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CCJ0058-WL-A-REV-Direitos Humanos - Revisão AV1

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Direitos Humanos
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Revisão AV1 (Waldeck Lemos)
Fonte: Web-Aula Estácio.
	
	DIREITOS HUMANOS
REVISÃO DAS AULAS 1 A 5
Professor Doutor Guilherme Sandoval Góes
A relevância da disciplina no direito contemporâneo
A redemocratização do Brasil deslocou os direitos humanos para o epicentro constitucional do País, gerando a criação de um novo paradigma de interpretação do direito, cuja dinâmica é calcada na força normativa da Constituição.
Esta nova interpretação constitucional tem dois grandes pilares de sustentabilidades, quais sejam a reaproximação da ética e do direito e a garantia do princípio da dignidade da pessoa humana.
Plano de Ensino da Disciplina Direitos Humanos
Aula 01 - Conceito, características e evolução dos direitos fundamentais.
Aula 02 - A concepção constitucional dos direitos fundamentais e os tratados internacionais sobre os direitos humanos.
Aula 03 - As dimensões dos direitos fundamentais.
Aula 04 - A aplicabilidade das normas constitucionais.
Aula 05 - A eficácia dos direitos sociais e a reserva do possível.
Aula 06 - O conceito de mínimo existencial.
Aula 07 - Os direitos fundamentais e suas garantias constitucionais.
Aula 08 - O sistema constitucional de emergência e a restrição dos direitos fundamentais.
Aula 09 - A colisão de direitos fundamentais.
Aula 10 - A proteção internacional dos direitos humanos.
	
