Buscar

CCJ0052-WL-B-APT-05-TP Redação Jurídica-Respostas Plano de Aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
APT: 
005 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 4 
Data: 
20/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-005/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-05 
 
Esquematicamente, apresentamos as principais orientações para a produção da ementa do Parecer 
técnico-formal. 
 
●- Ocupa a metade direita da página; 
●- Deve utilizar, no máximo, 8 linhas; 
●- Divide-se em três partes: 
- Fato (Relatório - fato gerador do conflito). 
- Nexos de referência (fundamentação). 
- Entendimento (conclusão). 
●- É redigido somente com frases nominais, ou seja, sem verbos; 
●- A ementa do Parecer (ementa simples - sem dispositivo) distingue-se da ementa do Acórdão (ementa 
complexa). 
 
Atente, ainda, para as seguintes características: 
 
●- Redija todo o fato com letras maiúsculas; 
●- Use de 3 a 5 nexos de referência; 
●- Inicie o entendimento por "Parecer favorável a..."; 
●- Separe cada informação por "-". 
 
Questão 1 
 
Leia o relatório, a fundamentação e a conclusão do Parecer do Procurador de Justiça Paulo César Pinheiro 
Carneiro que se apresenta e, de forma compatível com esse conteúdo, redija uma ementa para essa peça. Não 
deixe de respeitar, também, todas as orientações já explanadas. 
Observamos que esta peça encontra-se disponível no capítulo 8 da nova edição do livro-texto desta 
disciplina - Lições de Argumentação Jurídica: da teoria à prática - onde análise acurada da peça foi realizada. 
 
Relatório 
 
1- O agravante constitui-se no único herdeiro, instituído por testamento, de ICC, tomando parte 
do inventário tão somente um bem imóvel, gravado com cláusula de inalienabilidade e 
impenhorabilidade temporária (até que o herdeiro atingisse 50 anos), assim como incomunicabilidade 
vitalícia. 
2- Em sendo, o agravante, portador do vírus da AIDS e estando, já a esta altura, 
comprovadamente em precário estado de saúde, ocasionado pelo reduzido nível de resistência do 
seu sistema imunológico, postulou autorização para venda do bem inventariado, com o fito exclusivo 
de possibilitar a continuidade do seu tratamento. 
3- O órgão julgador de primeiro grau indeferiu a pretensão do agravante, ao argumento de que 
o art. 1676 do Código Civil eiva de nulidade qualquer ato judicial que intente dispensar a cláusula de 
inalienabilidade, conquanto lamentasse a ilustre julgadora, o estado de saúde do herdeiro. 
4- O primeiro membro do órgão do Ministério Público a quo a se pronunciar no feito opinou 
pelo deferimento do pedido formulado pela ora agravante. Já o segundo membro do parquet a 
manifestar-se nos autos, após juízo de retratação, alinhou-se com o entendimento da Julgadora 
monocrática. 
5- Mantida a decisão, sobem os autos a esta Egrégia Câmara para reapreciação da matéria em 
comento. 
É o relatório. 
 
