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CONAMA Miolo Baixa

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Prévia do material em texto

16, 17 e 18 de outubro de 2007
Auditório ParlaMundi – LBV
SGAS 915 – Lotes 75 e 76
Brasília – DF
Comissão Organizadora – COENCA
Secretaria Executiva do MMA
Departamento de Apoio ao CONAMA/SECEX
Departamento de Recursos Hídricos/SRHU
Secretaria Executiva do CNRH/SRHU
Departamento do Patrimônio Genético/SBF
Departamento de Coordenação do SISNAMA/SAIC
Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA
Agência Nacional de Águas – ANA
Sítio oficial do ENCA
www.mma.gov.br/enca
Página de Cadastramento de Conselhos Municipais
www.mma.gov.br/cmma
Mais informações
E-mail: conama@mma.gov.br
Tel.: (61) 3317.1433 – Fax: (61) 3317.1768/1769
SUMÁRIO
Sustentabilidade se faz com participação - Ministra Marina Silva............
INTRODUÇÃO – Um encontro para a Política Ambiental Integrada..........
ENCA – ENCONTRO NACIONAL DE COLEGIADOS AMBIENTAIS............
SISNAMA E SINGREH.........................................................................
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA..........................
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – 
 SINGREH.................................................................................
COLEGIADOS AMBIENTAIS – ESTADOS E MUNICÍPIOS........................
Conselho Estadual de Meio Ambiente...........................................
Conselho Municipal de Meio Ambiente.........................................
Comitê de Bacia Hidrográfica......................................................
Perfil dos Comitês de Bacia Hidrográfica e Conselhos Estaduais de 
 Recursos Hídricos......................................................................
OUTROS COLEGIADOS NACIONAIS.....................................................
A POLÍTICA AMBIENTAL INTEGRADA E O FORTALECIMENTO DO 
SISNAMA..........................................................................................
Fortalecimento da Gestão Municipal de Meio Ambiente..................
Conferência Nacional do Meio Ambiente.......................................
Agenda 21 no Brasil..................................................................
Rede Brasileira de Fundos Socioambientais...................................
REDES: ESTRATÉGIA PARA FORTALECIMENTO DO SISNAMA E 
DO SINGREH....................................................................................
.
ENCARTE COM 2 CDs
 CD1 Plano de Águas do Brasil
 CD2 Agência Nacional de Águas – ANA 
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA 
Conselho de Gestão do Patrimônio Genético – CGEN 
Sistema Nacional de Informação Sobre o Meio Ambiente – SINIMA 
Programa Nacional de Capacitação – PNC 
Fundo Nacional de Meio Ambiente – FNMA 
Diretoria de Educação Ambiental – DEA 
Caderno do ENCA
5
7
9
11
11
16
21
21
24
33
35
38
40
40
44
45
46
49
FICHA TÉCNICA
Coordenação
Nilo Sérgio de Melo Diniz – Diretor DCONAMA
Edição
Dominique M. J. Louette – Diretora Adjunta DCONAMA
Logomarca
Rodrigo Marcos Costa Braga e Ângela Ester Magalhães Duarte
Arte-final e diagramação
Gráfica e Editora Ideal Ltda.
Impressão
Gráfica e Editora Ideal Ltda.
Equipe do Departamento de Apoio ao CONAMA
Alexandre Luiz Rodrigues Alves – Coordenador Administrativo
Adriana Alves Torres de Souza
Alan da Silva Doria
Alisson Morais Vilas Novas 
Ana Paula dos Santos Lima
Ângela Alves de Freitas
Cícero Alexandre Goss
Cleidemar Batista Valério 
Fernando Antunes Caminati
João Luís Fernandino Ferreira
Liliane Soares e Silva
Lisiane Blom e Silva Vicente
Marcelo Henrique de Carvalho
Marcelo Prudente de Assis
Maria Edigete Nascimento Souza
Mário Lourenço Alves Júnior
Roberto Lima dos Santos
Ruth Rodrigues Tabaczenski
Equipe da Gerência de Apoio aos Conselhos – GAC/DRH/SRHU
Márley Caetano de Mendonça – Gerente
Ana Paula Soares Xavier
Aureliano César Martins da Silva
Daniel Martinelli Duarte
Ednaldo Mesquita Carvalho
Fabiano Chaves da Silva
Francisco Rocha Sales
Helenice Marques Amorim
Marco Antônio Mota Amorim
Maria Cecília Paulo Barboza
Rachel Landgraf de Siqueira
Raquel Scalia Alves Ferreira
Integrantes da Comissão Organizadora do ENCA
Andrea Paula de Carestiano Costa
Ângela Alves de Freitas
Annik Silva
Dominique M. J. Louette
Evaldo Matheus
Fabiano Chaves da Silva
Fárida Ximenes Aguiar de Sousa
Fernando Antunes Caminati
Fernando Coutinho Pimentel Tatagiba
Franklin de Paula Junior
João Francisco Martins Barros
João Luís Fernandino Ferreira
Lenice Medeiros
Leonardo Carvalho Lima
Lígia Souto Ferreira
Marcelo Prudente de Assis
Marco Antônio Mota Amorim
Marley Caetano de Mendonça
Maurício Andrés Ribeiro
Paulo Sérgio Castilho Muçouçah
Raquel Monti Henkin
Taciana Neto Leme
Agradecimentos
Flávio Torres Lopes da Cruz e Rosane Aguiar Figueiredo (PETROBRAS)
Jean Rodrigues Benevides e Márcia Kumer (Caixa Econômica Federal)
Aiporê Rodrigues de Moraes, Lúcia Siqueira e Bruno Vieira (FUBRA)
Tânia Maria Pessoa de Deus Fonseca (CONJUR/MMA) e Anderson Rubens de Oliveira Couto 
(Controle Interno/MMA)
Fotos 
André Pol, Glauco Kimura, Jefferson Rudy, Tela “Águas Caipiras” de Jocelino Soares,
Miguel von Behr, Roberto Bandeira, Sandra Magalhães, Wigold Schaffer 
4
Equipe da Gerência de Apoio ao Sistema e Águas Subterrâneas – GAS/DRH/SRHU
Franklin de Paula Júnior – Gerente
Annik Silva 
Leonardo Carvalho Lima 
Leonardo Julian Rodrigues Klosovski 
Maria Manuela Moreira
Sustentabilidade se faz 
com participação
Marina Silva
A sustentabilidade socioambiental para o novo ciclo de desenvolvimento 
do Brasil será consolidada gradativamente com políticas públicas que 
incorporem instrumentos de controle social em todos os níveis de governo, 
desde a formulação até a sua implementação. A Política Ambiental 
Integrada, estabelecida a partir de 2003, é uma conquista da luta e da 
gestão socioambiental no país ao longo de três décadas, e vem sendo 
implantada com as diretrizes do controle e da participação social, do 
fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente – Sisnama e do 
Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – Singreh e 
da transversalidade para o desenvolvimento sustentável.
No momento em que a sociedade brasileira e a opinião pública, de forma 
inédita e expressiva, voltam as suas atenções para a agenda ambiental, 
nacional e internacional, os órgãos colegiados (comitês, comissões e 
conselhos de meio ambiente) ganham ainda maior relevância ao reunirem 
em torno da mesma mesa gestores públicos de diferentes áreas de governo 
e representantes de forças vivas da sociedade. Muitos desses órgãos do 
Sisnama e do Singreh operam pelo diálogo um movimento constante de 
criação e revitalização de políticas, programas e ações de meio ambiente.
Com a mesma relevância, realizamos a partir deste segundo semestre de 
2007 a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, que vai debater o 
tema das mudanças climáticas. O 4º Relatório do IPCC destacou o tema 
ambiental em todo o mundo, justamente porque confirma que estamos 
vivendo uma era de limites impostos pela ação humana. Poderia ser a 
deterioração e a escassez de água que já ocorre em muitas localidades 
em todo o mundo, a poluição urbano-industrial ou o desmatamento e a 
degradação de inúmeros ecossistemas da Terra. Mas as alterações do 
clima, que se relacionam também com esses fatores, ameaçam a vida e 
colocam a nossa consciência de frente para uma maneira de produzir e 
consumir que muitos julgavam ser o progresso. Só agora a humanidade se 
encontra em condições históricas propícias para repensar o seu paradigma 
de civilização. 
É possível que sejamos o primeiro país do mundo a enfrentar esse debate 
numa ampla conferência com toda a sociedade. Esta é uma particularidade 
A Terra não nos foi dada por nossos pais, 
mas emprestada de nossos filhos e netos. 
Provérbioqueniano
5
da gestão ambiental no Brasil em relação a outras nações. O surgimento dessa 
questão em nosso País decorre inicialmente de mobilizações da sociedade 
que acompanharam o processo de democratização e contribuíram com ele. 
As iniciativas de governos e o fortalecimento do movimento ambientalista 
se verificaram à medida que se consolidavam a democracia e as suas 
instituições.
Nos anos 80, alguns dos desafios era empatar, como faziam os seringueiros, 
os desmatamentos na Amazônia, criar e consolidar o CONAMA (1981), o 
COPAM de Minas Gerais (1977) e o CONSEMA de São Paulo (1983), 
formular um capítulo de meio ambiente em nossa Constituição, reunir 
quatro órgãos para criar o IBAMA e preparar com o Relatório Brundtland 
(1987) a ECO-92. Agora, na primeira década do Século 21, o dilema 
desta geração tem sido utilizar todas as técnicas e estratégias disponíveis 
para plasmar a ética da sustentabilidade e transformar o velho conceito de 
desenvolvimento. 
