Artigos Micro e Macroeconomia

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PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO EM EMPRESAS DO RAMO ALIMENTÍCIO [1: Artigo Científico elaborado para disciplina de Introdução à Microeconomia do curso de Especialização em Ciências Contábeis da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.]
Amanda de Souza Borges
Apoliana Vandresen Weber
Éwellyn Souza
Ingrid Ballmann
Silvana Schueroff[2: Acadêmicos do Primeiro Semestre do curso de Ciências Contábeis da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. E-mails: amanda.souzaborges@hotmail.com, poli321@outlook.com, ewellynkd@gmail.com, guiga.srl@gmail.com, silvana.schueroff@gmail.com. ]
Resumo: Este artigo trata-se de uma análise no Processo de Tomada de Decisão em Empresas do Ramo Alimentício, com objetivo de comparar o processo de tomada de decisões das empresas. A pesquisa se classifica como uma pesquisa descritiva com abordagem do problema qualitativa e os procedimentos de coleta de dados bibliotecário e de levantamento. Ao efetuar a pesquisa levamos em consideração os fatores que ocorrem no mercado, sendo elas do setor de agronegócios. Vemos como cada empresa reage diante destes fatores, sendo que uma está há alguns anos no mercado e a outra está a pouco tempo, é possível perceber as diferenciações destas empresas. Após ter sido aplicado o instrumento de pesquisa nas empresas evidenciamos a forma como cada uma toma suas decisões, diante dos conceitos fundamentais que um mercado exige.
Palavras-chave: Microeconomia. Tomada de Decisões. Agronegócio.
1. INTRODUÇÃO
O título do artigo é intitulado como processo de tomada de decisão em empresas do ramo alimentício. Na qual a área de conhecimento abrangente é planejamento econômico. Vemos que as empresas se defrontam diariamente com o processo de concorrência e escassez de recursos. Terá mais possibilidade de sucesso aquelas que adotam mecanismos de gestão e controle no processo de produzir, vender e comprar.
Diante desta realidade fez-se necessário estudar os instrumentos adotados por empresas nestes processos de gestão. Para tanto elegemos como tema o processo de tomada de decisão em empresas do ramo alimentício que atuam no setor de agronegócios, limitando a pesquisa em uma empresa entrante e uma que está alguns anos no mercado.
Deste modo surgiram questionamentos de como estas empresas agem no mercado. Então fizemos o seguinte questionamento. Quais as estratégias de tomada de decisão de uma empresa entrante e uma que está há alguns anos no mercado? Dessa forma compreendemos como cada empresa atua, o que nos levou a desvendar tais questionamentos e entender como essas empresas tomam decisões.
O objetivo geral foi de fazer a comparação das estratégias de tomada de decisão de uma empresa entrante e uma que está há alguns anos no mercado. Identificamos dentre deles alguns objetivos específicos como:
- Elaboração do levantamento bibliográfico sobre o tema relacionando com os conteúdos estudados;
- Apresentação dos instrumentos de estratégias gerenciais.
- Caracterização do setor de agronegócios.
- Instrumento de pesquisa desenvolvido para ser aplicado na (s) população (ões) alvo;
- Aplicação da pesquisa nas empresas;
- Comparação dos dados coletados;
1.1 Metodologia
Essa pesquisa se classifica quanto ao seu objetivo como uma pesquisa descritiva, onde descreve-se as características de determinado fato estabelecido ou também a relação entre as variáveis simultâneas. E quanto à forma de abordagem do problema, qualitativa pois o principal objetivo era o de conhecer as percepções dos sujeitos pesquisados acerca do situação-problema, no qual foi investigado. E já aos procedimentos utilizados para a coleta de dados a pesquisa se classifica em: bibliográfica e de levantamento.
Sendo assim o instrumento de pesquisa elaborado foi um questionário que consta anexo A, visando respostas para tais questões feitas. De modo que cada questão respondida esclareceu como cada empresa cria suas estratégias para a tomada de decisões diante de todos os fatores que cada empresa tem de a defrontar diariamente. 
Dentro deste contexto, os objetivos específicos são o levantamento bibliográfico referente ao tema relacionado que já foram estudados como definição de economia, princípios de Microeconomia, oferta, demanda, entre outros. Ao estudar todos esses temas tivemos um entendido amplificado e desenvolvido, então aplicamos a pesquisa nas empresas com base nos conhecimentos há qual estudamos. Assim, apresentando os instrumentos de estratégias gerenciais com base nos dados coletados de cada empresa, onde a comparação dessas empresas foi essencial para identificar as diferenças como anos no mercado, faturamento, como cada uma cria suas estratégias gerenciais, como elas agem com novos concorrentes que entram no mercado, entre outros. Foi feito a caracterização do setor de agronegócios já que ambas empresas se encontram nele. A apresentação de todos esses pontos foi muito importante, pois foram fundamentais para o entendimento de como uma empresa funciona no mercado a qual esta vinculada.
