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Aula 04 História p/ Bombeiros-PE Professor: Sergio Henrique 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 1 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. SUMÁRIO 00. Bate papo inicial. Pág. 02 1. O segundo reinado (1840-1889). Pág. 03 2. A escravidão na história. Pág. 06 3. A escravidão mercantil da idade moderna. Pág. 07 4. A escravidão africana. Pág. 08 5. As feitorias, mercados de escravos e o tráfico negreiro. Pág. 09 6. Por que trouxeram europeus. Pág. 15 7. Exercícios Resolvidos. Pág. 20 8. Exercícios Propostos. Pág. 30 9. Considerações finais. Pág. 53 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 2 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 00. BATE PAPO INICIAL. Olá amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de história. Estudar as aulas anteriores, é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 3 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 1. O SEGUNDO REINADO (1840-1889). Foi o período do governo de D. Pedro II. Está entre os monarcas que ficaram mais tempo no poder. Foi um período de estabilidade política, se comparado com os períodos anteriores de crescimento econômico devido ao ciclo do café, de modernização, com a instalação das primeiras ferrovias, da Guerra do Paraguai, da abolição da escravidão e da migração europeia para o Brasil. A Revolução Praieira foi o último grande movimento liberal de contestação à ordem monárquica. Aspectos políticos: Logo no início do Segundo Reinado os movimentos separatistas foram sufocados pelas tropas imperiais. Encerram-se as guerras civis e o país é ³pacificado´. D. Pedro instituiu o parlamentarismo, que ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. Isso porque no modelo inglês (o primeiro), o rei é uma figura diplomática e simbólica e quem governa é o primeiro ministro, que é indicado pelo parlamento. Aqui o rei é o 4° poder (o poder moderador) e o primeiro ministro é indicado por ele. As disputas políticas eram ferozes entre os liberais e os conservadores. Para amenizar as disputas políticas o imperador instituiu o ministério da conciliação. A cada ano o ministério era trocado e alternado. Um gabinete era conservador e o outro ano liberal. Foi assim até a proclamação da república. Aspectos econômicos: Foi um período de grande prosperidade econômica devido ao ciclo do café. O Brasil foi durante décadas o maior produtor e exportador de café do mundo. O modelo agrícola era o implantado pelos portugueses e que permanece até os dias de hoje: O plantation (monoculturas de exportação em latifúndios). O café começou a ser plantado no RJ e espalhou-se pelo estado de SP que foi seu maior produtor, chegando ao sul de MG. A principal região produtora era o 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 4 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Vale do Paraíba (entre SP e RJ). Quando foi para o interior no Oeste Paulista foi necessária a instalação de ferrovias, devido à distância do litoral, promovendo uma grande modernização no Brasil que até àquela altura transportava o gado através dos tropeiros. Não havia indústrias no país e tudo o que consumíamos de origem industrial era da Inglaterra. Desde os tratados de comércio e navegação de 1810 os ingleses pagavam impostos muito reduzidos, a ponto de nossa arrecadação de impostos não cobrir os gastos do Estado. Dessa forma o ministro da fazenda criou uma tarifa protecionista que aumentava os impostos dos ingleses, a Tarifa Alves Branco. Os Ingleses não gostaram e há tempos vinham pressionando o Brasil a abolir o tráfico de escravos, então fizeram isso a força decretando o Bill Aberdeen. De acordo com esta medida inglesa eles poderiam abater qualquer navio brasileiro que tivesse carregado de africanos para serem escravizados. A pressão inglesa fez com que fosse lançada em 1850 a Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico de escravos. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 5 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Eusébio de Queiroz foi um proeminente político e magistrado carioca, estudou direito em 1832 da faculdade de direito de Olinda. Entre as consequências desta lei foi o aumento do tráfico interno (a região nordeste com a economia decadente vendia os escravos para o sudeste. Neste contesto Pernambuco recebeu milhares de escravos ilegalmente e foi o principal ponto de entrada de africanos ilegalmente no país, principalmente em Porto de Galinhas. Os africanos vinham com a mãos entre os pés, e anunciavam a chegada das galinhas, quando os navios negreiros aportavam), a imigração europeia (pois com o fim do tráfico, em pouco tempo a escravidão acabaria), e a lei de terras (toda terra teria que ser comprada à vista em leilão. Uma medida para impedir que imigrantes tivessem acesso à terra). A imigração europeia: A Europa no século XIX passava por diversas guerras. A Itália e a Alemanha sobretudo, pois estavam vivendo as Guerras de Unificação. Muitos europeus querendo novas terras para viver. Os principais grupos de imigrantes foram os Alemães, Italianos, Suíços e Poloneses. As primeiras levas de imigrantes vinham com promessa emprego e pagariam a passagem de navio e estadia com trabalho. Devido a super exploração alguns países europeus inclusive proibiram a imigração para o Brasil. A imigração só deu certo quando foi financiada pelo governo e o imigrante chegava sem dívidas. Assim foi instituído o colonato. Os italianos ficaram principalmente em SP e os poloneses e alemães no sul do Brasil. A Guerra do Paraguai. (1865-1869). O Paraguai era um país em franco desenvolvimento econômico e industrial. Entrou em conflito com os países da Bacia do Prata (Brasil, Argentina e Uruguai). 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 6 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Solano Lopes, ditador paraguaio queria uma saída para o mar, enquanto D. Pedro II defendia a livre navegação no rio da prata. E pretendia seu controle. Brasil e Argentina foram estimulados pela Inglaterra à entrar em guerra com o vizinho. Foi um dos conflitos mais sangrentos da História. O Paraguai foi destruído e mais de 70% de sua população masculina foi morta. As dívidas contraídas pelo governo brasileiro foram enormes. Foi também um grande estímulo ao fim da escravidão, pois muitos negros foram lutar com a promessa de alforria. Após o conflito o exército torna-se uma instituiçãoforte e com grande participação na política nacional. Aderiram ao abolicionismo e ao republicanismo. 2. A ESCRAVIDÃO NA HISTÓRIA. Vamos analisar o histórico da formação da escravidão e da sociedade escravista em nosso país e as suas marcas que são sentidas até hoje. A cultura africana influenciou profundamente na formação da nossa sociedade. Podemos sentir isso no nosso vocabulário, jeito de falar, nossa cultura afetiva e ritmos, porém também herdamos as cicatrizes de uma sociedade escravista e ainda há racismo e uma cidadania incompleta à muitos afrodescendentes. A escravidão é uma instituição muito antiga na humanidade e já ocorria nos primórdios da civilização humana no Egito e Mesopotâmia. As sociedades clássicas (Grega e Romana) eram escravistas e tinham neste modo de produção a organização fundamental de sua economia e organização social. Os gregos e romanos desprezavam o trabalho manual e quem os realizava. Os escravos eram tidos como seres inferiores e na condição de animais. As formas mais comuns de se tornar escravo na antiguidade eram através de Guerra (prisioneiros) ou dívida. O que caracteriza a escravidão é o fato da pessoa ter sido reduzida a condição de objeto, portanto propriedade privada, que pode ser comprada e vendida e não a rotina rigorosa de trabalho. Na escravidão grega e romana os cativos (que vive em cativeiro) podiam 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 7 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. ser usados no trabalho agrícola ou nas minas, em que tinham uma vida miserável e super explorada por um trabalho rigoroso, no entanto podiam ser escravos caseiros e de figuras políticas importantes, e seu trabalho podia ser cuidar da casa ou dos negócios de seu dono, enquanto ele se dedicava à filosofia e política. Portanto o que caracteriza a condição de escravo é a de ser uma propriedade. Na antiguidade não se baseava em critérios raciais. 