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Geografia 2017 ENEM 2017

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VESTIBULAR+ENEM 2017
W W W . G U I A D O E S T U D A N T E . C O M . B R
arrow AULAS SOBRE OS TEMAS QUE MAIS CAEM NAS PROVAS
Geografia
Fundada em 1950
 VICTOR CIVITA ROBERTO CIVITA
 (1907-1990) (1936-2013) 
Conselho Editorial: Victor Civita Neto (Presidente), 
Thomaz Souto Côrrea (Vice-Presidente), Alecsandra Zapparoli, Eurípedes Alcântara, 
Giancarlo Civita e José Roberto Guzzo
Presidente Abril Mídia: Walter Longo
Presidente Editora Abril: Alexandre Caldini
Diretor Comercial: Rogério Gabriel Comprido
Diretor de Vendas para Audiência: Dimas Mietto 
Diretor de Marketing: Tiago Afonso 
Diretora Digital e Mobile: Sandra Carvalho
Diretor de Apoio Editorial: Edward Pimenta
Diretora Editorial Abril: Alecsandra Zapparolli
Diretor Editorial - Estilo de Vida: Sérgio Gwercman
Diretor de Redação: Fabio Volpe
Diretor de Arte: Fábio Bosquê Editores: Ana Prado, Fábio Akio Sasaki, Lisandra Matias, Paulo Montoia 
Repórter: Ana Lourenço Analista de Informações Gerenciais: Simone Chaves de Toledo Analista de 
Informações Gerenciais Jr.: Maria Fernanda Teperdgian Designers: Dânue Falcão, Vitor Inoue Atendimento 
ao Leitor: Carolina Garofalo, Sandra Hadich, Sonia Santos, Walkiria Giorgino CTI Eduardo Blanco (Supervisor)
PRODUTO DIGITAL Gerente de Negócios Digitais: Marianne Nishihata Gerentes de Produto: Pedro Moreno e 
Renata Gomes de Aguiar Analistas de Produto: Elaine Cristina dos Santos e Leonam Bernardo Designers: Danilo 
Braga, Juliana Moreira, Simone Yamamoto Animação: Felipe Thiroux Estagiário: Daniel Ito Desenvolvimento: 
Anderson Renato Poli, Cah Felix, Denis V Russo, Eduardo Borges Ferreira, Elton Prado. Estagiário: Vinicius Arruda
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Consultoria: Arno Aloisio Goettems Texto: Arno Aloisio Goettems e Yuri 
Vasconcelos Infografia e ilustração: 45 Jujubas (capa), Alex Argozino e Multi-SP Revisão: José Vicente Bernardo
www.guiadoestudante.com.br
GE GEOGRAFIA 2017 ed.9 (ISBN 978-85-5579-037-9) é uma publicação da Editora Abril. Distribuída em todo 
o país pela Dinap S.A. Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. 
IMPRESSA NA GRÁFICA ABRIL Av. Otaviano Alves de Lima, 4400, CEP 02909-900 – Freguesia do Ó - 
São Paulo - SP
5GE GEOGRAFIA 2017 
O passo final é reforçar os estudos sobre atualidades, pois as pro-
vas exigem alunos cada vez mais antenados com os principais fatos 
que ocorrem no Brasil e no mundo. Além disso, é preciso conhecer 
em detalhes o seu processo seletivo – o Enem, por exemplo, é bem 
diferente dos demais vestibulares.
arrow COMO O GE PODE AJUDAR VOCÊ O GE Enem e o GE Fuvest são verda-
deiros “manuais de instrução”, que mantêm você atualizado sobre 
todos os segredos dos dois maiores vestibulares do país. Com duas 
edições no ano, o GE ATUALIDADES traz fatos do noticiário que podem 
cair nas próximas provas – e com explicações claras, para quem não 
tem o costume de ler jornais nem revistas.
Um plano para 
os seus estudos
Este GUIA DO ESTUDANTE GEOGRAFIA oferece uma ajuda e tanto 
para as provas, mas é claro que um único guia não abrange toda a preparação 
necessária para o Enem e os demais vestibulares.
É por isso que o GUIA DO ESTUDANTE tem uma série de publicações 
que, juntas, fornecem um material completo para um ótimo plano de estudos. 
O roteiro a seguir é uma sugestão de como você pode tirar melhor proveito de 
nossos guias, seguindo uma trilha segura para o sucesso nas provas.
O primeiro passo para todo vestibulando é escolher com clareza 
a carreira e a universidade onde pretende estudar. Conhecendo o 
grau de dificuldade do processo seletivo e as matérias que têm peso 
maior na hora da prova, fica bem mais fácil planejar os seus estudos 
para obter bons resultados.
arrow COMO O GE PODE AJUDAR VOCÊ O GE PROFISSÕES traz todos os 
cursos superiores existentes no Brasil, explica em detalhes as carac-
terísticas de mais de 260 carreiras e ainda indica as instituições que 
oferecem os cursos de melhor qualidade, de acordo com o ranking 
de estrelas do GUIA DO ESTUDANTE e com a avaliação oficial do MEC.
Para começar os estudos, nada melhor do que revisar os pontos 
mais importantes das principais matérias do Ensino Médio. Você 
pode repassar todas as matérias ou focar apenas em algumas delas. 
Além de rever os conteúdos, é fundamental fazer muito exercício 
para praticar.
arrow COMO O GE PODE AJUDAR VOCÊ Além do GE GEOGRAFIA, que você 
já tem em mãos, produzimos um guia para cada matéria do Ensino 
Médio: GE HISTÓRIA, Português, Redação, Matemática, Biologia, 
Química e Física. Todos reúnem os temas que mais caem nas pro-
vas, trazem muitas questões de vestibulares para fazer e têm uma 
linguagem fácil de entender, permitindo que você estude sozinho.
CAPA: 45 JUJUBAS
1 Decida o que vai prestar
2 Revise as matérias-chave
3 Mantenha-se atualizado
APRESENTAÇÃO
Os guias ficam um ano nas bancas – 
com exceção do ATUALIDADES, que é 
semestral. Você pode comprá-los também 
nas lojas on-line das livrarias Saraiva 
e Cultura. 
FALE COM A GENTE: 
Av. das Nações Unidas, 7221, 18º andar, 
CEP 05425-902, São Paulo/SP, ou email para: 
guiadoestudante.abril@atleitor.com.br
CALENDÁRIO GE 2016
Veja quando são lançadas 
as nossas publicações
MÊS PUBLICAÇÃO
Janeiro
Fevereiro GE HISTÓRIA
Março GE ATUALIDADES 1
Abril
GE GEOGRAFIA
GE QUÍMICA
Maio
GE PORTUGUÊS
GE BIOLOGIA
Junho
GE ENEM
GE FUVEST
Julho GE REDAÇÃO 
Agosto GE ATUALIDADES 2
Setembro
GE MATEMÁTICA
GE FÍSICA
Outubro GE PROFISSÕES
Novembro
Dezembro
CARTA AO LEITOR
6 GE GEOGRAFIA 2017
Do Big Bang aos dias de hoje, o planeta Terra já passou por intensas transformações nesses quase 5 bilhões de anos. As prin-cipais mudanças podem ser observadas através de uma linha do tempo conhecida como Escala de Tempo Geológica. Ela 
estabelece os grandes eventos pelo qual o planeta passou 
a partir de uma classificação em eras, períodos e épocas. 
A marca 
humana
Faz 11.700 anos que estamos na época do Holoceno. Ou 
estávamos. Segundo os cientistas do Anthropocene Working 
Group, a influência da ação humana no meio ambiente já 
justificaria o início de um novo tempo geológico. 
O Holoceno já era: bem-vindo à época do Antropoceno. 
O nome vem do grego anthropos, que significa homem. 
Ou seja, vivemos na época dos humanos. De acordo com o 
estudo, as marcas que o homem vem deixando no planeta são 
tão intensas que já teriam provocado mudanças geológicas. 
Resíduos de plástico, concreto e alumínio, fuligem decor-
rente da queima de combustíveis fósseis e radiação expelida 
por inúmeros testes nucleares, tudo isso já é facilmente 
encontrado em sedimentos na crosta terrestre e no oceano. 
A assinatura do homem no planeta é inequívoca. A questão 
é estabelecer quando teria começado a época do Antro-
poceno. Segundo os cientistas, este novo tempo geológico 
começaria na década de 1950, quando houve uma expansão 
sem precedentes da população planetária e do consumo.
7GE GEOGRAFIA 2017 
FERRO VELHO 
Veículos empilhados 
em um depósito na 
China: após poluir 
o ar com dióxido de 
carbono, os carros 
descartados agravam 
o problema do lixo
8 EM CADA 10
APROVADOS NA 
USP USARAM
SEL O D E Q UA L ID A D E 
G U I A D O E S T U D A N T E
O selo de qualidade acima é resultado de uma pes-
quisa realizada com 351 estudantes aprovados em 
três dos principais cursos da Universidade de São 
Paulo no vestibular 2015. São eles:
� DIREITO, DA FACULDADE DO LARGO 
SÃO FRANCISCO;
� ENGENHARIA, DA ESCOLA POLITÉCNICA; e
� MEDICINA, DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP
dot 8 em cada 10 entrevistados na 
pesquisa usaram algum conteúdo do 
GUIA DO ESTUDANTE durante sua 
preparação para o vestibular. 
dot Entre os que
utilizaram versões 
impressas do GUIA DO ESTUDANTE:     
88% disseram que os guias ajudaram 
na preparação. 
97% recomendaram os guias para 
outros estudantes.
TESTADO E APROVADO!
A pesquisa quantitativa por meio de entrevista 
pessoal foi realizada nos dias 11 e 12 de 
Fevereiro de 2015, nos campi de matrícula dos 
cursos de Direito, Medicina e Engenharia da 
Universidade de São Paulo (USP).
� Universo total de estudantes aprovados nesses 
 cursos: 1.725 alunos.
� Amostra utilizada na pesquisa: 351 entrevistados.
� Margem de erro amostral: 4,7 pontos percentuais.
CHINA DAILY/REUTERS
Nesta época do Antropoceno, portanto, o estudo da Geografia 
física é indissociável da ação do homem. Como você verá neste 
GUIA, sob qualquer aspecto que você analisar a litosfera, a 
hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, a marca humana é im-
placável. Por isso, é fundamental estudar a disciplina com um 
olhar atento aos principais fatos da atualidade e compreender 
como a ação antrópica está alterando o planeta – tal como o 
Enem e os principais vestibulares exigem. Para ajudar você 
nessa tarefa, oferecemos um amplo conjunto de informações 
na forma de textos, resumos, simulados, mapas e infográficos.
