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Imunologia contra bactérias e vírus (resumo com base no livro Imunologia celular e molecular, Abbas, 6ªedição, 2007)

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IMUNIDADE CONTRA MICRORGANISMOS 
 
 
IMUNIDADE INATA CONTRA BACTÉRIAS EXTRACELULARES 
Os principais mecanismos da imunidade natural contra bactérias extracelulares são a ativação 
do complemento, a fagocitose e a resposta inflamatória. As bactérias grampositivas contêm 
um peptidoglicano em suas paredes celulares que ativa a via alternativa do SC por promover a 
formação da C3convertase da via alternativa. O LPS nas paredes celulares de bactérias 
gramnegativas também ativa a via do sistema complemento na ausência de anticorpos. As 
bactérias que expressam manose em suas superfícies podem se ligar à lectina ligadora de 
manose, levando, deste modo, à ativação do complemento pela via da lectina. Um resultado 
da ativação do complemento é a opsonização e fagocitose acentuada das bactérias. Além 
disso, o complexo de ataque à membrana lisa as bactérias, especialmente as da espécie 
Neisseria, e os subprodutos do complemento participam das respostas inflamatórias 
recrutando e ativando leucócitos. Além disso, os fagócitos ativados secretam citocinas, as 
quais induzem a infiltração de leucócitos nos locais de infecção (inflamação). 
 
IMUNIDADE ADQUIRIDA CONTRA BACTÉRIAS EXTRACELULARES 
As respostas de anticorpos contra bactérias extracelulares são direcionadas contra antígenos 
da parede celular e toxinas secretadas e associadas à célula, os quais podem ser 
polissacarídeos ou proteínas. Os mecanismos efetores utilizados pelos anticorpos para 
combater essas infecções incluem a neutralização, a opsonização e fagocitose e a ativação 
do complemento pela via clássica. A neutralização é mediada pelos isótipos IgG e IgA de 
alta afinidade; a opsonização, por algumas subclasses de IgG, e a ativação do complemento, 
pela IgM e subclasses de IgG. Os antígenos proteicos das bactérias extracelulares também 
ativam as células TCD4 auxiliares, as quais produzem que estimulam a produção de 
anticorpos, induzem a inflamação local (TNFalfa) e acentuam as atividades fagocítica e 
microbicida dos macrófagos e neutrófilos citocinas (uma delas é i IFNgama). 
 
EVASÃO DAS BACTÉRIAS EXTRACELULARES 
 O principal mecanismo usado pelas bactérias para escapar da imunidade humoral é a variação 
genética dos antígenos de superfície. 
 
 
IMUNIDADE NATURAL CONTRA BACTÉRIAS INTRACELULARES 
A resposta imunológica natural a bactérias intracelulares consiste principalmente em 
fagócitos e células NK. Os fagócitos, inicialmente neutrófilos e mais tarde os macrófagos, 
ingerem e tentam destruir esses microrganismos, mas as bactérias patogênicas intracelulares 
são resistentes à degradação dentro dos fagócitos. As bactérias intracelulares ativam as células 
NK pela expressão de ligantes ativadores das células NK ou pela estimulação de células 
dendríticas e macrófagos para a produção de IL12. As células NK produzem interferon 
gama, o qual, por sua vez, ativa os macrófagos e promove a destruição das bactérias 
fagocitadas. 
 
IMUNIDADE ADQUIRIDA CONTRA BACTÉRIAS INTRACELULARES 
A principal resposta imunológica protetora contra bactérias intracelulares é a imunidade 
mediada por células. A imunidade mediada por células consiste em dois tipos de reações: 
ativação do macrófago pelo interferon gama derivados de células T, que resulta na 
morte de microrganismos fagocitados, e lise de células infectadas por meio de linfócitos 
T citotóxicos. As células TCD4 se diferenciam em efetoras TH1 sob a influência da IL12, a 
qual é produzida por macrófagos e células dendríticas. As células T expressam ligante CD40 e 
secretam interferon gama, e estes dois estímulos ativam os macrófagos a produzirem 
substâncias microbicidas. O interferon gama também estimula a produção de isótipos de 
anticorpo que ativam o complemento e opsonizam bactérias para fagocitose, e estimula a 
expressão de MHC1, ajudando a resposta a aumentar. As bactérias fagocitadas estimulam as 
respostas das células TCD8 se os antígenos bacterianos forem transportados dos fagossomos 
para o citosol ou se as bactérias escaparem dos fagossomos e entrarem no citoplasma das 
células infectadas. Neste último caso, os microrganismos não são mais suscetíveis aos 
mecanismos microbicidas dos fagócitos, e a infecção é erradicada pela destruição das células 
infectadas pelo CTL. 
 
