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CCJ0020-WL-A-RA-01-Direito Constitucional II-Organização do Estado - Federação

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Direito Constitucional II
Profa.: Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha�Disciplina:
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Organização do Estado - Federação�Folha:
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	Plano de Aula: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: FEDERAÇÃO
DIREITO CONSTITUCIONAL II
Título
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: FEDERAÇÃO.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
1.
Tema
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: FEDERAÇÃO.
Objetivos
Ao final desta aula o Estudante deverá ser capaz de:
●- Compreender a organização do Estado brasileiro;
●- Analisar os entes federativos brasileiros;
●- Identificar os conflitos federativos.
Estrutura do Conteúdo
1.1. Regras de organização
1.1.1. Adoção da federação.
1.1.2. Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo.
1.1.3. Capital Federal.
1.1.4. União.
1.1.5. Estados-membros.
1.1.6. Autonomia estadual.
1.1.7. Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.
1.1.8. Municípios.
1.1.9. Lei orgânica municipal.
1.1.10. Prefeito municipal - responsabilidade criminal e política
1.1.11. Vereadores - imunidade material.
1.1.12. Distrito Federal.
1.1.13. Territórios.
1.1.14. Formação dos Estados.
1.1.15. Fusão (incorporação entre si).
1.1.16. Subdivisão.
1.1.17. Desmembramento.
1.1.18. Formação de municípios.
1.1.19. Vedações constitucionais de natureza federativa.
O Federalismo
O federalismo é em um tema relevante tanto ao pesquisador do Direito Constitucional quanto àquele que se dedica ao estudo da Ciência Política. O Direito Constitucional, pelo conteúdo material da Constituição, dedica-se ao estudo da organização e do funcionamento do Estado, promovendo um estudo da anatomia do Estado. O federalismo, como forma de Estado, liga-se à esta anatomia, pois apresenta a divisão do território do Estado em diferentes entes estados-federados, exercendo cada qual sua parcela de competência constitucionalmente estabelecida (CAMARGOS e ANJOS, 2009:81).
Para a Ciência Política, que possui como objeto o poder político, o federalismo trata da divisão do poder político através da federação. Na visão de Arend LIJPHART (2003:213):
Neste capítulo, abordo a primeira variável da dimensão federal unitária (poder dividido): o federalismo e a descentralização versus governo unitário e centralizado. É adequado conceder esse primeiro lugar de honra ao federalismo, porque ele pode ser considerado o método mais típico e drástico da divisão do poder: ele divide o poder entre níveis inteiros do governo. De fato, como termo da ciência política, a divisão do poder é normalmente usada como sinônimo de federalismo.
Desta forma, compreender o federalismo como fenômeno de divisão do poder é o mesmo que analisá-lo como a divisão do principal objeto de estudo da Ciência Política. Este ponto, portanto, agrega mais um elemento a nossa afirmação que os discursos do Supremo Tribunal Federal acerca da intervenção federal são políticos.
O federalismo como forma de Estado se apresenta como uma construção do século XVIII, mais precisamente ligada ao movimento constitucionalista norte-americano, que sucedeu a revolução da independência americana.
Para tratarmos das origens do federalismo norte-americano é necessário discorrer sobre um de seus importantes pressupostos: a Constituição norte-americana. O constitucionalismo norte-americano, cujo legado apresentou ao mundo, através da Convenção de Filadélfia, a primeira Constituição escrita em 1787, e uma forma de Estado até então desconhecida, que é federal, remonta ao período de aparecimento do próprio estado americano. A Constituição norte-americana se apresenta como fundamento de validade do federalismo.
Como nos dizem CAMARGOS e ANJOS (2009:83), cientistas políticos brasileiros que se dedicam ao estudo do federalismo americano:
Foi da união das treze ex-colônias inglesas, formadas por indivíduos oriundos da Inglaterra, que se dirigiram para o novo mundo por razões religiosas, políticas e econômicas, que se criou inicialmente uma Confederação no momento imediatamente posterior a independência. Confederação esta que promoveu ajustamentos e uma maior aproximação entre os Estados confederados, de forma a fazer surgir uma Federação.
Na Federação cada uma das treze ex-colônias, que se constituíam anteriormente em Estados confederados, tiveram de abrir mão da soberania de que eram dotadas para constituir um poder que se colocava em uma instância superior e que abrangesse a todas elas, sendo portanto a soberania atribuída a esse poder, surgindo assim o Estado Federal.
Segundo Alexander HAMILTON (2003:71), autor de "O Federalista", obra referência a respeito desta nova forma de organização do Estado, a autonomia dos estados membros combinada com uma união sólida e indissolúvel entre eles é a marca distintiva de uma federação, como confirma o texto do próprio autor transcrito abaixo:
Uma União sólida terá a máxima significação para a paz e para a liberdade dos estados-membros, como uma barreira contra facções e insurreições internas. É impossível ler a história das pequenas repúblicas da Grécia sem um sentimento de horror e pena ante as agitações a que elas foram continuamente submetidas e a rápida sucessão de revoluções que as deixavam em estado de constante oscilação entre os extremos da tirania e anarquia.
É de se notar, no caso da federação dos Estados Unidos da América do Norte, que houve uma constante preocupação com as questões relacionadas à política externa, de comércio e segurança dos estados federados reunidos em torno da União. Todavia, a maior preocupação esteve em torno das crises internas que as ex-colônias, transmutadas em Estados Confederados, e, posteriormente, em estados federados teriam de enfrentar.
A autonomia é uma prerrogativa de poder de ente político, própria do Estado federal, que se distingue da soberania do Estado, na medida em que não é poder independente. Entretanto, tem como prerrogativas básicas a auto organização, pela qual o estado membro pode elaborar sua própria constituição e suas leis; o autogoverno que dá ao povo do estado membro o direito de escolher seus governantes tanto no plano do legislativo, como do executivo e do judiciário. E a ainda a autoadministração, que permite ao estado membro organizar e gerir sua máquina burocrática (DALLARI, 2009). Em razão de peculiaridades de sua história política, o federalismo norte-americano apresenta grande acentuação na autonomia dos estados federados.
