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ALCOOLISMO - terapia

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ALCOOLISMO
Aline Aguiar
Aline Lopes
Amanda Amâncio 
Amanda Melo 
Ana Beatriz Andrade 
Caio Lima
Camila Torga 
Daniel Jhonatas 
David Ailton
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE SAÚDE DA FAMÍLIA II
NOVEMBRO - 2016
POR QUE O ALCOOLISMO É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA?
POLÍTICA DE SAÚDE
O QUE FAZER?
CONDUTA PROPOSTA
QUANDO ENCAMINHAR?
FLUXOGRAMA
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
PROGNÓSTICO E COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS
ATIVIDADES PREVENTIVAS DE EDUCAÇÃO
POR QUE O ALCOOLISMO É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA?
De dez doenças mais incapacitantes em todo o mundo, cinco são de origem psiquiátrica: depressão, transtorno afetivo bipolar, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno obsessivo-compulsivo.
As condições neurológicas e psiquiátricas foram responsáveis por 28% de todos os anos vividos com alguma desabilitação para a vida.
Cerca de 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, sendo o álcool e o tabaco em maior prevalência global.
Uso cultural e cada vez mais precoce de substâncias psicoativas, incluindo o álcool, sendo que tal uso também ocorre de forma cada vez mais pesada.
A relação entre o uso do álcool, outras drogas e os eventos acidentais ou situações de violência, evidencia o aumento na gravidade das lesões e a diminuição dos anos potenciais de vida da população, expondo as pessoas a comportamentos de risco.
No Brasil, estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicoativas – CEBRID sobre o uso indevido de drogas por estudantes (n = 2.730) revelou:
Adolescentes que já haviam feito uso de álcool na vida: 74,1%.
Uso frequente: 14,7%.
Estudantes que faltavam à escola após beber: 19,5%
Brigar sob o efeito do álcool: 11,5% 
Relação direta e indireta com uma série de agravos à saúde dos adolescentes e jovens: acidentes de trânsito, agressões, depressões clínicas e distúrbios de conduta e outros problemas de saúde decorrentes dos componentes da substância ingerida, e das vias de administração.
POLÍTICA DE SAÚDE
Políticas públicas:
O desafio de prevenir, tratar, reabilitar os usuários de álcool e outras drogas como um problema de saúde pública.
Estratégias de abordagem para sua consecução: redução da oferta e redução da demanda.
O diagnóstico e o tratamento precoces da dependência ao álcool têm papel fundamental no prognóstico deste transtorno.
Despreparo significativo e desinformação das pessoas que lidam diretamente com o problema (usuários, familiares e profissionais de saúde).
Crítica:
Individualizar o usuário
O olhar clínico
Crença da não recuperação
Programa Nacional de Atenção Comunitária Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde (2002): contempla a assistência a pessoas com problemas relacionados ao uso do álcool e seus familiares. 
A assistência a usuários de álcool deve ser oferecida em todos os níveis de atenção, privilegiando os cuidados em dispositivos extra-hospitalares, como o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS ad)
Deve estar inserida na atuação do Programa de Saúde da Família, Programa de Agentes Comunitários de Saúde, Programas de Redução de Danos e da Rede Básica de Saúde.
Assistência dos casos de maior gravidade, principalmente para centros de maior complexidade e atendimento de urgências como os quadros de intoxicação ou abstinência graves.
Deve-se ter ênfase na reabilitação e reinserção social dos seus usuários e na prevenção.
Prevenção Primária: evitar ou retardar a experimentação do uso de drogas - está relacionado ao trabalho que é feito com àqueles que não iniciaram o uso
Prevenção Secundária: atinge pessoas que já experimentaram e fazem uso ocasional com o objetivo de evitar o uso nocivo/dependência.
Prevenção Terciária: tratamento do uso nocivo ou da dependência (profissional de saúde).
O QUE FAZER?
Profissionais de saúde e a identificação/manejo dos problemas relacionados ao consumo de álcool
Identificação do problema em estágios avançados
Ação é restrita ao tratamento das complicações. Negligência da causa base
Deficiência na assistência:
Não valorização do problema
Preconceitos de ordem moral
Descrença na reabilitação
ANAMNESE
Deve ser abordada de forma respeitosa
Padrão de consumo (quantidade, frequência, repercussões)
História pregressa e familiar
CAGE: questionário curto podendo ser usado na triagem
AUDIT: usado para identificar problemas relacionados ao uso de álcool. Avalia o padrão de consumo nos últimos 12 meses.