3. A ESCRAVIDÃO MERCANTIL DA IDADE MODERNA. O trabalho escravo africano foi introduzido no Brasil pelos colonizadores portugueses. Era uma forma de escravidão com alguns elementos diferentes da escravidão antiga. Ela se caracterizou por ser uma modalidade de escravidão mercantilista e baseada em critérios raciais. Os europeus possuíam uma visão eurocêntrica do mundo e consideravam-se portadores da civilização. Entre os fatores que faziam os europeus sentirem-se superiores era a tradição da religião católica e inclusive um dos fatores que estimulou os portugueses colonizarem o Brasil era a expansão dessa fé. Essa visão justificou moralmente a escravidão do africano: Converteriam os QHJURV�³VDOYDQGR�VXDV�DOPDV´��HP�WURFD�WUDEDOKDULDP�DTXL�QD�WHUUD��2V� portugueses poderiam ter escravizado os indígenas encontrados por aqui, mas além da resistência tribal, os índios eram defendidos pela Igreja Católica que os convertiam nas Missões Jesuíticas. Mas o que explica realmente a opção pela escravidão dos africanos? A resposta encontraremos na dinâmica econômica da época: Os escravos africanos eram valiosos e seu trafico movimentava um comércio riquíssimo no atlântico sul (entre Brasil e África). Inclusive as maiores fortunas no Brasil colonial eram de traficantes de escravos, mais ricos e poderosos que os senhores de engenho. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 8 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Comércio triangular 4. A ESCRAVIDÃO AFRICANA. As tribos africanas também conheciam a escravidão. Ela era bastante diferente da introduzida pelos europeus. Tratando-se de uma forma de escravidão que submetia as tribos derrotadas à guerra. Os derrotados eram humilhados e submetidos à escravidão por temporadas. Após algum tempo os homens eram libertados, e mantinham certo grau de dignidade das pessoas com a manutenção de seus nomes, famílias e até casas. Não se tornariam mercadorias até a introdução desta dinâmica pelos europeus. O português passou a mudar profundamente a dinâmica interna das tribos africanas, ao negociar os prisioneiros de guerra que passaram a ser vendidos através do escambo: Eram trocados por cachaça e tabaco. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 9 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 5. AS FEITORIAS, MERCADOS DE ESCRAVOS E O TRÁFICO NEGREIRO. Assim que os africanos eram capturados e vendido aos portugueses eles eram levados ao litoral até as feitorias. Feitorias eram grandes fortes militares que eram estabelecidos no litoral. Além de defesa militar eram também usados para armazenar mercadorias. Era uma prática comum dos portugueses a construção de feitorias em todo o seu Império Colonial. No Brasil armazenavam Pau- Brasil no período colonial. Na África, em Angola e na Guiné armazenavam africanos escravizados até a chegada dos navios negreiros. Cuidado para não confundir o termo feitor com feitorias. Os feitores eram capatazes responsáveis pelo trabalho escravo nas lavouras, pelos castigos e disciplina dos negros. Eram embarcados nos navios negreiros superlotados. Eram acorrentados com os braços entre as pernas e recebiam uma alimentação pobre em meio à péssimas condições sanitárias. No trajeto a mortalidade era muito alta e eram jogados os mortos e doentes ao mar. Isso rendeu a eles o apelido de ³navios tumbeiros´. Chegados aqui eram desembarcados e expostos nos mercados de escravos. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 10 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Como era a vida do escravo? Toda a vida no Brasil foi permeada pelo trabalho escravo. As principais regiões produtoras de cana e ouro formaram as principais concentrações populacionais. Mas uma diferença ocorria. Era bem 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 11 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. diferente a escravidão nas minas que nas regiões produtoras de açúcar. No Nordeste foi implantado o plantation da cana de açúcar com a mão de obra escrava africana. A sociedade toda era rural e a vida de todos circulavam em torno da grande propriedade e a vida lenta em torno da Casa Grande e Senzala1. Haviam os escravos da lavoura e os caseiros. Os primeiros submetidos sempre aos rigores do trabalho que iniciava às madrugadas e rasgava dia adentro, e aos rigores do chicote do Feitor ou do Capitão do Mato. Os segundos submetidos aos caprichos do senhor��GD�³VLQKi´ H�GRV�³VLQKR]LQKRV´�� Durante o ciclo da cana de açúcar o Brasil não conheceu a vida urbana, mesmo considerando a urbanização que foi feita em Pernambuco pelos holandeses que lá estiveram invadindo pelo século XVII. O ciclo do Ouro transformou profundamente o país. Para lá migraram milhares de pessoas, que se aglomeraram de forma bastante desordenada surgindo aqui nossa primeira experiência com a urbanização: A urbanização espontânea que se seguiu ao aglomerarem milhares de pessoas nas minas, fazendo acontecer uma dinâmica de urbanização, com desenvolvimento do comércio e de um mercado consumidor interno. A escravidão nas minas fora tanto uma escravidão extremamente desgastante nas lavras, como também escravos urbanos. Os escravos de lavras (minas) além do árduo trabalhode romper a rocha e escavar as minas, estavam submetidos à um clima frio e úmido a maior parte do ano e a umidade das minas. As doenças eram frequentes e a expectativa destes homens escravizados era de bem menos que uma década. Já a experiência da escravidão urbana trouxe algumas modalidades de escravidão muito particulares, como por exemplo os chamados escravos de ganho. Eram escravos pertencentes a pessoas de pequena fortuna, comerciantes e vendedores, que adquiriam seus escravos e os colocavam para trabalhar em troca de uma suave compra de sua alforria. Muitos 1 Casa-Grande & Senzala é um livro do sociólogo brasileiro Gilberto Freyre publicado em 1933. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 12 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. africanos não só conseguiram comprar a própria alforria, mas também de outros membros de suas tribos originárias e em outros casos, apesar da segregação racial, enriqueceram e tornaram-se proprietários de escravos. Formas de resistência do africano. A escravidão é uma forma de submissão muito violenta. Violenta em muitos sentidos: Não somente é cruel devido à enorme violência física praticada, mas a violência moral à que é submetido o escravizado. Entre as razões da alta mortalidade entre a captura no interior da África e a fazenda em que viveria era a violência praticada para inibir reações de resistência e tentativas de revolta. Nas feitorias africanas ainda eram separadas as famílias, tribos e línguas. Misturavam diversos dialetos e tribos inimigas nos mesmos navios. Tudo isso para evitar a comunicação e inibir revoltas. O mesmo procedimento era feito no Brasil nos mercados escravos e senzalas. Muitos africanos não aceitaram a condição e reagiram de diversas 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 13 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. formas, que caracterizam a resistência a escravidão. Ela acontecia de diversas formas, desde o suicídio até a formação de quilombos. As principais formas de resistência eram: 9 Suicídio. 9 Abortos. 9 Revolta contra os feitores e senhores, tomando a fazenda. 9 Trabalho lento. 9 Fugas. 9 Formação de quilombos. E devemos destacar também as formas de resistência culturais tais como: 9 A capoeira. 