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Características da Constituição Brasileira

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Forma de Governo – República
Sistema de Governo – Presidencialista
Teoria da vedação do Retrocesso
Cláusulas Pétreas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	ORIGINÁRIO
	
	
	
	TEORIA DA VEDAÇÃO DO RETROCESSO
	PODER CONSTITUINTE
	
	
	
	
	
	
	
	
	DERIVADO
	
	REFORMADOR
	
	CLÁUSULAS PÉTREAS 
	
	
	
	
	DECORRENTE
	
	
	
	
	
	
	REVISOR
	
	
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
É aquele que cria a constituição.
Comentários: em 1988 foi feita pelo Poder Constituinte a nova Constituição (vigente até hoje).Mas qual Poder Constituinte? O Originário.Pois, o Originário é o que CRIA a Constituição. 
Foi o Poder Constituinte Originário que criou a Constituição de 88. 
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO:
INICIAL: inaugura uma nova ordem jurídica, ou seja, rompe por completo com a ordem anterior. 
Exemplo com a Constituição de 88 a anterior deixou de ser vigente, ou seja, a partir de 88 foi inaugurado um novo ordenamento jurídico.O ordenamento jurídico nasce do Poder Constituinte Originário.
AUTONOMO: a estruturação da nova constituição será determinada autonomamente. Age sozinho;
ILIMITADO JURIDICAMENTE: não tem que respeitar os limites do Direito anterior. 
A autonomia é decorrente de ser INICIAL e AUTONOMO. Por exemplo, segundo as características do Poder Constituinte Originário é possível através de uma nova Constituição introduzir até mesmo a pena de morte no Brasil.
INCONDICIONADO: não se submete a qualquer forma pré fixada. Não há condições.
Em Resumo: a atual Constituição foi feita em 88, pelo Poder Constituinte Originário e quando a mesma foi feita ela inaugurou um novo marco do ordenamento jurídico brasileiro , ou seja, iniciou uma nova ordem jurídica. Além disso, o Poder Constituinte podia ter colocado o que quisessem na Constituição, porque eles estavam agindo de forma autônoma, incondicionada e ilimitada juridicamente.
Segundo o Poder Constituinte Originário, se for feita uma nova Constituição, poderá ser incluída a pena de morte? Sim. Porque ele É ilimitado. Pode extinguir a Educação? Sim. Porque o Poder Originário “pode tudo”.
Porém, levando como exemplo a Alemanha de Hitler que para proceder como queria tinha “amparo” da Constituição (a Constituição era alterada de acordo com sua conduta) a Comunidade Internacional identificou que, o Poder constituinte Originário não podia ser tão ilimitado assim, pois, qualquer governante poderia assumir e cometer qualquer tipo de arbitrariedade. Diante disso, e elevando em consideração que os Estados são soberanos, foi criada a TEORIA DA VEDAÇÃO DO RETROCESSO.
TEORIA DA VEDAÇÃO DO RETROCESSO 
Estabelece que uma vez alcançados um determinado nível em sede de Direitos fundamentais não é possível nem mesmo pelo poder Constituinte Originário retroceder em tais direitos.
Devido ao Poder Constituinte Originário “poder tudo”, a criação de uma nova Constituição se torna muito perigosa. Pois, não é possível prever o que será alterado ou criado na nova Constituição, exemplo a Constituição que implantou a Ditadura no Brasil.Por isso foi criada a Teoria da Vedação do Retrocesso, que estabelece que uma vez alcançado certos avanços em termos de Direitos humanos e fundamentais, não é possível retroceder a esses Direitos. Exemplo a proteção à saúde, Direitos trabalhistas, Pena de Morte, etc.
É possível suprimir a proteção à saúde ou direitos trabalhistas?
Segundo as características do Poder Constituinte Originário SIM, pois ele é ilimitado. Porém, de acordo com a Teoria da Vedação do Retrocesso NÃO, pois, trata-se de Direitos fundamentais.
A Teoria da Vedação do Retrocesso é uma teoria que se contrapõe às Características do Poder Constituinte Originário.
A Teoria da Vedação do Retrocesso limita o Poder Constituinte Originário.
A Teoria da Vedação do Retrocesso mitiga a força do Poder Constituinte Originário.
Obs.: Porém, é importante destacar que a Teoria da Vedação do Retrocesso é somente uma teoria de argumento, não é uma lei. Isso porque o Estado é soberano.
Classificação da Constituição Vigente (1988)
Escrita,
Promulgada (democrática, popular), 
Rígida,
Dogmática, 
Formal 
Analítica.
Escrita - É a Constituição codificada e sistematizada num texto único, escrito, elaborado por um órgão constituinte, encerrando todas as normas tidas como fundamentais sobre a estrutura do Estado, a organização dos poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de atuação, e os direitos fundamentais (políticos, individuais, coletivos, econômicos e sociais).
Promulgada - É a Constituição que se origina de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos com a finalidade de elaborar e estabelecer aquela Constituição, portanto nasce de uma assembleia popular, seja esta representada por uma pessoa ou por um órgão colegiado. As Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas.
Rígida - Classificação relativa a rigidez constitucional foi estabelecida, inicialmente, por Lord Bryce. Trata-se de uma Constituição que somente pode ser modificada mediante processo legislativo, solenidades e exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis do que aqueles exigidos para a formação e modificação de leis comuns (ordinárias e complementares). Quanto maior for a dificuldade, maior será a rigidez. A rigidez da atual Constituição Brasileira é marcada pelas limitações procedimentais ou formais (incisos e §§ 2º, 3º, e 5º). Quase todos os Estados modernos aderem a essa forma de Constituição, assim como todas as Constituições Brasileiras, salvo a primeira, a Constituição Imperial, de 1824.
Dogmática - Será sempre uma Constituição escrita, é a elaborada por um órgão constituinte, e sistematiza os dogmas ou ideias fundamentais da teoria política e do Direito dominantes no momento.
Formal - A Constituição formal é o conjunto de normas escritas, hierarquicamente superior ao conjunto de leis comuns, independentemente de qual seja o seu conteúdo, isto é, estando na Constituição é formalmente constitucional, pois tem a forma de Constituição As Constituições escritas não raro inserem matéria de aparência constitucional, que assim se designa exclusivamente por haver sido introduzida na Constituição, enxertada no seu corpo normativo e não porque se refira aos elementos básicos ou institucionais da organização política.
“A Constituição Imperial Brasileira de 1824 fazia a nítida e expressa diferença entre normas de conteúdo material e as de conteúdo formal.”
Analítica - É aquela Constituição que trata de minúcias de regulamentação, que melhor caberiam em normas ordinárias. Segundo o mestre Bonavides, estas Constituições apresentam-se cada vez em maior número, incluindo-se a atual Constituição Brasileira
ESTADO – É a República Federativa do Brasil, é o governo temporário.
CHEFE DE ESTADO – É aquele que trata de assuntos internacionais. A constituição é criada pelo Poder Constituinte.
 