Para complementar o seu aprendizado de Geografia, também 
recomendamos o GUIA DO ESTUDANTE ATUALIDADES, 
que é lançado duas vezes por ano e aborda os aspectos mais 
relacionados aos temas contemporâneos da Geografia humana.
Um abraço,
arrow Fábio Sasaki, editor – fabio.sasaki@abril.com.br
SUMÁRIO
8 GE GEOGRAFIA 2017
arrow Geografia 
VESTIBULAR + ENEM 
2017
CARTOGRAFIA
10 Mapas em mutação As frágeis fronteiras do Oriente Médio
12 Elementos do mapa Dicas para entender os elementos cartográficos
14 Coordenadas geográficas Aprenda a identificar pontos no mapa
16 Fusos horários Como os países acertam os seus relógios
18 Tipos de mapa Os diferentes aspectos retratados pela cartografia
20 Projeções As formas de representar o espaço geográfico 
22 Como cai na prova + Resumo Questões comentadas e síntese da seção
LITOSFERA
24 A tragédia de Mariana Os danos ambientais provocados pela lama
26 Composição e estrutura geológica As camadas internas do planeta
28 Tipos de relevo Depressões, planaltos, planícies e montanhas
30 Placas tectônicas Os grandes blocos que modelam o relevo 
32 Relevo em movimento A ação de forças internas e externas na Terra
36 Relevo do Brasil O processo de formação do terreno nacional 
38 Recursos minerais Conheça suas características geológicas
40 Características dos solos Processo de formação e fertilidade 
42 Deslizamentos e inundações Os efeitos da ocupação desordenada
44 Contaminação dos solos Um dos principais problemas ambientais
46 Como cai na prova + Resumo Questões comentadas e síntese da seção
HIDROSFERA
48 Um problema global A crise hídrica afeta 70% da população mundial
50 A distribuição de água no planeta Onde está a água no globo 
52 Água salgada Oceanos e mares ajudam a equilibrar a vida na Terra
56 Água doce As reservas que guardam o líquido que consumimos 
58 Tsunami Tremores no fundo do mar provocam ondas de destruição
60 Bacias hidrográficas do Brasil As fontes de água de nosso território
62 Escassez hídrica no mundo Onde a falta de água já provoca crise
64 Escassez hídrica no Brasil Torneiras secas no Nordeste e no Sudeste 
66 Poluição hídrica Os efeitos perversos da contaminação das águas 
68 Como cai na prova + Resumo Questões comentadas e síntese da seção
ATMOSFERA
70 Clima de mudança Os compromissos definidos pelo Acordo de Paris
72 Camadas da atmosfera A estrutura de gás que envolve o planeta
73 Meteorologia Os principais fenômenos que influenciam o clima
76 El Niño e La Niña Entenda esses fenômenos meteorológicos
77 Ciclone Os efeitos devastadores da perturbação atmosférica
78 Climas do mundo As características das dez classificações climáticas
80 Climas do Brasil Os seis principais grupos climáticos do país
82 Poluição do ar Os efeitos da emissão de gases nocivos à atmosfera
84 Aquecimento global As alterações climáticas causadas pelo homem
86 Os efeitos das mudanças climáticas Os riscos que podemos enfrentar
88 Energias renováveis As alternativas para evitar a poluição do ar
90 Acordo de Paris e Protocolo de Kyoto Redução das emissões em pauta
92 Como cai na prova + Resumo Questões comentadas e síntese da seção
BIOSFERA
94 Em defesa da floresta Desmatamento volta a aumentar na Amazônia
96 Ecologia O ciclo natural que sustenta a vida no planeta
98 A evolução do planeta Infográfico mostra a origem da vida na Terra
100 Vegetação no mundo As características das formações vegetais
106 Biomas brasileiros A rica biodiversidade do país sob ameaça
110 Preservação e conservação Os mecanismos de proteção ambiental 
111 Código Florestal Nova lei regulamenta o uso da terra no Brasil
112 Conferências ambientais Os eventos em que o ambientalismo é pauta
114 Como cai na prova + Resumo Questões comentadas e síntese da seção
ATLAS
116 O mundo em resumo Um perfil socioeconômico e físico dos continentes
126 O Brasil em resumo As cinco regiões brasileiras em fatos e números
RAIO X
132 As preciosas informações contidas nos enunciados das questões 
SIMULADO
134 32 questões para você aplicar os seus conhecimentos
GLOSSÁRIO
146 Os principais conceitos básicos que você encontrará na publicação
RAKESH BAKSHI/AFP
ALTA VOLTAGEM 
Tempestade de 
relâmpagos em 
Jammu, na Índia: 
fenômeno elétrico é 
frequente durante o 
período das monções, 
entre abril e maio
9GE GEOGRAFIA 2017 
10 GE GEOGRAFIA 2017
CARTOGRAFIA
1 CONTEÚDO DESTE CAPÍTULOarrow Os elementos cartográficos ..........................................................................12arrow Coordenadas geográficas ..............................................................................14
arrow Fusos horários ..................................................................................................16
arrow Tipos de mapas .................................................................................................18
arrow Projeções cartográficas ..................................................................................20
arrow Como cai na prova + Resumo .......................................................................22
O avanço implacável do grupo extremista Estado Islâmico (EI) intensificou os con-flitos na já turbulenta região do Oriente 
Médio. Dotada de uma forte capacidade militar 
e operacional, a organização aproveitou-se dos 
conflitos sectários no Iraque e da guerra civil na 
Síria para conquistar vastos territórios nesses 
dois países. Em 2014, o EI desafiou a ordem 
mundial e anunciou a criação de um califado nas 
áreas ocupadas, ainda que esse suposto império 
islâmico não tenha legitimidade nem mesmo 
dentro do mundo árabe-muçulmano.
A tentativa de reconfigurar as frágeis fronteiras 
do Oriente Médio não é inédita na região. Com o 
desmembramento do Império Otomano, em 1920, 
o mapa do Oriente Médio foi redesenhado pelas 
mãos do Reino Unido e da França, por meio do 
Acordo Sykes-Picot. Para manter seus interesses 
estratégicos na região, as duas potências imperia-
listas vencedoras da I Guerra Mundial (1914-1918) 
estabeleceram suas áreas de dominação direta. 
Essas novas fronteiras artificiais redefiniram a 
ordem política do Oriente Médio. Civilizações 
milenares, que tinham fortes laços culturais em 
comum, foram separadas. Da mesma forma, popu-
lações com profundas divisões étnicas e religiosas 
foram agrupadas. Tudo para atender aos interesses 
econômicos das grandes potências ocidentais.
A atual instabilidade no Oriente Médio re-
presenta a mais intensa ameaça a suas frágeis 
fronteiras dos últimos anos. Além da ocupação de 
grande parte de seu território pelo EI, a Síria cor-
re o risco de se desmembrar
em virtude da brutal 
guerra civil, na qual diversas forças controlam 
uma determinada parte do país. Os curdos, por 
exemplo, são uma etnia que reivindica um Estado 
próprio e conquistaram autonomia em grandes 
áreas no norte do Iraque e da Síria. Somada a esse 
cenário caótico, ainda há a histórica reivindicação 
da Palestina pela criação de um Estado próprio 
nos territórios ocupados por Israel.
Essa situação evidencia a instabilidade das fron-
teiras políticas mundiais e como os mapas estão 
sempre sujeitos a mutações que refletem a criação 
de novos países. A última vez que o mapa-múndi 
sofreu uma alteração 
foi em 2011, com a cria-
ção do Sudão do Sul.
Neste capítulo, você 
fica sabendo mais sobre 
as diferentes formas de 
apresentar os mapas, 
sua utilidade e como 
fazer a leitura adequa-
da das representações 
cartográficas.
O avanço do grupo extremista Estado Islâmico, a guerra 
na Síria e o fortalecimento da população curda podem 
reconfigurar as fronteiras do Oriente Médio
Mapas em mutação
CONFLITO MAPEADO 
O general William Myville 
Jr., diretor de operações do 
Departamento de Defesa 
dos Estados Unidos, mostra 
mapa com os bombardeios 
norte-americanos às bases 
do grupo Estado Islâmico, 
em setembro de 2014
11GE GEOGRAFIA 2017 BRENDAN SMIALOWSKI/AFP
12 GE GEOGRAFIA 2017
CARTOGRAFIA OS ELEMENTOS CARTOGRÁFICOS
A cartografia é dotada de 
uma linguagem própria, 
com símbolos, indicadores e 
representações. Veja a seguir 
algumas dicas para interpretar 
corretamente os mapas
Tudo começou quando o homem pré-histórico passou a desenhar no interior das cavernas a loca-
lização de seu entorno. Foi assim que 
surgiram os primeiros mapas. À medida 
que o homem foi conquistando novos 
espaços, cruzando mares e aprimorando 
as técnicas cartográficas, os mapas se 
tornaram mais sofisticados. Hoje, com a 
ajuda de poderosos satélites, até mesmo 
as mais inóspitas regiões do planeta são 
reproduzidas com alta precisão.
Com o passar dos séculos, os mapas 
tiveram importantes funções estratégi-
cas: ajudaram a impulsionar a expansão 
marítimo-comercial europeia no século 
XV e atualmente são fundamentais para 
que as administrações públicas desen-
volvam projetos de organização territo-
rial. Com os mapas, é possível realizar 
variados tipos de levantamento, seja ele 
político, socioeconômico ou ambiental. 
Por isso, eles são imprescindíveis ao 
estudo da geografia física e humana e 
à compreensão dos principais temas 
que movem o mundo.
Qualquer representação geométri-
ca da superfície terrestre, ou mesmo 
de parte dela, pode ser considerada 
um mapa – desde o desenho pouco 
apurado do homem pré-histórico até 
o mais completo planisfério produzido 
pela Nasa recentemente. Sejam eles 
rudimentares, sejam eles complexos, 
é importante ressaltar que os mapas 
possuem uma linguagem própria, com 
símbolos, indicadores e representações 
que facilitam sua interpretação. Conhe-
ça mais os recursos utilizados pelos 
cartógrafos para reproduzir diferentes 
informações gráficas.
TÍTULO
O título é a nossa 
primeira aproximação 
com o mapa. Observá-lo 
com atenção pode 
“encurtar” o caminho 
da sua leitura e 
compreensão, pois 
nos permite conhecer, 
de imediato, qual é o 
conteúdo representado. 
Em geral, vem 
acompanhado do 
ano em que os dados 
foram coletados.
LEGENDA
A legenda é um dos elementos mais importantes 
do mapa, pois dá significado aos indicadores nele 
representados. Ela informa se os dados são percentuais 
ou absolutos, além do significado de cores, símbolos, 
linhas e demais recursos utilizados. 
