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SERVIÇOS PÚBLICOS

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SERVIÇOS PÚBLICOS
CONCEITO: é um serviço, utilidade ou comodidade material prestado pelo Estado que serve para satisfação de necessidade coletiva, mas utilizável/fruivel singularmente, que o Estado assume como dever seu, e o presta direta ou indiretamente, sob o regime de Dto Público.
REGIME: total ou parcialmente público.
PRESTAÇÃO: direta ou indireta.
PRINCÍPIOS: 
CONSTITUCIONAIS: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte.
  Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
        § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
        § 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
        § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
        I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
        II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
REGULARIDADE: manter um padrão de boa qualidade.
CONTINUIDADE ou PERMANÊNCIA: não pode ser interrompido
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
        I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
        II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
EFICIÊNCIA: atualização e modernização do serviço.
SEGURANÇA: não pode colocar em risco a saúde, a integridade e a vida dos administrados.
ATUALIDADE: compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
GENERALIDADE ou UNIVERSALIDADE: prestado de forma geral, erga omnes, à coletividade. 
CORTESIA: na prestação.
MODICIDADE: nas tarifas. 
DIVISÃO DE COMPETÊNCIAS:
COMPETÊNCIA PREVISTA NA CF: rol exemplificativo.
- distribuição feita de acordo com o âmbito de interesse:
A) MUNICÍPIO: 
Art. 30. Compete aos Municípios:
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
B) ESTADO: os remanescentes.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
C) UNIÃO: os comuns aos Estados e Municípios e, os privativos.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
 XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
 XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuáriae de fronteiras; 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
COMPETÊNCIA INFRACONSTITUCIONAL.
FORMAS DE PRESTAÇÃO:
	PRESTAÇÃO OBRIGATÓRIA DO ESTADO COM EXCLUSIVIDADE
	SERVIÇO POSTAL E CORREIO AÉREO 
Art. 21. Compete à União:
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
	PRESTAÇÃO OBRIGATÓRIA DO ESTADO SEM EXCLUSIVIDADE
- admite prestação pelo particular sem contrato, pois quem transferiu o serviço foi a própria CF.
- é serviço público com regime parcialmente público.
- cabe MS.
	ENSINO, SAÚDE, PREVIDÊNCIA SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL.
	PRESTAÇÃO OBRIGATÓRIA COM TRANSFERÊNCIA OBRIGATÓRIA
	RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS
- a natureza é de delegação, ainda que na CF conste o termo “outorga”. 
- para evitar monopólio de informação.
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
§ 1º - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da mensagem.
§ 2º - A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.
§ 3º - O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.
§ 4º - O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.
§ 5º - O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.
	PRESTAÇÃO OBRIGATÓRIA COM TRANSFERÊNCIA FACULTATIVA
	Art. 21. Compete à União:
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
 b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
CLASSIFICAÇÃO:
QUANTO À ESSENCIALIDADE: HELY LOPES MEIRELLES (criticada pela doutrina moderna)
A)próprio, propriamente dito ou essencial: indispensável a coletividade.
- não admite delegação.
- Ex. Segurança Nacional.
B) impróprio, de utilidade pública, não essencial.
- admite delegação.
QUANTO AOS DESTINATÁRIOS:
geral ou UTI universi: prestado a coletividade.
- não individualizável.
- não quantificável a cada um.
- cobrança mediante impostos.
Individual ou UTI singuli: prestado a destinatário especificado.
- específico e divisível.
- a tarifa pode ser quantificada.
	Compulsórios 
	Essencial 
	Taxa (só pela disposição)
	Facultativos 
	Não essencial 
	Tarifa ou Preço público (só pela utilização)
DELEGAÇÃO: forma de prestação descentralizada em se que transfere apenas a execução do serviço público.
Por lei: a EP e SEM. 
Contrato: concessão e permissão.
Ato unilateral: autorização. 
≠ outorga: por lei a pessoas criadas pelo Estado. VER!!!
CONCESSÃO DE SERVIÇO:
- é prestação descentralizada.
- é delegação contratual da execução.
- 2 modalidades:
CONCESSÃO COMUM: LEI 8987
Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
- é a delegação do serviço público;
- se transfere apenas a execução;
- a titularidade se mantém com o Poder Público.
- Poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
- Concessionário: pessoa jurídica ou consórcio de empresas.
≠ pessoa física não pode. 
- Instrumento de formalização: contrato administrativo.
Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do edital de licitação.
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
        I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
        II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
        III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
        IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
        V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e conseqüente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
        VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
        VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
        VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma de aplicação;
        IX - aos casos de extinção da concessão;
        X - aos bens reversíveis;
        XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessionária, quando for o caso;
        XII - às condições para prorrogação do contrato;
        XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder concedente;
        XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e
        XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.
        Parágrafo único. Os contratos relativos à concessão de serviçopúblico precedido da execução de obra pública deverão, adicionalmente:
        I - estipular os cronogramas físico-financeiros de execução das obras vinculadas à concessão; e
        II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras vinculadas à concessão.
        Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. 
- Modalidade licitatória: concorrência.
Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório.
Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios:
        I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; 
        II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão;
        III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos incisos I, II e VII; 
        IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; 
        V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor técnica; 
        VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica; ou 
        VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas. 
       
Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que:
        I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; 
        II - verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor; 
        III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital;
        IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas. 
      
Art. 20. É facultado ao poder concedente, desde que previsto no edital, no interesse do serviço a ser concedido, determinar que o licitante vencedor, no caso de consórcio, se constitua em empresa antes da celebração do contrato.
- Prazo: obrigatoriedade de prazo determinado.
- o prazo será previsto na lei específica do serviço.
- a lei é silente quanto a duração do serviço.
- a prorrogação deve estar prevista na minuta do contrato que entrega o edital.
- é possível a prorrogação desde que dentro dos limites da lei do serviço. 
- Necessidade de autorização legislativa. 
Art. 2o É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios executarem obras e serviços públicos por meio de concessão e permissão de serviço público, sem lei que lhes autorize e fixe os termos, dispensada a lei autorizativa nos casos de saneamento básico e limpeza urbana e nos já referidos na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e Municípios, observado, em qualquer caso, os termos da Lei no 8.987, de 1995.
        § 1o A contratação dos serviços e obras públicas resultantes dos processos iniciados com base na Lei no 8.987, de 1995, entre a data de sua publicação e a da presente Lei, fica dispensada de lei autorizativa.
- Responsabilidade: entre particular e concessionário é responsabilidade objetiva, do art. 37, §6º, CF.
- a responsabilidade do Estado é subsidiária: na situação de insolvência da atividade diretamente constitutiva do desempenho do serviço.
- para o STF a responsabilidade é objetiva face aos usuários e subjetiva perante terceiros/particulares.
- a reclamação dos usuários deve ser feita diretamente á empresa.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.
        § 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados.
        § 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros a que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder concedente.
§ 2o A empresa líder do consórcio é a responsável perante o poder concedente pelo cumprimento do contrato de concessão, sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais consorciadas.
- Remuneração: tarifa.
- é definida pela Administração e não pela concessionária.
- o Estado pode arcar com parcela através de recursos públicos buscando a modicidade.
- pode prever fontes paralelas/alternativas. 
Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
 
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
        Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
- Transferência da concessão: 
1. art. 26 = sub-concessão: deve estar prevista no edital; deve haver anuência da Adm; deve ser parcial; a sub-concessionária deve preencher os requisitos de habilitação.
2. art. 26 = para a doutrina não é sub-concessão. Não se aplica.
≠ Para Celso:
- art. 26 = sub-concessão = precedida de concorrência + previsão no edital.
- art. 27 = transferência da concessão com anuência da Adm. + exigências da habilitação = inconstitucional, fere o P. da Isonomia.
- art. 27, §2º = transferência do controle acionário = inconstitucional.
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente.
        § 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.
        § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão.
Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.
       § 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput deste artigo, o pretendente deverá:
        I - atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidadejurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço; e
        II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
        § 2o Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente autorizará a assunção do controle da concessionária por seus financiadores para promover sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços.
        § 3o Na hipótese prevista no § 2o deste artigo, o poder concedente exigirá dos financiadores que atendam às exigências de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar ou dispensar os demais requisitos previstos no § 1o, inciso I deste artigo.
        § 4o A assunção do controle autorizada na forma do § 2o deste artigo não alterará as obrigações da concessionária e de seus controladores ante ao poder concedente. 
- Poder Concedente: 
DOS ENCARGOS DO PODER CONCEDENTE
Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
        I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
       II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
        III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
        IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
        V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
        VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
        VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
        VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
        IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
        X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-ambiente e conservação;
        XI - incentivar a competitividade; e
        XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço.
  