Naquele tempo, há 26 anos, o CONAMA era criado em plena ditadura 
para deliberar, de forma participativa, sobre política ambiental, uma área 
vista por muitos como meramente setorial. Nos dias de hoje, a relevância 
e a transversalidade reconhecida do tema aumentam ainda mais a 
responsabilidade dos instrumentos e órgãos participativos. Por tudo isso, é 
mais do que oportuno reunir os colegiados ambientais. É hora de fortalecer 
o diálogo para a sustentabilidade socioambiental.
6
Pela primeira vez em nosso País, conselhos de meio ambiente e comitês de 
bacia hidrográfica se reúnem para debater iniciativas para o fortalecimento 
do Sistema Nacional de Meio Ambiente – Sisnama e do Sistema Nacional 
de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – Singreh, colocando em pauta 
o aprimoramento dos órgãos colegiados, seus desafios, problemas e 
soluções.
O Encontro Nacional de Colegiados Ambientais é uma realização do 
Ministério do Meio Ambiente, associado a parceiros representativos, que 
faz parte de um conjunto de ações voltadas à diretriz do controle e da 
participação social. 
Nunca se debateram tanto os assuntos relativos ao meio ambiente no Brasil 
como nos anos mais recentes, seja pelo desafio da transversalidade, que 
tem promovido a interação com as diversas políticas públicas na Esplanada 
dos Ministérios, seja pela preocupação crescente com temas como as 
mudanças climáticas, ou ainda pelos inúmeros processos participativos 
que ganharam maior relevância no atual mandato federal. 
Entre os órgãos colegiados sob a responsabilidade do MMA, ampliou-se 
a participação da sociedade civil no Conselho de Gestão do Patrimônio 
Genético, no Conselho Nacional de Recursos Hídricos e no Conselho 
Deliberativo do Fundo Nacional de Meio Ambiente. Foram criados o Fórum 
Nacional de Áreas Protegidas, a Comissão de Gestão de Florestas Públicas, 
a Comissão Nacional do Programa Cerrado Sustentável, a Comissão 
Coordenadora do Programa Nacional de Florestas, o Órgão Gestor e Comitê 
Assessor da Política Nacional de Educação Ambiental e a Comissão Nacional 
de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. 
Além disso, há uma profusão de audiências e consultas públicas para 
inúmeras políticas e programas de competência do MMA.
De acordo ainda com esta diretriz, foi estabelecida em 2003 a Conferência 
Nacional do Meio Ambiente, atualmente em sua terceira edição, sempre 
acompanhada da Conferência Infanto-Juvenil para o Meio Ambiente, cujo 
sucesso está inspirando a realização de uma versão internacional até 
2010.
INTRODUÇÃO
Um encontro para a Política Ambiental Integrada
7
Uma outra diretriz para a qual este ENCA também contribui é a do 
fortalecimento do Sisnama e do Singreh, com um foco reconhecidamente 
oportuno na integração desses dois sistemas a partir de seus órgãos de 
base e de participação que são os conselhos de meio ambiente, de recursos 
hídricos e os comitês de bacia. 
A gestão das águas e dos demais recursos ambientais encontram marcos 
legais e referências institucionais específicas e especializadas. Isso deve 
ser visto como condição para um tratamento técnico e administrativo 
qualificado, uma vez que a complexidade da gestão dos recursos naturais e 
da qualidade ambiental tem exigido cada vez maior eficiência dos governos. 
Foi com base nessas e em outras considerações que o Ministério do Meio 
Ambiente procedeu a mudanças importantes recentemente, criando o 
Serviço Florestal Brasileiro e o Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade.
Entretanto, a tendência à especialização precisa ser acompanhada da 
diretriz da transversalidade entre as diferentes áreas ambientais, nesse caso 
entre órgãos, temas e instrumentos do Sisnama e do Singreh. Portanto, 
a expansão da área ambiental, atendendo a uma conjuntura que impõe 
maior responsabilidade ao estado e à sociedade, precisa se processar com 
compartilhamento, integração e sinergia. Os órgãos participativos são como 
janelas do sistema. Cumprem também a função de impulsionar o diálogo 
entre gestores dos sistemas e dos governos, sejam as secretarias municipais 
ou estaduais, sejam os ministérios, ou entre as três esferas de governo. Por 
tudo isso, o ENCA marcará uma nova retomada no empoderamento dos 
órgãos colegiados.
Finalmente, consoante com este objetivo, o MMA lança esta publicação com 
referências essenciais aos debates no ENCA, repercutindo também para 
aqueles que não estejam presentes nesses três dias, mas que receberam o 
informe de seus representantes. Este caderno apresenta os diversos órgãos – no 
âmbito federal, estadual, municipal ou de bacia hidrográfica – que executam 
a política ambiental e que propiciam diferentes formas de participação 
para a sustentabilidade socioambiental. Retrata também a situação dos 
colegiados no País na atualidade, desde os conselhos municipais até as 
instâncias participativas na esfera federal, propiciando informações que 
contribuam para o aprimoramento e o fortalecimento desses órgãos, bem 
como para sua difusão a localidades que devem se preparar para estabelecer 
espaços de diálogo entre governo e sociedade, condição fundamental para 
o desafio da sustentabilidade socioambiental.
8
O Encontro Nacional de Colegiados Ambientais – ENCA é uma iniciativa 
pioneira do Ministério do Meio Ambiente no âmbito da Política Ambiental 
Integrada, que atende à diretriz de fortalecimento do Sistema Nacional de 
Meio Ambiente – SISNAMA e do Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos – SINGREH, bem como às do controle e da participação 
social, da transversalidade da gestão ambiental e do desenvolvimento 
sustentável do Brasil.
O ENCA acontece nos dias 16, 17 e 18 de outubro, no auditório ParlaMundi 
da LBV, na Asa Sul, em Brasília/DF. O encontro reúne representantes dos 
seguintes colegiados:
1. Colegiados deliberativos e consultivos de âmbito nacional: Conselho 
Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, Conselho Nacional de Recursos 
Hídricos – CNRH, Conselho de Gestão do Patrimônio Genético – CGEN, 
Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente, Comissão 
Nacional de Biodiversidade – CONABIO, Comissão Nacional de Florestas – 
CONAFLOR, Comissão Nacional do Programa Cerrado Sustentável – CONACER, 
Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ, Comissão de Gestão 
de Florestas Públicas, Comissão de Política de Desenvolvimento Sustentável 
e da Agenda 21 – CPDS, Comissão Nacional de Desenvolvimento 
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, Fórum Nacional de 
Áreas Protegidas, Órgão Gestor e Comitê Assessor da Política Nacional de 
Educação Ambiental, Comitê de Gestão do Uso Sustentável dos Recursos 
Pesqueiros da Bacia Amazônica – CGBA;
2. Conselhos Estaduais de Meio Ambiente – CEMA;
3. Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos – CERH;
4. Conselhos Municipais de Meio Ambiente – CMMA;
5. Comitês de Bacia Hidrográfica– CBH; e
6. Observadores e representantes de outros órgãos colegiados.
Os objetivos do ENCA são:
1. propiciar o intercâmbio de experiências e o debate sobre a participação 
social na gestão ambiental;
2. propor uma reflexão sobre estratégias de fortalecimento do SISNAMA e 
do SINGREH; 
ENCA
Encontro Nacional de Colegiados Ambientais
9
3. fomentar o debate sobre uma estratégia para melhor articulação entre os 
órgãos colegiados da área ambiental, incluindo, como possível alternativa, 
a criação de uma rede permanente de intercâmbio de informação entre os 
conselhos/comitês nacionais, estaduais e municipais da área ambiental;
4. caracterizar as relações entre os colegiados ambientais e as conferências 
municipais, estaduais e nacional de meio ambiente;
5. debater o papel dos colegiados ambientais, em particular dos Conselhos 
Municipais de Meio Ambiente e dos Comitês de Bacia Hidrográfica, na 
gestão das políticas públicas de meio ambiente e de recursos hídricos, 
visando fornecer elementos para uma melhor definição do seu escopo de 
atuação, do seu poder de decisão e dos parâmetros gerais para a sua 
composição, bem como para identificação de formas de atuação integrada 
desses colegiados que estão na base dos dois sistemas.
A relevância deste evento está ligada à importância dos órgãos colegiados 
na gestão ambiental integrada e participativa. Os órgãos colegiados 
previstos no SISNAMA e o SINGREH constituem instrumentos de gestão 
compartilhada da política ambiental com o conjunto da sociedade. É por seu 
intermédio que segmentos sociais, sejam entidades ambientalistas, setor 
empresarial e sindical ou comunidade científica, podem contribuir para a 
gestão dos recursos naturais, da qualidade ambiental e da sustentabilidade 
do desenvolvimento.
O Encontro de Colegiados Ambientais se realiza no momento em que se 
inicia a terceira edição da Conferência Nacional de Meio Ambiente, com as 
Conferências Municipais de Meio Ambiente. Se os colegiados ambientais 
vêm se formando desde a década de 1970, antecedendo, portanto, ao 
advento da Conferência Nacional de Meio Ambiente, foi a partir dela que 
passaram a contar com uma instância deliberativa ainda mais abrangente, 
fonte importante de prioridades, temas e matérias para detalhamento 
e normatização por parte dos colegiados, sejam municipais, estaduais, 
federais ou, ainda, regionais, como os Comitês de Bacias Hidrográficas.