Mais uma vez podemos citar o trecho de CAMARGOS e ANJOS (2009: 84):
Na experiência constitucional norte-americana a democracia é verdadeiro pressuposto do federalismo. A forma de estruturação do Estado Federal considera a participação dos cidadãos, seja através do exercício do direito de escolha de seus representantes pelas eleições, seja como destinatários das políticas públicas e competências constitucionais desempenhadas pelo governo federal ou pelos governos estaduais. Originalmente a soberania dos Estados Confederados, que criaram a Federação na Convenção de Filadélfia em 1787, certamente extraíram esta expressão de poder através da manifestaçãoda vontade de seu povo. Desta forma, tanto o governo federal como os estaduais apresentam estruturalmente uma relação de dependência para com o cidadão eleitor, estando bastante evidenciado que os que governam exercem um mandato político devendo estrita fidelidade a quem os elegeu.
Para trabalharmos com as características da federação, vamos lançar mão de um instrumento metodológico weberiano (WEBER,1964) que é o tipo ideal. Trata-se da construção de um modelo que traça uma espécie de caricatura simplificada da realidade social estudada e que não pretende esgotar as características das experiências históricas de cada Estado. Segundo WEBER (1964) dada a diversidade das peculiaridades locais, o tipo ideal é instrumento essencial para não cairmos no relativismo extremado, o que nos possibilita comparar certos aspectos de um fenômeno social.
A principal característica do Estado federal, como já salientamos, é a descentralização administrativa e política. O que torna esta forma de organização bastante sofisticada é que o poder neste tipo de Estado seja dividido em diferentes funções de poder (Legislativo, Executivo e Judiciário), e estas reproduzidas simetricamente em todos os níveis da federação.
Outro elemento fundamental que integra a organização federativa é a existência da manifestação livre e eficiente da vontade dos representantes de cada um dos estados federados no sentido de criar a união de todos eles, formando assim o Estado federal. Tal fenômeno é denominado de pacto federativo e ele fica estabelecido na Constituição federal.
Com relação ao Direito Constitucional brasileiro José Alfredo de Oliveira BARACHO (1982:54), em obra denominada Teoria Geral do Federalismo assim afirma:
Tecnicamente, o federalismo é uma divisão constitucional de poderes entre dois ou mais componentes dessa figura complexa que decorre da existência de um Estado que possa apresentar formas de distribuição das tarefas políticas e administrativas.
Em outras palavras, a descentralização do Estado federal gera a necessidade de repartição de competências a serem exercidas pelo Estado federal e pelos estados federados. Esta repartição de competências se constitui na grande tarefa do legislador constituinte de forma a harmonizar o exercício do poder por parte de todos os estados que integram a federação e o Estado Federal [1].
Segundo Raul Machado HORTA (2002:306):
Se a tendência ocorrida no federalismo é a de fortalecimento do poder central da União Federal, tem-se o chamado federalismo contrípeto ou centrípeto, conforme queiram. Por outro lado, se a tendência é de fortalecimento dos estados integrantes da federação, diz-se que o federalismo é centrífugo. Havendo equilíbrio entre estas duas forças, qual seja, entre o Estado Federal e os estados federados, diz-se que o federalismo é de cooperação.
Por outro lado, o federalismo centrífugo é aquele que fará um caminho oposto. O federalismo centrífugo se dirige para a periferia do Estado Federal. Nele não haverá necessariamente maior descentralização, mas sobretudo uma tendência à descentralização ao longo do tempo. Exemplo notável é o federalismo brasileiro, que surgiu originariamente de um Estado Unitário extremamente centralizador e se direciona ao longo da história republicana brasileira a dar maior leque de competências aos estados, seguindo no sentido da descentralização.
É ainda Raul Machado HORTA (2002: 307) quem aponta como principais características do federalismo e que se constituem como seus princípios, técnicas e instrumentos operacionais os seguintes elementos:
A decisão constituinte criadora do Estado Federal e de suas partes indissociáveis, a federação ou União, e os estados-membros; [2].
A repartição de competências entre a federação e os estados-membros; [3].
O poder de auto-organização constitucional dos estados-membros, atribuindo-lhes autonomia constitucional; [4].
A intervenção federal, instrumento para restabelecer o equilíbrio federativo, em casos constitucionalmente definidos; [5].
A Câmara dos Estados, como órgão do Poder Legislativo Federal, para permitir a participação do estado-membro na formação da legislação federal; [6].
A titularidade dos estados-membros, através de suas Assembleias Legislativas, em número qualificado, para propor emenda à Constituição Federal; [7].
A criação de novo estado ou modificação territorial de estado existente dependendo da aquiescência da população do estado afetado; [8].
A existência do Poder Judiciário Federal de um Supremo Tribunal Federal ou Corte Suprema, para interpretar e proteger a Constituição Federal, e dirimir litígios ou conflitos entre a União, os Estados e outra pessoas jurídicas de direito interno. [9].
Finalmente, ainda cabe destacar que as entidades federativas independentemente do tamanho de sua população, de sua participação no produto interno bruto do Estado Federal, ou de sua extensão territorial, têm entre si plena condição de igualdade formal, igualdade esta que é estabelecida pelas normas constitucionais.
Após termos apresentado, com fins comparativos, as noções gerais do federalismo como um fato característico da história política e constitucional norte-americana, importante se torna compreender como esta forma de organização do poder político se aclimata no processo histórico-político brasileiro.
Em outras palavras, para que possamos entender as representações e significações existentes acerca da intervenção federal, devemos contextualizar o que vem a ser federação a brasileira.
[1] Esta divisão na ordem constitucional vigente no Brasil encontra-se insculpida entre os arts. 21 a 25; 30 e 32 da CRFB/88.
[2] "Esta primeira característica faz menção à decisão criadora da federação que já mencionamos anteriormente e que é também denominada pacto federativo. O pacto federativo representa a expressão da vontade dos representantes dos estados que integram a federação de participar da criação do Estado Federal. Esta vontade é expressa na Constituição. Aqui é também apresentada a característica de que os estados federados se constituem em partes indissociáveis, não podendo nenhum deles optar por não fazer mais parte da federação, posto que ao nela adentrarem abriram mão de significativa parcela de soberania de que eram dotados, restando-lhes a autonomia". (HORTA, 2002:307).