Integração das Normas Constitucionais
Recepção – Estabelece que todas as normas que forem incompatíveis com a nova constituição serão revogadas por ausência de recepção, contudo, a norma infraconstitucional que não contrariar a nova ordem será recepcionada, podendo inclusive adquirir nova “roupagem”. É o processo que analisa a compatibilidade, se for incompatível, analisará a revogação.
NORMA INFRACONSTITUCIONAL – É o que está abaixo da constituição, são as leis do ordenamento jurídico.
Ex: CLT, CC, CP, CPC, CPP, CTN, CDC, etc.
Constituição Vigente – 05 de Outubro de 1988
A recepção analisa entre a constituição vigente e a antiga (compatibilidade)
Exemplo 01 – Código Civil de 1916, foi recepcionado parcialmente. A parte que dizia onde o homem era o chefe da sociedade não foi recepcionado.
Exemplo 02 – Código Penal, Decreto – Lei 2848/40, foi recepcionado como Lei Ordinária.
Exemplo 03 – CLT, Decreto – Lei 5452/43, foi recepcionado como Lei Ordinária.
Exemplo 04 – CTN, Lei 5172/66, foi recepcionado como Lei Complementar.Inconstitucionalidade – Quando uma norma é produzida a contrariedade da CF/88.
Característica do Fenômeno da Recepção
Só analisa a compatibilidade material perante a Nova Constituição (apenas material por que formalmente pode ser recebida por uma nova roupagem.
A Lei para ser recebida, precisa ter compatibilidade formal e material perante a constituição sob cuja regência ela foi editada (o parâmetro é a constituição então vigente, eis que uma norma inconstitucional não pode ser recepcionada pela nova constituição.
Como analisa perante um novo ordenamento é somente do ponto de vista material uma lei pode ter sido editada como ordinária e ser recebida como complementar (possibilidade em razão da recepção por uma nova roupagem)
CF/69
 Ex: 
 CC
 CP
 CPC
 CPP
 CLT
 CTN 
 Editadas pela regência da constituição.
Um ato normativo (lei) que deixe de ter previsão no novo ordenamento, também poderá ser recebido, é o caso, por exemplo do Decreto – Lei que não existe perante a Constituição de 1988 e foi recebido como Lei Ordinária. Ex: Código Penal.
Se incompatível, a lei anterior será revogada, não se falando de Constitucionalidade Superveniente (o momento para verificar a compatibilidade ou não é o início de vigência da Nova Constituição, portanto, eventual emenda não validará norma não-recepcionada.
É possível ainda a recepção de somente parte de uma lei, como um artigo, parágrafo, etc (recepção parcial)
A recepção ou não recepção acontecem no momento da promulgação do novo texto.
Repristinação
“Ressuscitando Leis”
Não existe esse fenômeno no Brasil, mas pode existir.
Uma norma produzida na vigência da Constituição de 1946 não é recepcionada pela Constituição de 1967, por ser incompatível com essa. Posteriormente é promulgada a Constituição de 1988 e verifica-se que aquela lei produzida na vigência da Constituição de 46 (que não foi recepcionada pela de 67) em tese poderia ser recepcionada pela constituição de 1988, isso que totalmente compatível com ela. Nessa situação não poderia aquela lei produzida durante a Constituição de 46 voltar a produzir efeitos. O Brasil não adota a possibilidade da repristinação.
Efeito Repristinatório – É quando é feita uma lei nova, mas com o conteúdo semelhante de uma lei que foi revogada, mas se ela foi recepcionada e respeitar a forma e material da CF, ela será válida.
Desconstitucionalização
A constituição de 1988 revogou á de 1969, não é adotada no Brasil.
É um fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem permanecem em vigor com o status de Norma Infraconstitucional – Norma Abaixo da Constituição.
Classificação das Normas Constitucionais
Está apta na integralidade dos efeitos jurídicos ao qual se dispõe. A norma constitucional se basta.
São normas nas quais trazem todos os seus elementos á plena deflagração de seus efeitos.
Não tem necessidade de regulamentação
Normas de Eficácia Plena – Nenhuma lei vai contrariar ela (art 2º CF), nem precisa de lei para valer.
A norma constitucional tem eficácia absoluta, não pode ser restringida por lei e nem depende de lei para ter validade ou eficácia, são aquelas que desde a entrada em vigor da constituição produzem ou tenha a possibilidade de produzir efeitos essenciais.
Já apresentam suficientemente explícitas na definição todos os interesses nela regulados.
Portanto, são de aplicabilidade direta, imediata e integral – apta á produzir efeitos da vinculação obrigatória.
Art 2º - “São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, Executivo e o Judiciário.”
Art 60, p.4º, III – A constituição poderá ser emendada.