O ENCA se organiza também no momento em que tramita no Congresso Nacional 
o projeto de lei que regulamenta o art. 23 da Constituição Federal – CF, que trata 
da repartição de competências entre os três entes governamentais, consolidando 
a tendência de compartilhamento da gestão ambiental (fiscalização, controle, 
licenciamento, normatização etc.) que se intensificou desde os anos de 1990, 
com as Leis Orgânicas dos Municípios, Estatuto das Cidades, Resolução 237/97 
do CONAMA, entre outros marcos legais. O Projeto de Lei do Governo Federal, que 
regulamenta o art. 23 da CF, partiu de um diálogo estabelecido pela Comissão 
Tripartite Nacional – instrumento fundamental para a articulação entre as 
três esferas de governo.
É, portanto, no contexto de fortalecimento dos instrumentos e órgãos de 
gestão ambiental que os conselhos e comitês mais ativos do País estão 
sendo convidados a se reunir no primeiro ENCA, trazendo experiências, 
dilemas, soluções e inovações da atividade colegiada. 
10
O Ministério do Meio Ambiente é órgão central do SISNAMA e também 
responsável pela formulação e implementação da Política e do Sistema 
Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – SINGREH, presidindo 
e exercendo a secretaria-executiva do CNRH e do CONAMA. Conforme 
estabelecido pela Lei das Águas (9.433/1997), cabe ainda ao Poder 
Executivo Federal “promover a integração da gestão de recursos hídricos com 
a gestão ambiental”. É com base nessa competência e nas competências 
do CONAMA que o MMA realiza o ENCA.
Sistema Nacional do Meio Ambiente
SISNAMA
A capacidade de atuação do Estado na área ambiental está fundada na idéia 
de responsabilidades compartilhadas entre União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios, e entre os diversos setores da sociedade. Essa concepção 
tem origem na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabelece a 
Política Nacional de Meio Ambiente e também institui o Sistema Nacional 
do Meio Ambiente – SISNAMA.
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, a 
melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições adequadas para a conservação dos recursos 
naturais, o desenvolvimento sustentável, os interesses da segurança 
nacional e a proteção da dignidade da vida humana.
O SISNAMA é formado pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, responsáveis pela proteção e melhoria da 
qualidade ambiental, e está estruturado da seguinte forma:
1. órgão superior: Conselho de Governo;
2. órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA);
3. órgão central: Ministério do Meio Ambiente (MMA);
4. órgãos executores: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade (Instituto Chico Mendes);
5. órgãos seccionais: órgãos e entidades estaduais responsáveis pela 
SISNAMA E SINGREH
11
execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização de atividades 
capazes de provocar a degradação ambiental;
6. órgãos locais: órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle 
e a fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental, 
nas suas respectivas jurisdições.
Assim, o SISNAMA foi concebido para atuar como um conjunto articulado 
e integrado de órgãos e entidades, nos três níveis de governo, responsáveis 
pela qualidade ambiental e pela conservação e o uso sustentável dos 
recursos naturais, com atribuições, regras e práticas específicas que se 
complementam. Tal proposição vem evoluindo para que seja efetivamente 
alcançada, superando lacunas e/ou sobreposições de atuação, bem como 
conflitos de competência entre os órgãos das diferentes instâncias de 
governo.
Em 34 anos de política ambiental no País, com a criação da Secretaria 
Especial de Meio Ambiente – SEMA, e passados mais de 26 anos da Política 
Nacional estabelecida pela Lei 6.938/ 1981, a situação da implementação 
do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, indica limitações 
evidentes de implementação: 58% dos municípios não têm legislação 
ambiental, 66% não têm conselhos de meio ambiente, 82% não têm 
fontes de recursos financeiros, e somente 8,1% têm os três instrumentos 
(IBGE, 2005).
Para enfrentar tal situação, o MMA, em 2003, estabeleceu o novo foco 
para a Política Ambiental Integrada com base nas seguintes diretrizes:
1. Desenvolvimento Sustentável: conciliar as necessidades sociais, 
ambientais, econômicas e culturais, com vistas a um modelo de 
desenvolvimento que atenda às necessidades do presente, sem 
comprometer as necessidades das futuras gerações;
2. Participação e Controle Social: ampliar a participação social, 
promovendo o acesso à informação e o estabelecimento ou 
fortalecimento de fóruns e instâncias de diálogo entre o governo e a 
sociedade;
3. Fortalecimento do SISNAMA e do SINGREH: promover a gestão 
compartilhada e descentralizada entre os três níveis de governo; e
4. Transversalidade: assegurar que a gestão e a política socioambiental 
transcendam a setorialidade, estando presentes em todas as políticas 
públicas do Governo Federal.
Para cumprir essas diretrizes, estendendo seu alcance para outras esferas 
de governo, foi dinamizada a Comissão Tripartite Nacional e criadas as 
Comissões Tripartites Estaduais, compostas por representações paritárias 
dos órgãos e entidades ambientais da federação,as quais desenvolvem 
seus trabalhos de acordo com uma lógica de consenso. 
Essas Comissões têm como prioridades: a definição clara das competências 
dos entes federados, por meio da regulamentação do art. 23 da Constituição 
12
Federal, a definição de estratégias de financiamento para a implementação 
das políticas ambientais e a criação de capacidade institucional dos órgãos 
de meio ambiente. O principal instrumento para isso foi a criação do 
Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais – PNC. Nessa 
fase, o PNC direcionou suas atividades para o âmbito local, atingindo mais 
de 1.600 municípios.
CONAMA
Como órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA, o CONAMA também 
foi criado pela Lei 6.938, em 1981, inspirado na experiência pioneira 
do COPAM – Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais, de 1977. 
Foi o primeiro conselho federal estabelecido com caráter deliberativo e 
participação social, atuando num momento em que o IBAMA e o Ministério 
do Meio Ambiente ainda não haviam sido criados.
O CONAMA é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos 
governamentais federais, estaduais e municipais, setor empresarial e 
sociedade civil (que abrange as entidades ambientalistas, as representações 
de trabalhadores, as comunidades científica, indígenas e tradicionais) 
(Gráfico 1). 
Gráfico 1: Composição do CONAMA (% de conselheiros 
em função do segmento)
O Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente, e sua Secretaria 
Executiva é exercida pelo Secretário-Executivo do MMA. As reuniões do 
CONAMA são públicas e abertas a toda a sociedade.
1. Plenário: atualmente composto por 105 membros.
2. Câmaras Técnicas: em número de 11, são formadas por sete desses 
conselheiros.
3. Grupos de Trabalho: instâncias abertas a todo e qualquer interessado, 
com direito de voz, os GT aprofundam tecnicamente as proposições em 
tramitação no Conselho.
4. Comitê de Integração de Políticas Ambientais - CIPAM: presidido pelo 
Secretário Executivo do MMA, é composto por um conselheiro de cada 
segmento que integra o Plenário.
5. Grupos Assessores: e ncarregados de realizar estudos específicos, 
encomendados pelo Plenário ou pelo CIPAM.
13
Governo Federal
Governo Estadual
Governo Municipal
Sociedade Civil
Setor Empresarial
As competências do CONAMA estão estabelecidas na própria Lei 6.938/81 
e no Decreto 99.274/90, além de discriminadas no Regimento Interno 
do Conselho. Entre estas, encontram-se o papel de: estabelecer normas 
e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras; decidir, em última instância administrativa, em grau de recurso, 
sobre as multas impostas pelo IBAMA; estabelecer normas e padrões 
nacionais de controle da poluição e para a manutenção da qualidade 
ambiental; acompanhar a implementação do Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação da Natureza – SNUC; e incentivar a criação, a estruturação 
e o fortalecimento institucional dos Conselhos Estaduais e Municipais de 
Meio Ambiente e dos Comitês de Bacia Hidrográfica. Em cumprimento a 
essa competência, o CONAMA realiza com outras unidades do MMA este 
Encontro.
Mais informações sobre o CONAMA podem ser obtidas no site www.mma.
gov.br/conama
IBAMA
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – 
IBAMA foi criado pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. O IBAMA 
foi formado pela fusão de quatro entidades brasileiras que trabalhavam na 
área ambiental: Secretaria do Meio Ambiente – SEMA; Superintendência 
da Borracha – SUDHEVEA; Superintendência da Pesca – SUDEPE; e o 
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF.
Em 1990, foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da 
República – SEMAM, ligada à Presidência da República, que tinha no 
IBAMA seu órgão gerenciador da questão ambiental, responsável por 
formular, coordenar, executar e fazer executar a Política Nacional do Meio 
Ambiente e gerir a preservação, conservação, uso racional, fiscalização, 
controle e fomento dos recursos naturais renováveis. 
Com a repercussão internacional das teses debatidas e dos documentos 
aprovados na Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento 
da ONU, realizada no Rio de Janeiro em 1992, determinou-se, em 16 
outubro de 1992, a criação do Ministério do Meio Ambiente – MMA, órgão 
de hierarquia superior, com o objetivo de estruturar a política do meio 
ambiente no Brasil, tendo o IBAMA como sua entidade vinculada. 
Mais informações sobre o IBAMA podem ser obtidas no site www.ibama.
gov.br
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
O Instituto Chico Mendes é uma autarquia vinculada ao MMA e criada 
pela Medida Provisória 366/97. Tem por finalidade: (I) executar ações da 
política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às 
atribuições federais, relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, 
fiscalização e monitoramento das UC instituídas pela União; (II) executar 
14
as políticas de uso sustentável dos recursos naturais renováveis, apoio 
ao extrativismo e às populações tradicionais nas UC de uso sustentável 
instituídas pela União; (III) fomentar e executar programas de pesquisa, 
proteção, preservação e conservação da biodiversidade; (IV) exercer o 
poder de polícia ambiental para a proteção das UC instituídas pela União.
