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O CAPITALISMO INTERNACIONAL, SUAS IMPLICAÇÕE E OS SISTEMAS ALTERNATIVOS Conceito: Forma organizada que a estrutura econômica de uma sociedade assume. Engloba o tipo de propriedade, a gestão da economia, os processos de circulação das mercadorias, o consumo e os níveis de desenvolvimento tecnológico e de divisão do trabalho. (Sandroni, 2002) SISTEMAS ECONÔMICOS OU... Forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. (Vasconcelos, 2004) SISTEMAS ECONÔMICOS 1.1 LIBERALISMO E CAPITALISMO Liberalismo: “Conjunto de ideias e doutrinas que visão assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião etc., dentro da sociedade” (Dicionário Aurélio). Assume duas dimensões: Liberalismo político; Liberalismo econômico; 1.1 LIBERALISMO E CAPITALISMO Liberalismo Político: Visa estabelecer a liberdade política do indivíduo perante o Estado e Preconiza oportunidades iguais para todos. Opõe-se ao poder centralizado. 1.1 LIBERALISMO E CAPITALISMO Liberalismo Econômico: Existe uma ordem para os fenômenos econômicos, a qual tende ao equilíbrio pelo livre jogo da concorrência e da não intervenção do Estado. Eixos básicos do liberalismo Individualismo; Liberdade de pensamento e expressão; Livre iniciativa; Propriedade privada dos meios de produção; Livre concorrência; Estado mínimo. Fases do Liberalismo/Capitalismo: Fase revolucionária (1600-1814): busca-se afirmar a liberdade do indivíduo, do capital e do comércio. Fase de consolidação/expansão (séc. XIX): Caracterizado por concorrência acirrada entre as empresas, exploração dos trabalhadores, conflitos entre o capital e o trabalho. Expansão da Revolução industrial. 1.1 LIBERALISMO E CAPITALISMO Fase do surgimento do capital monopolista (1880-1945): caracterizou-se pelo predomínio dos monopólios nacionais – controle de matérias primas e os respectivos mercados internos; Recuos do Liberalismo: emergência dos regimes totalitários e a crise de 1929. Fase do Estado de Bem-Estar Social (1945-1975/80): relativa intervenção do Estado como indutor da economia e impulsionador do desenvolvimento. 1.1 LIBERALISMO E CAPITALISMO imperialismo monopolista – grupos econômicos instalaram subsidiárias em outros países; Fase do Neoliberalismo (final de 1970/início dos 80) características: criação do Estado de Bem-Estar Social, práticas social democratas, economia Keynesiana; Redução do Estado e sua retirada da atividade econômica direta, descentralização/privatização de empresas estatais. 1.1 LIBERALISMO E CAPITALISMO Fatores básicos da produção de riqueza: Trabalho e Capital; É baseado na supremacia do capital sobre o trabalho. Cabe ao Estado apenas manter a ordem interna e a segurança externa para garantir a livre ação dos capitalistas. Outras características: propriedade privada dos meios de produção; 1.2 O CAPITALISMO transformação da força de trabalho em mercadoria; Produção generalizada de mercadorias; Concorrência entre os capitalistas. Seu objetivo principal é o lucro. Consequências do sistema: Exploração dos operários e da mão-de-obra infantil. Tensões sociais. 1.2 O CAPITALISMO Principais debilidades do capitalismo: Preocupa-se com os bens que têm valor de troca; preocupa-se com o curto prazo, buscando rentabilidade imediata; o mercado está sujeito à perturbações e crises cíclicas; Recessão, falência e desemprego. 1.2 O CAPITALISMO Fases da Revolução industrial: Primeira fase (1750-1800): Características – invenção da máquina e seu uso no processo produtivo e a utilização do vapor como força motriz. Segunda fase (séc. XIX e início do séc. XX): invenção do automóvel, do avião, rádio e telefone; Novas fontes de energia: petróleo e eletricidade. 1.2 O CAPITALISMO Terceira fase (iniciou no final da 2ª Guerra Mundial): Descoberta e difusão da energia nuclear, revolução tecnológica. Maior agilização do comércio; Avanço nas áreas de: Biotecnologia, Física e Química 1.2 O CAPITALISMO As Grandes crises do Capitalismo Decorrem de dificuldades no processo de acumulação do capital. Consequências investimentos Produção comércio Desemprego 1.2 O CAPITALISMO Como superar? Intensificando o grau de exploração do trabalho; Menor número de unidades econômicas e expansão das que sobrevivem; Avanços tecnológicos. Primeira Crise (1873-1895) Concorrência industrial entre Inglaterra, França, Alemanha e Itália. 1.2 O CAPITALISMO Fatores que contribuíram para sua recuperação: Migração de contingentes populacionais da Europa para outros continentes; Reestruturação do capitalismo - iniciou a fase monopolista; Incorporação de novas tecnologias nos processos produtivos e Avanços na capacidade gerencial. 1.2 O CAPITALISMO Segunda Crise (1913) Concorrência industrial entre grupos econômicos alemães italianos, ingleses e franceses. Superação: Primeira Guerra Mundial. Terceira crise (1929) Pujança da economia norte-americana e suas vinculações externas. 1.2 O CAPITALISMO Superação: Reestruturação da economia dos EUA – New Deal; Segunda Guerra Mundial; Transnacionalização dos grandes grupos econômicos; Incorporação de avanços tecnológicos no processo produtivo. Quarta Crise (1970) EUA - estrutura capitalista; Desvinculação do dólar ao padrão ouro. 1.2 O CAPITALISMO Quinta Crise (2008) EUA – mercado imobiliário Iniciou com a quebra do banco Lehman Brothers; Falência da maior empresa seguradora dos Estados Unidos - a AIG (American International Group); Atuação do governo: injeção de bilhões de dólares na economia. 