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Estudo Dirigido Ciência Política resolvido! Prof.: Fernanda Brasileiro

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ESTUDO DIRIGIDO
Disserte acerca da disciplina Teoria Geral do Estado atendendo ao que se pede:
Conceito: Segundo Filomeno, a Teoria Geral do Estado “é a ciência que, tendo por objeto a sociedade política, analisa-a nos aspectos sociológicos, político e jurídico, com vistas a explicar sua origem, estrutura, evolução, fundamentos e fins”. Sob o aspecto sociológico, trata-se da origem e da evolução do Estado; Sob o aspecto político, busca explicar as razões para a existência do Estado e sob o aspecto jurídico, entende o Estado como ente detentor da produção de normas que são importantes para manter a ordem da sociedade e garantir a existência da própria sociedade política.
Objeto de estudo: A Teoria Geral do Estado tem como objeto de estudo o Estado em sua totalidade. Dessa maneira, como afirma Filomeno, dizendo de maneira ampla, trata-se do estudo do Estado em todos os seus aspectos, tais como a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades, compreendendo-se no seu âmbito tudo o que se considere existindo no Estado e influindo sobre ele.
Interdisciplinariedade: A Teoria Geral do Estado não é analisada isoladamente, pois se interrelaciona com outras áreas do saber, tais como a Sociologia, Política, História, Filosofia e Direito. 
Motivo pelo qual é uma disciplina introdutória nos cursos de Direito: Ela é uma disciplina introdutória nos cursos de Direito por ser uma disciplina propedêutica, ou seja, preparatória, pois contribui com a formação de raciocínio Jurídico, nos possibilitando pensar o Direito em todos os seus aspectos, não o reduzindo tão somente à questão puramente normativa.
Importância desta disciplina para o curso de Direito: É uma matéria imprescindível, pois trata-se de uma disciplina preparatória que permite a construção de raciocínio jurídico, o que possibilita uma base maior nas argumentações, além de uma maior compreensão acerca de outras disciplinas, tais como o Direito Constitucional, Administrativo, Internacional e Tributário.
f) Relação entre a Teoria Geral do Estado, a Sociologia e a Política: A relação entre a Teoria Geral do Estado, a Sociologia e a Política é que todas essas disciplinas nos remetem à sociedade. Dessa forma, em cada disciplina supracitada, é necessário compreender o contexto em que a sociedade está inserida, bem como a sua organização, sua evolução, fundamentos e finalidade. Além disso, a sociedade é o primeiro aspecto a ser estudado acerca do Estado, este sendo de interesse central para a política por ser ele um produtor de decisões capaz de empreender exercício do poder. 
g) Disciplina nova que estuda assunto velho: É uma ciência nova, pois ela se tornou autônoma a partir de 1994, sendo introduzida juntamente com a Ciência Política. Estuda assuntos antigos ao explorar a evolução histórica do Estado e a origem da sociedade desde os primórdios.
h) Época que esta disciplina passou a gozar de autonomia: Essa disciplina passou a ser autônoma na grade curricular dos cursos de Direito em Dezembro de 1994.
i) Teoria Geral do Estado x Ciência Política:
TGE: Preocupa-se com o fenômeno político por excelência, ou seja, com o Estado quanto a sua origem, razões e existência de normatização com a finalidade de alcançar o bem comum e garantir a própria existência do Estado.
Ciência Política: Preocupa-se com os aspectos práticos do exercício do poder, em outras palavras, preocupa-se com os mecanismos de exercício do governo.
Disserte acerca da sociedade atendendo ao que se pede:
Motivo pelo qual a sociedade é o primeiro tema a ser estudado na disciplina Ciência Política: O Estado é uma espécie de Sociedade. Então, para que haja compreensão, se faz necessário estudar e entender a sociedade primeiramente. Através da evolução da sociedade, origina-se o Estado, que é uma sociedade política por excelência, estabelecendo não só laços culturais, mas também vínculos jurídicos e políticos. 
b) As razões para o homem viver em sociedade: Segundo Aristóteles o homem é naturalmente um animal político, o que faz dele um ser sociável. Para ele o homem isolado ou é um bruto ou é um deus, tornando a análise clara, evidenciando que o homem necessita viver em comunidade, estabelecendo laços. Desde a antiguidade, o homem é observado em grupos por necessidade biológica. Com o transcorrer do tempo, o homem procurou manter a associação com outros homens, como forma normal de vida, constituindo grupos familiares, ligados por traços culturais. 
c) Conceito de sociedade de acordo com Giorgio Del Vecchio: Giorgio afirma que a sociedade é um “complexo de relações pelo qual vários indivíduos vivem e operam conjuntamente, de modo a formarem uma nova e superior unidade”. Este conceito está intimamente ligado a vínculos, ou seja, os interesses mais ou menos definidos de cada indivíduo que está disposto a viver em grupo. Então os indivíduos reunidos em um show não se caracterizam como sociedade porque não estão trabalhando para um bem comum, não possuindo nenhum compromisso. 
d) Elementos do conceito de sociedade: Relações, Vivem e operam conjuntamente, Nova e superior unidade.
e) Comentar os elementos do conceito de sociedade: Relações: para que haja relações na sociedade, é preciso que um conjunto de regras de conduta garantam a manutenção dessa sociedade. Assim, é caracterizado vínculos jurídicos, estabelecendo direitos e obrigações. A falta de regras pode gerar o caos e ausência de ordem.
Vivem e operam conjuntamente: não há apenas uma colaboração mecânica, mas uma contribuição consciente, ou seja, os indivíduos pertencentes a uma sociedade devem agir com a finalidade de manter a paz e harmonia social. E isto é chamado de affectio societatis, no sentido de que cada membro se sente ligado a ela e aos demais membros da sociedade.
Nova e superior unidade: com a junção dos esforços dos indivíduos para um bem comum, nasce um novo ente, dotado de personalidade jurídica própria e existência superior e independente aos indivíduos. Visando a sobrevivência da sociedade, os interesses sociais prevalecem sobre os individuais, estabelecendo regras gerais. Caso isso não acontecesse, cada indivíduo faria o que lhe interessasse melhor, gerando um caos. Portanto a superioridade tem a finalidade de garantir a ordem a paz social. Essa superioridade não é absoluta, pois frustraria sua finalidade. Assim ela possui uma limitação social.
f) Teoria Orgânica e mecânica que explicam o que se entende por sociedade: Teoria orgânica: a sociedade é vista como um corpo, cujo cada órgão tem um papel específico a ser realizado em prol de um todo. Através desse conceito, a individualidade seria esmagada pela exclusividade de que todos os indivíduos teriam que trabalhar unicamente para o bem comum. Um exemplo desse funcionamento é a sociedade totalitária, que reduz o indivíduo ao Estado. 
