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06. ESPECIAÇÃO 6.1. Conceitos de espécie, subespécie e raça 6.2. Mecanismos de isolamento reprodutivos 6.3. O papel da Hibridação na Evolução 6.4. Gradualismo e equilíbrio pontuado 6.5. Seleção sexual 6.1. Conceitos de espécie, subespécie e raça Algumas dificuldades do conceito de espécie biológica (E. Mayr): Para os taxonomistas, principalmente no passado, existe uma incompreensão no critério de espécie biológica que é a interesterilidade. Esse termo é uma locução ambígua que pode significar inviabilidade híbrida, esterilidade híbrida, ou as duas coisas. Porque o isolamento reprodutivo inclui diversas etapas; Outro problema são os indivíduos de reprodução unissexual - uniparental, partenogenéticos, autopolinização obrigatória, pseudogamia e reprodução vegetativa; A aplicação do conceito de espécie à populações que ainda estão em via de especiação. 6.1. Conceitos de espécie, subespécie e raça Existem seis situações completamente diferentes que podem causar problemas: 1. Continuidade evolutiva no espaço e no tempo - Espécies com distribuição ampla podem ter populações terminais que se comportam como espécies diferentes; 2. Aquisição de isolamento reprodutivo sem a mudança morfológica correspondente - Quando o isolamento reprodutivo aparece em uma população isolada devido a reconstrução de um genótipo (uma nova espécie biológica) ou quando as diferenças morfológicas sejam pequenas ou ausentes (espécies crípticas); 6.1. Conceitos de espécie, subespécie e raça 3. Diferenciação morfológica sem aquisição de isolamento reprodutivo – populações isoladas com pequeno grau de divergência morfológica e que se cruzam indiscriminadamente em locais em que entram em contato; 4. Isolamento reprodutivo dependente de isolamento de habitat; 5. Imperfeição dos mecanismos de isolamento – espécies incipientes apresentam isolamento imperfeito e incompleto. Antes da especiação, mecanismo de isolamento irreversível; 6. Diferentes níveis de especiação em populações de locais diferentes – o aperfeiçoamento dos mecanismos de isolamento podem processar-se em velocidades diversas nas diferentes populações de uma espécie politípicas (subespécies). 6.1. Conceitos de espécie, subespécie e raça Biológico – são agrupamentos de populações naturais intercruzantes, reprodutivamente isolados de outros grupos com as mesmas características. Nominalista – espécies são abstrações do homem e foram inventadas para se poder referir coletivamente a um grande número de indivíduos. Tipológico – baseado nas ideias dos filósofos Platão e Aristóteles, foi adotado por Linnaeus. Conceito essencialista – acreditava-se que existia um número limitado de tipos e a variação seria resultado de manifestações imperfeitas de cada tipo. 6.1. Conceitos de espécie, subespécie e raça Apesar dos três conceitos, o problema continua até a definição da categoria de espécie e a delimitação dos TAXA (plural de TAXOS – um grupo taxonômico de qualquer nível, suficientemente distinto para poder ser referido como uma categoria definida (Mayr, 1973). coesão Genética Reprodução Ecologia 6.2. Mecanismos de isolamento reprodutivos (Stebbins) Mecanismos Pré-zigóticos Habitat: As populações podem até viverem na mesma região mas ocupam habitats diferentes. Sazonal ou Temporal: As populações existem na mesma região, mas apresentam maturidade sexual em épocas diferentes. Etológicos: As populações são isoladas por comportamentos diferentes e incompatíveis antes do acasalamento. Mecânicos: a fecundação cruzada é impedida ou atenuada por diferenças estruturais dos órgãos reprodutores. 6.2. Mecanismos de isolamento reprodutivos Lampyris noctiluca (Pirilampo) Mecanismos Pré-zigóticos TEMPO Mutação Seleção Adaptação Stebbins TEMPO Sem fluxo gênico Adaptável Irradiação adaptativa Fundação de novas populações, Diminuição ou anulação da capacidade de trocar genes. 