Fundamentação 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
APT: 
005 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 4 
Data: 
20/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-005/WLAJ/DP 
6 - Mais do que analisar, de forma isolada, um dispositivo do Código Civil, importa, para se 
determinar o verdadeiro alcance de uma norma Jurídica, encetar interpretações sistemáticas do texto 
legislativo sob exame. 
7- As interpretações fornecidas pela ilustre julgadora de primeiro grau, membro do Ministério 
Público que oficiou nos autos, pecam por concentrar a análise da questão em um único dispositivo 
legal. 
8- Ao pretender vasculhar os preceitos aplicáveis ao caso concreto, o aplicador do Direito deve 
mais do que se ater à literalidade do texto em análise, atender à procurar a mens legis, situar os 
dispositivos em uma estrutura de significações e, enfim, adequar sua compreensão às novas 
valorações sociais exsurgidas. 
9- Mais que tudo isto, é a própria Lei de Introdução ao Código Civil, no seu artigo 5º, que 
fornece a diretriz a ser aplicada pelo julgador na interpretação da norma legal. 
''Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum". 
10- Em se tratando de sucessão testamentária, impende investigar, precipuamente, a vontade 
do testador, buscando a sua essência, de forma a condicionar a interpretação das disposições 
testamentárias e adequar os preceitos legais incidentes à hipótese. 
11- Neste caso, a testadora; não possuindo herdeiros necessários, nomeou seu sobrinho, o ora 
agravante, então com apenas 13 anos, seu herdeiro universal, gravando os bens imóveis com já 
mencionadas cláusulas. Visava ela, concomitantemente, a beneficiar o herdeiro instituído e protegê-
lo, intentando garantir-lhe teto seguro até idade madura de (50 anos), isolando-o das vicissitudes da 
vida moderna. 
12- Não poderia a testadora imaginar jamais, àquela altura, que este terrível mal chamado 
AIDS iria apossar-se do herdeiro que, certamente com muito carinho, acabara de instituir, relegando-o 
a uma gradual e sofrida morte prematura. 
13- Decerto que a vontade da testadora não se coaduna com a atual situação do agravante: 
este, embora possua o domínio de um bem imóvel, não pode usá-lo e nem fruí-lo, eis que se encontra 
em constante tratamento de saúde, e, pior, não pode empregar o valor do patrimônio transmitido em 
prol da tentativa de prolongar sua existência. Ora, onde está a prevalência da vontade do testador, 
essencial no cumprimento das disposições testamentárias, diante destas circunstâncias "A 
interpretação da norma estaria levando em conta os fins sociais e as exigências do bem comum, a 
que ela se destina". 
14- Nem a doutrina, nem a jurisprudência e nem o legislador permaneceram estancados no 
tempo, logrando a evolução interpretativa adequar o dispositivo contido no art. 1.676 do Código Civil 
às novas facetas da vida, abrandando o seu rigor. 
15- De fato, já em 1944, através do Decreto-lei n° 6777, permitiu-se a alienação de imóveis 
gravados, substituindo-os por outros imóveis ou títulos da dívida pública, permanecendo sobre estes 
os gravames. 
16- Nesta linha, os doutrinadores, assim como os tribunais, passaram a admitir a alienação do 
bem gravado, com autorização judicial, por necessidade ou conveniência manifesta do titular, 
ocorrendo a sub-rogação em outro bem. 
17- No caso em tela, nada impede que o produto poupança à disposição do juízo, utilizando-se 
o seu saldo no custeio do tratamento do agravante. 
18 - Argumenta-se, para sustentar o entendimento contrário, que o bem substituto (valor 
depositado em poupança) iria, pouco a pouco, se esgotando, acabando por exercer o herdeiro poder 
de disposição sobre o imóvel herdado, justamente o que pretendeu vedar a testadora e assegurar o 
preceito do Código Civil. 
19 - O que se verifica, contudo, é que relegar o herdeiro à morte, enquanto o bem recebido 
permanece absolutamente inóxio, pois sequer rende frutos, isto sim significa afrontar a vontade da 
testadora e o próprio alcance teleológico da lei, desfigurando, por completo, o próprio ato de 
liberalidade. 
20- Vale mencionar, neste sentido, trecho de acórdão unânime proferido pela 6ª Câmara Cível 
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no agravo em que foi relator o Desembargador Laerson 
Mauro: 
Se pela imposição das cláusulas de inalienabilidade, incomunicabilidade e impenhorabilidade 
vitalícia sobre bens de herança, da legítima como da disponível, abrangendo não só o principal como 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley SobralDisciplina: 
CCJ0052 
APT: 
005 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 4 
Data: 
20/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-005/WLAJ/DP 
os frutos e rendimentos, a liberalidade perder toda a sua utilidade, chegando mesmo a 
descaracteriza-se jurídica e economicamente, é imperioso que se apliquem tantas regras exegéticas 
quantas caibam na espécie, para evitar-se a inocuidade da deixa, preservando, assim, à herdeira 
algum beneficio em vida. Agravo provido. 
21- Desta forma, deve o único bem inventariado, conquanto gravado com as cláusulas de 
inalienabilidade e incomunicabilidade, ser alienado, conforme requerido, depositando-se o produto da 
venda em caderneta de poupança à disposição do juízo, a fim de que libere gradativamente as 
quantias necessárias ao tratamento de saúde do herdeiro universal, posição esta que se afina com o 
mais atual entendimento doutrinário e jurisprudencial, intentando, ainda, alcançar o verdadeiro fim 
dos dispositivos aplicáveis à espécie (atender à vontade do testador, e, ao mesmo tempo, atender 
aos fins sociais compreendidos no caso em exame), interpretando-os sistematicamente. 
 
Conclusão 
 
Assim, opina o Ministério Público pela reforma da decisão a quo, permitindo-se a alienação do 
bem gravado, atendidas as exigências contidas no item 20 supra. 
 
É o parecer. 
 
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1995. 
 
Paulo Cezar Pinheiro Carneiro 
(Procurador de Justiça) 
 
RESPOSTA: 
 
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO 
PROCESSUAL CIVIL. Testamento – Herdeiro 
universal - Cláusula de inalienabilidade e 
impenhorabilidade temporária - Tratamento, 
problemas de saúde (AIDS) – Vontade do testador - 
Caderneta de poupança - Lei de Introdução ao Código 
Civil, artigo 5º - Decreto-lei n° 6777. Parecer 
favorável ao uso da herança principal, seus frutos e 
rendimentos. 
 
Questão 2 
 
Nominalize as frases verbais que seguem. Mantenha o mesmo conteúdo da frase original. 
 
a) Decidir sobre a “verdade” no direito não é um exclusivo privilégio dos juízes. 
 
RESPOSTA: No direito, não é privilégio exclusivo dos juízes decidir sobre a verdade. 
 
b) O realismo jurídico demonstrou que o direito não depende das palavras do legislador nem dos livros dos 
doutrinadores. 
 
RESPOSTA: O realismo jurídico demonstrou que o direito independe do legislador e dos doutrinadores. 
 
c) Os condenados em processos criminais não podem ser privados das prerrogativas inerentes aos direitos 
humanos. 
 
RESPOSTA: Os Condenados Criminalmente não podem ser privados das prerrogativas inerentes aos direitos 
humanos. 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
APT: 
005 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
4 de 4 
Data: 
20/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-005/WLAJ/DP 
____________________________________ 
 
Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
 
==XXX==

Outros materiais