[3] "A repartição de competências aqui mencionada há de ser expressa no texto constitucional e há de delimitar as competências legislativas e administrativas do ente federal e dos entes federados. Ao repartir a competência a Constituição não há de hierarquizar ou subordinar os entes federados ao federal, mas irá definir o âmbito de atuação de cada um deles. Esta repartição de competências se constitui no cerne da disciplina constitucional acerca do federalismo. É certo que a competência afeta os órgãos do Poder Judiciário Federal e do Poder Judiciário dos estados, muito embora não seja apresentada como repartição de competências relacionadas ao federalismo, é de todo correto afirmar que sua definição é corolário do federalismo." (HORTA, 2002:307).
[4] "Esta capacidade de auto-organização dos estados-membros possui limitações e condicionamentos que são expressos pelo texto da Constituição Federal. Aqui há um estado dentro do Estado e esta capacidade de se organizar autonomamente é manifestação do poder constituinte decorrente e as Constituições Estaduais devem ser elaboradas em conformidade com os princípios e preceitos da Constituição Federal. Cumpre evidenciar que a soberania é atributo exclusivo do poder federal." (HORTA, 2002:307).
[5] "A regra geral que vigora no federalismo é a de que o ente político mais abrangente irá respeitar a autonomia do ente político menos abrangente; excepcionalmente e em casos definidos taxativamente na Constituição Federal, a União Federal intervirá nos estados ou diretamente nos municípios quando estes infringirem os chamados princípios constitucionais federais sensíveis. A intervenção é um mecanismo de defesa da própria federação, seja contra interferênciasexternas ao Estado Federal, e principalmente em razão das intempéries ocorridas nos estados federados. Várias são as maneiras de se desencadear o processo interventivo, e quando este é desencadeado muitos são os mecanismos e instrumentos constitucionais para mantê-lo como uma medida estrita, temporária e da mais absoluta excepcionalidade." (HORTA, 2002:307).
[6] "O federalismo pressupõe um Poder Legislativo bicameral, onde uma das Casas Legislativas é constituída de representantes do povo e a outra Casa Legislativa será constituída pelos representantes dos estados federados. Como expressão da absoluta igualdade entre os estados integrantes da federação, cumpre destacar que o número de representantes por estado é o mesmo para cada um dos estados. Esta Casa Legislativa autoriza o estado federado a participar das principais decisões legislativas tomadas no âmbito federal. Muito embora a federação nos apresente dois estados de competências diferenciadas, é forçoso considerar que o estado federado apresenta estruturas que estão amalgamadas no Estado Federal e uma delas e de considerável relevo é a Casa Legislativa dos estados que compõem o Poder Legislativo Federal." (HORTA, 2002:307).
[7] "Qualquer necessária alteração do texto da Constituição Federal deve ser acessível aos estados federados e normalmente esta possibilidade de propor emendas a Constituição Federal se dá através dos órgãos legislativos estaduais." (HORTA, 2002:307).
[8] "Esta característica é certamente conseqüência direta da autonomia dos estados federados. Qualquer mudança substancial na estrutura da federação ou dos estados federados vai depender da aquiescência direta da população diretamente interessada. Estas formas de consulta popular se constituem resquícios de democracia direta e normalmente se dão através do plebiscito ou do referendo, conforme o momento em que sejam realizados." (HORTA, 2002:307).
[9] "Um órgão de cúpula no Poder Judiciário que exerça a jurisdição das questões afetas à Constituição Federal. Que esta mesma estrutura de poder jurisdicional venha a dirimir conflitos entre a União e qualquer que seja a parte, entre os estados federados e pessoas de direito público interno. Fica evidenciada também a preocupação de preservação da Constituição Federal através do controle de constitucionalidade concentrado em um órgão jurisdicional. Há também a peculiar característica de que a União ou o Estado Federal não fique sujeito à jurisdição de justiças estaduais." (HORTA, 2002:307).
O Federalismo no Brasil
A constituição imperial brasileira estabelecia um Estado unitário, apresentando como características a forte centralização política e administrativa. É certo que esta centralização decorrente da forma de Estado unitário em muito auxiliou na construção da unidade nacional, impedindo assim que o país se desagregasse em razão das inúmeras revoltas que ocorreram no seio das províncias (CHACON, 1987).
No Brasil, a transição da monarquia para a república e do Estado unitário para o Estado federal não se constituiu em um processo lento, mas sim relativamente breve. O fato é que esta grande transformação na vida política nacional foi obra de alguns poucos intelectuais e militares de alta patente, não tendo havido participação popular na deflagração deste processo (CAMARGOS e ANJOS, 2009).
Discorrendo sobre o assunto em obra que se tornou referência neste tema, José Murilo de CARVALHO (1991:68) assim afirma: "Estas observações não estão, no entanto, distantes da frase de Aristides Lobo, segundo o qual o povo teria assistido bestializado à proclamação da República, sem entender o que se passava".
É necessário que se evidencie que o grau de alienação do povo no que se refere ao momento político nacional não era muito diferente da ausência de participação das lideranças políticas existentes nas províncias no que se refere à adoção do federalismo como forma de Estado. A república e o federalismo foram um movimento de intelectuais e militares que residiam na Corte e na província de São Paulo. As demais províncias não tomaram parte significativa no evento histórico, e se é certo que o pacto federativo não exige um momento histórico para sua caracterização, no Brasil ele foi expresso com a elaboração da Constituição Republicana de 1891 (CAMARGOS e ANJOS, 2009).
É certo que na Constituição de 1934 muitas das competências administrativas e legislativas atribuídas aos estados anteriormente foram transferidas para a União. Entretanto, em 1937, com o advento do golpe dado por Getúlio Vargas, a outorga de uma nova Constituição e a instituição da ditadura do Estado Novo até 1945, o Brasil viveu momentos de grande centralização política, quando os estados passaram a não ter sequer o peso político apresentado nos anos posteriores à 1ª República.
