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Humanização e Dor

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Humanização na Assistência Fisioterapêutica
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Disciplina: Fisioterapia na saúde da criança e adolescente II
Escola de Ciências da Saúde
Curso: Fisioterapia
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Humanização na Assistência Fisioterapêutica
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Disciplina: Fisioterapia na saúde da criança e adolescente II
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Curso: Fisioterapia
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As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, em estado crítico, mas tidos ainda como recuperáveis, e da necessidade de observação constante e assistência contínua, centralizando os pacientes em um núcleo especializado.
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Vila VSC, Rossi LA. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: muito falado e pouco vivido. Rev Latinoam Enferm. 2002;10(2):137-44.    
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Neste local ideal para o atendimento a pacientes agudos graves recuperáveis, que parece oferecer um dos ambientes mais agressivos, tensos e traumatizantes do hospital, e tão exigente quanto à competência da equipe multiprofissional, a presença do fisioterapeuta tem sido cada vez mais frequente.
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Guirardello EB, Romero-Gabriel CAA, Pereira IC, Miranda AF. A percepção do paciente sobre a sua permanência na Unidade de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP. 1999;33(2):123-9.      
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A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas que complementam os cuidados a pacientes graves. Entre as principais indicações estão: a melhora da função pulmonar, terapia para alívio da dor e dos sintomas psicofísicos e atuação na prevenção e reabilitação de complicações osteomioarticulares, cardiovasculares e neurológicas. 
O benefício a ser buscado pelo fisioterapeuta na UTI é preservar a vida, melhorando sua qualidade e aliviando os sintomas físicos, dando oportunidade, sempre que possível, para a independência funcional do paciente.
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Diante desse contexto, a coexistência de um trabalho mecanizado e do cuidado humanizado pode ficar ameaçada, resultando em crescente desumanização;
Nestas situações, tudo deve estar pronto e no lugar muito rápido, o que leva a uma valorização da tecnologia, impedindo que o profissional torne-se mais sensível, crítico e humanizado frente à situação do paciente;
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Pinho LB, Santos SMA. Dialética do cuidado humanizado na UTI: contradições entre o discurso e a prática profissional do enfermeiro. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1):66-72.
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O cuidado prestado pela equipe multidisciplinar em UTI ainda é orientado pelo modelo biomédico, em que a atenção é voltada para a doença e para os procedimentos técnicos, e não voltado aos sentimentos e receios do paciente e seus familiares.
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Nascimento ERP, Trentini M. O cuidado de enfermagem na unidade de terapia intensiva (UTI): teoria humanística de Paterson e Zderad. Rev Latino-am Enfermagem. 2004; 12(2):250-7.
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Entretanto, o paciente internado na UTI necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, que se tornam intimamente interligadas à doença física.
O temor, a ansiedade e as angustias do paciente podem agir negativamente no seu processo de adaptação no setor, bem como em relação à equipe de saúde e à sua recuperação.
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Vila VSC, Rossi LA. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: muito falado e pouco vivido. Rev Latinoam Enferm. 2002;10(2):137-44.    
Matsuda LM, Silva N, Tisolin AM. Humanização da assistência de enfermagem: estudo com clientes no período pós-internação de uma UTI-adulto. Acta Sci Health Sci. 2003;25(2):163-70.
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O que é Humanização?																																																																																							
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É definida como o resgate do respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias sociais, éticas, educacionais, psíquicas e emocionais presentes em todo relacionamento e deve fazer parte da filosofia da fisioterapia.
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Bazon FVM, Campanelli EA, Blascovi-Assis SM. A importância da humanização profissional no diagnóstico de deficiências. Psicol Teor Prát. 2004;6(2):89-99. 
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Trata-se de uma nova percepção sobre as instituições de saúde que privilegia ações que valorizam o trabalho interdisciplinar;
Ela conta com gestos e ações, com olhar diferenciado, presentes no trabalho específico de cada profissional da saúde.
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São gestos muito simples que vão desde segurar a mão do paciente e olhá-lo nos olhos quando se explica algum procedimento a se realizado, chamá-lo pelo nome e até mesmo pedir permissão para colocar o estetoscópio em seu peito;
Essas atitudes melhoram o vínculo entre os profissionais, os pacientes e suas famílias e devem ser valorizadas por toda a equipe de trabalho.
