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MIGRAÇÃO CELULAR é muito importante para que o sistema imune funcione. Primeiro passo para recrutamento de células é a ativação do macrófago, que secreta TNF, IL-1 e IL-6 citocinas inflamatórias e quimiocinas que atuam diretamente nas células endoteliais dos vasos próximos ao local da infecção e também faz com que as células endoteliais passem a expressar moléculas de adesão chamadas selectina. São necessárias pois servem para sinalizar para as células do sistema imune que neste local está acontecendo alguma injuria, infecção e etc. Por sua vez o ligante da selectina está expresso na superfície do neutrófilo. Quando o neutrófilo encontra selectinas expressas na parede dos vasos, ocorre a interação do seu ligante com a selectina que é uma molécula de adesão, o que desacelera o neutrófilo o fazendo rolar pois a ligação não é tão estável para parar o neutrófilo. Portanto o rolamento é a primeira fase. O neutrófilo por sua vez possuem moléculas de adesão chamadas integrinas que são responsáveis pela segunda parte do processo de migração. É a interina que fará o neutrófilo parar, pois a sua ligação com o seu ligante que está na parede das células endoteliais é mais forte e mais estável. A adesão estável dos leucócitos é mediada pelas integrinas. O macrófago também secreta quimiocinas que ficam expostas na superfície das células endoteliais também. E assim que o neutrófilo está fazendo o rolamento ele passa a se ligar também nessas quimiocinas via receptor ligante, e assim que a quimiocina ativa esse receptor o neutrófilo passa a mudar a conformação das suas integrinas que faz com que ela consiga se ligar mais fortemente ao seu ligante. A fase de migração do neutrófilo ou células da inflamação envolve dois passos: o primeiro passo é o rolamento é dependente da expressão de selectina da parede dos vasos mediada pela ação das quimiocinas, e assim que a quimiocina ativou o neutrófilo ele vai aumentar a finidade de ligação da integrina(fica no neutrófilo) com o seu ligante(que fica nas células endoteliais) ai o neutrófilo terá uma adesão estável, então parado é mais fácil dele atravessar a parede. O neutrófilo é o primeiro a chegar no sítio de infecção, isso se deve por que as quimiocinas secretadas no sítio infeccioso comandam quando e quais os tipos celulares serão recrutados. As primeiras quimiocinas que começam a aparecer no sítio da infecção são as que irão recrutar os neutrófilos para posteriormente recrutar os monócitos. NEUTROFILOS MIGRAM NO SENTIDO DO GRADIENTE. A selectina está nas células endoteliais e seu ligante no neutrófilo. A integrina está no neutrófilo e seu ligante nas células endoteliais. A parada se deve pela integrina que promove a adesão estável depois de ser ativada pela quimiocina e mudar sua conformação. 1) CXCL8 (início) → recruta neutrófilos 2) CCL2 (posteriormente) → recruta monócitos A resposta inflamatória é prejudicada se as moléculas de adesão não funcionarem corretamente. MIGRAÇÃO E RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS Os linfócitos podem estar em três estados diferentes de ativação na circulação sanguínea: Linfócito Naive (já é maduro, só não está ativado) ou virgem, é o linfócito que acabou de sair do timo e está pronto pra atuar na resposta imune mas que ainda não foi ativado pois não encontrou nenhum antígeno. O linfócito que foi para o linfonodo e interagiu com a célula dentrítica e foi ativado pelo antígeno passa a ser chamado de linfócito ativado ou efetor, está pronto para exercer a sua função na resposta imune. E também temos os linfócitos de memória. Estes estados definem para onde os linfócitos irão migrar preferencialmente. Todo linfócito naive vai migrar preferencialmente para os órgãos linfoides secundários para serem ativados. O linfócito ativado (depois de encontrar a CD) perde