Teoria Mecânica: junção de indivíduos que não interagem entre si, vivendo com autonomia e liberdade. Nesse caso, as ações individuais gerariam um caos pela falta de ordem, sem a proteção dos vínculos jurídicos, não regulando os comportamentos dos membros da sociedade. 
g) Teoria Teleológica e profana que explicam o que se entende por sociedade: Teoria teológica: afirma que homem teria sido criado por um ser superior, sendo a causa eficiente e instrumental do homem e da sociedade seriam o ente superior e os seus mecanismos de criação do homem, ou seja, depois de Adão, Eva foi criada justamente para que o homem não ficasse só. 
Teoria profana: a sociedade não teria sua origem de forma natural. Mesmo o homem sendo essencialmente livre, ele necessita da vida social para a sua sobrevivência. Através de sua própria vontade, o homem abre mão de sua liberdade para estar submetido a regras de um grupo social.
h) Elementos formais das sociedades: São as normas jurídicas e o poder. Além dessas regras, é necessário que firme um contrato a fim de promover o desenvolvimento de forma pacífica e harmoniosa. Assim, através das normas constitutivas, nasce um novo ente. Ao lado dessas normas, estarão sempre as normas comportamentais,responsáveis pela manutenção da ordem social. Para que se tenha total eficácia, é necessário que essas normas tenham seu devido cumprimento garantidas através do poder. Isto é, nada adiantaria as normas comportamentais e constitutivas se não houvesse o poder. “Onde há sociedade, deve haver necessariamente o direito, mais o poder”. Havendo falha no poder, as normas constitutivas e comportamentais existem, mas não para serem cumpridas, beirando o caos social.
i) Elementos finais ou finalístico das sociedades: Toda sociedade política possui uma finalidade, dependendo do objeto visado pelos indivíduos. Bem comum significa que a sociedade deve buscar condições que permitam a cada homem e a cada grupo social a consecução de seus respectivos fins particulares.
Disserte acerca do Estado atendendo ao que se pede: 
a) conceito: Sociedade necessária em que se observa o exercício de um governo dotado de soberania a exercer seu poder sobre uma população, num determinado território. É uma sociedade política por excelência.
b) Estado e nação: Geralmente há confusão em relação a estado e nação. Estado entende-se a unidade administrativa de um território. Não existe Estado sem território. O Estado é formado pelo conjunto de instituições públicas que representam, organizam e atendem os anseios da população que habita o seu território. Já Nação tem seu conceito ligado à identidade, à cultura e aos aspectos históricos. É uma organização de uma sociedade que partilha dos mesmos costumes, características, idioma, cultura. Dessa forma nação não possui território.
c) teorias acerca do momento de surgimento do Estado: 1° teoria: entende-se que desde que o homem vive sobre a Terra, encontra-se vinculado com outras pessoas capazes de estabelecer autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo. O Estado seria um elemento essencial na organização social humana. 2° teoria: o homem viveu certo período sem a existência do Estado. Para atender às necessidades, o Estado foi formado de acordo com as condições concretas de cada lugar. 3° teoria: admite como Estado a sociedade política dotada de certas características bem definidas. O termo Estado, segundo Schmidt, é um conceito histórico concreto que surge com a prática e ideia de soberania. Já para Pallieri o Estado surgiu através do Tratado de Westfália em 1648, estabelecendo a organização do Estado.
d) quando e por qual motivo surge efetivamente o Estado: O Estado teria sua origem efetiva através do Tratado de Westfália em 1648, limitando os territórios resultantes das guerras religiosas. Muitos autores consideram que esse tratado separou o Estado Medieval e o Estado Moderno, pois é a partir dele que se dá o inicio do sistema moderno do Estado Nação, reconhecendo pela primeira vez a soberania de cada Estado envolvido. 
e) teorias acerca das razões do surgimento do Estado: Teoria Naturalista: o Estado se formou naturalmente, não por meio de um ato voluntário. Pode ser de Origem familiar ou patriarcal (cada família primitiva se ampliou e deu origem a um Estado), Origem em atos de força, violência ou conquistas (o Estado teria surgido da dominação de um grupo fraco por um grupo forte, havendo a conjunção de dominantes e dominados), Origem em causas econômicas ou patrimoniais (o Estado teria surgido para se aproveitarem os benefícios da divisão do trabalho, integrando-se diferentes atividades profissionais. Destacam-se Engels e Marx, sendo o Estado um instrumento para a exploração) e Origem no desenvolvimento interno da sociedade (o Estado é um germe em todas as sociedades humanas, as quais, todavia, prescindem dele enquanto se mantêm simples e pouco desenvolvidas.). 
Teoria Contratualista: o Estado teve sua origem da vontade alguns homens ou de todos homens através do contrato social. Hobbes acreditava que o homem é mau e está sempre em competição com o outro. Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas para que o estado de guerra seja controlado, garantindo a preservação da vida das pessoas. Locke diz que os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. Rousseau considera que o homem é essencialmente bom, porém, a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana do povo. O governante nada mais é do que o representante do povo. Rousseau defende que o Estado se origina da renúncia individual de sua vontade para garantir a realização da vontade geral.
f) forma de criação do Estado: Estado originário: a formação é inteiramente nova, nasce diretamente da população e do país, sem derivar de outro Estado preexistente. Atualmente essa formação é pouco provável. Estado Derivado: é o processo mais comum atualmente, ocorrendo a partir de Estados preexistentes. Através da formação derivada, surgem duas outras: Fracionamento – quando uma parte do território do Estado se desmembra e passa a constituir um novo Estado. Ocorre, também, quando um a parte do território integrado se separa efetivamente. Ex.: Portugal e Brasil. União de Estados – quando há a adoção de uma Constituição comum, desaparecendo os Estados preexistentes que aderiram à União.