“A eficácia das regras jurídicas produzidas pelo poder constituinte (redundantemente chamado de "originário") não está sujeita a nenhuma limitação normativa, seja de ordem material, seja formal, porque provém do exercício de um poder de fato ou suprapositivo. Já as normas produzidas pelo poder reformador, essas têm sua validez e eficácia condicionadas à legitimação que recebam da ordem constitucional. Daí a necessária obediência das emendas constitucionais às chamadas cláusulas pétreas. O art. 78 do ADCT, acrescentado pelo art. 2º da EC 30/2000, ao admitir a liquidação "em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos" dos "precatórios pendentes na data de promulgação" da emenda, violou o direito adquirido do beneficiário do precatório, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Atentou ainda contra a independência do Poder Judiciário, cuja autoridade é insuscetível de ser negada, máxime no concernente ao exercício do poder de julgar os litígios que lhe são submetidos e fazer cumpridas as suas decisões, inclusive contra a Fazenda Pública, na forma prevista na Constituição e na lei. Pelo que a alteração constitucional pretendida encontra óbice nos incisos III e IV do § 4º do art. 60 da Constituição, pois afronta ‘a separação dos Poderes’ e "os direitos e garantias individuais".
Normas de Eficácia Contida – É que pode ser restringida por norma infraconstitucional. O legislador constituinte deixou margem á atuação restritiva do Legislador Ordinário, portanto são de aplicabilidade direta, imediata mas não integral.
Essa lei vai ter o poder de contrariar a Constituição, é livre á qualquer ofício, pode exercer qualquer profissão.
Art 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XV - e livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
O STF, entendeu que, até que haja lei definindo o subsídio mensal a ser pago á ministro do STF, não prevalecerá o teto único de remuneração para os três poderes da república, estabelecendo pelo art 37, XI. Esta decisão entendeu, portanto, que a norma constitucional que estabeleceu o teto único de remuneração seria norma de eficácia limitada e aplicação deferida.	
Estatuto da OAB – Lei 8.906/94, art 8º, IV - Para inscrição como advogado é necessário:
IV - aprovação em Exame de Ordem; (É LEI ORDINÁRIA, NORMA INFRACONSTITUCIONAL)
A lei restringe o uso do Direito de Propriedade – art 5º, XXII
Norma de Eficácia Limitada – É aquela limitada que depende de complementação legislativa. Não produzem com a simples entrada em vigor seus efeitos essenciais, sendo necessário para tanta regulamentação infraconstitucional.
Sozinha não vale e precisa de uma lei para funcionar. Portanto, são de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida. (Dependerá de norma regulamentadora).
Ex: Art 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar,impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição ;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. (É decretado para preservar ou prontamente restabelecer em locais restritos e determinados a ordem pública ou a paz sociais ameaçadas Poe grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.)
Possui legalidades extraordinárias temporárias, são criadas por decretos do Presidente da República, abrange legalidade e limitação semicircusntanciais das mudanças constitucionais.
O Estado de Defesa vai ser usado quando houver ameaça á ordem pública, á paz social, grave iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidade pública de grandes proporções na natureza. – pode restringir direitos
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
(Ocorre no caso de comoção grave de repercussão nacional - se fosse repercussão restrita em local determinado, seria Estado de Defesa. Ocorre também Estado de Sítio quando se torna ineficaz o Estado de Defesa – portanto, pressupõe situação de maior gravidade. Os direitos fundamentais, segundo o texto da CF, têm aplicação imediata, mas alguns deles, podem ser suspensos durante o estado de Sítio) .
É feito por calamidades de proporções grandes na natureza. Existe a ineficácia do Estado de Defesa de tão grave repercussão nacional ou resposta á agressão armada estrangeira em caso de guerra.
Aplica-se o Código Penal Militar na qual estabelece a pena de morte, crimes de alta traição.
No caso de ineficácia, neste caso não mais de 30 dias a cada vez.
Forças Armadas
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (A Constituição veda a sindicalização e a greve dos militares)
Constituem as Forças Armadas a Marinha, Exército e a Aeronáutica consideradas instituições permanentes, destinadas á defesa da Pátria da Lei e da Ordem. 
Segurança Pública
A polícia é o principal órgão da Segurança Pública.
Atividade Policial – Ostensiva (aparece, ostenta) ou seja, ela impede que o crime ocorra.
Ex: Polícia Militar
Polícia Judiciária – É exercida pela Polícia Civil, trabalha depois que o crime aconteceu, investiga o crime depois de ter acontecido.
O Promotor comanda na Ação Penal.
 Delegado Promotor
 
