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CCJ0052-WL-D-AMMA-06-Características da Narrativa Jurídica

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TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Aula 6- Características da narrativa jurídica
a1
Slide 1
a1 alda; 10/03/2012
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Correção da tarefa da semana 5
Possibilidade de escritura da ementa
-
DANO AO ECOSSISTEMA POR VAZAMENTO
EM OLEODUTO DA PETROBRAS NA BAÍA DE
GUANABARA – Falhas operacionais e de
manutenção do duto – Aplicação de multa
de 50 mil reais à empresa – Adoção do
plano de proteção ao meio ambiente –
Sugestão da participação da empresa na
recuperação da área atingida – Parecer
favorável à reformulação da política
ambiental.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Semana 6
Objetivos
- Recuperar as principais características da narrativa jurídica;
- Compreender que a narrativa jurídica pode ser simples ou
valorada;
- Relacionar o Relatório do Parecer às características da
narrativa simples.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Estrutura do conteúdo:
Tipos de narrativa jurídica
Narrativa simples
Narrativa valorada
Características da narrativa
Seleção de fatos
Organização cronológica das informações
Tempo e pessoa verbais
Polifonia
Modalização
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
ELEMENTOS DA NARRATIVA FORENSE
O quê? – fato jurídico central ou questão jurídica central
Quem? – as partes devidamente nomeadas e qualificadas:
nacionalidade, estado civil, profissão, residência, etc.
Quando?- localização temporal do momento em que
ocorreu o fato jurídico central
Onde? – localização espacial do fato jurídico
Como? – registro das principais ocorrências da forma
como o fato jurídico aconteceu
Por quê? – registro da(s) razão(ões) que deu(deram)
origem ao fato jurídico
Por isso... – registro da(s) consequência(s) advinda(s) do
fato jurídico
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Leia as duas narrativas do mesmo caso concreto:
João da Silva, brasileiro, solteiro, técnico em informática,
portador do RG de nº X SSP/PE, inscrito no CPF-MF sob o nº X,
residente e domiciliado na Rua X, nº X, apto. X, bairro do X,
nesta cidade de Recife – PE ajuizou ação de danos morais c/c
rescisão contratual com pedido de antecipação de tutela contra
X TELECOMUNICAÇÕES S/A.
No dia 06 de junho de 2004, o autor tornou-se cliente dos
serviços de telefonia móvel prestados pela da ré, conforme o
contrato de prestação de serviço móvel pessoal de nº XXXXXX,
relativo aos números (081) 9987XXXX e (081) 9966XXXX (doc.
02).
.
.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Na mesma data, houve também entre o autor e a ré a
celebração de dois contratos de comodato, referentes aos
telefones celulares supramencionados, que seriam usados nos
serviços de telefonia (doc. 03 e 04).
. Passado o prazo de carência, no dia 13 de junho de 2005,
o autor, bastante insatisfeito com os serviços prestados pela ré,
resolveu denunciar o contrato, referente ao telefone de nº (081)
9987XXXX, nos termos da CLÁUSULA SETE, nº 7.1, alínea a, do
referido instrumento, recebendo da ré o protocolo de
cancelamento sob o nº 70811232.
Pois bem: tudo se encontrava em conformidade, na
medida em que havia sido paga a conta do mês de junho de 2005
(doc. 07) e havia sido devolvido o celular comodato com todos
os seus indumentários (doc. 05).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Todavia, para a surpresa do autor, no final do mês de
julho de 2005, chegou a sua residência a fatura emitida pela ré
(doc. 08), correspondente ao serviço do mês de julho/05.
Abismado com a situação, o autor tentou contatar a ré, no
sentido de saber o que estava acontecendo, pois como poderia
ela cobrar por um serviço que nem mais estava à disposição do
autor, haja vista não existir mais vínculo contratual entre as
partes?
