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TRANSPORTE FLORESTAL

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TRANSPORTE FLORESTAL
1. INTRODUÇÃO
A mecanização da atividade de colheita e transporte florestal está presente em praticamente todas as empresas do setor florestal. Porém, o que diferencia uma empresa da outra é o nível da mecanização.
É a atividade que consiste nas etapas que vão desde o carregamento da madeira na floresta, até a indústria onde ocorre a transformação da madeira.
O transporte eficiente por meio da otimização do sistema todo
reconhecimento dos caminhos florestais a serem utilizados - escolher os que apresentarem uma melhor relação entre distância e velocidade média;
 realizar o processo de carregamento e descarregamento de maneira rápida e precisa a fim de se reduzir o tempo de ciclo entre o carregamento no estaleiro e o descarregamento na indústria;
utilizar o caminhão ou carreta com implemento adequado ao sistema de colheita escolhido.
realizar um treinamento com o operador a fim de se obter o máximo de produtividade sem danificar o caminhão.
TIPOS DE TRANSPORTES DE MADEIRA ROLIÇA
O transporte por via hidroviária da madeira em forma de toras é muito utilizado, especialmente na Região Amazônica. Este tipo de transporte é realizado em canais fluviais naturais (rios ou conjunto de rios cuja profundidade e largura possibilitam o tráfego de balsas, barco e navios, bem como em jangadas formadas pelas próprias toras a serem transportadas e puxadas por um rebocador.
Transporte Hidroviário Natural
Vantagens do sistema:
- não há a necessidade de aquisição de equipamentos onerosos;
- o empilhamento, a seleção e o carregamento são atividades relativamente simples;
- o transporte é realizado em grande quantidade e com pequeno investimento.
 
Desvantagens do sistema:
- nem todas as espécies são possíveis de serem transportadas;
- existe a dependência da estação do ano (época de chuvas);
- é necessária a construção de estradas até a barranca do rio;
- ocorrem perdas de madeira.
 
 Transporte Ferroviário
Este tipo de transporte normalmente é utilizado para transporte de grandes quantidades de carga em grandes distâncias. É nestes casos que faz- se necessário ter custos competitivos e por meio da ferrovia é possível obter esta condição ou não se consegue viabilizar economicamente o empreendimento. Normalmente as estradas de ferro são construídas dentro de limites muito rígidos, onde a porcentagem de rampa tem que estar próxima de 1%, pois ao contrário, o trem não consegue parar ou começa a patinar para subir, principalmente nos dias chuvosos.
Vantagens do sistema:
- ocupa pouco espaço da área produtiva;
- há grande capacidade de transporte;
transporta grande diversidade de materiais.
Desvantagens do sistema:
- imobilidade da estrada de ferro;
- transporte interrompido (pré-transporte até a estação de carregamento);
altos custos fixos, pois a viabilidade fortemente 
dependente do volume transportado.
 
Transporte Aeroviário
Nas regiões ou nos sistemas de manejo onde o tráfego não justifica a construção de rodovias, ferrovias ou dutovias, o transporte aéreo pode ser uma opção, desde que o produto florestal pague o elevado custo deste tipo de transporte, como por exemplo, no manejo sustentado de grandes florestas nativas que possuem espécies de grande valor comercial.
Vantagens do sistema:
- habilidade para a movimentação de cargas verticalmente;
- facilidade na colocação da carga ou gancho de maneira precisa;
- ciclos rápidos;
- capacidade de vôo com ventos de até 90 Km/h;
facilidade de pouso ou aguardo em caso de visibilidade reduzida ou tempestades.
Desvantagens do sistema:
- elevado custo de investimento;
- elevado custo operacional.
Transporte Rodoviário Florestal
Este é o meio de transporte predominante no país e, atualmente 65% do transporte de madeira é realizado por meio de rodovias.
O tipo ou modelo do veículo deve estar de acordo com a necessidade que a atividade demanda, ou seja, a capacidade de carga do veículo e o tipo de equipamento utilizado devem corresponder com essa necessidade.
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O setor florestal depende ainda mais deste meio de transporte, aproveitando se do sistema de estradas pavimentadas que interligam todas as regiões do país. A imensa vantagem que oferece o caminhão sobre os demais meios de transporte é a possibilidade de deslocamento de mercadorias de “pátio a pátio”.
Vantagens do sistema:
- baixo investimento inicial;
- garantia de abastecimento da fábrica;
- rapidez no transporte;
- versatilidade _ transporta diversos tipos de carga;
- mobilidade _ a carga vai para qualquer lugar;
- reduz o tempo e o custo de carga e descarga _ transporte direto na floresta;
- possui grande facilidade no contrato de pessoal para o serviço.
- possibilidade de escolha de rotas e diferentes capacidades de cargas.
Desvantagens do sistema:
- depreciação rápida dos veículos;
- pouca segurança _ risco de acidentes na atividade e durante o trajeto até a fábrica;
- pouca utilização integral da capacidade instalada;
- necessita ter uma rede viária florestal compatível;
- está sujeito a intempéries;
- está sujeito à Legislação _ Lei da Balança;
- o custo da atividade é o mais caro na colheita de madeira;
- o custo de manutenção é mais caro (quebras, pneus furados, etc.);
Veículos Utilizados no Transporte Florestal Rodoviario
Caminhão
É um veículo automotor destinado ao transporte de cargas com peso superior a 1500 Kg, possui uma limitação de carga por eixo. É constituído por uma única unidade, tratora e transportadora, podendo possuir tração 4x2, 4x4, 6x2, 6x4 ou 6x6, de acordo com cada tipo de caminhão (toco ou truck).
 
