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CCJ0051-WL-A-RA-02-TP Argumentação Jurídica -Tipologia Textual-02

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Prof.: Renan Gonçalves Pinto Marques�Disciplina:
CCJ0051��Aula:
002�Assunto:
Tipologia Textual�Folha:
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14/02/2013��
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Prof.: Renan Gonçalves Pinto Marques�Disciplina:
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	Plano de Aula: Teoria e prática da Argumentação Jurídica
TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
Título
Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
2.
Tema
Silogismo a serviço da argumentação.
Objetivos
● Identificar conceito e estrutura do silogismo.
● Estabelecer uma relação entre o raciocínio positivista e o silogismo - método pelo qual aquele se operacionaliza.
● Reconhecer a importância do raciocínio silogístico para a argumentação jurídica.
● Identificar a relevância da razoabilidade para a persuasão de cada tipo de auditório.
Estrutura do Conteúdo
1. Silogismo:
1.1. definição
1.2. estrutura
2. Silogismo e Positivismo.
3. Silogismo e Argumentação.
4. Razoabilidade e argumentação silogística.
Aplicação Prática Teórica
O ensino de Direito no Brasil fundou suas raízes em forte influência do chamado Positivismo jurídico. Segundo essa doutrina, os profissionais que atuam na solução de conflitos levados ao Judiciário deveriam encontrar o sentido do direito no sistema de normas escritas que regulam a vida social de um determinado povo.
De acordo com os adeptos dessa teoria, portanto, a prática jurídica deveria limitar-se à aplicação objetiva das normas vigentes ao caso concreto que se pretendia analisar, por meio de um método denominado silogismo. Esse método caracteriza-se por uma operação lógica em que compete ao juiz amoldar os acontecimentos da vida cotidiana à norma proposta pelo Estado.
Na prática, o silogismo (FETZNER, Néli Luiza Cavalieri (Org. e Aut.); TAVARES, Nelson; VALVERDE, Alda. Lições de argumentação jurídica. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, capítulo ) apresenta três proposições - premissa maior, premissa menor e conclusão - que se dispõem de tal forma que a conclusão deriva de maneira lógica das duas premissas anteriores. Mas será que a lei deve ser aplicada a qualquer custo, ou cabe ao magistrado interpretar a vontade do legislador e usar a norma com razoabilidade? Nesse sentido, vamos refletir sobre o caso concreto que se lê.
Caso Concreto
"AMAR É FACULDADE, CUIDAR É DEVER", DIZ MINISTRA.
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou um pai a indenizar em R$ 200 mil a filha por "abandono afetivo". A decisão é inédita. Em 2005, a Quarta Turma do STJ havia rejeitado indenização por dano moral por abandono afetivo.
O caso julgado é de São Paulo. A autora obteve reconhecimento judicial de paternidade e entrou com ação contra o pai por ter sofrido abandono material e afetivo durante a infância e adolescência. O juiz de primeira instância julgou o pedido improcedente e atribuiu o distanciamento do pai a um "comportamento agressivo" da mãe dela em relação ao pai. A mulher apelou à segunda instância e afirmou que o pai era "abastado e próspero". O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reformou a sentença e fixou a indenização em R$ 415 mil.
No recurso ao STJ, o pai alegou que não houve abandono e, mesmo que tivesse feito isso, não haveria ilícito a ser indenizável e a única punição possível pela falta com as obrigações paternas seria a perda do poder familiar.
A ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma, no entanto, entendeu que é possível exigir indenização por dano moral decorrente de abandono afetivo pelos pais. "Amar é faculdade, cuidar é dever", afirmou ela na decisão. Para ela, não há motivo para tratar os danos das relações familiares de forma diferente de outros danos civis.
"Muitos magistrados, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar - sentimentos e emoções -, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores", afirmou a ministra. "Contudo, não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família".
