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energias renovaveis , alguns conceitos basicos

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As energias renováveis no Brasil representaram mais de 85,4% da energia elétrica produzida internamente e utilizada no Brasil, segundo dados preliminares do Balanço Energético Nacional 2009, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).1 Após os choques do petróleo de 1970, o Brasil passou a se concentrar no desenvolvimento de fontes alternativas de energia, principalmente o etanol. Suas grandes fazendas de cana-de-açucar ajudaram muito nesse processo. No ano de 1985, 91% dos carros produzidos funcionavam em etanol de cana. Hoje, o país manteve o índice. Esta é uma grande conquista, considerando que outros países no mundo ainda dependem muito do petróleo.2
O Brasil realizou o seu primeiro leilão de energia eólica em 2009, em um movimento para diversificar a sua matriz de energia. As empresas estrangeiras estão se esforçando para participar. No início desta década, uma grande seca no Brasil limitou água às barragens hidroelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade premente do país em diversificar suas fontes de energia. A licitação deve levar à construção de dois gigawatts de produção de energia eólica com um investimento de cerca de US$6 bilhões, nos próximos dois anos. O Brasil dispõe da hidroeletricidade para mais de 3/4 de sua matriz energética, mas as autoridades estão incentivando as energias de biomassa e eólica como alternativas primárias. O maior potencial de energia eólica no Brasil é durante a estação seca, por isso esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país. O potencial técnico do Brasil para a energia eólica é de 300 gigawatts. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e o governo definiram uma meta de alcançar mais de 20 gigawatts de capacidade de energia eólica até 2020. A indústria espera que o leilão ajude a lançar o setor da energia eólica, que já responde por 70% do total em toda a América Latina.3 Em 2012, o setor cresceu, conquistando dois pontos percentuais na matriz energética, empatando com a energia termoelétrica. Segundo a presidente da Abeeólica, Elbia Melo, a previsão para 2016 é de que a fonte eólica represente 5,5% da matriz elétrica brasileira.
Energia solar 
Em agosto de 2011 foi inaugurada no município de Tauá, no sertão do Ceará, a MPX Tauá, primeira usina solar fotovoltaica a gerar eletricidade em escala comercial no Brasil. A usina tem capacidade inicial de geração de 1 megawatt.5 Foi construída e é operada pela empresa MPX, do grupo EBX do empresário Eike Batista.
A maior usina solar do Brasil, entrou em funcionamento em agosto de 2014. Com capacidade máxima de 3 MW, o empreendimento da Tractebel Energia pode abastecer 2,5 mil residências. Energia gerada pelos 19.424 paineis, Localizada em Turbarão, Santa Catarina e ocupava uma área de 10 hectares às margens da BR-101, já é utilizada por qualquer consumidor da rede de energia do país. O projeto faz parte de um investimento de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Resultado de um investimento de R$ 30 milhões, ela é a quarta usina solar no país, que gera energia a partir de todo o tipo de luminosidade.
Energia eólica
A energia eólica no Brasil tinha a capacidade instalada de geração de um pouco mais de 25 MW em 2005, e chegou a marca de 4.500 MW em 2014 com 181 parques eólicos instalados  e que evitam 4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por ano. Em 2013 encontrava-se na 13ª posição no ranking dos países com maior produção de energia eólica. Para compararmos tinha capacidade de 1.000 MW em agosto de 2011, suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências. Cerca de 300 GW podem ser extraídos no território nacional e a expectativa é de que chegue a 20 GW em 2020.
Abaixo os maiores produtores de energia EOLICA do Brasil:
	Nome
	Capacidade instalada (MW)
	Estado
	Parque eólico de Osório
	150
	Rio Grande do Sul
	Usina de Energia Eólica de Praia Formosa
	104
	Ceará
	Parque eólico Alegria
	51
	Rio Grande do Norte
	Parque Eólico de Rio do Fogo
	49
	Rio Grande do Norte
	Parque eólico Eco Energy
	25
	Ceará
	Parque eólico de Paracuru
	23
	Ceará
O potencial da energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas. Isso coloca o vento como uma potencial fonte suplementar de energia gerada por hidrelétricas. Em 2009, 10 projetos estão em construção, com uma capacidade de 256 MW, e em 2010, 45 iniciaram sua construção para gerar 2.139 MW, em vários estados. A empresa estadunidense General Electric tem uma indústria no Brasil, na cidade de Campinas, e uma parceria com a Tecsis em Sorocaba, para atender a demanda dos novos projetos.
