caracterizam uma pesquisa científica e seja capaz de elaborar a definição de uma pesquisa, isto é, definir um tema, problematizá-lo, elaborar as justificativas e os objetivos da pesquisa. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� 2. A Pesquisa Científica O termo pesquisa faz parte de nosso cotidiano e tornou-se tão popular que chega, por vezes, a comprometer seu verdadeiro sentido. De um modo geral, pesquisar é perceber um problema teórico ou prático a ser resolvido, formular hipóteses, testá-las e tirar conclusões. Portanto, o pesquisador é alguém que, identificando um problema em seu meio, pensa que a situação poderia ser melhor compreendida ou resolvida, se fossem encontradas explicações ou soluções para ela. Quase sempre já se tem algumas idéias a respeito das possíveis explicações, traduzidas pelas hipóteses; resta verificar se elas são válidas e tirar as conclusões apropriadas a partir das observações. Dessa maneira, a pesquisa científica distingue-se pelo método, pelas técnicas, por estar voltada para a realidade empírica e pela forma de comunicar os resultados obtidos. Como forma de adquirir conhecimento, a pesquisa pode ter os seguintes objetivos: • resolver problemas específicos; • gerar novas teorias; • avaliar ou testar as teorias já existentes. Pesquisa para resolver problemas: nesse tipo de pesquisa que, geralmente tem como objetivo resolver problemas práticos, interessa ao pesquisador apenas descobrir a resposta para um problema específico ou descrever um fenômeno da melhor forma possível. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� Pesquisa para formular teorias: é a pesquisa exploratória, na qual o pesquisador tenta descobrir as relações entre fenômenos, quando os pressupostos teóricos não estão claros ou são difíceis de encontrar. Pesquisa para testar teorias: é a pesquisa que proporciona a formulação clara de teorias que são confirmadas repetidas vezes fornecendo informações empíricas consistentes a respeito do fenômeno. Podemos dizer que são exigências de uma ciência e pré-requisitos para a sua constituição: • delimitar ou definir os fatos a investigar, separando-os de outros semelhantes ou diferentes; • estabelecer os procedimentos metodológicos para observação, experimentação e verificação dos fatos; • construir instrumentos técnicos e condições de laboratório específicas para a pesquisa; • elaborar um conjunto sistemático de conceitos que formem a teoria geral dos fenômenos estudados, que controlem e guiem o andamento da pesquisa, além de ampliá-la com novas investigações, e permitam a previsão de fatos novos a partir dos já conhecidos. Assim, a ciência distingue-se do senso comum porque este é uma opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradições, crenças, enquanto que a ciência se baseia em pesquisa, investigações metódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam coerentes e retratem a verdade sobre a realidade. A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� O pesquisador em sua atividade de pesquisa deve agir criticamente, com senso de realidade, buscando conhecer a realidade como ela é e despojando-se, para tanto, de preconceitos, tabus e imposições de qualquer ordem. Orientar-se pelo espírito crítico significa analisar rigorosamente as circunstâncias e fenômenos eobservar se as conclusões ou afirmações feitas são consistentes, isto é, resistem a um confronto com os dados. Para agir criticamente, o pesquisador, deve buscar o sentido da prova que o conduzirá a um conhecimento fidedigno, fazendo com que se enxergue a realidade como ela é e não, como se quer vê-la ou como os interesses impõem. Para tanto, o pesquisador deve se opor ao dogmatismo: deve desenvolver a capacidade de ver e interpretar a realidade diferentemente da indicada pelos esquemas, interesses, valores e conveniências pessoais. O senso de realidade, que consiste no esforço do indivíduo no sentido de manter constante e perene a sua abertura ao real e, por conseguinte, não impor seus esquemas à realidade, deve ser também, uma preocupação do pesquisador. É esta abertura que o tornará capaz de não somente superar seus próprios esquemas, preconceitos e interesses, como também de constatar se suas verdades possuem ou não um fundamento real. Nenhum conhecimento é definitivo, bem como, nenhum resultado é exaustivo; por esta razão é que dizemos que o conhecimento é histórico. Para produzirmos a compreensão que temos de um impasse que se nos apresenta hoje, utilizamos múltiplas contribuições do passado, mesmo que se manifestem como entendimentos de partes isoladas do nosso presente objeto de discussão. Dica Fenômeno: é tudo o que é percebido pelos sentidos ou pela consciência. É um fato de natureza moral ou social. Tudo o que é ob- jeto de experiência possível, que se pode manifestar no tempo e no espaço com características próprias, segundo as leis do entendimento. Dica De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo intelectual. Os dogmas expressam verdades certas, indubitáveis e não sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica. Dogmatismo é uma atitude natural e espontânea que temos desde muito crianças. É nossa crença de que o mundo que existe é exatamente da forma como o percebemos. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� Na verdade, todo e qualquer conhecimento que se obtém revela-nos apenas uma faceta e um aspecto da realidade estudada. O conhecimento mostra-nos que, em nossa busca, chegamos a um enfoque, um ponto de vista, uma determinada interpretação da realidade. Todo e qualquer conhecimento é realizado dentro de determinados tempos e espaços; é efetuado por sujeitos determinados e com objetivos determinados. Por esta razão, todo e qualquer conhecimento é relativo e, deste modo, insuficiente e imperfeito. É o questionamento criativo que provoca as dinâmicas do conhecimento: a retomada de questões para o aprofundamento e modificação da realidade. 3. O Processo de uma Pesquisa Toda pesquisa é desenvolvida a partir de um conjunto de operações sucessivas e distintas, mas interdependentes, ligadas de maneira lógica, seqüencial e dinâmica, a fim de coletar sistematicamente informações válidas sobre um fenômeno observável para explicá-lo ou compreendê-lo. Este processo impõe uma organização sistemática de trabalho, uma aplicação metódica à pesquisa e o domínio de algumas técnicas de trabalho científico. Por outro lado, o desenvolvimento de uma pesquisa não é um procedimento linear, estanque e mecânico; é um processo que exige observações, análises, relações e sínteses. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� Para efeitos de organização, uma pesquisa, pode se dividida em fases e etapas: Definição da pesquisa: • Seleção do assunto, tema ou área; • Elaboração das justificativas de pesquisa; • Formulação, determinação ou constatação de um problema de pesquisa; • Definição dos objetivos da pesquisa; • Reunião e seleção da bibliografia; • Elaboração da fundamentação teórica.Organização da pesquisa: • Estabelecimento das questões de pesquisa e/ou formulação das hipóteses; • Definição das estratégias; • Estabelecimento das necessidades de dados e definição das variáveis e de seus indicadores; • Determinação das fontes de dados; • Determinação da população e da amostra; • Determinação do processo de amostragem; • Determinação de métodos e técnicas de coleta de dados; • Construção dos instrumentos de coleta de dados. Execução da pesquisa: • Construção, pré-teste e reformulação dosinstrumentos de coleta de dados; • Impressão dos instrumentos; • Formação da equipe de campo; • Distribuição do trabalho de campo; • Coleta de dados; Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� • Conferência, verificação e correção dos dados; • Tabulação e análise dos dados; • Apresentação dos dados. Elaboração do relatório de pesquisa: • Elaboração das conclusões e/ou considerações; • Elaboração do relatório de pesquisa; • Apresentação da pesquisa. 4. A Definição da Pesquisa As justificativas da pesquisa As justificativas devem responder à pergunta: por que se deseja fazer a pesquisa? É a parte do projeto em que são explicitados os motivos de ordem teórica e prática que justificam a pesquisa, como foi escolhido o tema e como surgiu o problema levantado para o estudo. São apresentadas as razões da escolha do tema e do problema. É a defesa do projeto, na qual são enumeradas as possíveis contribuições do estudo para o conhecimento humano e para a solução do problema em questão. Nas justificativas também se fazem referências aos autores e suas publicações relacionados ao tema e ao problema proposto e considerações sobre a escolha do local que será pesquisado. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia� Assim, as justificativas da pesquisa devem conter: • Motivos que levaram à escolha do tema ou assunto; • Especificação do nível de abrangência da pesquisa; • Definição clara do que será abordado e que aspectos serão considerados; • Explicação sobre a viabilidade da execução da pesquisa; • Indicação dos aspectos originais e inovadores da pesquisa; • Importância e contribuições da pesquisa. O problema de pesquisa Um problema é algo que mobiliza a mente humana na busca de um maior entendimento de questões postas pela realidade; ele reflete a busca de soluções para problemas nela existente, com o propósito de provocar modificações para melhor. Um problema de pesquisa é um