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Engenharia Mecânica Relatório de Metalografia e Ensaios Mecânicos Nº : 3 Data : 05/12/2016 Tipos de Ensaio: Macrografia Micrografia Dureza Tratamento Térmico Compressão Flexão Impacto X a) Descrição geral da amostra em análise 1. Corpo de prova em aço SAE 1045, laminado e recozido no formato semi-circular. b) Descrição do Equipamento utilizado no Ensaio: 1. Durômetro Rockwell PANTEC Modelo RASN RB 2. Forno Mufla Quimis Modelo Q318M24 3. Microscópio estereocópico trinocular com zoom Modelo Q714Zt2 4. Paquímetro em escala 0,05mm – Mitutoyo 5. Lixadeira automática 6. Secador c) Materiais e Métodos: Materiais Utilizados 1. Algodão 2. Pinça metálica 3. Álcool etílico 4. Água corrente 5. Nital 2% (Ácool etílico 95mL +ácido nítrico 5mL) 6. Lixas com as seguintes granulações: 180,220,320,400 e 800 granas Primeira Etapa 1. A amostra foi posicionada no durômetro. 2. Conforme a tabela de aplicação do ensaio de dureza Rockwell normal e comparando com a descrição da amostra, o durômetro foi ajustado para uma carga máxima de 100Kgf e o penetrador selecionado foi o de esfera de aço temperado de diâmetro 1,5875mm. 3. Aplicou-se uma pré-carga de 10Kgf para garantir uma superfície de contato eficiente entre o penetrador e a amostra. 4. Acionou-se a alavanca do durômetro, aplicando à amostra uma carga máxima de 100Kgf. 5. Passados 10 segundos do acionamento, retirou-se a carga de 100Kgf voltando com a alavanca à sua posição inicial, tornando possível realizar a leitura do valor da dureza Rockwell B (escala vermelha). 6. Com o valor da dureza Rockwell B, obteve-se em uma tabela de conversão o valor corresponte à dureza Brinell. 7. Com o dado da dureza Brinell, calculou-se o valor do limite de resistência da amostra no estado temperado através da relação σ = 0,36.HB. Segunda Etapa 8. Realizou-se a medição da espessura da amostra com o auxílio do paquímetro e obteve-se o resultado de 9,40mm. 9. Através da relação 20min --- 25mm chegou-se a conclusão de que a amostra devería permanecer no forno por cerca de 10 minutos a uma temperatura aproximada de 900°C. 10. Após o tempo estabelecido, retirou-se a amostra do forno com o auxílio de uma pinça e a mesma foi mergulhada em um recipiente com água à temperatura ambiente, realizando assim a têmpera da amostra. Terceira Etapa 11. Realizou-se o resfriamento e a secagem da amostra no estado temperado. 12. A amostra foi posicionada novamente no durômetro. 13. Aplicou-se a pré-carga de 10Kg conforme a etapa 3. 14. Acionou-se a alavanca do durômetro, aplicando à amostra uma carga máxima de 150Kgf. 15. Passados 10 segundos do acionamento, retirou-se a carga de 150Kgf voltando com a alavanca à sua posição inicial, tornando possível realizar a leitura do valor da dureza Rockwell C (escala preta). 16. Com o valor da dureza Rockwell C, obteve-se em uma tabela de conversão o valor corresponte à dureza Brinell. 17. Com o dado da dureza Brinell, calculou-se o valor do limite de resistência da amostra no estado temperado através da relação σ = 0,36.HB. Quarta Etapa 18. Selecionou-se uma superfície da amostra no estado temperado e a mesma foi apoiada em uma superfície plana de modo a iniciar o processo de limpeza da superficie selecionada para a realização do ensaio micrográfico. 19. Realizou-se o lixamento da superfície utilizando as lixas descritas acima na ordem de grana decrescente, realizando um giro de 90° da superfície da amostra a cada mudança de lixa, de modo que não venha existir ranhuras decorrentes do lixamento. 20. Para garantir uma superfície adequada para o ensaio micrográfico, iniciou-se o processo de lixamento da superfície em uma lixadeira automática onde a superfície da amostra foi posicionada sobre um disco giratório contendo doses de pasta de diamante e de lubrificante onde o lixamento era feito movimentando a peça sobre o disco girante de modo a evitar o fenômeno “cauda de cometa”. 