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Apostila Economia Completa

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NOTAS DE AULA – Prof. Miriam Ribeiro
CAPÍTULO I
A CIÊNCIA ECONÔMICA
1.1 Definição de Economia
 A economia é a ciência que estuda a forma na qual os indivíduos e a 
sociedade fazem suas escolhas e decisões, para que os recursos disponíveis, 
sempre escassos, possam contribuir da melhor maneira para satisfazer as 
necessidades individuais e coletivas da sociedade.
A economia estuda a maneira como se administram os recursos 
escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu 
consumo entre os membros da sociedade.
Pode-se dizer que a economia preocupa-se com a forma com que os 
indivíduos economizam seus recursos, isto é, como empregam sua renda de 
modo a obter o maior aproveitamento possível. Do ponto de vista da sociedade 
em seu conjunto, a economia trata de como os indivíduos alcançam o nível de 
bem-estar material mais alto possível a partir dos recursos disponíveis.
O objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, 
isto é, como economizar recursos.
A economia somente se preocupa com as necessidades satisfeitas com 
bens econômicos, ou seja, com elementos naturais escassos ou com produtos 
elaborados pelo homem.
1.1.1 A Economia como Ciência
 Ciência
 
 A palavra ciência designa um certo modo de conhecer as coisas, as 
pessoas, as atitudes, os conhecimentos. A ciência é aquele tipo de 
conhecimento que possui duas características, são elas: um conhecimento 
causal e metódico.
1.2.2. A Economia é Ciência
 
 A economia é uma ciência no sentindo autêntico do termo, pois fornece 
um conhecimento causal e metódico dos fatos econômicos, com os efeitos daí 
decorrentes. Diante da realidade econômica observa, analisa, descobre as 
relações de causa e efeito e permite a previsão e ação eficaz.
1.3 Divisão da Economia
 
 A economia está dividida em três compartimentos: a economia descritiva, 
a teoria econômica e a política econômica.
A economia descritiva e a teoria econômica formam a economia positiva, 
pois tem o objetivo de mostrar a realidade como ela é. A política econômica 
forma a economia normativa, pois formula e propõe novas situações, como 
deve ser o comportamento das variáveis econômicas no futuro.
1.3.1. Economia Descritiva
 Na economia descritiva, os fatos econômicos são observados dando 
origem ao levantamento e a descrição da forma como os elementos atuam no 
Sistema Econômico.
1.3.2. Teoria Econômica
 Os levantamentos realizados na economia descritiva são classificados e 
ordenados logicamente em leis, teorias e princípios.
 A teoria econômica desdobra-se em microeconomia, macroeconomia, 
desenvolvimento econômico e economia internacional.
 Microeconomia - ocupa-se da análise do comportamento das unidades 
econômicas dentro do sistema econômico. Estuda o comportamento de 
consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com 
a determinação de preço e quantidade em mercados específicos. 
 Macroeconomia - ocupa-se do comportamento dos agregados 
macroeconômicos, tais como o Produto Interno Bruto (PIB), a Renda Nacional 
e o nível geral de preços. Tem enfoque conjuntural, preocupa-se com questões 
como a inflação e o desemprego.
Desenvolvimento Econômico – estuda fatores relacionados com a 
melhoria do padrão de vida da população ao longo do tempo. 
Economia Internacional – estuda as relações entre os residentes e os 
não-residentes de um país, bem como as relações entre os países. Trata da 
determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior, da globalização, da 
formação de blocos econômicos regionais e das relações financeiras 
internacionais.
 1.3.3 A Política Econômica
 A política econômica é o conjunto de normas e medidas adotadas pelo 
governo com o objetivo de atingir a um determinado fim.
 
 
CAPÍTULO II 
 
INTRODUÇÃO AO PROBLEMA ECONÔMICO 
 
 
 2.1 A Escassez 
 
 A história econômica se resume na luta que as sociedades humanas 
sempre empreenderam para superar o problema da escassez dos recursos 
produtivos em face dos crescentes desejos da coletividade. Por esta razão, a 
economia é conhecida como a “ciência da escassez”. 
 Em todas as sociedades, os recursos patrimoniais são sempre 
escassos para atender às crescentes exigências de consumo e bem-estar. Em 
contrapartida, enquanto a escassez de recursos produtivos constitui uma 
limitação à produção de bens e serviços, não há limites para as necessidades 
e desejos humanos. 
 Ocorrendo, de um lado, a escassez de recursos produtivos, e de outro 
lado, os ilimitados desejos e necessidades humanas, as sociedades têm que 
optar e até mesmo decidir sobre a organização da atividade econômica. 
 Para explorar a natureza e retirar dela todos os bens de que 
necessitam, todas as sociedades sempre se defrontam com limitação de seus 
recursos patrimoniais. O suprimento desses recursos sempre foi limitado. A 
tecnologia e a capacidade científica fazem parte dessa limitação. A experiência 
histórica tem mostrado, inclusive, que à medida que os recursos produtivos se 
expandem e aperfeiçoam, os desejos e necessidades humanas crescem mais 
que proporcionalmente. 
 A razão desse aparente paradoxo encontra-se na criação de novos 
desejos e necessidades motivado pela perspectiva que se abre a todos os 
povos de sempre aumentarem o padrão de vida e o bem-estar social. 
 
 Na verdade, se os povos primitivos se satisfaziam com choupanas e 
habitações precárias, as sociedades modernas desejam melhores condições 
de conforto que não se resume apenas numa habitação satisfatória, mas na 
 
 
existência de todos os equipamentos urbanos que se tornam cada vez mais 
indispensáveis. 
 A quantidade de bens existentes não consegue suprir todas as 
necessidades e, contrariamente, são criados novos desejos. Por estes motivos, 
mesmo nas economias altamente desenvolvidas, a saturação dos desejos 
humanos está muito longe de ser alcançada. 
 Logicamente, sendo limitados os recursos, as economias devem 
procurar utiliza-los plenamente, não se justificando o desemprego ou o 
subemprego de recursos produtivos, ou ainda, a existência de ociosidade na 
utilização de recursos patrimoniais. Logo, os recursos produtivos devem ser 
combinados adequadamente no processamento da produção. 
 
 2.2 Estudos das Necessidades 
 2.2.1. Definição - Necessidade é a sensação de carência de algo 
unida ao desejo de satisfazê-la. 
 
 2.2.2. Classificação das Necessidades 
 
� Primárias ou Naturais – São as necessidades de natureza biofisiológicas. 
Também são chamadas vitais ou de existência, porque a sua satisfação visa a 
preservação da vida humana. 
As necessidades primárias não são concorrentes, pois a satisfação de uma 
não elimina a satisfação da outra (não se elimina a fome com um copo d’água). 
 
� Secundárias ou Acidentais – As necessidades secundárias surgem do 
relacionamento do indivíduo com a sociedade. Por exemplo, o uso de terno e 
gravata. São necessidades sociais ou culturais, pois o seu atendimento visa ao 
crescimento do bem-estar da sociedade. As necessidades secundárias são 
ilimitadas, pois se multiplicam à medida que se eleva o nível social. 
As necessidades secundárias são concorrentes - televisão preto e branco e 
televisão em cores. 
 
 
A satisfação de uma necessidade implica na criação de uma outra, visto 
que o indivíduo nunca está satisfeito com o que já conquistou, partindo 
para conquistas maiores. 
 
� Coletivas – Representam uma modalidade das necessidades secundárias. 
São coletivas porque afetam grupos de pessoas. Por exemplo, a colocação de 
uma rede de esgotos em um determinado bairro. Normalmente, o custo de 
atendimento das necessidadescoletivas é elevado cabendo ao Estado o 
atendimento de tais necessidades. 
 
2.3 Estudo Econômico dos Bens 
2.3.1. Conceituação 
 
 Bem é tudo aquilo que satisfaz uma necessidade. Os bens são 
medidos através dos preços. Para que possam ter preço, os bens necessitam 
ser úteis e escassos, ou seja, quanto mais útil e escasso for um bem maior 
será o seu preço no mercado. 
 
2.3.2. Classificação dos Bens 
2.3.2.1. Quanto à raridade ou escassez 
 Nesta classificação, os bens são estudados quanto à quantidade 
existente em relação à sua procura. 
 
• Bens livres ou não econômicos - São aqueles encontrados na 
natureza em quantidade superior à necessidade. 
Ex: O ar. 
 
• Bens econômicos - São aqueles que existem em quantidade menor 
que a procura. Tudo que atende às necessidades, com grau de utilidade e 
escassez. Ex: Gasolina, roupas, alimentos, etc. 
 
2.3.2.2. Quanto à Natureza 
 
 
 Nesta classificação, os bens são considerados pela forma como se 
apresentam. 
 
� Bens Materiais _ São os bens tangíveis, ou seja, tudo aquilo que atende a 
uma necessidade e que pode ser visto e pegado. 
EX: Caneta, sapato, relógio, etc. 
 
� Bens Imateriais ou serviços _ São todos os serviços prestados, os bens 
imateriais não podem ser vistos ou tocados. 
Ex: Uma consulta médica. 
 
2.3.2.3. Quanto ao Destino 
 
 Para que um bem seja classificado quanto ao destino é necessário 
conhecer em que ele será utilizado. 
 
� Bens de Consumo _ São produzidos com a finalidade de atender 
diretamente às necessidades da sociedade. 
Ex: Caneta, rádio, remédio, etc. 
 