A leitura da legenda deve ser feita em conjunto com a 
visualização da distribuição dos dados no mapa. Neste 
exemplo, as manchas mais escuras mostram os locais 
onde há maior concentração de pessoas por quilômetro 
quadrado. Note que o mapa não fornece os nomes 
dos países. Essas informações você pode aprender por 
meio da leitura atenta dos mapas políticos. Trata-se, 
aliás, de uma dica interessante: os mapas sempre 
se complementam. Portanto, ao estudar Geografia, 
lembre-se de olhar para os mapas com a mesma 
atenção que você olha para os textos, fotografias, 
gráficos e tabelas.
O fascinante 
universo 
dos mapas
FONTE
A fonte informa a 
origem (instituição, 
pesquisa etc.) dos dados 
utilizados para compor 
o mapa.
13GE GEOGRAFIA 2017 
ROSA DOS VENTOS
A rosa dos ventos indica 
a orientação geográfica, 
ou seja, para que lado se 
encontram, no mapa, os 
pontos cardeais (Norte, 
Sul, Leste e Oeste). Pode 
parecer bem óbvio que 
o Norte esteja na parte 
superior do mapa, pois 
esta é uma convenção 
internacional. 
Entretanto, em alguns 
tipos de mapas, como as 
plantas cartográficas e 
em projeções azimutais 
ou planas, o Norte nem 
sempre se encontra na 
parte superior do mapa.
ESCALA
A escala indica a relação entre o espaço verdadeiro 
e seu correspondente no mapa. A escala gráfica 
apresentada no mapa acima mostra que 1 centímetro 
equivale a 1.237,5 quilômetros nas dimensões reais. 
Já a escala numérica do mapa ao lado nos mostra que 
cada centímetro reproduzido equivale a 55,5 milhões de 
centímetros – ou 555 quilômetros nas dimensões reais.
Ao analisar os dois mapas, também é possível 
comparar reproduções cartográficas feitas em escalas 
pequenas e grandes. No mapa acima, reproduzido 
em uma escala pequena é possível identificar 
os continentes, a divisão política dos países e os 
oceanos, além dos locais com maior concentração 
de habitantes. Já no mapa ao lado, em escala maior, 
vemos uma área mais restrita – no caso, o território 
brasileiro. Assim, é possível observar os detalhes do 
contorno do país e identificar com mais precisão as 
áreas de maior densidade demográfica.
14 GE GEOGRAFIA 2017
CARTOGRAFIA COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Para encontrar determinado lu-gar, como a casa de alguém ou um órgão público, precisamos 
de um endereço, não é mesmo? Sa-
bendo o nome da cidade, do bairro, da 
rua e o número da casa, chegaremos 
ao destino. No entanto, nem todas as 
regiões do planeta têm um endereço 
com essas informações. Por isso, para 
obtermos a localização de qualquer 
ponto ou área da superfície terrestre, 
BRASÍLIA
EQUADOR
15º47’S
47º55’O
MERIDIANO DE GREENWICH
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULOPOLARANTÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
utilizamos as coordenadas geográficas. 
Trata-se de um sistema obtido a partir 
do cruzamento de uma rede de linhas 
imaginárias – os meridianos e paralelos:
• Os meridianos cruzam a Terra no 
sentido norte-sul, de um polo ao outro 
do globo. Os meridianos nos indicam 
a longitude, que é a distância expressa 
em graus entre um local no mapa e o 
meridiano de Greenwich.
Localização precisa
Um sistema de eixos horizontais e verticais constituem 
as coordenadas geográficas, que nos ajudam a identificar 
qualquer posição na superfície terrestre
• Os paralelos são linhas perpendiculares 
aos meridianos, que cruzam a Terra no 
sentido leste-oeste. Eles determinam a 
latitude, também expressa em graus, e 
nos indica a distância entre um local no 
planisfério e a linha do Equador. 
Para localizar qualquer ponto na su-
perfície terrestre é só fazer o cruzamento 
do meridiano com o paralelo e obter os 
dados referentes a latitude e longitude. 
MERIDIANO DE GREENWICH
O meridiano de Greenwich, que ganhou esse nome 
por passar pela cidade de Greenwich, na Inglaterra, 
divide o planeta em Ocidente e Oriente. A partir dele, as 
distâncias são contabilizadas de zero a 180 graus, tanto 
para leste quanto para oeste. A longitude de um lugar é 
a sua distância até o meridiano de Greenwich – quanto 
mais
distante, maior será sua longitude. A longitude 
de Brasília, por exemplo, é de 47º55’O – lê-se 47 graus e 
55 minutos de longitude oeste. Ou seja, Brasília está a 
cerca de 47 graus a oeste do meridiano de Greenwich.
Também é comum informar no lugar das iniciais dos 
pontos cardeais (N, S, L e O) um sinal de + (positivo) 
para as latitudes norte e longitudes leste e, em 
contrapartida, um sinal de – (negativo) para as 
latitudes sul e longitudes oeste. 
LINHA DO EQUADOR
A linha do Equador é equidistante em relação aos polos 
Norte e Sul da Terra e serve como referência para traçar 
os paralelos, como os trópicos de Câncer e Capricórnio e 
os círculos polares Ártico e Antártico. Ela divide o planeta 
em porção norte, ou setentrional, e sul, ou meridional. 
As linhas que partem do Equador são divididas de zero 
a 90 graus para as duas direções. A latitude de um lugar 
é determinada por sua distância em relação à linha do 
Equador – quanto mais longe, mais alta é a latitude de um 
ponto. A latitude de Brasília, por exemplo, é 15º47’S – lê-se 
15 graus e 47 minutos de latitude sul. Ou seja, a cidade 
fica a pouco mais de 15 graus ao sul da linha do Equador. 
15GE GEOGRAFIA 2017 
POR QUE AS COORDENADAS 
SÃO MEDIDAS EM GRAUS?
Geralmente as distâncias são medidas em metros ou quilômetros. 
Por que então a latitude e a longitude são medidas em graus? Ocorre 
que, apesar de a maioria dos planisférios não mostrar isso, estamos 
tratando da medida de uma superfície curva, pois a Terra tem a forma 
arredondada. Assim, essas medidas equivalem à abertura do ângulo 
entre as linhas imaginárias traçadas a partir do centro da Terra até a 
linha do Equador (latitude) e do centro da Terra até o Meridiano de 
Greenwich (longitude). Veja o exemplo de Brasília, nas figuras abaixo:
SAIBA MAIS
BÚSSOLAS, PORTULANOS E GPS
Da Idade Média (séculos V a XV) ao período das Grandes Navegações 
(séculos XV a XVII), a localização geográfica era obtida por meio da 
observação dos astros – a posição do Sol durante o dia e das cons-
telações e da Lua à noite, por exemplo. As distâncias e as direções 
a serem seguidas eram obtidas pela leitura atenta da bússola e das 
Cartas Portulanas ou Mapas Portulanos.
A bússola, cuja invenção é creditada aos chineses, foi fundamental 
para a navegação marítima no período das Grandes Navegações. Sua 
agulha imantada alinha-se com os polos magnéticos Norte e Sul da 
Terra e, dessa forma, permite que o navegador possa localizar-se e 
seguir na direção desejada. O desenvolvimento das Cartas Portulanas 
também facilitou a navegação, à medida que traziam as linhas de rumo 
para orientar o trajeto das embarcações, além de mostrar detalhes do 
litoral e a indicação dos principais portos, baías e cidades, como mostra 
este exemplo que representa o Mar Mediterrâneo e o seu entorno.
Atualmente, dispomos de tecnologias infinitamente mais precisas para 
obter as coordenadas geográficas e identificar praticamente qualquer 
lugar no planeta. Esses dados são facilmente levantados pelo GPS 
(Global Positioning System), um sistema composto por 24 satélites 
que fornece a um aparelho receptor sua posição exata na superfície 
terrestre. As informações são visualizadas a partir de aparelhos de 
GPS, celulares e computadores de bordo em automóveis, aviões e 
navios e são fundamentais para a navegação terrestre, marítima ou 
aérea hoje em dia. 
[1] ALEX ARGOZINO [2] REPRODUÇÃO 
[1]
[2]
Fonte: Atlas Geográfico Mundial. Editora Fundamento, 2007. p. 4
16 GE GEOGRAFIA 2017
CARTOGRAFIA FUSOS HORÁRIOS
Os fusos horários foram estabele-cidos porque, em razão do mo-vimento de rotação da Terra, as 
várias porções da superfície terrestre 
são iluminadas de forma diferencia-
da no decorrer do dia. Para dar uma 
volta completa em torno de si, o pla-
neta gira 360º e faz isso em um dia, ou 
seja, em 24 horas. Dessa forma, foram 
determinadas 24 faixas longitudinais 
(no sentido norte-sul do globo) de 15º. 
Cada faixa, denominada de fuso horário 
teórico ou astronômico, corresponde, 
portanto, a 1 hora.
O fuso de referência do horário mun-
dial é o de Greenwich, localidade situa-
da em Londres, na Inglaterra. Esse fuso 
se estende 7º 30’ a oeste e 7º 30’ a leste 
do Meridiano de Greenwich, também 
chamado de Meridiano 0º. A partir 
dele, foram definidos os demais fusos 
teóricos – indo para leste, acrescenta-
-se uma hora a cada fuso; para oeste, 
subtrai-se uma hora.
Entretanto, esses limites teóricos 
dos fusos horários, delimitados a cada 
15º, não coincidem com os limites dos 
países. Por isso, foram criados os fusos 
horários práticos, também conhecidos 
como fusos civis ou políticos. Esses 
fusos respeitam os limites políticos dos 
países, pois consideram os interesses 
de cada nação em fazer parte de um ou 
de outro fuso, de acordo, por exemplo, 
com a integração econômica, política e 
sociocultural com as regiões vizinhas. 
Como os limites das linhas são uma 
convenção, os fusos acabam sendo 
maleáveis. Em novembro de 2013, por 
exemplo, o Brasil passou a ter quatro 
fusos horários, em vez de três. Com a 
medida, os fusos do estado do Acre e 
de parte do Amazonas foram modifica-
dos, a partir de uma leve adaptação do 
meridiano. E essas mudanças ocorrem 
no mundo todo. Em 2010, a Rússia, que, 
com sua vastidão territorial tinha 11 
fusos horários, decidiu reduzir para 
nove. Além disso, alguns países ado-
tam as chamadas “horas fracionadas”, 
como o Irã (3 horas e meia a mais em 
relação ao fuso de Greenwich) e a Índia 
(5 horas e meia a mais em relação ao 
fuso de Greenwich).
