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O que é um fichamento
O fichamento é uma técnica de trabalho que consiste no registro sintético e documentado das ideias s e/ou informações mais relevantes (para o leitor) de uma obra científica, filosófica, literária ou mesmo de uma matéria jornalística. 
Fichar um texto significa sintetizá-lo, o que requer a leitura atenta do texto, sua compreensão, a identificação das ideias principais e seu registro escrito de modo conciso, coerente e objetivo. Pode-se dizer que esse registro escrito – o fichamento – é um novo texto, cujo autor é o “fichador”, seja ele aluno ou professor. Assim sendo, os fichamentos ou relatórios de leitura, além de possibilitar a organização dos textos pesquisados e a seleção dos dados mais importantes desses textos, funcionam como método de aprendizagem e memorização dos conteúdos, constituindo-se em instrumento básico para a redação de trabalhos científicos.
A principal utilidade da técnica de fichamento, portanto, é otimizar a leitura, seja na pesquisa científica, seja na aprendizagem dos conteúdos das diversas disciplinas que integram o currículo acadêmico. 
De acordo com Henriques e Medeiros (1999, p.100), o fichamento objetiva: 
a) identificar as obras consultadas; 
b) registrar o conteúdo das obras; 
c) registrar as reflexões proporcionadas pelo material de leitura; 
d) organizar as informações colhidas.
Como Fazer o Fichamento
O fichamento que é solicitado ao estudante como exercício acadêmico, consiste, em geral, no registro documentado do resumo do texto indicado pelo professor.
Assim, o critério organizador do fichamento será dado pela própria lógica do texto. Nesse caso, o fichamento praticamente se identifica com o Resumo Indicativo, conforme Norma NBR 6028, diferenciando-se apenas na sua apresentação, que deve apresentar os indispensáveis elementos de identificação. As fichas, digitadas em papel A-4 devem conter os seguintes elementos:
	Cabeçalho: no alto da ficha ou da folha, à direita, um título que indica o assunto ao qual a ficha se refere. Pode ser adotado o uso, após o título geral, de um subtítulo. Nos nossos cursos, o título poderá ser o nome da disciplina que apresentou o Caso para estudo e o subtítulo o Estudo de Caso.
Exemplo: Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade
	Referência: o segundo elemento da ficha será a referência completa da obra ou do texto ao qual a ficha se refere, conforme Norma NBR 6023.
Exemplo: TELES. Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo. Brasiliense, 1993.
	
Texto do aluno: o conteúdo propriamente dito, que variará conforme o tipo de fichamento que o estudante ou pesquisador pretenda fazer. Apresenta uma síntese bem clara e concisa das ideias principais do autor ou um resumo dos aspectos essenciais da obra.
Características: · 
Não é um sumário, mas exposição abreviada das ideias do autor; · 
Não é transcrição, mas é elaborada pelo leitor, com suas próprias palavras; · 
Quanto à sua extensão, em nossos cursos cada fichamento deverá ter no mínimo duas páginas.
Exemplo: O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na sua própria vivência nos movimentos feministas, como um relato de uma prática.
 A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), República (1889-1930). Segunda República (1930-1964). Terceira República e o Golpe (1964-1985), ano de 1968 e o Ano Internacional da Mulher (1975), além de analisar a influência externa nos movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses períodos é lembrado os nomes das mulheres que mais se sobressaíram e suas atuações nas lutas pela libertação da mulher.
A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de São Paulo, a participação das mulheres na luta armada, a luta pelas creches, violência, participação das mulheres e greves, o trabalho rural, saúde, sexualidade e encontros feministas.
Depois de suas conclusões onde, entre outros assuntos tratados, faz uma crítica ao pós feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para leitura.
	Local: Onde a obra está disponível. 
Exemplo: Biblioteca da Universidade.
Formatação do Fichamento:
Você deve elaborar o trabalho no formulário Trabalho Final, encontrado na Biblioteca Virtual, colocando todo o seu trabalho em um documento único, seja com um ou dois Estudos de Casos. Também, não se deve separar capa e corpo em dois documentos. O sistema aceita apenas a remessa de um documento integral.
O trabalho deve ser desenvolvido conforme instruções já fornecidas, no Editor de Texto Word – Office, em doc, para evitar problemas no momento de abertura e correção.
Observe a data de entrega do trabalho (no próprio ícone Trabalho ou no calendário na Biblioteca Virtual).
Como postar o Fichamento 
Acesse o ambiente do Webaula, sua página, a disciplina correspondente......
Modelo de Fichamento
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM XXXXXX
Fichamento de Estudo de Caso
Nome do aluno (a)
Trabalho da disciplina...,
 Tutor: Prof.