� Bens de Produção ou de Capital _ São aqueles que têm por finalidade 
produzir outros bens e serviços. 
Ex: Máquinas, equipamentos, carro para transporte de passageiros ou 
de cargas. 
 
2.3.2.4 Quanto à duração 
 
� Bens Duráveis - São aqueles que resistem ao primeiro uso, ou seja, que 
podem ser usados mais de uma vez. 
Ex: Sapatos, roupas, automóveis, etc. 
 
Obs: É evidente que embora classificados como duráveis, a vida útil de cada 
um difere da dos demais. A diferença pode ser de dias ou até mesmo de anos. 
 
 
 
 
 
� Bens não Duráveis - São aqueles que se destroem com o primeiro uso. 
Ex: Alimentos, cigarros, produtos descartáveis, etc. 
 
2.3.2.5 Quanto à Função 
 
� Bens intermediários - São aqueles que devem sofrer novas transformações 
antes de se converterem em bens de consumo ou de produção. 
� Ex: Cimento. 
 
� Bens Finais - São aqueles que já sofreram as transformações necessárias 
para seu uso ou consumo. 
� Ex: Relógio. 
 
2.3.2.6 Quanto à relação existente entre eles 
 
� Bens Complementares - São aqueles em que a demanda de um implica na 
demanda do outro. 
Ex: Linha x agulha de costura; rádio portátil x pilha. 
 
� Bens Substitutos - São aqueles que aos substituírem outros visam 
proporcionar o mesmo grau de satisfação. 
Ex: manteiga x margarina; açúcar x adoçante. 
 
 
 
CAPÍTULO III
SISTEMA ECONÔMICO
3.1 Definição
 Entende-se por sistema econômico o conjunto das relações básicas, 
técnicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de 
uma sociedade. Essas relações condicionam o sentido geral das decisões 
fundamentais tomadas em toda a sociedade e os ramos predominantes de sua 
atividade.
3.2 Elementos Constitutivos do Sistema econômico
 Um estoque de fatores de produção, ou seja, um conjunto de recursos 
que podem ser utilizados para a satisfação de necessidades humanas. Esses 
recursos compõem a conhecida tríade: Terra (N), Capital (K) e Trabalho 
(L).
 Um grupo de agentes produtivos – o empresário privado ou estatal – que 
tem a seu cargo a complexa tarefa de combinar esses recursos para obter uma 
determinada quantidade de bens e serviços.
 Um complexo de unidades produtivas – também conhecidas como 
empresas, correspondem às subdivisões administrativas nas quais as 
atividades são executadas.
3.3 Pressupostos básicos do sistema econômico:
 Base humana ou populacional na qual os indivíduos compreendem ao 
mesmo tempo a função de proprietários dos fatores de produção e 
consumidores.
 Deve haver disponibilidade dos fatores de produção.
 Os fatores de produção disponíveis devem ser utilizados de forma ótima.
1
3.4 Gráfico do sistema econômico
2
3.5 Análise do Gráfico:
 Dado um determinado estoque de fatores, os agentes produtivos ou 
empresários recrutam os serviços desses fatores no mercado de fatores, 
reunindo-os de forma eficiente em unidades produtivas ou empresas 
(fazendas, fábricas, lojas, etc.) com o objetivo de produzir bens ou prestar 
serviços.
 A combinação desses fatores, ou sua utilização em diferentes 
proporções, na produção de bens e serviços, pressupõe a adoção de uma 
TECNOLOGIA, vale dizer, um determinado método ou processo de trabalho 
que incorpora o conhecimento e a experiência disponíveis.
 Todas as unidades produtivas que compõem sistema estão agrupadas 
em três seguimentos:
1. Setor primário – compreende todas as atividades mais diretamente 
ligadas à exploração dos recursos da natureza – agricultura, pecuária, pesca, 
etc.
2. Setor secundário – inclui todas as atividades de transformação e 
beneficiamento de diferentes matérias-primas, todas as atividades industriais.
3. Setor terciário – engloba o comércio e todas as atividades de 
prestação de serviços (transportes, hotéis, bancos, etc).
Cada um desses setores tem características específicas e combinam, 
em diferentes proporções, os diversos fatores disponíveis.
No setor primário, o fator de produção TERRA (recurso naturais, 
incluindo as minas, águas, florestas, etc) é de importância fundamental. Na 
industria, o fator CAPITAL tem predominância, enquanto que no setor de 
serviços a MÃO DE OBRA é o fator predominante.
3.5.1 Fluxo de produtos e rendimentos.
 Para produzir os diferentes bens e serviços reclamados pela 
sociedade, os agentes produtivos recorrem ao mercado de fatores, procurando 
obter o direito de uso dos fatores nas diversas empresas que organizam. Para 
tanto, são obrigados a assegurar aos proprietários dos fatores certa 
remuneração. Assim, ao proprietário do fator capital oferecem um juro ou 
perspectiva de lucro, ao proprietário do fator terra, uma renda (ou aluguel), e ao 
proprietário do fator trabalho, um salário.
 As unidades produtivas, quando compram os serviços dos 
fatores de produção e os utilizam na produção de bens e serviços exigidos pela 
comunidade, dão origem a dois fluxos diferentes: a oferta global e a procura 
global.
 Oferta global
 A oferta global é um fluxo “real” de quantidades físicas de 
alimentos, produtos industriais e serviços diversos criados pelo aparelho 
produtivo e ofertados no mercado de bens e serviços.
 Procura global
 A procura global é um fluxo “monetário” de pagamentos feitos 
aos proprietários dos fatores de produção sob a forma de aluguéis, juros ou 
margem de lucros e salários. Rendimentos esses que serão gastos no 
mercado de bens e serviços de consumo ou poupados.
 Os dois fluxos são como que as duas faces de uma mesma 
moeda, sendo o fluxo de rendimentos a tradução monetária do fluxo real dos 
bens e serviços produzidos.
 Do lado da oferta, observa-se que os bens podem ser de dois 
tipos: bens e serviços finais e bens de capital, conforme se destinem direta e 
indiretamente à satisfação de necessidades humanas. Do lado da 
procura, também a renda pode ter dois destinos: gastos de consumo e 
poupança. Os gastos de consumo correspondem à procura de bens deconsumo ou de bens de capital.
 O processo pelo qual a poupança se transforma em compra de 
bens de capital (investimento) pode ser simples e direto, como quando uma 
empresa reinveste os lucros retidos, ou indireto, através das instituições 
financeiras no mercado de capitais, por meio da aquisição de ações de uma 
companhia de investimentos e esta financia a expansão de uma empresa.
CAPÍTULO IV
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
 As necessidades da sociedade, muitas vezes, derivam do 
próprio desenvolvimento econômico do país. Quanto maior for o grau de 
desenvolvimento do país, maiores serão as necessidades e mais exigente Será 
a população. Contudo, os fatores de produção empregados para a obtenção 
dos bens e serviços que irão satisfazer as necessidades são escassos.
 À medida que os recursos produtivos se expandem e se 
aperfeiçoam, os desejos e necessidades humanas crescem mais que 
proporcionalmente.
 Com a quantidade limitada de recursos, não há como produzir 
indiscriminadamente todos os bens e serviços desejados pela sociedade.
 Se houver a consideração de que a economia está operando em 
sua máxima eficiência produtiva, onde todos os recursos produtivos disponíveis 
estão sendo plenamente utilizados e dentro da melhor combinação possível, as 
quantidades produzidas de bens e serviços alcançam um máximo, sendo nas 
condições apresentadas impossível aumentar a produção de qualquer bem ou 
serviço, visto que os recursos são escassos. O aumento da quantidade 
produzida, ou mesmo, a criação de um bem ou serviço, só será possível se a 
economia desistir total ou parcialmente da produção de outro bem ou serviço 
que vinha produzindo anteriormente, isto é, se houver a transferência de parte 
ou do total dos recursos aplicados na produção atual para a criação ou o 
aumento de outros bens e serviços.
 A escassez de recursos e a ilimitação das necessidades 
humanas fazem com que a economia esteja inteiramente voltada para o 
problema das opções.
3.1 Definição
 
 Curva de possibilidade de produção é a representação 
gráfica da combinação de duas mercadorias que a sociedade pode 
produzir com o pleno emprego de todos os recursos e com a melhor 
tecnologia disponível, indica quanto se deve desistir de uma mercadoria a fim 
de liberar recursos suficientes para produzir mais de uma segunda mercadoria, 
representando o custo de oportunidade.
3.2 Representação Gráfica
3.3 Pontos notáveis da CPP
a- ponto O
O ponto O configura uma situação de pleno desemprego. Essa situação é 
visualizada apenas na teoria, pois não acontece na prática. A ocorrência do 
pleno desemprego significa que os recursos disponíveis não estriam sendo 
utilizados para quaisquer fins. Logo, a produção estaria reduzida a zero.
b- ponto Q 
O ponto Q representa uma situação na qual ocorre a capacidade ociosa 
do sistema. Isto ocorre com certa frequência e é até mesmo considerado 
normal. Nesse caso, nem todos os recursos estão sendo plenamente 
utilizados. 
c- ponto P
O ponto P representa uma situação ideal, mas que dificilmente é 
alcançada. Ele representa uma situação de pleno, o aproveitamento integral de 
todas as possibilidades de produção da economia. O alcance do pleno 
emprego é praticamente impossível, a não ser em situações extremas, como 
as vividas por certas nações em período de guerra, quando são efetivamente 
mobilizadas todas as forças de combate e retaguardas de produção. 
d- ponto R
 O ponto R representa um nível impossível de produção em consideração 
as possibilidades demarcadas pela curva. A possibilidade apresentada no 
ponto R é inalcançável no período imediato, pois situa-se além das fronteiras 
de produção da economia. O ponto R pode ser alcançado em períodos futuros, 
desde que haja deslocamentos positivos da CPP.
3.4 Deslocamentos da CPP 
Deslocamento Positivo da CPP
 Causas:
 Avanço tecnológico;
 Melhor preparação dos recursos humanos com treinamento especializado;
 Aumento na qualidade de capital;
 Dinamismo empresarial;
 Produção de bens com maior valor agregado.
Gráfico do deslocamento positivo: 
 
