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Princípios de Diálise

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DIÁLISE: É um tipo de Terapia de Substituição Renal, que consiste em remover as excretas nitrogenadas do sangue, para um líquido totalmente isento dessas substâncias. Para que isso ocorra, é necessário que haja entre eles uma membrana semipermeável. Daí, a DIFUSÃO PASSIVA faz o seu trabalho.
DIFUSÃO PASSIVA: Processo de transferência de um soluto, através de uma membrana semipermeável, do compartimento de maior concentração para o de menor concentração.
SOLUÇÃO DE DIÁLISE: Também conhecida como "banho dialítico", é o líquido que é isento de excretas nitrogenadas e, portanto, receberá as mesmas do sangue do paciente através da difusão passiva. Após a sessão de diálise, deve ser descartado.
Existem 2 tipos de diálise: (1) Hemodiálise e (2) Diálise Peritoneal
1) HEMODIÁLISE: O sangue sai do paciente por uma artéria ou veia e passa por um circuito externo, geralmente movido por uma bomba mecânica e passa por um CAPILAR SINTÉTICO, para que haja a difusão simples, retornando então para o próprio paciente através de uma veia.
Divide-se em Hemodiálise Arteriovenosa Continua (CAVHD) e Hemodiálise Venovenosa Contínua (CVVHD).
A complicação Aguda mais frequente da hemodiálise é a HIPOTENSÃO POR HIPOVOLEMIA, devido ao sequestro de líquido durante a sessão de diálise (uma sessão de diálise que dura 4-6h pode retirar em torno de 4L de volume intravascular do paciente. E o líquido intersticial pode levar algum tempo para se movimentar para o espaço intravascular. Logo o paciente pode mencionar sintomas de hipotensão).
2) DIÁLISE PERITONEAL: A solução de diálise é injetada diretamente na cavidade peritoneal, induzindo ascite, sendo o peritônio do próprio paciente a funcionar como uma membrana semipermeável, já que é bastante vascularizado e o sangue passará por alí para que haja a difusão passiva. Depois de uma sessão de diálise peritoneal, o líquido é retirado, para então ser descartado.
A principal complicação da Diálise Peritoneal é a PERITONITE BACTERIANA, que dependendo da rigorosidade da antissepsia, tem incidência variável entre 20-80%. Os agentes mais associados são Staphylococcus aureus, Streptococcus sp e Gram-Negativos entéricos. Suspeita-se devido ao quadro de dor abdominal, associada ou não à irritação peritoneal, associado à dialisado turvo. Geralmente há celularidade >100 leucócitos/mm3, com predomínio de POLIMORFONUCLEARES. No caso de peritonite fúngica e tuberculosa, o predomínio pode ser de LINFÓCITOS. Diante disso, solicita-se cultura do dialisado.
Fonte: Medcurso 2010.

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