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CCJ0052-WL-D-AMMA-07-Elementos da Narrativa Forense

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TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Aula 7- Elementos da narrativa forense: narrativa a 
serviço da argumentação
a1
Slide 1
a1 alda; 10/03/2012
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Correção da semana 6
-
Segundo Jorge, não gostava de estudar, mas tinha o dom
para a pintura. Sua mãe o estimulava, mas seu pai desvalorizava
a sua opção e considerava que devia seguir o exemplo do irmão
mais novo: formar-se em engenharia. Conforme o pai de Jorge,
seu filho perdia seu tempo com mulheres e bebidas. Não
aprovava a vida que o filho levava.
De acordo com o relato de um garçom do bar que Jorge
frequenta, este ficava longo tempo olhando uma jovem loira,
que demonstrava ter medo dele. Quando a jovem saiu do bar,
Jorge a seguiu e não pagou a conta. O garçom considera-o um
aproveitador espertalhão.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Jorge revelou que seguiu a jovem, apresentou-se a ela e
confessou-lhe o seu amor. Esta o acolheu, concordou em
acompanhá-lo ao seu apartamento. Ele acrescentou que a jovem
demonstrou preocupação em não desagradar seus pais, razão
pela qual não pretendia se demorar. No apartamento, ela pintou
uma tela e pousou para ele. Lúcia adormeceu, derramou guache
vermelho no chão, o qual ele tentou remover com uma faca de
limpar telas. O rapaz disse, ainda, que Raimundinha, sua
vizinha, ao passar pelo corredor se afastou correndo. Ele fora ao
seu encontro para pedir-lhe fruta e leite.
A mãe de Lúcia afirmou que sua filha gostava de um rapaz
simpático, triste e solitário, mas não tinha coragem de revelar
seu amor. Estava preocupada com a demora da filha.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
De acordo com Jorge, Lúcia despertou às sete horas, levou-a
para casa, explicou para a mãe da jovem o que ocorreu. Disse
que ficaram noivos e pretendem participar de uma Exposição
Nacional de Pintura, com o retrato de Lúcia. Acredita que será
feliz com a jovem.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Semana 7
Objetivos
-
-Aprimorar o estudo da narrativa, iniciado no segundo período;
- Identificar os elementos da narrativa forense no caso
concreto;
- Estabelecer relação entre a seleção dos fatos narrados e a 
produção de argumentos.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Estrutura do conteúdo
1. Elementos da narrativa jurídica
1.1. Centralidade
1.2. Características das partes: características moral, social,
psicológica, profissional, religiosa, física, familiar, etc.
1.3. Educação quantitativa e educação qualitativa
1.4. Espaço físico e espaço social
1.5. Tempo cronológico e tempo psicológico
2. Relação entre as informações narradas e a função
argumentativa que desempenham
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
NARRATIVA FORENSE
Imparcial Valorada
Elementos da narrativa forense:
- Centralidade;
- Características das partes: social,
moral, física, psicológica,
profissional, religiosa, familiar, etc.;
- educação quantitativa e qualitativa;
- representatividade social;
- espaço físico e social;
- tempo cronológico e psicológico.
Parecer Petição Inicial
(por exemplo)
Apresentação Pretensão
impessoal dos do autor
fatos
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Leia o caso concreto.
Marcelo e Camila são casados há 10 anos. Em 01 de
novembro de 2008, quando Camila digitava um trabalho da
faculdade no computador utilizado pelo casal, ficou estarrecida:
encontrou uma série de e-mails comprometedores, armazenados
pelo marido, na máquina da família.
Descobriu que, no período de 12 de fevereiro de 2008 a 30
de outubro de 2008, seu marido, usando o apelido “homem
carente de meia idade”, trocava quase diariamente mensagens
de natureza erótica com uma mulher que assinava “cheia de
amor pra dar”.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Ao ler as mensagens, constatou que o marido se declarara
diversas vezes para a internauta, com quem construía fantasias
sexuais e praticava sexo virtual. A situação ficou ainda mais
grave, porque, nessas ocasiões, Marcelo fazia comentários
jocosos sobre o desempenho sexual de Camila e afirmava que ela
seria uma pessoa "fria" na cama.