2. REFERENCIAL TÉORICO
Ao se tratar da Economia, vemos que os recursos são finitos. Então é importante saber administrar esses recursos existentes, para que não ocorra falta deles. Quando estamos dispostos a escolher entre os recursos disponíveis ficamos sujeitos a tomar decisões. Na qual empresas, famílias e governo se deparam cotidianamente em fazer escolhas, ou seja tomar decisões.
A primeira das lições acerca da tomada de decisões se resume no dito popular de que ´Nada é de graça`. Para obter alguma coisa de que desejamos, em geral temos de abrir mão de outra coisa da qual gostamos. Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro (MANKIW, 1999).
De modo geral, a economia pode ser compreendida como método de administração. É uma ciência social que concilia as necessidades existentes com a escassez. Por abranger diversos fatores dentro de uma sociedade, a economia, pode ainda ser divida em dois segmentos; Macroeconomia, onde análises da economia como um todo são realizadas, e a Microeconomia que estuda a tomada de decisão individual de específicas mercadorias. Cabral (2008, p. 08) afirma que:
A Microeconomia é a parte da Ciência Econômica que estuda o comportamento dos agentes individuais, tais como firmas, famílias ou indivíduos, e as relações entre eles. Neste sentido, por exemplo, analisa as atividades operacionais da empresa, em seu ambiente de mercado imediato e suas relações com fornecedores, empregados, consumidores, governo, entre outros. Assim, parece óbvio que, um dos seus principais objetivos é ajudar gerentes no processo de decisão, no planejamento e implementação das estratégias empresariais para aplicação eficiente dos recursos, assim como outros agentes, como clientes, consumidores e órgãos reguladores.
Dentro da análise de uma microeconomia observa-se detalhadamente as condições e comportamento econômico dos grupos sociais, excluindo algumas outras interações com o restante da economia, a fim de manter uma análise concreta e simplificada. A preferência individual de cada família por TVs de 32 a 60 polegadas, e a forma que as empresas decidem produzir televisores de maior ou menor porte é um exemplo de análise microeconômica, pois a partir destes dados, que são as evidências sobre o comportamento econômico, podem ser avaliadas as relações entre o preço e a produção relativa do eletrodoméstico (JÚNIOR, 2011).
Na Macroeconomia as análises são feitas visando a classificação dos elementos em grupos mais completos. O estudo não é feito por elemento e sim, pela subdivisão em que ele se encontra, como por exemplo, o consumo alimentício e aquisição de automóveis e eletrodomésticos. Todos estes, são incluídos na categoria bens de consumo, e a partir desta subdivisão é que serão analisados os fatores de interesse de compra das famílias e as possíveis decisões das empresas para a produção constante destes bens ou então a criação de novas filiais (PINHO, 2011).
As necessidades estão instaladas emtoda parte da sociedade. Envolvendo desde os menores grupos; como as famílias; estendendo-se ao comércio e indústrias. Considera-se como necessidade tudo aquilo que de fato se faz necessário para sobrevivência, sejam elas necessidades biológicas, das quais renovam-se a cada dia ou então demais necessidades como por exemplo recursos de desenvolvimento para a sociedade (CUNHA, 2008).
Dentro do ciclo de necessidade de um grupo social encontra-se a escassez, ou seja, todos os recursos essenciais para a satisfação total de uma população são finitos. Desta forma e imprescindível que haja uma manipulação coordenada dos recursos existentes. Analisando as melhores alternativas de produção a fim de atender ao máximo as necessidades humanas (CUNHA, 2008).
Em meio a todas as linhas de produção e planos econômicos em que há tomada de decisão, sendo necessário fazer escolhas, existe também um custo de oportunidade. O custo de oportunidade é representado pelo sacrifício feito a um bem para que outro possa entrar em processo de produção ou desenvolvimento, e geralmente é expresso em valores relativos. O valor de uma escolha em relação a outra (PAIVA, 2008).
O papel do mercado, dentro de todo o contexto econômico é utilizar dos preços para mediar decisões entre produção e consumo. Pois, mercado, é nada mais do que o ponto de encontro entre a parte que necessita realizar o consumo e a parte que produz/vende. Para Pindyck e Rubinfeld (2010, p. 07):
Em conjunto, compradores e vendedores interagem, originando os mercados. Um mercado é, pois, um grupo de compradores e vendedores que, por meio de suas reais ou potenciais interações, determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos.