Não bastasse isso, a empresa ré numa tentativa malsinada
de se locupletar ilicitamente continuou importunando o autor
para que ele procedesse ao pagamento da fatura de julho/05. Só
que desta vez com envios de correspondências em tons
ameaçadores datadas de 14 de novembro, 28 de outubro e 23 de
dezembro todas de 2005 (docs. 13, 14 e 15).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Diante dessa situação, agora definitivamente tendo a
certeza de que a empresa ré não merece, nem nunca mereceu,
qualquer tipo de credibilidade, resolveu o autor cortar o último
vínculo que o prendia a esta, o contrato referente ao celular de
nº (081) 9966XXXX. Assim, no dia 24 de agosto de 2005, o autor
solicitou a rescisão do referido contrato, recebendo da ré o
protocolo de nº 51765612. Em menos de uma semana, ou seja,
no dia 1º de setembro de 2005, a empresa ré dirigiu-se à casa do
autor para recolher o telefone que havia sido entregue em
comodato (doc. 06).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Como não poderia ser diferente, a ré, da mesma forma,
desconsiderou a exigência de rescisão do contrato, continuando
a cobrar por um serviço quem nem mais está à disposição do
autor, emitindo faturas até a presente data (docs. 09, 10, 11 e
12) e importunando o autor com suas correspondências irritantes
datadas de 1º, 22 e 29 de novembro; 23 e 26 de dezembro (docs.
16, 17, 18, 19 e 20).
Por fim, no último dia 10 de janeiro de 2006, chegou à
residência do autor uma correspondência enviada pelo SERASA
(doc. 21), afirmando que constava nos seus registros a pedido da
instituição credora (no caso a ré) a inclusão do nome do autor
em seus cadastros de inadimplentes, em razão de uma dívida de
R$ 62,50, de 15 de agosto de 2005, referente à fatura
indevidamente emitida (doc. 08).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Assim, saturado de tentar resolver administrativamente o
presente litígio e ultrajado por ter seu direito desrespeitado,
não restou outra alternativa ao autor senão propor a presente
ação no intuito de ser ressarcido pelos danos sofridos que vem
sofrendo, consoante a base legal, doutrinária e jurisprudencial a
seguir esposada sopesadamente.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Narrativa 2
Trata-se de ação de danos morais c/c rescisão contratual
com pedido de antecipação de tutela proposta por José da Silva,
brasileiro, solteiro, técnico em informática, portador do RG de
nº X SSP/PE, inscrito no CPF-MF sob o nº X, residente e
domiciliado na Rua X, nº X, apto. X, bairro do X, nesta cidade de
Recife – PE, contra X TELECOMUNICAÇÕES S/A.
Conforme o autor, no dia 06 de junho de 2004, tornou-
se cliente dos serviços de telefonia móvel prestados pela ré,
conforme o contrato de prestação de serviço móvel pessoal de nº
XXXXXX, relativo aos números (081) 9987XXXX e (081) 9966XXXX
(doc. 02).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Passado o prazo de carência, no dia 13 de junho de 2005,
segundo o autor, decidiu cancelar o instrumento de contrato, por
estar insatisfeito com o serviço prestado. Acrescentou que
recebeu da ré o protocolo de cancelamento, sob o nº 70811232.
Afirmou que pagou a conta do mês de junho de 2005 (doc. 07) e
devolveu o celular comodato com todos os seus indumentários
(doc. 05).
Na mesma data, houve também entre o autor e a ré a
celebração de dois contratos de comodato, referentes aos
telefones celulares supramencionados, que seriam usados nos
serviços de telefonia (doc. 03 e 04)
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
O autor informou que decidiu cortar o último vínculoque o
prendia à ré: cancelou o contrato referente ao celular de nº
(081) 9966XXXX, no dia 24 de agosto de 2005. Recebeu da ré o
protocolo de nº 51765612. No dia 1º de setembro de 2005, a
empresa ré dirigiu-se à casa do autor para recolher o telefone
que havia sido entregue em comodato (doc. 06).