 
 AÇÃO
INQUÉRITO POLICIAL
 
 Está sendo investigado, Réu
 Indiciado
Atividade Policial Ostensiva e Judicial
A Atividade Ostensiva atua preventivamente, evitando que o crime aconteça ao passo que a atividade policial judiciária atua repressivamente, depois de ocorrido o ilícito penal, e a polícia de investigação.
Órgãos que compõem o Âmbito Federal
Polícia Federal
Polícia Rodoviária Federal
Polícia Ferroviária Federal
Polícia Federal – Atua só em questões relativas da União. Infrações penais em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas identidades autárquicas e empresas públicas (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, INSS), assim como infrações, cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional.
Atua também na repressão ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, contrabando e descaminho sem prejuízo da ação fazendária (multas administrativas da Receita Federal – art 144, p. 1º, I à IV)
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
  IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
Polícia Rodoviária Federal – Art 144, p. 2º - Patrulhamento extensivo nas Rodovias Federais.
Polícia Ferroviária Federal – Art 144, p.3º - Patrulhamento nas Ferrovias Federais.
Competência Federal e Estadual em nível Estadual
A Segurança Pública em nível estadual foi atribuído ás polícias civis, polícias militares e ao corpo de bombeiros. Exceto as infrações penais militares e aqueles de competência da Polícia Civil, ou seja, o exercício da polícia judiciária em âmbito estadual compete às polícias civis dirigidas por delegados de carreira. A polícia ostensiva e a preservação da ordem pública fica a cargo das polícias militares.
Guardas Municipais
Não é polícia e não tem a obrigação de ser criada. Os municípios poderão criar guardas municipais para cuidar de seu patrimônio.
Art 144, § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
Métodos Específicos de Interpretação da Constituição
1º Supremacia da Constituição: Estabelece que a Constituição não seja uma norma jurídica qualquer, é norma fundamental de todo o ordenamento jurídico, se sorte que não se pode interpretar a Constituição a partir da lei, mas sim interpretar a lei a partir da Constituição.
Assim caso não se encontre interpretação da lei da Constituição, essa lei será inconstitucional.
Ex: Pessoa física.
 Um grupo se reúne e monta uma pessoa jurídica
Pessoa Jurídica – Ela tem força, vida própria.
Art 225, § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Ex: Responsabilidade da Pessoa Jurídica em crimes ambientais.
Unidade da Constituição
Estabelece que não há conflito entre normas constitucionais originárias, ainda que elas aparentem ter sido contraditório,deverá o intérprete buscar soluções conciliadoras, ou seja, a interpretação constitucional deve ser realizada de maneira á evitar contradições entre suas normas. (Não existe conflito de normas constitucionais. O intérprete precisa obter uma solução a fim de realizar um jeito sem existir oposições entre elas, A proporcionalidade vai ser a principal arma para a manutenção. Nunca poderá fulminar a outra em nenhuma vez).
E quando uma norma for originária e ao outra derivada?
A originária prevalece. É possível possuir normas constitucionais – infraconstitucionais que foram introduzidas por Emenda Constitucionais. Se o conflito for entre Norma Constitucional Originária e Norma Constitucional derivada, primeiramente o intérprete buscará uma solução conciliadora, se não for possível, prevalecerá a Norma Originária.
A Emenda Constitucional possui inúmeros problemas em relação aos políticos.
Diante disso, é possível afirmar a existência de normas constitucionais – infraconstitucionais. A norma Originária nunca será inconstitucionalizada, quando interpretamos a lei, primeiramente começamos pela Constitucional.
NORMA CONSTITUCIONAL – INCONSTITUCIONAL sempre será DERIVADA
Ex: Vida e religião.
Máxima Efetividade da Constitucional
Ela evita expressões. Estabelece que deve ser atribuído á Constituição o sentido que lhe dê a maior eficácia, assim, se houver dúvida racional. A cerca da aplicabilidade da norma usa-se a solução que mais aplica a Constituição, principalmente se tratar de direito fundamental.
(É quando aparece dúvidas se a Constituição é plena ou limitada – principalmente se for plena, art 5º)
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
Art 144 – A Polícia Federal, instituída por lei como órgão permanente organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: Ex – Exercer com exclusividade as funções de Polícia Judiciária Federal.
Coloquialidade
Estabelece que a Constituição é um documento político e não técnico. Foi feita não por juristas, mas por representantes do povo.
Portanto, alguns termos da Constituição não pode ser tomados pelo sentido exclusivamente jurídico e sim coloquial.
Ex: Art 58, §3º
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
*(O correto seria requisição)
Nacionalidade
Trata-se de um vínculo jurídico – político que liga um indivíduo á um determinado estado fazendo com que esse indivíduo passe a entregar o povo daquele estado, é o vínculo que o sujeito tem com o estado, e por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações.
Critério “Ius Solis” – Segundo esse critério, o que importa para a definição, é uma aquisição de nacionalidade é o local de nascimento e não a descendência – é aonde o indivíduo nasceu.
Também é chamado de Territorialidade, este critério é geralmente utilizado pelos países de imigração, a afim de que os seus descendentes dos imigrantes, que venham a nascer do solo do novo país sejam nacionais daquele novo país, e não do de origem, o que ocorreria se o critério fosse o de sangue.
Critério “Ius Sanguinis” - Para este critério, o que interessa para a aquisição da nacionalidade é o sangue, a filiação, a ascendência, pouco importando onde o indivíduo nasceu.
(Geralmente, esta teoria é obtida por países de emigração, com o intuito de se manter o vínculo com os descendentes, como ocorrem com a maior parte dos países europeus).
Nacionalidade Secundária
É aquela que se adquire por vontade própria, depois do nascimento, normalmente pela naturalidade que poderá ser requerida, tanto por estrangeiros, como por apátridas (que não possuem pátria.
O estrangeiro, dependendo das regras do seu país, não poderá ser enquadrado na categoria de polipátrida (multinacionalidade)
Ex: Filhos de italianos – critério de sangue
 Nascidos no Brasil, - critério de territorialidade.
Brasileiro Nato
O Brasil adotou o critério “Ius Solis”, posto que qualquer que nascer no território brasileiro, mesmo que seja filhos de pais estrangeiros não podem estar a serviço do seu país, caso em que não será brasileiro nato, mas sim nacional de seu país.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; (A regra do critério “Ius Solis” é mitigada pela utilização dos serviços do Brasil, é o que ocorre se o nascimento ceder fora do Brasil, porém filho de pai ou mãe brasileiros e qualquer deles ou ambos estiverem a serviço do Brasil).
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) (Se o nascimento não ocorrer no Brasil, filhos de pai ou mãe brasileiros e os pais não estiverem a serviço do Brasil, dependerá da regra daquele país. E optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.)