O tamanho, táticas e desenvolvimento de um mercado dependem de diversos fatores, tais como: tamanho da sociedade que abrange este mercado, orientações do governo, ramo comercial, tipos de economia; como por exemplo, economia de livre mercado onde os preços são ajustados para conciliar os desejos a escassez resultados pela interação entre consumidores, trabalhadores e empresa ; economia mista em que o setor privado e o governo entram em negociações para resolver problemas econômicos surgidos, já em uma economia centralmente planejada, os preços são fixados pelo governo (PAIVA, 2008).
Uma vez que analisamos os sistemas de mercado nos deparamos com oferta e demanda. O modelo básico da oferta e da demanda é o instrumento-chave da microeconomia. Ele ajuda a compreender porque e como os preços mudam e o que acontece quando o governo intervém em um mercado. O modelo da oferta e da demanda combina dois conceitos importantes: a curva da oferta e a curva da demanda (PINDYCK ; RUBINFELD, 2006).
 A curva da oferta informa-nos a quantidade de mercadoria que os produtores estão dispostos a vender a determinado preço, mantendo-se constantes quaisquer fatores que possam afetar a quantidade ofertada. Ela tem relação entre as quantidades de um bem que os produtores desejam vender e o preço desse bem.
“A curva de oferta é ascendente porque, quanto mais alto for o preço, maior será a capacidade e a disposição das empresas de produzir e vender”. (PINDYCK; RUBINFELD, 2013, pg. 23)
A quantidade ofertada pode depender de outras variáveis além do preço. Por exemplo, a quantidade que os produtores estão dispostos a vender depende não apenas do preço que recebem, mas também dos custos de produção, incluindo-se aí salários, taxa de juros e o custo das matérias-prima (PINDYCK ; RUBINFELD, 2013).
A curva da demanda informa-nos a quantidade que os consumidores desejam comprar à mediada que muda o preço unitário. Ela tem relação entre a quantidade de um bem que os consumidores desejam adquirir e o preço dele.
“ Quanto maior o preço de um bem, menor a quantidade demandada deste, ceteris paribus. De maneira semelhante , quanto menor o preço de um bem, maior a quantidade demandada deste.’’ (O’SULLIVAN; SHEFFRIN; NISHIJIMA, 2004, pg. 37).
 
Pelo lado da demanda de um mercado, os consumidores compram bens das empresas. A principal pergunta a respeito da demanda de mercado consiste em “ Quanto de determinado bem os consumidores estão dispostos a comprar em certo período de tempo?’’. Um consumidor que esteja ‘ disposto a adquirir’ um determinado bem aceita sacrificar uma soma de dinheiro suficiente para comprá-lo. Assim, o consumidor, além de desejar comprar o bem, também deverá estar disposto a sacrificar algo para obtê-lo (O´SULLIVAN ; SHEFFRIN ; NISHIJIMA , 2004).
Quando a quantidade demandada de um bem é igual à quantidade ofertada, temos o chamado equilíbrio de mercado. Quando um mercado atinge o equilíbrio, não existe pressão para mudança de preço (O´SULLIVAN ; SHEFFRIN ; NISHIJIMA , 2004).
Mudanças nos preços de bens relacionados também afetam a demanda. Os bens são substitutos quando um aumento no preço de um deles produz um aumento na quantidade demandada do outro. Por exemplo, o cobre e o alumínio são bens substitutos. Pelo fato de cada um deles poder ser substituído pelo outro em muitos usos industriais, a quantidade demandada de cobre aumentará se o preço do alumínio subir. De igual modo, a carne de boi e a carne de frango são bens substitutos, já que muitos consumidores decidem substituir uma pela outra quando os preços mudam (PINDYCK ; RUBINFELD, 2010).
Os bens são complementares quando um aumento no preço de um deles leva a um decréscimo na quantidade demandada do outro. Por exemplo, automóveis e gasolina são bens complementares. Como tendem a ser usados em conjunto, um decréscimo no preço da gasolina aumenta a quantidade demanda de automóveis. De igual modo, computadores e programas de computadores são bens complementares. O preço dos computadores caiu drasticamente na última década, propiciando um aumento não apenas das compras dos próprios computadores, mas também das compras de pacotes de programas para computadores. Atribuímos o deslocamento para a direita da curva da demanda, a um aumento da renda. No entanto, esse deslocamento poderia ser resultado tanto de um aumento no preço de um bem substituto quanto do decréscimo no preço de um bem complementar. Ou, ainda, poderia ser resultado da alteração de alguma outra variável, tal como o clima. Por exemplo, as curvas da demanda por esquis para neve e pranchas de snowboard se deslocarão para a direita sempre que houver grandes nevascas (PINDYCK ; RUBINFELD, 2010).