Serviço Florestal Brasileiro
O Serviço Florestal Brasileiro foi instituído pela Lei 11.284/2006, que 
também dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção 
sustentável e cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal a ser 
gerido pelo Serviço. Além dessas competências, o Serviço deve apoiar a 
criação e a gestão de programas de treinamento, capacitação, pesquisa e a 
assistência técnica para a implementação de atividades florestais, incluindo 
manejo florestal, processamento de produtos florestais e exploração de 
serviços florestais; estimular e fomentar a prática de atividades florestais 
sustentáveis madeireira, não-madeireira e de serviços; promover estudos 
de mercado para produtos e serviços gerados pelas florestas; propor planos 
de produção florestal sustentável, de forma compatível com as demandas 
da sociedade; criar e manter o Sistema Nacional de Informações Florestais 
integrado ao Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente; 
estabelecer e gerenciar o Inventário Florestal Nacional; gerenciar o Cadastro 
Nacional de Florestas Públicas; organizar e manter atualizado o Cadastro-
Geral de Florestas Públicas da União, e adotar providências para interligar 
os cadastros estaduais e municipais ao Cadastro Nacional; e apoiar e atuar 
em parceria com os seus congêneres estaduais e municipais.
Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente
Os conselhos estaduais e municipais de meio ambiente se encontram 
previstos entre os órgãos seccionais e locais do SISNAMA, respectivamente. 
Estes conselhos serão tratados mais à frente.
48a Reunião Extraordinária – 25 anos do CONAMA
15
Figura 1 – Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Sistema Nacional de Gerenciamento 
de Recursos Hídricos – SINGREH
Em cumprimento ao disposto no inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal 
de 1988, a Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, conhecida como 
Lei de Águas, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o 
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SINGREH, 
cujo arranjo institucional estabelece formas compartilhadas de gestão dos 
recursos hídricos.
O SINGREH é integrado pelos seguintes órgãos e entidades: o Conselho 
Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, a Secretaria de Recursos Hídricos 
e Ambiente Urbano – SRHU/MMA, a Agência Nacional de Águas – ANA, os 
Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal, os Comitês 
de Bacia Hidrográfica, as Agênciasde Água e os demais órgãos e entidades 
dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais, 
cujas competências se relacionam com a gestão de recursos hídricos. Para 
tanto, todos esses órgãos e entidades têm suas atribuições específicas, de 
formulação e implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, 
conforme demonstrado na figura abaixo (Figura 1). A operacionalização de 
suas atividades deve ocorrer de modo integrado, visando o uso racional dos 
recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável.
16
São objetivos do SINGREH:
1. coordenar a gestão integrada das águas;
2. arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos 
hídricos;
3. implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
4. planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos 
recursos hídricos;
5. promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH
O CNRH iniciou suas atividades em junho de 1998, como instância máxima 
do SINGREH. É um órgão de Estado, consultivo e deliberativo, composto 
por Ministérios e Secretarias da Presidência da República com atuação no 
gerenciamento ou no uso das águas, bem como por representantes dos 
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, representantes dos usuários 
dos recursos hídricos (irrigantes; indústrias; concessionárias e autorizadas 
de geração de energia hidrelétrica; pescadores e usuários da água para 
lazer e turismo; prestadoras de serviço público de abastecimento de água 
e esgotamento sanitário; e hidroviários) e de organizações civis de recursos 
hídricos (consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas; 
organizações técnicas e de ensino e pesquisa, com interesse na área de 
recursos hídricos; e organizações não governamentais). Sua Presidência é 
exercida pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva está a 
cargo do Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério 
do Meio Ambiente.
Ao CNRH compete, segundo o art. 2º da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 
2000, promover a articulação dos planejamentos nacional, estaduais e 
dos setores usuários elaborados pelas entidades que integram o SINGREH 
e formular a Política Nacional de Recursos Hídricos, nos termos da Lei 
nº 9.433/1997. Compete-lhe, ainda, conforme a Lei nº 9.433, de 8 de 
janeiro de 1997: arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos 
existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos; deliberar sobre 
os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões 
extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados; deliberar sobre 
as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais 
de Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia Hidrográfica; aprovar 
propostas de instituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica e estabelecer 
critérios gerais para a elaboração de seus regimentos; estabelecer critérios 
gerais de outorga e cobrança pelo uso das águas; e, ainda, aprovar o Plano, 
Nacional de Recursos Hídricos e acompanhar a sua execução, determinando 
as providências necessárias ao cumprimento de suas metas.
Além do Plenário, o CNRH é composto por dez Câmaras Técnicas temáticas, 
criadas por resolução do próprio Conselho, compreendendo representantes 
do Governo Federal, dos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, dos 
usuários e das organizações civis de recursos hídricos.
17
Para o sucesso da Política Nacional de Recursos Hídricos, é indispensável 
que o CNRH se fortaleça por meio da implementação de suas deliberações 
e o reconhecimento pela sociedade e pelo Poder Público do papel por ele 
desempenhado. 
Mais informações sobre o CNRH podem ser obtidas no site www.cnrh-srh.
gov.br.
Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – SRHU
A SRHU integra a estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente, com 
suas atribuições estabelecidas pelo Decreto nº 6.101, de 26 de abril 
de 2007, incumbindo-lhe, entre outros, exercer a função de secretaria-
executiva do CNRH; monitorar o funcionamento do SINGREH; promover 
a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental; 
desenvolver ações de apoio aos Estados, na implementação dos Sistemas 
Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos e na implantação das 
respectivas Políticas Estaduais de Recursos Hídricos; desenvolver ações de 
apoio à constituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica; e acompanhar a 
implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos. 
Mais informações sobre a SRHU podem ser obtidas no site www.mma.gov.
br/SRHU
Agência Nacional de Águas – ANA
A ANA, criada pela Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, tem por 
finalidade precípua implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, 
em articulação com os órgãos públicos e privados integrantes do SINGREH, 
destacando-se, dentre suas atribuições legais, a supervisão, o controle e a 
avaliação das ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação 
federal sobre as águas, bem como a outorga e a fiscalização dos usos de 
recursos hídricos de domínio da União, implementando, em articulação com 
os Comitês de Bacia Hidrográfica, a cobrança pelo uso desses recursos. 
Mais informações sobre a ANA podem ser obtidas no site www.ana.gov.br
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos
No que se refere aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos – CERH, 
cada ente político-federativo estadual possui o seu correspondente órgão 
colegiado deliberativo e normativo em matéria de política e gestão das 
águas de seu domínio; no mesmo sentido, o Distrito Federal.
Possuem, pois, importante função deliberativa sobre os critérios e normas 
atinentes às diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos a serem 
observadas pelos Planos Estaduais correspondentes e pelos Planos de 
Bacia Hidrográfica, bem como sobre os critérios e normas relativos à 
outorga e cobrança pelo uso dos recursos hídricos e demais instrumentos 
18
de gestão. Compete-lhes, ainda, a aprovação da instituição de comitês de 
bacia hidrográfica em rios de seu domínio.
Comitês de Bacia Hidrográfica
Os Comitês de Bacia Hidrográfica – CBH são órgãos colegiados locais cujas 
atribuições, a teor do disposto no § 1º do art. 1º da Resolução CNRH 
nº 5/2000, devem ser exercidas na bacia hidrográfica de sua jurisdição, 
incumbindo-lhes promover o debate das questões relacionadas a recursos 
hídricos e articular a atuação das entidades intervenientes, bem como 
arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados 
aos recursos hídricos, aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia, 
acompanhar a sua execução e sugerir as providências necessárias ao 
cumprimento de suas metas.
É também de sua competência legal propor ao Conselho Nacional e aos 
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, 
captações e lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da 
obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de 
acordo com os domínios destes, bem como estabelecer os mecanismos 
de cobrança pelo uso de recursos hídricos, sugerindo os valores a serem 
cobrados, e ainda estabelecer critérios e promover o rateio de custo das 
obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.
Sua composição deve contemplar a participação de representantes da 
União, dos Estados e do Distrito Federal cujos territórios se situem, ainda 
que parcialmente, em suas respectivas áreas de atuação; dos Municípios 
situados, no todo ou em parte, em sua área de atuação; dos usuários das 
águas de sua área de atuação; e das entidades civis de recursos hídricos 
com atuação comprovada na bacia.
Nos termos do parágrafo único do art. 37 da Lei nº 9.433/97, as decisões 
dos Comitês de Bacia Hidrográfica sujeitam-se a recurso ao CNRH ou aos 
CERH, de acordo com sua esfera de competência.
Agências de Água e entidadesdelegatárias
As Agências de Água e as entidades delegatárias1 exercem a função de 
secretaria executiva dos Comitês de Bacia Hidrográfica, incumbindo-lhes, 
em sua área de atuação, gerir o Sistema de Informações sobre Recursos 
Hídricos, manter atualizados o cadastro de uso/usuários e o balanço da 
disponibilidade hídrica, promover os estudos necessários para a gestão das 
águas, elaborar e atualizar o Plano de Recursos Hídricos a ser aprovado 
pelo CBH, propor ao CBH o rateio dos custos das obras de uso múltiplo e 
1 Enquanto as Agências de Água não estiverem constituídas, a Lei nº 9.433/97 autorizou, em 
seu art. 51, que o Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos deleguem 
competência a uma das entidades listadas no art. 47, por prazo determinado, para o exercício de 
funções inerentes às Agências de Água, à exceção da função prevista no art. 44, inciso III, da Lei nº 
9.433/97, de efetuar a cobrança pelo uso de recursos hídricos, em virtude do disposto no art. 2º, 
inciso VI, da Lei nº 10.881/2004.