1.2 O CAPITALISMO Karl Max e Friedrich Engels – O Manifesto comunista. Condenava: propriedade privada e Estado burguês. Para se chegar ao comunismo era necessária a “ditadura do proletariado” Fracasso: Simplificação um tanto distorcida das ideias de Marx; Restrições à liberdade dos indivíduos; baixo desempenho agropecuário e lenta evolução tecnológica. 1.3 O SOCIALISMO/COMUNISMO Princípios: A pessoa é um ser que tem dignidade própria e valor em si, com direito a realizar-se como tal; A democracia é considerada um valor fundamental; Manutenção da propriedade privada dos meios de produção, subordinando-se à sua função social; Preservação da economia de mercado, mas submetida ao controle social; Construir o Estado de Bem-Estar Social, promovendo a remuneração digna do trabalho. 1.4 O TERCEIRO CAMINHO: A SOCIAL DEMOCRACIA Fontes de inspiração: Socialismo; Liberalismo/capitalismo; Ideias econômicas de Keynes; Doutrina social da Igreja Católica. Crise da Social-Democracia: elevada carga tributária; relativa de perda de confiança por parte da sociedade no Estado. 1.4 O TERCEIRO CAMINHO: A SOCIAL DEMOCRACIA A ORDEM ECONÔMICA INTERNACIOANAL: 1944 – Conferência Monetária e Financeira Internacional das Nações Unidas e Associadas; Objetivo: reconstruir a estrutura internacional e comércio e finanças; Fundada na supremacia industrial, comercial e financeira dos EUA; Foram criados: 1.5 A ORDEM MUNDIAL NO PÓS-GUERRA FMI BIRD GATT OMC Expansão dos monopólios nacionais; Características: Concentração de capital e produção em grandes corporações multinacionais ou trasnacionais; Fusão entre capital bancário e capital financeiro; Exportação de capitais dos países centrais para os países periféricos; Influência sobre o poder político dos países dependentes; Vinculação entre setor público e empresarial. 1.6 Fase do Imperialismo Monopolista Consequências: Internacionalização, integração e subordinação dos países subdesenvolvidos; Limitação e controle do crescimentodos países retardatários; Reprodução e ampliação das desigualdades entre as nações; Endividamento externo dos países periféricos; Deslocamento de setores industriais muito poluidores para países dependentes; 1.6 Fase do Imperialismo Monopolista Instrumentos de articulação: Conselho de Relações Exteriores (CRE) - definir estratégia comum de atuação; Comissão ou Círculo de Bilderberg – estabelecer uma estratégia comum aos principais centros dos sistema capitalista; Comissão Trilateral (Uma Iniciativa Privada da América do Norte-Europa-Japão para Assuntos de Interesse Comum) – constituída de banqueiros empresários e políticos. 1.7 ESTRATÉGIA DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan e Hong Kong; Características: elevado crescimento econômico e forte inserção competitiva no mercado mundia; Razões: elevada taxa de poupança; valores confucianos; Investimentos em educação e qualificação da mão de obra; Abertura das economias; Substituição das exportações etc. 1.8 OS TIGRES ASIÁTICOS Globalização: integração espacial do mundo e da livre circulação de capitais financeiros, investimentos, mercadorias e tecnologias. Consequências: Surgimento dos “tigres asiáticos”; Multipolarização econômica; Influência dos organismos internacionais sobre os governantes e dirigentes nacionais; Agravamento da exclusão e dos problemas sociais. 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO Os blocos econômicos Regionais: Nasceram da necessidade de ampliar os mercados. Consistem em intensificar o intercâmbio entre os países membros e dotá-los de um relativo protecionismo; UNIÃO EUROPEIA (UE, 1993) CEE (Comunidade Econômica Europeia) livre circulação de mercadorias, bens, serviços, e fatores produtivos. 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO UE – única moeda, banco central e política externa; CEI (Comunidade dos Estados Independentes, 1991) Prevê a centralização das Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: o Rublo. Grupo dos 8 (G8, 1997) Objetivo: coordenar a política econômica e monetária mundial; 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO Mercosul (Mercado Comum do Sul, 1991) Adoção de políticas de integração econômica e aduaneira. Os países-membros podem comercializar internamente sem tarifa de importação cerca de 90% de suas mercadorias. Países membros: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela. 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte, 1988) Países membros: EUA, Canadá e México. Objetivo: eliminar totalmente as barreiras alfandegárias entre os três países. Leste da Ásia Países membros: Japão, Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan, Hong Kong, Indonésia, Malásia e outros. Não se constitui em um bloco de fato, mas consiste numa integração comercia e econômica. 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO APEC (Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, 1989) É um instrumento de aproximação e cooperação entre os países membros; Objetivo: criar uma zona de livre comércio. Ponto estratégico: aproximar a economia norte-americana dos países do Pacífico. Ponto negativo: coincidir diferentes interesses dos países membros; 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO Países membros: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, Estados Unidos, China, Hong Kong, Taiwan, México, Papua, Nova Guiné e Chile. ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas, 1994) Objetivo: eliminar barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos (exceto Cuba). Preocupações: barreiras não-tarifárias (leis antidumping, cotas de importação e normas sanitárias) que são aplicadas pelos EUA. 1.9 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
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