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Texto 7 Saúde na Constituição 1988

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SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Título VIII 
 
Da Ordem Social 
 
Capítulo II 
 
Da Seguridade Social 
 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 194.. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social. 
 
Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos: 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
 
VI - diversidade da base de financiamento; 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da 
comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; 
 
II - dos trabalhadores; 
 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
§ 1.º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
 
§ 2.º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos 
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e 
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de 
seus recursos. 
 
§ 3.º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, 
não poderá contratar com o poder público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
 
§ 4.º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
§ 5.º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
§ 6.º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, b. 
 
§ 7.º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
§ 8.º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador artesanal, 
bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, 
sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma 
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos 
da lei. 
 
Seção II 
 
Da Saúde 
 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público 
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua 
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de 
direito privado. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada 
e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
 
III - participação da comunidade. 
 
Parágrafo Único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recurso 
do orçamento da seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
além de outras fontes. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de 
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo 
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
§2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições 
privadas com fins lucrativos. 
 
§3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na 
assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
 
§4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos 
e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo o tipo de 
comercialização. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e 
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros 
insumos; 
 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para o consumo humano; 
 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

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