PERGUNTA: Maria, em férias no Japão, tem o seu filho em Tóquio. Pergunta-se, o filho de Maria será CONSIDERADO JAPONÊS ? 
Dependerá da regra daquele país.
E BRASILEIRO ?
Neste caso, corrigindo a imperfeição trazida pela ECR nº 3/94, a EC nº 54/2007, resgatando a regra anterior, foi estabelecida a possibilidade de aquisição de nacionalidade brasileira originária pelo simples ato de registro em repartição brasileira competente, e assim, resolvendo um grave problema dos apátridas.
IUS SANGUINIS + Opção Confirmada
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
(Outra possibilidade de aquisição na nacionalidade brasileira mantida pela EC nº 54/07, decorre quando o filho de pai ou mãe brasileira, que não estejam a serviço do Brasil, vier a residir no Brasil e optar em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira. Trata-se de chamada nacionalidade potestativa, uma vez que a aquisição depende da exclusiva vontade do filho).
Brasileiro Naturalizado
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
(São originários de países de língua portuguesa residentes por 1 ano ininterruptél e com idoneidade moral). 
 Brasileiro naturalizado em liberdade condicional e com direitos políticos suspensos, não pode propor ação popular porque está com seus direitos políticos suspensos.
Art 12, II, “b”
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (A naturalização extraordinária ou quinzenáriaacontece quando os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil a mãos de 15 anos initerruptos e sem consideração penal requerem. Ressalte-se que não importa a aquisição da nacionalidade brasileira pelo cônjuge e filhos)
Distinção entre Brasileiro Nato e Naturalizado
	Como regra geral, pelo princípio da igualdade, a constituição vedou qualquer possibilidade de se estabelecer leis entre brasileiro nato e naturalizado.
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
Direito Natural
São direitos essenciais do ser humano, que não precisam ser positivados para existir. É aquele que todo mundo reconhece e não precisa estar em lei nenhuma.
Ex: Direito á vida, pois todo mundo tem e não precisa estar na CF/88, assim como saúde, educação, meio ambiente.
Direitos Humanos
Segundo lição do Ministro Gilmar Mendes, a expressão “Direitos Humanos” é reservada para aquelas reivindicações essenciais ao homem, sendo empregada da expressão para designar pretensões á respeito da pessoa humana, inseridas em documentos de direito internacional.
(Se o indivíduo possui direito essencial ao homem, e está positivado ao cunho internacional, será Direito Humano).
Ex: Direito á educação, saúde é um direito humano. O direito de defesa também é considerado humano, é direito essencial ao homem tratado em relação internacional.
Direitos Fundamentais
A expressão é utilizada para designar os direitos relacionados ás pessoas inscritas em textos normativos de cada estado. São direitos que vigoram numa determinada ordem jurídica, garantidos e limitados em certo espaço de tempo.
 XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
 a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
 b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
A inviolabilidade de domicílio assegurada pelo art 5º, XI da CF, pode sofrer restrição na vigência do estado de defesa, que permite a busca e apreensão em domicílio, sem autorização judicial.
O direito de o indivíduo obter informações dos órgãos públicos, prescrito na CF, é relativo, por que não abrange as informações cujo sigilo seja imprescindível á segurança da sociedade.
Segundo previsão expressa da CF, os tratados internacionais sobre direitos humanos, em que a República Federativa do Brasil for parte, equivalerão, na ordem interna às EC, desde que são aprovados em cada casa do Congresso em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
Ao tutelar o direito á vida, a CF veda textualmente a comercialização de órgãos humanos.
Os direitos fundamentais, segundo o texto da CF, têm aplicação imediata, mas, alguns deles, podem ser suspensos durante o estado sítio.
Os tratados internacionais sobre direitos humanos na ordem interna, podem equivaler á Emenda á Constituição.
Segundo a CF, o direito de certidão pode ser exemplo pelo indivíduo para a defesa de direitos personalíssimos.
No que diz respeito aos direitos fundamentais, o direito de qualquer cidadão propor ação popular é previsto constitucionalmente.
No que se refere aos direitos e garantias fundamentais, o direito de propriedade intelectual abrange tanto a propriedade industrial quanto os direitos do autor.
A respeito de garantia constitucional do acesso do Poder Judiciário a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua tramitação.
Características dos Direitos Fundamentais
Impossibilidade de desfazimento. A cláusula pétrea determina isso.
Imprescritibilidade. A prescritibilidade é a perda do direito menos deste, e é impossível se desfazer dos Direitos Fundamentais.
Irrenunciabilidade. Direito do Trabalho é totalmente fundamental, a pessoa pode renunciar, e mesmo renunciando,o agente ainda possui direitos
Diferença entre Direitos e Garantias Fundamentais
Direitos – São bens e vantagens descritos na norma constitucional.
Garantias – São instrumentos através dos quais se assegura o exercício do direito, caso violado.
Juízo Natural – É criado a garantia (liberdade de culto), direito á proteção aos locais de culto (religião, garantia á liberdade religiosa)
Vedação da criação do Juízo de Tribunal de Exceção – Não se pode criar um juízo de Tribunal para algum caso. Isso é garantia.
Evolução dos Direitos Humanos
Será dita cada constituição do mundo inteiro, a doutrina enxerga em algumas gerações. Como era enxergada nos anos anteriores.
1ª Geração
Dizem respeito ás liberdades públicas e aos direitos políticos, ou seja, direitos civis e políticos traduziram o valor da liberdade.
Possuem como momentos marcantes á Magna Carta de 1215, a Declaração de 1776 e a Francesa de 1789, a liberdade era algo humano, liberdade política poderia votar e ser votado.
2ª Geração
O momento histórico que os inspirou é a Revolução Industrial Européia, a partir do século XIX.
Em razão das péssimas condições de trabalho eclodiram movimentos, buscando reivindicar normas sociais e trabalhistas.
Privilegiam os Direitos Sociais, culturais econômicas, correspondendo aos Direitos de Igualdade – eles foram altamente importantes para aquela época (ele vai atribuir á liberdade, para seguir sistemas igualitários.
Ex: Direito do Trabalho é pertencente á 2ª geração, assim como educação, saúde, moradia, lazer
A 2ª Geração enxergou a 1ª geração como uma meta.
3ª Geração
Marcado pela alteração da Sociedade de massa pelo crescente desenvolvimento tecnológico e científico, novos problemas e preocupações mundiais surgiram como a necessária proteção ambiental e defesa dos consumidores.
O ser humano é inserido em uma coletividade e passa a ter direitos de solidariedade.
O indivíduo enxerga o ser humano como um todo, e não em um sentido individual.
Ex: Meio Ambiente e Direito do Consumidor.
Evolução dos Direitos Fundamentais
Gerações ou Dimensões do Direito
 1º Dimensão 2ª Dimensão4ª Dimensão 3ª Dimensão
Foi dado por Norberto Bobbio, Ingo Sarlet e Paulo Bonavides.
Em primeiro instante, partindo dos lemas da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade, anunciavam-se os direitos de 1, 2ª e 3ª dimensão e que iriam evoluir segundo a doutrina para 4 e 5ª Dimensão.
 