Local 
Ano
Estudo de Caso :
Blaine Kitchenware
REFERÊNCIA:
		 Material fornecido pela UNESA
	Victor Dubinski, CEO da Blaine Kitchenware, ficou surpreso ao saber que um private equity comprador poderia adicionar valor intrínseco à empresa. A ideia era a Blaine usar caixa da companhia e empréstimos de sí própria e com isso comprar todas as suas ações por um valor maior que o atual. E com o lucro futuro as dívidas seriam pagas. Porém essa proposta desencadeou uma série de questões a Dubinski, como quantas ações poderiam ser compradas , solidez financeira e possíveis problemas para fazer outras aquisições no futuro.
	Fundada em 1927 como The Blaine Eletrical Apparatus Company, empresa de médio porte produzia pequenos eletrodomésticos. Em 2006 os produtos eram diversos, como refrigeradores, torradeiras, pequenos fornos entre outros.
Em um mercado de US$2,3 bilhões de pequenos eletrodomésticos nos EUA a Blaine possuia quase 10%. Entre 2003 a 2006 foi relatado um crescimento de 2% nas unitárias vendas anuais.
A Blaine se expandiu para mercados externos nos últimos anos. Porém em 2006, 65% de sua receita gerada nos EUA, o restante foram vendas feitas no Canadá, Europa, países da América central e do sul. Com vendas de 14 milhões de unidades por ano aproximadamente. Ainda em 2006, a BKI possuía fabricantes e fornecedores na China, Vietinã, Canadá e México.
A empresa produzia os três principais produtos de pequenos eletrodomésticos e uma receita tinha em sua maior parte os utensílios para preparo de comida e para cozinhar, deixando para trás o de prepare de bebidas que eram apenas de 2% no Mercado. A marca era bem aceita pelos consumidores. As vendas mensais atingiam um pico sazonal no período de outubro e novembro.
Grande parte dos produtos eram distribuídas para uma rede de atacadistas que forneciam para hipermercados e lojas de departamento, mas os produtos de ponta eram vendidos diretamente a varejistas, destinados a vendas por catálogo.
Com Dubinski na liderança, a Blaine finalizou sua oferta pública (IPO) em 1994, com 62% das ações detidas pelos descendentes dos fundadores. A partir de 1990 a empresa transferiu pouco a pouco sua produção para o exterior.
Em 31 de dezembro de 2006 a Blaine encerrou com um lucro liquido de US$53,6 milhões, sobre receita de US$342 milhões. Quase 85% de sua receita e 80% de seu resultado operacional tiram vendas de produtois intermeriários e a linha de produtos de ponta respondia pelo restante. A sua margem EBITDA de por volta de 22% nesse mesmo ano estava entre as mais fortes. Já com as atividades de integração consolidadas, os executivos da Blaine esperavam alcançar margens operacionais mais altas ou iguais à de seuhistórico.
Diferente de alguns concorrentes que baixaram o preço de suas mercadoreias para manter o progresso das vendas, a Blaine seguiu um outro caminha, porém o crescimento orgânico de sua receita e alguns dos seus principais produtos sofreram queda.
Apesar do lucro da empresa, o retorno dos acionistas diminuiu. E o retorno sobre o patrimônio estava atrás do de seus concorrentes de capital aberto.
O retorno anual combinado para os acionistas da BKI, no período e 2004 a 2006 foi aproximadamente de 11%, porém estava abaixo dos 16% combinado e recebido pelos acionistas do grupo de concorrentes.
A Blaine mantinha uma postura financeira conservadora. E apena tomara recursos emprestados em duas situações: Segunda Guerra Mundial, para reequipar fábricas para a produção bélica e durante o primeiro choque do petróleo da década de 1970.
Seu balanço patrimonial era o mais forte do setor no final de 2006. Além de não possuir dívidas a empresa tinha US$231 milhões em caixa e aplicações financeiras. Em 2002 a empresa rescindiu um contrato de crédito rotativo de reserva para eventuais necessidades pontuais. O CFO e também Dubinsk concordaram que as comissões pelo crédito eram um desperdício.
Os dividendos por ação tinha aumentado durante 2004 a 2006. Porém a medida que a Blaine emitia novas ações relacionadas com novas aquisições, o número de ações em circulação subiu, fazendo com o que o índice de pay out aumentasse para mais de 50% em 2006.
Em 2007a BKI continuaria com sua política de manutenção de preços, seus gestores esperavam apenas 3% de crescimento na linha de produtos de ponta para esse ano.
Dubinski refletiu sobre a recompra das ações e entendeu que precisava dar esse passo em conjunto com todas as políticas financeiras da Blaine: liquidez, estrutura de capital, política de dividendos, estrutura societária e planos de aquisição.
Ele presumiu que os membros da família integrantes do Conselho de Administração receberiam bem alguns dos possíveis efeitos de uma recompra considerável. Entretanto uma recompra poderia ser prejudicial se a Blaine tivesse que desistir de suas reservas de caixa ou paralisar suas atividades aquisitivas. Ou ainda solicitar o terceiro empréstimo de sua história.