Em 14 de dezembro de 2009, cerca de 1.800 megawatts (MW) foram contratados com 71 usinas de energia eólica programados para serem entregues a partir do 1 de julho de 2012. Ao focalizar internamente na geração de energia eólica, o Brasil é parte de um movimento internacional para tornar a energia eólica uma fonte primária de energia. Na verdade, a energia eólica tem tido a maior taxa de expansão de todas as fontes renováveis de energia disponíveis, com um crescimento médio de 27% por ano desde 1990, segundo o Global Wind Energy Council (GWEC).
Maior parque eólico do Brasil 
Complexo Eólico Alto do Sertão I é formado por 14 parques que juntos somam 294,4 MW de potencia instalada.
O Complexo Eólico Alto do Sertão I entrou oficialmente em operação comercial na última quinta-feira (03), segundo despacho publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Considerado o maior parque eólico do Brasil, o empreendimento tem potência instalada de 294,4 MW, composto por 184 aerogeradores da GE. 
O Complexo é formado por 14 parques eólicos que entram em funcionamento após quase 2 anos de atraso, devido a falta de linha de transmissão de energia.  Os parques estão conectados a SE Igaporã II, de propriedade da CHESF, que foi energizada em maio deste ano.
Todos parques foram vencedores do 2º Leilão de Energia de Reserva (LER) em 2009 e estão instalados nos municípios de Caetité, Guanambi e Igaporã, no sertão baiano.
O Alto do Sertão I é oficialmente o maior parque eólico em funcionamento do país, tirando a liderança do Complexo Santa Clara (RN), propriedade da CPFL Renováveis, que agora ocupa o segundo lugar com 188 MW instalada. 
O Rio Grande do Norte continua líder em potência instalada e possui o maior parque do mercado livre, o Complexo Ventos Potiguares, com 169 MW, da empresa Serveng.
Suporte do governo.
A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica(Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Estas estações podem usar energia hidrelétrica, o carro-chefe da matriz energética do Brasil, que compreende cerca de três quartos da capacidade energética instalada do Brasil.
O alto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica como uma fonte de energia renovável, amplamente disponível, tem levado vários países a estabelecer incentivos regulamentando e dirigindo investimentos financeiros para estimular a geração de energia eólica.
Os 10 países líderes em energia eólica
1 - CHINA
Dona de 1/4 da capacidade eólica mundial, a China é o país líder em investimento no setor, com 62,7 mil megawatts (MW) instalados (26,3 % participação global) entre 1996 e 2011. Trata-se de 40 vezes a capacidade eólica total do Brasil, de 1,5 mil MW. 
De acordo com o relatório do GWEC, no ano passado, o gigante asiático também tomou a frentedo processo de expansão, instalando mais 18 mil MW, quase metade do total mundial registrado no período. Por trás do desempenho chinês está a necessidade do país de superar sua dependência energética do petróleo e reduzir as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global, garantindo, assim, um abastecimento limpo para sustentar seu crescimento. 
2 - ESTADOS UNIDOS
Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar no ranking do GWEC, com uma capacidade eólica acumulada de 46,9 mil MW, o que corresponde a 19,7% do total mundial. Nem mesmo a repercussão prolongada da crise financeira e as incertezas em relação a políticas ambientais de médio e longo prazo diminuíram o ritmo de investimento em energia renovável na terra do Tio Sam.
Em 2011, o país foi responsável pelo segundo maior investimento no setor, instalando 6,8 mil MW, cerca de 17% do crescimento da eólica verificado no mundo de janeiro à dezembro. 
3 – ALEMANHA
No terceiro lugar do ranking, a Alemanha registra uma capacidade eólica total de 29 mil MW, respondendo por 12,2% do acumulado mundial. A Alemanha também foi o quarto país que mais contribuiu para o crescimento do setor no ano passado, com mais 2,086 MW instalados, representando 5% da participação global. 