 
Deslocamento Negativo da CPP
 Causas:
 Guerras;
 Recessões;
 Revoluções.
Gráfico do deslocamento negativo:
3.5 Os Três Problemas Econômicos
 Uma das maiores preocupações existentes em uma economia é encontrar a 
opção certa para a obtenção de volumes de produção capazes de melhor satisfazer 
as necessidades humanas com os recursos existentes. A melhor opção encontrada 
deve levar em consideração as seguintes questões:
 
 O que e quanto produzir ? 
 A área econômica é responsável por resolver esta questão. Ao serem definidos os 
bens e serviços e as quantidades a serem produzidas deve-se observar que seja 
atingido o limite das possibilidades de produção.
 Como produzir ?
 Esta questão esta ligada á forma como os bens e serviços serão produzidos e 
melhor maneira de atingir as qualidades desejadas.
 Quem decide esta questão é a área tecnológica. As técnicas aplicadas devem 
permitir a melhor combinação entre os fatores de produção para que sejam 
atendidas as quantidades definidas na área econômica e atendendo 
simultaneamente a área social.
 Para quem produzir ? 
 Esta questão é respondida pela área social. É necessário que os bens e serviços 
produzidos atendam as necessidades e aos desejos da sociedade.
CAPÍTULO V
INTRODUÇÃO À TEORIA DOS PREÇOS
5.1 – Noção de Preços
 Pode-se definir preços como sendo a unidade de bens e serviços 
expressa em moeda.
A quantidade de bens e serviços a ser adquirida pelo individuo para 
atender às suas necessidades está diretamente ligado à relação entre a quantidade 
de dinheiro que ele possa despender na compra e o preço desses bens e serviços.
Para possuírem preço, os bens e serviços precisam ser úteis e 
escassos. 
Quanto mais úteis e escassos maiores serão seus preços. 
A fixação do preço nos mercados de livre concorrência é feita 
através da interação de duas forças:
Demanda e oferta. 
O preço estabelecido pela interação das forças de demanda e oferta é o preço de 
 equilíbrio.
5.2 – A Lei da Demanda e da Oferta
A lei da demanda e da oferta está diretamente ligada aos estudos 
teóricos realizados por Adam Smith e David Ricardo entre outros.
Para que sejam estudados o comportamento do produtor e do 
consumidor é necessário admitir : condições ceteris paribus.
 Ceteris Paribus = que os demais fatores não analisados 
permaneçam inalterados.
5.2.1 Demanda
 Procura ou demanda de um produto pode ser definida como as várias 
quantidades que serão procuradas pelos consumidores, em função dos diversos 
preços possíveis em determinado período de tempo.
A variação da quantidade demandada de um produto dá-se em 
razão inversa da variação do preço do mesmo.
Este tipo de comportamento tem duas razões básicas:
 O preço do produto é um obstáculo ao consumidor;
 Efeito substituição.
 Há sempre uma relação de dependência entre o preço e a 
quantidade procurada de um produto.
A curva de demanda
Relaciona a combinação da quantidade procurada em função dos 
vários níveis de preços.
No eixo horizontal (abcissas), escreve-se todos os 
valores correspondentes às quantidades demandadas; no eixo vertical (ordenadas) 
escreve-se todos os valores correspondentes aos preços do produto.
TABELA 1 – Escala de procura de um produto
Gráfico:
Ponto Preço Quantidade Procurada 
A 1 20
B 2 15C 3 12
D 4 10
E 5 09
Uma curva de procura é sempre descendente da esquerda para a 
direita porque à medida que o preço do produto diminui, a quantidade procurada 
aumenta.
 Variação da quantidade procurada
Variação da quantidade de um produto é a passagem de um ponto para outro da 
curva de procura, em consequência de uma variação no preço.
5.2.2 Oferta
Define-se a oferta de um produto como sendo as várias quantidades 
oferecidas de um produto em função dos diversos níveis de preço que se possam 
obter no mercado em um determinado período de tempo. 
A variação na quantidade ofertada dá-se na razão direita da 
variação do preço, isto é, se o preço aumenta, a quantidade oferecida também 
aumenta. O preço é sempre um incentivo para o produtor. Em condições ceteris 
paribus, o aumento no preço do produto, sem que os custos de fabricação sejam 
aumentados, dá ao produtor condições de aumentar sua margem de lucro.
Curva de oferta
Relaciona a quantidade ofertada aos diversos níveis de preços.
 No eixo das abcissas escreve-se os valores correspondentes às quantidades 
ofertadas, no eixo das ordenadas os valores correspondentes aos preços.
 TABELA 2 Escala de oferta de um produto
 
Ponto Preço Quantidade 
Ofertada 
A 1 0
B 2 07
C 3 12
D 4 16
E 5 18
A curva de oferta é sempre ascendente da esquerda para a direita, 
à medida que o preço aumenta, a quantidade ofertada também aumenta.
Gráfico da oferta 
b-Variação da quantidade ofertada 
A variação da quantidade ofertada é a mudança de um ponto para 
outro em função da mudança de preço.
5.2.3 Equilíbrio da oferta e da procura
O preço de equilíbrio é o que atende aos interesses de produtores e 
consumidores.
Graficamente, este ponto ser observado pela interseção das curvas 
de demanda e de oferta.
O preço de equilíbrio é aquele em que a quantidade 
voluntariamente ofertada é igual à quantidade procurada.
TABELA 3 Escala de procura e de oferta de um produto 
Preço Quantidades 
procuradas
Ofertadas
1 48 10
2 30 30
3 18 40
Representação gráfica do ponto de equilíbrio (E)
No preço1, enquanto a procura é de 48, a oferta é de apenas 10 
(procura maior que oferta), a 
tendência do preço do produto é aumentar. O preço 2 é o de 
equilíbrio, pois a procura é de 32 e a oferta também. No preço 3, enquanto os 
produtores oferecem um volume de 40, a procura para o produto é de apenas 18, o 
que irá forçar a diminuição do preço.
5.2.4 Variação da Procura
Os fatores que podem determinar a procura por um produto podem 
ser:
 dimensão do mercado;
 renda ou poder aquisitivo do consumidor;
 gosto ou preferência do consumidor (propaganda)
 expectativa sobre a evolução da oferta;
 preço dos produtos similares.
A alteração em um desses fatores (condições ceteris paribus) provocará o 
deslocamento da curva independentemente do preço do produto no mercado.
Gráfico
Alteração no ponto de equilíbrio
Uma expansão ou redução da procura de um produto mantendo-
se a oferta fixa, altera o ponto de equilíbrio, e em consequência, o preço e a 
quantidade de equilíbrio.
Gráfico
Sendo fixa a oferta de um produto, os produtores consideram que 
um aumento na procura pode dar oportunidade ao aumento de preço e, 
consequentemente, aumento dos lucros.
5.2.5 Deslocamento da curva de oferta
Os fatores que podem determinar a mudança na oferta de um 
produto podem ser:
• A quantidade de empresas que apresentam condições de fabricar o produto;
• A disponibilidade dos recursos de produção:
• preço dos diferentes fatores que compõem o processo produtivo;
• Mudança na tecnologia aplicada;
• A expectativa sobre o comportamento da procura;
• A expectativa sobre a variação do preço do produto.
A ocorrência de alteração em apenas um desses fatores em condições ceteris 
paribus, faz com que a curva de oferta se desloque para a direita ou para a 
esquerda.
Gráfico
Alteração do ponto de equilíbrio
O deslocamento da curva de oferta irá influenciar o 
preço de equilíbrio de um produto se sua procura se mantiver inalterada.
Gráfico
5.3 ELASTICIDADE-PREÇO
Para encontrar a elasticidade-preço divide-se a variação percentual 
da quantidade, pela variação percentual do preço, onde:
∆q = variação da quantidade
 q = quantidade
∆p = variação do preço
 p = preço
A fórmula para calcular a elasticidade-preço é:
E= ∆q : ∆q = ∆q x p
 q p q ∆p
5.3.1 Elasticidade-preço da procura
 Elasticidade-preço da procura é a relação entre a variação 
percentual da quantidade procurada dos bens e serviços e a variação percentual do 
preço do produto.
 Ao determinar-se a elasticidade-preço da demanda encontra-se 
um valor negativo, que deve ser abandonado o sinal, usando-se apenas o módulo.
Exemplo: -3 3 
 Classificação da elasticidade-preço da procura
 a- Perfeitamente elástica (E ). O valor do coeficiente da elasticidade tende ao 
infinito.
b- Relativamente elástica – Os produtos desse grupo podem apresentar uma 
variação entre 60% a 20%. São os produtos supérfluos.
c- Unitária (EP = 1). É a procura que, a um aumento real de 20% no preço do 
produto, sofre uma queda de 20%, por exemplo.
d- Relativamente inelástica – Bens considerados de primeira necessidade. Um 
aumento de 25% no preço do produto conduz à redução de 5% na quantidade 
procurada, por exemplo.
e- Perfeitamente inelástica – Neste caso, a quantidade demandada independe do 
preço.
Representação gráfica da elasticidade-preço da demanda
 
