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NEONATOLOGIA DE RUMINANTES

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RESUMO DE CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
AULA 21/09 – PROFESSOR GEAN
NEONATOLOGIA DE RUMINANTES
	Quais cuidados devemos ter com os neonatos? Mecônio, colostro, umbigo e analisar se o feto é viável (vivo ou morto, se é viável quanto à vida e se economicamente/sistema de produção é viável) > identifica-lo > peso e medida. 
O sistema imune dos neonatos é totalmente desenvolvido, porém ainda é imaturo e ele adquire sua maturidade entre 6 e 8 meses de idade. A placenta dos bovinos não permite passagem de imunoglobulinas e glóbulos brancos, porém os animais nascem já com algumas imunoglobulinas circulantes > já se torna imunocompetente dentro do útero e já produz uma serie de AC contra patógenos da própria vida FETAL, além do parto interferir momentaneamente com a imunidade tanto do bezerro quanto da mãe. 
Inviável: bicéfalos, acondroplasias, etc. 
Processo de identificação: brincos (uso em fazendas leiteiras ou para animais de manejo intensivo porque eles caem ou se apagam e precisa de uma manutenção com mais frequência – marcação não definitiva), tatuagem (só é usada em sistemas intensivos para ser pratico para conseguir enxergar o número dentro da orelha – usado em animais que ficam em centrais, normalmente em animais assegurados), chip (intensivo – não tem como correr atrás da vaca para ver o número de chip), marcação a fogo e a frio (queima o folículo piloso – necessita de manutenção de tosa dos pelos dos animais porque senão cobrem os números) e orelhas cortadas (não pode cortar orelha de bovinos senão não consegue registrar os animais). 
Peso e medida: toda vez que nasceu devemos pesar e medir a cruz/garrote; pode ser feito com balanças ou fita (tem margem de erro aproximado de 5%). 
Cura de umbigo: a primeira coisa que iremos fazer é chegar no bezerro que esta ao chão e analisar o tamanho do coto umbilical, para ver se ele se rompeu no ponto de fragilidade que fica de 10 a 12 cm da barriga do animal, se estiver maior é somente cortar > ordenhar o coto umbilical, segura na base e ordenha para a retirada dos restos de sangue do animal – diminui a incidência de tétano = formação de coagulo, aerobiose, toxemia > seringa/ frasco/ bisceta e preenche o coto umbilical com iodo para fazer assepsia interna do coto (fazer uma única vez) > vamos imergir o coto umbilical (10% quebra o coto muito rápido – onfalite, onfaloflebite, etc./ 5 a 10% / 3 a 2% / usado mais de 2 a 3 % porque aguenta mais e não expõem em tempo adiantado > considerar com o Neimar 2 a 5% - demora 7 dias para cair) em gado de leites se faz essa cura por 7 dias duas vezes ao dia, porem nos animais de corte faz o melhor que pode, pelo menos uma única cura e tentar fazer os cuidados anteriores e uma vez por dia ao menos no primeiro dia + lepecid (repelente e Larvicida). 
Nos rebanhos de corte se faz uma tinta que marca os animais curados para ficar mais pratico e ter um controle melhor dos animais curados em meio de um rebanho que tem estação de nascimento.
Fornecimento de colostro: funções de imunidade passiva (placenta sindesmocorial – não passa imunoglobulinas), liberação do mecônio (laxativo) e nutricional. 
Colostro após o parto
Colostro 12 horas após o parto
Colostro 24 horas após o parto
Leite 
O importante no leite são os sólidos totais que correspondem às proteínas, lactose e as gorduras. 
O IgG é o item principal da imunidade passiva, porem outros métodos de imunização são transferidos.
O bezerro faz a ingestão de colostro, o leite passa pelo estomago e chega ao intestino e lá ocorre uma micropinocitose através das células cilíndricas (como se fosse uma fagocitose, porém não há destruição das imunoglobulinas porque senão não teriam efeito, então ela ‘fagocitam’ e jogam essas partículas na corrente sanguínea – Exocitose); com 24 horas o pico de ação dessa célula ela já esta com atividade diminuída e a concentração de IgG é quase zero e por isso o sistema se torna insuficiente e ele não consegue mais absorver – pico máximo de 6 a 8 horas e um declínio ate 24 horas. 
Se ele não mamar logo que nasceu e mamar no momento 2 já não terá uma absorção eficiente e o leite já não possui a qualidade de IgG eficiente. 
Os bancos de colostro costumam possuir os colostros de item 2 a 3 porque eles costumam pegar o colostro no fim da mamada dos bezerros e pegam os colostros menos eficientes e costumam falar que não é eficiente. 
Itens que alteram a mamada do colostro: comportamento maternal inadequado (difícil uma vaca ser uma mãe ruim, porem a novilha tem chances de ser mais difícil na aceitação dos bezerros e dá coices e tudo mais e ele perde o tempo para uma boa mamada de colostro), má conformação de úbere ou tetas (fazer a goteira esofágica – senão o leite cai no rumem) e fraqueza de terneiro após parto difícil. 
Gráfico de TºC X horas de vida nos mostra as duas primeiras linhas com parto eutócicos e partos com leves problemas e o ultimo um parto distócico > reduzida absorção de anticorpos e menor capacidade de controle de temperatura.
Fornecimento de colostro:oferecer uma mamada ate no máximo duas horas após o parto/nascimento; se o colostro da mãe não for de boa qualidade também podemos utilizar o recurso do banco de colostro; o volume a ser fornecido é sempre 5 % do PV do animal; caso não saibamos a qualidade do colostro devemos oferecer 3 litros de colostro na primeira refeição e mais 3 litros na segunda refeição; devemos evitar o aleitamento natural quando não temos o controle de quanto o animal esta mamando, porque ele pode estar mamando menos do que deveria; caso o animal não queira mamar sozinho ou não esta mamando a quantidade adequada devemos fazer a mamada forçada por meio de tubo esofágico; não devemos fornecer colostro dos animais que tiveram incontinência láctea antes ou durante o parto devido à baixa qualidade desse leite; não oferecer colostro com sangue ou suspeita demastite e por fim não devemos utilizar tubos esofágicos sujos ou quebrados para evitar a veiculação de patógenos.

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