Ao abranger todos esses conceitos citados temos uma estrutura base, para saber como uma economia de mercado funciona e quais os processos que uma empresa se depara constantemente no mercado atuante. Vemos então que a empresa é a unidade de produção básica. Contrata trabalho e compra fatores com o fim de fazer e vender bens e serviços.
Onde fornecedores possuem papel de suma importância. Responsável pela entrega de toda a matéria prima utilizada nos processos de produção, estes podem fazer com que as empresas se tornem suas “reféns” e fiquem totalmente dependentes para dar continuidade na produção. Por isso, devem realizar trabalho de forma direta e responsável.
A empresa desde o começo de suas atividades tem de traçar um plano estratégico, definindo assim suas estratégias gerenciais as quais as levem até os seus objetivos desejados. Sendo elas feitas através de situações tanto externas como internas. As empresas têm objetivos de crescer, adquirir um número favorável de consumidores, ter uma boa lucratividade que satisfaça seus ideais traçados, de consequentemente ser melhor que seu concorrente, de ter produtos que enriquecem o nome de sua empresa no mercado e também não só isso, mas como o de ter produtos conhecidos por sua qualidade. Mas para chegar a essas realizações, são estratégias que são realizadas com muita cautela e análises bem elaboradas com base em diversas situações que possam ocorrer na empresa seja interna ou externa.
Vemos que dentro do mercado estão presentes as empresas entrantes e as empresas maduras. Há um constante conflito entre as novas e as antigas empresas, toda nova concorrênciabusca pelo seu espaço dentro do mercado, utilizando de recursos que podem afetar a linha de desenvolvimento das empresas que já estavam presentes no mercado. Alto investimento em marketing, preço mais acessível ao consumidor e ainda o atrativo de “novidade” são métodos que as empresas entrantes utilizam para iniciarem sua trajetória, atravessando as barreiras impostas pelo mercado atual (YUMI MORI TULESKI, 2009). 
Imagem 1 - As forças de Porter.
 
Fonte: CEDET, 2009. Disponível em: http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Marketing/5-forcas-de-porter.html 
Por sua vez, as empresas maduras possuem também vantagens. Consumidores e fornecedores fidelizados são fatores de total importância para manter a empresa erguida no mercado. A inovação, o aumento constante da qualidade dos produtos ofertados e correta estipulação de preço são variáveis que protegem as empresas maduras das empresas entrantes.
Um plano de marketing baseia-se em analisar a empresa, os seus produtos disponibilizados, a qualidade dos produtos, a quantidade demandada destes, ter o conhecimento de quem são os seus clientes neste caso seu público alvo, estudar quem são os seus concorrentes e assim identificar quais métodos eles usam para atrair os clientes, verificar o que as difere e o que as assemelha diante da comparação com uma empresa concorrente. Deve-se estabelecer constantemente uma tabela atualizada mostrando o faturamento, gastos, números de vendas, entre outros. É toda uma análise que procede sem um final definido, pois plano de marketing é algo que está constantemente sendo analisado e modificado para melhorias na empresa. 
Atribuímos que são nas atividades das empresas que os custos ocupam um lugar mais relevante, pois ajudam a selecionar as melhores decisões para se ajustar aos objetivos da empresa. Os custos são os gastos ligados à produção de bens e serviços vendidos durante um período considerado. São devidos aos pagamentos derivados da contratação de mão-de-obra e dos demais fatores de produção. Para tanto os custos totais de produção aumentam à medida que se eleva a quantidade produzida, já que os custos aumentam com o incremento da produção (TROSTER; MOCHÓN, 2002).
Ao formular o preço de um bem ou serviço ao vendê-lo a empresa analisa quanto que foram gastos com as matérias-primas para a produção, os processos que estes tiveram de passar até estarem prontos para a usufruição dos consumidores e também olham quais os preços estipulados pelos concorrentes, visando assim uma maneira de ter uma lucratividade igual ou maior que seu oponente. Pois toda empresa em atividade tem o objetivo principal que consiste em buscar a maximização dos lucros.
Quando falamos sobre custos e lucros que as empresas realizam estamos conscientes que é no caixa que ficam armazenados o dinheiro da empresa. Sendo assim se houver um montante recebido ou um gasto efetuado na empresa serão apresentados no fluxo de caixa, pois é este instrumento que gerencia a entrada e saída dos recursos financeiros da empresa.
