2 Caso clinico, 3 periodo ME, 2013.2

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DISCUSSÃO DO 2º CASO CLÍNICO
Medicina - 3º período
2013.2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA
CURSO DE MEDICINA
Eixo Integrador
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CASO CLÍNICO
Dados de Identificação:
 B.J.S.F.
 sexo masculino
 39 anos
 pardo
 lavrador
 natural e residente em Uruçuí-PI
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CASO CLÍNICO
Queixa Principal: 
 refere picada de cobra (conhecida como Jararacuçu) em ambos os pés, há dois dias,
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CASO CLÍNICO
História da Doença Atual (HDA): 
 Refere picada de cobra, que conhece como 	Jararacuçu, em ambos os pés, há dois dias 	no município de Uruçuí-PI, tendo procurado 	serviço local poucas horas após o acidente, 	onde foi medicado com nove unidades de 	soro antiofídico
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CASO CLÍNICO
História da Doença Atual (HDA): 
 evoluiu com piora do quadro clínico, sendo 	encaminhado a Teresina.
 admitido no Pronto Socorro do Hospital 	Getúlio Vargas (HGV) - Piauí, vítima de 	acidente ofídico por serpente do gênero 	Bothrops.
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EXAME FÍSICO:
intensa dor local
edema em ,embros inferiores, principalmente em pés e ½ inferior das pernas
equimoses, bolhas e gangrena gasosa bilateral de extremidades inferiores
CASO CLÍNICO
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Gangrena gasosa bilateral de extremidades inferiores
após acidente botrópico.
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Exames Laboratoriais na admissão:
creatinina: 1,4mg/dl; uréia:59; 
sódio: 132mEq/l; potássio: 4,3mEq/l; 
hematócrito :25%; hemoglobina de 8,5g/dl; 
leucócitos: 24.000/ml, com 75% de segmentados e 16% de bastões; 
plaquetas de 133.000/ml; 
TAP: 50%; PTTA: 28,9”; TC: 6’30”; 
Exame de urina tipo I: albumina(+/4+), hemoglobina(+++/
4+), 6 piócitos/campo, e numerosas hemácias
CASO CLÍNICO
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CASO CLÍNICO
Evolução
 com os resultados destes exames, foi repetida 	a dose de soro e o paciente foi 	encaminhado para a Unidade de Terapia 	Intensiva (UTI).
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CASO CLÍNICO
Evolução e tratamento: 
 levado ao centro cirúrgico, tendo realizado 	amputação do local acometido - ao nível do 	terço inferior das tíbias - e Fasciotomia até o 	nível do quadril, bilateralmente, devido 	Síndrome compartimental. 
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Extremidades inferiores após realização de amputação e fasciotomia bilaterais.
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CASO CLÍNICO
Tratamento:
 Após a cirurgia, foi transferido para a UTI, onde 	recebeu medidas de suporte e cuidados locais, 	incluindo elevação dos membros acometidos e 	antissepsia da ferida operatória, além de 	hidratação, analgesia e antibioticoterapia, com 	uso de penicilina G cristalina (5.000.000 UI IV 	4/4h) e clindamicina (900 mg IV de 8/8h) por 	oito dias.
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CASO CLÍNICO
 Evolução e tratamento:
 paciente vítima de picada por serpente do gênero Bothrops em ambos os membros inferiores
 evoluiu com síndrome compartimental e gangrena local
 submetido à fasciotomia e amputação extensa bilateral. 
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Tratamento:
 foi submetido a nova cirurgia para fechamento da 	fasciotomia e extensão da amputação até o 	terço médio das tíbias.
CASO CLÍNICO
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Resultado após nova cirurgia para fechamento da fasciotomia e extensão da amputação.
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Tratamento:
 após a segunda cirurgia, o paciente retornou
	para a UTI, onde permaneceu por cinco dias, 	e 	iniciou novo esquema antibiótico com 	ceftazidima (2g IV de 8/8h) e amicacina (500 	mg IV de 12/12h) 
 transferido para a enfermaria, onde permaneceu 	por mais dez dias, 
 evoluiu com melhora progressiva e recebeu alta 	hospitalar após esse período.
CASO CLÍNICO
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CASO CLÍNICO
OBJETIVOS:
 Caracterizar os gêneros de serpentes peçonhentas no 	Brasil, por meio da diferenciação básica entre 	serpentes peçonhentas e não peçonhentas.
 Demonstrar os sinais e sintomas específicos do gênero do 	ofídio peçonhento que acometeu o caso em estudo.
 Analisar a ação do soro antiofídico específico ao ser 	administrado nas primeiras seis horas do acidente.
 Avaliar o tratamento específico por soroterapia 	antibotrópica
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CASO CLÍNICO
TEMAS PARA DISCUSSÃO:
Determinar os tipos de acidentes ofícicos considerados de interesse médico no Brasil – gêneros, características das serpentes peçonhentas envolvidas; possibilidade de distinção dos animais não-peçonhentos
Entender os mecanismos de ação dos diferentes venenos ofídicos.
Descrever as manifestações clínicas locais e sistêmicas dos diferentes tipos de acidentes ofídicos
Conduzir o diagnóstico para a aplicação individualizada da terapêutica antiofídica; bases do diagnóstico do tipo de acidente ofídico. Existem exames laboratoriais específicos para determinar o tipo de acidente? Que exames laboratoriais podem ajudar nessa identificação?
Descrever os efeitos colaterais precoces e tardios da aplicação da terapêutica antiofídica.