De acordo com o autor, no final do mês de julho de 2005,
chegou a sua residência a fatura emitida pela ré (doc. 08),
correspondente ao serviço do mês de julho/05. Entrou em
contato com a ré, a fim de esclarecer que não havia mais vínculo
contratual. Afirmou que a ré continuou a enviar-lhe
correspondências em tons ameaçadores, datadas de 14 de
novembro, 28 de outubro e 23 de dezembro todas de 2005 (docs.
13, 14 e 15).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Por fim, acrescentou que, no dia 10 de janeiro de 2006,
chegou à sua residência uma correspondência enviada pelo
SERASA (doc. 21), afirmando que constava nos seus registros, a
pedido da ré, a inclusão do seu nome em seus cadastros de
inadimplentes, em razão de uma dívida de R$ 62,50, de 15 de
agosto de 2005, referente à fatura, que, segundo ele, foi
indevidamente emitida (doc. 08).
O autor revelou que a ré continuou a cobrar pelo serviço,
emitindo faturas até a presente data (docs. 09, 10, 11 e 12) e a
enviar correspondências datadas de 1º, 22 e 29 de novembro; 23
e 26 de dezembro (docs. 16, 17, 18, 19 e 20).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS NARRATIVA VALORADA DOS 
FATOS
É uma narrativa que visa,
apenas, informar os fatos
juridicamente relevantes para a
compreensão da questão
jurídica em análise. É
imparcial. Dessa forma,
observa-se o uso constante da
polifonia. Além disso, é comum
a utilização do futuro do
pretérito.
É uma narrativa marcada pelo
compromisso de expor os fatos
de acordo com a versão da parte
que se representa em juízo. Por
essa razão, recorre a
modalizadores.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
SELEÇÃO DOS FATOS
Os fatos determinam as normas aplicáveis. Devem ser
expostos antes da argumentação que abordará questões
jurídicas.
Postura ética: não registrar informações falsas.
[1] RODRÍGUEZ, Victor Gabriel. Manual de redação forense. 2. ed. São Paulo: Minuzo,
2005.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Seleção dos fatos na narrativa 
simples
Seleção dos fatos na narrativa 
valorada
Registram-se todos os fatos
relevantes para a compreensão do
fato central.
Registram-se os fatos relevantes
para a compreensão do fato central.
Acrescentam-se todos os detalhes
que colaboram para a compreensão
dos fatos relevantes
Acrescentam-se detalhes que
colaboram para a compreensão dos
fatos relevantes.
Importante: A seleção é
imparcial; assim, registram-se
informações relevantes para as duas
partes.
Importante: A seleção é parcial;
assim, registram-se informações
relevantes, apenas, para a parte que
se representa..
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA DOS FATOS
Narrativa simples Segue a cronologia linear, com o 
objetivo de informar os fatos de maneira clara e objetiva.
Narrativa valorada Adota ou não a cronologia linear, 
já que o objetivo é destacar os fatos que favoreçam à parte que 
se representa.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
TEMPO E PESSOA VERBAl
Narrativa simples Narrativa valorada
Tempo
verbal
Pessoa do
discurso
Tempo 
verbal
Pessoa do 
discurso
Pretérito Terceira 
pessoa
Predomínio
do pretérito,
mas também
se utiliza o
presente.
Terceira
pessoa
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
RECURSOS POLIFÔNICOS
TRANSCRIÇÃO LITERAL DISCURSO DIRETO
- DISCURSO INDIRETO- Uso dos verbos de
elocução: afirmar, acrescentar, alegar,
PARÁFRASE dizer, revelar, etc.
- REPRODUÇÃO LIVRE – Uso de expressões re-
-ferentes ao dizer: segundo...; conforme...,
de acordo com... etc.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
MODALIZAÇÃO
MARCAS LINGUÍSTICAS seleção lexical, uso de adjetivos, 
advérbios, palavras denotativas, posição dos termos na oração, 
combinação entre os termos, etc.