A organização dos fatores produtivos terra, trabalho e capital dentro das empresas, assim como a direção de suas atividades, recaem sobre pessoas ou grupos de caráter privado ou público. Na economia, os diversos papéis que desempenham os agentes econômicos, isto é, as famílias ou unidades familiares, as empresas e o setor público, podem ser agrupados em três grandes setores econômicos. Tais como o setor primário: agricultura, pesca e mineração, secundário: indústria e construção e terciário: serviços, comércio, transporte, bancos, etc. (TROSTER; MOCHÓN, 2002).
De todos os setores aquele no qual vamos dar mais ênfase é a agricultura atividade econômica presente no setor primário. Tais produtos da agricultura como os legumes, frutas, verduras e hortaliças, entre diversos outros. Tem de ter uma variedade de auxiliares para que haja um bom plantio até o seu ponto de colheita. Fatores auxiliares são aqueles como um clima propicio para a plantação, prevenção contra as pragas e doenças, minerais suficientes para um bom solo, entre outros fatores que são essenciais para o favorecimento de uma boa colheita. Assim ao final quando levados aos consumidores sejam eles famílias, empresas, mercados, feiras, entre outros. Devem atrair o consumidor não só pelo olhar mas principalmente pelo paladar, assim se o consumidor usufruir daquele produto e o classificar de qualidade vão retornar ao produtor e adquirir mais de seus produtos pela qualidade e saciação que o propiciou. Desta forma um setor de agronegócios tem de a avançar positivamente nos lucros, pelo fato de produzirem produtos de qualidade que atraem os consumidores a comprá-lo. 
O agronegócio é um conjunto de diversas atividades que estão relacionadas à produção e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária. Sendo intendido como um processo que passa por várias etapas, na produção agropecuária tem de a ser utilizados uma série de tecnologias e biotecnologias, tais instrumentos que fazem com que o nível de produtividade da empresa eleve rapidamente. Nem todas empresas tem recursos financeiros suficientes para ter tais melhorais. Mas para ter uma obtenção de maior lucratividade e melhor qualidade de produção esses instrumentos são essenciais.
O agronegócio configura-se como um setor não-sustentável do ponto de vista privado, apesar de ser sustentável do ponto de vista social. Se não houver compensações da sociedade pelas transferências recebidas do agronegócio, o setor fatalmente tenderá à estagnação ou regressão. Essas compensações devem ter o condão de – longe de representar simples perdão de dívidas – proporcionar condições que ao mesmo tempo aproxime o setor da sustentabilidade privada e amplie os benefícios que a sociedade pode auferir do setor (BARROS, 2006).
Tais compensações podem se dar de variadas formas. Uma prioridade é fortalecer os investimentos em ciência e tecnologia agropecuária, educação e saúde rural, pré-condições para que o setor retome ao padrão de crescimento de produtividade (BARROS, 2006).
3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Neste momento do artigo fizemos a apresentação dos dados coletados.
3.1 Caracterização dos Ambientes Pesquisados
Destaca-se que as empresas do ramo alimentício são caracterizadas por estarem no setor de agronegócios e ambas residentes no ambiente rural. Sendo assim identificamos a Cooperativa de Agricultores Santa Rosa estabelecida no município de Santa Rosa de Lima, Santa Catarina. Onde é atuante no mercado há um bom tempo, tendo destaque pelo seus produtos orgânicos como frutas, hortaliças, grãos, mel, cana-de-açúcar, frango. E agora vemos a Hidrorin estabelecida no município de Içara, Santa Catarina. Seu tempo no mercado ainda é relativamente curto, ela oferece ao mercado alfaces hidropônicas, têm como método um cultivo diferenciado onde a qualidade do produto é diretamente relacionada a fornecer ao consumidor um alimento saudável.
3.1.1 Cooperativa de Agricultores Santa Rosa 
A empresa foi fundada em 1996 em Santa Rosa de Lima, sul de Santa Catarina, Brasil. Tudo começou a partir da articulação e envolvimento de algumas famílias na produção de vegetais orgânicos em parceria com uma rede de supermercados de Florianópolis.
Logo outras famílias de agricultores passaram a fazer parte da cooperativa o trabalho se expandiu para outros municípios das Encostas da Serra Geral.
Com a ampliação da produção de matéria-prima também surgiram agroindústrias de pequeno porte. Atualmente são produzidas grande variedade e quantidade de alimentos orgânicos que são comercializados pela na Alimentação Escolar, restaurantes e lojas de todo Brasil.