Sob a vigência da Constituição de 1946, o país viveu novo período de democratização e os estados da Federação passaram a atuar no cenário político nacional com maior desenvoltura, entretanto, esta Constituição adotou os mesmos moldes de concentração de competências administrativas e legislativas no rol deferido à União (CAMARGOS e ANJOS, 2009). Com o advento do golpe militar de 1964, que institui a ditadura e culminou na Constituição de 1967 e emenda nº 1 de 1969, retornando a um período de forte centralização e autoritarismo por parte da União federal, havendo aqui verdadeira submissão dos estados federados à União.
Com a redemocratização do país e a convocação da Assembléia Nacional Constituinte no ano de 1986, cujo trabalho redundou na Constituição de 1988, o país retornou ao estado de direito, direito este elaborado e exercido legitimamente. Em que pesem os reveses políticos enfrentados pelo país em sua história republicana o fato é que as dimensões territoriais brasileiras, que são de grandes proporções, impõem para maior eficiência na administração da coisa pública a descentralização tanto política como administrativa.
A Carta Política de 1988 estabeleceu em seu art. 1º => A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: É de se perceber que houve grande inovação da Constituição ao estabelecer que o Brasil é uma federação constituída por estados, municípios e pelo distrito federal, inovação esta que se dá por alçar o município a um ente autônomo da federação. É de amplo conhecimento a federação constitui-se tão somente de estados, que juntamente com a união apresenta o seu aspecto dualista, daí a grande inovação na nova estrutura apresentada pelo federalismo brasileiro.
O art. 18 da Constituição da República apresenta o município como parte integrante da organização política administrativa da República Federativa do Brasil ao lado da União, dos Estados e do Distrito Federal, sendo todos dotados de autonomia.
A federação brasileira adquiri certa peculiaridade ao apresentar três esferas de governo que seriam a União, os estados e os municípios, mas autores como José Afonso da Silva questionam se o município foi, de fato, elevado à categoria de ente federativo (SILVA, 2007: 641):
E os Municípios transformaram-se mesmo em unidades federadas - A Constituição não o diz. Ao contrário, existem onze ocorrências das expressões -unidade federada e unidade da Federação- referindo-se apenas aos Estados e ao Distrito Federal, nunca envolvendo os Municípios.
A Constituição de 1988, seguindo o exemplo das constituições anteriores, estabeleceu as hipóteses em que, excepcionalmente, a União poderia vir a intervir nos estados federados. O instituto da intervenção federal encontra-se nas circunstâncias enumeradas nos incisos do art. 34 da Carta Política [1].
Na história do federalismo brasileiro é possível notar que a intervenção, notadamente por ser medida excepcional, foi utilizada com muita parcimônia, principalmente no período em que vivemos certa normalidade política e democrática. Entretanto, na ditadura de Getúlio Vargas, de 1937 a 1945, e durante aditadura militar de 1964 a 1984, a intervenção foi utilizada com maior frequência (CAMARGOS e ANJOS, 2009).
[1] "Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde."
Aplicação Prática Teórica
Prova: 29º Exame de Ordem - 1ª fase
1 - Considerando as normas constitucionais acerca da estrutura federal brasileira na Constituição, julgue os itens abaixo (C - Certo/E- Errado):
I. No sistema constitucional positivo do Brasil, os municípios são integrantes da Federação, apesar de não possuírem as mesmas competências e os mesmos poderes da União e dos Estados. (CERTO).
II. Dos municípios do Distrito Federal, Brasília é a capital dessa unidade da Federação, a qual acumula as competências dos estados-membros e dos municípios. (ERRADO. O Distrito Federal é uma Unidade da Federação, porém, de natureza híbrida, pois possui algumas características de Estado e outras de município. A Conxstituição Federal em seu art. 32 veda sua divisão em municípios. Além disso, Brasília não é a capital dessa federação, e sim a Capital Federal).
III. Considere a seguinte situação hipotética: Em um determinado Estado da Federação, o governador deixou de cumprir decisões do tribunal de justiça, o qual, mediante requerimento da parte interessada, comunicou a desobediência ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para fins de intervenção federal. O STJ julgou procedente o pedido de intervenção federal e, após gestões inúteis, decretou a intervenção no Estado. Na situação apresentada, o STJ agiu conforme lhe autoriza a Constituição. (ERRADO. Tratando-se de descumprimento de Decisão Judicial, proveniente de um Tribunal de Justiça => Art. 34, VI, CRFB – sendo uma das hipóteses de intervenção federal, a SUS decretação depende de requisição do STJ – Art. 36, II, CRFB – e não há competência deste Tribunal Superior para julgar um pedido de intervenção, tão pouco decretá-la, uma vez que a competência para decretar e executar tal intervenção é Privativa do Presidente da República – Art. 84, X CRFB: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: X - decretar e executar a intervenção federal).
IV. Considere a seguinte situação hipotética: Dois Estados-membros vizinhos constataram que em suas populações havia o desejo de unirem-se em uma só unidade da Federação. Em face disso, cada um realizou plebiscito no respectivo território, sendo aprovada a fusão entre ambos. O resultado dos plebiscitos foi comunicado ao Congresso Nacional, que o aprovou, por lei complementar, dando nascimento ao novo Estado. Nesse caso, foi constitucionalmente válida a criação da nova unidade da Federação. (CERTO).
A) I - E; II - E; III - E; IV - C;
B) I - C; II - E; III - E; IV - C;
C) I - C; II - C; III - E; IV - E;
D) I - E; II - C; III - E; IV - E.
RESPOSTA: B. I - C; II - E; III - E; IV - C.
Prova: 23º Exame de Ordem - 1ª fase
2 - No que tange à Federação Brasileira, é lícito afirmar:
A forma federativa de Estado acolhida no Brasil, segundo os princípios essenciais que a presidem, admite a secessão de Estados federados; (ERRADO. A forma federativa do Estado, no Brasil, foi alçada como Cláusula Pétrea quando da elaboração da Constituição Federal de 1988 – Art. 60, §4°. Admitindo, caso necessário, a intervenção federal nos Estados-membros para manter a integridade nacional. Portanto não há o direito de secessão de estado neste modelo).