	Aula-01
	
	Conceito, características e evolução dos direitos fundamentais
Objetivos da Aula
1. Reconhecer a questão terminológica envolvendo os conceitos de direitos do homem, direitos humanos e direitos fundamentais.
2. Identificar as principais características dos direitos fundamentais na atualidade.
3. Identificar as três fases de evolução dos direitos humanos.
Fases de evolução dos direitos humanos:
Fase de pré-história;
Fase de afirmação dos direitos naturais;
Fase de constitucionalização dos direitos fundamentais.
Características dos Direitos Fundamentais
IMPRESCRITIBILIDADE
INALIENABILIDADE
IRRENUNCIABILIDADE
HISTORICIDADE
UNIVERSALIDADE
EFETIVIDADE
COMPLEMENTARIDADE
RELATIVIDADE
IMPRESCRITIBILIDADE: O exercício dos direitos fundamentais nunca deixa de ser exigível, isto é, os direitos fundamentais não se perdem pelo decurso do prazo. Não cabe a prescrição de direitos fundamentais e sua consequente perda de exigibilidade.
INALIENABILIDADE: Os direitos fundamentais são inegociáveis, isto é, não podem ser transferidos porque não são direitos econômico-patrimoniais. Ao revés, são direitos indisponíveis que não podem ser negociados economicamente.
IRRENUNCIABILIDADE: Os direitos fundamentais não podem ser objeto de renúncia, podendo, apenas, deixarem de ser exercidos voluntariamente. Ou seja, por serem indisponíveis, não se admite a sua renúncia, podendo entretanto, o titular do direito a seu próprio talante não exercê-lo. Seria o caso, por exemplo, do direito à imagem em campanha publicitária, em que a cessão do uso da imagem não significa que houve renúncia do direito fundamental.
HISTORICIDADE: Os direitos fundamentais são históricos, ou seja, derivam de uma evolução progressiva no tempo, o que significa dizer que nascem, desenvolvem-se e podem até morrer. A ideia de historicidade dos direitos fundamentais é muito importante no direito constitucional contemporâneo, uma vez que impede que o intérprete fundamente sua decisão em bases meramente jusnaturalistas, sem respaldo científico de uma teoria hermenêutica apropriada. Como veremos ao longo desta disciplina, o neoconstitucionalismo (na qualidade de nova interpretação constitucional) valoriza a dimensão retórica das decisões judiciais como forma de reaproximar o direito e a ética. Porém, como bem salienta José Afonso da Silva, a historicidade dos direitos fundamentais rechaça toda fundamentação baseada no direito natural, na essência do homem ou na natureza das coisas (Cf. José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, p. 181).
UNIVERSALIDADE: Tal característica projeta a ideia de que os direitos fundamentais são consagrados a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade, raça, sexo, convicção política, inclinação filosófica ou credo. Pela universalidade dos direitos fundamentais, rejeita-se a sociedade estamental de outrora, não se admitindo mais direitos fundamentais voltados especificamente para uma classe ou estamento enquanto subconjunto societal com status jurídico próprio. E mais: pela universalidade dos direitos fundamentais, garante-se a igualdade perante a lei de nacionais e estrangeiros no Brasil (caput do art. 5° da CRFB/88).
EFETIVIDADE: No neoconstitucionalismo, cujo tom central é a busca da normatividade dos princípios, a efetividade talvez seja a característica mais marcante da nova interpretação constitucional, na medida em que simboliza a obrigação dos Poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) de garantir efetivamente o conteúdo dos direitos fundamentais. É nesse sentido que ganha relevo o princípio da força normativa da Constituição (Konrad Hesse) e da doutrina brasileira da efetividade (Luís Roberto Barroso) que, aliás, vamos estudar com mais detalhes nesta disciplina. Por hora, basta compreender que a efetividade dos direitos fundamentais é o fio condutor do novo direito constitucional, pois visa garantir verdadeiramente sua concretização no plano da eficácia social.
COMPLEMENTARIDADE: Tal característica se interliga com o princípio da unidade da Constituição, que fixa a necessidade de o exegeta interpretar o texto constitucional como um todo, um bloco monolítico sistêmico, capaz de harmonizar aquelas normas constitucionais que se encontram em conflito aparente, como, por exemplo, o valor social do trabalho. Enfim, pela ideia de complementaridade, os direitos fundamentais não serão interpretados isoladamente, mas sim de acordo com o alcance e sentido do conjunto dos objetivos constitucionais fixados pelo legislador constituinte.
RELATIVIDADE OU LIMITABILIDADE: Por tal característica conclui-se que não existem direitos fundamentais absolutos, isto é, todos os direitos fundamentais são relativos e limitados. Nem mesmo o direito à vida é absoluto quando confrontado com a pena de morte em caso de guerra declarada (art. 5 °, inciso XLVII, alínea a da CFRB/88). Da mesma forma que a efetividade, a relatividade dos direitos fundamentais será um dos pilares de sustentabilidade do neoconstitucionalismo, na medida em que a ideia de relatividade induz à percepção de que um determinado caso concreto pode provocar a colisão de direitos fundamentais.
A FASE DE PRÉ-HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS
A Classificação Tradicional de Klaus Stern
Compreende o período da polis na Grécia antiga e vai até o fim do feudalismo e da concepção medieval de Estado (até século XVI).
Polis Grega = DEMOCRACIA DIRETA.
Concepção Medieval de Estado = Poder Dual entre a IGREJA e o ESTADO (ESTADO TEOCRÁTICO NÃO LAICO).
A FASE DE AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS NATURAIS
Thomas Hobbes e o Estado LeviatãNasce a ideia de que o Estado enquanto sociedade política nasce de um contrato celebrado pelos cidadãos que aceitam ceder seus direitos naturais a um poder comum, a cuja autoridade passam a respeitar, sem qualquer tipo de contestação. Legitima o Estado Absoluto.
A ideia de direitos do homem está ligada a corrente juscontratualista que fundamenta e legitima o exercício do poder político no campo filosófico a partir da existência de um direito natural, bem como no reconhecimento de um conjunto de valores legítimos universalmente aceitos e que não decorrem da vontade de Deus, mas, sim, da própria natureza humana.
O pacto de submissão de Hobbes rejeita o conceito de direito de resistência.
John Locke e o Estado Liberal
A teorização política de Locke faz avançar a afirmação dos direitos naturais, na medida em que altera o paradigma contratual que passa a ser um “pacto de consentimento” e, não, mais um “pacto de submissão” como na obra hobbesiana.
O que realmente importa saber é se o governo civil está apto ou não a garantir os direitos à vida, à liberdade e à propriedade, surgindo daí, portanto, o direito de resistência.
O pacto de consentimento de John Locke reconhece o direito de resistência e com isso justifica o Estado liberal.
Jean Jaques Rousseau e a Democracia Plebiscitária
Dentre os contratualistas, Rousseau é aquele que assume posição teorizante que mais se aproxima do princípio democrático e da democracia plebiscitária de participação direta do povo.
É inquestionável a importância das correntes contratualistas na afirmação dos direitos naturais da pessoa humana, porém a proteção se dá apenas no campo filosófico. Ainda não se pode falar em Estado de Direito.
A ideia de mandato imperativo aproxima Rousseau da democracia plebiscitária.
Evolução Histórica dos Direitos Humanos
 1648 1789 
Fase de Pré-História
dos Direitos Humanos
Fase de Afirmação
dos Direitos Naturais
Fase de Constitucionalização
dos Direitos Fundamentais
A FASE DE CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A fase de constitucionalização dos direitos fundamentais marca o início do liberalismo político patrocinado pela burguesia francesa em ascensão. Com base na negação do absolutismo, o constitucionalismo liberal fixa uma concepção jurídica de Estado mínimo que rejeita os privilégios estamentais do Estado absolutista.
Nasce o Estado de Direito:
Separação de Poderes e um Catálogo de Direitos Fundamentais acima das Razões de Estado.
	