A ministra ressaltou que, nas relações familiares, o dano moral pode envolver questões subjetivas, como afetividade, mágoa ou amor, tornando difícil a identificação dos elementos que tradicionalmente compõem o dano moral indenizável: dano, culpa do autor e nexo causal. Porém, entendeu que a paternidade traz vínculo objetivo, com previsões legais e constitucionais de obrigações mínimas.
"Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem ou adotarem filhos", argumentou a ministra.
No caso analisado, a ministra ressaltou que a filha superou as dificuldades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como "filha de segunda classe", sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos filhos posteriores, mesmo diante da "evidente" presunção de paternidade e até depois de seu reconhecimento judicial.
Alcançou inserção profissional, constituiu família e filhos e conseguiu "crescer com razoável prumo". Porém, os sentimentos de mágoa e tristeza causados pela negligência paterna perduraram, caracterizando o dano. O valor de indenização estabelecido pelo TJ-SP, porém, foi considerado alto pelo STJ, que reduziu a R$ 200 mil, valor que deve ser atualizado a partir de 26 de novembro de 2008, data do julgamento pelo tribunal paulista.
Questão discursiva
No caso concreto apresentado, percebe-se que o Judiciário reconheceu o direito à indenização por danos morais decorrentes de abandono afetivo. Até então, entendia-se que o amor é um bem jurídico não exigível, razão pela qual as indenizações eram sistematicamente negadas.
Releia a afirmação da Ministra Nancy Andrighi acerca dessa questão: "Muitos magistrados, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar - sentimentos e emoções -, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores".
Com base nas informações recebidas na aula de hoje, comente, em até 10 linhas, a citação da Ministra Nancy Andrighi. Utilize, para tanto, os conceitos discutidos na aula de hoje.
RESPOSTA:
Sob esse aspecto, indiscutível o vínculo não apenas afetivo, mas também legal que une pais e filhos, sendo monótono o entendimento doutrinário de que, entre os deveres inerentes ao poder familiar, destacam-se o dever de convívio, de cuidado, de criação e educação dos filhos, vetores que, por óbvio, envolvem a necessária transmissão de atenção e o acompanhamento do desenvolvimento sócio-psicológico da criança, explicou.
E é esse vínculo que deve ser buscado e mensurado, para garantir a proteção do filho quando o sentimento for tão tênue a ponto de não sustentar, por si só, a manutenção física e psíquica do filho, por seus pais biológicos ou não, acrescentou a ministra Nancy.
Para a relatora, o cuidado é um valor jurídico apreciável e com repercussão no âmbitoda responsabilidade civil, porque constitui fator essencial e não acessório no desenvolvimento da personalidade da criança. Nessa linha de pensamento, é possível se afirmar que tanto pela concepção, quanto pela adoção, os pais assumem obrigações jurídicas em relação à sua prole, que vão além daquelas chamadas necessarium vitae, asseverou.
PESQUISA-01:
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/stj-condena-pai-indenizar-filha-por-abandono-afetivo-4793531
Cleide Carvalho
SÃO PAULO - A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou um pai a indenizar em R$ 200 mil a filha por "abandono afetivo". A decisão é inédita. Em 2005, a Quarta Turma do STJ havia rejeitado indenização por dano moral por abandono afetivo.
O caso julgado é de São Paulo. A autora obteve reconhecimento judicial de paternidade e entrou com ação contra o pai por ter sofrido abandono material e afetivo durante a infância e adolescência. O juiz de primeira instância julgou o pedido improcedente e atribuiu o distanciamento do pai a um "comportamento agressivo" da mãe dela em relação ao pai. A mulher apelou à segunda instância e afirmou que o pai era "abastado e próspero". O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reformou a sentença e fixou a indenização em R$ 415 mil.
No recurso ao STJ, o pai alegou que não houve abandono e, mesmo que tivesse feito isso, não haveria ilícito a ser indenizável e a única punição possível pela falta com as obrigações paternas seria a perda do poder familiar.
A ministra ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma, no entando, entendeu que é possível exigir indenização por dano moral decorrente de abandono afetivo pelos pais. “Amar é faculdade, cuidar é dever”, afirmou ela na sentença. Para ela, não há motivo para tratar os danos das relações familiares de forma diferente de outros danos civis.