g) evolução histórica do Estado: Estado Antigo, também chamado de oriental e teocrático. São os grandes impérios da antiguidade. Suas principais características são: natureza unitária (família, religião, Estado englobados, sem consideração do indivíduo); religiosidade (o poder deriva da divindade, sendo o governante considerado um deus ou representante); despotismo (poder monárquico exercido de forma autoritária). Estado Grego caracterizado pela cidade-Estado (pólis), que era a reunião dos cidadãos, sem preocupação territorial. Características: autarquia (governo e leis próprios); auto-suficiência; liberdade política; ausência da noção de direitos individuais , porque o cidadão só existia como parte do Estado. Estado Romano - cidade-Estado (civitas), da união de várias gens (grandes famílias). Havia limites ao poder do Estado, pois o poder do pater familias era absoluta. Estado Medieval - estabeleceu-se o sistema feudal, pelo qual se criavam laços rígidos e hierarquizados entre as pessoas. O cristianismo exerce grande influência. Não havia Estado propriamente dito, mas uma pluralidade e uma sobreposição de centros de poder e ordens jurídicas, que traziam insegurança. Estado Moderno - surge a burguesia. Por diversos meios os reis vão unificando a nação e afirmando o seu poder exclusivo sobre um território definido e o respectivo povo, prevalecendo sobre a Igreja, o Império, os senhores feudais e as cidades. O direito é unificado e são criados órgãos de administração Possui características de soberania e territorialidade, oficializado na Paz de Westfália.
h) elementos do Estado: Território (delimitação do poder dentro de um determinado espaço, assegurando a eficácia do poder e ordem), Povo (conjunto de indivíduos que possuem direitos e deveres dentro e fora do território) e Soberania (poder soberano do Estado, sendo incontrastável e incontestável).
Disserte acerca do elemento território do Estado atendendo ao que se pede: 
a) conceito: 1º- Segundo Hans Kelsen, território é o âmbito espacial de validade da ordem jurídica de um Estado, com exclusão do poder de qualquer outro, dentro do qual está fixado o povo. 2º- O território é a base física ou geográfica de um determinado Estado, seu elemento constitutivo, base delimitada de autoridade, instrumento de poder com vistas a dirigir o grupo social, com tal delimitação que se pôde assegurar a eficácia do poder e a estabilidade da ordem.
b) partes componentes do território: Solo, subsolo, espaço aéreo, mar territorial, embaixadas, navios e aviões militares.
c) questões sensíveis acerca do assunto território: a) Extensão do território sobre o mar – Mar territorial: Os limites eram definidos pelo critério do alcance do tiro do canhão (critério de segurança), sendo fixados em 3 milhas.Porém, esse limite foi recusado por vários Estados, estabelecendo através de tratados ou por atos unilaterais outras medidas, que possibilitariam um limite maior. Com isso, houve uma intensa exploração do mar e dos territórios submersos, o que tornou mais agudos os conflitos. Os motivos de segurança passaram a ser segundo plano, uma vez que os modernos armamentos podem até lançar projeteis de um continente para outro, tendo como primeiro plano os motivos econômicos, que invocaram ainda razões de ordem fiscal, sanitária ou de proteção à fauna marítima. Foi neste ambiente que surgiu a fixação do mar territorial em 200 milhas, limite adotado por vários países, inclusive o Brasil. Como não há um órgão internacional delimitador, o estabelecimento da extensão do mar territorial tem sido feito por tratados ou por atos unilaterais dos Estados, consagrados pelos costumes. b) Soberania sobre o espaço aéreo: Problema em fixar um limite. Com a intensa utilização das naves aéreas, foi sentida a necessidade do estabelecimento de regras para utilização do espaço aéreo. Considerou-se indispensável assegurar a passagem inocente das aeronaves sobre o território de qualquer Estado, permitindo-se ao Estado cujo território é sobrevoado ter notícia prévia da passagem e exercer controle no resguardo de seus interesses. 
5- Disserte acerca do elemento povo do Estado atendendo ao que se pede: 
a) conceito de povo: Cidadãos que possuem direitos e deveres dentro e fora do território, possuindo um vínculo jurídico com o Estado.
b) conceito de população: Expressão numérica, demográfica ou econômica abrangendo um conjunto de pessoas que vivem num Estado mesmo que temporariamente.
c) diferença entre população, povo e nação: População é um conjunto de todos os habitantes de um território que com ele mantenham ou não vínculos políticos, além dos vínculos necessários a caracterização do Estado. Povo seria uma acepção jurídica, um conjunto de cidadãos que pode votar e ser votado. O povo representa a parcela esta que se vincula por laços políticos e não só jurídicos como quanto aos indivíduos da população. A diferença entre Povo e População é relevante porque ao Povo é conferida a titulação de cidadania, de nacionalidade, em que há a liberdade de participação política nas obrigações do Estado. O que se percebe é que os habitantes de um Estado, componentes de sua população podem ser estrangeiros ou apátridas, enquanto que o cidadão tem a nacionalidade que o Estado lhe confere e deve ser considerado como membro do povo em questão.  Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns. Enquanto o Povo é uma entidade política e jurídica, Nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. 
d) cidadania: O povo é o conjunto de cidadãos do Estado, adquirindo a participação da formação da vontade dele. Caso o indivíduo deixe de atender aos requisitos mínimos para a preservação da cidadania, ele pode perdê-la, sendo excluído. 
e) nacionalidade: Nacionalidade é o vínculo jurídico de uma pessoa com o Estado. Faz referência à nação. A nacionalidade é adquirida pelo nascimento (o nascimento determina que o filho é natural do respectivo Estado) ou pela naturalização voluntária (vínculo de nacionalidade que se define pela ligação ao solo de nascimento). Já a naturalização é uma nacionalidade derivada, o ato pelo qual alguém adquire a nacionalidade em um país diferente da sua origem. A Nacionalidade pressupõe que o indivíduo goze de determinados direitos no Estado que integra, como, por exemplo, residir, votar e ser votado, não ser expulso e ser protegido pelo Estado. Da mesma forma que lhe garante os direitos, ela também determina alguns deveres.
f) quem é detentor da cidadania: o povo ou a população? Todos os que integram o Estado através da vinculação jurídica permanente adquirem a condição de cidadão, ou seja, só o povo, pois este participa da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano.
g) somente é povo aquele que mora no território brasileiro? Não, pois os brasileiros que residem fora do território do Brasil continuam fazendo parte do povo, pois detém o poder de direitos e deveres, sendo cidadãos submetidos à soberania brasileira. 