4ª Geração dos Direitos Humanos
Os avanços do campo de engenharia genética podem colocar em risco á própria existência humana através da manipulação humana do patrimônio genético.
Ex: Utilização de células-tronco
DEPOIS DA 3ª GERAÇÃO, PASSA DE ESPECULAÇÃO
Localização dos Direitos Fundamentais do Ordenamento jurídico Brasileiro
O rol do art 5º é meramente exemplificativo, na medida em que os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja aparte (art 5º,  § 2º)
 § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Os tratados internacionais sobre Direitos Humanos que foram aprovados com Quórum de Emenda serão equivalentes á estas. (art 5º, §3º)
 § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.  
Aplicabilidade dos Direitos Fundamentais
O Direito Humano não dependem de aplicabilidade. Sua aplicabilidade é imediata. Nos termos do art 5º, § 1º, as normas definidoras de Direitos Fundamentais possui essa aplicação.
Eficácia dos Direitos Fundamentais
O legislador não poderá criar leis que violem Direitos Fundamentais, a Administração Pública.
Ex: Não pode atuar ferindo Direitos Fundamentais, e o Judiciário não pode resolver conflitos deixando de lado os Direitos Fundamentais.
Direitos Individuais e Coletivos
1º Direito á vida – art 5º, Caput. É uma Cláusula Pétrea.
Abrange o Direito de não ser morto como de ter uma vida digna – por isso é que não existe Pena de Morte.
Não pode suprimir ao Direito á vida, pois estaria ofendendo uma cláusula pétrea.
Quanto ao direito de não ser morto, encontramos a proibição de pena de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como a impossibilidade de instrução de pena de morte por Emenda.
Ex: Art 60, §4º.
Princípio da Igualdade
É totalmente desigual para os desiguais. A Constituição consagra que todos são igual perante á lei, sem distinção de qualquer natureza, contudo, levando-se em conta o Estado Social ativo efetivador de Direitos Humanos, deve-se buscar não a igualdade formal, mas uma igualdade real devendo a lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade.
Não é só apenas buscar a aparência de igualdade formal, mas também a igualdade material, uma vez que a lei deverá tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
No Estado Social Ativo, na qual é efetivador dos Direitos Humanos, imagina-se uma igualdade mais real perante os bens da vida, diversa daquela apenas formalizada perante a lei.
Essa busca por uma igualdade substancial, muitas vezes idealista, devendo-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
Art 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
Art 7º, XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Art 7º, XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º - Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. 
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
 IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art 4º, VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Em outras, é o próprio constituinte quem estabelece as desigualdades, por exemplo, em relação á igualdade entre homens e mulheres, em direito e obrigações – Art 5º L, Art 7º XVIII, 143 §1º e §2º, 201 §7º I e II §8º, art 9º da EC nº 20/98, art 40 da CF/88, art 8º da EC nº 20/98, arts 2º e 6º da EC 41/2003.
Princípio da Igualdade – Discriminação Positiva / Medidas de Compensação
O constituinte protegeu certos grupos utilizando-se da chamada discriminação positiva sendo que ao seu entender mereciam tratamento diverso enfocando a partir de uma realidade histórica de marginalização social ou de hipossuficiência (menos condições que o outro) decorrente de outros fatores, cuidando de estabelecer medidas de compensação, buscando concretizar ao menos em parte uma igualdade de oportunidades como os demais indivíduos que não sofreram as mesmas espécies de restrições.
Ex: Política de cotas.
Princípio da Igualdade
Estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer qualquer coisa senão em virtude de lei. O particular pode fazer tudo o que quiser. O Estado pode determinar uma coisa só se tiver lei.
Na Administração Pública, só será permitida se tiver respaldo legal, para o particular, o princípio da legalidade funciona no sentido de que pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe, por outro lado para a administração pública o princípio não funciona no sentido de que ela somente poderá fazer o que a lei permitir.
Proibição de Tortura
Art 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
SV 11, STF - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Liberdade de Manifestação de Pensamento
É direito fundamental a liberdade de manifestação de pensamento, porém, veda-se o anonimato e se ocasionar danos, deverá haver indenização.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;  
Inviolabilidade Domiciliar
A casa é asilo inviolável, não podendo nela ninguém penetrar sem o consentimento do morador, salvo flagrante delito (o sujeito está praticando o crime) para prestar socorro ou desastre ou durante o dia por determinação judicial.
Quem dá ordem para invasão de domicílio é apenas o juiz, e apenas o período diurno (6:00 ás 18:00)
Doutrina e jurisprudência estabelece que o conceito de casa não abrange apenas o domicílio, mas também escritórios, oficinas, garagens e até mesmo quarto de hotel.
Sigilo das Comunicações
A quebra é permitida para fins de investigações criminais ou instruções processuais penais devendo seguir as regras da lei 9296/96 sob pena de incorrer em prova ilícita.
Ninguém quebra o sigilo de ninguém, masás vezes a lei quebra este sigilo.
Lei 9296/96, art 2º - Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
Provas ilícitas
Não podem ser admitidas no processo provas ilícitas, nem as derivadas de ilícitas (teoria dos frutos da arvora envenenadora não é admitida para condenar. A doutrina flexibiliza em apenas poucos casos.
Regra – Geral: Provas ilícitas é nula.
Liberdade de Profissão
É uma norma que poder ser restringida por lei – Norma de Eficácia Contida.
Direito de Propriedade
É também constituído de Norma de Eficácia Contida.
É assegurado na CF/88 e deve atender sua função social da propriedade, nos termos dos arts 182, §2º e 186, I, II, III e IV.
Art 182, §2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
A propriedade não é absoluta, ou seja, não pode apenas interessar ao proprietário e em todo ao social, não é um direito absoluto e precisa servir a coletividade.
Pode incluir a desapropriedade por necessidade e titularidade pública, desde que esteja cumprindo a sua função social, Serpa paga justa e prévia indenização em dinheiro