A conversão para energia limpa garante não só a redução das emissões de gases nocivos ao planeta como a geração de novos postos de trabalho. Na última década, mais de 300 mil vagas foram criadas no agitado mercado de energias renováveis do país. 
4 - ESPANHA
Em quinze anos, a capacidade total instalada de energia eólica espanhola atingiu 21,6 mil MW, o que representa 9,1% do potencial dos projetos eólicos mundiais. Apesar da crise, em 2011 o país teve o sétimo maior crescimento do setor, registrando aumento de mil MW de capacidade e uma participação global de 2,5%. 
5 - ÍNDIA
Os ventos também sopram positivamente para a Índia, que soma 16 mil MW em projetos eólicos, o quinto maior desempenho mundial, com participação de 6,7%. No ano passado, o país registrou aumento de 3 mil MW, cerca de 7% do total investido no mundo, ficando com o terceiro melhor desempenho. 
6 - FRANÇA
A sexta colocação no ranking do GWEC foi para a França que, entre 1996 e 2011, acumulou uma capacidade eólica total de 6,8 mil MW, o que representa 2,9% de participação mundial. No ano passado, como seus antecessores e a despeito da crise, o país também teve um bom desempenho - instalou mais 830 MW, respondendo por 2% do crescimento mundial do setor no período.
7 - ITÁLIA
A Itália é o sétimo líder em energia eólica no mundo, somando 6,7 mil MW em capacidade instalada, com participação mundial de 2.8%. 
Já em relação à expansão, entre janeiro e dezembro do ano passado, o país caiu para o oitavo lugar, com um total de 950 MW, o que representa 2.3% dos investimentos mundiais no período. 
8 - REINO UNIDO
Marcando presença entre os maiores e mais agressivos mercados de eólica, o Reino Unido possui a oitava maior capacidade total instalada ao longo de 15 anos. 
São 6,5 mil MW em projetos eólicos que, ao todo, respondem por 2,7% da participação mundial. Em 2011, o país registrou um aumento de 1,3 mil MW, cerca de 3,1% dos investimentos globais totais no mesmo período. 
9 - CANADÁ
Segundo o GWEC, o Canadá é o nono país com maior capacidade eólica instalada. O país acumula um total de 5,2 mil MW, representando 2,2% do potencial mundial. 
Em 2011, o Canadá apresentou a sexta maior expansão no período, com a soma de mais 1,2 mil MW, respondendo sozinho por 3,1% do crescimento mundial total no período. 
10 - PORTUGAL
Na décima posição do ranking, mas ainda entre os líderes, aparece Portugal. Sozinho, ele responde por 1.7% da capacidade de geração eólica total instalada do mundo. Ao todo, o país acumula 4 mil MW em projetos eólicos, quase o triplo da capacidade instalada do Brasil, de 1,5 mil MW.
Crescimento da energia eólica.
Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22 MW em 2003 para 602 MW em 2009, quase 1000MW em 2011, como parte dos 36 projetos privados. Outros 10 projetos estão em construção, com uma capacidade de 256,4 MW, e 45 outros projetos foram aprovados pela ANEEL, com um potencial estimado de 2,139.7 MW.Sendo que considerando o potencial eólico instalado e o os projetos em construção para entrega até 2013, o país atingirá no final de 2013 a marca dos 4.400MW.
O desenvolvimento destas fontes de energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e criando empregos. O potencial para este tipo de geração de energia no Brasil poderia chegar a até 145.000 MW, segundo o Relatório de Potencial de Energia Eólica de 2001 do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel).
Custo.
O custo de produção de energia continua a representar um desafio significativo para o crescimento da energia eólica. O preço por megawatt-hora (MWh) estabelecido no Brasil para o fornecimento de energia de reserva era de R$ 189, enquanto o teto definido na licitação para as usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira foi de R$ 91 (UHE Jirau), em 2008, e R$ 122 (UHE Santo Antonio) em2007. Estes preços de hidroeletricidade foram marcados por até 35% em leilões de 2008 e 2007; o fornecimento de energia foi negociado a R$ 71,4/MWh no caso de Jirau, e R$ 78,9/MWh para a usina de Santo Antônio.