MARCAS 
EXTRALINGUÍSTICAS
FALA ESCRITA
ENTONAÇÃO
ALTURA
RITMO
NEGRITO
CAIXA-ALTA
ITÁLICO
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
NARRATIVA CONFORME O TIPO DE PEÇA PROCESSUAL
NARRATIVA SIMPLES: Sentença, Parecer, Acórdão, etc.
NARRATIVA VALORADA: Petição Inicial, Contestação,
Reconvenção, etc.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
NARRATIVA DA PETIÇÃO INICIAL:
Exmo Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de São
Gonçalo
Fulano, brasileiro, solteiro, Juiz de Direito, titular da 6ª Vara
Cível desta Comarca vem, diante de VExª, propor Ação para
cumprimento de obrigação de fazer (com requerimento de
tutela antecipada) e de indenização por danos morais contra
condomínio do WWWWWWe e Maria BBBBBB, com domicílio na
rua XXXX Ingá, Niterói, pelos seguintes motivos:
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Dos fatos. Omissão dos réus.
I – o autor reside no edifício do réu cuja síndica é a ré;
II – em 26-08-03, a cerca de 20h, numa noite chuvosa, o autor
notou infiltrações no teto do segundo andar de seu apartamento.
O autor solicitou, pelo interfone, a presença do zelador. Pelo
empregado que trabalhava na portaria foi dito ao autor que o
zelador não estava porque não mora no Condomínio. O autor
solicitou qualquer outra providência e pelo empregado foi dito
que nada podia fazer até a chegada da síndica ou do porteiro.
Sem outra opção, o autor foi obrigado a pedir auxílio de um
profissional de seu conhecimento que, por sorte e mediante
remuneração, prestou auxílio ao autor.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Após pegarem a chave (com o empregado que estava
trabalhando na portaria) e abrirem o cadeado da porta que dá
para a laje sobre o segundo andar do apartamento do autor, o
profissional e o autor verificaram que o local (pertencente ao
réu) estava alagado pela chuva e que o ralo estava entupido por
uma cueca velha. Retirada esta, a água escoou. Em razão disso,
os móveis do autor ficaram molhados, e o teto de seu
apartamento danificado. Naquela noite o autor, por culpa dos
réus (que não mantiveram limpo o local que ficou alagado e não
prestaram nenhum auxílio ao autor), passou por maus momentos
pois, por cerca de 5 horas, ficou enxugando a água que jorrava
em sua sala, fazendo ligações para pedir ajuda e ouvindo do
empregado, que estava na portaria, que ele nada podia fazer
para resolver o problema.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
. Feita a reclamação, no livro próprio (cópia anexa), o autor foi 
formalmente ignorado pelos réus, embora o zelador tivesse 
comparecido no apartamento do autor e visto os danos;
III - meses antes, aquele mesmo empregado, que trabalhava na 
portaria do réu, interfonou para o apartamento do autor para 
cobrar-lhe o pagamento de sua cota condominial que sequer 
estava vencida;
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
IV – após os episódios acima narrados, o autor notou que o
referido empregado tratava-o (o autor) com intimidade,
chamando-o de “você” e “Fulano”. O autor, então,pediu-lhe
para ser tratado como “senhor”. Por duas vezes, essa solicitação
foi feita pelo interfone e esse empregado, após perguntar
agressivamente “á só isso?”, desligou o aparelho repentinamente
e sem dar atenção ao autor. No dia 14-08-04, num sábado à
tarde, o autor foi na portaria do prédio e pediu o livro de
reclamações ao referido empregado, bem como a presença do
síndico ou do subsíndico. Por ele foi dito que o livro não estava
na portaria, pois a “Dona Maria BBBB” (ré) havia saído e levado o
livro consigo. Pelo empregado também foi dito que o subsíndico
também não estava, mas que o zelador estava presente.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
O autor, diante do zelador, perguntou ao empregado porque a