19
o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso a ser submetido 
ao CNRH ou aos Conselhos Estaduais, de acordo com a dominialidade dos 
recursos hídricos.
Agências de Água são entidades dotadas de personalidade jurídica, sendo 
requisitos essenciais para a sua instituição a prévia existência do CBH e a 
sua viabilidade financeira assegurada pela cobrança pelo uso de recursos 
hídricos. Sua criação deve ser autorizada pelo CNRH ou pelo CERH.
Demais componentes do SINGREH
Quanto aos demais órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do 
Distrito Federal e municipais, a que se refere o art. 33, inciso IV, da Lei 
nº 9.433/97, há de se destacar a importância da efetiva participação dos 
Municípios. Com efeito, a gestão do meio ambiente local, mediante, por 
exemplo, a elaboração dos planos diretores, o controle e a fiscalização 
ambiental do parcelamento, uso e ocupação do solo urbano, o controle e 
a prevenção de erosões tanto na cidade como no campo, dá-nos conta da 
inegável relevância municipal e sua interface necessária no planejamento 
e gestão das águas.
Não menos importante é a participação, no âmbito do SINGREH, dos 
órgãos federais e estaduais de meio ambiente, condição sine qua non para 
a integração de ações requeridas na gestão de ambos os sistemas, bem 
como, à evidência, dos órgãos gestores de recursos hídricos dos Estados, 
haja vista os vários instrumentos gerenciais a seu cargo, tais como os 
planos de recursos hídricos, o enquadramento dos corpos de água em 
classes segundo os usos preponderantes da água, a outorga, a cobrança e 
a fiscalização do uso das águas e demais procedimentos legais de comando 
e controle.
O atual estágio de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos 
permitiu, em janeiro de 2006, a aprovação do Plano Nacional de Recursos 
Hídricos pelo CNRH, após intenso e participativo processo de elaboração 
desde 2003, sob a coordenação da então Secretaria de Recursos Hídricos 
do MMA, com apoio técnico da Agência Nacional de Águas. Peça-chave 
para os futuros encaminhamentos da área de recursos hídricos no Brasil, 
o Plano é uma iniciativa pioneira no âmbito da América Latina e Caribe, 
obtida por meio de um esforço inédito que envolveu centenas de reuniões, 
inclusive de câmaras técnicas do CNRH, abrangendo todas as regiões do 
País, por meio da realização de Encontros Públicos em todos os Estados 
brasileiros e no Distrito Federal, confirmando a necessidade da participação 
coletiva no planejamento e gestão das águas.
20
COLEGIADOS AMBIENTAIS –
ESTADOS E MUNICÍPIOS
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente – CEMA
Um pouco de história
Os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente foram consagrados no 
arcabouço jurídico ambiental brasileiro por meio da Política Nacional do 
Meio Ambiente, criada pela Lei nº 6.938/81. Entretanto, surgiram antes 
da própria lei e a ela inspiraram para a criação do CONAMA e do próprio 
Sistema Nacional de Meio Ambiente.
O primeiro conselho de meio ambiente do País, criado apenas como órgão 
normativo, foi o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM), 
criado na Bahia pela Lei estadual nº 3.163, de 4 de outubro de 1973, 
vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento, Ciência e Tecnologia.
Em junho de 1975, surgiu pela primeira vez um colegiado de meio ambiente 
com poderes deliberativos. É dessa época a criação, no Estado do Rio de 
Janeiro, da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA, 
e da Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA, com poderes 
deliberativos para a concessão de autorizações e aplicações de penalidades. 
A CECA foi composta por sete membros do executivo estadual e um 
representante do órgão federal, no caso a SEMA, sem, contudo, haver a 
inclusão de representantes da sociedade civil nesse primeiro colegiado, por 
ausência de abertura política.
Posteriormente, o CEPRAM da Bahia e o Conselho Estadual de Tecnologia 
e Meio Ambiente de Santa Catarina também compuseram colegiados 
deliberativos, nos moldes da CECA fluminense, para deliberação de política, 
ambiental, com maioria de membros de seus executivos estaduais. Nestes 
três exemplos, a participação de membros não governamentais ficou muito 
restrita.
Assim, foi somente em Minas Gerais, com a criação da Comissão de 
Política Ambiental – COPAM, em 29 de abril de 1977, que surgiu um 
colegiado normativo e deliberativo com a participação da sociedade civil, 
do poder legislativo e da comunidade científica, ensejando um tipo de 
21
controle social na formulação e na implementação da política pública de 
meio ambiente mineira. O COPAM se transformou em Conselho Estadual 
de Política Ambiental em 1989, mantendo a sua sigla e consolidando a 
idéia de um órgão colegiado para deliberar acerca da política ambiental. 
O desenvolvimento desse modelo, e seu aperfeiçoamento pelas experiências 
da Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais, disseminou-se 
pelo País, passando a ser adotado por outros Estados: Sergipe (1978), 
Alagoas (1979) e Mato Grosso do Sul (1979); e inspirando o governo 
federal a criar o Conselho Nacional do Meio Ambiente, em 1981, integrante 
do SISNAMA. O CONAMA se caracterizou como um conselho normativo e 
deliberativo, vinculado a um órgão técnico executor da política ambiental, 
nesse caso, a Secretaria Especial de Meio Ambiente, criada em 1973, 
cujo primeiro titular foi o prof. Paulo Nogueira-Neto, até hoje conselheiro 
do CONAMA. Os últimos Conselhos, criados em 2003, foram o Conselho 
Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do 
Amazonas e o Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia 
do Estado de Roraima.
CEMA nos Estados e competências
Os Conselhos Estaduais já se encontram em funcionamento em 26 Estados, 
além do Conselho do Distrito Federal. Quanto a suas competências, todos os 
CEMA são deliberativos e normativos, aprovando resoluções. As exceções 
são os conselhos do Espírito Santo, Pernambuco e Tocantins, que decidem 
unicamente na forma de deliberações.
Entre os 27 Conselhos, treze são também consultivos (AM, BA, DF, MA, 
MG, PA, PB, PR, PE, PI, RR, SC e TO). Somente os Conselhos dos Estados 
de Minas Gerais e Bahia têm competência licenciadora. No caso da Bahia, 
o conselho expede apenas um tipo de licença prévia, chamada licença de 
localização. O CONSEMA de São Paulo aprova Relatórios e Estudos de 
Impacto Ambiental (EIA-Rima) mediante parecer da Secretaria de Meio 
Ambiente do Estado. 
Composição
Com referência a sua composição, os conselhos estaduais integram em 
media 45% de conselheiros do Poder Público das três esferas de governo, 
23% do Ministério Público, ONG e Setor Acadêmico, 15% do Setor 
Econômico e 15% de outros setores. Podemos observar algumas diferenças 
regionais significativas (Gráfico 2): 
1. a região Centro-Oeste apresenta omaior equilíbrio entre os diferentes 
segmentos,
2. na região Norte, destaca-se a participação expressiva de órgãos do 
Executivo Federal, possivelmente pela importante presença da União na 
gestão pública dessa região, um fenômeno parcialmente remanescente do 
período em que alguns Estados eram territórios federais,
3. na região Sul, chama atenção a participação expressiva do Poder Público 
Estadual,
22
4. nas regiões Norte e Nordeste, a presença de ONGs ambientalistas é 
menor do que nas demais regiões,
5. a participação das associações e conselhos profissionais (outros) 
decresce do Norte para a região Sul do País.
Gráfico 2. Composição dos CEMA (% de conselheiros em função do 
segmento representado)
23
Governo Federal
Governo Estadual
Governo Municipal
Ministério Público
ONG
Setor Acadêmico
Setor Empresarial
Outros
Conselho Municipal de Meio Ambiente
O que é, como formá-lo, como fortalecê-lo
Os Conselhos Municipais de Meio Ambiente são entes da Administração 
Publica, integrantes do SISNAMA. Atuam no município – o primeiro 
espaço mais próximo dos cidadãos – onde se devem buscar caminhos 
para harmonizar crescimento econômico com bem-estar da população, 
empreendendo ações capazes de prevenir e equacionar os problemas 
que afetam o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas. Os 
CMMA dispõem em torno da mesma mesa os órgãos públicos, os setores 
empresariais e as organizações da sociedade civil no debate e na busca de 
soluções para o uso dos recursos, a recuperação dos danos ambientais, 
a qualidade ambiental do município e o alcance do desenvolvimento 
sustentável. Trata-se de um instrumento de:
1. exercício da democracia;
2. educação para a cidadania;
3. convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes.
O Conselho é, por excelência, um fórum de diálogos e de construção de 
conhecimento sobre o meio ambiente local. É também um espaço mais 
adequado para administrar conflitos, propor acordos e construir uma gestão 
ambiental que esteja em consonância com os interesses econômicos e 
sociais locais. 
Os conselhos representam espaços públicos que gozam de autonomia, 
representando uma esfera pública que não é meramente estatal. Pode-se 
visualizá-los como uma partilha entre o governo e a sociedade, um espaço 
de co-gestão para as decisões de políticas públicas.
A criação de um conselho ativo e de composição democrática atende 
aos princípios que estruturam o SISNAMA. Com acesso às informações 
necessárias, cidadãos e cidadãs saberão de seus direitos e deveres e se 
sentirão mais responsáveis pela qualidade ambiental do lugar em que 
vivem. Ao debater publicamente questões relevantes à qualidade de vida, 
o Conselho pode ser um valioso aliado da democratização da informação. 