6- Disserte acerca da soberania atendendo ao que se pede: 
a) conceito: “Soberania é o poder incontrastável de querer coercitivamente e de fixar as competências. De acordo com este conceito, o poder soberano não se preocupa em ser legítimo ou jurídico, importando, apenas, que seja absoluto, não admitindo confrontações e que tenha meios para impor suas determinações.”. 
b) características: Una= a soberania é una porque não se admite num mesmo Estado a convivência de duas soberanias. Indivisível= o poder soberano aplica-se à universalidade dos fatos ocorridos no Estado. Inalienável= porque aquele que a detém desaparece quando ficar sem ela. Imprescritível= não há prazo de duração.
c) teorias acerca da titularidade do poder soberano: Teorias teocráticas: fim da Idade Média - todo poder vem de Deus - o titular da soberania era a pessoa do monarca por indicação divina. Teorias democráticas ou da soberania popular: a soberania se origina do próprio povo. Possuem três fases: 1ª) o titular da soberania era o povo – século XVIII; 2ª) o titular da soberania é a nação; 3ª) o titular da soberania é o Estado – grande prestígio século XX.
d) objeto e significação: Quanto ao objeto e à significação da soberania, verifica-se que o poder soberano se exerce sobre os indivíduos, que são a unidade elementar do Estado, não importando que atuem isoladamente ou em conjunto. Uma diferença importante a ressaltar é que os cidadãos do Estado estão sempre sujeitos ao seu poder soberano, havendo mesmo inúmeras hipóteses em que seu poder é exercido além dos limites territoriais do Estado. Relativamente aos que não são cidadãos do Estado, este exerce poder soberano quando se encontram dentro de seu território, embora haja também alguns casos excepcionais, em que um estrangeiro não é atingido pela soberania de um Estado, mesmo que se ache em seu território. Afirmado o poder soberano, isto significa que, dentro dos limites territoriais do Estado, tal poder é superior a todos os demais, tanto dos indivíduos dos grupos sociais existentes no âmbito do Estado. 
e) sentido clássico: Soberania no sentido clássico é o monopólio estatal de criar leis, solucionar conflitos de interesse, ser um ente supremo.
f) sentido contemporâneo: Crise contemporânea do conceito de soberania. Dificuldade em conciliar a noção de soberania do Estado com a ordem internacional –privilegiando-se uma, sacrifica-se a outra. Relativação do princípio da impenetrabilidade = grande debate a partir do século XXI -Direito Humanitário – interferência interna nos casos de violações graves de direitos fundamentais das populações civis, praticadas por governos totalitários, incluindo ações armadas sobre grupos indefesos e pacíficos.
g) comente um caso atual envolvendo a interferência internacional em questões internas dos Estados. Comissão da OEA pede investigação sobre chacina de Osasco.
“Órgão pede que Estado prossiga as investigações iniciadas, identifique, processe e puna todos os responsáveis. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou o assassinato de 18 pessoas nas recentes chacinas de Osasco e Barueri, municípios localizados na Grande São Paulo. A Comissão pediu que o Estado prossiga as investigações iniciadas, esclareça o ocorrido e identifique, processe e puna os responsáveis, bem como adote medidas para que esses fatos não se repitam. Em 13 de agosto de 2015, 18 pessoas foram mortas e seis ficaram feridas num espaço de três horas. Segundo algumas testemunhas, um mesmo veículo teria sido visto em vários dos lugares em que ocorreram os crimes. Uma das linhas de investigação reside na possível responsabilidade de membros da polícia militar, no que constituiria uma suposta represália pelo assassinato de um policial militardias antes. Segundo dados oficiais, 56 pessoas foram mortas em massacres, até este momento, em São Paulo, em 2015. As vítimas desse tipo de morte costumam ser homens afrodescendentes, entre 15 e 30 anos, em situação de pobreza, e residentes em bairros da periferia urbana de São Paulo. Menos de 8% dos casos de mortes ocorridas em situações que a polícia qualifica como “enfrentamentos” chegam a julgamento em São Paulo. No comunicado, a Comissão Interamericana reitera que os Estados têm o indiscutível dever de adotar, em coerência com suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos, todas as medidas necessárias para proteger a vida e a integridade pessoal de todas as pessoas sob sua jurisdição. "A existência de altas taxas de violência e criminalidade viola o Estado de Direito e contribui para minar os avanços democráticos das últimas décadas na região, motivo por que a implantação de políticas públicas integrais em matéria de segurança cidadã é fundamental para a vigência do sistema democrático", afirma.”
7- Disserte acerca da Teoria da Separação dos Poderes atendendo ao que se pede: 
a) conceito: A teoria da "Separação dos Poderes" pressupõe a separação ou divisão das funções ou competências do Estado, para evitar a concentração absoluta de poder nas mãos de uma só pessoa, sendo divididos em: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
b) separação de poderes X separação de funções: O poder político é uno e indivisível, uma vez que aquela “capacidade de impor”, decorrente de seu conceito, não pode ser fracionada. Embora realidade única, ele manifesta-se por meio de funções, que são, fundamentalmente, de três ordens, a saber: a executiva, a legislativa e a judiciária. Essas funções, por muito tempo, houve-se concentradas junto a determinado organismo estatal. O fenômeno da separação de Poderes não é senão o fenômeno da separação das funções estatais, que consiste na forma clássica de expressar a necessidade de distribuir e controlar o exercício do Poder político entre distintos órgãos do Estado. O que corretamente, embora equivocadamente, se convencionou chamar de separação de Poderes, é, na verdade, a distribuição e divisão de determinadas funções estatais a diferentes órgãos do Estado. Deveras, como o poder é uno e incindível, não há falar em separação de Poderes, mas, sim, em separação de funções do Poder político ou simplesmente de separação de funções estatais. 
c) poder uno x poder indivisível: Uno: Apesar da subdivisão dos poderes, a soberania mantém-se com todo o seu poder. Indivisível: Pois não admite-se divisão, tendo em vista que os poderes são autônomos; o que há é a divisão de funções.
d) época de idealização da teoria: Idealizado no século XVIII, com a sua sistematização na obra de Montesquieu.
e) motivos de idealização da teoria: criação século XVIII – antes inexistia separação de poderes. Causas do surgimento: fadiga resultante do poder político excessivo da monarquia absolutista.