síndica era chamada de “Dona Maria BBBB” e o autor era por ele
tratado como “você” e “Fulano”, embora, por mais de uma vez,
tenha lhe solicitado o tratamento formal (“senhor”). O
empregado então disse, de maneira agressiva, que não iria
chamar o autor de senhor, muito embora o autor insistisse e
deixasse claro que não consentia com aquela intimidade. Após
uma discussão sobre se o empregado devia, ou não, tratar o
autor como senhor, o empregado virou as costas para o autor e
foi embora para o interior do prédio. Durante a discussão, o
empregado, apesar dos protestos do autor, continuou a tratar o
autor como “você” e “cara”. Ao dar as costas ao autor e se
retirar para o interior do prédio, o empregado ficou dizendo de
modo debochado: “Fala sério, fala sério...”;
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
V – no dia seguinte, o autor escreveu, no livro de reclamações,
uma solicitação para que a síndica (ré) orientasse os
empregados, que trabalhavam no Condomínio, para darem ao
autor (e demais moradores que assim queiram) o tratamento
formal (“senhor”), pois essa deferência não é devida somente a
ela. Sobre essa solicitação, a síndica (a ré) desconversou e
escreveu, no livro, ordem para que os empregados do
Condomínio tomassem ciência da solicitação e se manifestassem
sobre o assunto. Diante da evasiva da ré, o autor reiterou sua
solicitação e até o presente não foi atendido por ela (ver cópia
do livro de reclamações, anexa).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Os réus estão omitindo, dolosamente, o cumprimento de seu 
dever de orientar os empregados do Condomínio a respeitar os 
condôminos, cuja manifestação mínima é o tratamento formal. 
Como consequência, os réus (o réu por intermédio da ré) estão 
incentivando os empregados do Condomínio a desrespeitar o 
autor, o que, como visto, vem ocorrendo;
VI – não é a primeira vez que a ré usa sua condição de síndica do 
Condomínio réu como pretexto para agredir o autor. De outra 
vez, porque o autor propôs uma ação de consignação em 
pagamento contra o Condomínio (onde o autor foi vencedor), a 
ré disse, e fez constar numa ata de assembleia de condomínios, 
que o autor não cumpriu sua palavra e teria decidido fazer, por 
conta própria, um desconto no valor do Condomínio; 
posteriormente, em contestação judicial, a ré, a Administradora 
do Condomínio e sua advogada, puseram-se a chamar o autor de 
juiz que age de má-fé e sem bom senso. 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Por esses motivos, o autor propôs uma ação de indenização por
danos morais contra a ré. Infelizmente (como demonstram essas
novas investidas da ré contra o autor) e apesar daquele evidente
comportamento ilícito da ré causador de dano do autor, este não
obteve êxito e foi vencido no processo de indenização (segue,
em anexo, cópia da inicial do autor e da sentença que julgou
improcedente o seu pedido de indenização, onde o então juiz,
Dr. Edmundo RRRRR, fundamentou sua decisão afirmando, em
evidente excesso de linguagem, que o autor é um “cidadão
comum”, alguém que se recusa a pagar suas contas
condominiais, criador do impasse, envolvido em questiúnculas e
atritos condominiais, proponente de uma “famigerada
consignatória” etc.) E o óbvio vem ocorrendo e continuará
acontecendo enquanto não houver uma decisão judicial que
declare o desacerto do comportamento dos réus (especialmente
da ré) com uma punição didática;
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
VII – em 07-09-04, no período da tarde, no estacionamento do 
réu, o pneu dianteiro esquerdo do carro do autor foi furado na 
lateral (doc. Anexo). O autor registrou o fato no livro do 
condomínio, ressaltando que menos de dois meses antes, no 
estacionamento do condomínio, outro pneu de seu veículo foi 
furado na lateral. 