9 A manutenção das práticas culturais religiosas como o candomblé ou sua mistura (sincretismo) com o catolicismo quer dará origem à umbanda. O processo de abolição da escravidão: O fim da escravidão no Brasil ocorreu em 13 de maio de 1888. O último país da América a abolir a escravidão. Foi o resultado de um 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 14 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. processo que teve seu início no ano de 1950, com a promulgação da lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico de escravos. Podemos caracterizar o processo de abolição da escravidão como gradual, pois foi um lento processo legislativo e intelectual associado às práticas da resistência dos negros à escravidão e as transformações que estavam ocorrendo na economia e políticas nacionais. Vamos analisar melhor este processo: Durante o século XIX a economia brasileira era totalmente dependente da Inglaterra. Esta dependência remonta ao ano de 1808 quando a Família real portuguesa se transferiu junto com a corte para o Brasil, e assim o príncipe regente D.João VI declarou a ³DEHUWXUD� GRV� SRUWRV� jV� QDo}HV� DPLJDV�� (P� ����� DVVLQRX� FRP� RV� ingleses os ³WUDWDGRs de comércio e navegação com as nações DPLJDV´. (Lembre-se que neste contexto a corte foi transferida devido às ameaças de Napoleão Bonaparte e foram escoltados pela marinha inglesa). Desde esta época éramos totalmente dependentes da importação dos industrializados ingleses e nossa diplomacia era normalmente alinhada com os interesses ingleses. Já na época dos tratados de comercio e navegação, constava uma cláusula em que o Brasil se comprometia a dar início ao processo do fim da escravidão abolindo o tráfico de escravos. Em 1831 é promulgada uma lei no império que não foi cumprida. Ela foi aprovada mais para atender às pressões inglesas. Essa e outras medidas tomadas com o intuito de aparentar uma iniciativa pelo fim da escravidão ficaram conhecidas como leis para inglês ver. A balança comercial brasileira passava por frequentes déficits por volta da quarta década do século XIX. Era ainda o início do cultivo do café no RJ e as receitas do Estado Monárquico dependiam bastante dos impostos de importação (já que éramos pouco industrializados e nossos produtores rurais possuíam muitos privilégios fiscais e econômicos). No ano de 1844 o então ministro da fazenda Manuel Alves Branco que criou uma nova tarifa protecionista. Os ingleses tinham privilégios nos impostos que eram impressionantes. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 15 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Pagavam uma taxa de 15% ad valorem (sobre o valor do produto). Para termos uma ideia, quando esta taxa foi instituída nos tratados de 1810, Portugal pagava 16% para exportar para o Brasil que era seu próprio território. Era uma forma de além de aumentar a arrecadação do Estado servia de estimulo a iniciativa da indústria nacional, que ainda não havia se desenvolvido por ser muito pouco competitiva. Foi criada a tarifa Alves Branco, uma tarifa protecionista que aumentava os impostos sobre os produtos ingleses. Como vimos anteriormente, a Inglaterra reagiu violentamente e determinou o Bill Aberdeen: A Inglaterra declarou que derrubaria todos os navios negreiros brasileiros em qualquer ponto entre a África e nossa costa. A reação inglesa estimulou a criação em 1850 da lei Eusébio de Queiroz (Abolição do tráfico negreiro), que desta vez foi posta em prática. 6. POR QUE TROUXERAM EUROPEUS. Havia muitas pessoas para trabalhar no Brasil. Então por que trazer europeus? A resposta poderá ser encontrada nas correntes do pensamento científico da época. Havia uma corrente de pensamento que ficou conhecida como Darwinismo Social. Eram teorias pseudocientíficas (falsas cientificamente) e racistas que eram bastante aceitas na época. A miscigenação era vista como ruim e os negros, ameríndios e asiáticos eram raças inferiores e eram dominadas pelos brancos europeus porque eles eram raças mais evoluídas. Era esse pensamento que justificava a dominação europeia pelo mundo. Surgiu no Brasil a chamada Teoria do Branqueamento, que sugeria que para o Brasil desenvolver uma nação evoluída deveria miscigenar a população com europeus para que ela fosse se embranquecendo. Essas teorias foram muito aceitas até o início do século XX. Surgiu na época o Movimento Abolicionista. Entre seus principais nomes estavam o deputado nordestino Joaquim Nabuco, o Jornalista e advogado negro Luís Gama e o poeta Castro Alves. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 16 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Joaquim Nabuco, intelectual e político pernambucano, foi o principal nome do Brasil à época no combate contra a HVFUDYLGmR�� e� GHOH� D� REUD� PDLV� LPSRUWDQWH� GR� SHUtRGR� ³2� DEROLFLRQLVPR´. Eram realizadas palestras, debates manifestações e auxílio a fugados negros da senzala. Além da atuação urbana e intelectual havia a poderosa defesa no parlamento federal pela abolição. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 17 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Castro Alves era Baiano e estudou direito na faculdade do Recife. Nas artes foi o abolicionista mais destacado, sendo conhecido como poeta dos escravos. Seu texto mais famoso é ³R�QDYLR�QHJUHLUR´�� Havia uma preocupação entre os conservadores do processo abolicionista que ela acabasse rapidamente. Entre 1850 e 1888 foram também aprovadas a lei de 1871 do ventre livre, de 1885 dos Sexagenários. Leis que foram feitas mais para aplacar as exigências populares que efetivamente para dar fim a escravidão. Em 1888 à contragosto dos grandes cafeicultores cariocas foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea. 1850: Lei Eusébio de Queiroz. 1871: Lei do Ventre Livre. 1885: Lei dos Sexagenários. 1888: Lei Áurea. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 18 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Quando finalmente foi criada a lei que abolia definitivamente a escravidão, ela já havia se tornado inviável. Com a diminuição do número de escravos eles se tornaram muito caros, e o trabalho das fazendas paulistas que concentravam os imigrantes italianos tinham se mostrado muito mais produtivas e viáveis. A escravidão por fim já era um mal negócio Heranças da escravidão na cultura e sociedade: De acordo com Gilberto Freyre o Brasil é a síntese cultural do Europeu, Africano e indígena. Do europeu herdamos a forma de organização do Estado, Religião, modo de produção. Aos indígenas devemos grandes contribuições linguísticas, alimentares (a mandioca e derivados, por exemplo) e o hábito de banho diário. Ao africano devemos nossas raízes culturais mais profundas. A influência não somente no vocabulário, mas também do jeito de falar, a doçura das palavras e o amolecimento dos termos. Nossos ritmos são muito influenciados (samba e percussões regionais), nossa alimentação (feijoada, acarajé), e o jeito de ser do brasileiro, bastante alegre, receptivo e emotivo. Podemos considerar estas heranças como positivas, mas há as marcas negativas e deletérias deixadas pela escravidão. Talvez a mais evidente seja o racismo. Devemos destacar também a dificuldade de desenvolver a cidadania para muitos afrodescendentes, que após a abolição da escravidão foram abandonados e amontoados em cortiços urbanos ou nas periferias, e numa ordem capitalista competitiva em que estavam inseridos. Vão passar por muitos rigores e desvantagens em um país, principalmente naquela época muito racista, e vão ter muita dificuldade de superar estes obstáculos impostos e desenvolver sua cidadania plena, tendo acesso ao ensino superior, trabalho digno e moradia. Podemos citar também a sexualização do negro, e suas descrições na literatura como exótico. Outra marca bastante profunda é ligada a forma como o trabalho é visto pelas pessoas. A cultura brasileira se formou sob uma 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 19 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. situação em que todo o trabalho braçal era realizado por escravos e foi inevitável que desenvolvessem as elites e uma cultura social nacional de aversão a trabalhos manuais. Isso ocorre devido a muito tempo estas atividades serem feitas por escravos, daí a associação. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 20 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. 1. (IAUPE/Upe 2015) A evolução da sociedade brasileira no século XIX apresentou várias características importantes. A primeira foi a ascensão de uma nova cultura de exportação, o café, que formaria a base de uma nova economia escravista de grande lavoura na região Sudeste. A segunda foi o contínuo crescimento das tradicionais culturas coloniais de exportação. (LUNA, Francisco Vidal. & KLEIN, Herbert S. Escravismo no Brasil. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2010. p. 89. Adaptado) Sobre a temática e a realidade apresentadas no texto, analise as afirmativas seguintes: I. O açúcar voltou a ser um produto competitivo no mercado mundial, com o declínio da indústria açucareira em São Domingos e nas Antilhas Britânicas. II. O tráfico negreiro para o Brasil se extinguiu em 1840, com o início do Segundo Reinado. III. A produção brasileira de algodão, após sofrer com a forte competição do Sul dos Estados Unidos na primeira metade do século, reergueu-se na década de 1860, durante a Guerra de Secessão Americana. IV. O crescimento dessas novas e velhas culturas de exportação impediu o início da industrialização brasileira, que só veio a se desenvolver nos primórdios do século XX. V. O crescimento de todas essas culturas de exportação gerou uma demanda sempre crescente por escravos, e, na terceira década do século XIX, o tráfico atlântico chegou ao auge. Estão CORRETAS 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 21 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) I, II e III. b) III, IV e V. c) II, III e IV. d) I, III e V. e) II, IV e V. Resposta: [D] A afirmativa [I] está correta. Com a expulsão dos holandeses, eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas (ilhas do caribe) e até o século XIX, a américa central liderou a produção de açúcar. Quando entra em declínio o açúcar antilhano, a produção de Pernambuco vai novamente receber um impulso. Nesta época o principal produto produzido e exportado pelo pais é o café, mas o açúcar e o algodão eram bastante produzidos. A afirmativa [II] está incorreta porque o tráfico intercontinental só foi proibido em 1850, com a aprovação da lei Eusébio de Queiroz, no contexto da Lei inglesa Bill Aberdeen. A afirmativa [III] está correta. No século XIX na segunda metade do século foi o café produzido no Sudeste, mas Pernambuco produzia muita cana e algodão. Na época o principal produtor e exportador mundial de algodão era os EUA. Em 1860-65 ocorreu a Guerra Civil dos EUA, em que o sul agrário, grande produtor de algodão, teve sua produção comprometida, abrindo mercado para o algodão pernambucano. A afirmativa [IV] está incorreta porque a industrialização brasileira foi incentivada ainda durante o Segundo Reinado, na 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 22 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. chamada Era Mauá, ainda que seu auge tenha ocorrido apenas no século XX, além do mais não foi o crescimento das culturas agrícolas de exportação, que impediram a industrialização. A afirmativa [V] está correta. O impulso agrícola passou a demandar mais braços escravos. Apesar da lei Eusébio de Queiroz (abolição do tráfico) ele se tornou mais intenso num primeiro momento, e boa parte dos escravos que entravam nos portos pernambucanos, além das lavouras locais, eram destinados ao sudeste devido ao ciclo do café. 2. (IAUPE/Upe 2015) Aprópria forma pela qual, em geral, nos referimos aos eventos ocorridos em 15 de novembro de 1889 - a "Proclamação da República" - já incorpora algumas ideias importantes. Em primeiro lugar, a de que ocorreu uma "proclamação". Logo surgem outras ideias, como a de que a República no Brasil teria sido algo inevitável, uma etapa necessária da "evolução" da sociedade brasileira. Ainda mais, podemos imaginar que o fácil sucesso do golpe de Estado seria resultado de um consenso nacional, e que os militares, os principais protagonistas do movimento, teriam atuado de forma unida e coesa. (15 DE NOVEMBRO DE 1889: A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA. CPDOC/FGV. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/ProclamacaoRep ublica) O evento citado no texto teve como principal característica sociopolítica a) uma organização e execução militar. b) D�RSRVLomR�GD�FKDPDGD�µPRFLGDGH�PLOLWDU¶�� 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 23 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. c) uma unidade entre os diversos setores militares. d) a fundamental participação da marinha e de seus oficiais. e) a participação massiva dos Republicanos civis do final do Império. Resposta: [A] A Proclamação da República teve caráter e organização militar, uma vez que os militares, em específico o Exército, foram os responsáveis pelo golpe, chamado Proclamação. Foi orientado pelos ideais positivistas (que lemos na bandeira ³RUGHP� H� SURJUHVVR´��� H� RV� PLOLWDUHV� HUDP� SURIXQGDPHQWH� influenciados por estas ideias, que pregavam o republicanismo com etapa mais evoluída da organização política. Importante destacarmos que o exército se fortaleceu como instituição e aderiu ao abolicionismo e ao republicanismo após a guerra do Paraguai. E o erro das outras? [B] o texto não fala nada disso. [C] o texto sugere diz que não havia unidade de pensamento, mas que temos esta impressão. [D] o texto não se refere a isso. [E] o texto não fala que teve participação popular (civil), e realmente não teve pois foi um movimento elitista. 3. (IAUPE/Upe 2014-adaptada) O Brasil da segunda metade do século XIX viveu um desenvolvimento urbano e econômico, que gerou reflexos na sua produção cultural. Espaço de surgimento e atuação de vários artistas e intelectuais, as cidades do Brasil Imperial foram o palco de uma efervescência artístico-cultural ímpar. Sobre essa realidade, assinale a alternativa CORRETA. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 24 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) Machado de Assis, principal escritor do Modernismo brasileiro, foi autor de várias obras que tiveram ampla aceitação popular, o que lhe proporcionou, inclusive, fama no exterior. b) As pinturas de Pedro Américo refletiam um tom romântico e nacionalista, retratando, inclusive, acontecimentos históricos pátrios. c) Aluísio de Azevedo, grande expoente do romantismo literário no Brasil, sofreu com a censura imperial, em relação a sua obra. d) &DVWUR�$OYHV��JUDQGH�VtPEROR�GR�FKDPDGR�µPDO�GR�VpFXOR¶��IRL�DXWRU� de poesias que tiveram ampla repercussão nacional. Resposta: [B] Este exercício coloquei para fazermos um aprofundamento interessante. Os movimentos artísticos envolvidos com a política. Castro Alves usava a poesia como forma de divulgação das ideias abolicionistas, assim com Joaquim Nabuco, político, cientista e ensaísta. O exercício fala das obras (pinturas de Pedro Américo, representante do romantismo, que cria obras com cenas heroicas e com temas nacionalistas). A proposição [B] está correta. Ao longo do século XIX no Brasil, sobretudo, a partir de 1831 com a abdicação de D. Pedro I que retornou para Portugal, o Brasil procurou construir elementos para a formação da nossa identidade nacional e cultural. Assim, a literatura e as artes foram fundamentais para esta construção. O Romantismo forneceu elementos simbólicos para a formação da identidade nacional. Outro exemplo a SRHVLD�GH�*RQoDOYHV�'LDV�FKDPDGD�³&DQomR�GH�7DPRLR´������³$� vida é luta, viver é lutar, a vida é combate que os fracos DEDWHP���´��� 2� TXDGUR� GH� 3HGUR� $PpULFR� UHWUDWDQGR� D� 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 25 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. independência do Brasil possui uma boa dose de romantismo e idealização. A alternativa [A] está errada pois Machado de Assis é realista, não modernista e na época sua fama era nacional, não internacional (fique tranquilo que não está no edital, mas a arte e política na época é possível ser cobrado numa questão mais complicada, pois Pernambuco é um estado cujas artes sempre foram destacáveis). A alternativa [C] está errada pois a censura à obras e jornais no império era quase inexistente, ao menos podemos afirmar que a liberdade de expressão e imprensa foram bem maiores que após a república, em que a censura foi usada como instrumento político diversas vezes. A alternativa [D] está errada pois Castro Alves foi o poeta dos escravos, romantismo condoreiro. Sua poesia possuía intensões sociais. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 26 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 4. (IAUPE/Upe 2013) Observe um trecho da letra do samba Vai passar, de Chico Buarque de Holanda: Num tempo, página infeliz da nossa história, / passagem desbotada na memória / Das nossas novas gerações. // Dormia a nossa pátria mãe tão distraída / sem perceber que era subtraída / Em tenebrosas transações. // Seus filhos erravam cegos pelo continente, / levavam pedras feito penitentes / erguendo estranhas catedrais. Com base no texto e nos conteúdos referentes à escravidão no Brasil imperial, assinale a alternativa CORRETA. a) A música faz referência à utilização da mão de obra escrava que sozinha ergueu as cidades do passado. b) A música retrata os aspectos desumanos das relações sociais do passado brasileiro que atingiam apenas os escravos. c) Mesmo considerando as dificuldades vivenciadas pelos escravos, como afirma a canção, a conquista de sua liberdade dependia apenas dos seus esforços. d) Apesar dos sofrimentos relativos à condição escrava, era comum, no século XIX, ver, nas grandes cidades, escravos que, por exercerem determinados ofícios, detinham uma certa autonomia. e) Durante o século XIX, a escravidão se limitava aos africanos e a seus descendentes. Resposta: [D] 9RFr�SUHFLVD�SHUFHEHU�D�LPSRUWkQFLD�GR�WHPD�³HVFUDYLGmR´� que, no século XVI, no Brasil, possuía uma questão meramente econômica; já no século XIX, o tema está associado às transformações ocorridas no Brasil e no mundo no que cerne à transformação das ideias política e sociais. No século XIX, no Brasil, os escravos de ganho (escravos com certa autonomia) 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 27 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. passaram para os espaços urbanos, como as zonas portuárias e locais de grande comercialização, antes ocupados somente pela elite, dando ideia de certa liberdade. A alternativa [A] está errada pois a mão de obra predominante era escrava, mas vila rica, capitalmineira por exemplo, tinha muitos escravos de ganho e trabalhadores livres. A alternativa [B] está errada pois as relações sociais descritas podem ser estendidas às pessoas pobres, e esta música por ser uma obra de arte pode referir-se a outros momentos históricos. A alternativa [C] A conquista da liberdade dos escravos foi um longo processo em que participaram através da sua resistência à escravidão, mas não dependia somente de seus esforços, mas principalmente da aprovação da lei de libertação. A alternativa [E] está errada pois a partir da lei do ventre livre os nascidos a partir de 1871 eram livres. 5. (IAUPE/Upe 2013) Quando alguém mencionava, no Brasil dos séculos XVIII e XIX, um africano, o mais provável é que estivesse a falar de um escravo, pois nessa condição amargava a maioria dos homens e mulheres que, vindos da África, aqui viviam. Mas podia também referir-se a um liberto, ou seja, a um ex-escravo. Ou a um emancipado, isto é, um negro retirado de um navio surpreendido no tráfico clandestino. Ou, o que era mais raro, a um homem livre que jamais sofrera o cativeiro. SILVA, Alberto da Costa e. Um rio chamado Atlântico: A África no Brasil e o Brasil na África. 5ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011, p. 157. Sobre o que afirma o texto, analise as seguintes proposições: 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 28 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. I. Nas décadas finais do século XIX, antes da Abolição, uma parcela da população africana do Brasil já estava liberta. II. A Inglaterra destacou-se, no século XIX, pelo combate ao tráfico clandestino de africanos. III. Os escravos urbanos não podiam se tornar libertos. IV. O Brasil proibiu o tráfico negreiro já no final do século XVIII. V. A presença africana no Brasil dos séculos XVIII e XIX caracterizava- se por uma diversidade de condições de vida. Estão CORRETAS a) I, II e III. b) I, III e IV. c) I, II e V. d) II, III e V. e) I, IV e V. Resposta: [C] [I] correta. A escravidão no Brasil teve várias nuances (negros livres, libertos, alforriados). [II] correto. A campanha abolicionista estava sempre presente e chegou ao seu auge no Segundo Reinado com a lei Bill Aberdeen (1845), aprovada pelo parlamento inglês (prisão de qualquer navio brasileiro que comercializasse escravos). A Inglaterra teve uma importante atuação internacional em combate à escravidão. [III] incorreto. Assim como qualquer escravo, tinha a possibilidade de ser liberto. A condição do escravo urbano era mais rápida para sua alforria, pois muitos eram escravos de ganho, ou seja, pertenciam a um pequeno senhor e 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 29 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. trabalhavam vendendo produtos, com parte de seu trabalho comprava alforria. [IV] errada. A lei Eusébio de Queiroz (1850), que proibiu o tráfico de escravos, e com a Lei Áurea (1888), acabando com a escravidão. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 30 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 8. EXERCÍCIOS PROPOSTOS. 1. (Upe 2012) Analise a charge a seguir. A charge de Bordallo Pinheiro, publicada em 1875, mostra o imperador D. Pedro II sendo castigado pelo Papa em clara alusão à chamada questão religiosa. Sobre esse episódio do final do regime monárquico no Brasil, é correto afirmar que a) a tensão entre Estado e Igreja não contribuiu para a crise da monarquia no Brasil. b) a origem da questão foi a não determinação de expulsão de maçons das irmandades religiosas por D. Pedro II, descumprindo determinação papal. c) apesar da opinião pública contrária, o imperador manteve na prisão, até o cumprimento total da pena, os dois bispos por não acatarem suas determinações. d) na província de Pernambuco, as determinações de D. Pedro II foram postas em prática pelo bispo de Olinda. e) após o incidente, a Igreja passou a condenar oficialmente a prática da escravidão negra no Brasil. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 31 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 2. (Upe 2011) A partir das últimas décadas do século XIX, uma série de mudanças importantes e cada vez mais rápidas marcou a cultura e a língua do Brasil, que foram motivadas pelo(pela): a) fim da escravidão, pela chegada de imigrantes, pela industrialização e pelo contínuo deslocamento de milhares de pessoas de áreas rurais para o centro urbano. b) crescimento das cidades que se multiplicaram, tornando-se YHUGDGHLURV� ³FDOGHLU}HV´�GH� Otnguas e pelo Romantismo que surgiu em oposição aos valores da sociedade proletária que então se firmava. c) surgimento do Naturalismo que acentuava a relação entre o indivíduo e o meio ambiente e estimulava a reflexão sobre as condições ambientais de sua época. d) Realismo que retratava a realidade de um modo direto e impessoal, embora se deixasse envolver emocionalmente por ela e pelo deslocamento do eixo cultural do campo para a cidade. e) invenção do cinema que registrava cenas do cotidiano, do sentimento e da história, com a tecnologia do som e a imprensa que divulgava os principais eventos da sociedade. 3. (Upe 2011) ³A história da escravidão africana na América é um abismo de degradação e miséria que se não pode sondar, e, infelizmente, essa é a história do crescimento do Brasil. No ponto a que chegamos, olhando para o passado, nós, brasileiros, descendentes ou da raça que escreveu essa triste página da humanidade ou da raça com cujo sangue ela foi escrita, ou da fusão de uma e outra, não devemos perder tempo a nos envergonharmos desse longo passado que não podemos lavar, dessa hereditariedade que não há como repelir. Devemos fazer convergir todos os nossos esforços para o fim de 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 32 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. eliminar a escravidão do nosso organismo, de forma que essa fatalidade nacional diminua em nós e se transmita às gerações futuras, já apagada, rudimentar e atrofiada´� (NABUCO, J. Essencial. São Paulo: Penguin / Companhia das Letras, 2010) Comemoramos, em 2010, o centenário de morte de Joaquim Nabuco (1848-1910), uma das grandes figuras políticas do império, destacando-se como um dos principais nomes da campanha abolicionista no Brasil do século XIX. Sobre a escravidão no Brasil, analise as afirmativas abaixo e conclua. ( ) Apesar da força da campanha abolicionista, a escravidão no Brasil adentrou o século XX como a principal mão de obra da economia imperial. ( ) O contexto de expansão das ideias abolicionistas no Brasil foi influenciado pela pressão inglesa pelo fim do tráfico atlântico e pelos interesses europeus pela exploração econômica do território africano. ( ) Mesmo depois da proibição oficial do tráfico negreiro para o Brasil em 1850, escravos ainda entraram ilegalmente, no território brasileiro. ( ) A exploração do trabalho escravoafricano no Brasil do século XIX estava intimamente ligada à produção cafeeira. ( ) Joaquim Nabuco era um pregador solitário contra a escravidão em territórios brasileiros, por isso não podemos perceber a campanha abolicionista no Império como um dos fatores para a extinção da escravidão negra no país. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 33 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 4. (Upe 2011) Dentre as revoltas políticas e sociais que abalaram o Império do Brasil, a Revolta Praieira se destaca. Para muitos historiadores, essa revolta ocorrida em Pernambuco, em 1848, foi a última atribulação política interna do império. Sendo assim, sobre a Praieira e seu contexto histórico, podemos assinalar que a) no Pernambuco da primeira metade do século XIX, a mão de obra escrava não era mais essencial para a produção do açúcar. b) não podemos enquadrar a Praieira no conjunto das revoltas liberais que abalaram o Pernambuco no oitocentos. c) não há como se analisar a Praieira, sem se considerar a atuação do partido liberal na província de Pernambuco. d) em essência, as propostas da Praieira divergiam dos movimentos de 1817 e 1824, por não compactuar dos ideais do liberalismo. e) a repressão estatal, empreendida por D. Pedro I, debelou rapidamente os insurgentes da Praieira. 5. (Upe 2011) Leia o texto abaixo: 2V�FDWLYRV�GR�(QJHQKR�6DQWDQD��«��DSyV�D�H[SXOVmR�GRV�MHVXtWDV�HP� 1759 (...) provocaram a paralisação do engenho por dois anos; porém, atacados por expedições militares, foram finalmente levados a propor um tratado de paz, estabelecendo as condições sob as quais retornariam à servidão. Sílvio Ferreira fingiu aceitá-las e prometeu alforriar o líder, mas, quando os rebeldes retornaram, conseguiu que fossem presos. O trabalho proposto fornece-nos uma rara oportunidade de conhecer as aspirações dos cativos e de formar uma imagem de sua percepção da vida em um engenho. A maior parte das reivindicações referia-se a condições de trabalho específicas e a necessidades mínimas de conforto material. Procurava-se limitação das tarefas desagradáveis, redução de cotas de trabalho e um número 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 34 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. mínimo de trabalhadores em determinados serviços. O castigo corporal não era mencionado, e evidenciava-se a rivalidade entre crioulos e africanos. A preocupação maior dos escravos era ter sua própria terra, cultivar o seu próprio alimento e comercializar o excedente. Pediam as sextas- feiras e os sábados livres para dedicarem-se a seus próprios afazeres, o direito de plantar arroz e cortar madeira sempre que desejassem e de serem-lhes dadas redes e canoas. SCHWARTZ, S. B. Apud CARMO, P. S. do. História e ética do trabalho no Brasil. São Paulo: Moderna, 1998. O texto nos dá uma ideia pouco conhecida do sistema escravista, que marcou a História do Brasil, considerando que ( ) para os senhores, reivindicações como essas soavam estranhas, pois tinham como padrão rígido o negro escravizado, cujos pensamentos e cujas vontades nunca eram levados em consideração. ( ) o desejo e a recompensa de liberdade eram a forma mais eficaz de estímulo ao trabalho. ( ) a Guerra do Paraguai (1865-1870) exerceu um incentivo para o escravo se distanciar do sofrimento da labuta. ( ) os escravos, em seus cultos, resistiam simbolicamente à dominação. O candomblé representava um ritual de liberdade, um ato de protesto, uma reação à opressão da religião branca. ( ) o desenvolvimento do capitalismo do século XIX tornou o sistema escravista inoperante, significando a melhoria das relações de trabalho, ao absorver a mão de obra ex-escrava nas novas atividades industriais. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 35 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 6. (Fgv 2015) Durante muito tempo, o fim da escravidão no Brasil foi visto como uma concessão generosa da princesa Izabel, em 1888. Atualmente, os historiadores reconhecem o papel das lutas dos escravos pela liberdade, bem como dos diversos movimentos abolicionistas brasileiros. Foram líderes abolicionistas negros: a) o advogado Joaquim Nabuco, o médico Nina Rodrigues e o engenheiro André Rebouças. b) o fazendeiro Nicolau de Campos Vergueiro, o engenheiro Francisco Pereira Passos e o jornalista José do Patrocínio. c) o médico Nina Rodrigues, o fazendeiro Nicolau de Campos Vergueiro e o advogado Luís Gama. d) o engenheiro Francisco Pereira Passos, o advogado Rui Barbosa e o médico Nina Rodrigues. e) o advogado Luís Gama, o engenheiro André Rebouças e o jornalista José do Patrocínio. 7. (Enem 2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade. NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha 2000 (adaptado). 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 36 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra. b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais. c) optava pela via legalista de libertação. d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores. e) antecipava a libertação paternalista dos cativos. 8. (Enem PPL 2012) TEXTO I Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos. NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 12 out 2011 (adaptado) TEXTO II Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão internacional para a causa abolicionista, publicando em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 37 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. &267$�H�6,/9$��3��³8P�DEROLFLRQLVWD�ERP�GH�PDUNHWLQJ´��'LVSRQtYHO� em www.revistadehistoria.com.br. Acesso em 27 de jan. 2012 (adaptado) Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravistano Brasil ocorreria como resultado da: a) Evolução moral da sociedade. b) Vontade política do Imperador. c) Atuação isenta da Igreja Católica. d) Ineficácia econômica do trabalho escravo. e) Implantação nacional do movimento republicano. 9. (Enem 2008) O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: "Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 10) o espírito daqueles que criavam a opinião pela ideia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos "meetings" [reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 20) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 30) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas 'fábricas'; 40) a ação da política dos estadistas, representando as concessões do governo; 50) a ação da família imperial." Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005. p. 144 (com adaptações). Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 38 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. foi o resultado de uma luta a) de ideias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial. b) de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posteriormente, ações republicanas. c) partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial. d) política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza. e) religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza. 10. (Espm 2007) Tendo atuado como advogado e jornalista, colaborou em vários jornais abolicionistas, satíricos, literários e políticos. Dedicou-se a defender escravos nas Cortes de Justiça e frequentemente ocultou em sua casa escravos fugidos, a quem ajudava a escapar à perseguição de seus senhores. Já em 1870 argumentava, em defesa de um escravo que matara seu senhor, que todo escravo que mata o senhor, o mata em legítima defesa. (Emília Viotti da Costa. "A Abolição") O texto deve ser relacionado a um dos abolicionistas brasileiros a seguir: 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 39 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) André Rebouças. b) Joaquim Nabuco. c) Luiz Gama. d) José Bento. e) José do Patrocínio. 