f) precursores da teoria: Platão – “Diálogo das Leis: Não se deve estabelecer jamais uma autoridade demasiada poderosa e sem freio nem paliativos”. Aristóteles - A Política: Considerava ser injusto e perigoso atribuir-lhe a um só indivíduo o exercício do poder – fez referência ao problema da eficiência. Marsílio de Pádua – 1324 – Defensor Pacis: Estabelece uma diferença entre o poder executivo e o poder legislativo. Maquiavel – início século XVI – O Príncipe: noticia existência na França de três poderes distintos: o legislativo (parlamento), o executivo (rei) e o judiciário. Locke – século XVII – primeira sistematização doutrinária – quatro funções exercidas por dois órgãos: função legislativa (parlamento), função executiva (rei), função federativa (rei), função prerrogativa (rei).
g) sentido clássico da teoria para Montesquieu: A teoria da Separação dos Poderes, desenvolvida e sistematizada por Montesquieu, prevê a autonomia dos Poderes como um pressuposto de validade para o Estado Democrático, sendo eles divididos em três: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Montesquieu acreditava que, para afastar governos absolutistas e evitar a produção de normas tirânicas, seria fundamental estabelecer a autonomia e os limites de cada poder. Criou-se, assim, o sistema de freios e contrapesos, o qual consiste na contenção do poder pelo poder, ou seja, cada poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém o exercício desta função deve ser controlado pelos outros poderes. Assim, pode-se dizer que os poderes são independentes e autônomos, não existindo a supremacia de um em relação ao outro. 
h) sentido contemporâneo da teoria: O poder do Estado é dividido em três funções: Legislativo, Executivo e Judiciário. Cada função exerce parte do poder do Estado. O Legislativo institui precipuamente as leis. O Executivo trata do cumprimento destas normas e da Gestão Pública. O Judiciário cuida da solução dos conflitos e divergências na aplicação das leis. Cada poder exerce as funções dos outros dois em âmbitos restritos; O Executivo funciona como judiciário em processos administrativos, e legisla por meio de medidas provisórias. O Judiciário administra seus recursos, e legisla por jurisprudência. O Legislativo administra seus próprios recursos e julga em comissões parlamentares de inquérito. Atualmente fala-se no Brasil a respeitos da existência de um quarto poder, exercido pelo Ministério Público, o qual é o responsável pela defesa dos direitos fundamentais e a fiscalizar os Poderes Públicos, garantindo assim, a eficiência do sistema de freios e contrapesos. Cumpre ressaltar, contudo, que há divergência de opiniões a respeito da existência deste quarto poder.
i) documentos internacionais que primeiro adotaram esta teoria: Artigo 5º da Declaração de Direitos da Virgínia de 1776 (Constituição da Virgínia); O Federalista, Madison; Artigos 1º, 2º e 3º da Constituição dos Estados Unidos de 1787; Constitucionalistas americanos; Artigo XVI da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, proclamada pela Revolução Francesa nas constituições de quase todo o mundo - associado à ideia de Estado Democrático.
j) importância desta teoria para o Direito: A importância para o Direito é que com a separação, cada poder exercerá de forma autônoma as suas funções, cabendo ao Poder Legislativo criar e extinguir leis, ao Poder Executivo administrar a coisa pública e ao Poder Judiciário, a aplicação das leis, evitando assim, a centralização do poder, e, consequentemente, governos absolutistas e produção de normas tirânicas.
l) comente um exemplo da tensão entre os poderes no Brasil. 
Congresso e STF divergem sobre limites dos poderes
As divergências têm a ver com duas propostas que acabaram colocando STF e Congresso em lados opostos. Uma delas é a que inibe a criação de novos partidos. A tramitação do projeto de lei foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes, a pedido do Partido Socialista Brasileiro. O presidente do Congresso recorreu. Alegou que a interrupção da votação "implica a cassação do poder de deliberação do Parlamento" e alerta para o risco de o Supremo se tornar um "suprapoder". A decisão será tomada pelo plenário do Supremo. Não bastasse essa divergência, uma proposta de mudança na Constituição que submete algumas decisões do STF ao Congresso reforçou o descompasso entre Legislativo e Judiciário.
8- Disserte acerca das formas de Estado atendendo que se pede:
 
a) conceito de formas de Estado: É a forma de classificação dos Estados de acordo com o relacionamento mantido entre os seus elementos constitutivos, ou seja, entre seus federados. Maneiras de se organizar um país.
b) como este assunto é tratado no Direito Constitucional: O Direito Constitucional adota como forma de Estado a Federação (união de dois ou mais Estados para a formação deum novo, em que as unidades conservem autonomia política), compreendendo a União, os Estados e o Distrito Federal e os Municípios. 
c) espécies de formas de Estado: O Estado Unitário constitui a forma típica do Estado propriamente dito,segundo a sua formulação histórica e doutrinária; O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra fonte do poder. É a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no exercício do mando. Estado Federado é aquele que se divide em províncias politicamente autônomas.
9- Disserte acerca do Estado Unitário atendendo ao que se pede: 
a) conceito: Estado Unitário consiste em não existir uma divisão do poder político. O tipo puro do Estado Unitário é aquele em que o governo nacional assume exclusivamente a direção de todos os serviços públicos, centralizando o poder (executivo,judiciário e legislativo).Isso significa que, embora existam órgãos públicos encarregados de serviços locais, esses órgãos não possuem autonomia político administrativa. 
b) características: O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra fonte do poder. Como se pode notar, é a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no  exercício do mando, o que bem caracteriza esse tipo de Estado.
c) vantagens: Da centralização resultam vantagens, que o Estado unitário tanto no campo político como principalmente no campo administrativo.São partes positivas da centralização: a extensão de uma só ordem jurídica, política e administrativa a todo o país; o considerável fortalecimento da autoridade,que tanto se implanta como se mantém com mais facilidade onde ocorre a unidade do poder; o reforço que daí decorre para o princípio da unidade nacional; as facilidades conducentes à organização de um corpo burocrático único, com menos  gastos para os cofres públicos.
d) desvantagens: A centralização reúne, porém conhecidas desvantagens. Dentre estas vale ressaltar em primeiro lugar a ameaça que faz pesar sobre a autonomia das coletividades particulares, sufocadas ou suprimidas da política centralizadora. Ao desaparecerem os grupos intermediários, cava-se um fosso entre o indivíduo e o Estado. A excessiva centralização sobrecarrega o poder central de responsabilidades administrativas de menos importância, que os agentes do poder público numa esfera local de competência, munidos de um poder de decisão, poderiam resolver.
e) classificação: Doutrinariamente, costuma-se classificar o  Estado Unitário em três espécies: 1) Estado unitário puro: Caracteriza-se por uma absoluta centralização do exercício do Poder levando em conta o terreno do Estado. Não se acha antecedente histórico dessa espécie porque não tem condições de garantir que o Poder seja exercido de maneira eficiente. 2) Estado unitário descentralizado administrativamente: concentra as tomadas de decisões nas mãos de um Governo Central, contudo, descentraliza a execução das decisões políticas já tomadas, através de pessoas (longa manus) que os representa. 3) Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente: é a forma de Estado mais comum nos dias de hoje. O Governo Central atribui aos entes que executam suas decisões certas autonomias políticas para enfrentar o caso concreto.