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QUE SENTIMENTOS SÃO DESPERTADOS COM ESSAS AÇÕES?
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Esquema do Processo de Humanização Hospitalar
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Esquema do Processo de Humanização Hospitalar
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Significa confinamento em um nosocômio, no caso, em um hospital como paciente, para estudo diagnóstico e tratamento.
A criança que cresce no ambiente hospitalar perde muitas experiências de vida e isso pode levar a um atraso no desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social.
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Seu conceito atual é descrito como: estágio de depressão, caracterizado por entorpecimento, definhamento, geralmente provocado por hospitalização prolongada ou repetida, ou ainda, visitas regulares ao hospital para o tratamento de uma enfermidade.
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 o avanço tecnológico e científico sofisticou o atendimento nas UTI’s prolongando a vida de pacientes portadores de doenças irreversíveis e de prognóstico reservado;
Esse prolongamento da vida muitas vezes é obtido à custa de sofrimento para o paciente e seus familiares, em um ambiente solitário, cercado de tecnologia e, muitas vezes, de dor.
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O que fazer então???
Há uma solução prática e fácil???
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Dilemas de final de vida passaram a ser discutidos amplamente (a partir de 1990):
Respeito pelo paciente;
Respeito a sua dor;
Preocupação com a manutenção da dignidade no final de vida;
Humanização da morte.
Surge o conceito de Limitação de Suporte de Vida (LSV): orientações de não reanimar, não ofertar e retirar suporte de vida, pois prolongariam a vida agregando o sofrimento, sem alterar a evolução da doença.
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Uma das provas de que o conceito de Humanização veio para ficar foram as ações do Ministério da Saúde (2004), com a elaboração de um documento, o Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização, para incentiva ação de humanização no sistema público de saúde brasileiro.
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Vamos refletir sobre o SUS e a política pública assistencial de saúde?
Que ações e modelos assistenciais podem ser vistas e/ou percebidas com relação à assistência de pacientes na rede hospitalar consideradas “desumanizantes”? 
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Condições precárias de trabalho;
Falhas, estresse e defesas psíquicas dos profissionais da saúde;
Longas esperas;
Dificuldade de acesso e má colhida aos pacientes;
Atendimento impessoal focado na doença e não na pessoa;
O uso da tecnologia como substitutivo da relação profissional-paciente;
Desvalorização da comunicação e empatia profissional-paciente.
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Humanização na UTI Pediátrica
Fundamenta-se no conceito de integridade do ser, de modo que a criança doente seja acolhida em todos os seus aspectos, e não somente pela sua doença, tendo direito a tratamento digno durante o processo de hospitalização.
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Humanização na UTI Pediátrica
Devem ter como objetivo final a criança internada, exposta a sensações dolorosas e de medo, procedimentos invasivos e estressantes, a distanciamento dos familiares, de amigos e da sua casa, que podem trazer alterações emocionais e psicológicas marcantes para o resto de sua vida.
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Humanização na UTI Pediátrica
Só haverá humanização por meio de uma postura de respeito, cordialidade, consideração pelas necessidade individuais da criança e familiares, dentro de limites e diálogo usando sempre a verdade para falar da doença, do tratamento e de possibilidades. 
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Curso: Fisioterapia
Que ações podem ser promovidas em relação ao ambiente para promover a Humanização em UTI’s Pediátricas?
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Vamos pensar!!!
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Colocação de divisórias laterais proporcionado um pouco de privacidade e respeito à criança e ao familiar, assim como evitar a participação de outras crianças (assistir) durante procedimentos;
È importante que tenha iluminação natural e que seja respeitado o período diurno e noturno. Não deixar que a luz artificial incida diretamente sobre o rosto da criança;
A decoração do ambiente (paredes e o teto) deve ter cores claras e, se possível, receber figuras ou pinturas com temas infantis. Que seja alegre, divertido estimulante;
Temperatura agradável para manter o bem-estar (+23°C);
Controlar os ruídos para que não prejudique o sono das crianças ou as deixe estressadas;
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Controlar o número de pessoas que circulam na unidade, evitando o trânsito excessivo;
Medidas simples de adequação de rotinas como: planejar a assistência dos diferentes profissionais, respeitando descanso, necessidades fisiológicas e emocionais da criança;
Trazer brinquedos de casa que esteja acostumada a brincar (trará boas lembranças e estimulará a melhorar. 