Acertando os ponteiros
Com base nos meridianos e no sistema de 
rotação da Terra, o sistema de fusos horários 
ajuda a organizar as horas em diversas 
localidades do globo
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
CÍRCULO ANTÁRTICO
CÍRCULO ÁRTICO
EQUADOR
A N T Á R T I C A
Brasília
Lima
Cidade 
do México
Ilhas Galápagos
Honolulu
Tonga
Georgetown
Dacar
Trípoli
Cairo
Berlim
Luanda
Cidade
do Cabo
Maputo
Jerusalém
Riad
Nairóbi
Adis-Adeba
Moscou
Samara
Teerã
Astana
Nova
Délhi
Pequim
Tóquio
Hong
Kong
Seul
Pyongyang
Jacarta
Melbourne
Sydney
Manila
Lisboa
Londres
Paris
Bogotá
Cidade do
Panamá
Nova York
Ottawa
Washington
Vancouver
Los Angeles
San Francisco
Tijuana
Buenos
Aires
+13
+13
-3
-4
+9
+5
+3
+4
+12
-9
Wellington
Reykjavik
Ilhas da Linha
Ilhas
Marquesas
Ilha
Pitcairn
Ilha
de Páscoa
Ilhas
Malvinas
Ilhas
Geórgia
do Sul
Taiti
Paramaribo
Belém
La Paz
Rio Branco
Cuiabá
Assunção
Manaus
Caracas
Santo
Domingo
Quito
Seattle
Edmonton
Anchorage
Whitehorse
Açores
Samoa
Santiago Montevidéu
Houston Miami
Havana
New
Orleans
Chicago
St. Louis
Halifax
St. John’s
MontrealWinnipeg
Denver
Phoenix
Túnis
Argel
Casablanca
Lagos
Abidjan
Johannesburgo
Antananarivo
Cartum
Campala
Lusaka
Kinshasa
Windhoek
Fernando
de Noronha
Bagdá
Murmansk
Helsinque
São
Petersburgo
Roma
Viena
EstocolmoOslo
Istambul
Atenas
KievVarsóviaDublin
Madri
Meca Mascate
Yangun
Bangcoc
Dili
Adelaide
Brisbane
Perth
Cingapura
Colombo
Mumbai
Karachi
Calcutá
Katmandu
Lhasa
Ashkhabad
Tashkent
Cabul Xi’an
Ulan
Bator
Irkutsk
Vladivostok
Xangai
Taipé
Petropavlovsk
Magadan
YakutskYekaterinburgo
Ilhas
Chatham
Oceano Pacífico
Oceano Pacífico
Oceano Ártico Oceano Ártico
Oceano
Atlântico
Oceano
Índico
Manágua
Kiribati
+3
Omsk
+6
+8
+5
Hanói
1h 2h 3h 4h 5h 6h 7h 8h 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h 19h 20h 21h 22h 23h 0h0h
-12 +12-11
+11-10 +10-9 +9-7 +7-6 +6-5 +5-4 +4-3 +3-2 +2-1 +10-8 +8
150º O 120º 90º 60º 60º 90º 120º 150º L 180º180º 30º 30º0º
Horário Universal
de Greenwich
Horário fracionado
Linha Internacional de Data
+8
Novosibirsk
Krasnoyarsk
Bucareste
Fonte: World Time Zone
N
1.780 km
OLHA A HORA! Para determinar o horário em 
um país, deve-se aumentar uma hora no relógio 
para cada fuso a leste de Greenwich e diminuir 
uma hora para cada fuso a oeste dele 
17GE GEOGRAFIA 2017 
HORÁRIO DE VERÃO
Com o horário de verão, o Brasil mantém seus 
quatro fusos, mas muda a disposição deles, pois 
as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste adiantam 
o relógio em uma hora. O objetivo é aproveitar 
melhor a luz solar, já que, durante o verão, quan-
to maior a latitude, maior o fotoperíodo – o Sol 
nasce mais cedo e se põe mais tarde. 
A medida provoca uma importante redução 
no consumo de energia durante os horários de 
maior consumo, sobretudo das 18h às 20h, o 
que reduz a sobrecarga no sistema elétrico e 
os riscos de apagões. Nos estados localizados 
em latitudes mais baixas (mais próximos da 
linha do Equador), como no Nordeste, Norte e 
Centro-Oeste, há pouca variação do fotoperío-
do e, por isso, não compensa fazer a mudança 
para o horário de verão. Nesses estados, mes-
mo que houvesse alguma economia de energia 
à tarde, a mudança provocaria um aumento 
no consumo de energia no início da manhã. 
O horário de verão começa no terceiro domin-
go de outubro e termina no terceiro domingo 
de fevereiro. Se neste último for carnaval, o 
encerramento fica para o domingo seguinte.
COREIA DO NORTE ATRASA HORÁRIO EM 30 
MINUTOS E ADOTA ‘HORA DE PYONGYANG’
A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira (7) a adoção da “hora 
de Pyongyang”, que exigirá um atraso de todos os relógios do país 
em 30 minutos a partir de 15 de agosto. Com a decisão, a “hora de 
Pyogyang” será GMT + oito horas e meia, 30 minutos mais tarde que 
na Coreia do Sul, que tem a mesma hora do Japão, GMT + 9.
A alteração do horário no país foi aprovada na quarta-feira pelo 
Parlamento norte-coreano, e marcará o 70º aniversário da libertação 
da península coreana do reinado colonial japonês (1910-1945).(...)
Na era pré-colonial, a hora da Coreia era GMT + 08H30, o que foi 
modificado pelo Japão em 1912.(...)
G1, 7/8/2015 
SAIU NA IMPRENSA
OS FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL
Exemplos da variação dos horários nos fusos brasileiros quando 
em Londres (fuso de referência) são 15 horas
As regiões Sul, Sudeste e Nordeste, o Distrito Federal e os estados 
de Goiás, do Tocantins, Pará e Amapá acompanham o horário de 
Brasília. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e a 
maior parte do Amazonas têm uma hora a menos. Já um pequeno 
trecho do Amazonas e o Acre passaram a ter duas a menos que Brasília 
com a mudança de fuso implementada em 2013.
Com as alterações, o Brasil ficou com quatro fusos horários. No 
alto, os relógios mostram os diversos horários quando é meio-dia em 
Brasília. Note como Fernando de Noronha e as ilhas oceânicas estão 
mais “adiantados” em relação aos horários do Brasil continental: 
nessas regiões já são 13 horas.
DF
PA
GO
AP
MA
PI
BA
CE
PE
SP RJ
ES
AC
AM
RR
RO
MT
MS
PR
SC
MG
TO
RS
11h10h 12h 13h
Atol das
Rocas (RN)
3’52’S
33’50’O
Penedos de
S. Pedro e
S. Paulo (RN)
3’56’S
29’22’O
Fernando de
Noronha (PE)
3’50’S
32’24’O
*Em relação ao
horário de Greenwich
-4h
-5h
-2h
-3h
FUSO
HORÁRIO*
RN
PB
AL
SE
1h
entram no 
horário de verão
não entram no
horário de verão
SAIBA MAIS
18 GE GEOGRAFIA 2017
Grandes
Lagos
Aconcágua
6.959 m
Mte. McKinley
6.194 m
Amazon
as
Cordilheira dos Andes
Apa
lac
hes
Pico da 
Neblina
3.014 m
Sã
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ra
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M
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iss
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i
M
ontanhas Rochosas
CARTOGRAFIA TIPOS DE MAPA
Veja como as diversas formas 
de representar o espaço 
geográfico podem alterar 
o modo como enxergamos 
o planeta
Representação: é essa a ideia que norteia a construção de um mapa. Ocorre que, obvia-
mente, o tamanho e a complexidade 
do planeta não cabem no papel. Desse 
modo, é preciso fazer escolhas para 
conseguir mostrar, num espaço tão res-
trito, o máximo daquilo que comporta 
o mundo real. 
Dessas escolhas é que resultam as 
diversas maneiras de representar um 
território, que pode se dar com base 
em focos variados, como seus aspectos 
físicos, políticos ou sociais. Cada um 
desses recortes, por sua vez, abarca ou-
tras subdivisões. A representação física 
do planeta, por exemplo, engloba mapas 
de hidrografia e relevo, entre outros. 
Todas essas divisões são importantes 
tanto por seu caráter teórico, ao faci-
litar o estudo de uma área, quanto pela 
aplicação prática desse conhecimento, 
ao nortear a implantação de políticas 
de saúde ou ambientais. 
Entretanto, com tantas possibilidades, 
é preciso atenção na hora de ler os ma-
pas e avaliar as conclusões tiradas com 
base em sua análise. Afinal, como vimos, 
eles mostram apenas uma parte da re-
alidade. Assim, dependendo do ponto 
de vista adotado para sua construção, 
eles podem acabar servindo para in-
fluenciar – positiva ou negativamente – 
o modo como enxergamos determina-
da área ou algum fenômeno. Confira a 
seguir alguns dos principais tipos de 
mapas e o que eles representam.
Vários mapas, 
diferentes 
leituras
MAPAS FÍSICOS
Este tipo de mapa destaca as 
características físicas da superfície 
terrestre, em especial de relevo e 
hidrografia. Geralmente, as diferentes 
faixas de altitudes são apresentadas por 
meio de uma sequência de cores: nas terras 
emersas, os tons em verde são usados para 
altitudes mais baixas, seguidos do amarelo, 
laranja e marrom, sucessivamente, para as 
altitudes mais elevadas. 
Também constam nos mapas físicos 
denominações das unidades de relevo 
que se destacam no território, como 
cadeias montanhosas, serras, planaltos 
e planícies, bem como os picos mais 
elevados. Quanto à hidrografia, são 
representados com traços azuis os 
grandes rios e seus principais afluentes 
e subafluentes. Os principais lagos 
também são identificados.
MAPAS POLÍTICOS
É este recorte que dá aos mapas a cara 
que mais conhecemos: os continentes 
divididos em países, os países divididos 
em regiões e estas, em cidades (veja, 
ao lado, os 35 países do continente 
americano). Seu objetivo é simplesmente 
demarcar os limites entre territórios, que 
podem mudar no decorrer dos anos.
As fronteiras entre as nações, por 
exemplo, sofreram muitas mudanças no 
decorrer da história. As atualizações do 
mapa-múndi atingiram número recorde 
no século XX, por causa do turbilhão de 
eventos ocorridos no período, como o 
desmembramento da ex-União Soviética. 
A mais recente alteração no mapa político 
ocorreu em 2011, com o desmembramento 
do Sudão, que deu origem ao Sudão 
do Sul. Em suma, aparecer ou não no 
mapa significa ter a própria existência 
reconhecida pelo resto do mundo.
19GE GEOGRAFIA 2017 
VOCÊ SABIA?
ANAMORFOSES, OS MAPAS DISTORCIDOS
Os mapas têm como objetivo apresentar de forma mais fiel possível 
o espaço geográfico, certo? Mais ou menos. Existem alguns tipos de 
representação cartográfica que distorcem o tamanho e o traçado das 
regiões para reforçar o efeito comparativo sobre o tema apresentado. 
