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Atmosfera Universidade do Estado da Bahia- UNEB Campus XXIV – Xique-Xique Xique-Xique – BA, julho de 2016 Prof. Ossifleres Damasceno E-mail: Ossifleres@yahoo.com.br ou osdamasceno@uneb.br FORMAÇÃO DA ATMOSFERA No primeiro estágio de resfriamento da superfície da Terra, originou-se uma crosta sólida cheia de rachaduras, por onde eram expelidos materiais incandescentes. A intensa atividade vulcânica resultante fez aumentar a quantidade de gases (como hidrogênio, amônia, metano) e vapor d'água nessa atmosfera recém- formada. Com o surgimento de organismos vivos e, sobretudo, com a realização da fotossíntese (processo pelo qual certas células vegetais produzem oxigênio), houve uma transformação da atmosfera, que aos poucos foi se enriquecendo de oxigênio, até atingir o teor atual. Há alguns milhões de anos, ela entrou em equilíbrio, que se mantém, embora exista a possibilidade de ocorrerem fenômenos capazes de alterá-lo. A atividade vulcânica hoje é reduzida, se comparada a épocas anteriores, o que não significa que esses gigantes poderosos não possam despertar. Em 1980, o vulcão Saint-Helens , inativo desde 1858, entrou em erupção e descarregou na atmosfera, a grandes altitudes, uma nuvem de gás e cinzas que alcançou a Europa. (Na manhã do dia 18 de maio de 1980, o monte Santa Helena, no estado norte-americano de Washington, explodiu com uma potência equivalente a 20 mil bombas de Hiroshima). http://www.dw.com/pt/1980- erup%C3%A7%C3%A3o-vulc%C3%A2nica-do-monte-santa-helena/a-324993. Acontecimentos como esse podem romper o complexo e delicado equilíbrio químico da atmosfera, produzindo variações na temperatura e modificando a quantidade e distribuição de chuvas. Além disso, a ação do homem contribui para essas alterações. FORMAÇÃO DA ATMOSFERA FORMAÇÃO DA ATMOSFERA Indústrias consomem grande quantidade de combustíveis anualmente, que, ao serem queimados, poluem o ar com fumaça e gases tóxicos. Calcula-se que o nível de dióxido de carbono aumentou em 15% só no século passado, causando uma elevação (pequena, mas sensível) na temperatura média terrestre. Essas alterações podem contribuir para intensificar as atividades elétricas naturais na atmosfera. ATMOSFERA - FUNÇÃO E CONSTITUIÇÃO A atmosfera exerce um papel fundamental na manutenção da temperatura, e da vida naTerra. Ao nível do mar, é constituída de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e apenas 1% de outros gases (argônio, xenônio, neônio, gás carbônico, etc.), além de poeira. Se não existisse a atmosfera, não haveria animais nem plantas. Como sabemos que O oxigênio é indispensável para a existência da vida na Terra. Todas as características do mundo, tal como o percebemos, e o próprio ambiente terrestre, dependem essencialmente do ar. Sem a atmosfera, não haveria vento, nuvens ou chuva. Não existiria o fogo, pois toda combustão resulta da união do oxigênio com as substâncias que queimam. Não existiria o som, pois o que chamamos de som é a vibração das moléculas de ar contra o tímpano. Sem ar, enfim, as plantas não poderiam nascer e crescer. ATMOSFERA - ESCUDO PROTETOR Além de suas demais propriedades, a atmosfera serve de imenso escudo que protege a Terra da violência dos raios solares, absorvendo as radiações de ondas curtas mais perniciosas. À noite, funciona como teto de vidro de uma gigantesca estufa, conservando o calor do dia e impedindo que ele se perca todo no espaço. No espaço há muitos fragmentos de astros que se desintegram, e constantemente os planetas são atingidos por esses fragmentos, a atmosfera é responsável por não deixar que eles cheguem até a superfície. COMPOSIÇÃO DO AR O gás de maior percentual, nitrogênio, tem importantes funções para os seres vivos. Compostos de nitrogênio no solo são fundamentais para o crescimento de plantas e, portanto, para toda a cadeia biológica. A fixação do nitrogênio no solo se dá por diferentes processos: atmosférico (raios quebram moléculas de nitrogênio que formam óxidos com o oxigênio