Por conta de todos esses fatos, Camila se separou de
Marcelo. Cerca de quatro meses após a separação, ajuizou ação
de reparação por danos morais em face do ex-marido, na qual
pediu indenização no valor de 20 mil reais.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Em síntese, alegou na Petição Inicial que: a) o ex-marido
manteve relacionamento com outra mulher na constância do
casamento; b) a traição foi comprovada por meio de e-mails
trocados entre o acusado e sua amante; c) a traição foi
demonstrada pela troca de fantasias eróticas (sexo virtual) entre
os dois; d) precisou passar por tratamento psicológico para
superar a dor que sofria; e) foram violados sua honra subjetiva e
seu direito à privacidade no casamento.
Em sua defesa, o ex-marido alegou a improcedência do
pedido sustentando o seguinte: a) sexo virtual não caracteriza
traição; b) houve invasão de privacidade e violação do sigilo das
correspondências; c) os e-mails devem ser desconsiderados como
prova da infidelidade; d) não difamou a ex-esposa, ao contrário,
ela mesma denegria sua imagem ao mostrar as correspondências
às outras pessoas.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Em entrevista à imprensa, a autora afirmou que não houve
violação de sigilo das correspondências. Para ela, não está
caracterizada a invasão de privacidade porque os e-mails
estavam gravados no computador de uso da família e os cônjuges
compartilhavam a mesma senha de acesso. "Simples arquivos não
estão resguardados pelo sigilo conferido às correspondências",
concluiu.
Digamos que se desejasse defender a seguinte tese:
Marcelo deve indenizar Camila, porque violou sua honra
subjetiva.
Que fatos do caso concreto você selecionaria e de que
forma os usaria para defender sua tese?
Vamos identificar esses fatos, como elementos da
narrativa e que, por conterem essência argumentativa, devam
ser selecionados.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Elementos da narrativa 
jurídica
Informação retirada do 
texto (contextualização 
do real)
Parágrafo 
argumentativo que 
tome por base a 
informação selecionada
Característica moral do 
marido
Marcelo compartilhava
com uma desconhecida
detalhes de sua vida
sexual com a esposa.
Se a traição, por si só,
já causa abalo
psicológico ao cônjuge
traído, a honra
subjetiva da autora foi
muito mais agredida, ao
saber que seu marido,
além de traí-la –
inobservância do dever
conjugal de fidelidade –
violou a confiança da
esposa quando teceu
comentários
difamatórios com sua
amante quanto à sua
vida íntima.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Elementos da narrativa 
jurídica
Informação retirada do 
texto (contextualização 
do real)
Parágrafo 
argumentativo que 
tome por base a 
informação selecionada
Característica física e 
psicológica do marido /
Tempo de 
relacionamento
“
homem carente de meia 
idade”
Casamento de dez anos
Espera-se que, em um
casamento de dez anos,
haja estabilidade e
intimidade suficiente para
que seja expresso, com
sinceridade, o sentimento
de carência vivenciadopor um dos parceiros.
Entretanto, Marcelo
preferiu revelar sua
carência para uma
desconhecida, na busca
de manter uma relação
paralela. Na verdade,
como a maioria dos
homens de “meia idade”,
desejava se afirmar.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Elementos da narrativa 
jurídica
Informação retirada do 
texto (contextualização 
do real)
Parágrafo 
argumentativo que 
tome por base a 
informação selecionada
Característica física e 
psicológica do marido /
Tempo de 
relacionamento
“homem carente de meia 
idade”
Casamento de dez anos
Espera-se que, em um
casamento de dez anos,
haja estabilidade e
intimidade suficiente para
que seja expresso, com
sinceridade, o sentimento
de carência vivenciado
por um dos parceiros.
Entretanto, Marcelo
preferiu revelar sua
carência para uma
desconhecida, na busca
de manter uma relação
paralela. Na verdade,
como a maioria dos
homens de “meia idade”,
desejava se afirmar.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Elementos da narrativa 
jurídica
Informação retirada do 
texto (contextualização 
do real)
Parágrafo 
argumentativo que 
tome por base a 
informação selecionada
Educação qualitativa Camila era estudante 
universitária
Certamente, Camila
entenderia a
instabilidade
emocional pela qual,
segundo Marcelo,
estava passando: afinal
era uma mulher
esclarecida, já que
frequentava o meio
acadêmico, trocando
experiências com
colegas e professores.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Elemento da narrativa 
jurídica
Informação retirada do 
texto (contextualização 
do real)
Parágrafo argumentativo 
que tome por base a 
informação selecionada
Período em que Marcelo
manteve uma relação
extraconjugal
Período de 12 de
fevereiro de 2008 a 30
de outubro de 2008
Ora, Marcelo manteve por
longos oito meses
relacionamento, segundo ele,
virtual com uma mulher que
se denominava “cheia de
amor pra dar”. Não foi,
portanto, um relacionamento
ocasional, mas uma relação
íntima e duradoura. Isso
porque, não a interrompeu
após os primeiros contatos,
muito pelo contrário: optou
por compartilhar, com
frequência de quem está
completamente envolvido,
confidências típicas de uma
relação sem reservas.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Já foram selecionados e contextualizados alguns
elementos da narrativa. Também foram oferecidas sugestões
de parágrafos argumentativos, utilizando-os.