5.3.2 Elasticidade-preço da oferta
 Elasticidade-preço da oferta é a relação entre a variação 
percentual da quantidade ofertada e a variação percentual do preço do produto.
 A fórmula para determinar a elasticidade-preço da oferta é:
E = ∆q x p
 ∆q q
Classificação da elasticidade-preço da oferta
a) Relativamente elástica - se, por exemplo, o preço do produto 
varia 20%, a quantidade ofertada varia 60%.
b) Unitária – Quando a variação do preço é de 20% e a quantidade 
ofertada sobre a variação de 20%, por exemplo.
c) Relativamente inelástica – O preço varia 30% e a quantidade 
ofertada apenas 10%.
d) Perfeitamente elástica – A quantidade ofertada independente do 
preço.
e) Perfeitamente inelástica – A variação do preço não é suficiente 
para provocar reação na quantidade ofertada.
CAPÍTULO VI
MERCADO
6.1- Definição
 Mercado é o lugar onde vendedores e compradores se centralizam 
em busca de um equilíbrio.
Ou
 Mercado é a massa de ofertas e de procuras que se encontram em 
centros de negócios, como base de mercadorias ou de valores mobiliários.
6.2- Mercado de concorrência perfeita
 O mercado de concorrência perfeita também pode ser chamado de 
competição livre. Esse mercado não existe na realidade.
Características:
• Existência de um grande número de produtores independentes;
• O produto oferecido é homogêneo;
• Nenhum produtor sozinho pode alterar o preço do produto no mercado;
• Não há obstáculos à entrada de outros produtores;
• Há perfeita mobilidade dos fatores de produção.
6.2.2 Mercado de monopólio
 É caracterizado pela existência de apenas um produtor para 
atender a muitos consumidores. Não há concorrência, nem produto substituto 
próximo. O consumido é submetido às condições impostas pelo vendedor, caso 
contrário, não consumirá o produto. Há barreiras à entrada de novos produtores, que 
podem ser originadas pelas seguintes condições: 
• Monopólio natural– é caracterizado pela necessidade de grande volume de capital. 
As empresas já existentes operam com grandes plantas industriais, com economias 
de escala e custos unitários baixos, o que permite cobrar preço baixo pelo produto. 
O baixo preço é uma barreira à entrada de novos concorrentes;
• Patentes- a empresa é a única capaz de produzir o determinado bem por dominar a 
tecnologia, enquanto a patente não cair em domínio público;
• Domínio de matérias-primas básicas – por exemplo, o domínio de minas da bauxita 
por empresas produtoras de alumínio.
Existe também o monopólio estatal em setores considerados estratégicos à 
segurança nacional, como energia e petróleo.
 
6.2.3 Mercado de oligopólio
Este tipo de mercado pode ser apresentado de duas formas:
• Oligopólio concentrado – ocorre quando há um pequeno número de empresas no 
setor. Exemplo: indústria automobilística ;ou
• Oligopólio competitivo – Ocorre quando um pequeno número de empresas domina 
um setor com um grande número de empresas. Exemplos : Nestlé e Coca-cola .
A existência de empresas dominantes permite a fixação de preços de venda, a 
demanda neste caso é relativamente inelástica. Os consumidores têm baixo poder 
de reação a alteração de preços.
Há barreiras à entrada de novos produtores devido a fatores como: proteção de 
patentes e domínio de fatores de produção.
Pode-se caracterizar dois tipos de oligopólio:
• Oligopólio com produto homogêneo- alumínio, cimento.
• Oligopólio com produto diferenciado – automóveis.
As empresas oligopolistas podem atuar formando cartéis (conluios). O cartel é uma 
organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina 
a política para as outras empresas do cartel, fixando preço e cota do mercado.
30
6.2.4 Concorrência monopolística
• muitas empresas produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado(por características 
físicas, embalagem, propaganda, atendimento pós venda, etc.) . 
• margem de manobra para fixação de preços é pequena, visto que 
existem produtos substitutos no mercado.
• Alguns exemplos: as fábricas de roupas, os produtos têxteis, a 
prestação de serviços.
• Apesar de um grande número de produtores, o consumidor pode 
dar preferência para um determinado profissional.
Pólio = sufixo de origem grega que significa vender.
Características das estruturas básicas de mercado
Característic
as
Concorrênci
a perfeita
Monopóli
o
Oligopóli
o
Concorr
ência 
monoplí
stica
Quanto ao n. 
de empresas 
Muito 
grande
Só há 
uma 
empresa
Pequeno Grande
Quanto ao 
produto
Homogêneo Não há 
substitut
o 
próximo
Homogê
neo / 
diferenci
ado
Diferenc
iado
Quanto a 
determinaçã
o do preço
Não há 
determinaçã
o de preço
Grande 
poder 
das 
empresa
s para 
determin
ação de 
preço.
Tender a 
controlar 
preços 
através 
de 
cartéis.
Sem 
controle 
de 
preços.
31
Quanto à 
entrada de 
novos 
concorrentes
Não há 
barreiras 
Há 
barreiras 
Há 
barreiras 
Não há 
barreira
s
6.2.5 O abuso do poder econômico nos mercados e a ação 
governamental
Para evitar o abuso do poder econômico que existe no monopólio e oligopólio, o 
Brasil, desde os anos 1960, possui legislação de defesa da concorrência. Contudo, 
somente com a Constituição de 1988 é que ocorreu mudança expressiva.
32
CAPÍTULO VII
NOÇÕES DE MOEDA E INFLAÇÃO
7.1 Moeda 
7.1.1 Definição
 Não é tarefa fácil definir com exatidão o que seja moeda. Desta 
maneira, faz-se preferível conceituar moeda.
 O termo moeda é usado para algo que é geralmente aceito em 
troca de bens e serviços.
 A moeda é um instrumento que, pelo fato de ser aceito pela 
população em troca de bens e serviços, passa a ser usado como meio de troca.
7.1.2 Funções da Moeda
• Instrumento de Troca 
Sem a moeda todas as trocas teriam que ser diretas, isto é, escambo (troca de 
mercadoria por mercadoria). Há o problema da indivisibilidade na troca direta. O 
escambo força a auto-suficiência pela dificuldade da troca direta, isto sem levar em 
conta o tempo gasto para a negociação.
• Reserva de valor 
Para que a moeda possa ser aceita em troca de mercadorias, é preciso que ela 
possa ser aceita na compra de outros bens e serviços. A moeda representa em 
direito o que seu possuidor tem sobre algumas mercadorias.
• Unidade de conta ou denominador comum de valor 
A moeda serve para comparar o valor de mercadorias diversas. Com a moeda é 
possível somar um trator mais uma caneta e também achar equivalência física de 
moeda.
• Padrão para pagamentos diferidos 
A moeda serve como medida para um pagamento a se realizar em algum tempo 
futuro. Esta função é muito parecida com a anterior, havendo como diferença 
básica o tempo em que a comparação será feita, isto é, no caso anterior à 
comparação era feita no momento atual e esta, no futuro.
7.1.3 História da moeda
 Não é possível provar com exatidão quando surgiu a primeira 
moeda. Desde a antiguidade sua utilidade foi percebida e surgiram alguns bens 