Qual é a sua função
O Conselho Municipal de Meio Ambiente tem a função de opinar e 
24
assessorar o poder executivo municipal, a Prefeitura, suas secretarias e o 
órgão ambiental municipal nas questões relativas ao meio ambiente. 
Cada município pode estabelecer as competências do seu Conselho de 
acordo com a realidade local, podendo ter, nos assuntos de sua competência, 
caráter consultivo, deliberativo e normativo. A título de exemplo, pode caber 
ao Conselho:
1. opinar sobre aspectos ambientais de políticas estaduais ou federais que 
tenham impactos sobre o município;
2. propor a política ambiental do município e fiscalizar o seu 
cumprimento;
3. promover a educação ambiental;
4. propor a criação de normas legais, bem como a adequação e 
regulamentação de leis, padrões e normas municipais, estaduais e 
federais;
5. analisar e, se for o caso, solicitar novos estudos sobre licenças ambientais 
concedidas pelo poder público municipal para atividades potencialmente 
poluidoras em âmbito municipal;
6. receber e apurar denúncias feitas pela população sobre degradação 
ambiental, sugerindo à Prefeitura as providências cabíveis.
Vale a pena saber:
O Conselho não tem a função de criar leis. Isso compete ao legislativo 
municipal, ou seja, à Câmara de Vereadores. Mas pode sugerir a criação de 
leis, bem como a adequação e regulamentação das já existentes, por meio 
de resoluções, quando isso significa estabelecer limites mais rigorosos para 
a qualidade ambiental ou facilitar a ação do órgão executivo.
O Conselho não tem poder de polícia. Pode indicar ao órgão ambiental 
municipal a fiscalização de atividades poluidoras, mas não exerce 
diretamente ações de fiscalização.
Por que criar
O art. 225 da Constituição Federal define a obrigação do poder público 
e da coletividade de defender e de preservar o meio ambiente para as 
gerações atuais e futuras.
A crescente descentralização administrativa e o compartilhamento da 
gestão ambiental por meio de iniciativas como a Resolução 237/97 do 
CONAMA e a regulamentação do art. 23 da Constituição Federal, em 
curso, têm chamado os Municípios a assumirem suas responsabilidades 
na área do meio ambiente. O conselho é, por excelência, um fórum de 
debates e de construção de conhecimento sobre o meio ambiente local, e 
em particular o espaço mais adequado para administrar conflitos, propor 
acordos e construir uma proposta de gestão que esteja em acordo com as 
demandas locais, econômicas, sociais e ambientais. 
Além disso, o crescente interesse da sociedade, da opinião pública e a 
necessidade de orientação por parte de órgãos da municipalidade sobre 
25
variáveis ambientais tornam ainda mais oportuna a criação e o fortalecimento 
do conselho local.
Quem participa
Para que o Conselho Municipal de Meio Ambiente cumpra com suas 
atribuições de maneira satisfatória, ele deve ser representativo, reunindo 
representantes legítimos de todos os segmentos da sociedade local 
interessados na qualidade ambiental e no desenvolvimento ecologicamente 
sustentável. Cada conselho deve espelhar em sua composição as forças 
atuantes no local. Por isso, é necessário conhecer quais são essas forças. 
O conselho pode ser majoritário, ou seja, com a prevalência em sua 
composição de um segmento sobre outro. Mas sugere-se que tenha uma 
composição paritária ou que evolua de maneira negociada para essa 
condição. Ou seja, que considere, em igualdade numérica, representantes 
do poder público e da sociedade civil organizada. Essa composição pode 
ser bipartite (1) poder público (municipal, estadual e federal) e (2) outros 
segmentos (empresarial, sindical, academia, entidades ambientalistas 
etc.) – ou tripartite – (1) poder público, (2) setor produtivo (empresarial e 
sindical) e (3) entidades sociais e ambientalistas.
De forma genérica, podem fazer parte do Conselho Municipal de Meio 
Ambiente representantes de:
1. secretarias municipais de saúde, educação, meio ambiente, obras, 
planejamento e outras cujas ações interfiram no meio ambiente;
2. Câmara de Vereadores;
3. sindicatos;
4. entidades ambientalistas;
5. grupos de produtores;
6. instituições de defesa do consumidor;
7. associações de bairros;
8. grupos de mulheres, de jovens e de pessoas da terceira idade;
9. entidades de classe (arquitetos, engenheiros, advogados, professores 
etc.);
10. entidades representativas do empresariado;
11. instituições de pesquisa e de extensão;
12. movimentos sociais e de minorias que sejam importantes para o 
município.
Vale a pena saber:
Os conselheiros municipais de meio ambiente são pessoas que agem de 
forma voluntária em benefício da melhoria da qualidade de vida e, portanto, 
não recebem pagamento pelos serviços prestados. 
Como se faz
1. Mobilização. A comunidade deve estar envolvida e debater os termos 
da lei ou decreto que institui o Conselho Municipal de Meio Ambiente. É 
26
importante que tenha espaço para conversar sobre o porquê da existência 
do conselho e o papel que este exercerá no município. Esse momento 
é importante também para identificar pessoase grupos interessados em 
integrar o órgão.
2. Redação e aprovação do ato normativo de criação. O Conselho deve ser 
instituído por meio de lei ou decreto elaborado e aprovado pela Câmara de 
Vereadores do município. O texto do ato normativo conterá os objetivos, as 
competências, as atribuições e a composição do Conselho. 
3. Nomeação de conselheiros e conselheiras. Cabe ao Poder Executivo 
municipal nomear os integrantes do Conselho e dar-lhes posse, bem como 
a seus respectivos suplentes. 
4. Criação e aprovação do Regimento Interno. Depois de empossados, 
os integrantes debatem e aprovam o Regimento Interno do Conselho. 
Trata-se de um documento que, de acordo com a lei, define a estrutura de 
funcionamento do órgão, suas competências e formas de organização. 
5. Reuniões periódicas. O Conselho Municipal de Meio Ambiente deve 
se reunir com periodicidade regular. Esses encontros devem ser abertos 
à participação dos demais membros da comunidade, na condição de 
ouvintes.
Vale a pena saber:
A Prefeitura deve fornecer todas as condições para o funcionamento do 
Conselho Municipal de Meio Ambiente. Por isso, convém que antes da sua 
criação seja instalado o órgão ambiental municipal. Este órgão deverá ter 
capacidade técnica suficiente para dar apoio, inclusive administrativo, ao 
funcionamento do Conselho. Cabe ainda ao Executivo municipal colocar 
em prática as decisões do Conselho para que este se torne um efetivo 
instrumento de promoção de qualidade ambiental no município. 
Alguns exemplos de lei de criação, decreto de regulamentação e de 
regimento interno podem ser acessados a partir dos links:
1. http://portal/prefeitura/sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/cades
2. http://www.recife.pe.gov.br/meioambiente/conselho_historico.html
3. http://www.belem.pa.gov.br/semma/paginas/consema.htm
4. http://home.londrina.pr.gov.br/homenovo.php?opcao=consemma
5. http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/default.php?p_secao=29
6. http://antigo.campinas.sp.gov.br/comdema/
Como fortalecer o conselho
1. O conselho precisa ter assegurado o apoio administrativo e operacional 
do órgão executivo de meio ambiente da prefeitura.
2. É importante que as reuniões se tornem cada vez mais dinâmicas, 
sem prejuízo do bom debate e da participação equânime de todos os 
segmentos.
3. Sempre que necessário, o conselho - principalmente nos municípios 
mais populosos – deve criar câmaras temáticas ou grupos de trabalho que 
27
sejam representativos e tecnicamente qualificados para aprofundar temas 
de resoluções ou outro tipo de decisão do conselho.
4. Periodicamente deve-se repensar as funções, o regimento e a prática 
estabelecida pelo conselho municipal.
5. O conselho deve estar sempre aberto para a sociedade local de maneira 
a promover boas condições para a sua própria renovação e atualização, 
mantendo-se antenado com os movimentos sociais locais.
6. É oportuno também que o Conselho esteja de alguma maneira ativo em 
relação às conferências de meio ambiente ou de outras áreas correlatas, 
por serem fontes de matérias para a sua apreciação.
7. Da mesma maneira, o conselho pode colaborar e se beneficiar muito 
com a criação de conselhos em cidades vizinhas, com o acompanhamento 
junto aos consórcios intermunicipais e Comitês de Bacia Hidrográfica, 
assim como procurando manter-se em contato com o Conselho Estadual.
8. O conselho deve cumprir a sua função de assessorar o poder público 
municipal, buscando preferencialmente o consenso com os demais 
segmentos.
9. Se o Município já possui um Fundo Ambiental, o Conselho pode ter a 
função de analisar e fazer recomendações aos projetos propostos para o 
fundo.
O Prefeito pode impedir as atividades do Conselho? 
O Conselho Municipal de Meio Ambiente é instituído por lei da Câmara 
Municipal. O Executivo deve cumprir as leis proclamadas pelo Legislativo. 
Caso haja algum impedimento às atividades do Conselho, a questão deverá 
ser encaminhada à própria Câmara ou ao Ministério Público para que sejam 
tomadas as devidas providências. 
Perfil dos Conselhos Municipais
Para traçar um perfil dos CMMA do Brasil, foram usados os dados do Perfil 
dos Municípios Brasileiros 2004 do IBGE, assim como o levantamento 
dos Conselhos Municipais do Meio Ambiente iniciado em março de 2007 
pelo CONAMA, a partir de carta de solicitação da Ministra Marina Silva 
encaminhada a todas as 5.564 prefeituras do Brasil.