É facultado à União intervir, diretamente nos Estados federados; (ERRADO. Em alguns casos a intervenção é espontânea, ou seja, o Presidente da República age de ofício => Art. 34, I, II, III e V CRFB, e em outros dependerá de solicitação ou requisição => Art. 34, IV, CRFB).
As leis orgânicas municipais são votadas e promulgadas pelas respectivas Câmaras municipais, não se expondo ao poder de sanção ou de veto dos Prefeitos Municipais; (CERTO).
A decretação de estado de sítio, pelo Presidente da República, no caso de comoção grave de repercussão nacional, independe de autorização do Congresso Nacional e não poderá ser por prazo superior a trinta dias improrrogável em qualquer hipótese. (ERRADO. A decretação do estado de sítio, pelo Presidente da República, depende de autorização do Congresso Nacional => Art. 137, CRFB, e, além disso, sua duração não poderá ser superior a 30 dias, mas poderá ser prorrogada, sucessivamente, enquanto perdurar a situação de anormalidade, mas cada prorrogação não poderá ser superior a 30 dias).
RESPOSTA: C. As leis orgânicas municipais são votadas e promulgadas pelas respectivas Câmaras municipais, não se expondo ao poder de sanção ou de veto dos Prefeitos Municipais.
Caso Concreto:
O Decreto Legislativo n 136/2011 dispõe sobre a realização de plebiscito para a criação do Estado de Carajás, nos termos do inciso XV do art.49 da Constituição Federal, enquanto, por sua vez, o Decreto Legislativo n 137/2011 convocou plebiscito sobre a criação do estado do Tapajós.
Vale ressaltar, que os parlamentares foram responsáveis pela definição territorial do suposto novo estado caso fosse aprovado no plebiscito.
Informe quais seriam os possíveis resultados do plebiscito?
RESPOSTA-01:
Situação-01: Após a realização de Plebiscito (Decretos Legislativos 136/2011 e 137/2011), o povo responderá que não é a favor da separação do Estado do Pará (desmembramento) para a formação de dois novos Estados (Carajás e Tapajós). Neste caso, o procedimento não seguirá, pois a vontade do povo vincula o Congresso Nacional, que não poderá aprovar qualquer Projeto de Lei Complementar criando os novos Estados, pois s democracia Direta (Plebiscito) prevalece sobre a Democracia Representativa.
Situação-02: O povo respondeu favoravelmente à formação dos novos Estados. Neste caso, o Projeto de Lei Complementar poderá tramitar, e o Congresso Nacional, com autonomia, avaliará a conveniência ou não da criação dos novos Estados. Caso o Congresso Nacional aprove o Projeto de Lei, ainda assim o Presidente da República poderá vetá-lo, pois o mesmo têm autonomia de ir contra a vontade do povo, ou poderá sancioná-lo.
RESPOSTA-02:
Se o povo responder que não é a favor da separação para formação de novos Estados (desmembramento formação), o procedimento não seguirá, ou seja, a vontade negativa do povo vincula, não podendo, assim, jamais, o Parlamento aprovar eventual projeto de lei complementar criando os novos Estados contra a vontade negativa manifestada no plebiscito.
Nesse sentido, parece-nos possível concluir que a democracia direta prevalece sobre a democracia representativa.
Se a vontade do povo for ao sentido favorável, o projeto de lei complementar poderá seguir a sua tramitação e, assim, o parlamento, com autonomia, avaliará a conveniência ou não da criação dos novos Estados.
O Congresso Nacional terá total liberdade para não aceitar a criação dos novos Estados, até porque é o órgão político responsável pela avaliação e conveniência do novo desenho doEstado brasileiro. Se a população autorizar o procedimento e o Congresso Nacional aprovar o projeto de lei complementar, o Presidente da República poderá vetar o projeto de lei?
Sim! Isso quer dizer que o Presidente da República terá autonomia para ir contra a vontade do povo. E, novamente, essa situação não tem qualquer empecilho, na medida em que o Chefe do Executivo, mesmo que eleito pelo povo tem, em igual sentido, liberdade para avaliar a conveniência do novo “desenho”.
Avançando, o art. 18, § 3.º, CF/88, estabelece que os Estados possam desmembrar-se para formarem novos Estados mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Em 24.08.2011, o Plenário do STF decidiu, no julgamento da ADI 2650, que o plebiscito para o desmembramento de um Estado da federação deve envolver não somente a população do território a ser desmembrado, mas a de todo o Estado-membro, no caso, a população de todo Estado do Pará.
PEDRO LENZA
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES)
Caso Concreto 1
Leia a notícia abaixo, publicada no jornal O Globo (edição online) do dia 31/05/2011 às 20h18m:
SENADO APROVA PLEBISCITO NO PARÁ SOBRE CRIAÇÃO DO ESTADO DE TAPAJÓS
BRASÍLIA - Numa votação relâmpago o plenário do Senado aprovou nesta terça-feira projeto de decreto legislativo que prevê a realização de um plebiscito, ainda esse ano, para decidir sobre a criação do estado de Tapajós. O projeto aprovado prevê que a consulta à população paraense será sobre o desmembramento da área do Pará onde se situam 27 municípios localizados na parte oeste do estado. Nessa região vivem hoje cerca de 1,7 milhão de pessoas, ou seja, mais de 50% do atual território paraense. Depois da promulgação do decreto pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), começa a contar o prazo de seis meses para a realização da consulta a cargo do Tribunal Regional do Pará, instruído pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No mesmo plebiscito a população vai dizer se concorda ou não com a criação de outro estado, o de Carajás, a ser criado com o desmembramento de municípios ao sul e sudeste do Pará.
A partir da leitura acima, pergunta-se:
Se for aprovada a criação do estado de Tapajós no plebiscito a ser realizado, a Assembleia Legislativa do Pará tem efetivamente competência para criar o novo estado por intermédio de lei estadual? Por quê?