EVASÃO IMUNOLÓGICA 
Diferentes bactérias intracelulares desenvolveram várias estratégias para resistir à eliminação 
pelos fagócitos. 
Exemplos: inibição da formação dos fagolisossomos: Mycobacterium tuberculosis, Legionella 
Inativação de espécies reativas de oxigênio: Mycobacterium leprae 
Ruptura da membrana dos fagossomos, escape para o citoplasma: Listeria monocytogenes 
 
IMUNIDADE A VÍRUS 
Imunidade natural 
Os principais mecanismos da imunidade natural a vírus são a inibição da infecção pelos 
interferons tipo 1 e a morte das células infectadas mediada pelas células NK. 
Os interferons tipo1 (produzido pelas células infectadas) atuam fazendo com que as células 
sintetizem várias enzimas que interferem com a transcrição de RNA ou DNA viral e com a 
replicação viral em outras células e nela mesma, aumentando a expressão de MHC 1 para que 
mais antígeno endógeno seja apresentado. 
As células NK (terão sua ação citotóxica aumentada pelo interferon) destroem células 
infectadas por vírus. As células NK também reconhecem células infectadas nas quais o vírus 
bloqueou a expressão do MHC1 porque a ausência classe 1 libera as células NK de um estado 
total de inibição. 
 
Imunidade adquirida 
A imunidade adquirida contra infecções virais é mediada por anticorpos, os quais bloqueiam 
a ligação ao vírus e a entrada nas células do hospedeiro, e por CTLs, os quais eliminam a 
infecção destruindo as células infectadas. Os anticorpos são produzidos e são eficazes 
contra vírus apenas durante o estágio extracelular da vida desses microrganismos. E 
funcionam principalmente como anticorpos neutralizantes, para evitar a ligação dos vírus e a 
entrada nas células do hospedeiro. Além da neutralização, os anticorpos podem osponizar 
partículas virais e promover sua eliminação por fagocitose. A ativação do complemento pode 
também participar da imunidade viral mediada por anticorpos, principalmente promovendo a 
fagocitose e possivelmente pela lise direta dos vírus com envelopes lipídicos. A eliminação 
dos vírus que residem dentro das células é mediada pelos CTLs, os quais destroem as 
células infectadas. A função fisiológica dos CTLs é a vigilância contra infecções virais. Se a 
célula infectada for uma célula tecidual e não uma apresentadora de antígeno profissional, a 
célula infectada pode ser fagocitada por uma APC, tal como uma célula dendrítica, a qual 
processa os antígenos virais e apresenta às células TCD8 naives. Esses processo é chamado 
cross priming. Os efeitos antivirais dos CTLs são principalmente devido à morte das células 
infectadas, mas outros mecanismos incluem a ativação de nucleases dentro das células 
infectadas, que degradam os genomas virais, e a secreção de citocinas, tais como o interferon 
gama, o qual possui alguma atividade antiviral. 
 
Resumindo: SC: virólise; anticorpos: fagocitose e bloqueio da aderência viral; anticorpos e 
SC: citólise; células NK: apoptose; CTL: apoptose; macrófago ativado: fagocitose e apoptose. 
 
MECANISMOS DE EVASÃO VIRAL: variação antigênica (mutação); inibição da 
apresentação de ag; produção de moléculas virais imunossupressoras; falha na resposta da ctl; 
destruição ou inativação de célula do sistema imune. 
 
ALGUMAS AÇÕES DE DUAS CITOCINAS MENCIONADAS NO TEXTO 
 interferon tipo 1: os fagócitos mononucleares e as células dendríticas plasmocitoides são a 
principal fonte. 
 O IFN faz com que as células sintetizem váriasenzimas que interferem com a 
transcrição de RNA ou DNA viral e com a replicação viral em outras células e nela 
mesma. 
 Aumenta a expressão de MHC1. Como os CTLs CD8 reconhecem antígenos estranhos 
ligados às moléculas de MHC1, o IFN tipo1 acentua o reconhecimento de antígenos 
virais associados à classe 1 em células infectadas e, portanto, a eficiência da morte 
mediada por CTL nessas células. O IFN 1 pode, também, aumentar a atividade 
citotóxica das células NK. 
 Estimula o desenvolvimento de células TH1, principalmente devido à capacidade do 
IFN1 de promover a expressão, nas células T, de receptores funcionais para a principal 
citocina indutora de TH1, a IL12. 
 
IL12: é crítica para iniciar uma sequência de respostas que envolvem macrófagos, células NK 
e linfócitos T, que resulta na erradicação de mio intracelulares. 
Estimula a produção de IFNgama pelas células NK e linfócitos T: os macrófagos e células 
dendríticas produzem IL12 em resposta a mtos microrganismos. A IL12 secretada estimula 
células NK e células T a produzirem IFNgama, o qual estimula os macrófagos a destruírem os 
MiO fagocitados. 
Estimula, junto ao IFNgama, a diferenciação de linfócitos TCD4 auxiliares em TH1 
produtoras de IFNgama. 
Acentua os efeitos citotóxicos das células NK ativadas e CTLs. 
CÉLULAS NK: 
Além de destruir células estressadas ou infectadas, secreta interferon gama, o que ativa os 
macrófagos para destruir os micróbios ingeridos.

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