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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS GRUPO DE PESQUISA NONADA PROFESSORA/ORIENTADORA: Dra TELMA BORGES ORIENTANDA: IANA RANY PIMENTA ALVES “UMA ESTÓRIA DE AMOR”: UM DIALÓGO INTERCULTURAL Doralice Fernandes Xavier Alcoforado Introdução “Guimarães Rosa caracteriza-se por escolher uma forma de escritura que subverte o cânone literário oficial”. Na introdução do seu texto, Doralice Fernandes chama a atenção para a técnica oral e escrita do escritor João Guimarães Rosa, exclusivamente da obra “Uma estória de amor”, onde o autor ‘apropria-se deliberadamente de formas, temas, procedimentos e princípios geradores da produção, transmissão e recepção do texto oral tradicional’, que irá caracterizá-lo como uma matéria cultural. Além disso, a autora questiona o diálogo que Rosa adota em suas obras, não como uma escritura que se apaga ou se esconde, mas como um objeto de linguagem que valoriza a dimensão cultural. O erudito tematiza o popular Aqui a autora faz uma síntese da novela “Uma estória de amor” como foco de partida a vida onde encontra-se o personagem Manuelzão, atentando a simplicidade e honestidade do protagonista, e a estória contada pelo Velho Camilo – o “Romanço do Boi Bonito” – que irá se encaixar à estória de Manuelzão ‘completando o que lhe faltava para se tornar um conto de encantamento com final feliz’. Doralice Fernandes também ressalta que a estória que é contada desde o início da narrativa se prende a realidade, ao rapaz pobre, capataz travestido de patrão, que através do trabalho honesto procura ascender, porém a partir do relato do romance, a ideia de fantasia, da ilusão é, por fim, recuperada. Além disso a autora questiona o romance contado pelo Velho Camilo como um produto cultural, reflexo de uma estratificação social do contexto que o gerou. O erudito teoriza o popular
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