“Muitos, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar – sentimentos e emoções –, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores”, afirmou a ministra. “Contudo, não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família”.
A ministra ressaltou que nas relações familiares o dano moral pode envolver questões subjetivas, como afetividade, mágoa ou amor, tornando difícil a identificação dos elementos que tradicionalmente compõem o dano moral indenizável: dano, culpa do autor e nexo causal. Porém, entendeu que a paternidade traz vínculo objetivo, com previsões legais e constitucionais de obrigações mínimas.
“Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem ou adotarem filhos”, argumentou a ministra.
No caso analisado, a ministra ressaltou que a filha superou as dificuldades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como “filha de segunda classe”, sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos filhos posteriores, mesmo diante da “evidente” presunção de paternidade e até depois de seu reconhecimento judicial.
Alcançou inserção profissional, constituiu família e filhos e conseguiu “crescer com razoável prumo”. Porém, os sentimentos de mágoa e tristeza causados pela negligência paterna perduraram, caracterizando o dano. O valor de indenização estabelecido pelo TJ-SP, porém, foi considerado alto pelo STJ, que reduziu a R$ 200 mil, valor que deve ser atualizado a partir de 26 de novembro de 2008, data do julgamento pelo tribunal paulista.
PESQUISA-02:
Fonte: http://mediarfamilia.blogspot.com.br/2012/05/amar-e-faculdade-cuidar-e-dever.html
Terceira Turma obriga pai a indenizar filha em R$ 200 mil por abandono afetivo
Amar é faculdade, cuidar é dever. Com essa frase, da ministra Nancy Andrighi, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) asseverou ser possível exigir indenização por dano moral decorrente de abandono afetivo pelos pais. A decisão é inédita. Em 2005, a Quarta Turma do STJ, que também analisa o tema, havia rejeitado a possibilidade de ocorrência de dano moral por abandono afetivo.
No caso mais recente, a autora entrou com ação contra o pai, após ter obtido reconhecimento judicial da paternidade, por ter sofrido abandono material e afetivo durante a infância e adolescência. Na primeira instância, o pedido foi julgado improcedente, tendo o juiz entendido que o distanciamento se deveu ao comportamento agressivo da mãe em relação ao pai.
Ilícito não indenizável
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), porém, reformou a sentença. Em apelação, afirmou que o pai era abastado e próspero e reconheceu o abandono afetivo. A compensação pelos danos morais foi fixada em R$ 415 mil.
No STJ, o pai alegou violação a diversos dispositivos do Código Civil e divergência com outras decisões do tribunal. Ele afirmava não ter abandonado a filha. Além disso, mesmo que tivesse feito isso, não haveria ilícito indenizável. Para ele, a única punição possível pela falta com as obrigações paternas seria a perda do poder familiar.
Dano familiar
Para a ministra, porém, não há por que excluir os danos decorrentes das relações familiares dos ilícitos civis em geral. Muitos, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar sentimentos e emoções, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores, afirmou.
Contudo, não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família, completou a ministra Nancy. Segundo ela, a interpretação técnica e sistemática do Código Civil e daConstituição Federal apontam que o tema dos danos morais é tratado de forma ampla e irrestrita, regulando inclusive os intrincados meandros das relações familiares.
Liberdade e responsabilidade
A ministra apontou que, nas relações familiares, o dano moral pode envolver questões extremamente subjetivas, como afetividade, mágoa, amor e outros. Isso tornaria bastante difícil a identificação dos elementos que tradicionalmente compõem o dano moral indenizável: dano, culpa do autor e nexo causal.
Porém, ela entendeu que a par desses elementos intangíveis, existem relações que trazem vínculos objetivos, para os quais há previsões legais e constitucionais de obrigações mínimas. É o caso da paternidade.