que, por terem aceitação geral passaram a ser usados como moeda. Por exemplo 
o gado tinha a vantagem de se multiplicar entre uma tropa e outra; o sal foi utilizado 
na Roma antiga, dando origem ao “salário” os metais preciosos foram os que mais 
se destacaram, por diversas razões: mostraram ter aceitação geral, pois possuíam 
uma farta e permanente procura e uma oferta limitada e, portanto, um preço estável 
e alto; não se desgastavam; eram facilmente reconhecidos e; eram divisíveis. O 
problema inicial da pesagem do ouro para saber seu valor foi resolvido por meio da 
cunhagem. Com a cunhagem surgiu o problema da recunhagem, no qual o passa o 
poder do ouro para o novo proprietário sem que haja a necessidade e a 
complicação da entrega do metal diretamente.
 A promessa de pagamento em troca do recibo era feita 
inicialmente pelos cunhadores, depois, com o desenvolvimento das atividades e 
instituições econômicas pelos bancos comerciais e após esses pelo governo ou 
Banco Central. Esse recibo nada mais é que moeda papel, totalmente assegurado 
por metal (lastro) e conversível em ouro.
Papel-moeda
 Desde o início do procedimento, contatou-se que grande parte 
dos depósitos em ouro eram inativos. Clientes depositavam e outros retiravam o 
ouro e ainda, havia muitos que trocavam as notas sem exigir o ouro prometido. 
Desta forma, permanecia sempre um valor relativamente constante e 
percentualmente alto de metal imobilizado.
34
 A saída de ouro era relativamente menor do que o estoque total. 
Os banqueiros ao constatarem tal fato perceberam que poderiam fazer promessas 
de pagar ouro muito acima de suas reservas.
7.2 INFLAÇÃO
7.2.1 Definição 
 A inflação é definida como uma situação na qual há um aumento 
contínuo generalizado de preços. As características de continuidade e generalidade 
tornam a inflação um processo e não uma ocorrência passageira. Logo, uma 
economia é inflacionária quando o aumento de preços ocorre continuamente e por 
longo período de tempo.
 É importante ressaltar que o aumento de preços que origina a 
inflação se estende a todos os bens e serviços produzidos pela economia.
7.2.2 Causas clássicas de inflação
• Inflação de demanda 
A inflação de demanda é causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que 
não é acompanhado pelo crescimento da produção. Sabendo-se que a demanda 
por bens e serviços ocorre por meio da moeda, a inflação de demandaé entendida 
como excesso de moeda na economia, ou seja, há um aumento de demanda 
mantendo-se a oferta de bens e serviços inalterada.
• Inflação de custos 
A inflação de custos tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços 
da economia. Nesse caso, a demanda permanece inalterada, enquanto aumentam 
os custos de produção, os quais são repassados para os preços das mercadorias.
 Existe uma intensa relação entre os custos de produção de um 
bem e seu preço. O preço de um bem não pode ser inferior ao seu custo, pois 
nessa situação o empresário estaria operando com prejuízos e poderia abandonar 
35
a atividade. Quando há aumento nos custos de produção, a saída para o 
empresário se manter em equilíbrio é repassar o aumento para o preço de seu 
produto.
36
CAPÍTULO VIII
ECONOMIA INTERNACIONAL
8.1 Introdução
 Os países mantêm relações comerciais, principalmente, porque 
não podem produzir, com o mesmo grau de eficiência, todos os bens de que 
necessitam para satisfazer as necessidades da população.
 As transações entre os diferentes países não estão limitadas ao 
comércio de mercadorias, os serviços e o capital estão incluídos como objeto de 
intercâmbio entre eles.
 Duas teorias se destacam na preocupação de explicar a 
existência do comércio internacional. São elas a Teoria da Vantagem Absoluta e a 
Teoria da Vantagem Comparativa.
8.2 Teorias do Comércio Internacional
a- Teoria da Vantagem Absoluta
Elaborada por Adam Smith, essa teoria parte do princípio de que os países que 
comercializam entre si aumentam o nível de seu bem-estar social, visto que a 
quantidade de produtos colocados à disposição dos habitantes desses países 
aumenta.
 Por exemplo: se forem tomados dois países – Brasil e Suíça. 
Admitindo-se que em cada um deles são produzidos apenas dois bens: café e 
relógios. No caso do Brasil, o país produz 40.000 sacas de café e 10.000 unidades 
de relógios. No caso da Suíça, o país produz 10.000 sacas de café e 50.000 
unidades de relógios.
 PRODUTO
 PAÍS
 CAFÉ RELÓGIO
BRASIL 40000 10000
SUÍÇA 10000 50000
 Como os dois países querem consumir os dois bens, a 
especialização poderia gerar aumento na produção total. Se o Brasil se especializar 
na produção de café, destinando sua capacidade produtiva para este bem, sua 
produção poderá passar a ser de 160.000 sacas. Enquanto que se a Suíça se 
especializar na produção de relógio, ela poderá produzir 250.000 unidades.
 PRODUTO
 PAÍS
 CAFÉ RELÓGIO
BRASIL 160000 0
SUÍÇA 0 250000
 Logo, o Brasil teria vantagem na produção de café, enquanto que 
a Suíça teria vantagem na produção de relógios. Segundo Adam Smith, o comércio 
entre os dois países seria benéfico para ambos, pois a população poderia consumir 
mais dos dois produtos.
b- Teoria da Vantagem Comparativa
A teoria da vantagem comparativa de Smith explica apenas uma parte do comércio. 
David Ricardo, no início do século XIX, buscou explicar a maior parte do comércio 
mundial, por meio de sua Teoria da vantagem Comparativa. Segundo Ricardo, não 
há necessidade de existir vantagem absoluta para que a especialização e o 
comércio sejam vantajosos. Mesmo que uma nação apresente desvantagem 
absoluta, na produção de duas mercadorias em relação à outra nação, ainda assim 
o comércio seria vantajoso. Mesmo que uma nação apresente desvantagem 
absoluta, na produção de duas mercadorias em relação à outra nação, ainda assim 
o comércio seria vantajoso, desde que ela produzisse e exportasse o bem no qual 
a vantagem comparativa fosse maior e importasse o bem no qual sua vantagem 
absoluta fosse menor.
 PRODUTO
 PAÍS
 CAFÉ RELÓGIO
BRASIL 16000 20000
SUÍÇA 18000 25000
 Como pode ser observado no quadro acima, a Suécia supera o Brasil tanto na 
produção de relógios quanto na produção de café. Mesmo assim, o comércio entre 
os dois será benéfico para ambos. O que deve ser visto neste caso são os custos 
de produção.
8.3 Balanço de Pagamentos
 A comercialização entre os países, bem como a interdependência entre 
eles, dá origem a necessidade de se estabelecer um controle sobre o fluxo de 
entrada e saída de recursos. O país deve comportar-se como uma empresa que 
vende e compra bens e serviços, não devendo, por isso, ter prejuízo. Para realizar 
esse controle existe o Balanço de Pagamentos (BP).
 8.3.1 Definição
 O Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das transações 
ocorridas entre residentes e não residentes de um país durante determinado 
período de tempo.
 