10- Disserte acerca do Estado Federado atendendo ao que se pede: 
a) conceito: O Estado Federado é uma entidade integrante do Estado Federal, dotada de autonomia, ou seja, poder de auto-organização, limitado pela Constituição Federal que prevê uma repartição interna de atribuições governamentais, sendo vedada a secessão. É válido ressaltar que o Estado Federado, é uma terminologia que embora semelhante não pode ser confundido com o Estado Federal que detém toda a soberania. Estados Federados possuem apenas autonomia, deixando a soberania a cargo do Estado Federal, que representa o todo.
b) características: Os Estados Federados, mantém a autonomia, a qual é disciplinada pela Constituição; Possuem uma constituição e não um tratado; Possuem a repartição dos poderes, em Legislativo, Executivo e Judiciário; Não possuem soberania (somente o Estado Federal possui); Inexistência do direito de secessão; autonomia financeira dos entes federados, etc. 
c) surgimento da forma federada de Estado: Quando se estuda o Estado Federado, deve-se ter em mente que esta forma de Estado, possui surgimento recente. Assim, não se encontra este Estado no período da Antiguidade ou Idade Média. Passamos a verificar que o surgimento deste tipo de Estado foi fruto da independência americana. Quando as 13 colônias americanas se tornaram independentes, passaram a constituir, cada qual um Estado, mas formaram  uma confederação, visando, sobretudo, a preservação da Independência. Finalmente em 1787, reunidos em Filadélfia, os membros de doze Estados, ausente apenas Rhode Island, decidem transformar a confederação em Estado Federal.
d) vantagens: O Estado Federado, ressalta, em primeiro lugar a afirmação de que é o mais democrático, pois assegura maior aproximação entre os governantes e governados, uma vez que o povo tem sempre acesso mais fácil aos órgãos do poder local e por meio deste influi sobre o poder central. Outro argumento é justamente o que se refere a maior dificuldade para a concentração do poder, o que, em ultima análise, também favorece a democracia. Preserva-se as características locais.
 e) classificação: QUANTO À ORIGEM DO FEDERALISMO: federalismo por agregação. Ex.: EUA. b) federalismo por desagregação (segregação). Ex: Brasil a partir da proclamação da República e com a CF de 1891. QUANTO AO MODO DE SEPARAÇÃO DE ATRIBUIÇÕES (COMPETÊNCIAS): federalismo dual: a separação de funções entre os membros é extremamente rígida, não se falando em cooperação ou interpenetração entre eles. Ex: EUA na origem. Federalismo cooperativo: as atribuições são exercidas de modo comum ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federados, que devem atuar em conjunto. É mais democrático. Ex: Brasil. QUANTO À DIVERSIDADE CULTURAL, LÍNGUA, NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO: federalismo simétrico: homogeneidade de cultura e desenvolvimento, assim, como de língua. Ex.: EUA. federalismo assimétrico: diversidade de língua, cultura. Exemplo: Suíça (composta de quatro diferentes grupos étnicos – cantões); Canadá (país bilíngüe e multicultural). CLASSIFICAÇÕES DIVERSAS federalismo orgânico: o Estado é visto como um organismo, devendo sustentar a manutenção do todo em detrimento da parte. federalismo de integração: preponderância do governo central sobre os demais entes, atenuando assim as características do modelo federativo. Parece mais um estado unitário descentralizado. federalismo de equilíbrio: os entes federados devem manter-se em harmonia, reforçando as instituições. Isso pode ser alcançado pelo estabelecimento de regiões de desenvolvimento (entre os Estados) e de regiões metropolitanas (entre os municípios) para concessão de benefícios, além da distribuição de rendas. d) federalismo de segundo grau
 11- Disserte comparando a federação americana e a federação brasileira. 
Federação Brasileira: A nossa constituição que era centralizada passou a se descentralizar politicamente, o poder passa a ser descentralizado autonomamente, por esse motivo ela também é conhecida como federação por desagregação do estado unitário, que é completamente contrário ao modo de federação dos nossos vizinhos norte-americanos. A federação brasileira é denominada de centrífuga, ou seja, há descentralização do governo para haver maior dispersão do Poder, as competências de um governo centralizador foram divididas entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Federação Americana: Na federação dos EUA vemos o exemplo de uma federação centrípeta, ou seja, uma série de estados decidem se unir para providenciar defesa e colaboração mútua e constituem um único Estado soberano, e por causa do surgimento histórico. No período que aconteceu a constituição de 1787 (dos EUA), eles tinham 12 estados confederados norte-americanos detentores de soberania e independência. Por fim eles resolveram estabelecer ali um vínculo, ou seja, o movimento veio de fora para dentro.
12- Disserte acerca das formas de governo atendendo ao que se pede: 
a) conceito de formas degoverno: Para a ciência política, chama-se forma de governo, ou sistema político, o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade, esta definição é válida mesmo que o governo seja ilegítimo. Nestas instituições têm por objetivo a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detém (a autoridade) com os demais membros da sociedade (os administrados).
b) classificação das formas de governo para Aristóteles: A classificação das formas de governo para Aristóteles é a mais antiga e tinha por base o número de governantes e a forma pura ou impura de governar. A base moral (formas puras e impuras de governo) e a base numérica de governantes (de um só ou de todos). Formas Puras (buscam o interesse geral): 1. Monarquia - governo de um só. 2. Aristocracia - governo de vários. 3. Democracia - governo do povo.