e estes formam nitratos com água da chuva que os leva para o solo), industrial (os fertilizantes produzidos artificialmente) e biológico (certos tipos de bactérias). Outros tipos de bactérias convertem os nitratos em nitrogênio, gás retornando-o para a atmosfera. É o chamado ciclo do nitrogênio. O oxigênio é trocado naturalmente pelos processos biológicos de respiração e fotossíntese. Na respiração, moléculas orgânicas como glicose e outras são oxidadas, produzindo dióxido de carbono, água e liberando energia para o metabolismo. COMPOSIÇÃO DO AR Gás - % em vol Argônio (Ar)0,93 Criptônio (Kr)0,0001 Dióxido de carbono (CO2)0,036 Hélio (He)0,0005 Hidrogênio (H2)0,00005 Neônio (Ne)0,0018 Nitrogênio (N2)78,08 Metano (CH4)0,00017 Óxido nitroso (N2O)0,00003 Oxigênio (O2)20,95 Ozônio (O3)0,000004 Xenônio (Xe)0,000001 O dióxido de carbono é introduzido na atmosfera pelos processos de respiração, queima de combustíveis e processos industriais humanos. Metano é introduzido na atmosfera por animais como gado, insetos como cupins, culturas de arroz, aterros para lixo, mineração, extração de petróleo, etc. Óxido nitroso é introduzido na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e biomassas, por processos de fertilização de solos. O ozônio existe naturalmente na estratosfera pela ação da luz solar (combinação do oxigênio molecular (O2) com o oxigênio atômico (O). A atividade industrial humana produz ozônio na superfície (resultado da ação da luz solar sobre alguns poluentes emitidos). O vapor d'água não consta na tabela pois ela se refere ao ar seco, mas é um importante componente. A proporção é variável, dependendo do local e outras condições. Pode chegar até cerca de 4%. O vapor d'água redistribui calor através da troca latente e permite a formação de nuvens e, por consequência, das chuvas. EFEITO ESTUFA O efeito estufa é bastante análogo ao objeto que lhe dá o nome, isto é, alguns gases presentes na atmosfera têm a propriedade de reter e reenviar o calor refletido pela superfície, de forma similar aos vidros de uma estufa para cultivo de plantas. É um fenômeno que ocorre naturalmente e, em princípio, não deveria ser nocivo. Pelo contrário. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria algo perto de -20ºC, o que certamente inviabilizaria a existência de vida. O que causa preocupação é o aumento do efeito estufa provocado pelo aumento da concentração de certos gases devido à atividade humana. Segundo especialistas, os principais responsáveis pelo aumento do efeito estufa são: dióxido de carbono (aumento da concentração 30% em 150 anos), metano (140%), óxido nitroso (11%) e compostos de cloro-flúor-carbono (sem referência anterior, pois foi introduzido com uso de sistemas de refrigeração). São gases resultantes de atividades industriais, agrícolas, transportes, mineração e outras. Acordos e compromissos internacionais têm sido colocados para reduzir a emissão desses gases. Mas é algo um tanto difícil. Depende de esforços tecnológicos e certamente de mudanças de hábitos de consumo. Alguns pesquisadores estimam que a temperatura média da Terra aumentou de 0,3 a 0,6ºC nos últimos 100 anos em razão do aumento da concentração desses gases. E preveem um aumento de 1 a 3ºC para os próximos 100 anos. EFEITO ESTUFA CAMADA DE OZÔNIO Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favorda vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta. Os efeitos da radiação ultravioleta na superfície são perigosos e alguns de consequências imprevisíveis. Exemplos: câncer de pele, enfraquecimento do sistema imunológico, catarata, redução da população de fitoplânctons na água do mar, etc. Acordos internacionais foram estabelecidos para a redução gradual do uso do CFC e parece que estão em andamento. Refrigeradores atuais não fazem mais uso de CFC. Curiosidade: o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio é comemorado em 16 de setembro. CAMADA DE OZÔNIO TROPOSFERA É a camada que esta mais diretamente relacionada com o homem, esta camada tem início no