Segundo a ministra, o vínculo biológico ou autoimposto, por adoção decorre sempre de ato de vontade do agente, acarretando a quem contribuiu com o nascimento ou adoção a responsabilidade por suas ações e escolhas. À liberdade de exercício das ações humanas corresponde a responsabilidade do agente pelos ônus correspondentes, entendeu a relatora.
Dever de cuidar
Sob esse aspecto, indiscutível o vínculo não apenas afetivo, mas também legal que une pais e filhos, sendo monótono o entendimento doutrinário de que, entre os deveres inerentes ao poder familiar, destacam-se o dever de convívio, de cuidado, de criação e educação dos filhos, vetores que, por óbvio, envolvem a necessária transmissão de atenção e o acompanhamento do desenvolvimento sócio-psicológico da criança, explicou.
E é esse vínculo que deve ser buscado e mensurado, para garantir a proteção do filho quando o sentimento for tão tênue a ponto de não sustentar, por si só, a manutenção física e psíquica do filho, por seus pais biológicos ou não, acrescentou a ministra Nancy.
Para a relatora, o cuidado é um valor jurídico apreciável e com repercussão no âmbito da responsabilidade civil, porque constitui fator essencial e não acessório no desenvolvimento da personalidade da criança. Nessa linha de pensamento, é possível se afirmar que tanto pela concepção, quanto pela adoção, os pais assumem obrigações jurídicas em relação à sua prole, quevão além daquelas chamadas necessarium vitae, asseverou.
Amor
Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem ou adotarem filhos, ponderou a ministra. O amor estaria alheio ao campo legal, situando-se no metajurídico, filosófico, psicológico ou religioso.
O cuidado, distintamente, é tisnado por elementos objetivos, distinguindo-se do amar pela possibilidade de verificação e comprovação de seu cumprimento, que exsurge da avaliação de ações concretas: presença; contatos, mesmo que não presenciais; ações voluntárias em favor da prole; comparações entre o tratamento dado aos demais filhos quando existirem, entre outras fórmulas possíveis que serão trazidas à apreciação do julgador, pelas partes, justificou.
Alienação parental
A ministra ressalvou que o ato ilícito deve ser demonstrado, assim como o dolo ou culpa do agente. Dessa forma, não bastaria o simples afastamento do pai ou mãe, decorrente de separação, reconhecimento de orientação sexual ou constituição de nova família. Quem usa de um direito seu não causa dano a ninguém, ponderou.
Conforme a relatora, algumas hipóteses trazem ainda impossibilidade prática de prestação do cuidado por um dos genitores: limitações financeiras, distâncias geográficas e mesmo alienação parental deveriam servir de excludentes de ilicitude civil.
Ela destacou que cabe ao julgador, diante dos casos concretos, ponderar também no campo do dano moral, como ocorre no material, a necessidade do demandante e a possibilidade do réu na situação fática posta em juízo, mas sem nunca deixar de prestar efetividade à norma constitucional de proteção dos menores.
Apesar das inúmeras hipóteses que poderiam justificar a ausência de pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, não pode o julgador se olvidar que deve existir um núcleo mínimo de cuidados parentais com o menor que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e inserção social, concluiu.
Filha de segunda classe
No caso analisado, a ministra ressaltou que a filha superou as dificuldades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como filha de segunda classe, sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos filhos posteriores, mesmo diante da evidente presunção de paternidade e até depois de seu reconhecimento judicial.
Alcançou inserção profissional, constituiu família e filhos e conseguiu crescer com razoável prumo. Porém, os sentimentos de mágoa e tristeza causados pela negligência paterna perduraram.
Esse sentimento íntimo que a recorrida levará, ad perpetuam , é perfeitamente apreensível e exsurge, inexoravelmente, das omissões do recorrente no exercício de seu dever de cuidado em relação à recorrida e também de suas ações, que privilegiaram parte de sua prole em detrimento dela, caracterizando o dano in re ipsa e traduzindo-se, assim, em causa eficiente à compensação, concluiu a ministra.