As informações obtidas permitem apenas inferir sobre o perfil da estrutura 
dos conselhos. Uma avaliação a respeito do funcionamento dos mesmos e 
dos êxitos e desafios dessa forma de relação Estado/Sociedade dependem 
de dados que deverão ser obtidos a partir deste primeiro Encontro, bem 
como de um amplo cadastramento que se encontra em curso.
Conselhos por região
Segundo o IBGE (2004), 2.039 municípios brasileiros possuem CMMA 
(36% dos 5.564 municípios).
28
A proporção de municípios que dispõem desse instrumento de gestão 
ambiental, no entanto, não se manifesta de forma idêntica nas diversas 
unidades da federação. De um modo geral, são as regiões Centro-Oeste, 
Sudeste e Sul que apresentam a maior proporção de municípios com 
Conselho de Meio Ambiente (de 40 a 50% dos municípios das respectivas 
regiões em comparação com os 26 e 20% das regiões Norte e Nordeste) 
(Gráfico 3), ainda que existam variações entre os Estados de uma mesma 
região (Mapa 1). 
Em números absolutos, a região Sudeste é a que concentra o maior número 
de CMMA (40% dos CMMA brasileiros) e a região Norte o menor (6%). 
(Gráfico 4)
Numa observação Estado por Estado, o Piauí e a Paraíba aparecem 
com o menor percentual de municípios dotados de conselho (6% e 9% 
respectivamente). No outro extremo, os estados de Roraima, Minas Gerais, 
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentam o maior 
percentual (entre 67% e 58% dos municípios). (Mapa 1)
Mapa 1. Percentual de Municípios, por Estado, dotados de CMMA – 
dados IBGE 2004
29
No quadro geral dos conselhos participativos, é baixa a presença de 
Conselhos Municipais de Meio Ambiente. Os CMMA ocupam o 6º lugar, 
após os Conselhos da Saúde, Assistência Social, Educação, Crianças e 
Adolescentes, e Emprego e Trabalho.
Perfil dos conselhos segundo levantamento 
implementado pelo MMA
Dos 1.329 Municípios que responderam, até setembro, ao levantamento do 
MMA, 913 declararam ter conselho. Os Municípios que cadastraram o seu 
conselho no sítio eletrônico do MMA (www.mma.gov.br/enca) representam 
16% dos Municípios brasileiros e abrigam quase a metade da população 
brasileira (48%); 90% destes possuem órgãos ambientais.
A proporção de Municípios com Conselho se mostrou ligeiramente mais 
elevada nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste (18%, 18% e 23% dos 
Municípios da região, respectivamente), do que nas Regiões Norte e Nordeste 
(15% e 11%). Em comparação com os dados do IBGE, o levantamento 
de CMMA implementado pelo MMA apresenta, portanto, um déficit de 
cadastramento em todas as regiões, sobretudo nas regiões Centro-Oeste, 
Sul e Sudeste do país. 
Com referência a suas atribuições, 67% dos conselhos são consultivos, 
76% deliberativos e 27% normativos, sendo que 20% acumulam essas 
três funções. Cabe destacar que 21% dos Conselhos são exclusivamente 
consultivos, o que limita o seu poder de atuação.
Evolução na criação dos CMMA
Dos CMMA cadastrados, o primeiro a ser criado foi o Conselho de Natal/
RN, em 1974. Desde então, o número de CMMA criados por ano seguiu 
um pequeno crescimento até 1990, para ter a partir desta data um 
aumento mais acentuado, com picos de criação nos anos 2001 (126 novos 
conselhos), 2005 (143) e 2006 (123) (Gráfico 5). 
Gráfico 5. Número de CMMA criados por ano – Levantamento MMA
30
Esta linha ascendente a partir de 1990 deve-se explicar por fenômenos como 
a repercussão da ECO-92, a promulgação da Lei Orgânica de Municípios– 
seguindo as Constituintes Estaduais e a Constituição Federal de 1988 – entre 
outros fatores. Já o pico de criação de novos conselhos que se verifica a 
partir de 1997 até 2001 pode estar ligado à publicação da Resolução/
CONAMA nº 237 de 1997, que condicionou o licenciamento ambiental 
por Município à existência de CMMA deliberativo e participativo.
A tendência de crescimento na formação de novos CMMA se mantém nos 
anos seguintes, possivelmente em função da promulgação do Estatuto das 
Cidades, que impulsionou a formulação de Planos Diretores Municipais 
Participativos, especialmente a partir de 2003, assim como o destaque 
que a pauta ambiental ganhou no país a partir de 2003, com a Política 
Ambiental Integrada e a diretriz de fortalecimento do SISNAMA. Seguindo 
esta diretriz, foram criadas Comissões Tripartites em todos os Estados, 
realizada a Conferência de Meio Ambiente (2003 e 2005), lançado 
o Programa Nacional de Capacitação de Gestores e Conselheiros do 
SISNAMA, entre outras iniciativas. Entre janeiro e agosto de 2007, foram 
criados 47 CMMA conforme levantamento MMA, número expressivo se 
comparado com uma média aproximada de 43 conselhos criados por ano 
desde 1990.
O ato jurídico mais freqüentemente empregado na criação de CMMA foi 
a lei (81%), sendo usado nos outros casos decreto, decreto-lei ou outros 
instrumentos mais raros, como ato normativo, deliberação normativa, 
medida provisória ou ofício-memorando.
Composição
Do ponto de vista das entidades representadas nos CMMA, o levantamento 
definiu quatro categorias: 
1. Poder Público (entidades e órgãos municipais e estaduais); 
2. Sociedade Civil (movimentos sociais e ONGs na defesa de interesses 
difusos, eventualmente Ministério Público);
3. Setor Econômico (entidades de defesa de interesses privados); e 
4. Outros (outros segmentos).
Como no caso dos conselhos estaduais, o poder público é minoritário na 
composição dos conselhos municipais, segundo os dados do levantamento 
feito pelo MMA. Seus representantes ocupam menos de 45% das vagas, 
seguidos pela sociedade civil (30% a 40%) e pelo setor econômico e outros 
atores que representam menos de 25% dos conselhos. Por outro lado, 
a sociedade civil tem maior peso nos conselhos municipais do que nos 
conselhos estaduais.
A composição é muito parecida entre as diferentes regiões, sendo a 
região Centro-Oeste a que apresenta melhor equilíbrio entre os diferentes 
segmentos, como já notado anteriormente nos Conselhos Estaduais de 
Meio Ambiente (Gráfico 6).
31
Gráfico 6 - Composição média dos CMMA por região – Levantamento MMA
32
Comitê de Bacia Hidrográfica
O que é, quais são os passos para sua organização
Os Comitês de Bacia Hidrográfica são entes despersonalizados integrantes 
da Administração Pública, com competências consultivas e deliberativas, 
responsáveis pela tomada das principais decisões sobre a utilização das 
águas da bacia. São instâncias importantes de participação e integração do 
planejamento e das ações na área de recursos hídricos, fazendo parte do 
SINGREH. O funcionamento dos Comitês de Bacia Hidrográfica assemelha-
se ao de um condomínio, em que os interessados (usuários das águas, 
entidades civis de recursos hídricos e órgãos do governo) reúnem-se, 
debatem e decidem as questões relativas às águas da bacia hidrográfica.
Qual o papel do Comitê de Bacia Hidrográfica
O papel do Comitê de Bacia Hidrográfica é definido no art. 38 da Lei nº 9.433, 
de 1997, sendo os principais:
i - promover o debate sobre as questões de interesse da bacia, incentivando 
a participação e a representatividade de seus membros;
ii - dirimir conflitos entre os usuários da água;
iii - aprovar e acompanhar a execução do Plano da Bacia Hidrográfica, 
encaminhando providências necessárias ao cumprimento de suas metas. O 
Plano da Bacia é um documento programático de ações a serem realizadas, 
objetivando a conservação, recuperação e revitalização dos recursos hídricos; e
iv - propor ao CNRH as acumulações, derivações, captações e lançamentos 
a serem considerados de pouca expressão para a isenção da obrigatoriedade 
da outorga do direito de uso dos recursos hídricos, bem como os mecanismos 
de cobrança pelo uso da água e os preços a serem praticados.
Como instituir um Comitê de Bacia Hidrográfica 
em rios de domínio da União
A Agência Nacional de Águas – ANA tem a atribuição legal de estimular 
e apoiar as iniciativas voltadas para a criação dos Comitês de Bacia 
Hidrográfica.
A instituição, organização e funcionamento dos Comitês de Bacia 
Hidrográfica são regidos pela Resolução CNRH nº 5, de 10 de abril de 
2000. Os interessados em sua instituição devem encaminhar proposta ao 
CNRH, contendo:
33
i - justificativa da necessidade de criação do Comitê de Bacia Hidrográfica 
e diagnóstico da situação dos recursos hídricos na bacia hidrográfica. Se 
necessário, a identificação dos conflitos entre usos e usuários, dos riscos 
de racionamento dos recursos hídricos ou de sua poluição e degradação 
ambiental em razão da má-utilização desses recursos;
ii - caracterização da bacia hidrográfica que permita propor a composição do 
respectivo Comitê e identificação dos setores usuários de recursos hídricos; e
iii - indicação da diretoria provisória com presidente e secretário.