	Aula-02
	
	A concepção constitucional dos direitos fundamentais e os tratados internacionais sobre os direitos humanos
Objetivos da Aula
Reconhecer o sistema brasileiro dos direitos fundamentais.
Compreender o caráter aberto do catálogo dos direitos fundamentais do cidadão brasileiro (artigo 5º § 2º da Constituição Federal).
O catálogo de direitos fundamentais do cidadão brasileiro se perfaz mediante direitos explícitos (Título II e outros direitos positivados ao longo da Constituição) e direitos implícitos, decorrentes do regime, princípios constitucionais e tratados internacionais.
 Concepção dos Direitos Fundamentais na Constituição de 1988 (José Afonso da Silva)
DESCRIÇÃO
ARTIGO
Direitos individuais
Art. 5º
Direitos à nacionalidade
Art. 12
Direitos políticos
Arts. 14 a 17
Direitos sociais
Arts. 6º e 193 e ss.
Direitos coletivos
Art. 5º
Direitos solidários
Arts. 3º e 225
ANÁLISE DO ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Cláusula de Abertura dos direitos fundamentais:
A ideia de um sistema aberto de regras e princípios.
Cláusula de Abertura da Constituição (art. 5º § 2º)
A teorização de um direito "constitucionalmente aberto" é a mais consentânea com a Carta Magna de 1988, que é classificada como sendo uma “constituição compromissória”, vale definir uma Constituição que tenta harmonizar, ao mesmo tempo, os valores da democracia liberal e da social democracia.
	
	Aula-03
	
	As dimensões dos direitos fundamentais
Objetivos da Aula
Reconhecer a teoria dimensional dos direitos fundamentais;
Compreender as relações entre as dimensões dos direitos fundamentais e as concepções do Estado de Direito.
A FASE DE PRÉ-HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS
A CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL DE KLAUS STERN
Compreende o período da polis na Grécia antiga e vai até o fim do feudalismo e da concepção medieval de Estado (até século XVI).
Polis Grega = DEMOCRACIA DIRETA.
Concepção Medieval de Estado = Poder Dual entre a IGREJA e o ESTADO (ESTADO TEOCRÁTICO NÃO LAICO).
A PRIMEIRA DIMENSÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A mera igualdade formal e a idéia de estatalidade mínima geram um verdadeiro quadro de miséria humana.
A SEGUNDA DIMENSÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
	
	Aula-04
	
	A aplicabilidade das normas constitucionais
Objetivos da Aula
Analisar a classificação tradicional das normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada;
Compreender a elaboração teórica da doutrina brasileira da efetividade e sua importância para a salvaguarda dos direitos fundamentais.
 Normas de Eficácia Plena.
 Normas de Eficácia Contida.
 Normas de Eficácia Limitada.
Normas de Eficácia Plena
Norma cuja aplicação não depende de regulamentação por norma infraconstitucional;
Norma que tem aplicabilidade direta, integral e imediata.
Exemplos
- Art. 2º da Constituição da República Federativa do Brasil: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
- Remédios Constitucionais, como por exemplos as normas do mandado de injunção ou do habeas data.
Normas de Eficácia Contida
Normas em que o legislador constituinte regulou suficiente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte do legislador infraconstitucional.
Ou seja, são normas que entram no mundo jurídico com eficácia plena, mas podem ser restringidas pelo legislador infraconstitucional.
Exemplos
- Art. 5º, XIII: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
- Art. 5º, inciso XII: É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução penal.
Normas de Eficácia Limitada
Normas cuja aplicação depende de regulamentação por norma infraconstitucional.
Ou seja, são normas que entram no mundo jurídico sem gerar todos os seus efeitos e que ficam na dependência do legislador infraconstitucional.
São normas programáticas de aplicação mediata.
EXEMPLO
Art. 7º, inciso XXVII, que assegura aos trabalhadores urbanos e rurais proteção em face da automação, na forma da lei.
DOUTRINA BRASILEIRA DA EFETIVIDADE
É de sabença geral que, no Brasil, a doutrina da efetividade difundiu a tese de que os direitos constitucionais, e em especial os direitos fundamentais, não podem ser restringidos a ponto de se tornarem invólucros normativos vazios de efetividade. Assim sendo, verificou-se um grande movimento de renovação jurídica da interpretação constitucional a partir do qual a Constituição passou a ter força normativa sem depender de legislação posterior.
Por tal doutrina, todo direito fundamental tem aplicabilidade imediata.
Rejeita a aplicação mecânica da lei e do dogma da subsunção silogística;
Fortalece a efetividade dos direitos sociais de segunda dimensão, uma vez que atribui força normativa aos princípios constitucionais;
O Poder judiciário tem papel relevante na garantia das normas constitucionais, agindo como legislador positivo na omissãodo legislador democrático.
	