Dos danos sofridos pelo autor
O autor é condômino do réu e reside naquele local onde espera 
encontrar refúgio para todos os problemas enfrentados em seu 
cotidiano. Por outro lado, diante das constantes agressões que os 
réus insistem em dirigir à pessoa e ao patrimônio do autor, 
impõe-se o registro de que o autor sempre esteve quite com 
todas as suas obrigações condominiais , tanto as de ordem
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
econômica quanto as de cunho pessoal, pois jamais tratou a ré,
outro condômino ou qualquer empregado do Condomínio com
desrespeito, pois vive de maneira discreta, transitando bem
pouco pelas partes comuns do edifício, sequer participando de
reuniões de condôminos com os quais não mantém nenhum
contato, não havendo nenhuma reclamação de quem quer que
seja contra o autor ou sua conduta. Não há nenhuma explicação
lógica para que as agressões dirigidas contra o autor (como
também não havia ao tempo em que a ré ofendeu o autor, por
escrito e oralmente, numa assembleia de condôminos e numa
contestação judicial).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
E o que causa espécie e é até aterrorizante é que os réus usam,
como pretexto para agredir o autor, o fato de este exercer o seu
direito, como a propositura de uma ação judicial, a reclamação
e solicitação de providências, quanto a danos causados pelo
Condomínio ao seu patrimônio (do autor) ou (o que é
extremamente espantoso) o direito de ser chamado de senhor (e
pelos empregados que trabalham no prédio onde o autor reside e
cujos salários são pagos com a sua colaboração. Ou seja, o autor
está pagando para ser insultado!). Assim, o autor está sendo
ofendido em sua dignidade e tranquilidade espiritual.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Ressalte-se que o autor é um Juiz de Direito e, como tal
(assim como Dr. Edmundo RRRR afirmou, sobre si mesmo, num
processo de indenização contra a Credidoor S.A. e no mesmo ano
em que disse que o autor é um “cidadão comum”) é “um homem
público cuja respeitoridade é notória” (cópia anexa). E assim
como foi dito sobre o Dr. Edmundo RRRR, na sentença que julgou
procedente o seu pedido de indenização contra o Credidoor S.A.,
deve-se levar em consideração, para liquidar o dano, “as
condições pessoais do autor, que como homem público, tem sua
honra valorada especialmente em relação aos particulares”
(cópia anexa). Vê-se que, para o Dr. Edmundo RRRR, “cidadão
comum” é expressão que a ele não se aplica (talvez porque era
um magistrado).
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
COMARCA DE NITERÓI - XXXX VARA CÍVEL
Processo n° XXXXXXXXXXX
S E N T E N Ç A
Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada
por FULANO contra o CONDOMÍNIO WWWWW e Maria BBBBB,
alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do
prédioque o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de
“senhor”.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a
procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas
o tratamento de “Doutor”, “senhor”, “Doutora”, “senhora”, sob
pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como
requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a
100 salários mínimos.
Instruem a inicial os documentos de fls. 8/28.
O pedido de tutela antecipada foi indeferido às fls. 33.
Interposto Agravo de Instrumento, foram prestadas as
informações de fls.52.
Às fls. 57 requereu o autor que emanasse ordem judicial
para que os réus se abstenham de fazer referência acerca do
processo, sobrevindo a decisão de fls. 63 que acolheu tal
pretensão.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 6
O condomínio se manifestou às fls. 69/98, e ofertou cópia
do recurso de agravo de instrumento às fls. 100, cujo acórdão
encontra-se às fls.125.
Contestação do condomínio às fls. 146 e da segunda ré às
fls. 247, ambos requerendo a improcedência do pedido inicial.
Seguiu-se a réplica às fls. 275.
Por força de decisão proferida no incidente de exceção de
incompetência, verificou-se a declinação de competência, com
remessa dos autos da Comarca de São Gonçalo para esta
Comarca de Niterói.