Agora, continue a seleção e produza parágrafos
argumentativos, demonstrando como fazer uso dessas
informações.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Lógica Formal Lógica do Razoável
Raciocínio Dedutivo
Razão
Premissa Maior Lei
Premissa Menor Caso 
concreto
Conclusão Norma extraída 
da reunião das premissas.
Raciocínio Indutivo
Emoção
Ponderação entre premissas que 
contêm conexão lógica.
Princípios
REVISÃO PARA A AV1
AULA 1
Tipos de raciocínio; silogismo: dedução e indução.
AULA 2
Lógica Formal e Lógica do Razoável no discurso jurídico.
.
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Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
AULA 3
Lógica do Razoável e Princípios Gerais do Direito
Valor ético e moral, abrigado no ordenamento
jurídico, espelha a ideologia da sociedade e
incide sobre uma pluralidade de situações.
Determina conduta aplicável a uma hipótese
precisa..
Ponderação, com base em valores advindos 
dos princípios jurídicos
REGRA
PRINCÍPIO
RAZOABILIDADE
RAZOABILIDADE
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
AULA 4
Parecer técnico - jurídico: ementa (1)
AULA 5
Parecer técnico-jurídico: ementa (2)
Elementos do parecer técnico- jurídico:
1 - Ementa: apresentação sucinta, em no máximo oito
linhas, do objeto de consulta. Inicia sempre pelo fato jurídico e
apresenta uma visão panorâmica dos fatos, provas e
circunstâncias analisados e do ponto de vista defendido pelo
parecerista.
2 - Relatório: é a narração da história processual, marcada
pela isenção. Apresenta a narração dos fatos importantes e as
circunstâncias em que estes ocorreram Isso possibilita uma
transição lógica e coerente para a fundamentação.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
3- Fundamentação: argumentação baseada em sustentação
principiológica, legal, doutrinária e jurisprudencial, bem como
em recursos polifônicos (religião, mídia, opinião pública,
família, moral, costumes, etc), técnicas argumentativas e
estratégias discursivas, para buscar o convencimento sobre o
ponto de vista defendido quanto ao assunto da consulta.
4 - Conclusão: fecho do parecer. O parecerista apresenta
uma proposta ou sugestão para a solução do caso concreto
analisado.
5 - Parte Autenticativa: tendo em vista a responsabilidade
civil, o parecer deve ser datado, assinado e apresentar o número
da carteira de identidade profissional (OAB, por exemplo) de
quem o emite.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
EMENTA:
Composição:
Como fazer?
•Escreva-a no alto direito da folha, a partir do meio desta.
•Utilize letra em caixa-alta para o fato central.
•Separe com travessão os itens informados.
•Inicie cada item com letra maiúscula;
•Não use verbo conjugado, não registre o nome próprio das
partes, evite adjetivos.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
O que escrever?
• O fato central.
• Os nexos referenciais.
• O entendimento do parecer.
Exemplo extraído da aula 5
TÉRMINO DO LIMITE CONTRATUAL – Plano de saúde –
Paciente menor – Risco de vida – Recusa obrigacional da
seguradora – Hipossuficiência do consumidor – Cobertura de
doença, sem fundamentação razoável à limitação do
tratamento - Parecer favorável ao cumprimento de todas as
obrigações médico-hospitalares.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
ELEMENTOS DA NARRATIVA FORENSE
O quê? – fato jurídico central ou questão jurídica central
Quem? – as partes devidamente nomeadas e qualificadas: nacionalidade, estado
civil, profissão, residência, etc.
Quando?- localização temporal do momento em que ocorreu o fato jurídico
central
Onde? – localização espacial do fato jurídico
Como? – registro das principais ocorrências da forma como o fato jurídico
aconteceu
Por quê? – registro da(s) razão(ões) que deu(deram) origem ao fato jurídico
Por isso... – registro da(s) consequência(s) advinda(s) do fato jurídico
AULA 6
Características da narrativa jurídica
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
narrativa simples narrativa valorada
A seleção é imparcial; assim,
registram-se informações
relevantes para as duas partes.