	Aula-05
	
	A eficácia dos direitos sociais e a reserva do possível
Objetivo da Aula
Analisar as dificuldades existentes na proteção judicial dos direitos humanos prestacionais (reserva do possível e ilegitimidade do Poder Judiciário para definir alocação de recursos públicos).
DENTRE OUTROS DIREITOS SOCIAS NA CRFB/88:
Art. 6º- São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º, inciso IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIREITOS SOCIAIS
 São direitos de Segunda Dimensão ou Geração.
 São capazes de gerar um direito subjetivo diretamente sindicável perante o poder judiciário.
 São considerados verdadeiros direitos fundamentais, isto é, têm jusfundamentalidade material.
 Tem aplicabilidade imediata no que tange ao seu conteúdo jurídico mínimo.
 Devem ser interpretados sob a ótica do modelo pós-positivista que reaproxima o direito da ética.
 São direitos estatais prestacionais que ficam submetidos ao conceito de reserva do possível.
Desafios
RESERVA DO POSSÍVEL FÁTICA:
Falta de recursos financeiros do Estado para atender a todas as demandas sociais.
RESERVA DO POSSÍVEL JURÍDICA:
O poder judiciário não está autorizado constitucionalmente para participar da feitura das leis orçamentárias.
OUTRO ÓBICE PARA A CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS: A DIFICULDADE CONTRAMAJORITÁRIA
O Conceito de Dificuldade Contramajoritária do Poder Judiciário apresenta-se como obstáculo na plena concretização dos direitos fundamentais porque significa a falta de legitimidade democrática do poder judiciário para fixar políticas públicas no lugar do legislador democrático eleito pelo povo.
Ou seja, o Poder Judiciário não se submete ao sufrágio popular logo tem um déficit democrático para legislar positivamente no lugar do legislador democrático.
A EFETIVIDADE DO NÚCLEO ESSENCIAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O conceito de núcleo essencial dos direitos fundamentais é instrumento da dogmática pós-positivista, cuja imagem projeta a ideia de superação da reserva do possível, bem como da independência de interposição legislativa superveniente.
O núcleo essencial dos direitos fundamentais garante a sindicabilidade instantânea perante o poder judiciário, sem dependência de leis regulamentadoras posteriores.
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0058/Revisão-AV1/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0058/Revisão-AV1/WLAJ/DP
Dimensão
1
2
3
Direitos Civis
 e Políticos
Direitos Sociais,
 Econômicos,
 Culturais e 
Trabalhistas
Dimensão
Direitos
Coletivos e
Difusos
Dimensão
JURÍDICA
RESERVA 
DO
POSSÍVEL
FÁTICA
FALTA DE RECURSOS FINANCEIROS DO ESTADO
PODER JUDICIÁRIO NÃO PARTICIPA DO ORÇAMENTO PÚBLICO
OS DIREITOS SOCIAIS SÃO DEPENDENTES DE RECURSOS FINANCEIROS
REPRESENTA UM ÓBICE POIS ENFRAQUECE A EFETIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS
TAMBÉM REPRESENTA UM ÓBICE PARA A EFETIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Existe um conjunto de direitos sociais que integram o núcleo essencial da dignidade da pessoa humana
Direito à Educação Básica
PRINCÍPIO
DA DIGNIDADE
HUMANA
NÚCLEO ESSENCIAL
Outros Direitos Sociais
Direito à Saúde
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
SEGUNDA DIMENSÃO
Liberdade por intermédio do Estado e não mais liberdade perante o Estado
Direitos Estatais Prestacionais para possibilitar ações afirmativas sociais
Justiça
Social
Vida
Digna
Estado Interventor 
Igualdade 
Material 
Proteção
Hipossufi-
cientes
A QUESTÃO TERMINOLÓGICA DOS DIREITOS HUMANOS
DIREITOS DO HOMEM
POSITIVADOS EM UMA DETERMINADA CONSTITUIÇÃO
DIREITOS FUNDAMENTAIS
POSITIVADOS EM DOCUMENTOS INTERNACIONAIS
DIREITOS HUMANOS
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
7

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