6.2. Mecanismos de isolamento reprodutivos Pós-zigóticos Inviabilidade ou fraqueza do híbrido. Esterilidade estrutural do híbrido: os híbridos são estéreis porque as gônadas se desenvolvem anormalmente, ou a meiose se degenera antes de se completar. Esterilidade segregacional do híbrido: os híbridos são estéreis devido á segregação anormal para os gametas, de cromossomos inteiros, segmentos de cromossomos ou combinações de genes. Deterioração de F2: os híbridos F1 são normais, vigorosos e férteis, porém a geração F2 contém muitos indivíduos fracos ou estéreis. 6.2. Mecanismos de isolamento reprodutivos Geográfico e temporal 1- Homo habilis, 2- H. sapiens, 3- H. floresiensis (Hobit), 4- H. erectus, 5- Paranthropus ( Nutcracker man), 6- H. heidelbergensis (Goliath), 7- H. neanderthalensis (Neanderthal). 6.3. O papel da Hibridação na Evolução Assimetria (obliquidade) determinada distribuição de frequência: m3(µ) σ 3 Onde m3(µ) é o terceiro momento central (qualquer distribuição simétrica, todos momentos de ordem ímpar) ou são zero, ou não são definidos e σ é o desvio-padrão. Assim: se v>0, então a distribuição de valores estão acima da média. se v<0, então a distribuição de valores estão abaixo da média. se v=0, então a distribuição é aproximadamente simétrica (na terceira potência do desvio em relação à média). Distribuição assimétrica V = 6.3. O papel da Hibridação na Evolução a) Melhoristas: tradicionalmente, os híbridos são frutos do cruzamento entre linhagens puras, que diferem por um gene ou poucos genes. b) Evolucionista: cruzamento entre populações que possuem diferentes complexos adaptativos de genes, com valores variados e dependentes do ambiente. - Em ambientes disponíveis podem aumentar as frequências de combinações gênicas de valores adaptativos 6.3. O papel da Hibridação na Evolução Hibridação vs Evolução Nichos ecológicos disponíveis Fertilidade Novas combinações gênicas 6.4. Gradualismo vs equilíbrio pontuado Gradualismo - evolução (processo suave e contínuo) ocorre de maneira uniforme, por mudança contínua e gradual de linhagens inteiras (anagênese). Equilíbrio pontuado - a maior parte das populações de reprodução sexuada experimentam pouca mudança ao longo do tempo geológico. As mudanças no fenótipo são raras e localizadas em eventos rápidos de especiação (cladogênese). MODELO NEUTRALISTA DA EVOLUÇÃO (Kimura, 1968) 1. A maior parte da variabilidade existente era neutra, isto é, não tinha qualquer influência da seleção natural pois o fenótipo não era alterado. 2. Se existem N indivíduos em uma população diplóide, então existem 2N cópias de cada gene presente nessa população 3. Todas as 2N cópias existentes atualmente nessa população são descendentes de um único alelo que existiu no passado. Da mesma forma, das 2N cópias existentes atualmente nessa população, somente uma será ancestral de todas as cópias presentes na população em algum ponto distante no futuro. 4. Se todas as 2N cópias são seletivamente equivalentes, ou neutras em seus efeitos sobre o fitness, então cada uma tem chances iguais de tornar-se o alelo que se fixará na população. Essa chance é igual a 1/2N. 5. A cada geração, mutações introduzirão novos alelos na população. Se n é a taxa de mutação por gene por gameta bem sucedido, então 2Nn novos mutantes serão introduzidos dentro da população a cada geração. 6. Baseado no precedente, a taxa na qual novos mutantes neutros tornam-se fixados na população é (2Nn)x(1/2N) =n, ou seja, igual à taxa de mutação. CONSEQUÊNCIAS... CONSEQUÊNCIAS: A) Exclusão da seleção natural positiva. Além disso, mesmo que um pequeno número de substituição não seja neutro, ele será provavelmente deletério e rapidamente eliminado pela seleção natural. B) O papel da deriva genética seria muito maior do que antes imaginado porque esta seria a única capaz explicar as mudanças evolutivas nas frequências de variantes neutras, onde a seleção natural não pode agir. 6.5. Seleção sexual "luta entre indivíduos de um sexo, geralmente os machos, pela posse do outro sexo“ (Darwin) seleção intrasexual, membros do mesmo sexo competem agressivamente. Diferentes adornos seleção intersexual, escolha de parceiro, em que machos competem para serem escolhidos pelas fêmeas.
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