RESPOSTA: NÃO. Conforme art. 18,§3º CRFB/88. Só o Congresso Nacional através de lei complementar.
Suponha que a Assembleia Legislativa do Pará, querendo aproveitar a criação do novo estado de Tapajós, resolva também editar lei estadual criando um novo município a partir do desmembramento da cidade Santarém (futura capital do estado de Tapajós). De acordo com o direito brasileiro, a criação desse novo município seria constitucional? Por quê?
RESPOSTA: NÃO. Conforme art. 18,§4º CRFB/88. Caberá a população interessada. Por lei complementar.
Obs.: A EC-15, que alterou o art. 18,§4º CRFB/88, é norma de eficácia limitada.
Obs.: LER INFORMATIVO DO STF nº 637 de 22 de agosto.
Questão objetiva:
Acerca do federalismo brasileiro, analise as seguintes afirmativas:
I - Na organização do Estado brasileiro, a substituição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios por um único ente central somente seria possível, por meio de Emenda à Constituição e após a realização de plebiscito. (ERRADO. A federação é cláusula pétrea. Afronta o art. 60, §4º, I CRFB/88.).
II - A Federação brasileira surgiu como caso típico de federalismo por segregação, partindo de Estado unitário. (CERTO. Por segregação – Descentralizou).
III - Segundo preceitua a Constituição da República de 1988, são entes federativos os estados-membros, o distrito federal, os municípios e os territórios federais. (ERRADO. Territórios Federais não são entes federativos. É uma autarquia federal).
IV - Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo estado, o que implica perda da personalidade primitiva (CERTO. Rio de Janeiro e Guanabara).
V - O Distrito Federal não possui capacidade de autoadministração visto que não organiza nem mantém suas próprias polícias. (ERRADO. - Art. 18 CRFB/88 - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição).
Somente é CORRETO o que afirma em:
I e III;
II e IV;
III e V;
I e IV.
RESPOSTA: B. II e IV.
==XXX==
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	1ª AULA – Organização do Estado - Federação
	
	Profa. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha – 8505-2192
Conteúdo Programático
Organização Político-administrativa - RFBR
Distribuição de Competências
Separação das Funções Estatais
Poder Legislativo
Poder Executivo
Poder Judiciário
Funções Essenciais à Justiça
Bibliografia – Livre.
Trazer a Constituição.
Avaliação => Conforme Contrato Pedagógico.
Sistema Continuado de Avaliação – 4 pontos.
Prova Institucional – 6 pontos (híbrida).
Estado de Direito (Primado na Lei, não é para todos) => Estado Constitucional de Direito (Reconhecimento dos Direitos Fundamentais e Limitação do Poder Estatal).
Limitação do Poder Estatal: Baseado no Princípio da Reserva Legal.
Legalidade Genérica Art. 5°, II CF (Liberdade: Não fazer para o Estado) X Legalidade Restrita (Condicionamento: Como fazer Geral).
CRFB/88
TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º - Brasília é a Capital Federal.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996).
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	1ª AULA – Apresentação da Disciplina
	
	Direito Constitucional II
Professor Rafael Iorio
Aula 01
Apresentação do Plano de Ensino e Poder Legislativo
Conteúdo Programático desta aula
● Objetivos da disciplina;
● Bibliografia da disciplina;
● Regras das avaliações;
● Noções Gerais sobre Poder Legislativo.
Poder Legislativo: Estrutura e Funções
Poder Legislativo Federal (Arts. 44 a 58 da CRFB):
1. Bicameralismo do Poder Legislativo da União.
2. Congresso Nacional (Art. 44 da CRFB):
CÂMARA DOS DEPUTADOS (Art. 45, CRFB)
● Sistema proporcional em cada Estado e no DF;
● Quociente eleitoral e quociente partidário;
● Territórios Federais: 4 deputados federais;
● Limites: mínimo 8 e máximo 70;
● Suplência dos deputados federais;
● Acre8;
● Alagoas 9;
● Amazonas 8;
● Amapá 8;
● Bahia 39;
● Ceará 22;
● Distrito Federal 8;
● Espírito Santo 10;
● Goiás 17;
● Maranhão 18;
● Minas Gerais 53;
● Mato Grosso do Sul 8;
● Mato Grosso 8;
● Pará 17;
● Paraíba 12;
● Pernambuco 25;
● Piauí 10;
● Paraná 30;
● Rio de Janeiro 46;
● Rio Grande do Norte 8;
● Rondônia 8;
● Roraima 8;
● Rio Grande do Sul 31;
● Santa Catarina 16;
● Sergipe 8;
● São Paulo 70;
● Tocantins 8.
SENADO FEDERAL (Art. 46, CRFF)
● Sistema majoritário puro;
● Mandato de 8 anos;
● Renovação de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e dois terços;
● Suplência dos senadores.
QUADRO COMPARATIVO
SENADO FEDERAL
CÂMARA DEPUTADOS
Representantes dos Estados e do DF
Representantes do povo
Sistema majoritário
Sistema proporcional
81 Senadores
513 Deputados
Mandato de 8 anos
Mandato de 4 anos
Renovação a cada 4 anos, por 1/3 e 2/3
Renovação a cada 4 anos
Idade mínima: 35 anos
Idade mínima: 21 anos
==XXX==
Apostila (Professora - Sabrina Rocha)
	
	Ponto 09 – Da Organização Político-administrativa
	
	Direito Constitucional II
Professora Sabrina Rocha
Ponto 09 – Da Organização Político-administrativa
Toda a estrutura federal baseia-se na repartição de competências, considerada como a grande questão do federalismo.
Art. 18 - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição (art. 18, caput).
§1º Brasília é a Capital Federal.