Formas Impuras (buscam conveniências particulares): 1. Tirania - corrupção da monarquia. 2. Oligarquia - corrupção da aristocracia. 3. Demagogia - corrupção da democracia.
c) classificação das formas de governo para Maquiavel: Para Maquiavel a classificação deve partir da ideia de que os governos se sucedem em ciclos, sendo inútil diferi-los em bons ou maus, pois o que ocorre são chamados de ciclos de governo. Estado anárquico - origem da sociedade. Monarquia- que era inicialmente eletiva (escolha do mais justo e sensato). Posteriormente transforma-se em monarquia hereditária. Tirania- degeneração dos herdeiros da monarquia. Aristocracia- para combater a tirania, os mais ricos e nobres organizam um conspiração e tomam o poder, que por horror ao governo de um só, criam o governo puro de alguns (aristocracia). Oligarquia- os descendentes dos governantes aristocratas, por não terem sofrido com a tirania afastam-se do bem comum, e passam a governar para benefício de um grupo(oligarquia). Democracia ou República- o povo não suportando mais os descalabros da oligarquia, resolve então governar-se a si mesmo.
d) classificação das formas de governo para Montesquieu: Para Montesquieu o governo é feito por homens, sendo o Estado um ser juridicamente construído correspondente ao tipo de governo no caso: República seria Virtude, Monarquia a Honra e no Despotismo o Medo.
e) espécies de formas de governo: Há três espécies de formas de governo: O republicano, o monárquico e o despótico. O governo republicano é aquele no qual todo povo detém o poder supremo; O monárquico é aquele em que governa uma só pessoa, de acordo com leis fixas estabelecidas; no governo despótico, um só detém o poder a todos os seus governados, com sua vontade e caprichos, sem freios e sem lei.  
13- Disserte acerca da forma monárquica de governo atendendo ao que se pede: a) conceito de monarquia: A monarquia é uma forma de governo onde o cargo supremo de um Estado é vitalício e se designa, geralmente, através de uma ordem hereditária. Quem ocupa este cargo é o monarca, embora de acordo com a estrutura jurídica do governo ou da região, possa ser reconhecido sob outros nomes: rei, imperador, zar, kaiser, etc. Ao Estado que é regido por um monarca.
b) época do seu ressurgimento e motivos: Renascimento no Estado Moderno
-Necessidade de governos fortes.
-Substituição ao pluralismo político medieval.
c) nome do governante: Monarca
d) características: vitaliciedade: enquanto viver ou tiver condições de governar.
Hereditariedade: escolha com base na linha sucessória.
Irresponsabilidade: monarca não tem responsabilidade política – não deve explicações.
e) forma de investidura no poder: Hereditariedade: escolha com base na linha sucessória.
f) conceito e características da monarquia absolutista: é a forma de governo onde o Monarca ou Rei exerce o poder absoluto, sem o uso dos preceitos constitucionais. Tem como principal característica a inexistência da divisão dos três poderes, que se concentram nas mãos de uma só pessoa. 
g) conceito e características da monarquia constitucionalista: Uma monarquia constitucional ou monarquia parlamentarista é um tipo de regime político que reconhece um monarca eleito ou hereditário como chefe do Estado, mas em que uma constituição (série de leis fundamentais) limita os poderes do monarca. 
A chefia de Estado é exercida por um monarca; a chefia de Governo por um primeiro-ministro ou o presidente do Conselho de Ministros, a ele cabendo o verdadeiro encargo do Poder Executivo e a direção das políticas interna e externa do país, além da administração civil e militar, de acordo com as leis e a Constituição nacionais. Existe, também, um Poder moderador chefiado pelo Monarca. 
As monarquias constitucionais modernas obedecem frequentemente a um sistema de separação de poderes, e o monarca é o chefe (simbólico) do poder executivo. 
14- Disserte acerca da forma republicana de governo atendendo ao que se pede: a) conceito de república: República é uma forma de organização do Estado. Na república, a autoridade máxima cumpre funções durante um tempo determinado e é eleita pelos cidadãos, seja de maneira direta, seja através do Parlamento (cujos integrantes também são eleitos pelo povo).
b) época do seu surgimento e motivos: Antiguidade. Lutas contra monarquia absolutista e afirmação da soberania popular.
c) nome do governante: Presidente
d) características: temporariedade: mandato prazo certo de proibição de reeleições sucessivas; eletividade: pelo povo; responsabilidade: prestação de contas ao povo ou a um órgão.
e) forma de investidura no poder: Voto direto do povo
15- Disserte acerca dos sistemas de governo atendendo ao que se pede: 
a) conceito de sistema de governo: A forma com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais. É a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de um Estado. Varia de acordo com o grau de separação dos poderes.
b) espécies de sistemas de governo: Parlamentarismo: o poder legislativo (parlamento) proporciona a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Sendo assim, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser constituído e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, na maioria das vezes, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).
O sistema parlamentarista pode se apresentar de duas maneiras: Na República Parlamentarista, o chefe de estado (com poder de governo) é um presidente eleito pelo povo e empossado pelo parlamento, por tempo determinado. Nas Monarquias parlamentaristas, o chefe de governo é o monarca (rei ou imperador), que assume de forma hereditária. Neste último caso, o chefe de estado (quem governa de fato) é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler. Países parlamentaristas na atualidade: Canadá, Inglaterra, Suécia, Itália, etc. 
Presidencialismo: o presidente é o Chefe de Estado e de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros que o auxiliam no governo. Nesse sistema, o presidente exerce o poder executivo, enquanto os outros dois poderes, legislativo e judiciário, possuem autonomia. Tem mandato temporário, previsto na Constituição.
c) importância do tema: Entender a organização política de cada sistema, entendendo que cada um traz particularidades, porém as duas visam a mesma finalidade: alcançar um bem comum, atendendo aos anseios da população.
16- Disserte acerca do parlamentarismo atendendo ao que se pede: 
a) conceito: parlamento é um tipo de regime político ou de gabinete, como costumam denominá-la os escritores ingleses. Todos os projetos, leis e demais decisões do governo estão submetidos à votação desse parlamento.
b) origem: Segundo Dallari a Inglaterra é considerada o berço deste sistema. Vejamos sua colocação. “A Inglaterra pode ser considerada o berço do governo representativo”. Já no século XIII, o mesmo que assistiu à elaboração da Carta Magna, numa rebelião dos barões e do clero contra o monarca, irá ganhar forma de parlamento.No ano de 1265 um nobre francês, Simom de Montefort, neto de inglesa e grande amigo de barões e eclesiásticos ingleses, chefiou uma revolta contra o rei da Inglaterra, Henrique III, promovendo uma reunião que muitos apontam como a verdadeira criação do parlamento.