a função de migrar para o linfonodo e ganha a função de migrar para o sítio da infecção. Muda a função efetora conforme a ativação. Estas diferenças nos padrões de migração garante que os linfócitos migrem para os locais onde são realmente necessários. A entrada de linfócitos naive nos linfonodos ocorre pelas HEV. HEVs: vênulas endoteliais altas. É por elas que acontece a migração, o linfócito sai do sangue e entra para o parênquima do linfonodo.. A saída dos linfócitos do linfonodo se dá pelo seguinte mecanismo: é comandada por um tipo especial de quimiocina. A S1P(que se encontra em grande quantidade na linfa), que se liga no seu receptor S1PR1(expresso nos linfócitos naive se eles não forem ativados no linfonodo, para que possam voltar para a linfa). A S1P É quimioatraente para linfócitos naive então ele migra para a linfa. As células das HEVs são especializadas em produzir quimiocinas e moléculas de adesão que recrutam e se ligam a linfócitos T naive (e não em linfócitos efetores). HEVs se localizam em zonas de células T nos linfonodos (e tecidos linfoides de mucosas). Os lindócitos naive ficam aderidos a parede interna das HEVs, prontos para sofrerem a transmigração e entrada no linfonodo. Estudar E gravar As Estruturas AULA DE ANTICORPOS “aquela aula longa pra caralho” O sistema imune apresenta 3 moléculas principais que tem uma capacidade de se ligar e reconhecer com alta especificidade ao antígeno: TCR, MHC E BCR (anticorpo) São moléculas do sistema imune reconhecedoras de antígenos. IMAGINE CÉLULAS DENTRÍTICAS: são as principais células da resposta imune, pois apresentam os pedacinhos do antígeno na sua superfície. As moléculas de apresentação de antígeno que ficam na superfície das CD são chamadas de MHC. OS linfócitos T só reconhecem o antígeno proteico se ele estiver expresso na MHC. O receptor de antígeno do linfócito T é chamado de TCR, e ele faz o reconhecimento do pedacinho do antígeno que está expresso via MHC. O linfócito só reconhece o antígeno se estiver expresso pelo MHC da célula dendrítica, e só reconhece antígeno proteico. No caso dos linfócitos B, ele produz anticorpos. Ele também tem um receptor de antígenos chamado BCR(que é o anticorpo), que nada mais é que uma molécula de anticorpo que também funciona como receptor de antígeno. O anticorpo é uma molécula efetora do linfócito B. O anticorpo tem duas funções: pode atuar como receptor de antígenos, onde está ancorado na membrana do linfócito B. Pode atuar como uma molécula efetora, a partir do momento que o linfócito B é ativado e secreta os anticorpos pra outros locais. OS ANTICORPOS RECONHECEM QUALQUER TIPO DE ANTÍGENO E MOLÉCUA QUÍMICA. Os anticorpos são glicoproteínas conhecidas como imunoglobulinas, se encontram nos líquidos intersticiais dos tecidos e na parte líquida do sangue (plasma ou soro). Estruturalmente, a molécula de anticorpo é constituída de duas cadeias leves (L) e duas cadeias pesadas (H) ligadas por pontes de dissulfeto. Os anticorpos tem dois locais de ligação com o antígeno, possui formato de Y, a outra parte única é a porção efetora e serve de local de ancoramento dos outros componentes do sistema imune que irão ajudar na função efetora do anticorpo. Por exemplo uma bactéria envolta por anticorpos é muito mais fácil de ser fagocitada por um macrófago. ESTRUTURA DO ANTICORPO: referindo a cadeia leve, cadeia pesada, região variável, região constante. DIFERENCIAÇÃO POR FUNÇÃO: região Fab e região Fc. Ao digerir uma molécula de anticorpo com papaína, esta ira partir o anticorpo ao nível da dobradiça. Separando o Y, os dois bracinhos são as regiões Fab(mesmo clivada permanecia com a sua função de ligar Em relação à variabilidade, os anticorpos apresentam regiões variáveis(V) de reconhecimendo do antígeno e regiões constantes (C) envolvidas em suas funções efetoras. ao antígeno) e a parte do