solo, até aproximadamente 16 km de altitude. É na troposfera que ocorrem os fenômenos atmosféricos, o calor, os ventos e as chuvas. A temperatura média que varia de 20°C na parte inferior a 60°C negativos na parte superior. É nessa camada que se concentram os poluentes, acontecem os fenômenos de precipitação - como a chuva, neve, ventos, calor - onde circulam os balões tripulados e aviões a jato. Nesta camada a temperatura tende a decrescer à medida que subimos em altitude. Em regra, o gradiente de decréscimo é de cerca de 6,5 graus por cada quilómetro. É na troposfera que ocorrem os fenómenos meteorológicos mais frequentes, sendo esta a camada mais quente devido ao fato de estar em contacto com a superfície terrestre. O seu limite superior é muito irregular, recebendo a denominação de tropopausa. TROPOSFERA Sua altura atinge: 07 a 09 km nos pólos; 13 a 15 km nas latitudes temperadas; 17 a 19 km no equador; Ocorre na troposfera a totalidade dos fenômenos meteorológicos, devido a: alta porcentagem de vapor d’água; presença dos núcleos de condensação, também conhecidos como núcleos higroscópicos; aquecimento e resfriamento por radiação; É mais alta no verão do que no inverno e também sobre centros de alta pressão do que sobre centros de baixa pressão. A sua característica principal é a variação vertical da temperatura, também chamado "gradiente térmico". TROPOSFERA ESTRATOSFERA Situa-se entre os 12Km a 50Km É aqui que está a camada de ozônio. Nesta camada a temperatura aumenta de -60ºC a 0ºC. Este aumento deve-se à interação química e térmica entre a radiação solar e os gases aí existentes. As radiações absorvidas são as ultravioletas (6,6 a 9,9 x10-19 J). A zona limite chama-se estratopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante. Também chegam até a estratosfera os balões meteorológicos, os aviões supersônicos e as nuvens geradas por explosões atômicas. É também na estratosfera que ocorre o efeito estufa, que é um fenômeno que resulta no aquecimento da atmosfera do Planeta, intensificado pela emissão de certos gases para a atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2), produzido na queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e por queimadas. O assunto tem merecido atenção da comunidade científica mundial pelos reflexos e consequências resultantes na vida de todos nós. ESTRATOSFERA A DIFUSÃO mais acentuada da radiação solar acontece nessa camada. A luz de maior difusão é a azul daí vem a tonalidade azulada do céu. Seu topo se estende entre 60 a 70 km acima da superfície. Característica: ausência de fenômenos meteorológicos, e a difusão mais significativa da radiação solar. Dentro dela, entre 25 Km e 50 Km acima da superfície, se forma a OZONOSFERA que tem a função de absorver os RAIOS ULTRAVIOLETAS (UV). ESTRATOSFERA MESOSFERA É a camada intermediária, estende-se até aproximadamente 85 km de altura. O ar é mais rarefeito que na camada anterior, composto principalmente por ozônio e vapor de sódio. O topo da mesosfera fica a 80 km do solo. É muito fria, com temperaturas abaixo de 100ºC negativos. A parte inferior é mais quente porque absorve calor da estratosfera. IONOSFERA/TERMOSFERA (íons + sfera ): fica acima de 80 km de altitude, composta por moléculas ionizadas, isto é, carregadas elétricamente, é nesta camada que as ondas de rádio são refletidas de volta para a Terra. Na ionosfera ocorrem alguns fenômenos, como por exemplo, a aurora polar , que é visível nas regiões polares e a desintegração dos meteoros provenientes do espaço, é o que nós observamos como estrelas cadentes. Seu topo se estende entre 400 a 500 Km acima da superfície. É uma camada eletrizada, boa condutora de eletricidade. É também retransmissora de ondas de rádio. O topo da termosfera fica a cerca de 450 km acima da Terra. É a camada mais quente, uma vez que as raras moléculas de ar absorvem a radiação do Sol. As temperaturas no topo chegam a 2.000ºC. Sua ionização é maior durante o dia devido ao efeito da radiação solar. IONOSFERA/TERMOSFERA Apresenta