Esses mapas recebem o nome de anamorfoses e costumam cair nos 
vestibulares com certa frequência.
Nesta anamorfose, o tamanho de cada país é proporcional ao seu 
Produto Interno Bruto (PIB) e não à sua extensão territorial. Logo, 
chama a atenção o aumento de tamanho dos Estados Unidos, dono 
da maior economia do mundo, com 17,4 trilhões de dólares.
Por sua 
vez, note como o Canadá, que tem a segunda maior extensão territorial 
do planeta, atrás apenas da Rússia, ficou representado de uma forma 
bem menor nesta anamorfose. Isso acontece porque o gigantismo de 
sua área não é proporcional ao seu PIB. Já o mapa do Brasil apresenta 
poucas distorções na comparação entre economia e área.
MAPAS TEMÁTICOS
São mapas que representam dados 
sobre determinados temas, permitindo 
observar as características de uma 
região e estabelecer comparações 
entre os países apresentados. Os temas 
abordados podem ser os mais diversos, 
da economia à cultura, passando por 
demografia e meio ambiente. 
Neste exemplo, os países da América são 
agrupados a partir de sua classificação 
no ranking mundial do Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH). 
O indicador, apurado pela Organização 
das Nações Unidas (ONU), serve 
para medir as variações no padrão 
de qualidade de vida das diferentes 
populações do globo, levando em conta 
três fatores: educação, longevidade e 
renda. Ao observarmos o mapa de IDH 
do continente americano acima, 
notamos que Estados Unidos, Canadá, 
Chile e Argentina são as únicas nações 
com IDH muito alto, enquanto o Haiti é a 
única nação com baixo desenvolvimento 
humano. O Brasil, junto com países como 
Venezuela e México, tem IDH alto.
Índice de 
Desenvolvimento 
Humano (2014) 
Muito Alto 
Alto 
Médio 
Baixo 
Dados não disponíveis
Estados Unidos
Canadá
Argentina
Chile
Cuba
Venezuela
Haiti
Brasil
México
PARA IR ALÉM 
Confira dezenas de 
anamorfoses sobre os 
mais diversos temas no site 
www.worldmapper.org.
Estados Unidos
Canadá
Brasil
20 GE GEOGRAFIA 2017
CARTOGRAFIA PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Ao longo dos séculos, os cartó-grafos vêm se empenhando em desenvolver mapas-múndi da 
forma mais fiel possível. O problema é 
que a Terra tem um formato esférico,
com um leve achatamento nos polos. 
O maior desafio na criação dos mapas, 
portanto, é representar este planeta 
esférico em uma superfície plana. Para 
ter uma ideia da dificuldade de fazer
essa transposição, no decorrer dos anos 
surgiram mais de 200 tipos de projeção 
cartográfica. E todas apresentam algum 
tipo de distorção.
Forma e
conteúdo
O desafio de reproduzir a 
superfície esférica da Terra 
pp
em um mapa plano levou ao 
p
surgimento de uma infinidade
p pp
de projeções cartográficas.
gg
Conheça a seguir os tipos
p j ç gj ç g
mais comuns
ç
Equador
Gr
ee
nw
ic
h
Trópico de Capricórnio
Trópico de Câncer
60˚
60˚
20˚
20˚
Trópico de Câncer
Equador
180˚
160˚
140˚
120˚ 100˚ 80˚ 60˚
40˚
20˚
0˚
Greenwich
Polo
Norte
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Este tipo de projeção é produzido como 
se um cilindro envolvesse a esfera
terrestre e fosse então planificado. 
A projeção cilíndrica ainda consegue 
representar com menos distorções as 
baixas latitudes. 
PROJEÇÃO CÔNICA
Neste tipo de projeção, a representação 
é feita como se um cone envolvesse 
o planeta e depois fosse planificado. 
Essa projeção é utilizada para mapas 
de latitudes médias, pois nessa região a 
distorção é menor. 
PROJEÇÃO PLANA 
OU AZIMUTAL
O mapa é construído sobre um plano que 
tangencia algum ponto da superfície 
terrestre. Seu uso mais comum é para
melhorar a visibilidade das regiões 
polares e de suas proximidades.
AS DIFERENTES REPRESENTAÇÕES DA ESFERA TERRESTRE
Dependendo da figura geométrica utilizada para desenvolver o mapa, as projeções podem ser classificadas da seguinte forma:
21GE GEOGRAFIA 2017 
CONFORME
Prioriza a forma, ou seja, o contorno 
dos continentes e oceanos e distorce 
a área, principalmente nas latitudes 
maiores. Na Projeção de Mercator ao 
lado, a Groenlândia, que tem cerca de 
2,8 milhões de quilômetros quadrados, 
aparece no mapa com quase o mesmo 
tamanho da África, com seus mais de 
30 milhões de quilômetros quadrados.
EQUIVALENTE
Mantém a equivalência da área, 
ou seja, a proporção entre as áreas 
reais e sua representação nos mapas. 
No entanto, as formas ficam distorcidas, 
como a América do Sul e a África, que 
aparecem mais alongadas no mapa, como 
se nota na Projeção de Peters.
EQUIDISTANTE
Representa com maior fidelidade as 
distâncias, por isso é frequentemente 
adotada para definir rotas aéreas e 
marítimas. No entanto, ela distorce as 
formas e as áreas. As projeções planas ou 
azimutais, descritas na página ao lado, 
também são consideradas equidistantes. 
ARBITRÁRIA OU AFILÁTICA
Não se prende totalmente a nenhuma 
regra, distorcendo tanto a área como 
a forma, porém sem exagerar essas 
distorções, buscando um resultado 
mais equilibrado. O exemplo mais 
representativo é a Projeção de Robinson, 
utilizada na maior parte dos atlas 
e livros escolares.
DIFERENTES PROJEÇÕES CAUSAM POLÊMICA
As projeções também podem ser classificadas de acordo com os parâmetros utilizados 
para conservar ou distorcer as áreas:
SAIBA MAIS
AS IMAGENS DE SATÉLITES
Os satélites são instrumentos essenciais para 
a obtenção de imagens da superfície terres-
tre com grande riqueza de detalhes. A partir 
dessas informações, os cartógrafos produzem 
mapas temáticos, monitoram problemas am-
bientais, como o desmatamento e a poluição 
das águas, descobrem novas riquezas, como ja-
zidas minerais, entre inúmeras outras funções. 
A obtenção de imagens de satélite faz parte de 
um conjunto de técnicas conhecidas como sen-
soriamento remoto. Como a própria expressão 
já diz, trata-se de uma forma de obter imagens 
com sensores localizados à distância. Depen-
dendo das variações que as características físi-
cas da superfície terrestre apresentam, ocorrem 
diferentes índices de reflexão da luz solar ou das 
radiações dos sensores ativos dos satélites. As 
águas, por exemplo, tendem a absorver maior 
quantidade de energia, enquanto construções 
(prédios, estradas, pontes etc.) ou mesmo o solo 
exposto refletem mais a energia incidente. Desta 
forma, é possível identificar as características 
naturais e da ocupação humana de uma deter-
minada área. Existem ainda filtros utilizados para 
realçar alguma caraterística, como as variações 
do relevo, dos recursos minerais, da vegetação 
ou das águas, por exemplo.
CORES E TEXTURAS Nesta imagem da região 
metropolitana de São Paulo, as porções de 
água estão representadas na cor preta, as áreas 
urbanizadas na cor rosa, a vegetação na cor 
verde e o solo exposto na cor marrom
INPE
22 GE GEOGRAFIA 2017
COMO CAI NA PROVA
1. (Fuvest 2014) Observe estes mapas:
a) Identifique duas diferenças significativas entre os mapas, quanto à forma de 
representação cartográfica.
b) Qual era o principal objetivo de cada mapa, considerando os diferentes 
contextos históricos em que foram criados? 
RESOLUÇÃO
a)Uma primeira diferença são tecnologias distintas: em 1519, as técnicas de produção 
de mapas eram rudimentares, se comparadas às utilizadas atualmente. No caso s
do primeiro mapa, um Portulano utilizado no período das grandes navegações, as
informações apresentadas eram pouco precisas quanto à localização dos fenômenos 
representados e à delimitação do território brasileiro. Já o mapa de 2009 conta
com técnicas como projeção cartográfica, escala, legenda e divisão política. Outra 
diferença é quanto ao conhecimento científico acumulado sobre o território. Em 
1519, como eram escassos os conhecimentos sobre a vegetação brasileira, o mapa 
era preenchido por ilustrações (legenda pictórica). O mapa de 2009 apresenta os 
principais tipos de vegetação do país em sua cobertura original, revelando maior 
precisão quanto aos seus limites como resultado de estudos científicos sistemáticos.
b)No
mapa de 1519 evidencia-se o caráter descritivo, voltado para a representação
dos recursos naturais existentes nas colônias ou terras que estavam sendo dis-
putadas pelas grandes metrópoles. O mapa de vegetação publicado em 2009 tem 
uma conotação científica e seu objetivo é representar, com a precisão permitida 
pela escala adotada, as áreas de cobertura original das formações vegetais em
território brasileiro.
2. (IFSC 2014 – adaptada) A seguir, apresentam-se os dados de uma passagem 
de avião comprada de Santarém/PA para Manaus/AM:
Voo: D5Z81
Data: 28/07/2012
Itinerário: 
Saída: STM – Santarém/PA – Horário: 15:00
Chegada: MAO – Manaus/AM – Horário: 15:15
Tendo em vista os dados apresentados na passagem sobre o tema fusos horários, 
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
a) A viagem entre Santarém/PA e Manaus/AM dura, na verdade, 1 hora e 15
minutos, porque as duas cidades estão em fusos horários diferentes. 
b) O fuso horário de Santarém é o mesmo que o de Brasília, e o de Manaus está 1 
(uma) hora adiantado em relação ao fuso da capital federal; por esse motivo é 
que a diferença entre o horário de saída e o de chegada é de apenas 15 minutos.
c) Desde junho de 2008, todo o território do estado do Pará, onde se localiza
Santarém, está sob o horário de Brasília durante a maior parte do ano. 
d) Uma passagem de avião, emitida no dia 12 de dezembro de 2012, com saída 
de Santarém/PA, marcada para as 15 horas, teria impresso, como horário de 
chegada em Manaus/AM, 16 horas e 15 minutos, já que, durante o período do
horário de verão, as duas cidades passam a ter a mesma hora legal. 
e) O percurso de avião entre Santarém/PA e Manaus/AM é realizado de leste
para oeste, e por isso, ao atravessar o fuso horário, deve-se atrasar o relógio. 
f)Um percurso de avião do Recife/PE para o arquipélago de Fernando de Noronha, 
realizado durante a mesma data e horário de saída, teria também a mesma hora 
de chegada, se levasse um tempo de voo igual ao da rota entre Santarém/PA e Ma-
naus/AM, já que comparativamente possuem a mesma diferença de fuso horário. 