corpinho Fc (formava cristais) região que se liga as moléculas do sistema imune para função efetora. Fab: porção do anticorpo responsável pelo reconhecimento do antígeno/ligação ao antígeno. Fc: porção responsável pela função efetora do anticorpo (as funções de reconhecimento do antígeno e funções efetoras dos anticorpos são espacialmente separadas na molécula de Ig). A região variável que determina a especificidade de ligação. Existem 5 tipos diferentes de cadeia pesada apesar de serem bem parecidas entre si, denominadas com letras gregas do alfabeto. O tipo de cadeia pesada (isotipo) determina a função efetora do anticorpo. Existem ainda 2 tipos de cadeia leve, denominados kappa e lambda. Tipos de cadeia pesada: Cmu, Cdelta, Cgamma, Cepsilon, Calfa . Os tipos de cadeia pesada determinam o isotipo do anticorpo: IgM, IgD, IgG, IgE, IgA Cada isotipo de Ig exerce uma função efetora diferente Graças à região de dobradiça o anticorpo é uma molécula flexível, e consegue se ligar em determinantes da superfície de bactérias etc. tanto mais próximos quanto mais separados. A molécula de anticorpo precisa estar ligada aos dois sítios de ligação do antígeno ao mesmo tempo para ser ativado. Regiões determinantes de complementariedade (CDR) são três alças projetadas para fora do anticorpo que fazem contato direto com o antígeno. Determinam a especificidade de ligação ao antígeno. Regiões de hipervariabilidade. Linfócitos B naive expressam apenas IgM e IgD de membrana; Apenas esses dois isotipos atuam como receptores de membranas. A ativação do linfócito B pelo reconhecimento do antígeno ativa mecanismos que estimulam a secreção dos anticorpos. A meia vida das moléculas de anticorpos é curta, com exceção da IgG. IgE: 2 dias; IgA: 3 dias; IgM: 4 dias; IgG: 21; 28 dias. por que será? Há um receptor chamado FcRn (receptor para a porção Fc), que preserva a IgG íntegra por mais tempo. Cada molécula de anticorpo apresenta 2 cadeias leves de mesmo tipo e idênticas (nunca cadeias leves diferentes no mesmo anticorpo) - Em humanos, 60% dos anticorpos circulantes apresentam cadeias leves k (kappa) Não se sabe a diferença funcional de ambas as cadeias Os anticorpos secretados podem ser monoméricos ou multiméricos As formas secretadas de IgG, IgE e IgD são monoméricas. IgA é secretada na forma dimérica(2 subunidades ligadas por uma cadeia J) e IgM na forma pentamérica, a IgM só é pentaméria quando sai da parede do linfócito B. todos os outros são secretados na forma monomérica, comexceção da IgA e IgM. • Antígeno: toda e qualquer substância capaz de ser reconhecida ou se ligar especificamente à receptores de antígenos → anticorpos ou receptores de linfócitos T [TCR]. Nem todo antígeno tem capacidade de induzir uma resposta imune. • Anticorpos: capaz de reconhecer como antígenos: todos os tipos de moléculas biológicas como metabólitos, açúcares, lipídeos, hormônios, carboidratos complexos, fosfolipídeos, ácidos nucléicos e proteínas. • TCR: reconhece apenas peptídeos apresentados na superfície de células APCs. • Todos os antígenos podem ser reconhecidos por receptores de antígenos de linfócitos B e T (anticorpo e TCR), mas nem todos são capazes de ativar estas células. Antígenos que são reconhecidos e ativam a resposta imune são chamados de imunogênicos. O uso de anticorpos na clínica e na pesquisa científica: 1) Os anticorpos são amplamente utilizados no tratamento clínico de diversas doenças inflamatórias e leucemias 2) Os anticorpos são amplamente utilizados em diagnósticos de doenças 3) Os anticorpos são extremamente importantes na pesquisa científica Para haver a ativação do LB, é necessário ter a ligação-cruzada dos seus receptores de anticorpos. Quanto mais cópias do epitopo na superfície da bactéria mais eficiente ela vai ser em ativar uma resposta imune.
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