Pode haver a desapropriação – sanção com pagamento por títulos de Dívida – Pública para afins de Reforma Agrária.
Pode haver parcelamento cumpulsório da área, imposição de IPTU progressivo e até mesmo desapropriação com pagamento por título de Dívida – Pública.
Direito do Consumidor
Sem dúvida foi a Constituição Portuguesa de 1976 que, de maneira pioneira, acolheu diversas normas de proteção do direito do consumidor. Essa realidade reflete, acima de tudo, a recente preocupação do Estado com os problemas da sociedade de massa, especialmente a partir do Estado Social de Direito.
A constituição espanhola na mesma linha, buscando inspiração nas disposições da portuguesa, também de modo amplo, tratou da proteção dos consumidores no art 51, § 1º.
Art 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
Inafastabilidade da Jurisdição
Também nomeado direito de ação, ou princípio do livre acesso ao judiciário, ou, como assinalou Pontes de Miranda – Princípio da Ubiqüidade da justiça.
O inciso XXXV do art 5º estabelece que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
 Existe alguma exceção a regra obrigando a pessoa a obter primeiramente a via administrativa?
Em decorrência do princípio em análise, não mais se admite no sistema constitucional pátrio a chamada jurisdição condicionada ou instância administrativa de curso forçado, tal como se verificava no art 153, § 4º da EC nº 1169, na redação dada pela EC, nº 1, 13.04.1977. Para ingressar no Poder Judiciário, portanto, o prévio esgotamento das vias administrativas.
É considerado direito e garantia individual, só admissível se introduzida pelo poder constituinte originário, como acontece com a justiça desportiva.
Juíz Natural
A Constituição estabelece que não haverá juízo ou tribunal de exceção, não podendo ninguém ser processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
Segundo a doutrina, “o conteúdo jurídico do princípio pode ser resumido na inarredável necessidade de predeterminação do juízo competente, quer para o processo, quer para o julgamento, proibindo-se qualquer forma de designação de tribunais para casos determinados.
Na verdade, o princípio em estudo é um desdobramento da regra de igualdade.
Nesse sentido, 	Pontes de Miranda aponta que a neo garantia constitucional é direito do juízo natural “comum”, indicando vedação á discriminalização de pessoas ou casos para efeito de submissão a juízo ou Tribunal que não o recorrente por todos os indivíduos.
Art 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII- Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
A prerrogativa de foro, a instituição do juízo arbitral os foros de eleição afrontam o princípio do Juíz Natural ?
A argumentação de afronta ao princípio do juiz natural é bem razoável e consistente, mas o STF, diante da idéia de efetividade e celeridade processual, nessa ponderação de valores vem fazendo feitas com base em lei
O MP “vai dar a cara “, assinar o papel e acusar o réu”
Não é permitido a figura do juiz “sem rosto”
Art 93, 	IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;
Tribunal Penal Internacional
O Brasil está sujeito á jurisdição do Tribunal Penal Internacional não havendo afronta o princípio do Juíz Natural.
O Brasil é signatário do Estatuto de Roma – é um tratado internacional, ele faz parte da Jurisdição Brasileira.
O Estatuto de Roma traz os crimes de gravidade internacional que serão julgados pelo TPI.
O TPI exerce sua jurisdição nos casos de omissão ou incapacidade dos Estados, consagrando o Princípio da Complementariedade.
A sede do TPI é em Haia (países baixos), os crimes de competência do TPI são os de:
Genocídio
Contra a humanidade de guerra
E de agressão.
O TPI não afronta o princípio do Juíz Natural, o Brasil incorporou o TPI em seus órgãos, mesmo o TPI estando no exterior.
O Estatuto de Roma afronta os crimes que afetam os Direitos Humanos.
	Dúvidas acerca da Constitucionalidade do TPI	
Poderia uma EC introduzir no art 5º, §4º ?
Não, ninguém sabe responder á respeito.
O TPI é tudo ou nada e se tiver contrariedade, ele não é válido. O TPI integrou o ordenamento jurídico pela EC mº 45/2004 (Reforma do Judiciário) Ocorre que EC não seria o instrumento adequado para receber o Estatuto de Roma.
Neste caso, o Estatuto de Roma seria inconstitucional por vício de forma ?
Se não bastasse e dente as sanções previstas no documento, existe a prisão perpétua, nesse sentido, seria o Estatuto de Roma inconstitucional por prever proibida no Brasil.
Tribunal do Júri
Art 5º, XXXVIII – É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Assegura-se no júri a plenitude de defesa o sigilo das votações á soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
Só vão ir á júri os arts121 – 128 (conhecidos como crimes tentados), a competência é os crimes dolosos contra a morte e os tentados e também os crimes conexos. A competência do júri é uma competência constitucional, ROUBO SEGUIDO DE MORTE não é crime tentado
A competência do Júri é absoluta?
Não é absoluta, prefeitos, juízes e promotores são julgados no Tribunal de Justiça.
Seleção de Jurados
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor população. 
Sorteio dos jurados, serão sorteados 25 jurados.
O serviço do júri é obrigatório, sob pena de multa, dos 25 jurados, pelo menos 15 devem comparecer.
Tanto defesa quanto acusação podem recusar 3 cada um, até formar conselho de sentença composto por 7, a acusação tem 1 hora e meia para acusar e 1 hora e meia para defesa e 1 hora para a réplica ou tréplica, a defesa sempre fala por último.
Devido Processo Legal
Estabelece que a solução do conflito tem que se dar dentro das normas processuais traçadas pelo direito, as regras já são estabelecidas, abarca os outros processos.
Art 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Ex: Possibilidade de contradizer a testemunha arrolada;
Contraditório
As partes devem ser tratadas com igualdade no processo, ou seja, possuem iguais poderes.
É o direito de contradizer a outra parte do processo, possibilidade de contradizer é um princípio constitucional.
Art 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
O contraditório é absoluto ?
Não, existe a possibilidade de concessão de liminar.
Ampla Defesa
É designado ao réu, normalmente se fala abarca ao contraditório e possibilita ao acusado a mais ampla produção de provas, manifestações, vista aos processos, acesso ás autoridades.
Possui a autoridade de qualquer tipo de prova, a mais ampla defesa aos autos, direito de entrevista com o réu antes da audiência e está fixado em lei.
Celeridade Processual
Art 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. A demora causada pela duração do processo pode gerar inutilidade do provimento jurisdicional. 