problema que se pode resolver com conhecimentos e dados já disponíveis ou com aqueles passíveis de serem produzidos; portanto, algo cuja compreensão forneça novos conhecimentos para o entendimento ou tratamento de questões a ele relacionadas. Um problema de pesquisa impõe que outras informações podem ser obtidas a fim de delimitá-lo, compreendê-lo, resolvê-lo ou contribuir para a sua solução. Portanto é algo que pode ser testado cientificamente, que envolve variáveis que podem ser observadas ou manipuladas. É claro que nem todas as indagações podem ser consideradas problemas de pesquisa. Assim, não é um problema de pesquisa algo que se pode resolver pela intuição, pela tradição, pelo senso comum ou pela simples especulação. Dica Variável: elemento, grandeza ou fator que entra em jogo em uma pesquisa e que pode ter mais de um valor, interpretação ou se encontrar em mais de um estado. A variável pode ser independente quando está relacionada à causa e cujas variações influenciam os valores de uma outra variável ligada ao feito, chamada de variável dependente. Dica Intuição: tipo de saber espontâneo é uma forma de conhecimento imediato que não recorre ao raciocínio. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia10 A escolha de um problema de pesquisa nunca se dá de maneira aleatória. É sempre influenciada por fatores internos do pesquisador: conhecimentos de diversas ordens, curiosidade, ceticismo, imaginação, experiência, filosofia, consciência de seus limites etc., e por fatores externos à realidade próxima ou ainda à instituição à qual o pesquisador está ligado. O problema de pesquisa está sempre inscrito em um assunto ou tema e um dos primeiros passos da pesquisa é exatamente a delimitação e formulação do tema de pesquisa. De um modo geral podemos dizer que um problema de pesquisa pode ser definido de duas maneiras: • O problema é definido a priori pelo pesquisador, com pouco ou nenhum contato com a realidade na qual ele se apresenta. • O problema é determinado pelo pesquisador em conjunto com as pessoas envolvidas no estudo em diferentes níveis de participação. A delimitação do problema define os limites da dúvida, deixando claro quais as variáveis envolvidas na investigação e como elas se relacionam; corresponde a uma pergunta que contém as possíveis relações de uma possível resposta. Assim, para determinação de um problema devemos observar: • O problema deve ser concreto e estar formulado de maneira clara, objetiva, compreensiva e operacional. • Como o problema reflete a dificuldade com a qual nos defrontamos e queremos resolvê-la, ele deve ser formulado de maneira interrogativa. • Um problema de pesquisa não pode estabelecer juízos de valor. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia11 • O problema deve referir-se a fenômenos observáveis, passíveis de verificação empírica. • O problema deve ser representativo e passível de ser generalizado; não deve referir-se a casos únicos ou isolados. • O problema deve apresentar certa originalidade. Os objetivos da pesquisa Os objetivos de uma pesquisa refletem as intenções do pesquisador: definem, de modo mais claro e direto, que aspecto da problemática constitui o interesse central da pesquisa, o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. São determinados de maneira a trazer as informações que solucionam o problema; são amplos, quando gerais ou restritos, quando específicos. A especificação dos objetivos de uma pesquisa responde às questões: para quê? e para quem?. Os objetivos podem também abranger as questões do estudo, que correspondem à questões gerais os específicas relativas ao assunto investigado. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia1� Síntese Vimos que o que diferencia fundamentalmente uma pesquisa científica de uma simples especulação são os procedimentos adotados na investigação, aos quais denominamos métodos. Você deve ter percebido que, para se desenvolver uma pesquisa, passamos por vários momentos, distintos, dinâmicos e, alguns, interdependentes. Bibliografia CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987. RICHARDSON, Roberto Jarry e Colaboradores. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, Atlas, 1999. Universidade Anhembi MorumbiMetodologia1� O Jovem e o Consumo 1. Introdução Veja a seguir um exemplo: (Pesquisa realizada pelo Instituto Akatu e pela Indicator Opinião Pública. Texto adaptado pelo Prof. Carlos Honório Pinheiro para as aulas de Metodologia na Universidade Anhembi Morumbi.) A presente pesquisa aborda o jovem e o consumo; foi desenvolvida com o intuito de conhecer melhor os hábitos de consumo e a visão de mundo dos jovens, segmento decisivo para garantir que o consumo seja exercido de uma forma sustentável nos próximos anos. Afinal, para investir no futuro do planeta é imprescindível a cooperação daqueles que irão desfrutá-lo. Sem a pretensão de traçar um perfil exaustivo do jovem consumidor, a pesquisa busca estabelecer um primeiro contato com essa geração, despertando sua sensibilidade e consciência da finitude dos recursos naturais e de sua responsabilidadecom relação ao futuro da saúde do planeta. O interesse em desenvolver tal investigação leva em consideração que a juventude marca presença expressiva no mercado consumidor, seja no papel de compradores diretos ou influenciando as decisões de compras dos adultos. O mundo dos adultos raramente percebe os jovens como compradores e usuários de bens e serviços e, menos ainda, os reconhece como consumidores conscientes das implicações e repercussões de suas atitudes. Justificativas Apresentação tema Interesse pelo tema Universidade Anhembi MorumbiMetodologia1� Nos tempos que correm, as sociedades passam por transformações quase instantâneas. O clima de permanente mudança é parte da vivência de um mundo frenético, no qual o mercado competitivo – e, em grande medida, excludente – impacta a ação e o comportamento de milhões de jovens. A juventude dá sinais de que sabe o que quer. Mesmo sob a influência de uma mídia capaz de construir ou impulsionar estilos de vida, hábitos e costumes, – o comportamento juvenil costuma revelar a busca do protagonismo e da afirmação de sua personalidade. É possível detectar, em qualquer quadrante do planeta, o crescimento entre os jovens de uma consciência ecológica, ligada à preservação da vida e das condições de coexistência da humanidade e a natureza. No entanto, só o conhecimento aprofundado de cada situação concreta vivida pelos jovens pode permitir entender como essa consciência se traduz em suas ações, especialmente no âmbito do consumo. É certo que grande parte deles não consegue desvencilhar-se da chamada ditadura das grifes e do sonho de possuir os símbolos dos avanços tecnológicos (aparelhos de som, computadores, videogames etc.). A exacerbação desses sentimentos por vezes faz do consumismo um verdadeiro vício. O mundo do mercado e da propaganda, que impulsiona o consumo, acentua também as diferenças sociais. Ao mesmo tempo em que define um estilo de vida que propõe a satisfação de todas as necessidades, pode transformar-se em germe da violência para grande parcela da juventude, ao estimular seu desejo sem possibilitar condições de acesso ao consumo. A frustração daí decorrente pode tornar-se mais um fator a empurrar o jovem para a criminalidade. Por já constituírem um importante segmento do mercado consumidor, os jovens são o público-alvo de boa parte das ações de publicidade. É uma parcela da população que, Situando o tema Universidade Anhembi MorumbiMetodologia1� nos últimos anos, tem aumentado significativamente o peso relativo de suas compras, movimentando bilhões de dólares e tornando-se importante fonte de negócios. Além das roupas e calçados de marcas globais, os carros esportivos, aparelhos de som, telefones celulares, DVD, lap tops, etc, fazem parte dos sonhos de consumo de muitos jovens. E, para o mundo dos negócios, os jovens valem não apenas pelo que podem realizar agora, uma vez que nesta fase consolidam, comportamentos de consumo que vão manter por toda a vida. As publicações que relacionam o jovem e o consumo são raras. Existe uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Akatu e pela Indicator Opinião Pública em 2001 que trata desse tema. A pesquisa tem como problema: Quais os hábitos e a visão de mundo dos jovens em relação ao consumo? A pesquisa tem como objetivos: • Conhecer melhor os hábitos e consumo dos jovens. • Conhecer a visão de mundo dos jovens em relação ao consumo. • Verificar como a propaganda interfere nos hábitos de consumo do jovem. • Traçar um primeiro esboço das percepções dos jovens sobre o consumo sustentável. • Investigar aspectos como as implicações e o impacto sócio-ambiental que suas ações provocam em sua vida e no mundo, e os grandes desafios para a humanidade nos próximos anos. Importância do trabalho e contribuições da pesquisa Publicações Problema da pesquisa Objetivos da pesquisa Universidade Anhembi MorumbiMetodologia1� Bibliografia ANDRÉ, Maristela Guimarães. Consumo e identidade. São Paulo: DVS, 2007. CHIAVENATO, Julio José. Ética globalizada e sociedade de consumo. São Paulo: Moderna, 2004. CORTEZ, Ana Tereza Cáceres. Consumo sustentável: conflitos entre necessidade e desperdício. São Paulo: UNESP, 2007. VOLPI, Alexandre. A história do consumo no Brasil. Rio de Janeiro: Campus: 2007. Bibliografia inicial
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