carga positiva em contraste com a carga negativa da superfície terrestre; compõe- se de três subcamadas: D - até 90 Km- menor ionização, surge só durante o dia; nos limites superiores desta camada surgem nuvens especiais: "Noctilucentes", sobre latitudes temperadas quando é noite na superfície. E - entre 90 a 150 Km – nuvens "Noctilucentes" surgem nos níveis inferiores; estrelas cadentes ( trilha de meteoros); ionização bem maior durante o dia. F – até cerca de 500 Km é a mais ionizada de todas. IONOSFERA/TERMOSFERA EXOSFERA É a camada mais externa, começa após uns 500 km e continua até se confundir com o espaço interplanetário. Nesta camada, a densidade gasosa é ínfima, não se registrando fenômenos assinaláveis, a não ser a existência de dois cinturões de partículas (Cinturões de Van-Hallen). O primeiro a 4000 km, e o segundo a 20.000 km de altitude. A camada superior da atmosfera fica a mais ou menos 900 km acima da Terra. O ar é muito rarefeito e as moléculas de gás "escapam" constantemente para o espaço. Por isso é chamada de exosfera (parte externa da atmosfera). Mudança gradativa da substância terrestre em espaço interplanetário, sem limite definido. É tão ionizada quanto a ionosfera: supõe-se que sua altura atinja 1.000Km. Não exerce a filtragem da radiação solar devido à pouca densidade de suas partículas. Ar muito rarefeito. EXOSFERA RADIAÇÃO SOLAR - De toda a fabulosa quantidade de energia radiante que o Sol emite para o espaço em todas as direções, a Terra recebe apenas uma pequena parcela, que será a geradora de todos os fenômenos que ocorrem em sua atmosfera. Essa energia emanada pelo Sol recebe o nome de RADIAÇÃO SOLAR, e se propaga sob a forma de ondas eletromagnéticas, constituindo-se quase exclusivamente por ondas curtas. A energia solar atinge a atmosfera superior numa quantidade mais ou menos constante de aproximadamente 1,94 caloria por centímetro quadrado em cada minuto. A essa razão dá-se o nome de CONSTANTE SOLAR. RADIAÇÃO SOLAR Processos de filtragem da Radiação Solar – Existem basicamente três processos pelos quais passa a radiação solar que atinge a atmosfera terrestre. São eles: 1) ABSORÇÃO – as formas de energia mais penetrantes e perigosas à vida chocam-se com os átomos da atmosfera e ionizam-se, sendo absorvidos. A absorção inicia-se na Ionosfera, prossegue pela Estratosfera, onde a absorção da radiação ultravioleta pelas moléculas de oxigênio geram a Camada de Ozônio, terminando na primeira camada, a Troposfera, com a absorção da radiação infravermelha pelo vapor d’água dos níveis mais baixos, e por outros elementos presentes no ar, como o Dióxido de Carbono e as impurezas. A absorção dessa radiação é fundamental para manter a temperatura do planeta compatível com a vida. RADIAÇÃO SOLAR 2) DIFUSÃO –Quando a luz passa por um meio cujas partículas possuem diâmetro menor que o comprimento de onda da própria luz, esta se espalha em várias direções. É a DIFUSÃO. A cor de mais fácil difusão é o azul, razão da cor azulada do céu. A difusão depende da presença de partículas em suspensão, logo, à medida que se vai afastando da superfície, vai-se reduzindo a difusão. O céu vai-se tornando azul profundo, depois violeta, depois negro, quando não há mais difusão da luz, de 80 a 100 km acima da superfície. 3) REFLEXÃO – Através desse processo, parte da radiação solar que incide sobre uma superfície retorna diretamente ao espaço. A relação entre a quantidade de energia luminosa refletida por uma superfície e a energia que nela incide recebe o nome de ALBEDO. Assim, o Albedo será tanto maior quanto mais claras, lisas e brilhantes forem as superfícies em que a luz incide. O Albedo médio da Terra é 0,35, isto é, a Terra reflete para o espaço 35% da energia luminosa que incide sobre ela. Filtragem seletiva da Radiação Solar O total da energia solar (100%) que atinge o topo da atmosfera terrestre recebe o seguinte tratamento seletivo: 18% - são absorvidos pelos componentes atmosféricos; 15% - são difundidos através das partículas em suspensão; 