Pensando nisso, foi introduzida na Constituição a Celeridade Processual ou Razoável Duração do Processo – É Direito Humano.
Exemplo 1 – Lei da Vídeo Conferência (9009) foi uma lei para contrariar a Celeridade Processual.
Exemplo 2 – Inventário divórcio processual no cartório.
Exemplo 3 – Criação da Súmula Vinculante.
Exemplo 4 – Processo eletrônico.
Regras Constitucionais das Penas
A pena não passará da pessoa do condenado, é proibida a pena de morte, pena perpétua, trabalho forçado.
A pena é cumprida em estabelecimento distinto de acordo com a periculosidade de cada preso.
Presunção de Inocência
É o princípio da não culpabilidade. Estabelece que ninguém Poe ser considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
É Direito Fundamental e Direito Humano (Cláusula Pétrea)
Juíz, MP e delegado, mesmo na âncea de condenar, não pode estragar o direito da Constituição.
Art 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Regras Sobre Prisão
Não cabe prisão perpétua e a regra é responder em liberdade, mas nesse caso, mesmo a pessoa sendo inocente, ela irá ser considerada antes.
Ele irá respodner preso. A prisão antecipada é excessão e a população geral tem como regra.
É certo prisão cautelar ?
Sim, é certo. Não é regra mas sim é exceção, é uma forma de mitigar a Presunção da Inocência.
Publicidade dos Atos Processuais
Art 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
Assistência Jurídica Integral e Gratuita
Art 5º, LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Para que ele não possua recursos, o estado disponibilizará a Defensoria Pública - art 134 CF/88
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. ( O Estado prestará assistência jurídica integraç e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.)
Direitos Sociais
Saúde (Envolve uma estação super ampla, desde cirurgia, vaga de hospital,remédios, etc. Não está no art 5 º)
Previdência Social
Assistência Social
Educação
Cultura
Desporto
Moradia
Lazer
Meio Ambiente 
Criança e Adolescente
Idosos
Índios
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Previdência Social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdênciasocial, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para trabalhadores de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo, exceto aposentadoria por tempo de contribuição. 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. 
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social.
Art. 202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-se o benefício sobre a média dos trinta e seis últimos salários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês, e comprovada a regularidade dos reajustes dos salários de contribuição de modo a preservar seus valores reais e obedecidas as seguintes condições : 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos.
§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. 
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. 
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. 
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. 
É um seguro que o trabalhador tem, o trabalhador vai depositar um pouco, assim como a empresa e a partir do momento que as pessoas vão se aposentando, o Estado vai pagando á essas pessoas.
Se, o indivíduo se acidentar, a previdência irá pagar esse valor. Quem banca na ativa, está na inativa.
É o direito social do trabalhador. (O indivíduo não paga para ele próprio, e sim para o todo, o sistema é contributivo.)
Assistência Social
É para quem não tem condição de direito social, o Estado dá e é direito do trabalhador.
Contribui para o todo: saúde, previdência e assistência.
É prestada á quem necessitar indepedentemente de contribuição.
Educação
Trata-se do serviço público essencial é ser prestado á todos (ECA)
Cultura
Engloba o direito de criações científicas artísticas e tecnológicas, bem como liberdades de formas de expressão cultural, formação de patrimônio cultural e proteção aos bens de cultural.
Dever do estado do fomento de práticas de desporto
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: 
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento; 
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; 
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. 
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. 
§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. 
Moradia
Direito de ocupar um lugar como residência para nele habitar.
Lazer
Constitui prestações estatais que interferem com as condições de trabalho e com a qualidade de vida. Destina-se a refazer as forças depois da labuta diária, tal direito está ligado ao direito dos trabalhadores - nitidamente ligada ao trabalhador.
Meio Ambiente
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
 § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. 
Preceitua-se meios de atuação do Poder Público e impõe condutas de preservação, também medias repressivas exigindo a recuperação pela prática de atividades regulares. Seria conseguir gerar recursos para obter menos degradação.
Criança e Adolescente
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil; 
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. 
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. 
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII; 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica; 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente. 
§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. 
§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 
§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204. 
§ 8º A lei estabelecerá: 
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; 
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. 
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. 
Lei 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente
O direito do ECA tem prioridade absoluta em outros direitos, se tiver colisão entre o adulto e a criança, a criança possui absoluta e prioridade entre ou outros.
Idosos
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. 
§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. 
§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
Índios
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 
§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. 
§ 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. 
§ 5º - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. 
§ 6º - São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma

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