 Grupos de contas.
a- Balança Comercial 
 Registra as exportações e importações de mercadorias. Se as exportações forem 
maiores do que as importações o saldo será positivo, e se as exportações forem 
menores do que as importações o saldo será negativo.
b- Balança de Serviços 
 Registra as despesas e receitas decorrentes de pagamentos e recebimentos 
como fretes e juros.
c- Transferências Unilaterais 
 Registra as transações sem contrapartida, tais como as remessas feitas por meio 
de doações de um país para o outro em auxílio.
d- Transações Correntes 
 A balança comercial, a balança de serviços e as transferências unilaterais 
formam o balanço de pagamentos em transações correntes (ou conta corrente).
e- Capitais Autônomos
 Nesta conta são registradas as entradas e saídas de capitais voluntários que 
tomam a forma de investimentos diretos (aquisição ou venda de participação 
societária), novos empréstimos e amortização de empréstimos anteriores.
f- Erros e Omissões
 Confronto do saldo do balanço de pagamentos com o saldo de capitais 
compensatórios deve ser igual a zero, pois o método de contabilização é o das 
partidas dobradas. Mas como isto nem sempre acontece, o valor da diferença é 
lançado neste item do balanço de pagamentos.
g- Saldo do Balanço de Pagamentos
 É o confronto entre o saldo das transações correntes e o saldo dos capitais 
autônomos.
h- Capitais compensatórios
 São geridos pelas Autoridades Monetárias e refletem o tratamento dado ao saldo 
do balanço de pagamentos. Se superavitário, qual o destino dado ao excesso de 
divisas e, se deficitário, qual a origem dos recursos que neutralizam o excesso de 
despesas de divisas.
8.4 Estrutura geral do Balanço de Pagamentos
1- Balança Comercial (FOB).
Exportações
Importações
2- Balança de serviços (líquido).
Viagens internacionais
 Transportes
 Seguros
 Renda de Capitais
 Serviços Governamentais
 Serviços Diversos
3- Transferências Unilaterais
4- Saldo do Balanço de Pagamentos em transações Correntes 
(1+2+3).
Movimentos de Capitais
5- Movimentos de Capitais Autônomos
Investimento (líquido)
Reinvestimentos
Financiamentos
Amortizações
Empréstimos á médio e longo prazos
Capitais a curto prazo
Outros capitais
6- Erros e Omissões
7- Saldo Total do Balanço de Pagamentos (4+5+6)
Demonstrativo de Resultados
8- Movimento de Capitais Compensatórios
Haveres e obrigações no exterior
Empréstimo de regularização
Atrasados
CAPÍTULO IX
CENÁRIO ECONÔMICO MUNDIAL NA ATUALIDADE
9.1 Globalização
9.1.1 Considerações preliminares
 O conceito de globalização ainda permanece impreciso, apesar do uso extenso 
que dele tem sido feito na literatura contemporânea em relação às mudanças nas 
relaçõesinternacionais, econômicas e políticas, que o mundo vem assistindo nas 
últimas décadas.
 O processo de globalização representa uma nova “formatação” capitalista, que é 
derivada da dinâmica da acumulação e internacionalização dos capitais. Esta nova 
“formatação” capitalista envolve diferentes aspectos e dimensões.
 Do ponto de vista comercial, o processo de globalização é traduzido na 
semelhança crescente das estruturas de demanda e na crescente homogeneidade 
da estrutura de oferta das várias economias. São possibilitadas com isso a 
apropriação de ganhos de escala, a uniformização de técnicas produtivas e 
administrativas e a redução do ciclo de vida do produto. Verifica-se também o 
crescimento intrafirmas. Em consequência, a competição, que anteriormente estava 
centrada no produto, passa a ser centrada na tecnologia do processo. A 
competição passa a ocorrer em escala mundial, com as empresas frequentemente 
reestruturando sua atividade em termos geográficos, e sendo beneficiadas tanto 
pelas vantagens comparativas de cada país como pelo próprio nível de 
competitividade de cada empresa. As diversas rodadas de negociações 
multilaterais no âmbito do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), ao 
reduzirem as barreiras comerciais, contribuíram para estimular a globalização 
comercial.
 A perspectiva institucional revela que a globalização leva a uma semelhança 
cada vez maior na configuração dos diversos sistemas nacionais e a uma 
convergência dos requisitos referentes à regulação em diversos setores, levando 
as economias a se direcionarem a um comportamento mais homogêneo.
 Quanto à política econômica, a globalização altera diversos atributos relativos à 
soberania econômica e política em um número cada vez maior de países, tanto nas 
economias em desenvolvimento. Os novos padrões de comércio e de produção 
estão fazendo com que os Estados redefinam seu comportamento na área da 
industria, dos serviços e das trocas internacionais, e compete aos Estados a 
definição de políticas que visam criar e apoiar o desenvolvimento de vantagens 
competitivas para suas indústrias nacionais. As políticas nacionais afetam cada vez 
mais o comércio internacional e, por sua vez, as decisões no âmbito internacional 
afetam as políticas nacionais. A perda de autonomia no estabelecimento das 
políticas nacionais tem sido um tema amplamente estudado. Existe uma mudança 
na forma de intervenção do Estado no domínio econômico, e seu passa a ser mais 
de regulação.
9.1.2 A identificação do fenômeno
 As condições favoráveis de crescimento do comércio internacional no período 
após a Segunda Guerra Mundial representam o ponto de partida para o processo 
de interdependência econômica. Surgiu, pela primeira vez, a noção de uma 
economia mundial. As diversas rodadas de negociações multilaterais no âmbito do 
GATT, que tinham por meta remover as barreiras comerciais, possibilitaram um 
crescimento do volume de comércio sem precedentes.
 O fim da Guerra Fria e queda do Muro de Berlim aceleram o processo e 
propiciaram a construção de um novo modelo na ordem econômica mundial. Havia 
um modelo de polaridades definidas: de um lado os Estados Unidos como líder e, 
do outro, a União Soviética. Ainda está em formação um novo modelo, no qual os 
Estados Unidos vêm se impondo como única potência mundial, não apenas no 
campo militar, como também no econômico. Contudo, na área comercial, a disputa 
está intensa entre os Estados Unidos, União Europeia, Japão e China.
 O mundo era analisado por um modelo de polaridade definidas e na atualidade se 
encontra em um modelo mais complexo de polaridades ainda indefinidas.
9.1.3 As empresas transnacionais e o comércio internacional
 A empresa transnacional pode ser definida como a empresa de grande porte, que 
possui capital em no mínimo dois países e conta com um grau elevado de 
dinamismo tecnológico.
 As empresas transnacionais possuem um lugar de destaque no novo cenário do 
comércio internacional. As empresas transnacionais têm uma grande capacidade 
de mobilizar recursos, sejam estes financeiros, mercadológicos, gerenciais ou 
organizacionais, em qualquer parte do mundo.“A empresa transnacional é o 
principal agente privado da inovação tecnológica, desempenha relevante papel no 
comércio internacional e realiza a quase totalidade dos fluxos de investimento 
externo direto no mundo¹”. Com isto, as empresas transnacionais acabam por 
interferir na política interna dos países onde estão sediadas.
 No comércio de bens e serviços, as empresas transnacionais se destacam devido 
sua elevada especialização. No entanto, a atuação das empresas transnacionais é 
particularmente importante no comércio de produtos manufaturados, em virtude da 
convergência entre os padrões de investimento e comércio internacional. A relação 
de comércio entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento ocorre 
predominantemente em um comércio interindustrial. É marcante a influência das 
empresas transnacionais no comércio internacional, e nem sempre os governos 
conseguem direcionar o comportamento dessas empresas. Um dos principais 
efeitos da influência das empresas transnacionais no comércio internacional é a 
dificuldade de imposição das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
 As regras da OMC devem levar em consideração os principais agentes do 
comércio que são as empresas transnacionais, mas que se encontram, muitas 
vezes, fora do controle dos governos, que são os negociadores das regras do 
comércio internacional e membros da OMC.
¹ Investimento externo direto é o investimento feito com o propósito de adquirir uma 
participação acionária em uma empresa operando em uma economia que não é 
aquela de origem do investigador, sendo que o objetivo do investidor é participar na 
gestão da empresa. Ver Reinaldo Gonçalves (1994, p. 41-42).
9.2 Integração Econômica Regional
 O livre comércio caracterizou as relações comerciais internacionais, desde a 
segunda metade do século passado até 1914. Os Estados não intervinham, 
cabendo a iniciativa privada direcionar as relações comerciais internacionais 
(Período do Liberalismo Clássico).
 A situação mudou intensamente durante o período compreendido entre as duas 
guerras mundiais.
 Após o período de guerra, o comércio internacional passou a ser regulado por 
outra ideologia, que visava a liberdade generalizada das trocas de mercadorias. 
Surgiram os acordos internacionais; nos quais, a liberalização do comércio era 
sustentada, também, em não intervenção estatal nas relações comerciais 
internacionais (Neoliberalismo).
 Logo, pode-se salientar que durante a época do Liberalismo Clássico havia uma 
voluntária abstenção do Estado enquanto que no Neoliberalismo a intervenção do 
Estado estava limitada pelos acordos internacionais.
 O fenômeno da integração regional é recente nas relações internacionais. Ele 