Já no leilão da Aneel, realizado em 27 de agosto de 2010, o preço da energia de origem eólica ficou em R$ 130,8/MWh, tendo sido inferior ao da de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
No leilão de agosto de 2011, o preço da energia eólica atingiu um novo patamar, ainda mais baixo, R$99,58/MWh, ficando até mais barato que a energia de termoelétricas a gás natural.18 . Neste leilão foi vendido mais de 1.900MW, valor maior que o total de energia eólica instalado no país até o momento, assim, a produção de energia eólica no país vai mais que dobrar até 2014, ano de conclusão dos projetos vendidos no leilão.
Energia hidroelétrica
Hidroeletricidade - Usinas hidrelétricas produzem mais de 90% da energia elétrica consumida no Brasil. Eles dependem das águas dos rios em níveis adequados em suas represas para gerar energia. A falta de chuvas, de investimentos e aumento do consumo resultou em racionalização de energia elétrica, conhecido comoapagão, nos anos 2001 e 2002. A construção de novas usinas hidrelétricas significa impactos ambientais como grandes áreas que são inundadas, alterando o ecossistema.
Tentar não usar muita energia durante o horário de pico, entre 18 e 21 horas, é necessário para evitar a necessidade de construir novas centrais de energia e linhas de transmissão só para atender a demanda nesse período. Novas barragens causam elevados custos sociais e ambientais devido à inundação da terra e pela destruição dos habitats de animais, plantas e comunidades inteiras que, muitas vezes, não são compensadas (reassentamento ou indenização). Grandes usinas hidrelétricas inundam imensas áreas de florestas e emitem grandes quantidades de metano para a atmosfera. Só existe desenvolvimento sustentável com energia vinda de novas fontes renováveis. Pequenas hidrelétricas podem produzir energia de forma descentralizada, com impacto ambiental reduzido. Essa opção pode ser implementada em várias regiões do país fazendo uso de cascatas naturais. Muitos agricultores brasileiros escolheram esta forma de produção de energia hidrelétrica.
Etanol
Programa de etanol do Brasil começou em 1975, quando a crise do petróleo abalou a economia brasileira. Em resposta, os governantes militares do país lançaram um esforço para libertar-se do petróleo estrangeiro, que então representava quase 90% do consumo de petróleo do país, através do desenvolvimento de combustíveis inovadores. O etanol, feito de cana-de-açúcar, foi um candidato óbvio, dada quantidade quase infinita do Brasil de terras agricultáveis e de clima favorável. A maioria dos carros em funcionamentohoje no Brasil funcionam com misturas de até 25% de etanol e fabricantes de automóveis já produzem veículos concebidos para funcionar em misturas de etanol muito mais elevadas. Várias empresas automobilísticas vendem "automóveis flex", que podem usar gasolina e misturas de etanol variando de gasolina pura até 85% de etanol (E85). Em 2009, 90% dos carros produzidos funcionavam com etanol.
O Brasil é um dos maiores produtores de etanol do mundo e é o maior exportador do combustível. Em 2008, o Brasil produziu 454.000 barris/dia de etanol, contra 365.000 em 2007. Toda a gasolina no Brasil contém etanol, misturada com níveis variando de 20-25%. Mais da metade de todos os carros no país são do tipo flex-fuel, o que significa que podem funcionar com cem por cento de etanol ou com uma mistura de etanol e gasolina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil também produziu cerca de 20.000 barris/dia de biodiesel em 2008 e a agência adotou um requisito de três por cento de mistura de vendas de diesel doméstico. A importância do etanol no do mercado doméstico de transporte de combustíveis brasileiro só vai aumentar no futuro. Segundo a Petrobras, o etanol é responsável por mais de 50% da demanda atual de combustíveis de veículos leves e a empresa espera que aumente para mais de 80% em 2020. Como a produção de etanol continua a crescer mais rapidamente do que a demanda interna, o Brasil tem procurado aumentar as exportações de etanol. De acordo com fontes do setor, as exportações de etanol no Brasil atingiu 86.000 barris/dia em 2008, com 13.000 barris/dia para os Estados Unidos. O Brasil é o maior exportador de etanol do mundo, controlando mais de 90% do mercado mundial de exportação.