RESOLUÇÃO
A questão rerr quer o conhecimento dos fusos horários do Brasil e a localização das
cidades de Manaus (AM) e Santarém (PA). Veja o mapa e os comentários a seguir.
a) CORRETA – A cidade de Manaus, por estar localizada um fuso a oeste da cidade
de Santarém, tem uma hora a menos. Assim, quando o avião chegou em Manaus 
às 15h15, na cidade de origem (Santar(( ém) já eram 16h15, ou seja, já haviam se m
passado 1h15min desde a sua partida.
b) INCORRETA – A afirmação é falsa, pois o fuso em que se encontra Manaus está 
uma hora atrasada (e não adiantada, como se afirma) em relação a Brasília.
c) CORRETA – O Pará encontra-se no mesmo fuso de Brasília. A referência feita à 
“maior parte do ano” subentende que se deve considerar o horário de verão, 
que é adotado em Brasília, mas não no Pará.
d) INCORRETA – Os estados da região Norte não adotam o horário de verão, pois
se encontram próximos da linha do Equador (baixa latitude), onde a pequena 
variação do fotoperíodo (período com luz solar) não favorece a mudança do 
horário para fins de economia de energia.
e) CORRETA – No sentido leste-oeste, situação descrita no enunciado, há uma 
hora a menos a cada fuso. Portanto, essa afirmação está correta.
f) INCORRETA – O arquipélago de Fernando de Noronha localiza-se no sentido
oposto, ou seja um fuso a leste de Recife. Dessa forma, seria necessário acres-
centar uma hora para se obter o horário de chegada.
arrow SAIBA MAIS
Veja onde se localizam Manaus e Santarém no maparr , seus respectivos fusos a horários
e o que muda no período em que é adotado o horário de verão.
-4h-5h -3h -2h *Em relação aohorário de Greenwich
FUSO HORÁRIO*
HORÁRIO REGULAR HORÁRIO DE VERÃO
rémrérérrérrrérSantaréaréaréManaus rrérrémréréréSantaréréréManaus
23GE GEOGRAFIA 2017
RESUMO
Cartografia
ELEMENTOS DOS MAPAS São as informações que acompa-
nham os mapas e a eles dão significado. Os principais elementos
são o título, a legenda (indica o significado dos símbolos, cores
e demais recursos utilizados nos mapas), a rosa dos ventos 
(indica os pontos cardeais), a fonte dos dados e a escala, que
determina a proporção em que o mapa foi feito, comparado 
à superfície real.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS São valores em graus, minutos 
e segundos obtidos a partir do cruzamento dos meridianos
(linhas imaginárias traçadas no sentido norte-sul) e dos para-
lelos (linhas imaginárias traçadas no sentido leste-oeste). As 
coordenadas são fundamentais para a localização de qualquer 
ponto ou área na superfície terrestre. O ponto de referência dos
paralelos é a linha do Equador, enquanto dos meridianos é o 
meridiano de Greenwich. Os paralelos determinam a latitude 
e os meridianos indicam a longitude. 
FUSOS HORÁRIOS São faixas longitudinais (que se estendem
no sentido norte-sul no globo terrestre) criadas para organizar a
hora mundial. Inicialmente foram determinadas 24 faixas, cada
uma com 15 graus. A hora adotada em cada país, no entanto, 
foi regulamentada com base nos fusos horários práticos, que
acompanham os limites territoriais dos países ou estados,
de acordo com os interesses político-econômicos regionais.
O ponto de referência do horário mundial é o meridiano de
Greenwich, na Inglaterra: indo para leste, adianta-se o relógio; 
para oeste, deve-se atrasá-lo. Muitos países adotam o horário 
de verão, adiantando o relógio em uma hora para aproveitar 
melhor a luz solar e reduzir o consumo de energia.
TIPOS DE MAPAS De acordo com o tipo de informação que 
representam, os mapas podem ser classificados como: mapas
políticos, que mostram os limites político-territoriais dos 
países; mapas físicos, com as principais características de
relevo e hidrografia; e os mapas temáticos, que representam 
algum tema ou assunto específico, como dados econômicos,
populacionais ou ambientais. As anamorfoses aumentam ou 
diminuem o tamanho dos países ou continentes de acordo 
com os dados quantitativos que estão sendo representados.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS São técnicas utilizadas para
representar a Terra, que é esférica, em uma superfície plana.
As principais projeções são classificadas de acordo com a figura
geométrica utilizada para representar a superfície terrestre: 
cilindro (projeção cilíndrica); cone (projeção cônica) e plano
(projeção plana ou azimutal). Há distorções em todas as pro-
jeções, sendo que em cada uma se prioriza uma determinada 
propriedade: a área, a forma ou as distâncias. A projeção de 
Mercator é mais precisa nas distâncias, mas distorce as áreas. 
Já a projeção de Peters privilegia o tamanho da área, porém
não consegue apresentar as formas de maneira fiel.
3. (Fuvest 2011) Observe o mapa abaixo, no qual estão representadas cidades 
africanas em que ocorreram jogos da seleção brasileira de futebol pouco antes 
e durante a Copa do Mundo de 2010.
As distâncias*, em linha reta e em km, entre Johannesburgo e as demais cidades 
localizadas no mapa, estão corretamente indicadas em:
Dar es Salaam Harare Durban Porto Elizabeth
a) 25.900 9.100 5.600 10.500
b) 18.900 5.380 870 4.600
c) 2.590 910 560 1.050
d) 259 91 56 105
e) 1.890 530 87 460
*Valores aproximados.
RESOLUÇÃO
Para responder ao item, deve-se ler com atenção as informações disponíveis no
mapa, principalmente a sua escala, que é de 1:70.000.000. Isso significa que cada 
centímetro no mapa corresponde na realidade a 700 quilômetros. Dessa forma,
para saber a distância real entre as cidades africanas, deve-se multiplicar por 700 
as distâncias das cidades fornecidas no mapa em relação a Johannesburgo. Assim, 
obtêm-se os seguintes resultados, que correspondem à alternativa Css :CC
Cidade Cálculo da escala real Resultado
Dar Es Salaam (Tanzânia) 3,7 cm X 700 km 2.590 km
Harare (Zimbábue) 1,3 cm X 700 km 910 km
Durban (África do Sul) 0,8 cm X 700 km 560 km
Porto Elizabeth (África do Sul) 1,5 cm X 700 km 1.050 km
Resposta: C
24 GE GEOGRAFIA 2017
LITOSFERA
2
O dia 5 de novembro de 2015 ficará marcado na história pelo maior desastre ambiental já ocorrido no Brasil. Na tarde daquela 
quinta-feira, a barragem do Fundão, na zona rural 
de Mariana (MG), rompeu-se, liberando cerca de 
50 milhões de metros cúbicos de rejeitos da produ-
ção de minério de ferro, formados principalmente 
por óxido de ferro, água e lama. A enxurrada tóxica 
devastou o distrito de Bento Gonçalves, próximo 
à barragem, matando 17 pessoas, deixando duas 
desaparecidas e desalojando outras centenas. Dez 
cidades foram atingidas pelo tsunami de lama, 
que avançou pelo Rio Doce e percorreu mais de 
600 quilômetros até chegar ao litoral do Espírito 
Santo. A barragem pertence à empresa Samarco, 
que é controlada por duas gigantes da mineração, a 
brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. 
O desastre, o maior relacionado à mineração 
já ocorrido no mundo, levantou questões sobre 
a segurança da atividade mineradora no Brasil. 
O país conta com uma legislação recente sobre 
o tema, em vigor desde 2010, que estabeleceu a 
Política Nacional de Segurança de Barragens, 
mas ainda não está totalmente regulamentada. 
Um projeto que estabelece o Novo Código de 
Mineração tramita há cinco anos no Congresso 
Nacional, colocando em lados opostos parla-
mentares ligados ao meio ambiente e aqueles 
que defendem os interesses das mineradoras.
O fato é que a atividade é uma importante fonte 
de riqueza e geração de empregos. Minas Gerais 
localiza-se na região do Quadrilátero Ferrífero, 
área formada por rochas metamórficas que abri-
gam importantes depósitos de minérios. Devido 
a essa característica, o estado tem sua economia 
fortemente atrelada à mineração, que responde 
por 7,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Em 
Mariana, 80% da arrecadação municipal vinha 
da extração mineral antes do desastre. Por isso, é 
fundamental encontrar uma solução sustentável 
que propicie ganhos econômicos sem comprome-
ter o meio ambiente e a segurança da população.
Neste capítulo, falaremos mais sobre o de-
senvolvimento dos minerais e seu impacto na 
exploração econômi-
ca. Aqui você também 
confere como os mo-
vimentos no interior 
da Terra modelam o 
relevo e influenciam 
desde a formação de 
minérios até a inci-
dência de terremotos 
e atividade vulcânica.
O rompimento da barragem da empresa Samarco libera 
uma enxurrada de rejeitos da produção de minério de 
ferro e provoca o maior desastre ambiental do Brasil
A tragédia de Mariana
CONTEÚDO DESTE CAPÍTULO
arrow Composição e estrutura geológica .............................................................26
arrow Tipos de relevo ..................................................................................................28
arrow Placas tectônicas .............................................................................................30
arrow Relevo em movimento....................................................................................32
arrow Relevo do Brasil ................................................................................................36
arrow Recursos minerais ...........................................................................................38
arrow Características dos solos ...............................................................................40
arrow Deslizamento de terra e inundações ........................................................42
arrow Contaminação dos solos ................................................................................44
arrow Como cai na prova + Resumo .......................................................................46
LAMA ARRASADORA 
Casas destruídas pelos 
rejeitos da produção de 
minério de ferro no distrito 
de Bento Gonçalves, em 
Mariana (MG): maior 
desastre relacionado à 
mineração no mundo
25GE GEOGRAFIA 2017 CHRISTOPHE SIMON/AFP
26 GE GEOGRAFIA 2017
LITOSFERA COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA GEOLÓGICA
O termo litos, em grego, significa “pedra” ou “rocha”. Portanto, conhecer a litosfera é saber literalmente onde estamos pisando, 
já que ela dá nome à camada sólida que reveste a 
esfera terrestre. Essa rigidez em sua superfície, 
aliás, é uma característica que nem todos os pla-
netas possuem. No Sistema Solar, além da Terra, 
somente outros três (Mercúrio, Vênus e Marte) são 
classificados como planetas rochosos. Os demais 
(Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são gigantes 
gasosos e não possuem uma crosta rochosa.