25% - são refletidos pelos topos das nuvens; 42% - alcançam a superfície da Terra, encarregando-se de aquecê-la durante o dia. Equilibrando a temperatura na Terra Dos 42% de radiação solar que atingem a superfície da Terra: 18% - são absorvidos pelo oxigênio molecular, impurezas, vapor d’água e pelas nuvens; 14% - são emitidos para a atmosfera; 8% - retornam diretamente para o espaço; 2% - ficam retidos na superfície terrestre. O equilíbrio entre a Radiação Solar (recebida durante o dia) e a Radiação Terrestre (devolvida à noite), além do aquecimento diferenciado nas diversas latitudes do globo e dos deslocamentos do ar do Equador para os pólos e vice- versa, permitem uma melhor distribuição das temperaturas sobre a superfície, ocasionando o Equilíbrio Térmico da Atmosfera. Fatores que influenciam a absorção da Radiação Solar A energia radiante, quando absorvida por uma substância, é geralmente convertida em calor sensível e se traduz pelo aquecimento. A absorção da radiação depende de: • Ângulo de incidência – quanto menor o ângulo de incidência, maior a energia absorvida. • Cor da substância – cores mais escuras absorvem mais radiação, cores mais claras refletem mais. • Natureza da substância – superfícies sólidas se aquecem e se resfriam mais rapidamente que as líquidas. CALOR E TEMPERATURA CALOR – É a forma de energia que se origina do movimento molecular de um corpo. Naturalmente, quanto maior o movimento o movimento das moléculas de um corpo, maior a sua temperatura, e vice-versa. TEMPERATURA – É o estado de aquecimento de um corpo. TERMÔMETRO – Instrumento utilizado na avaliação do grau de aquecimento dos corpos, através da variação do volume de determinadas substâncias. Quando o termômetro possui um gráfico em que se registram as temperaturas, ele é chamado de termógrafo. ESCALAS TERMOMÉTRICAS Apesar de diferentes entre si, as escalas termométricas são fixas entre dois limites bem definidos: o do gelo em fusão e da água em ebulição. As principais escalas utilizadas são: CELSIUS, FHRENHEIT e KELVIN, que possuem as seguintes correspondências: Fusão (da água) Ebulição (da água) Celsius ........................... 0 .................................. 100 Fahrenheit ....................... 32 .................................. 212 Kelvin .............................273 .................................. 373 5770 kelvin = 5497 graus Celsius 15.000.000 oK =15. 600° C ESCALAS TERMOMÉTRICAS A escala Kelvin possui três valores básicos de referência: 0ºK – “zero absoluto”, valor no qual cessa totalmente o movimento molecular; 273ºK – temperatura de fusão da água; 373ºK – temperatura de ebulição da água. CALOR ESPECÍFICO É a quantidade de calor necessária para aumentar em 1ºC a temperatura de 1 grama de uma substância qualquer. No caso particular da água, recebe o nome de caloria e corresponde à quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 grama de água pura, sob pressão padrão ao nível do mar, de 14,5 para 15,5ºC. De modo geral, o calor específico de uma substância é maior no estado sólido que no líquido. Processos de propagação de calor CONDUÇÃO – Transferência de calor molécula a molécula, sem a mudança de posição relativa das mesmas. É comum aos sólidos, e destes, os metais são os melhores condutores. Os líquidos e os gases são péssimos condutores. RADIAÇÃO – Transferência de calor através da conversão da energia térmica em radiação eletromagnética e a reconversão dessa radiação em calor, pelo corpo sobre o qual tenha incidido a referida radiação. É o caso do aquecimento da Terra pela radiação solar. Distribuição do calor Em meteorologia ocorrem dois processos fundamentais de distribuição de calor: CONVECÇÃO – Movimento vertical das moléculas através de correntes ascendentes e descendentes; ADVECÇÃO – Ocorre com o movimento horizontal dos fluidos. Normalmente, quando o ar é aquecido, ele ascende, por convecção; uma parcela de ar mais frio vem, por advecção, ocupar o lugar do ar que ascendeu.
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