A relatora considerou que tais aspectos fáticos foram devidamente estabelecidos pelo TJSP, não sendo cabível ao STJ alterá-los em recurso especial. Para o TJSP, o pai ainda teria consciência de sua omissão e das consequências desse ato.
A Turma considerou apenas o valor fixado pelo TJSP elevado, mesmo diante do grau das agressões ao dever de cuidado presentes no caso, e reduziu a compensação para R$ 200 mil. Esse valor deve ser atualizado a partir de 26 de novembro de 2008, data do julgamento pelo tribunal paulista.
==XXX==
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	2ª AULA – Tipologia Textual - Continuação
	
	Tipologia Textual
1-Considerações Iniciais
Como se classificam os textos:
Texto Narrativo
Texto Dissertativo
Texto Descritivo
Texto Injutivo
Obs.: Apesar de a classificação quanto a tipologia textual ser didaticamente útil raramente são produzidos textos puramente narrativos, descritivos ou dissertativos. O que ocorre na verdade é um a classificação que considera a preponderância das características de um tipo de produção textual em detrimento dos demais. Ou seja, a ideia de “Texto Puro” quanto a tipologia textual é difícil configuração.
Obs.: Vale a pena se ater a algumas informações que influenciam a produção e compreensão de um texto, seja ele de qual tipo for:
A finalidade daquele que escreve.
O Tipo de publicação.
O Público-alvo.
O Lugar que o texto é veiculado.
O Momento que o texto é veiculado.
2-Texto Narrativo
-Conceito: A Narração é a modalidade de texto que se caracteriza pelo seqüenciamento de fatos ao longo do tempo, obedecendo-se uma ordem cronológica na exposição destes fatos (Progressão Temporal).
-Características:
a) A Narração poderá ser feita em 1ª ou 3ª pessoa (Obs.: a respeito do uso da pessoa gramatical nas formas verbais do Texto Jurídico: recomenda-se a utilização da 3ª pessoa, marcada pela impessoalidade).
b) O Narrador contará um fato que se passou em determinado tempo e lugar e que foi praticado por determinados personagens. 
-Elementos do Texto Narrativo Tradicional:
Obs.: a) Fato, b) Personagem, c) Lugar, d) Tempo, e) Enredo, f) Causa, g) Consequência e h) Modo.
2.1-Texto Narrativo Jurídico a Serviço da Argumentação de Teses:
A Narrativa Jurídica tem a finalidade de vir a sustentar uma Tese Jurídica (É uma defesa através argumentos, visando demonstrar o Direito da Parte, e convencer o Juiz.
Obs.: Narrar é uma atividade posterior a existência de uma realidade que se dá necessariamente com passada, daí porque deve-se utilizar o Verbo no Pretérito.
Obs.: O Texto Narrativo deve tentar responder as seguintes perguntas essenciais:
-O quê?
-Quem?
-Onde?
-Quando?
-Como?
-Por quê?
3-Texto Descritivo:
-Conceito: A Descrição é marcada pela enumeração de características de um objeto, de um ambiente ou de uma pessoa.
-Características:
-Classificação:
-Descrição Objetiva: A Descrição Objetiva enumera características concretamente observadas sem que seja necessária a percepção subjetiva do sujeito, por exemplo: descrever as características físicas de uma pessoa, fazer a qualificação das Partes em uma Petição Inicial.
-Descrição Subjetiva: A Descrição Subjetiva se preocupa em enumerar as características Psicológicas de uma pessoa e será de grande importância para uma Dissertação Argumentativa.
4-Texto Dissertativo:
-Conceito: O Texto Dissertativo caracteriza-se pela sustentação de opinões, devendo haver um posicionamento em relação à determinado fato.
-Classificação:
-Dissertação Expositiva:
-Conceito: A Dissertação Expositiva é aquela expressa ideias sobre determinado tema, porém, sem a preocupação de convencer o auditório acerca da tese defendida
-Objetivo: É passar um conjunto de informações relevantes que possam contribuir com o esclarecimento do Auditório a cerca de um assunto específico.