      Art. 30. No exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos dados relativos à administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária.
        Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por intermédio de órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme previsto em norma regulamentar, por comissão composta de representantes do poder concedente, da concessionária e dos usuários.
- Intervenção: 
- finalidade: assegurar a adequação na prestação do serviço e o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes
- instrumento: decreto do poder concedente. 
- necessidade de procedimento administrativo concluído em 180 d, sob pena de invalidade da intervenção.
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
        Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
        § 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
        § 2o O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.
- Extinção da concessão:
I - advento do termo contratual: ocorre a expiração do prazo.
- os bens do concessionário aplicados ao serviço se integram ao patrimônio do poder concedente (reversão).
- a reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
II – encampação ou resgate: é a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização.
- por conveniência e oportunidade.
- não exige falta do poder concessionário.
- a Adm assume diretamente o serviço ou substitui por serviço mais capaz.
- com indenização. 
- depende de lei autorizativa.
III – caducidade ou decadência: a inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão.
- A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: (necessidade de falta)
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.
- A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.
- Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais.
- Será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia.
- Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
- sem indenização.
IV – rescisão: 
1. Judicial: o contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
- os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado.
- composição patrimonial supõe indenização do capital não amortizado e reversão.
2. Consensual: composição patrimonial amigável.
V – anulação:por vício jurídico.
- sem indenização da concessionária cabe indenização pelas despesas efetuadas, e se já estiver em serviço deve haver reversão e indenização pelas parcelas não amortizadas.
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
- Reversão dos bens: é o retorno ao poder concedente dos bens do concessionário aplicados ao serviço, uma vez extinta a concessão.
- sem extinção, não há reversão.
- há retorno porque os bens aplicados ao serviço não significação econômica para o concessionário, mas para o Poder Publico eles constituem de condições indispensáveis para prosseguir o serviço.
- será oneroso ou gratuito ao Poder Público, dependendo de já ter havido ou não a amortização total ou parcial do capital representativo do equipamento aplicado ao serviço.
§ 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
CONCESSÃO ESPECIAL:
- Se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
- Chamada de Parceria Público Privada.
- Objetivos: 
1. angariar fundos com particulares para a realização de obras e serviços públicos;
2. buscar eficiência dos serviços privados.
- Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa:
1. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
- a presença de recurso público é obrigatória para dar modicidade à tarifa.
- com remuneração por tarifas de usuário.
- é uma concessão comum.
2. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
- a Adm. P. é a própria usuária do serviço, direta ou indiretamente.
- Características:
1. financiamento do setor privado;
2. compartilhamento dos riscos;
3. consulta pública para aprovação do projeto (escolha responsável);
4. pluralidade compensatória:
- participação estatal no pagamento do projeto.
- há várias formas de participação:
	a) ordem bancária;
	b) transferência de créditos não tributários;
	c) transferência de utilização de bens públicos para abater no preço;
	d) outorga de direitos.
- Vedações: é vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; 
- possível prorrogação desde que não ultrapasse o limite máximo de 35 anos e quando previsto no contrato.
- o prazo varia de acordo com o objeto.
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
- sociedade de propósito específico: antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
- é uma PJ constituída em razão da PPP pela ADM P. e o parceiro privado para gerir, administrar e fiscalizar o contrato de parceria.
- poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.
- deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas. 
- fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante.
2. PERMISSÃO DE SERVIÇO:
Conceito: é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
- surgiu como ato unilateral, discricionário e precário.
- com a Lei 8987 em seu art. 40 a permissão passou a ser constituída por contrato, afastando para a permissão de serviço público o ato unilateral, discricionário é precário. (STF).
	PERMISSÃO DE SERVIÇO
	CONTRATO
	PERMISSÃO DE USO
	ATO UNILATERAL
- Constituição: contrato administrativo precário (pode ser desfeito a qualquer tempo e não gera obrigação de indenizar).
	- a jurisprudência majoritária é no sentido de que a precariedade está mitigada, devendo o Estado indenizar.
- Segundo a doutrina e jurisprudência majoritária se formaliza por Contrato de Adesão. (STF). 
- Permissionários: pessoa física ou pessoa jurídica. 
- Modalidade licitatória: depende do valor do contrato.
≠ não precisa de concorrência como modalidade obrigatória.
- Não depende de autorização legislativa. 
Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
        Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.
	CONCESSÃO 
	PERMISSÃO
	PJ OU CONSÓRCIO 
	PF OU PJ
	DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
	NÃO DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
	CONCORRÊNCIA
	QUALQUER MODALIDADE DE LICITAÇAO
	ESTÁVEL E SOLENE
	PRECÁRIA
3. AUTORIZAÇÃO:
- É aceita pela doutrina para serviços pequenos ou situações urgentes.
Constituição: ato unilateral (dá a quem quiser), discricionário (conveniência e oportunidade) e precário (desfeito a qualquer tempo e sem indenização).
Aplica-se no que couber as regras de concessão.
Pode licitar se conveniente ou necessário.

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