Biomassa 
Plantação de cana-de-açúcar em Avaré, no estado de São Paulo, restos de cana são utilizados para produção de energia de biomassa.
Eucalipto no estado do Espírito Santo, restos da árvore são reutilizadas para geração de energia de biomassa.
A biomassa é uma fonte de energia limpa utilizada no Brasil. Ela reduz a poluição ambiental, pois utiliza lixo orgânico, restos agrícolas, aparas de madeira ou óleo vegetal para produzir energia. Restos de cana, com seu alto valor energético, têm sido utilizados para produzir eletricidade. Mais de 1 milhão de pessoas no país atuam na produção de biomassa e esta energia representa 27% da matriz energética do Brasil.25
O recente interesse na conversão de biomassa em eletricidade vem não só do seu potencial como do seu baixo custo, o fornecimento de energia para comunidades indígenas, mas também por seu potencial de benefícios ambientais e de desenvolvimento. Por exemplo, a biomassa pode ser uma opção de mitigação global importante para reduzir a taxa de acúmulo de CO2 por sequestro de carbono e por permitir deixar de utilizar combustíveis fósseis. O crescimento renovável de biomassa contribui com apenas uma pequena quantidade de carbono para a atmosfera. Localmente, as plantações podem reduzir a erosão do solo, fornecem um meio para restaurar áreas degradadas, a neutralização de emissões e os impactos locais de geração de energia fóssil e, talvez, reduzir as exigências sobre as florestas existentes. Além do poder direto e os benefícios ambientais, sistemas de energia de biomassa oferecem vários outros benefícios, especialmente para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Alguns destes benefícios incluem emprego para mão-de-obra subutilizada e a produção de co-produtos e subprodutos, por exemplo, lenha.
Quase todas as experiências com biomassa para geração de energia são baseadas na utilização de resíduos e de resíduos de combustíveis (principalmente madeira/resíduos de madeira e resíduos agrícolas). A produção de energia eléctrica a partir de madeira é uma tecnologia emergente, com grandes chances de sucesso. No entanto, o uso comercial de plantações para geração de energia é limitada a algumas experiências isoladas. Madeira proveniente de plantações não é uma matéria-prima da energia barata e enquanto os preços mundiais de carvão, petróleo e gás forem relativamente baixos, o estabelecimento de plantações dedicadas ao fornecimento de energia elétrica ou outras formas superiores de energia só ocorrerá quando os subsídios financeiros ou incentivos existentes em outras fontes de energia não estiverem mais disponíveis.
As plantações de biomassa são fornecedores de energia em uma base comercial, como ocorre no Brasil, nas Filipinas e na Suécia, ela pode ser demonstrada que uma combinação de políticas governamentais e/ou alta dos preços da energia convencional, têm estimulado o uso de plantações de curta rotação para a energia. O Brasil utilizou incentivos fiscais a partir de meados da década de 1960 para iniciar um programa de reflorestamento para fornecer a energia de madeira industrial e produtos de madeira. Como consequência dos incentivos fiscais favoráveis do Código Florestal Brasileiro, a área de florestas plantadas no Brasil aumentou de 470.000 hectares para 6,5 milhões de hectares até 1993. Com a suspensão dos incentivos fiscais em 1988, o estabelecimento de plantações no Brasil diminuiu, embora a viabilidade comercial da utilização do eucalipto para a energia e outros produtos tem sido demonstrada claramente. 
Desenvolvimento e incentivos.
Apesar das condições naturais privilegiadas que possui, o Brasil parece estar acomodando-se ao passo em que não aproveita desses benefícios para investir no "desenvolvimento sustentável" a fim de ampliar sua "economia verde", já que países menos privilegiados atualmente em recursos naturais estão participando fortemente na corrida por desenvolvimento científico e aumento de investimentos ligados à economia de pouca emissão de carbono através de incentivos da ordem de centenas de bilhões de dólares na área.

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