-Dissertação Argumentativa:
-Conceito: É aquela que implica a defesa de uma tese com a finalidade de tentar convencer alguém de que este é o ponto de vista mais adequado a ser adotado em determinada circunstância. Além disso, é importante na dissertação argumentativa selecionar um conjunto de provas ou indícios por meio do qual se pretende demonstrar a superioridade da tese defendida.
-Objetivo: É sustentar a superioridade de uma tese em detrimento de outra.
-Elementos que configuram a Dissertação Argumentativa:
1-Deve haver uma Proposta sobre determinado assunto que provoque um questionamento quanto a sua legitimidade.
2-Deve haver um Sujeito (Advogado) que se engaje com relação a esse questionamento, e desenvolva um raciocínio para tentar estabelecer uma verdade sobre essa resposta.
3-Deve haver um outro Sujeito (Público Alvo => Juiz) que relacionado a mesma Proposta, questionamento e verdade constitua-se no alvo da argumentação.
	P/P/Aula
	Ler:Silogismo - Lições de Argumentação Júridica da Teoria a Prática.
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	2ª AULA – Silogismo a serviço da argumentação
	
	Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Professor Nelson Tavares
Aula 02
Silogismo a serviço da argumentação
O ensino de Direito no Brasil fundou suas raízes em forte influência do chamado Positivismo jurídico. Segundo essa doutrina, os profissionais que atuam na solução de conflitos levados ao Judiciário deveriam encontrar o sentido do direito no sistema de normas escritas que regulam a vida social de um determinado povo.
De acordo com os adeptos dessa teoria, portanto, a prática jurídica deveria limitar-se à aplicação objetiva das normas vigentes ao caso concreto que se pretendia analisar, por meio de um método denominado silogismo. Esse método caracteriza-se por uma operação lógica em que compete ao juiz amoldar os acontecimentos da vida cotidiana à norma proposta pelo Estado.
Na prática, o silogismo (FETZNER, Néli Luiza Cavalieri (Org. e Aut.); TAVARES, Nelson; VALVERDE, Alda. Lições de argumentação jurídica. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, capítulo 1.) apresenta três proposições – premissa maior, premissa menor e conclusão – que se dispõem de tal forma que a conclusão deriva de maneira lógica das duas premissas anteriores. Mas será que a lei deve ser aplicada a qualquer custo, ou cabe ao magistrado interpretar a vontade do legislador e usar a norma com razoabilidade? Nesse sentido, vamos refletir sobre o caso concreto que se lê.
Caso Concreto
Marcos Antônio, 26 anos, natural de Teresina, casado, pai de quatro filhos, com idades entre 1 e 6 anos, estava desempregado há quase três anos. Diante da situação de absoluta miséria, resolveu mudar-se para a cidade de São Paulo a fim de buscar emprego. Deixou mulher e filhos em sua cidade natal.
Em 23 de janeiro de 2006, foi contratado como auxiliar de cozinha pela empresa Gourmet Nobless, restaurante de padrão internacional situado em um conhecido hotel da capital paulista. Seu empregador, após acertar a remuneração de um salário mínimo e meio, explicou as normas da empresa, anunciando que, ao término da jornada de trabalho, um vigilante teria como procedimento rotineiro a revista dos funcionários. Marcos Antônio trabalhou na empresa por quase quatro anos sem qualquer evento que merecesse menção.
Em 18 de maio de 2010, recebeu telefonema de sua mulher com a informação de que um de seus filhos estava doente e precisava de um remédio que custa R$ 180,00. Enviou a quantia pedida, mas ficou sem qualquer reserva financeira para as despesas habituais até o final do mês.
Em 25 de maio de 2010, com fome e sem qualquer dinheiro, Marcos Antônio viu-se sozinho na cozinha em que trabalhava e pegou duas latas de salsicha com validade próxima do vencimento e as colocou na mochila.