11. (Fatec 2007) O problema que nós queremos resolver é o de fazer desse composto de senhor e escravo um cidadão. (Joaquim Nabuco, 1883.) Essa frase expressa o anseio a) por uma divisão racial clara e que deveria ser mantida. b) por uma reforma agrária imediata. c) pela liberdade dos indígenas, até então escravizados. d) por uma sociedade livre e que integrasse os escravos como seus cidadãos. e) pela liberdade dos escravos e sua deportação para a África. 12. (Unesp 2003) Em 1871, porém, a Nação Brasileira deu o primeiro aviso à escravidão de que a consciência a vexava, e ela estava ansiosa por liquidar esse triste passado e começar vida nova. Pode alguém que tenha adquirido escravos depois desta data queixar-se de não ter sido informado de que a reação de brio e do pudor começava a tingir a face da Nação? O preço dos escravos subiu depois da lei (...). (J. Nabuco, "O abolicionismo".) a) Qual a lei que restringiu a instituição da escravidão no Brasil a que se refere Nabuco? 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 40 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. b) Explique o conteúdo dessa lei e por que o autor afirma que, após sua promulgação, "o preço dos escravos subiu". 13. (Ufscar 2001) Leia o seguinte trecho do livro "O Abolicionismo", escrito por Joaquim Nabuco e publicado em 1883. Em 1871, porém, a Nação brasileira deu o primeiro aviso à escravidão de que a consciência a vexava, e ela estava ansiosa por liquidar esse triste passado e começar vida nova. Pode alguém que tenha adquirido escravos depois desta data, queixar-se de não ter sido informado de que a reação do brio e do pudor começava a tingir a face da Nação? O preço dos escravos subiu depois da lei (...) como subira depois de acabado o Tráfico, sendo o efeito de cada lei humanitária que restringe a propriedade humana aumentar-lhe o valor, como o de outra qualquer mercadoria, cuja produção diminui quando a procura continua a ser a mesma. ("O Abolicionismo". Petrópolis: Vozes, 1988, p. 157.) a) Identifique e escreva sobre o conteúdo da lei de 1871, a que se refere Joaquim Nabuco. b) De que forma o autor desenvolve o ponto de vista de que a situação da escravidão começou a mudar após 1871? 14. (Puccamp 1998) A respeito da política antitráfico negreiro, enquanto processo de transição para o trabalho livre no Brasil, pode- se afirmar que a) desenvolveu-se após as exigências apresentadas por Talleyrand, no Congresso de Viena, para a instituição do Reino do Brasil. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 41 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. b) teve início a partir de exigências externas, com a assinatura dos Tratados de 1810 entre Portugal e Inglaterra e, após o "Bill Aberdeen", culminou com a aprovação das Leis Eusébio de Queiróz e Nabuco de Araújo. c) introduziu-se no Brasil como tese econômica defendida pelo romantismo revolucionário ou liberal, que se fundamentava em princípios humanitários defendidos por Alves Branco e Castro Alves. d) teve início no Brasil como exigência dos fisiocratas, para o desenvolvimento do mercado interno e da atividade manufatureira, considerada como a única fonte produtora de riqueza. e) resultou na abolição do tráfico negreiro, graças à nova política alfandegária formulada por Alves Branco, que sobretaxou o ingresso de escravos, tornando o seu valor comercial excessivamente elevado. 15. (G1 - cftmg 2015) ³$YLVD-se a qualquer pai de família, que precise de ama-de-leite para criar algum de seus filhos, especule bem, que não seja a crioula Maria Theodora, filha da criada Anastácia, (...) pois a dita ama costuma tomar pagamento adiantado, e depois mostra-se enfadada, levanta-se com seus amos e, quando os apanha descuidados, foge pela porta fora, deixando a criança sem leite, assim como fez pelas 11 horas da noite do dia 12 do corrente, em uma casa DRQGH�HVWDYD�FULDQGR��FRQVWD�QmR�SDUDU�HP�SDUWH�DOJXPD´��(Diário de Pernambuco, 14 de março de 1846). Sobre o aviso publicado no Diário de Pernambuco, é INCORRETO concluir que 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 42 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) o jornal era utilizado de forma igualitária pela sociedade como veículo de debate. b) o espaço doméstico era marcado pelos conflitos decorrentes das relações escravistas. c) o periódico funcionava como ferramenta pelos senhores para denúncia de criadas insubmissas. d) as exigências feitas pelos patrões para a ama de leite eram motivadas por suas desconfianças. 16. (Uece 2015) Pouco antes da independência, o Brasil possuía em torno de 1.887.900 habitantes livres e 1.930.000 escravos negros. Os escravos concentravam-se principalmente em: a) Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. b) Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. c) Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Paraíba. d) Maranhão, Paraíba, Bahia e Minas Gerais. 17. (G1 - cps 2015) Leia o texto e analise a tabela para responder à questão. O Brasil foi um dos principais destinos dos navios chamados de tumbeiros, que transportavam centenas de africanos durante a existência do regime escravista. Entre os séculos XVI e XIX, estima-se que ao menos 5,5 milhões de africanos tenham sido embarcados para o Brasil, o que representa cerca da metade do total das pessoas capturadas na África para a escravidão nesse período. Desses africanos, calcula-se que 3,6 milhões eram procedentes da África Centro-Ocidental e do Sudeste Africano ± regiões do grande grupo 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 43 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. etnolinguístico banto ± que compartilham elementos culturais, sociais, tecnológicos semelhantes entre si. Africanos centro-ocidentais e do sudeste embarcados para o Brasil, por região de destino Período 1525 1600 1601- 1700 1701- 1800 1801- 1865 Totais D e st in o Amazônia 0 0 17584 34026 51610 Bahia 5647 251782 282999 175963 716391 Pernambuco 18089 222136 212822 229004 682051 Sudeste 1581 220366 719458 1239805 2184399 Outros 287 1581 9009 30812 41689 Totais 28793 695865 1241872 1709610 3676140 De acordo com os dados da tabela, sobre o transporte de africanos para o Brasil, é correto concluir que a) mais de 2 milhões de africanos embarcaram entre 1601 e 1800. b) a Amazônia não recebeu africanos escravizados no século XVIII. c) Bahia e Pernambuco eram o destino da maior parte dessas pessoas. d) o maior número de africanos destinados ao Sudeste embarcou no século XIX. e) a região Sudeste sempre foi o destino da maior parte das pessoas que embarcaram. 18. (Fuvest 2014) O tráfico de escravos africanos para o Brasil 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 44 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) teve início no final do século XVII, quando as primeiras jazidas de ouro foram descobertas nas Minas Gerais. b) foi pouco expressivo no século XVII, ao contrário do que ocorreu nos séculos XVI e XVIII, e foi extinto, de vez, no início do século XIX. c) teve início na metade do século XVI, e foi praticado, de forma regular, até a metade do século XIX. d) foi extinto, quando da Independência do Brasil, a despeito da pressão contrária das regiões auríferas. e) dependeu, desde o seu início, diretamente do bom sucesso das capitanias hereditárias, e, por isso, esteve concentrado nas capitanias de Pernambuco e de São Vicente, até o século XVIII. 19. (Enem PPL 2014) Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos imperiais ± o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. FAUSTO, B. História do Brasil. S Paulo: Edusp, 1996. No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado (1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão indicados, respectivamente, em: a) Abolição da escravidão ± Adoção do trabalho assalariado. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 45 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. b) Difusão da industrialização ± Conservação do latifúndio monocultor. c) Promoção do protecionismo ± Remoção das barreiras alfandegárias. d) Preservação do unitarismo ± Ampliação da descentralização provincial. e) Implementação do republicanismo ± Continuação da monarquia constitucional. 20. (Fuvest 2010) ³(LV� TXH� XPD� UHYROXomR�� SURFODPDQGR� XP� governo absolutamente independente da sujeição à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos SURSXVHPRV�WUDWDU�´ F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854. O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que os insurgentes a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território. b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região. c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão. d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares. e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra. 21. (Ufmg 2007) Leia este trecho de documento: "Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 46 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. mesma origem [...] Um governo provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos. Ajudai-os com [...] a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica é uma nação poderosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos." Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco, em 9 de março de 1817. Considerando-se os princípios que fundamentam a RevoluçãoPernambucana de 1817, é INCORRETO afirmar que seus participantes a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre "Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses". b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como uma atividade econômica importante para a Pátria. c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao Governo Monárquico chefiado por D. João. d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os "Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 47 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Gabarito: Resposta da questão 1: [B] $� ³TXHVWmR� UHOLJLRVD´�� WDPEpP� FKDPDGD� GH� ³HSLVFR-SDSDO´� representou um momento de ruptura não radical entre o Estado monárquico e a Igreja Católica. Desde então os membros da elite religiosa no Brasil se afastaram da política imperial, sendo que muitos membros do baixo clero teciam críticas abertas ao governo. Resposta da questão 2: [A] A alternativa retrata as transformações socioeconômicas do período e as relaciona com as transformações culturais, principalmente linguísticas, na medida em que novos grupos de imigrantes chegaram ao país, apesar de haver certa regionalização. O maior número de imigrantes concentrou-se em São Paulo, mas foram grandes as comunidades de europeus no sul do país ou mesmo em determinadas regiões ao norte. Resposta da questão 3: F V V V F. O Império foi eliminado no final do século XIX, um ano após o fim da escravidão. Uma série de fatores contribuiu para o fim da escravidão no Brasil, dentre eles a campanha abolicionista levada a cabo de um conjunto de intelectuais, destacando-se escritores, jornalistas e advogados. Resposta da questão 4: 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 48 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. [C] A Praieira ocorreu na primeira década do Segundo Reinado e é considerada uma rebelião liberal, influenciada pelos movimentos sociais que se desenvolviam na Europa naquele momento. A Praieira, em Pernambuco, correspondeu à última etapa das agitações políticas e sociais iniciadas com a emancipação. Em 1842, membros do Partido Liberal se rebelaram e fundaram o Partido Nacional de Pernambuco - que seria conhecido como Partido da Praia. Esses inconformados pertenciam a famílias que haviam feito fortuna em época recente, ao longo da primeira metade do século XIX, e tinham como eleitores senhores de engenho, lavradores, comerciantes e bacharéis. Resposta da questão 5: V V V V F. Existem dois grandes erros na última afirmação: o fim da escravidão, mesmo que gradual, e o aumento da mão de obra livre não significou melhora nas condições de trabalho. Os ex-escravos não foram absorvidos pela indústria em expansão, considerados desqualificados para esse tipo de trabalho. A maior parte dos trabalhadores industriais no país eram imigrantes, principalmente de origem italiana. Resposta da questão 6: [E] A luta abolicionista no Brasil contou com a participação de diversas pessoas e o movimento abolicionista teve diversas frentes. Luís Gama, André Rebouças e José do Patrocínio foram negros ou mulatos que, tendo papel de destaque na sociedade (advogado, engenheiro e jornalista, respectivamente), lutaram pelo fim da escravidão. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 49 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Resposta da questão 7: [C] A partir do texto, fica clara a opinião de Joaquim Nabuco: "é no Parlamento, e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade". Resposta da questão 8: [A] &RPR� DPERV� RV� WH[WRV� GHL[DP� FODUR�� 1DEXFR� DVVRFLRX� R� ³WHU� HVFUDYRV´�DR�³FRQVWUDQJLPHQWR´��GHL[DQGR�FODUR�TXH��SDUD�D�VRFLHGDGH� do Segundo Reinado, a escravidão era uma herança moral vergonhosa. Resposta da questão 9: [A] O autor destaca ações de pessoas e grupos diferentes, que adotaram formas e expressões diferentes, através da imprensa, da ação voluntária ou da ação política, congregaram intelectuais, proprietários e políticos, incluindo a família real; todos com o mesmo ideal: a abolição. Resposta da questão 10: [C] Resposta da questão 11: [D] Resposta da questão 12: 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 50 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) Lei do Ventre Livre. b) A lei declarava livres os filhos de escravas nascidos a partir de sua promulgação. Em consequência, "o preço dos escravos subiu" diante da perspectiva de não nascerem mais escravos no país. Resposta da questão 13: a) Joaquim Nabuco refere-se à Lei do Ventre Livre, de autoria do Visconde de Rio Branco. Ela estabelecia que os filhos dos escravos que nascessem a partir daquela data (1871) seriam considerados livres, porém o senhor mantinha consigo o liberto até os 8 anos, quando optava entre uma indenização ou o seu uso como mão de obra gratuita até os 21 anos. b) Joaquim Nabuco denunciou o efeito da lei de 1871 sobre o preço da mão de obra escrava, que estava em alta, como estivera após a extinção do tráfico. Desse modo, a campanha abolicionista, atingindo os interesses dos grandes senhores de terras, aliava aos argumentos humanitários o poderoso argumento da pressão econômica sobre os empresários refratários ao direito de liberdade dos negros. Resposta da questão 14: [B] Resposta da questão 15: [A] Não se pode deduzir, pelo excerto, que existia igualdade na forma de acesso ao jornal por parte de toda a sociedade. Aliás, pelo teor do anúncio, pode-se deduzir o contrário: que a elite branca compunha a maioria dos leitores do periódico. 04178253905 04178253905 - marques Pernambuco II Reinado. Prof. Sérgio Henrique. Página 51 de 53 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Resposta da questão 16: [A] Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao número de pessoas que morava no Brasil no contexto da independência do Brasil. Um pouco mais da metade da população era composta por escravos que estavam concentrados nas regiões de Pernambuco, Bahia (eixo econômico nos séculos XVI e XVII), Rio de Janeiro (capital do Brasil entre 1763-1960) e Minas Gerais (eixo econômico no século XVIII). Resposta da questão 17: [D] A questão remete à quantidade de africanos que foram deslocados de sua terra natal para serem escravos na América Portuguesa. Os navios chamados tumbeiros faziam o embarque. E a observação atenta dos dados contidos na tabela remete à alternativa correta. Resposta da questão 18: [C] A associação de datas está correta: o tráfico começa com o Ciclo do Açúcar, no século XVI, e termina em 1850 (século XIX), com a Lei Eusébio de Queiroz. Resposta da questão 19: [D] Apesar de compartilharem uma série de características e princípios ± a ponto de a frase nada mais conservador
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