surge após a Segunda Guerra Mundial, quando os países europeus, chocados com 
os horrores da guerra, firmaram o propósito de garantir a paz por meio da 
integração. A década de 50 é caracterizada por um contexto de aumento nos 
índices de crescimento econômico, fundamentado na liberdade comercial. Uma das 
características marcantes da mudança do cenário internacional nas últimas 
décadas tem sido o aumento no número de acordos regionais de comércio, que 
apresentam como motivos particularmenterelevantes à insatisfação com as 
negociações multilaterais no âmbito do GATT; e a procura de novas alternativas 
por parte das economias em desenvolvimento para dinamizar o processo produtivo 
afetado pela intensa crise da década de 80. A integração regional tem a finalidade 
de remoção das barreiras de comércio entre as nações participantes, bem como o 
estabelecimento de mecanismos de cooperação e coordenação entre elas.
9.2.1 Os tipos de blocos econômicos
a-Zona de livre comércio
 A zona de livre comércio representa a primeira fase de integração econômica 
entre os países. Por meio de um tratado entre as partes, os países negociam entre 
si a criação de uma zona na qual os bens podem circular livremente, sem que haja 
qualquer tipo de barreira. Com a finalidade de impedir que outros países não 
pertencentes ao bloco se beneficiem do acordo preferencial, é utilizado um 
instrumento chamado regras de origem. As regras de origem, determinam a 
procedência dos bens que poderão ser beneficiados pelas preferências 
negociadas.
b- União aduaneira
 A união aduaneira representa a segunda faz de integração. Nessa fase, além da 
livre circulação de bens, as partes negociam uma tarifa externa comum para 
delimitar a fronteira externa da união em relação aos demais países. Para a 
eficácia do acordo, deve ser criado um órgão de coordenação de controle poderá 
causar distorção nas práticas de comércio, pois países que não integram o bloco 
poderão ser beneficiados com a livre circulação de bens.
 Nesta fase de integração é importante a coordenação das políticas econômicas 
entre as partes, para facilitar a condução do processo de integração.
 c- Mercado comum
 O mercado comum representa a terceira fase do processo de integração. Nesta 
fase, além das características de uma união aduaneira, com a livre circulação de 
bens, os países-membros também estabelecem a livre circulação de pessoas, 
serviços e capitais.
 Nesta fase, deve ser elaborada uma legislação do mercado comum, bem como 
políticas comuns acima das políticas nacionais. É mister também nesta fase que 
haja a harmonização das políticas macroeconômicas.
d- União monetária
 A união monetária representa a quarta fase de integração. Nesta fase, que 
pressupõe a implantação do mercado comum entre os países-membros, há a 
exigência de uma coordenação muito estreita das políticas econômicas, 
principalmente níveis compatíveis de taxas de juros, taxas baixas de inflação e 
políticas monetárias de acordo com índices estabelecidos de déficits públicos. A 
união monetária também requer um efetivo processo de ajustamento e 
convergência das taxas de câmbio para faixas compatíveis de flutuação. Outra 
característica fundamental é a criação de um sistema de bancos centrais 
independentes e de um banco central da união monetária, sendo sua característica 
marcante a possibilidade de criação de uma moeda única com o desaparecimento 
– ou não – das moedas nacionais.
e- União política
 A união política representa a última fase do processo de integração. Pressupões 
a existência do mercado comum e da união monetária. Esta fase, que representa o 
ponto máximo de um processo de integração, tem como finalidade a formação de 
uma política comum de relações externas, de defesa e de segurança.
 O processo de integração europeia teve origem no Tratado de Paris, de 1951, 
que constitui a Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA). Em 1957 
foram assinados os Tratados de Roma, criando a Comunidade Econômica 
Europeia (CEE) e a comunidade Europeia de Energia Atômica (EURATOM). Em 
1992 foi assinado, na cidade holandesa de Maastricht, o Tratado da União 
Europeia, que reuniu em um só instrumento (o Ao Único Europeu) as regras de 
integração europeia e seus povos rumos. A partir de Maastricht, a Comunidade 
Europeia transformou-se em União Europeia (UE).
 Os primeiros países que aderiram aos acordos foram à Alemanha, França, Itália, 
Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Em 1972 aderiram Reino Unido, Dinamarca e 
Irlanda. A Grécia foi incorporada em 1979. Em 1985, foram incluídos Portugal e 
Espanha e, em 1995, foram acrescentados Áustria, Suécia e Finlândia.
Na América latina, o processo de integração regional teve início 
com a assinatura do Tratado de Montevidéu em 1960, que deu origem a ALALC O 
NAFTA (North American Free Trade Agreement) Acordo de livre Comércio da 
América do Norte, entre Estados Unidos Canadá e México, foi assinado em 1992, 
objetivando a formação de uma zona de livre comércio.
9.3 O Mercosul
Com o objetivo de incrementar a economia e o desenvolvimento 
dos países, foi assinado em 26.03.91 o tratado de Assunção entre Brasil, 
Argentina, Uruguai e Paraguai, para a formação de um mercado comum.
Os quatros países, diante da evolução dos fatos internacionais 
(formação de grandes blocos econômico, globalização e acirramento da 
concorrência) perceberam que sua união promoveria o desenvolvimento econômico 
e a modernização e a ampliação da oferta de bens e serviços. Outro objetivo é o 
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis da região.
Em 1985, quando foi inaugurada a ponte que liga as cidades 
brasileiras de Foz do Iguaçu e a Argentina de Puerto Iguazú, os presidentes dos 
países firmaram o acordo de integração denominado “Declaração de Iguaçu”, 
embrião do Mercosul, que ainda contaria, posteriormente, com a adesão do 
Paraguai e Uruguai. Foi , sem dúvida, um dos projetos internacionais mais 
importantes da América Latina em dimensão e alcance.
CAPÍTULO X
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
As definições de crescimento e desenvolvimento econômico, 
muitas vezes, levam a confusões, visto que são dois termos que fazem parte do 
progresso das nações, mas que não podem ser definidas como sinônimos. O 
processo de crescimento se ocorrer de maneira isolada, poderá acarretar 
desequilíbrios estruturais em uma economia, dificultando as tarefas de seus 
governantes. O processo de desenvolvimento, no entanto está sempre 
acompanhado pelo processo de crescimento, pois não pode haver 
desenvolvimento sem crescimento.
10.1 Crescimento Econômico 
O crescimento econômico é um processo caracterizado pelo 
aumento da capacidade produtiva de bens e serviços de uma economia, em um 
determinado período de tempo. O crescimento econômico é relação entre a 
variação percentual do PIB e a variação percentual da população, com todas as 
mudanças estruturais inerentes ao processo. 
10.2 Desenvolvimento Econômico 
Para a ocorrência do desenvolvimento, além do aumento na 
quantidade de bens e serviços produzidos por uma economia, num determinado 
período de tempo, e em termos per capita,
são necessárias mudanças de caráter qualitativo. O desenvolvimento não pode ser 
analisado tomando-se por base indicadores como o PIB . para a observação do 
desenvolvimento devem ser considerados indicadores que reflitam mudanças na 
qualidade de vida da população. Os países desenvolvidos na maioria das vezes 
apresentam indicadores como:
• Alta renda per capita; 
• Alto nível de estoque de capital;
• Baixa taxa de mortalidade infantil;
• Alto padrão educacional e baixo índice de analfabetismo;
• Baixa taxa de desemprego e elevada produtividade de mão-de-
obra;
• Eficiente distribuição de renda
• Elevada taxa de poupança, etc.
 O grau de desenvolvimento de um país está refletido em um 
conjunto deindicadores. O grande desafio enfrentado na atualidade está 
relacionado com a enorme lacuna que existe entre os países “ricos” e os países 
“pobres”, lacuna essa que está se tornando cada vez maior com o passar do 
tempo.
Os países em desenvolvimento enfrentam graves problemas, 
um dos principais é a relação comercial. Os países desenvolvidos são, na maioria 
das vezes, grandes exportadores de produtos industriais, enquanto que os países 
em desenvolvimento possuem a tradição de serem exportadores d matérias-primas 
e produtos agrícolas. Outro problema é a forma com o aumento do consumo se 
reflete na economia. Nas economias desenvolvidas, a expansão do consumo 
normalmente é seguida pela expansão na produção e os novos produtos aparecem 
quando a demanda tem condições para adquiri-los; além disso, a tecnologia diminui 
o preço do produto, o que permite o aumento do consumo do mesmo. Nas 
economias em desenvolvimento a situação é bem diferente. O aumento da 
demanda provoca aumento dos preços, visto que a capacidade produtiva não 
avança na mesma proporção do aumento da demanda.
Fatores não estritamente econômicos também podem 
condicionar o funcionamento da atividade econômica. As economias em 
desenvolvimento enfrentam fortes desequilíbrios sociais e políticos, que impedem a 
aplicação de medidas econômicas. As diferenças regionais e culturais também 
representam um grave problema, pois impedem uma plena integração social e 
política.
51
Compete aos governantes dos países em desenvolvimento a 
elaboração de uma estratégia que supere a situação de desequilíbrio e que permita 
a esses países conduzirem o processo de desenvolvimento de suas economias 
segundo os interesses de sua sociedade. 
 