A litosfera é composta pela crosta e por uma 
parte do manto superior, conforme ilustra a ima-
Por 
dentro 
do globo
Conheça as 
características 
das camadas 
internas do 
planeta e como 
o relevo foi 
formado ao 
longo dos anos
Manto inferior
Manto superior
Fonte: ALMANAQUE ABRIL
Crosta
Núcleo externo
Núcleo 
central
CROSTA
É a parte superior ou externa da litosfera, 
encontrada tanto nas áreas continentais (crosta 
continental) como submersas pelos oceanos 
(crosta oceânica). A crosta continental apresenta 
espessuras que variam de 30 a 70 quilômetros, 
aproximadamente, com rochas mais densas na 
parte inferior e menos densas na porção superior, 
próxima da superfície. A crosta oceânica, por sua 
vez, tem espessura entre 6 e 7 quilômetros de 
profundidade e é constituída predominantemente 
por rochas mais densas.
gem abaixo. É sobre ela que o relevo ganha seus 
contornos, formando desde depressões até cadeias 
montanhosas. Além dessas camadas, a Terra possui 
outras partes em sua estrutura interna igualmente 
sólidas, como o núcleo interno, ou fluidas, como 
o manto e o núcleo externo. Conhecer essa estru-
tura e sua dinâmica é fundamental para entender 
fenômenos como os terremotos, as atividades 
vulcânicas e os tsunamis, por exemplo, e assim 
poder buscar os meios de se proteger contra seus 
efeitos devastadores. 
Veja abaixo, as características das diferentes 
camadas da Terra:
TETO DAS AMÉRICAS O Monte Aconcágua, na Argentina, é o ponto mais alto do continente americano, medindo 6.959 metros
AS CAMADAS DA TERRA
27GE GEOGRAFIA 2017 
A estrutura geológica
A estrutura geológica e mineralógica da crosta está na base do modo de vida das populações 
humanas, uma vez que fornece dezenas de recursos necessários à vida, como a produção de ali-
mentos (obtidos por meio do cultivo do solo), os materiais utilizados na construção de moradias 
(tijolos, cimento, ferro), a geração de energia (petróleo, urânio), entre inúmeros outros. Confira 
a seguir as principais estruturas geológicas da litosfera:
FORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
Escudo 
cristalino
Dobramentos 
modernos
Bacias 
sedimentares
2,5 bilhões 4,5 bilhões 250 milhões 
ArqueozoicaProterozoica Paleozoica Mesozoica Cenozoica
65 milhões 570 milhões 
ESCUDOS CRISTALINOS 
São os terrenos mais antigos da crosta terrestre, 
formados pelo choque de massas continentais 
ocorrido há centenas de milhões de anos durante 
a era Pré-Cambriana (Arqueozoica e Proterozoica). 
Os escudos cristalinos são constituídos de rochas 
magmáticas, ou seja, trata-se do magma – material 
líquido-pastoso proveniente do manto – em estado 
sólido. As rochas magmáticas dividem-se em duas 
categorias: as extrusivas, como o basalto, que são 
formadas com o esfriamento rápido do magma na 
superfície terrestre; e as intrusivas, como o granito, que 
são resfriadas lentamente dentro da crosta terrestre. 
Os escudos cristalinos também exibem as rochas 
metamórficas, que são o resultado da transformação 
das rochas magmáticas, sedimentares ou mesmo 
de outras metamórficas, por meio de processos 
químicos e físicos nas grandes profundidades 
da Terra. O mármore, por exemplo, é formado 
do calcário
quando esse é submetido a altas 
temperaturas e pressão.
BACIAS SEDIMENTARES
Foram formadas nas eras Paleozoica e Mesozoica, 
com a erosão das rochas dos escudos cristalinos – 
após o desgaste dos maciços, seus sedimentos foram 
depositados em regiões mais baixas. O acúmulo 
desses detritos, somado aos restos orgânicos, leva à 
formação de rochas sedimentares pelo processo de 
MANTO SUPERIOR
É a parte da estrutura 
interna da Terra que se 
encontra logo abaixo 
da crosta e vai até cerca 
de 400 quilômetros 
de profundidade. 
Juntamente com a 
crosta, a parte superior 
do manto, formada por 
rochas sólidas, constitui 
a litosfera.
MANTO INFERIOR
Constituído por rochas fundidas diante das 
elevadas temperaturas, o manto inferior 
estende-se de 400 a 2.900 quilômetros de 
profundidade. É nessa parte que se formam 
as correntes de convecção do magma: o 
contato com o núcleo externo aumenta as 
temperaturas desses materiais, que são 
impulsionados em direção ao manto 
superior, onde se “resfriam” e, mais densos, 
tornam a descer para perto do núcleo, onde 
novamente são aquecidos e reiniciam o ciclo.
NÚCLEO 
EXTERNO
Localizado na 
faixa entre 2.900 e 
5.100 quilômetros, 
é constituído por 
dois minerais 
predominantes: 
o níquel e o ferro, 
totalmente fundidos 
pelas elevadas 
temperaturas.
NÚCLEO CENTRAL
O núcleo central constitui a 
camada que fica entre 5.100 
quilômetros e o centro da 
Terra, a 6.378 quilômetros. 
É constituído de uma liga 
metálica formada por ferro 
e níquel, porém em estado 
sólido em função da elevada 
pressão a que é submetido. Seu 
movimento de rotação é maior 
do que o do restante da Terra.
litificação. Essa deposição é feita em camadas. 
O calcário, presente em cavernas, o arenito e o 
carvão são exemplos de rochas sedimentares. 
DOBRAMENTOS MODERNOS 
Trata-se das formações mais recentes da crosta 
terrestre, surgidas do choque de placas ocorrido entre 
o fim da era Mesozoica e o início da Cenozoica. 
As rochas são mais flexíveis e situam-se na zona de 
contato entre as placas tectônicas. Nessa região de 
grande instabilidade e frequentes movimentos sísmicos, 
encontram-se montanhas e vulcões ativos e extintos.
PARA IR ALÉM
O filme Viagem ao 
Centro da Terra, de 
Eric Brevig, baseado 
na obra de Júlio Verne, 
conta a história de 
um grupo de pessoas 
que descobre um 
caminho para o núcleo 
do planeta. Esta obra 
de ficção apresenta 
características 
geológicas internas 
da Terra.
iSTOCK PHOTO 
28 GE GEOGRAFIA 2017
LITOSFERA TIPOS DE RELEVO
DEPRESSÕES
São áreas da superfície localizadas em 
altitude inferior à das regiões próximas 
(depressão relativa) ou abaixo do nível do 
mar (depressão absoluta). As depressões 
podem ser formadas de várias maneiras: 
por deslocamento do terreno, remoção de 
sedimentos, dissolução de rochas ou até 
por queda de meteoritos. O Mar Morto, 
situado 416 metros abaixo do nível do mar, 
é a maior depressão do globo. Ele banha 
Israel, Jordânia e Cisjordânia e leva esse 
nome em razão da elevada concentração 
de sal de suas águas – dez vezes superior 
à dos demais oceanos –, o que impede a 
existência de qualquer forma de vida.
MONTANHAS
Também chamadas de dobramentos 
modernos, são grandes áreas elevadas 
resultantes do choque de placas tectônicas 
(veja mais na pág. 32). Os maiores picos do 
mundo ficam na cordilheira do Himalaia, 
um complexo montanhoso que se estende 
por cinco países asiáticos: Paquistão, 
Índia, Nepal, Butão e China. Sua formação, 
iniciada há cerca de 70 milhões de anos, 
resulta do choque entre a placa tectônica 
Indiana e a placa Eurasiática (veja mais 
na pág. 31). O curioso é que a placa 
Indiana continua a se mover, fazendo 
com que o Himalaia se eleve a uma taxa 
de 5 milímetros por ano. 
SAIBA MAIS
O RELEVO SUBMARINO
Escondido sob o cobertor das águas mari-
nhas, o solo oceânico apresenta um rico relevo 
de montanhas, planaltos e fossas profundíssi-
mas. Como essas formas não estão expostas 
à erosão de agentes externos, como o vento 
e as chuvas, os perfis são mais contrastantes 
e escarpados. Podemos destacar três porções 
desse relevo submerso: 
Plataforma continental: terras submersas 
que se prolongam das terras emersas, como 
uma orla em torno dos continentes. Topogra-
ficamente, ela é uma superfície quase plana, 
formada pelo acúmulo de sedimentos de 
origem continental. Vai até os 200 metros de 
profundidade, que também é o limite da pe-
netração da luz solar (veja mais na pág. 54). 
Cordilheira submarina: elevações de forma 
regular que surgem ao longo dos oceanos, 
como a Dorsal Mesoatlântica. Essa cadeia de 
montanhas submersas tem mais de 10 mil 
quilômetros de comprimento e se estende 
no sentido norte-sul pela região central do 
Oceano Atlântico. Sua formação se deve ao 
afastamento das placas tectônicas, que per-
mitiu que o magma chegasse à superfície. Em 
alguns pontos, os picos se elevam acima do 
nível do mar e formam ilhas, como é o caso do 
arquipélago de Fernando de Noronha, no Brasil. 
Há outras cordilheiras submarinas nos ocea-
nos Índico e Pacífico, todas com uma caracte-
rística em comum: formam-se em locais onde 
as placas tectônicas estão se afastando umas 
das outras. O afastamento é lento (menos de 
2 centímetros ao ano), impulsionado pelas 
correntes convectivas do magma, que se eleva 
e forma novas rochas ao se resfriar.
Fossas oceânicas: também conhecidas como 
fossas abissais, são gigantescos abismos sub-
marinos formados quando uma placa tectôni-
ca é forçada para debaixo de outra, após uma 
colisão. O local mais profundo dos oceanos é 
a Fossa das Marianas, um enorme vale sub-
marino com 10.920 metros de profundidade, 
localizado a leste das Ilhas Marianas, no Oce-
ano Pacífico. 
Ela tem por volta de 2,5 mil quilômetros de 
extensão e fica na fronteira entre duas pla-
cas tectônicas, a do Pacífico e a das Filipinas. 
Caso o Monte Everest fosse colocado dentro 
da Fossa das Marianas, ainda restariam mais 
de 2 mil metros de água entre seu pico e o 
nível do mar. 
As quatro faces da Terra
Conheça os principais tipos de relevo 
que constituem o cenário global 
PLANALTOS
São elevações de altitudes variadas, em 
que predomina o processo de erosão e cuja 
composição rochosa pode ser de rochas 
sedimentares, cristalinas ou metamórficas. 
Os planaltos apresentam superfície 
irregular, como serras e chapadas, e são 
delimitados por áreas rebaixadas em 
um de seus lados. O continente Africano 
se destaca pela presença de planaltos, 
com altitudes predominantes entre 400 
e 2 mil metros. Na porção leste/nordeste, 
destacam-se os planaltos da Etiópia e o dos 
Grandes Lagos. 