A seleção é parcial; assim,
registram-se informações relevantes,
apenas, para a parte que se representa.
Sequência cronológica linear Sequência cronológica linear ou não
linear
Polifonia frequente Polifonia quando necessária
Uso da 3ª pessoa do singular e
verbo no pretérito.
Uso da 3ª pessoa do singular e uso
mais frequente no pretérito, usa-se,
também, o presente;
Sem modalizadores. Uso frequente de modalizadores.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula7
Atividade de revisão:
Extraído de: Jus Vigilantibus - 14/09/2011 (texto
adaptado para esta prova)
TV YYYY deve indenizar mulher que teve número de
celular divulgado em novela
Segundo o processo, em 27 de janeiro de 2003, a
personagem da atriz Lili BBB na novela "Sabor da Pele" escreveu
o que seria o número de seu celular em um muro. Josenilda Maia
Flores, a autora da ação de indenização, afirmou: “usaram o
meu número sem o meu consentimento, passei a receber
inúmeras ligações, a qualquer hora do dia e da noite, de pessoas
desconhecidas que queriam saber se o número realmente existia
e se era da Lili. Sou hipertensa, minha saúde ficou afetada, sofri
transtornos pessoais e profissionais. Ora, uso meu telefone para
trabalhar, já que sou operadora de telemarketing.”
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
O mecânico Fernando Flores, marido de Josenilda disse
“Levei muito susto de madrugada com esse telefone tocando!
Acordava assustado pra ouvir um gaiato pedindo pra falar com a
gostosona da minha mulher.”
Carla Maia Flores, filha do casal revelou: “Minha mãe foi até
internada por dois dias, com pressão alta no Barra Cor. Quando
voltou do hospital nem queria atender telefone. Quando ele
tocava, ela desatava a chorar.”
Em primeiro grau, o dano moral foi reconhecido e a TV YYYY
foi condenada a pagar indenização de R$ 4,8 mil. Ao julgar a
apelação, o Tribunal de Justiça de São Paulo elevou o valor para
50 salários mínimos vigentes na época, equivalentes a R$ 19 mil.
A emissora recorreu ao STJ alegando que a dona da linha teve
mero desconforto que não configuraria dano moral indenizável.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
Material para consulta:
Código Civil
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Considere que lhe tenha sido solicitada a produção de um
Parecer técnico-jurídico sobre o caso concreto.
a) Produza a ementa do parecer.
b) Destaque três informações que registrou na ementa e
componha um parágrafo argumentativo com essas informações.
Utilize um dos artigos destacados.
c) Que princípio poderia ser aplicado ao caso concreto? Por quê?
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
a) Possibilidade de escritura da Ementa:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS – Divulgação do
número do celular de operadora de telemarketing por emissora
de televisão sem consentimento – Ligações constrangedoras em
horários impróprios – Afetada saúde e vida profissional – Pedido
deferido em primeiro grau e em grau superior – Alegação de
mero transtorno --- Recurso ao STJ – Invasão de privacidade –
Inteligência do art. 927 CC – Parecer favorável à autora.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
b)
- Divulgação do número do celular de operadora de 
telemarketing por emissora de televisão sem consentimento.
- Ligações constrangedoras em horários impróprios
- Afetada saúde e vida profissional
Não há dúvida de que, no presente caso, aplica-se o art. 927 do
CC. Isso porque a emissora de televisão cometeu ato ilícito e
provocou danos à autora, uma vez que divulgou o número do
telefone de Josenilda, sem o seu prévio consentimento. Além
disso, com tal ato, causou-lhe danos a sua saúde, em virtude de
ter passado a receber ligações constrangedoras em horários
impróprios. Assim, deve reparar o dano causado.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Elementos da Narrativa Jurídica à serviço da argumentação- Aula 7
c) Poder-se-ia aplicar o Princípio do Consentimento
O Princípio do Consentimento não foi observado, em razão de
Josenilda ter seu número divulgado, em rede de televisão, sem
prévia consulta da emissora se ela concordava ou não com tal
divulgação. Aleatoriamente, foi escolhido e exposto um número
de forma irresponsável, sem a preocupação dos danos que tal
exposição pudesse causar à usuária do número.

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