Procurando obedecer ao princípio da diversidade, as agroindústrias operam com várias atividades. Frutas, hortaliças, grãos, mel, cana-de-açúcar, frango, praticamente tudo que se produz nas propriedades que fazem parte da rede pode ser aproveitado através do processamento.
O processamento dos alimentos é uma solução para as comunidades remotas das Encostas da Serra Geral,agregando valor e permitindo o armazenamento para a comercialização de forma justa.
3.1.2 Hidrorin ME
A empresa Hidrorin, fundada por um grupo familiar em 17 de fevereiro de 2015, oferece ao mercado alfaces hidropônica. A influência para abrir a empresa deriva do fato de residirem em ambiente rural, onde já há um grande número de empreendedores no setor agronômico.
Mesmo estando a pouco tempo no mercado, a empresa é responsável pelo abastecimento da maior parte dos supermercados no município de Içara. O diferencial de cultivo da alface nas espumas fenólicas proporciona ao alimento uma qualidade diferente. Consequentemente a busca do consumidor pelo produto torna-se maior em relação às alfaces cultivadas em solo.
O objetivo da empresa Hidrorin é fazer com quem esteja na mesa do consumidor um produto de alta qualidade, produzido de forma não prejudicial a saúde. Para isso exigem responsabilidade e dedicação dos seus colaboradores, e junto com a tecnologia buscam as direções certas para construir uma história de efeito positivo dentro do mercado.
3.2 Apresentação dos Dados Coletados
Em relação a Cooperativa de Agricultores Santa Rosa temos as seguintes respostas mediante os dados coletados na empresa. Os materiais e produtos necessários no processo de produção, em função do custo ou qualidade são avaliados da seguinte forma, primeiro critério para ser fornecedor é que seus produtos tenham qualidade. No momento da compra é feito cotação para verificar qual tem o melhor preço.
Os fatores que são avaliados para formular o preço do produto são os custos do produto e despesas para venda. E quando a demanda do produto aumenta a empresa busca primeiramente entender o motivo pelo qual aumentou a demanda, verificar se é passageira. Caso não for passageira, aumentar a produção caso tenha os insumos necessários. Caso não tenha os insumos necessários aumentar o preço.
Se o estoque ficou acumulado durante um determinado período, porém, a demanda caiu. Diante dessa situação a empresa age fazendo uma ação promocional, pois ao formular o preço de venda é colocado uma margem para ações.
 A disponibilidade da matéria prima necessária para a fabricação do produto é feita da seguinte forma. É uma produção que é organizada com parceiros ano a ano, projetando crescimento ou diminuição das vendas para o ano seguinte.
A influência do fornecedor no processo de produção é bem relevante pois cada fornecedor tem um prazo para entrega do seu material. Na compra é considerada esse prazo. O atraso pode gerar inúmeros problemas, como até deixar de atender pedidos de clientes por falta de mercadoria devido a falta de alguma matéria prima/embalagem.
 Ao avaliar se a empresa conhece as preferências dos consumidores e se elas influenciam no método de produção. A empresa ressalta que sim elas influenciam. Pois antes de lançar algum determinado produto é feito um estudo de mercado, se tem apelo comercial.
 Ao avaliar se a empresa tem conhecimento das estratégias dos concorrentes, elas afirmam ter poucos concorrentes neste seguimento, então devido a isso conhecem pouco as suas estratégias. 
A lista de fornecedores ou o material da empresa se concentra, em média 2 a 3 fornecedores do mesmo produto. Desta forma a empresa possui em média 50 fornecedores regulares.
Há também a empresa Hidrorin na qual os dados coletados identificam como a empresa lida com tais situações no mercado. Os materiais e produtos necessários no processo de produção, em função do custo ou qualidade são avaliados através dos dois itens, pois é a junção do custo e da qualidade para um processo de produção. É necessário além de um bom custo a qualidade das matérias ou dos produtos.
Os fatores que são avaliados para formular o preço do produto não é somente o valor gasto com o produto ou matéria, mas também a qualidade ao qual o mesmo se encontra quão maior for mais valor ele agrega ao mercado aumentando assim seu custo para o consumidor.
E quando a demanda do produto aumenta a empresa lida de maneira na qual possa lidar com a situação preparado para não ter prejuízo e perca de qualidade, pois prezando acima de tudo a qualidade dos produtos.
 Se o estoque ficou acumulado durante um determinado período, porém, a demanda caiu. A empresa se organizaria para que não sofra nenhum prejuízo com essa situação pois teria que ficar preparado para quando a demanda se equilibre novamente.
 A disponibilidade da matéria prima necessária para a fabricação do produto é disponibilizada de acordo com a demanda do produto, pelo fato do fornecedor residir próximo a empresa, conseguimos ter um controle excelente sobre a matéria prima.