Em decorrência do despacho de fls. 303v, as partes
ofertaram seus respectivos memoriais, no aguardo desta
sentença.
É O RELATÓRIO.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 640Tema da Apresentação
Questão
Partindo do raciocínio anteriormente exposto, pede-se a
leitura de cinco versões sobre um fato e, em seguida, a
produção de uma narrativa imparcial. Esse procedimento
auxiliará, posteriormente, na produção dos relatórios jurídicos.
Quem é Jorge?[1]
Relato das pessoas sobre o ocorrido no dia X.
Relato do garçom: Eu conheço Jorge. Todas as noites está
aqui caladão, olhos de conquistador, cigarro e uísque... Não é de
hoje que ele vem seguindo uma lourinha que vem algumas vezes
aqui. Ele olha a moça como quem quer devorá-la viva, mas não
diz nada... Parece ter medo! Ontem, no entanto, saiu atrás
dela, bateu a porta e não pagou a despesa. Esse Jorge é um
“BOA VIDA”, um sabidão. Deve tomar dinheiro das garotas com
aquela cara de anjo...
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Características da narrativa jurídica- Aula 641Tema da Apresentação
Relato da vizinha: Ai! Meu Deus, não sei se telefono à
polícia ou se chamo D. Sofia no plantão. Aconteceu um crime no
apartamento do Jorge. Eu nunca me enganei com esse cara!
Jorge é tarado, um criminoso. Eu vi, ninguém me contou. A
moça deitada, toda nua num sofá, com a cabeça caída, e sob ela
uma poça de sangue. Jorge com uma faca na mão ao me ver
correu atrás de mim e eu apavorada tranquei-me no
apartamento da madame e ele ainda esmurrou a porta. Ele
queria me matar! Deus me livre! Cruzes!
Relato da mãe de Lúcia: Lúcia nunca fez isso... São cinco e
quinze da madrugada e ela não chegou! O que terá acontecido
com minha filha? Lúcia não tem namorado. Sai do escritório, faz
um lanche no barzinho e volta cedo para pintar seus quadros. Às
vezes vai à casa de um coleguinha, mas nunca o faz sem me
avisar. Dormir fora de casa? Não! Nunca dormiu!
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 642Tema da Apresentação
E se o pai dela acorda e sabe que ela não voltou... Lúcia é
uma menina ingênua, gosta de um rapaz, mas não deixa que ele
saiba. Tem medo de demonstrar que simpatiza com o moço e
que ele possa considerá-la frívola. Acha-o simpático, triste, tão
sozinho... Lúcia poderia conseguir um namorado, pois lhe
serviria de companhia, ao menos. Que terá acontecido com
minha filha! Se ela não chegar até as seis horas, terei de tomar
uma providência...
Relato do pai de Jorge: A situação de Jorge me preocupa.
Largou os estudos; vive trancado naquele quarto, não trabalha...
Se eu morrer de uma hora para outra, que será de Jorge? Dou-
lhe tudo, mas não consigo a sua amizade, nem ao menos a sua
companhia... Nunca o vi com namorada e ele encontrasse uma
moça de boa família, poderia normalizar sua vida...
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Características da narrativa jurídica- Aula 643Tema da Apresentação
Depois da morte de sua mãe, Jorge sumiu de casa, apareceu
um dia pedindo-me uma mesada e solicitando-me que deixasse
viver a sua vida...
Paulo, seu irmão, é mais novo, mas está formado, trabalha
numa companhia de mineração onde é o Engenheiro Chefe.
Paulo sempre foi mais estudioso, inteligente; aliás, o melhor
aluno do colégio. Jorge nunca deu para os estudos... Anda,
agora, às voltas com mulheres, bebendo... Vi-o, ontem, com
uma loura... Esse rapaz vai liquidar a sua mocidade e a sua
saúde.
Preciso falar com meu filho!
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Características da narrativa jurídica- Aula 644Tema da Apresentação
Relato do Jorge: Eis, a seguir, como Jorge relata o que
ocorreu no dia X.