Poderes/Entes
União
Art. 20 a 24
Estados Membros
Art. 25 a 28
Municípios
Art. 29 a 31
Distrito Federal
Art. 32
LEGISLATIVO
Art. 44 a 75
Congresso Nacional
Art. 44 a 75
Assembléia Legislativa
Art. 27
Câmara Municipal
Art. 29
Câmara Legislativa
Art. 32
EXECUTIVO
Art. 76 a 91
Presidência da República
Art. 84
Governador de Estado
Art. 28
Prefeitura Municipal
Art. 29, I
Governadoria Distrital
Art. 32, § 2º
JUDICIÁRIO
Art. 92 a 126
Tribunais Superiores
Art. 92 a 124
Tribunais de Justiça e Juizes de Direito
Art. 125 a 126
Inexiste
O Poder Judiciário é mantido pela União
Art. 22, XVII
Esta é a regra que estabelece o princípio da autonomia dos entes federativos. Na primeira parte desta apostila estudamos em detalhes a forma de Federativa de Estado. No Estado Federal há que se distinguir soberania e autonomia e seus respectivos titulares. O Estado Federal é o todo, e único titular de soberania como pessoa jurídica de Direito Público externo, reconhecida pelo Direito Internacional. A União é entidade autônoma, constituindo-se em pessoa jurídica de Direito Público interno. Os Estados-membros são entidades federativas também dotadas de autonomia e de personalidade de Direito Público interno (Código Civil, art. 41). Os Municípios e o Distrito Federal, também possuem autonomia e são também pessoas jurídicas de Direito Público interno.
Autonomia significa a capacidade de autogoverno, auto-administração, e auto-organização, tudo com base no princípio hermenêutico da Simetria Constitucional.
Esta autonomia se efetivará através da produção de normas jurídicas. As normas não são hierarquizadas em função da origem de sua emanação, mas em virtude de um critério de competência distribuída para editá-las, estabelecido pelo Constituição Federal.
Unidade Federativa
Competência
União
Geral - Nacional
Estados Membros
Residual - Geral - Setorial
Distrito Federal
Híbrida
Municípios
Local ou restrita
UNIÃO
Como vimos no capítulo dedicado à teoria geral, a União é pessoa jurídica de direito público interno. Externamente, na área das relações internacionais, aparece unicamente a República Federativa do Brasil, como pessoa jurídica de direito internacional (externo), competindo à União (CF, Art. 21, I), através dos seus órgãos, representar o Estado Brasileiro exercendo as funções de soberania em nome do Estado Federal. A União detém competências constitucionais legislativas (Arts. 22 e 24), competências administrativas (Arts. 21 e 23) e competências tributárias (Arts. 145 e 153).
OBS: A Emenda Constitucional 69 de 29/03/12 alterou os arts. 21, 22 e 48 da Constituição Federal, para transferir da União para o Distrito Federal as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal.
TERRITÓRIOS
Os Territórios Federais integram a União, resultando de desmembramento de área pertencente a Estados já existentes ou de desmembramento de parte de outro Território Federal. Com a Constituição de 88, os territórios que existiam foram incorporados a algum ente federado ou foi transformado em Estado Membro. Atualmente, não existem Territórios, havendo apenas a previsão constitucional para formá-los. A sua criação depende de Lei Complementar aprovada pelo Congresso Nacional.
Dentre as várias correntes sobre a natureza jurídica dos Territórios, predomina a que o compreende como autarquia territorial federal.
OBS: Fernando de Noronha não é um território como muita gente pensa, ele foi incorporado ao nosso Estado de Pernambuco, de acordo com o Art. 15 do ADCT, ainda que a maior parte da sua área seja um Parque Federal, de domínio da União.
É importante destacar que os Territórios Federais, por integrarem a União, não possuem autonomia. O funcionamento do território é regulado em lei ordinária (CF, Art. 33, e § 1º). Os Territórios poderão ser divididos em Municípios. Estes Municípios terão autonomia. Não confundir: o ente federativo que não pode ser dividido em Municípios é o Distrito Federal.
Cada Território elegerá 4 (quatro) deputados federais (CF, Art. 45, parágrafo único).
ESTADOS FEDERADOS
Os Estados-Membros caracterizam o modelo federalista brasileiro desde as capitanias hereditárias, como forma de facilitar a administração da coisa pública.
Cabe ressaltar, primeiramente, que o fato de Estados-membros incorporarem-se ou desmembrarem-se não significa ofensa à Federação. Tal procedimento em tudo difere da secessão. Esta é proibida por expressa limitação material de emenda à Constituição (Art. 60, §4º, I da CRFB/88).
A história recente, lá pelos idos dos anos 70, registra casos de fusão e de desmembramentos entre Estados-membros. O Estado do Rio de Janeiro se fundiu ao Estado da Guanabara dando origem ao Estado do Rio de Janeiro, tal como hoje está. No final dos anos 70, a parte sul do Estado do Mato Grosso desmembrou-se para formar um novo Estado.
O mais importante, em se tratando de concurso, é fixar os passos a serem seguidos para criar novos Estados:
● Plebiscito, e
● Lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional.
As regras para a elaboração das Constituições dos Estados constam da Constituição Federal, no ADCT Art. 11, pautados no Princípio da simetria constitucional.
O auto-governo dos Estados se expressa através da eleição direta pelo próprio povo do Governador e do Vice-Governador (CF Art. 28, caput), e dos Deputados Estaduais (CF, Art. 27). Os Estados organizarão, ainda, sua Justiça (CF, Art. 125).
Os Estados dispõem de competências administrativas (Art. 23), de competências legislativas (Art. 24 e §3º, Art. 25) e tributárias (Arts. 145 e 155) e ainda de competências residuais, pois “são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição da República” (Art. 25, § 1º, ). Pode, ainda, como ente autônomo que é, nos termos da CF e de suas próprias leis, dispor livremente sobre a aplicação dos recursos que arrecadar.
OBS: quanto à competência residual, explicar a única exceção à regra.
MUNICÍPIOS
Os Municípios até o advento da Constituição de 88 não eram considerados partes descentralizada do Estado Federado. Deixaram de serem unidades político-administrativas autônomas para, finalmente, garantir o status de entidades federadas, ao lado da União, dos Estados-Membros e do DistritoFederal.