A proposta de instituição do Comitê de Bacia Hidrográfica, cujo rio principal é de 
domínio da União, poderá ser encaminhada ao Conselho Nacional de Recursos 
Hídricos, se subscrita por pelo menos três das seguintes categorias:
i - Secretários de Estado responsáveis pelo gerenciamento de recursos 
hídricos de, pelo menos, dois terços dos Estados contidos na bacia 
hidrográfica respectiva considerado, quando for o caso, o Distrito Federal;
ii - Prefeitos Municipais cujos municípios tenham território na bacia 
hidrográfica no percentual de pelo menos quarenta por cento;
iii - Entidades representativas de usuários, legalmente constituídas, de 
pelo menos três dos usos indicados nas letras “a” a “f ”, do art. 14º da 
Resolução CNRH nº 5/2000 com no mínimo cinco entidades; e
iv - Entidades civis de recursos hídricos, com atuação comprovada na bacia, que 
poderão ser qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público, legalmente constituídas, com no mínimo dez entidades, podendo este 
número ser reduzido, a critério do Conselho, em função das características 
locais e justificativas elaboradas por pelo menos três entidades civis.
A proposta encaminhada é analisada pela Secretaria Executiva do CNRH, 
pela ANA, pela Câmara Técnica de Assuntos Legais e Institucionais – CTIL e 
submetida à deliberação do Plenário. Aprovada pelo CNRH, o Comitê de Bacia 
Hidrográfica é instituído mediante Decreto do Presidente da República.
É importante saber que 
Existem os chamados rios federais, que correspondem aos rios e quaisquer 
correntes de água em terrenos de domínio da União, ou que banhem mais de 
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território 
estrangeiro ou dele provenham, incluindo-se os lagos, e rios estaduais, que 
são aqueles que não ultrapassam os limites territoriais de um Estado. 
Aos Estados pertencem também as águas subterrâneas localizadas em seu 
território. O processo de criação de Comitês de Bacia Hidrográfica em rios 
de domínio estadual é definido nas respectivas legislações estaduais.
Saiba o que é 
Bacia Hidrográfica: é uma área onde a chuva que cai drena, por riachos 
e rios secundários, para um mesmo rio principal, localizado num ponto 
mais baixo da paisagem, sendo separada das outras bacias por uma linha 
divisória denominada divisor de águas;
34
Cobrança pelo uso da água: é um instrumento da Política Nacional de 
Recursos Hídricos que induz a uma postura de racionalidade do usuário da 
água, para que não haja desperdício;
Outorga de direito de uso dos recursos hídricos:ato administrativo 
pelo qual o poder outorgante (poder público detentor de domínio sobre as 
águas) autoriza ou concede, ao usuário da água, o direito deste em utilizá-
la de acordo com vazão, ponto de retirada, turno de utilização, critérios de 
cobrança, eventuais restrições ao uso devidamente caracterizadas e outras 
condições. Por meio da outorga, pode-se assegurar o controle quantitativo e 
qualitativo dos usos da água e o efeito exercício do direito de acesso a ela;
Organizações civis de recursos hídricos: consórcios e associações municipais 
de bacias hidrográficas; associações regionais, locais ou setoriais de usuários 
de recursos hídricos; organizações técnicas e de ensino e pesquisa, com 
interesse na área de recursos hídricos; organizações não governamentais, 
com objetivos de defesa de interesses coletivos da sociedade; outras 
organizações que venham a ser reconhecidas pelo Conselho Nacional ou 
pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.
Perfil dos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos e 
Comitês de Bacia Hidrográfica
O Brasil tem avançado na implementação do SINGREH, e todos os Estados 
da Federação já possuem lei de recursos hídricos aprovada. Vinte e quatro 
Conselhos Estaduais e o Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal 
já se encontram em funcionamento.
Mapa 2. Legislações Estaduais.
35
Por sua vez, 140 Comitês de Bacia Hidrográfica foram criados e estão em 
atividade, sendo que dois deles – o CBH Paraíba do Sul e o CBH PCJ – já 
possuem sua entidade delegatária das funções de Agência de Água.
Os mapas 4 e 5, abaixo, mostram um retrato dos Comitês de Bacia 
Hidrográfica de rios de domínio da União1 e de rios de domínio estadual 
(posição: agosto/2007). 
Mapa 4. Comitês de Bacia Hidrográfica de rios de domínio da União.
36
Mapa 3. Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.
1 O Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-açu e o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio 
Paranaiba estão em processo de instalação.
Por sua vez, o mapa 6, a seguir, apresenta uma aproximação percentual 
da cobertura dos territórios estaduais pelos Comitês de Bacia Hidrográfica 
(posição: agosto/2007).
Mapa 6. Cobertura percentual dos Estados pelos CBH.
10 anos da Lei de Águas do Brasil
Mapa 5. Comitês de Bacia Hidrográfica de rios de domínio Estadual.
37
CGEN – Conselho de Gestão do Patrimônio Genético
Órgão criado pela Medida Provisória 2.186-16/01, que instituiu regras para o uso 
dos recursos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados, o CGEN é 
a autoridade nacional com função normativa e deliberativa sobre as autorizações 
de acesso e remessa, garantindo a repartição de benefícios advindos do uso da 
biodiversidade, no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica da qual o País 
é signatário desde 1994.
O CGEN é órgão colegiado do Ministério do Meio Ambiente e sua composição 
inclui 19 órgãos e entidades da administração pública federal. Foi também 
criado, neste Ministério, o Departamento do Patrimônio Genético, que 
atua como Secretaria-Executiva do Conselho. Desde 2003, o CGEN conta 
com a participação de 11 convidados permanentes, que acompanham e 
participam das discussões do Conselho, sem poder votar nas reuniões.
Outros Conselhos, Comitês, Órgãos, Comissões 
e Fórum Nacionais
Comissão de Gestão de Florestas Públicas: órgão consultivo do Serviço 
Florestal Brasileiro, assessora, avalia e propõe diretrizes para gestão de 
florestas públicas, manifesta-se sobre o Plano Anual de Outorga Florestal.
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=95&idMenu=3800
Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente: responsável 
pelas decisões maiores do FNMA, como estabelecer prioridades e diretrizes 
para a atuação do FNMA, tem por missão financiar a Política Nacional do 
Meio Ambiente, por meio da participação social. 
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=1
CONABIO – Comissão Nacional de Biodiversidade: auxilia na implementação 
da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU e do Pronabio (Programa 
Nacional da Diversidade Biológica).
www.mma.gov.br
CONACER – Comissão Nacional do Programa Cerrado Sustentável: 
acompanha e avalia a implementação do Programa Nacional de Conservação 
e Uso Sustentável do Bioma Cerrado.
www.mma.gov.br
OUTROS COLEGIADOS NACIONAIS
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CONAFLOR – Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Florestas:
fornece diretrizes para a implementação das ações do Programa Nacional 
de Florestas.
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=5&idMenu=2957
CONASQ – Comissão Nacional de Segurança Química: tem atribuições 
relativas ao Perfil Nacional de Substâncias Químicas e Plano de Ação para 
a Segurança Química, assessora o ponto focal do Brasil para o Fórum 
Internacional de Segurança Química. 
www.mma.gov.br/port/sqa/prorisc/index.cfm?submenu=11
CPDS – Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da 
Agenda 21 Nacional: responsável pela coordenação da implementação da 
Agenda 21 Brasileira e apoio aos processos criação de Agendas 21 Locais.
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=713
Fórum Nacional de Áreas Protegidas: órgão consultivo da Secretaria de 
Biodiversidade e Florestas para orientar no cumprimento do Plano Nacional 
de Áreas Protegidas.
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=48
Órgão Gestor e Comitê Assessor da Política Nacional de Educação 
Ambiental: coordena a PNEA; define diretrizes; articula, coordena e 
supervisiona planos, programas e projetos; e participa na negociação de 
financiamentos ligados à Política Nacional de Educação Ambiental.
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=20
Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e 
Comunidades Tradicionais: acompanha a implementação da Política 
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades 
Tradicionais.
www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=65&idMenu=4305
Comitê de Gestão do Uso Sustentável dos Recursos Pesqueiros da Bacia 
Amazônica – CGBA: assessora o IBAMA na gestão do uso sustentável dos 
recursos Pesqueiros da Bacia Amazônica.
www.ibama.gov.br
39
Fortalecimento da Gestão Municipal 
de Meio Ambiente
De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE, em 2002, que identificou 
o perfil dos municípios brasileiros em relação à gestão ambiental, ficou 
demonstrado que, após 26 anos de existência da Política Nacional do Meio 
Ambiente, a situação das instituições municipais ainda está muito distante 
das metas para uma gestão ambiental efetivamente compartilhada. 
Segundo esse levantamento, 77,8% dos municípios não possuíam 
Conselhos Municipais de Meio Ambiente ativos; 93,4% não possuíam 
Fundos Municipais de Meio Ambiente; 86,4% não possuíam legislação 
ambiental municipal; e somente 2,2% possuíam esses três elementos.
Diante dessa situação, o MMA vem desenvolvendo um conjunto de ações 
visando a construção e o fortalecimento dos Sistemas Municipais de Meio 
Ambiente. Dentre elas, destacamos: 
1. a elaboração, em parceria com a Associação Brasileira de Entidades 
Estaduais e Meio Ambiente – ABEMA e com a Associação Nacional de 
Órgãos Municipais de Meio Ambiente – ANAMMA, de sugestões ao Projeto 
de Lei Complementar para regulamentação do art. 23 da Constituição 
Federal, que estabelece as bases para o compartilhamento da gestão 
ambiental entre as três esferas de governo;
2. a criação de Comissões Técnicas Tripartites em todos os Estados, 
reunindo órgão federal (IBAMA)
3. o incentivo à discussão, no âmbito dessas Comissões Tripartites, acerca 
da tipificação das atividades econômicas de impacto local, que poderão ser 
licenciadas pelos municípios; 
4. o Programa Nacional de Capacitação de Gestores e Conselheiros do 
Sisnama – PNC, que tem como objetivo capacitar agentes responsáveis 
pela elaboração

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