A influência do fornecedor no processo de produção, é muito importante, pois a matéria prima vem diretamente do mesmo, sendo assim é um dos processos mais importantes de toda a produção, pois sem materia prima nao há produto, produção.
Ao avaliar se a empresa conhece as preferências dos consumidores e se elas influenciam no método de produção. Sim, o produto é comercilizado diretamente ao consumidor, ele deve ter uma aparêcia boa, pois na primeira impressão geralmente ganhemos o cliente enchendo os seus olhos, e por segundo mais não menos importante, com a qualidade. Sim influência no método de produçao, pois visamos sempre atender a necessidade de nossos clientes.
Ao analisar se a empresa tem conhecimento das estratégias dos concorrentes. Sim, pois a empresa busca sempre estar melhorando o processo de produção para melhor atender os clientes, sempre se atualizando com o que há de melhor no mercado, reservando força total para o verão, pois nossos concorrentes são obrigados a reduzirem a produção no verão, devido ao clima.
A lista de fornecedores ou o material da empresa se concentra em uma lista muito ampla, na qual são em média 5 fornecedores. 
3.3 Análise e Comparação dos Dados Coletados
Nas duas empresas, a aquisição de materiais e produtos necessários para o processo de produção é dada pela avaliação parcial dos dois itens, custo e qualidade. Buscam inserir na produção os melhores produtos, que tenham um baixo custo. Fazendo com que o produto fabricado seja de qualidade, com baixo custo de produção, assim chegando ao consumidor em um preço moderado.
Em relação a formulação de preço, as empresas consideram o valor do custo para produzir o produto e inserem um lucro em cima do valor gasto. Além disso, o número de demanda também é um fator de extrema importância na variação do preço.
A empresa Hidrorin, por ser entrante no mercado possui menos condições de um acréscimo imediato no estoque para produzir mais conforme a demanda aumenta, e por este motivo utiliza o que há em reserva para atender a demanda de mercado. Já a empresa Cooperativa de Agricultores Santa Rosa, primeiramente analisa o tipo da demanda, se ela é passageira ou não. Se for uma demanda contínua, aumenta o número de produção, contando que tenha os insumos necessários em estoque. No caso de não haver os insumos, uma pequena compra é realizada, ou então o preço de venda do produto é elevado.
Diante desta situação a empresa entrante tem como posição esperar reação do mercado até que a demanda atinja equilíbrio novamente. Já a empresa atuante a mais tempo no mercado tem como posição realizar uma ação promocional do produto.
 No ramo de agronegócios a disponibilidade de matéria prima para a produção e cultivo dos produtos agrícolas é abundante. Há um excelente controle entre necessidade e disponibilidade do material. As condições que podem implicar no mau desenvolvimento do processo de produção podem se dar muitas vezes, apenas por condições geográficas.
Neste ramo o fornecedor influencia diretamente no processo de produção, a falta dos produtos fornecidos atrasa a produção e pode causar sérios prejuízos. Fertilizantes e embalagens são exemplos reais de produtos que jamais podem deixar de estar presente no estoque da empresa.
As preferências do consumidor são de conhecimento da empresa e influenciamdiretamente no método de produção, pois por se tratar de produtos do ramo alimentício os produtos precisam apresentar ótima aparência, além de qualidade. Antes de um novo produto ser lançado/cultivado, um estudo de mercado é realizado, reconhecendo as preferências dos consumidores.
Na microempresa Hidrorin, as estratégias dos concorrentes são de conhecimento da empresa e ainda possuem um diferencial, pois, por se tratar de uma empresa que cultiva alfaces no modelo hidropônico, nas estações mais quentes possuem vantagem sobre aqueles que cultivam no modelo tradicional, no solo. Que devido ao calor e outras condições climáticas perdem constantemente boa parte da produção. Já a empresa Cooperativa de Agricultores Santa Rosa, possui poucos concorrentes no ramo e desconhece as estratégias utilizadas por eles.
Na empresa entrante Hidrorin entrevistada a lista de fornecedores se concentra em apenas 5. Que atendem a necessidade de todo o material necessário no processo de produção. Já na empresa que atua a mais tempo no mercado Cooperativa de Agricultores Santa Rosa a lista estende-se para 2 a 3 fornecedores de um mesmo produto em média, mas por possuírem diversos produtos no mercado sua lista regular estende-se por 50 fornecedores.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste artigo vemos que a comparação feita nas empresas sendo elas uma estabelecida há pouco tempo e outra já há alguns no mercado, foi possível identificar no instrumento de pesquisa aplicado nas empresas que elas se diferem em relação ao aumento de demanda, número de fornecedores, diminuição da demanda e conhecimentos dos concorrentes. Vemos que a empresa Cooperativa de Agricultores Santa Rosa, por estarem a um bom tempo no mercado tem maior estabilidade que a empresa Hidrorin.