Em termos de concurso este é o ponto mais importante deste capítulo. A prática de desmembramento de Municípios para criar novos Municípios vinha sendo muito rotineira. Em Pernambuco, por exemplo, entre muitos outros, o município de Tamandaré foi criado a partir do desmembramento de parte do município de Rio Formoso e este é apenas um dos muitos exemplos.
A Emenda Constitucional nº 15, de 12/9/1996, deu nova redação ao §4º do Art. 18 da CF. Antes havia muita facilidade e, de certo modo, houve proliferação de municípios sem condições financeiras mínimas. Com a nova redação, espera-se tornar mais difícil e responsável a criação de novos municípios, tendo em ser necessária a ocorrência de quatro condições:
● Plebiscito;
● Lei estadual específica que crie determinado município;
● Lei complementar federal que estabeleça o período possível em que poderão ser criados;
● Divulgação, na forma da lei, dos requisitos genéricos de viabilidade exigíveis e a publicação de estudos de viabilidade municipal. Para Alexandre Moraes esta lei será federal.
As regras para a elaboração das Leis Orgânicas dos Municípios se encontram no Art. 11, parágrafo único, do ADCT:
O Município não dispõe de Poder Judiciário. Os processos de interesse dos Municípios são julgados em varas especializadas da Justiça Estadual.
O Município exerce competências administrativas (Arts. 23 e 30 IV a IX), organiza e presta os serviços públicos de interesse local (Art. 30, V) dispõe de competências tributárias próprias através da instituição e arrecadação de seus próprios tributos (Art. 30, III, c/c Arts.145 e 156) e ainda de competências legislativas sobre assuntos de interesse local e de suplementação da legislação federal e da estadual no que couber (CF, Art. 30, I e II).
Importante ressaltar a Emenda Constitucional nº 58 de 23/09/09 que alterou a forma de composição das Câmaras Municipais inserindo no Art. 29, IV, as alíneas d até x, reestruturando a forma de observância dos percentuais a serem observados no número de Vereadores de 9 a 55 por casa legislativa.
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal é a capital do País. Foi o local escolhido para concentrar os centros de decisão política na nação. Brasília foi concebida por Juscelino Kubitschek, transferindo a capital do Sudeste, Rio de Janeiro, para o Centro-Oeste, localizado no Estado de Goiás. A versão oficial para a modificação foi que a decisão teve a intenção de tornar a capital do País segura contra invasões estrangeiras e incrementar o desenvolvimento da região Centro-Oeste.
O Distrito Federal é um ser híbrido no modelo federalista brasileiro, pois exerce as funções de Estado e Município ao mesmo tempo. Brasília tem a dualidade de competência e em conseqüência, dispõe de tributos estaduais e municipais, o que lhe propicia uma maior arrecadação, podendo oferecer à população serviços públicos de melhor qualidade.
É vedada a divisão do Distrito Federal em Municípios.
O Poder Judiciário no Distrito Federal apresenta especificidade, quando comparado com o dos Estados, na medida em que é organizado e mantido pela União. O Poder Legislativo será exercido por uma Câmara Legislativa composta dos Deputados Distritais. Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no Art. 27, relativo aos Deputados Estaduais.
O Distrito Federal dispõe de competências administrativas (Art. 23), de competências tributárias (Arts.145 e 155) e ainda ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (CF, Art. 32, § 1º). Pode, ainda, nos termos da CF e das leis que adotar, dispor livremente sobre onde aplicar as suas receitas.
QUADRO RESUMO
Fases de Criação/transformação de Entes Federativos - Art. 18 §§ 2º,3º,4º CF
Plebiscito
Lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional
Lei estadual criadora
Estudo de Viabilidade na forma da lei
Território
=X=
Sim
(LC criadora)
=X=
=X=
Estado
Sim
Sim
(LC criadora)
=X=
=X=
Município
Sim
Sim
(LC determinará o período)
Sim
Sim
Art. 18: A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 3º reza: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º reza: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estados de Viabilidade Municipal, apresentados na forma da lei.
ATENÇÃO: A Emenda Constitucional nº 57, de 18/12/08 acrescentou o Art. 96 no ADCT para convalidar os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.
VEDAÇÕES AOS COMPONENTES DA FEDERAÇÃO
CRFB/88
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
No Estado brasileiro inexiste religião oficial. Existe total separação e independência entre Estado e igreja, por isto recebe o nome de Estado laico. Ligações íntimas entre órgãos do Estado e as igrejas poderiam manipular a crença. A colaboração é permitida nas ações de interesse público, tais como o socorro às pessoas vítimas das calamidades.
Os documentos públicos têm fé pública. Fé pública é a certeza de que tais documentos são verdadeiros. Trata-se de presunção relativa (juris tantum) porque admitem prova em contrário, no entanto, inverte-se o ônus da prova, ou seja, quem duvidar de documentos públicos terá que apresentar provas.
O inciso III, do Art. 19, enfatiza o princípio da igualdade, previsto no Art. 5º, I. Além deste, no capítulo da nacionalidade (§2º, Art. 12), existe uma norma proibindo diferenças entre brasileiros: “a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
==XXX==
Leitura Complementar - 01
	
	COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL
	
	http://direitofeitodireito.blogspot.com.br/2013/05/mapa-mental-competencia-constitucional.html
	
	Mapa Mental => 01-MM-CV-Estado - Competência Constitucional
	
	COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL
Sendo a Federação o sistema de organização de Estado adotado pelo Brasil, surge-se o problema da repartição, da distribuição de competências entre o governo central (União), Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios.
No entendimento de José Afonso da Silva, competência “é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, ou a um órgão, ou ainda a um agente do poder público para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de poder de que servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções.
A federação inadmite a hierarquização entre seus entes, ou seja, não é a União superior aos Estados e Estados aos municípios. No estudo a seguir deve-se levar em consideração que a competência é, em regra, HORIZONTAL (e não vertical), significando dizer a não hierarquia entre os entes da federação.
Fonte: http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/COMPET%C3%8ANCIA%20CONSTITUCIONAL
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0020/Aula-001/WLAJ/DPMD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0020/Aula-001/WLAJ/DP

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