Ao sair da empresa, como de rotina, o vigilante revistou as bolsas dos funcionários e foram encontrados os enlatados. De imediato, Marcos Antônio foi separado dos outros funcionários de mesmo plantão e levado para uma sala isolada. Questionado pelos superiores, disse que julgou não ter qualquer problema levar as salsichas porque conhecia o cardápio do restaurante e aquele alimento não seria utilizado nos próximos dias. Como o produto sairia da validade e ele estava com muita fome, afirmou que não via erro em seu comportamento.
Seu empregador, porém, avaliou o quanto nocivo seria deixar passar sem represálias a conduta do empregado. Manteve o rapaz isolado na pequena sala por quase quatro horas até quando chegou um policial militar, que realizou prisão em flagrante e conduziu Marcos até a delegacia.
O delegado responsável abriu inquérito pela prática de furto qualificado pelo abuso de confiança para alcançar a subtração do bem, crime previsto no art. 155, §4º, II do CP, na forma tentada.
Marcos Antônio permaneceu preso pelo período de quatro dias até que um advogado contratado por amigos seus conseguiu sua liberdade.
QUESTÃO DISCURSIVA
Recorrendo-se a uma operação silogística, é fácil verificar que a acusação imputada a Marcos Antônio tem amparo legal, pelo menos se considerada a literalidade dos dispositivos legais que tratam da tentativa de furto qualificado pelo abuso de confiança.
Não se pode desprezar, porém, que as condutas do empregador e do delegado mostraram-se pouco razoáveis, tendo em vista a injustiça que a aplicação da norma parece ter gerado.
Tome como base essas informações, realize uma consulta à jurisprudência para reconhecer como o Judiciário de sua região tem compreendido casos semelhantes e produza um pequeno texto argumentativo (de até quinze linhas) defendendo a condenação ou a absolvição do acusado pelo crime já indicado. Seu texto deverá conter, necessariamente, as idéias de silogismo, legalidade, justiça e razoabilidade. Você pode recorrer a um dicionário jurídico.
RESPOSTA: VER. VER.
QUESTÕES OBJETIVAS
01-(ENADE)- Leia o gráfico, em que é mostrada a evolução do número de trabalhadores de 10 a 14 anos, em algumas regiões metropolitanas brasileiras, em dado período:
Leia a charge:
Há relação entre o que é mostrado no gráfico e na charge?
Não, pois a faixa etária acima dos 18 anos é aquela responsável pela disseminação da violência urbana nas grandes cidades brasileiras.
Não, pois o crescimento do número de crianças e adolescentes que trabalham diminui o risco de sua exposição aos perigos da rua.
Sim, pois ambos se associam ao mesmo contexto de problemas socioeconômicos e culturais vigentes no país.
Sim, pois o crescimento do trabalho infantil no Brasil faz crescer o número de crianças envolvidas com o crime organizado.
Ambos abordam temas diferentes e não é possível se estabelecer relação mesmo que indireta entre eles.
RESPOSTA: C. Sim, pois ambos se associam ao mesmo contexto de problemas socioeconômicos e culturais vigentes no país.
02-(Enade) Leia o esquema abaixo.
Coleta de plantas nativas, animais silvestres, microorganismos e fungos da floresta Amazônica.
Saída da mercadoria do país, por portos e aeroportos, camuflada na bagagem de pessoas que se disfarçam de turistas, pesquisadores ou religiosos.
Venda dos produtos para laboratórios ou colecionadores que patenteiam as substâncias provenientes das plantas e dos animais.
Ausência de patente sobre esses recursos, o que deixa as comunidades indígenas e as populações tradicionais sem os benefícios dos royalties.
Prejuízo para o Brasil!
Com base na análise das informações acima, uma campanha publicitária contra a prática do conjunto de ações apresentadas no esquema poderia utilizar a seguinte chamada:
Indústria farmacêutica internacional, fora!
Mais respeito às comunidades indígenas!
Pagamento de royalties é suficiente!
Diga não à biopirataria, já!
Biodiversidade, um mau negócio?
RESPOSTA: D. Diga não à biopirataria, já!
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0051/Aula-002/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0051/Aula-002/WLAJ/DP

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