O levantamento bibliográfico sobre o tema estudados foram de total ajuda e compreensão para o desenvolvimento deste artigo, tais conceitos básicos como de microeconomia, oferta, demanda, tomada de decisões, estratégias gerenciais, fornecedores, empresa, setor de agronegócios, entre outros. Que fizeram com que o nosso conhecimento fosse muito ampliado. Com isso conseguimos elaborar e apresentar os instrumentos gerenciais de cada empresa, mostrando as formas de como cada empresa toma decisões e o que as influenciam e avaliam para tal decisão.
A caracterização do setor de agronegócios foi essencial pois ambos se encontram em âmbito rural e produzem alimentos agrícolas, sendo que a Cooperativa de Agricultores de Santa Rosa processa alguns de seus produtos para chegar até o consumidor, já a empresa Hidrorin não processa seus alimentos pois o seu negócio é focado ao cultivo de alfaces hidropônicas. O agronegócio é constituído por diversas atividades relacionadas à produção e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária. E para ter um crescimento de produtividade elevado, deve-se fazer investimentos na ciência e tecnologia agropecuária.
O instrumento de pesquisa foi desenvolvido com finalidade à população alvo, na qual destacamos as empresas. Estas nas quais mencionamos no artigo, detalhando como cada uma toma decisões e cria suas estratégias para melhor lucratividade e produtividade, diante de cada fato questionado conforme nos instrumentos de pesquisa.
Ao aplicar a pesquisa nas empresas, destacamos em nosso instrumento de pesquisa fatos cotidianos que uma empresa tem de se a defrontar diariamente no mercado. Tais fatos que englobam demanda, fornecedores, consumidores, concorrentes, estratégias de cada empresa, entre outros. Ao comparar os dados coletados vemos que entre as empresas à diferenças bem notáveis. Principalmente pelo tempo de cada uma no mercado. Isso faz com que à empresa estabelecida há mais tempo tenha mais estabilidade e segurança diante dos fatores que o mercado proporciona em vista a outra empresa com um tempo relativamente curto. 
Agradecimentos
Nossos singelos agradecimentos a nossa professora Vera Lucia Ochs Schneider, também ao monitor Murilo Medeiros, que fizeram com que nossas dúvidas e questionamentos ao longo deste artigo fossem concluídos de maneira satisfatória e suplente. Juntamente mencionamos que as consultas na biblioteca universitária e também ao acervo bibliotecário virtual foram de grande ajuda e auxílio ao desenvolver este artigo. Assim como os gestores das empresas analisadas que contribuíram para conclusão da pesquisa.
DECISION-MAKING PROCESS IN FOOD COMPANIES
Abstract: This article discusses an analysis in the decision-making process in Food companies, aiming to compare the decision-making process of the companies. The research qualifies as a descriptive research with qualitative approach to problem and data collection procedures librarian and lifting. To conduct the research we take into consideration the factors that occur in the market, the agribusiness sector. We see how each company reacts on these factors, one is a few years in the market and the other is a short time, it is possible to perceive the differentiations of these companies. After it has been applied to the research tool in enterprises showed how each takes its decisions on the fundamental concepts that a market requires. 
Keywords: Microeconomics. Decision-making. Agribusiness.
 
REFERÊNCIAS
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Anexos
Anexo A – Instrumento de Pesquisa 
Este instrumento de pesquisa foi aplicado aos gestores na empresa Cooperativa de Agricultores Santa Rosa, como também na empresa Hidrorin.
1) Em relação aos materiais e produtos necessários no processo de produção, eles são adquiridos através da avaliação de custo ou qualidade? 
 2) Quais os fatores que são avaliados para formular o preço do produto? 
 3) de que maneira você lida quando a demanda do produto aumenta? 
 4) Durante um determinado tempo o estoque ficou acumulado, porém, a demanda caiu. Como você agiria diante dessa situação ? 
 5) Qual a disponibilidade da matéria prima necessária para a fabricação do produto? 
 6) Qual a influência do fornecedor no processo de produção? 
7) Você conhece as preferências dos consumidores ? E elas influenciam no método de produção? 
 8) Você tem conhecimento das estratégias dos concorrentes ? 
 9) É ampla a lista de fornecedores ou o material da empresa se concentra em apenas um ?