 
 
Cavalo mecânico
É uma unidade tratora, com a finalidade de tracionar um ou mais semireboques.
Reboque
É um veículo de dois ou mais eixos, que é tracionado por um veículo automotor.
Semi-reboque
É um veículo de um ou mais eixos, localizados na parte traseira, que se move articulado e apoiado em uma unidade tratora.
Veículo articulado
É um veículo composto por duas unidades, sendo uma a unidade tratora e a outra um semi-reboque. Também denominado de carreta. É composto por uma unidade tratora e um semi-reboque.
Veículo conjugado
É um veículo composto de duas ou mais unidades, sendo a primeira uma unidade tratora e as outras podem ser compostas por reboques ou semi-reboques.
Biminhão
Também denominado de Romeu e Julieta. Este conjunto é composto por uma unidade tratora e um ou mais reboques ou semi-reboques. É a combinação de um caminhão + um reboque
Bitrem
É a combinação de um cavalo mecânico + dois semi-reboques.
Tritrem
 
É a combinação de um cavalo mecânico + três semi-reboques.
 
Rodotrem
É a combinação de um cavalo mecânico + um semi-reboque + um reboque.
Treminhão
É a combinação de um caminhão + dois reboques.
Leis Vigentes - Transporte
O transporte de madeiras está atrelado às leis de transporte de cargas vigentes no Brasil devendo obedecer às normas de carga máxima por eixo e comprimento máximo dos implementos no caso de carretas. 
Para se obter um transporte eficiente e com custo menor, deve-se otimizar o sistema todo observando:
Reconhecimento dos caminhos florestais a serem utilizados: escolher os que apresentarem uma melhor relação entre distância e velocidade média.
Realizar o processo de carregamento e descarregamento de maneira rápida e precisa a fim de se reduzir o tempo de ciclo entre o carregamento no estaleiro e o descarregamento na indústria.
Utilizar o caminhão ou carreta com implemento adequado ao sistema de colheita escolhido. 
Realizar um treinamento com o operador a fim de se obter o máximo de produtividade sem danificar o caminhão.
O planejamento do transporte 
carga a ser transportado, ao estado de conservação e material usado na construção das estradas, tipo de sistema de colheita e ainda à distância das florestas ao centro consumidor a fim de que o planejamento seja coroado de êxito
Em função do tipo florestal, necessidade,
uso e cultura da região produtora de madeira e seus sub-produtos, bem como características topográficas, de solo e climáticas, são adotados diferentes sistemas de colheita.
A produtividade de um determinado equipamento é de fundamental importância para o dimensionamento da frota.
O custo de produção por tonelada de madeira é de fundamental importância na escolha dos equipamentos, sendo os custos fixos:
os de rentabilidade do investimento,
 o lucro que a empresa pretende obter 
condições em que a empresa pretende recuperar os investimentos feitos. x
Os custos variáveis são: 
- gasto com peças e equipamentos (pneus, lubrificantes, peças de reposição),
- manutenção,
- salários dos operadores, 
- encargos sociais,
- seguro, 
- vigilância do equipamento entre outros. 
A disponibilidade dos equipamentos pode ser: 
- Disponibilidade operacional: está ligada em grande parte ao operador e às condições de operação, como o tempo para as refeições, descanso, higiene pessoal, mas também se deve somatizar o tempo gasto no deslocamento da máquina até a área de trabalho.
- Disponibilidade mecânica: tempo em que o equipamento está indisponível para o trabalho em função da sua manutenção, preventiva ou corretiva.
As atividades de colheita e transporte florestal são responsáveis também, pelo maior número de acidentes com trabalhadores florestais ocorridos no campo.          
por utilizar um grande número de pessoas e equipamentos como tratores agrícolas, motosseras e caminhões devem ser monitorados de forma a ser realizado dentro de hierarquias que devem ser obedecidas para que não ocorram acidentes no campo.
Exemplos de cargas sofridas pelos operários no meio florestal:
- Ao objeto de trabalho (árvore).
- Ao tipo de terreno.
- Aos meios de trabalho, tais como instrumentos e ferramentas.
- Nível de ruído a que está exposto.
- Nível de vibração do equipamento

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