52
EXERCÍCIOS
I- I - Marque com X a resposta correta:
1- O problema da humanidade que induziu o homem a formular 
teorias que originaram a ciência econômica foi:
(A) a escolha dos fatores de produção para maximizar o trabalho 
humano;
(B) a escassez de recursos produtivos que limita os desejos 
humanos;
(C) a abundância de recursos produtivos que torna os desejos 
humanos;
(D) a escassez de recursos produtivos por um lado, que limita a 
produção de bens e serviços, e os desejos humanos ilimitados.
2- Denominam-se bens de capital:
(A) aqueles destinados à satisfação direta das necessidades 
humanas;
(B) aqueles que devem sofrer novas modificações antes de 
chegarem ao consumidor;
(C) aqueles que têm vida útil superior a 10 anos;
(D) aqueles que não atendem diretamente às necessidades 
humanas, destinando-se a aumentar a eficiência do trabalho.
3- A maquinaria industrial deve ser classificada como:
(A) bens livre 
(B) bens de consumo não-durável
(C) bens de capital
(D) bens de consumo durável
4- Denominam-se bens de consumo:
(A) aqueles que devem sofrer novas modificações antes de chegarem ao consumidor;
aqueles que estão na natureza em quantidade superior ao consumo;
aqueles destinados à satisfação direta das necessidades humanas;
(C)aqueles destinados à satisfação direta das necessidades humanas;
(D)aqueles que não atendem diretamente às necessidades humanas, destinando-se a 
aumentar a eficiência do trabalho.
5-Os bens que devem sofrer transformações antes que possam atender às 
necessidades humanas são conhecidos como:
(A) bens de capital
(B) bens econômicos
(C) bens de consumo
(D) bens intermediários
 6- A capacidade produtiva da economia é limitada pelo:
(A) estoque de capital
(B) tamanho da força de trabalho
1
(C ) conhecimento tecnológico
(D) disponibilidade de recursos naturais
(E) todas as respostas anteriores
7- Os serviços bancários classificam-se no:
(A) setor primário
(B) setor secundário
(C) setor terciário
(D) setor privado
8- Um bem livre é aquele que:
(A) é de utilização imediata
(B) é imaterial
(C) não é escasso, existindo em abundância
(D) não atende uma necessidade humana
9- Dentre os bens não- econômicos encontramos:
(A) serviços médicos
(B) serviços de consultoria
(C) o ar
(D) A e B estão corretas
10- Em um sistema econômico observa-se a geração de dois fluxos, são eles:
(A) produtivo e especulativo
(B) real e produtivo
(C) real e nominal
(D) nominal e intermediário
11- O fluxo nominal tem origem na:
(A) produção efetiva
(B) remuneração do trabalho
(C) remuneração do capital
(D) B e C estão corretas
12- O fluxo real tem origem na:
(A) venda de produtos intermediários
(B) remuneração dos fatores produtivos
(C) quantidade de bens e serviços finais produzidos
(D) todas as respostas estão corretas
13- Por sistema econômico entende-se:
(A) a interdependência no funcionamento da economia a partir do fluxo de renda 
produzido pelo trabalho
(B) a articulação dos fatores com vistas à produção exclusiva de bens e serviços 
intermediários
(C) a interdependência do funcionamento da economia, demonstrada através da 
articulação dos fatores e geração dos fluxos de bens finais e monetários
(D) a articulação dos fatores visando exclusivamente `a produção de bens finais.
2
14- No fluxo nominal encontram-se:
(A) pagamento dos salários
(B) pagamento das compras realizadas de bens finais
(C) pagamento de juros e aluguéis
(D) todas as respostas estão corretas
15- No fluxo real encontram-se:
(A) os serviços de beleza
(B) a produção de cal
(C) a produção de cerveja
(D) todas as respostas estão corretas
16- A CPP destina-se a mostrar:
(A) como a mudança tecnológica permitirá obter uma certa quantidade de um bem 
a fim de garantir maior quantidade de um segundo bem
(B) a mais valiosa combinação de dois ou mais bens que uma economia poderá 
produzir
(C) as combinações alternativas de bens que poderão ser obtidos com uma 
quantidade fixa de recursos produtivos e uma dada tecnologia
(D) como se dá o processo de escolha do consumidor
17- Um ponto interno da CPP indica que a economia:
(A) está produzindo além de suas possibilidades
(B) está em um nível de produção que utiliza plenamente seus recursos
(C) está produzindo aquém de suas possibilidades, havendo portanto capacidade 
ociosa
(D) é um ponto de impossibilidade
18-Entre as fontes de deslocamento da CPP estão:
(A) o avanço tecnológico 
(B) o aumento da força de trabalho
(C) o aumento da quantidade de capital
(D) o aumento da produtividade
(E) todas as respostas estão corretas
19- Um ponto externo à CPP indica que:
(A) a economia produz permanentemente além de suas possibilidades
(B) a economia utiliza plenamente seus recursos produtivos
(C) a economia produz ineficientemente, desperdiçando recursos
(D) é um ponto que representa uma impossibilidade de se alcançar no momento
20- A CPP pode deslocar-se devido:
(A) a uma diminuição da capacidade ociosa
(B) a uma diminuição do fator capital e um aumento do fator trabalho
(C) a diminuição do fator trabalho e aumento do capital
(D) ao melhor aproveitamento dos recursos devido ao aumento da produtividade
21- se uma economia produz eficientemente, utilizando plenamente os seus 
recursos, significa que ela estará em um ponto:
(A) interno da CPP
3
(B) na CPP
(C) externo à CPP
(D) nada se pode afirmar
22- assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades procuradas de 
um bem?
(A) preço e durabilidade do bem
(B) preço do bem, renda do consumidor, custos de produção
(C) preço do bem, preço dos bens substitutos e complementares, renda e 
preferência do consumidor
(D) renda do consumidor e custo de produção
(E) preço do bem, preço dos bens substitutos e complementares, custo de 
produção e preferência do consumidor
23- o leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta. Paralelamente, o 
consumidor diminui sua demanda de chá. Leite e chá são bens:
(A) complementares
(B) substitutos
(C) independentes
(D) inferiores24- Supondo o preço do bem eixo vertical e a quantidade ofertada no eixo 
horizontal, pode-se afirmar que, ceteris paribus:
(A) a curva de oferta desloca-se para a direita quando o preço do bem aumenta
(B) a curva de oferta desloca-se para a esquerda quando o preço do bem cai
(C) a curva de oferta desloca-se para a direita quando aumentam os custos de 
produção
(D) a quantidade ofertada aumenta quando o preço do bem aumenta, ceteris 
paribus
(E) todas as respostas estão corretas
25- O mercado no qual há um pequeno número de produtores, que podem realizar 
acordos de preços entre si, chama-se:
(A) monopólio
(B) oligopólio
(C) concorrência monopolística
(D) concorrência perfeita
26- Se todos os preços subirem, é correto afirmar que vai haver inflação?
(A) sim, mas a renda da população deve permanecer inalterada
(B) sim, desde que a taxa de juros real se mantenha inalterada
(C) sim, no caso do aumento estar inserido em persistente alta no nível geral de 
preços
(D) nenhuma das respostas anteriores
4
II – Responda as questões abaixo:
1- Por que a economia é conhecida como a ciência da escassez?
2- Qual a importância da utilização racional dos recursos escassos?
3- Como a ciência econômica está divida?
4- Diferencie a microeconomia da macroeconomia.
5- Como está dividida a teoria econômica?
6- Defina política econômica.
7- Qual o ramo da economia que estuda as relações entre os países?
8- Cite três características das necessidades secundárias.
9- Por que os bens livres não são objeto de estudo da economia?
10-O que são bens complementares? Cite três exemplos.
5
11-O que são bens substitutos. Cite três exemplos.
12-Diferencie os bens de consumo duráveis dos não- duráveis .
13-Defina sistema econômico.
14-Como é constituída a procura global?
15-Como é constituída a oferta global?
16-Coloque ao lado de cada um dos fatores de produção a sua respectiva 
remuneração.
17-Coloque ao lado de cada um dos setores produtivos abaixo relacionados a sua 
respectiva atividade.
a- setor primário - 
b- setor secundário - 
c- setor terciário - 
18-Relacione a utilização dos fatores de produção com o grau de desenvolvimento 
dos países.
6
19-Diferencie produção de produtividade.
20-Qual a função dos agentes produtivos?
21-Qual a relação entre o preço e a quantidade na determinação da demanda por 
um produto? Por quê? represente graficamente.
22-Qual a relação entre o preço e a quantidade na determinação da oferta de um 
por um produto? Por quê? Represente graficamente.
23-Quais as variáveis que podem afetar a demanda de um bem?
24-Quais as variáveis que podem afetar a oferta de um bem?
25-Qual a diferença entre demanda e quantidade demandada ?
26-Qual a diferença entre oferta e quantidade ofertada ?
7
27-O que significa ponto de equilíbrio? Represente graficamente.
28-O que significa preço de equilíbrio? Represente graficamente.
29- Qual o significado da expressão ceteris paribus?
30-O significa mercado em livre concorrência?
31-Defina elasticidade- preço.
32-Em qual tipo de elasticidade- preço da demanda o consumidor é mais sensível à 
variação de preço?
33-Em qual tipo de elasticidade- preço da demanda o consumidor é menos 
sensível à variação de preço?
8
34-Diferencie o mercado em monopólio do mercado em concorrência perfeita por 
meio de três características.
35-Evidencie as principais características do mercado em concorrência 
monopolística.
36-Destaque duas conseqüências negativas para o consumidor do mercado em 
oligopólio.
37-Defina moeda.
38-Comente sobre três funções da moeda.
39-Defina inflação.
40-O que caracteriza a inflação de demanda.
9
41-O que caracteriza a inflação de custos.
42-Por que os metais preciosos foram tão bem aceitos como moeda?
43-Defina crescimento econômico.
44-Diferencie crescimento econômico de desenvolvimento econômico por meio de 
quatro características.
45-Por que afirma-se que o conceito de desenvolvimento econômico está ligado à 
“juízo de valor”?
46-A renda per capita é um indicador confiável de desenvolvimento econômico? 
Por quê?
47-Qual a justificativa para a intensa preocupação dos países em relação à 
manutenção do crescimento econômico?
10
48-Por que não pode haver desenvolvimento sem crescimento?
49-Faça uma relação dos principais problemas dos países menos desenvolvidos.
50-Defina PIB.
51-Defina PNB.
11
12
TRABALHO DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA ( 2 PONTOS ) 
Prof. Miriam Ribeiro 
Número máximo de componentes por grupo: 6 
Data da Avaliação __/__/_______ 
Não haverá consulta ao material na hora da aula. 
1- Escreva um parágrafo introdutório sobre o processo de globalização (aspecto conceitual) 
2- Quando a globalização teve origem? 
3- A- Quais os reflexos da globalização sobre as empresas brasileiras ? 
B- Quais os reflexos da globalização sobre o Direito? 
4- Selecione uma reportagem sobre a globalização e destaque (em tópicos) as principais 
características. 
5- Quando teve origem o processo de integração econômica regional( formação de blocos 
econômicos)? 
6- Descreva as principais características de cada uma das cinco fases do processo de integração 
econômica regional ( zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum, união 
econômica e união política). 
7- Quando foi criado o Mercado Comum Europeu e por quê? 
8- Quantos países formam a União Europeia e quando ela foi criada? 
9- Quando foi criado o Mercosul e quais os países participantes? 
10- Por que foi criado o Mercosul? 
11- Qual a fase do processo de integração na qual encontra-se o Mercosul na atualidade? 
12- Quais as principais dificuldades para a concretização do mercado comum? 
13- Quando e por que foi criado o NAFTA? 
14- Quais os objetivos da ALCA? Cúpula das Américas. 
15- Se a ALCA for criada, quantos países deverão participar? 
16- Quais as principais preocupações do Brasil em relação a formação da ALCA? 
17- Selecione uma reportagem sobre integração econômica regional e destaque as principais 
características. 
18- Por que os países comercializam entre si? 
19- Quando e por que foi criado o GATT? 
20- Quando o GATT foi incorporado pela OMC? 
21- Qual o objetivo da OMC? 
22- Comente sobre três princípios da OMC. 
23- Quantos países participam da OMC atualmente? 
24- Quais as principais dificuldades enfrentadas pela OMC na atualidade? 
25- Selecione uma reportagem sobre a OMC e destaque (em tópicos) as principais características. 
Consultar: www.desenvolvimento .gov.br ; www.braziltradenet.org.br; www.wto.org 
 
 
CONSENSO DE WASHINGTON 
 (Do livro: Para conhecer o Neoliberalismo, João José Negrão, pág. 41-43, Publisher Brasil, 1998) 
 
"Em 1989, no bojo do reaganismo e do tatcherismo máximas expressões do neoliberalismo em ação, 
reuniram-se em Washington, convocados pelo Institute for International Economics, entidade de caráter 
privado, diversos economistas latino-americanos de perfil liberal, funcionários do Fundo Monetário 
Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo 
norte-americano. O tema do encontro Latin Americ Adjustment: Howe Much has Happened?, visava a 
avaliar as reformas econômicas em curso no âmbito da América Latina. 
John Willianson, economista inglês e diretor do instituto promotor do encontro, foi quem alinhavou os dez 
pontos tidos como consensuais entre os participantes. E quem cunhou a expressão "Consenso de 
Washington", através da qual ficaram conhecidas as conclusões daquele encontro, ao final resumidas 
nas seguintes regras universais: 
 
1. Disciplina fiscal, através da qual o Estado deve limitar seus gastos à arrecadação, eliminando o 
déficit público; 
2. Focalização

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