EXAME FÍSICO
Deve ser completo
Achados que podem indicar uso excessivo crônico e sintomas da síndrome de abstinência 
INDICADORES DO CONSUMO EXCESSIVO DO ÁLCOOL
EXAMES COMPLEMENTARES
A utilidade na diagnóstico é limitada
Importante para acompanhar as complicações orgânicas e para o usuário se perceber em acompanhamento
Alterações mais comumentes esperadas: macrocitose, elevação das trasaminases e gama-GT
CONDUTA PROPOSTA
O cuidado oferecido às pessoas que consomem álcool pode ser organizado por etapas:
Prevenção: primeira linha de cuidado! → ações político-legais e educativas.
Cuidado em situações de urgência e emergência relacionados a episódios de intoxicação e abstinência.
Problemas crônicos: cuidado ofertado com níveis crescentes de intensidade, restrições e custo.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Feedback (devolutiva): comunicar os resultados da avaliação clínica e do AUDIT, com esclarecimento sobre o seu nível de risco para problemas de saúde física e mental, familiares e social. 
Responsability (responsabilidade): importante estabelecer o estágio de mudança em que a pessoa se encontra, responsabilizando-a por suas decisões. Nesse momento, podem-se definir metas coerentes com o desejo do indivíduo, enfatizando o autocuidado. 
Advice (aconselhamento): orientações e recomendações que o profissional oferece à pessoa, desvinculadas de juízo de valor moral ou social, que preserve a autonomia de decisão da pessoa. 
Menu (menu de opções): fornecer à pessoa um “cardápio” de alternativa de ações que possam ser implementadas por ela e pela equipe de saúde. 
Empathy (empatia): o profissional deve se comunicar de forma empática, solidária e compreensiva.
Self-efficacy (autoeficácia): reforçar o otimismo e a autoconfiança, enfatizando seus avanços. 
F
R
A
M
E
S
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Apresenta papel coadjuvante na abordagem terapêutica do uso abusivo do álcool. 
Principal efeito: ajudar na manutenção da abstinência + prevenção de recaídas.
A pessoa deve ser orientada sobre o uso devido das medicações e seus efeitos + receber apoio da família e da equipe de saúde para a adesão ao tratamento. 
Dissulfiram:
Indicado para usuários que necessitam alcançar a abstinência.
Não é recomendado para aqueles que desejam o consumo moderado na estratégia de redução de danos. 
Mecanismo:
Inibe a aldeído-desidrogenase → exacerba efeitos do álcool
Dose: 250 mg/dia
Naltrexona:
Indicada quando se deseja alcançar consumo moderado, e a abstinência não é necessária. 
Mecanismo:
Antagonista opióide - tem função de reduzir o prazer ao beber
Dose: 50-100 mg/dia por 3-4 meses.
É necessário acompanhamento da função hepática. 
Acamprosato:
Indicado para reduzir os sintomas de abstinência
Mecanismo:
Coagonista dos receptores de glutamato.
Dose: 1300-200 mg/dia, divididos em 3 tomadas, por 3-12 meses. 
É necessário analisar a necessidade do uso de antidepressivos e ansiolíticos para a redução dos sintomas psíquicos, pois podem contribuir para a diminuição do desejo do consumo. 
QUANDO ENCAMINHAR?
Diagnóstico situacional
•Necessidade de desintoxicação e suas opções na rede
•Avaliação de transtornos psiquiátricos associados
•Farmacoterapia
•Consulta de programas que contribuem para manutenção da abstinência
•Uma vez a pactuação estabelecida e a pessoa mantém ou agrava o problema, esta deve ser encaminhado para uma avaliação especializada
•A equipe de saúde da família permanece responsável pelo acompanhamento do tratamento deste usuário.
•Sintomas moderados a graves de abstinência devem ser acompanhados em centros de desintoxicação.
•Sintomas leve a moderado: atenção primária ou centros de referencia, caso o paciente deseje
Indicações de tratamento hospitalar:
•Depressão com ideação suicida
•Comorbidades clínicas ou psiquiátricas não controladas
•situação do lar extremamente instável
•Falta de resposta ao tratamento ambulatorial
FLUXOGRAMA
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Benefícios
Idade
Desintoxicação
Abstinência
Redução de danos
Políticas públicas
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Benefícios
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Idade
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Desintoxicação 
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Abstinência 
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Redução de danos
ERROS MAIS FREQUENTEMENTE COMETIDOS
Políticas públicas
PROGNÓSTICO 
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
SAA
SAA
SAA
SAA
SAA
ATIVIDADES PREVENTIVAS E DE EDUCAÇÃO
iv
ATIVIDADES QUE PODEM SER USADAS NA APS
REFERÊNCIAS
GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e Pratica II. Porto Alegre: ARTMED, 2012.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 176 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34)

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