c) relacionamento entre poderes executivo e o legislativo: O chefe do Estado, seja ele rei ou presidente, não é o chefe do governo e por isso não tem responsabilidades políticas. Ao invés dele, o chefe de governo é o Primeiro Ministro, o qual é indicado pelo Parlamento. A aprovação do Primeiro Ministro e do seu Conselho de ministros pela Câmara dos Deputados se faz pela aprovação de um plano de governo a eles apresentado. A Câmara ficará encarregada de empenhar-se pelo cumprimento desse plano perante o povo. O Poder Legislativo assume, no Parlamentarismo, funções de maior relevância na administração do país, transforma-se em Parlamento abrangendo também os membros do governo. O governo depende da confiança desse parlamento e do seu apoio para conseguir exercer seu cargo, se o Parlamento retirar a confiança no governo ele cai, pois não tem mandato, mas apenas investidura de confiança. Pode haver em outros casos a convocação de eleições para a dissolução da Câmara e formação de outro Parlamento.
d) características: É típico das Monarquias Constitucionais, de onde se estendeu às Repúblicas europeias; O Poder Executivo se divide em duas partes: um Chefe de Estado (PJ de Dir. Público Externo), normalmente exercido pelo Monarca ou pelo Presidente da República, e um Chefe de Governo exercido por um Primeiro Ministro ou Presidente do Conselho de Ministros; A aprovação do Primeiro Ministro e do seu Conselho de Ministros pela Câmara de Deputados se faz pela aprovação de um plano de governo a eles apresentado, de modo que a Câmara assume a responsabilidade de governo aprovando o plano e empenhando-se pelo mesmo perante o povo; O governo é assim exercido por um corpo coletivo orgânico de modo que as medidas governamentais implicam na atividade de todos os Ministros e seus ministérios; O Poder Legislativo assume no Parlamentarismo funções político governamentais mais amplas, transformando-se em Parlamento, na medida em que compreende também os membros do governo; O governo é responsável ante o Parlamento (Câmara dos Deputados), o que significa que o governo depende de seu apoio e confiança para governar; Mas, em vez da exoneração dos membros do governo que perdeu a confiança do Parlamento, pode-se preferir apurar a confiança do povo e, então, utiliza-se o mecanismo da dissolução da Câmara, convocando-se eleições extraordinárias para formação de outro Parlamento em torno da mesma questão que gerou a crise que assim é resolvida sem traumas. 
e) forma de nomeação do chefe de estado e sua destituição: Nas Monarquias Parlamentaristas, o chefe de estado é o monarca (rei), que assume de forma hereditária, não possuindo poderes executivos. Nas repúblicas parlamentaristas, o chefe de Estado é nomeado pelo parlamento, seu mandato é por tempo determinado.
f) forma de nomeação do chefe de governo e sua destituição: O Primeiro Ministro é indicado ou mesmo nomeado pelo Presidente da República, mas sua investidura definitiva, bem como sua permanência posterior no cargo, depende da confiança da Câmara dos Deputados e às vezes até do próprio Senado, O Parlamento é responsável perante os eleitores, de sorte que a responsabilidade política se realiza do governo para com o Parlamento e deste para com o povo; assim, se o Parlamento retirar a confiança no governo, ele cai, exonera-se, porque não tem mandato, mas apenas investidura de confiança;
g) funções do chefe de estado: Quanto ao presidente (ou monarca), este mantém distância das miudezas da luta política, cuidando apenas de grandes questões, das linhas-mestras do Estado, como as relações diplomáticas com outros países e o aperfeiçoamento das instituições políticas nacionais, assumindo, muitas vezes, o papel de moderador entre as forças partidárias.
h) funções do chefe de governo: O chefe de governo, quase sempre, fica responsável pela escolha e nomeação dos ministros ou secretários, pela administração do Estado e, por meio de acordos, pela formação de uma maioria, no Parlamento, que permita a governabilidade do país. Vale ressaltar que o chefe de Governo, diante de um grave impasse ou quando não tem mais a confiança dos parlamentares, detém o poder de dissolver o Parlamento ou de pedir sua dissolução ao chefe de Estado, que, nesses casos, convoca imediatamente novas eleições.
i) possibilidade de dissolução do parlamento: É a extinção do mandato dos membros da Câmara dos Comuns. O Primeiro Ministro pode pedir ao Chefe de Estado que declare extintos os mandatos, convocando novas eleições, cujo resultado determina a permanência ou não do Primeiro Ministro.
17- Disserte acerca do presidencialismo atendendo ao que se pede: 
a) conceito: é um sistema de governo no qual o presidente da republica é chefe de governo e de estado.
b) origem: teve sua origem nos estados unidos no século XVIII, tendo resultado na aplicação das ideias democráticas, concentradas na liberdade e na igualdade dos indivíduos, e na soberania popular. 
c) relacionamento entre os poderes executivo e o legislativo: no Brasil a expressão "presidencialismo de coalizão" caracteriza a relação entre os poderes legislativo e executivo. Isso sugere a união de dois elementos: sistema político presidencialista e a coalização partidária. a coalização refere-se a acordos entre partidos e alianças entre forças políticas para alcançar determinados objetivos.
d) características: a separação de poderes em executivo, legislativo e judiciário, adotando assim um mecanismo de governo que impede a concentração de poder. O sistema presidencial norte-americano aplicou com rigor o principio de freios e  contrapesos.
e) forma de nomeação do chefe do poder executivo e sua destituição: o executivo deriva de eleição direta do presidente pela população, diferente do parlamentarismo que o executivo surge da correlação de forças entre os partidos eleitos para o parlamento.
f) funções do chefe do poder executivo: o chefe do pode executivo tem o poder de veto, isso para q não haja o risco de uma ditadura no legislativo, reduzindo o chefe do executivo a condição de mero executor das leis. em muitos estados foi concedido a possibilidade de enviar projetos de lei ao poder legislativo, ficando este obrigado a discutir e votar o projeto. 
g) dissolução do parlamento: 
h) comente as notícias atuais do presidencialismo brasileiro: atualmente o presidencialismo brasileiro encontra-se em uma queda de braço, o que põe em duvida quem tem a palavra final para decidir, o legislativo ou o executivo?Formalmente, o Congresso dá a última palavra, já que pode derrubar os vetos da Presidência. Mas na prática, dizem cientistas políticos, o que determina quem tem mais poder é a conjuntura política ─ e no momento ela está bem desfavorável para Dilma, que enfrenta denúncias de corrupção na Petrobras e baixo crescimento econômico.

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