OBS: os acompanhantes também necessitam de espaços apropriados (descanso, higiene, conforto).
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Que ações podem ser promovidas em relação ao paciente para promover a Humanização em UTI’s Pediátricas?
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Vamos pensar!!!
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Chamar a criança pelo nome, possibilitar o acesso a brinquedos;
Estimular a criança a fazer atividades que realizava fora do hospital;
Promover atividades lúdicas com brinquedos e/ou profissionais especializados;
Estimular o contato físico da família coma criança;
Proteger o pacientes de situações estressantes evitando discussões entre os profissionais e/ou familiares à beira do leito;
Atitudes de respeito obedecendo os horários das refeições, sono, visitas e a sua privacidade, principalmente em relação aos adolescentes.
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“O Fisioterapeuta pode e deve utilizar o lúdico como estratégia de cuidado à criança hospitalizada tanto para a os trabalhos motores quanto para os respiratórios”
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Que ações podem ser promovidas pelo fisioterapeuta em relação ao paciente para promover a Humanização?
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Vamos pensar!!!
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Abordar a criança com cordialidade, olhando em seus olhos, transmitindo serenidade e confiança, permitindo a presença de um brinquedo de preferência da criança durante o tratamento;
Realizar atendimentos utilizando brinquedos de sopro, quando a condição clínica, a idade e a compreensão permitirem, para que a criança se divirta durante a fisioterapia;
Posicionar adequadamente a criança no leito, com objetivo organização sensório-motora, condição de visualização da terapia proposta, para assistir televisão, participar na rotina da unidade e se sentir confortável;
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Mudar de decúbito, quando não tiver condições de fazê-lo ativamente, principalmente quando em VM ou com distúrbios neurológicos;
Orientar o acompanhante sobre : atividades que podem ser realizadas, mudança de decúbito, posicionamento no leito, uso de brinquedo, respeito aos horários (comida, sono, visita, medicação) entre outros;
Utilizar linguagem adequada à idade da criança.
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Humanização na UTI Neonatal
Nesse caso a responsabilidade do profissional estende-se para além das intervenções tecnológicas e de condutas realizadas no RN, incluindo: 
Avaliação das necessidades dos familiares;
O grau de satisfação dos pais sobre os cuidados realizados;
Preservação da integridade do RN como ser humano.
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Humanização na UTI Neonatal
O RN é introduzido em um ambiente inóspito, com exposição intensa e frequente a estímulos nociceptivos como:
Estresse;
Dor.
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A UTI Neonatal é um lugar de excessos como: ruídos produzidos pelos equipamentos, monitores, profissionais, ambiente, pelos cuidados diretos do RN (aspiração, higiene, posicionamento...) e iluminação contínua e artificial;
O que podem causar esses ruídos ano RN???
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Alterações caudadas no RN devido aos ruídos e manipulação
Estresse;
Choro;
Fadiga;
Irritabilidade;
Interferência no sono;
Apnéia;
Bradicardia;
Taquicardia;
Diminuição da saturação;
Alterações no fluxo sanguíneo cerebral.
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Alterações caudadas no RN devido aos ruídos e manipulação
A exposição a numerosos e repetidos estímulos nocivos pode levar a desorganizações fisiológicas e comportamentais, distúrbios da audição, retinopatia da prematuridade e outras complicações.
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Quais são os cuidados e as ações Humanizadas na UTI Neonatal?
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Vamos pensar!!!
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Intervenções para Humanização na UTI Neonatal
Posicionamento adequado: promove a estimulação tátil, mantém tônus muscular adequado, facilita padrões normais de movimento e evita contraturas e deformidades;
Reuniões com os pais: promove maior vínculo com a família, informações sobre a situação do RN;
Permanência dos pais na UTI: aumenta o vínculo entre pais e RN.
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Método Canguru
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VAMOS PESQUISAR!?
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