Quando mamãe morreu eu tinha 16 anos; Paulo, meu irmão,
14. Fiquei só porque papai sempre gostou mais de Paulo. Paulo é
que sabia tudo, Paulo é que seria o orgulho da família...
A morte de mamãe foi um golpe para mim. Só para mim,
pois papai não necessitava de mamãe: tinha outra companhia.
Paulo foi levado para o Rio, onde estudou Engenharia. Foi
entregue ao tio Celino, homem de recursos e posição. Sempre
gostei de arte. Nunca fui bom aluno, bem sei, mas tinha desde
menino, uma inclinação acentuada para o desenho no colégio.
Mamãe ficou muito satisfeita, mas papai disse-me apenas que
aquilo não significava muita coisa, que eu deveria imitar Paulo
estudando mais...
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Características da narrativa jurídica- Aula 645Tema da Apresentação
Minha vocação era aquela. Resolvi estudar pintura e hoje
tenho um atelier no pequeno apartamento onde moro, que
aluguei com os recursos que meu pai me dá. Dou aulas em casas
de família e ganho para as minhas telas, os meus pincéis, as
minhas tintas e o meu uísque, que não chega a ser um vício, mas
um meio de abafar a solidão.
Conheci há alguns meses uma moça, sei agora que se chama
Lúcia. Apaixonei-me por ela sem nunca haver dito. Queria
consagrar a minha melhor obra a essa moça e martirizei-me com
a ideia de pintar o seu retrato... Pintá-la toda na perfeição de
seu corpo e na beleza de seu rosto...
Ontem à noite não resisti. Ao vê-la sair do bar, onde
habitualmente nos encontramos, corri atrás dela e quase em
desespero, disse-lhe quem era e o que queria. Disse-lhe mais:
que a amava.
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Características da narrativa jurídica- Aula 646Tema da Apresentação
Recebi um sorriso fraterno. Só minha mãe sorria assim para
mim... Parecia que já nos conhecíamos há muito. Lúcia não se
opôs a ideia de acompanhar-me ao apartamento. Disse-me
apenas que era uma moça pobre, que gostava de seus pais e não
queria voltar levando tristezas para eles, nem amargura para sua
vida.
Lúcia mostrou-se confiante. Assim, caminhamos os dois, a
pé, até o meu apartamento.
Lúcia ficou encantada com os meus quadros. E eu, com o seu
talento. Dei-lhe tinta e pincel e ela passou a noite a fabricar
uma tela que eu chamei de “infância”, porque era pura e
ingênua...
Depois Lúcia pousou para mim e eu trabalhei até as cinco
horas da madrugada, diante do melhor modelo, do mais perfeito
modelo que já tive. Pintei-a com amor e ela com amor deixou-se
pintar...
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Características da narrativa jurídica- Aula 647Tema da Apresentação
Lúcia dormiu depois de três horas em que esteve imóvel
diante de mim, deitou-se no sofá, cabelos caídos e dormiu.
Tinha, no entanto, derramadono chão um vidro de guache
vermelho e eu, mesmo cansado, fui remover com uma faca de
limpar telas, a tinta derramada no chão.
Quando Raimundinha, a moça que mora no apartamento ao
lado, passou no corredor, quis falar-lhe para que trouxesse
alguma fruta, leite e ovos. Raimundinha parecia estar apavorada
e correu. Fui atrás dela para explicar-lhe o meu desejo. Ela
trancou-se por dentro, assustada!...
Lúcia acordou às sete horas. Fui levá-la em casa e,
pessoalmente, expliquei a sua mãe o que ocorreu. Lúcia e eu
ficamos noivos e casaremos brevemente. Iremos, juntos,
participar de uma Exposição Nacional de Pintura. Sei que o
retrato de Lúcia vai levantar o primeiro prêmio.
Eu serei feliz com Lúcia...

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