CCJ0053-WL-A-AMMA-13-Distinção Entre Processo e Procedimento

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TEORIA GERAL DO PROCESSO.
Aula 13 – ATOS PROCESSUAIS.
NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático desta aula
1. Fatos e atos processuais: conceito e
 classificação.
2. Forma dos atos processuais.
3. Atos do juiz, das partes e dos
 auxiliares da justiça.
4. Atos processuais simples e complexos.
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Fatos e atos processuais. Conceito e classificação.
O processo é composto por diversos atos processuais, que podem ser
 praticados por diversas pessoas e que também podem ter os mais
 variados escopos. Juridicamente, o ato processual é espécie de ato
 jurídico, pois é um ato que, embora praticado em prol de um
 processo já instaurado, tem relevância jurídica e, por este motivo, é
 tutelado pelo Direito. É muito comum, no direito material,
 apresentar um grande grupo denominado “fato jurídico lato sensu”,
 que engloba todos os fatos e atos que são jurídicos, ou seja, que têm
 relevância para o Direito. Este grupo divide-se em dois outros,
 denominados “fato jurídico strictu sensu” e “ato jurídico latu sensu”,
 sendo que a diferença entre ambos é que o primeiro engloba qualquer
 fato que tenha relevância para a ciência jurídica ainda que não tenha
 sido emanado da vontade humana (v.g. um raio que destrói um
 apartamento cujo proprietário já tinha celebrado contrato de seguro
 prevendo cobertura do sinistro em decorrência de acidentes
 naturais), ao passo em que o segundo necessariamente decorre de ato
 decorrente da vontade (v.g. um casamento).
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Por sua vez, este segundo grupo ainda admite uma fragmentação em
 outras classificações que seriam: a) atos jurídicos strictu sensu; b)
 negócios jurídicos; c) atos processuais. A diferença entre os dois
 primeiros desta nova classificação reside, justamente, se o ato emana
 da vontade de apenas uma pessoa naquela relação jurídica (v.g. a
 criação de um testamento) ou se de ambos os participantes da
 relação de direito material (v.g. a celebração de um contrato). Já o
 terceira classificação, dos atos processuais, é justamente aquela que
 ora será abordada.
Portanto, é correto concluir que a natureza jurídica de um ato
 processual é a de um fato jurídico lato sensu, podendo o mesmo ser
 conceituado como o ato jurídico lato sensu praticado no curso de um
 determinado processo já instaurado e que é apto a gerar direitos ou
 obrigações.
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Forma.
Os atos processuais devem ser documentados e públicos, bem como
que não dependem da observância de forma preestabelecida em lei
(art. 154). No entanto, por vezes a lei enumera alguns requisitos
quanto a formalidade para a prática de algum ato processual que, se
não for observado, pode vir a maculá-lo com algum vício processual.
Assim, é que, por vezes, se faz necessário o estudo do tempo, do lugar
e dos prazos para a prática dos atos processuais.
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Atos do juiz, das partes e dos auxiliares da justiça.
O magistrado, na condução do processo, pode praticar atos imbuídos
de função jurisdicional ou não. Quanto aos atos praticados pelos
serventuários, este tema é tratado entre o art. 166 e art. 171 e,
basicamente, estes atos se destinam a dar andamento ao processo,
como a juntada de petições, a confecção e expedição de mandados e
ofícios. Desta forma, não há em nenhum deles necessidade de
fundamentação ou de qualquer conclusão.
Quanto as partes, o assunto é regulado entre o art. 158 e art. 161. As
partes podem, basicamente, praticar atos postulatórios (v.g. ao
apresentar uma petição inicial ou uma contestação que possui pedido
contraposto), dispositivos (v.g. como a petição que narra a desistência
de um recurso anteriormente interposto) ou mesmo reais (v.g.
qualquer ato que se traduz em uma atividade concreta como o
recolhimento de custas).
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Atos processuais simples e complexos.
Há classificação bastante freqüente, distinguindo o ato processual
entre “simples” e “complexo”. O ato processual “simples” seria
aquele que praticamente se exaure em apenas uma conduta como, por
exemplo, a prolação da sentença. Já o ato processual “complexo”
corresponde a várias manifestações (e até mesmos atos praticados)
que tenham finalidade comum e contemporaneidade, como ocorre
com as audiências de instrução e julgamento (que se destina a
conciliação, instrução e até mesmo decisão e interposição de
eventuais recursos).
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1ª Questão.
Proferida sentença em processo que tramitou pelo procedimento
comum, ordinário, restaram vencidos os litisconsortes Aldo e
Márcio. A sentença foi publicada em audiência, realizada no dia 04
de agosto de 2010, segunda-feira. As partes, presentes à audiência
foram intimadas acerca da publicação da sentença, permitindo o
início da contagem do prazo para a interposição do recurso de
apelação (art. 506, I, do CPC). No curso do prazo, dia 11 de agosto,
os litisconsortes, que eram representados pelo mesmo advogado,
constituíram advogados distintos, deixando de ser representados
por patrono comum. Nesse mesmo dia Aldo e Márcio juntaram
petição nos autos informando o ocorrido. Pergunta-se: Como
deverá ser contado o prazo para a interposição do recurso de
apelação? Resposta fundamentada.
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2ª Questão. OAB/CESPE. 1º Semestre de 2009.
Assinale a opção correta a respeito da sentença.
A) Todas as sentenças devem ser fundamentadas, mas apenas as
terminativas podem ter fundamentação concisa.
B) Publicada a sentença de indeferimento liminar da petição inicial, o
juiz não pode mais alterá-la, em face do princípio da inalterabilidade
da sentença pelo juiz.
C) A sentença deve ser certa, salvo quando decida relação jurídica
condicional.
D) Na ação que tenha por objeto obrigação de fazer, para a efetivação
da tutela específica, o juiz poderá, somente a requerimento da parte,
impor multa diária em caso de atraso.
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E chegamos ao fim da aula...
 Texto extraído do livro: HARTMANN, Rodolfo
Kronemberg. Teoria Geral do Processo. Impetus, 2012.
S.A.C: www.rodolfohartmann.com.br
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