21. Após a realização do processo de lixamento, a superfície da amostra foi limpa utilizando um chumaço de algodão umedecido com álcool etílico para uma limpeza preliminar. 22. A superfície da amostra foi então submetida ao ataque, por imersão, com solução de nital 2% posto em uma pequena cuba, sendo depois realizada a sua limpeza com água corrente, álcool e com o auxílio do secador, tendo o cuidado de evitar manchas sobre a superfície, o que ocasionaria a repetição dos procedimentos de limpeza. 23. A superfície então foi posicionada sobre a mesa do microscópio para a realização da análise micrográfica. 24. Após isso, foi possível realizar conclusões sobre os procedimentos realizados na amostra. d) Resultados dos Ensaios 1. Houve uma perda sutíl nas dimensões da amostra após o processo de têmpera, devido a carepa formada durante o aquecimento no forno. 2. O valor de dureza Rockwell B da amostra no estado laminado e recozido foi de 88HRB. 3. De acordo com a tabela, o valor de dureza Brinell correspondente à 88HRB é de aproximadamente 174HB. 4. O valor do limite de resistência da amostra baseado neste valor de dureza foi de 61,56Kgf/mm² 5. O valor de dureza Rockwell C da amostra no temperado foi de 70HRC. 6. De acordo com a tabela, o valor da dureza Brinell correspondente a 70HRC é de aproximadamente 682HB. 7. O valor do limite de resistência da amostra baseado neste valor de dureza foi de 245,52Kgf/mm². 8. A análise micrográfica indicou, através de um monitor conectado ao microscópio, que a superfície da amostra apresentou uma estrutura martensítica formada por diversas agulhas de martensíta que surgiram em decorrência do processo de têmpera. 9. A superfície da amostra apresentou uma trinca. e) Conclusões 1. Não se deve realizar um tratamento térmico de têmpera em um material já com suas dimensões definidas, pois durante o resfriamento, há a formação de uma pelicula sobre a superfície do material denominada carepa que duante o resfriamento, se desprende do mesmo ocasionando uma perda sutil nas dimensões do material. 2. Ao realizar a medição da dureza de um material, deve-se consultar uma tabela para verificar os parâmetros do ensaio de acordo com o tipo de material, tais como o tipo de penetrador do equipamento e a escala que em que será realizada a leitura do valor da dureza. 3. Houve um aumento significativo no valor da dureza da amostra após a realização do tratamento térmico de têmpera. 4. A estrutura da amostra, que antes apresentava uma matriz ferrítica e perlítica, após o tratamento térmico de têmpera, apresentou uma estrutura martensítica, o que proporciona ao material um alto valor de dureza, mas ao mesmo tempo torna-o mais frágil. 5. A análise micrgráfica indicou uma trinca na superfície da amostra decorrente do processo de resfriamento brusco realizada após o aquecimento do mesmo, o que condenaria a utilização do material se fosse este o objetivo. Para evitar este tipo de fenômeno, chegou-se a conclusão de que o resfriamento do material poderia ter sido feito com em outro tipo de fluido, como um óleo apropriado para isso, por exemplo. Nomes dos integrantes do grupo: David Viana de Araújo Eduardo do Nascimento Oliveira Eduardo do Nascimento Oliveira Filho Marcus Vinícius Cavalho de Mello Silas Martins de Souza Matricula 20140200851-1 20140135115-8 20140106733-6 20120204254-6 20140333813-2 Rúbrica Engenharia Mecânica Relatório de Metalografia e Ensaios Mecânicos Folha adicional de Resultados e Conclusões Nº :3 Data : 05/12/2016 Nesta primeiraanálise micrográfica, é possível visualizar no lado direito da imagem uma região escura identificada pela estrutura martensítica em forma de agulhas de martensíta. Nesta segunda análise micrográfica, foi possível constatar a presença de uma trinca ao longo da estrutura martensítica da amostra.
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