PLANÍCIES
São áreas de superfície relativamente 
plana, formadas por rochas sedimentares 
e nas quais predominam os processos 
de deposição e acúmulo de sedimentos. 
Na maior parte das vezes, as planícies 
são encontradas em baixas altitudes. Em 
geral, localizam-se próximas do litoral, 
como a planície do norte europeu, ou de 
grandes rios ou lagos, como ocorre com a 
planície do Rio Amazonas. Mas é bom ficar 
atento: não é a altitude de um relevo que 
determina se ele é uma planície; o principal 
fator definidor é o acúmulo de sedimentos. 
Nas regiões elevadas, por exemplo, 
existem as planícies de montanha, que 
são formadas de rocha sedimentar e 
delimitadas por aclives. 
ALTOS E BAIXOS Exemplos de relevo (da esquerda para a direita): Depressão do Mar Morto (Israel), 
Cordilheira do Himalaia (Nepal), Planalto do Apalache (EUA) e Planície Amazônica (Brasil)
[1]
29GE GEOGRAFIA 2017 
1. ÁSIA: Everest (Nepal) 8.850 m
2.
AMÉRICA DO SUL: 
Aconcágua (Argentina)
6.959 m
3.
AMÉRICA DO NORTE: 
McKinley (EUA)
6.194 m
4.
ÁFRICA: Kilimanjaro
(Quênia)
5.895 m
5. EUROPA: Elbrus (Rússia) 5.642 m
6. ANTÁRTICA: Maciço
Vinson 4.897 m
7.
OCEANIA: Kosciuszko
(Austrália)
2.228 m
Fonte: Atlas National Geographic
MONTES MAIS ALTOS POR CONTINENTE
O maior deles fica na cordilheira do Himalaia, no Nepal
ELEVAÇÃO OCEÂNICA O arquipélago de Fernando de Noronha é formado a 
partir de alguns pontos emersos da Dorsal Mesoatlântica
[1] iSTOCK PHOTO | DIVULGAÇÃO | IRMO CELSO [2] iSTOCK PHOTO
AS FORMAÇÕES DO 
RELEVO NO MUNDO
4.800 m
3.000 m
1.800 m
1.200 m
600 m
300 m
150 m
0
-1.000m
-2.000 m
-3.000 m
-4.000 m
-5.000 m
-6.000 m
-7.000 m
-8.000 m
ALTITUDES
Picos
Fonte: IBGE
Aconcágua
Maciço Vinson
Pico da 
Neblina
Mte. McKinley
Mte. 
Elbrus
Mte. Kilimanjaro
Mte. Everest
Mte. Kosciuszko
TETO DO MUNDO
Os maiores picos 
do mundo ficam 
na cordilheira do 
Himalaia, um complexo 
montanhoso localizado 
no coração da Ásia.
NAS PROFUNDEZAS 
DO OCEANO
O local mais profundo 
dos oceanos é a Fossa das 
Marianas, um enorme vale 
submarino localizado a leste 
das Ilhas Marianas, 
no Oceano Pacífico
SALGADO E SEM VIDA
O Mar Morto banha 
Israel, Jordânia e 
Cisjordânia e é a maior 
depressão do globo 
BERÇO DAS ÁGUAS
O planalto dos Grandes Lagos abriga 
as nascentes das duas maiores bacias 
hidrográficas do continente: a do Rio 
Congo, a maior em volume de água, 
e a do Rio Nilo. 
CORDILHEIRAS OCEÂNICAS
A Dorsal Mesoatlântica forma 
uma cadeia de montanhas 
que se estende de norte a sul 
no Oceano Atlântico
As maiores altitudes (mancha marrom) ficam no 
centro-sul da Ásia. As planícies (áreas verdes e 
amarelo-claras) estão espalhadas pelo globo
SEDIMENTOS ACUMULADOS
A Planície Amazônica é uma 
faixa de terra que acompanha 
o Rio Amazonas e torna-se 
mais larga quando chega na 
foz, na Ilha de Marajó
[2]
30 GE GEOGRAFIA 2017
LITOSFERA PLACAS TECTÔNICAS
A s placas tectônicas são gigantescos blocosque compõem a camada sólida externa do nosso planeta (a litosfera), sustentando os 
continentes e os oceanos. Impulsionadas pelo
movimento do magma incandescente (material 
em estado líquido-pastoso no interior da Terra), 
as principais placas se empurram, afastam-se 
umas das outras e afundam ou se elevam alguns 
milímetros por ano, alterando suas dimensões e
modificando o contorno do relevo terrestre. Esses
imensos fragmentos atuam como artistas que, 
continuamente, recriam a paisagem da Terra.
Aliás, a palavra tectônica vem de tektoniké,
expressão grega que significa “a arte de cons-
truir”. A configuração atual dos continentes, por 
exemplo, é fruto de milhões de anos de “trabalho 
artístico” das placas. Veja ao lado as característi-
cas de 16 das mais importantes placas tectônicas.
A deriva continental
Desenvolvida pelo alemão Alfred Lothar We-
gener, a teoria da deriva continental não recebeu
muito crédito quando foi divulgada em 1912. À 
época, poucos acreditaram na hipótese levantada 
por este cientista de que, no passado geológico,
toda a crosta terrestre estava unida em um único
continente – a Pangeia – e que, posteriormente, ela 
se rompeu em dois supercontinentes: Laurásia e
Gondwana. Estas, por sua vez, se desmembraram
em várias outras partes, que passaram a se mover
em diferentes direções. Para sustentar sua argu-
mentação, Wegener recorreu à semelhança dos
contornos da África ocidental e do leste da América 
ç ç
do Sul e também à análise de fósseis e amostras de 
rochas. Posteriormente, a confirmação de que as 
placas rochosas flutuam sob magma incandescente 
ajudou a fortalecer a tese de Wegener.
Atualmente, geólogos do mundo inteiro reto-
mam e aprofundam as descobertas de Wegener 
a partir da teoria da Tectônica das Placas. Os
estudos em vigor desde a década de 1960 descre-
vem a analisam com detalhes os movimentos das 
placas que compõem a crosta terrestre, bem como
suas consequências, como os abalos sísmicos e 
as alterações no relevo terrestre e do fundo dos 
oceanos. Confira à direita como foi o processo de 
deslocamento de terras que resultou na formação
dos atuais continentes.
As construtoras 
da Terra
As placas tectônicas modelam e 
modificam o relevo do planeta há 
pp
milhões de anos
PLACA DE COCOS
Foi formada a partir do Foi formada a partir do
desprendimento da placa
do Pacífico. Fundiu-se com a 
placa do Caribe, criando uma 
zona turbulenta
QUEBRA-CABEÇA PLANETÁRIO
Conheça as características de 16 das 
mais importantes placas tectônicas
PLACA DA AMÉRICA 
DO NORTE
O deslocamento em relação à
placa do Pacífico cria uma zona
turbulenta: em um dos limites,
na Califórnia, está a falha de
San Andreas, famosa pelos
terremotos arrasadores
PLACA DO PACÍFICO
Com cerca de 70 milhões
de quilômetros quadrados,
está em constante
renovação na região do 
Havaí, onde o magma sobe
e cria ilhas vulcânicas. No
encontro com a placa das
Filipinas, ela afunda em
uma área conhecida como
fossa das Marianas, na
qual o oceano atinge sua
profundidade máxima:
10.920 metros
PLACA DE NAZCA
A cada ano, essa placa de
10 milhões de quilômetros
quadrados no leste do
Oceano Pacífico fica
10 centímetros menor pelas
trombadas com a placa
Sul-Americana. Esta, por ser
mais leve, desliza por cima
da placa de Nazca, criando
vulcões e elevando as
montanhas dos Andes
PLACA JUAN DE FUCA
É a menor das placas
tectônicas, que se fundiu
com a placa Norte-
Americana e criou a
cordilheira das Cascatas,
nos Estados Unidos
Todos os continentes estavam 
reunidos em um único chamado
Pangeia (do grego: toda terra), 
formado durante a era Paleozoica
225 MILHÕES DE ANOS ATRÁS
A Pangeia começou a se partir
no sentido leste-oeste,
formando dois subcontinentes:
Laurásia e Gondwana
180 MILHÕES DE ANOS ATRÁS
DERIVA DOS CONTINENTES
31GE GEOGRAFIA 2017
PLACA DA ÁFRICA
No meio do Atlântico, uma falha 
submersa abre caminho para o 
magma do manto inferior, fazendomagmadomanto inferior, fazendo
com que esse bloco se afaste da
placa Sul-Americana e cresça de 
tamanho. A tendência é passar os
65 milhões de quilômetros atuais
PLACA DO CARIBE
A placa do Caribe desliza ao 
lado da placa Norte-Americana, 
criando falhas transformantes.criando falhas transformantes. 
Foi o atrito entre elas que gerou,
em 2010, o avassalador terremoto
no Haiti, país que fica no limite
entre as duas placas
PLACA SUL-AMERICANA
Como o Brasil está no meio 
desse bloco, ele sente pouco os
efeitos de terremotos. No centroefeitos de terremotos. No centro
do continente, a placa tem 200
quilômetros de espessura; na
borda com a placa da África, não
passam de 15 quilômetros
PLACA IRANIANAP
Localizada entre as placas Arábica e L
Euroasiática, o bloco sustenta a maior parte do E
território do Irã. Por causa disso, o país registrat
grande atividade sísmica, como o terremoto deg
2006, que matou mais de 31 mil pessoas2
PLACA DE ANATÓLIA
Sobre esta placa fica boa parte do 
território da Turquia. O choque
desse bloco com a placa Arábica e 
com a placa Euroasiática torna o 
país uma área sujeita a violentas 
atividades sísmicas
PLACA DA ANTÁRTICA
É o bloco que dá suporte
à Antártida e a uma parte 
do Atlântico Sul, em um total 
de 25 milhões de quilômetros
quadrados
PLACA ARÁBICA
A placa sustenta a
Península Arábica e foi 
responsável pela criação do
Mar Vermelho. O choque
com a placa Euroasiática
e com a placa Indiana
provoca fortes terremotos
PLACA AUSTRALIANA
O bloco que sustenta a Austrália 
e a maior parte do Oceano Índico 
ruma velozmente para o norte. 
Além de se chocar com a placa 
Indiana, a borda nordeste bate na
placa do Pacífico, criando ilhas na
região turbulenta
PLACA INDIANA
A placa comporta todo o subcontinente A
indiano. No choque com a placa Euroasiática, 
nasceu o conjunto de montanhas do Himalaia, 
no sul da Ásia, onde há mais de 100 montanhas 
com altitudes superiores a 7 mil metros
PLACA

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