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11/12/13 1 DEFORMAÇÃO VS METAMORFISMO As rochas metamórficas se originam a par6r de outras rochas preexistentes (protolitos) em resposta a mudanças nas condições de P e T. O metamorfismo e definido como o conjunto de transformações com mudanças na estrutura, textura, composição mineralógica, pelas quais uma rocha adapta-‐se às novas condições Ksico-‐ químicas no interior da crosta. O campo do metamorfismo abrange T° entre aprox. 200 a 300° e 900 a 1000°. O campo metamórfico coincide maiormente com o campo de deformação do 6po dúc6l. TRANSFORMAÇÃO MINERALOGICA Transformação de minerais através de fenômenos de recristalização em estado sólido. A mudança de temperatura num ambiente geológico provoca reações químicas entre os minerais presentes na rocha reequilibrando-‐os sob as novas condições. As transformações mineralógicas do metamorfismo são resolvidas ajustando a composição das espécies minerais e das associações definidas entre elas (paragêneses) para alcançar condições de estabilidade termodinâmica em função das variações de P e T. Consequentemente, as paragêneses metamórficas refletem as condições de P e T do metamorfismo. TECTONOMETAMORFISMO Quando as paragêneses metamórficas são formadas sob a atuação de esforços, as rochas adquirem estruturas orientadas desenvolvendo foliações de diversos 6pos. A forma e orientação dos cristais é controlada pelo estado de tensões e, portanto, forma parte das estruturas geradas a par6r desses esforços. Todas as estruturas de foliação secundária [picas das RM são geradas através de processos metamórficos que envolvem fenômenos de deformação. A estrutura é uma das caracterís6cas das rochas que melhor representa a conexão entre os processos metamórficos e deformacionais. FASE DE DEFORMAÇÃO (Geração / Evento) Intervalo de tempo caracterizado por um campo par6cular de esforços e/ou um determinado padrão cinemá6co. Representada por um conjunto de estruturas geradas de maneira sincrônica que refletem de forma consistente o regime de tensões que atuou durante esse período. A consistência manifesta-‐se simultaneamente no es6lo estrutural, na orientação as estruturas e nas paragêneses metamórficas. DEFORMAÇÃO POLIFÁSICA Gerada por uma sucessão descon6nua de eventos com modificações na cinemá6ca da deformação (variação do nível estrutural, modificação da direção de transporte tectônico, etc.). DEFORMAÇÃO PROGRESSIVA Em certos casos, a sequencia de incrementos é materializada e preservada por uma sucessão de feições superpostas. O tensor da deformação pode ser considerado como fixo durante esta deformação. Fonte: Prof. Michel H. Arthaud DEFORMAÇÃO MONOCÍCLICA Cada ciclo orogênico pode produzir varias fases de deformação (numa orogênese as rochas subme6das a tectonometamorfismo passam por variações nas condições de P e T). É comum observar uma mudança na orientação espacial do tensor da deformação. 11/12/13 2 DEFORMAÇÃO POLICÍCLICA Quando uma determinada região apresenta o efeito combinado de duas ou mais fases deformacionais relacionadas a ciclos orogênicos diferentes. (Exemplo: a colisão de um complexo de arco de ilhas a uma margem con6nental e uma posterior colisão cont – cont.) DEFORMAÇÕES SUPERPOSTAS DETERMINAÇÃO DAS FASES TECTONOMETAMÓRFICAS Quando as paragêneses estão relacionadas com estruturas bem definidas (dobras, clivagens, zonas de cisalhamento), pode estabelecer-‐se uma ligação clara entre o metamorfismo e a estrutura definindo-‐se uma fase tectonometamórfica. As idades rela6vas de duas ou mais estruturas encontradas num mesmo afloramento podem ser es6madas a par6r das relações de superposição observadas em campo ou em seção delgada. Nomenclatura consistente M – D – L – S – F DEFORMAÇÕES SUPERPOSTAS ESTRUTURAS DEFORMANDO ESTRUTURAS ANTERIORES. Plano / Plano Lineação / Lineação Dobra / Falha Elemento linear dobrado ! ! Fonte: Prof. Michel H. Arthaud DEFORMAÇÕES SUPERPOSTAS ESTRUTURAS DEFORMANDO ESTRUTURAS ANTERIORES. Interferência de dobramentos A superposição de dobras pode originar camadas com geometrias complexas, que quando são observadas em duas dimensões (num afloramento, por exemplo) definem configurações denominadas padrões de interferência. Classificação de Ramsay (1967) define quatro 6pos (0 a 3)sendo esta a nomenclatura mais difundida entre os geólogos estruturalistas. Esta classificação considera as orientações rela6vas dos planos axiais e dos eixos de duas fases de dobramento superpostas para definir os padrões de interferência fundamentais. Padrões de interferência (Ramsay, 1967) Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) Padrões de interferência (Ramsay, 1967) Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) 11/12/13 3 Padrões de interferência (Ramsay, 1967) Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) Padrões de interferência (Ramsay, 1967) Fonte:GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) SUPERPOSIÇÃO DE DOBRAS Padrões de interferência Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) Fonte: Marli Bryant Miller (marlimillerphoto.com) DEFORMAÇÕES SUPERPOSTAS FASES POBREMENTE PRESERVADAS REQUEREM ESTUDOS MAIS MINUCIOSOS. Lentes tectônicas preservadas em zonas de cisalhamento. Pseudomorfos: Minerais formados sob condições anteriores são reconhecidos pelo hábito. Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) ANÁLISE DE PORFIROBLASTOS Podem apresentar foliações internas que cons6tuem ves[gios de foliações do período de crescimento do mineral, e refletem as condições metamórficas e a orientação daquele período. Paragêneses relíc6cas: Estudadas a par6r de inclusões minerais em porfiroblastos. O padrão das trilhas de inclusões (re6líneo ou curvo) de um porfiroblasto e sua relação com a trama da rocha, é indica6vo de um crescimento anterior, simultâneo ou posterior à deformação , denominando-‐se pre-‐tectônico , sin-‐tectônico ou pós-‐tectônico. ANÁLISE DE PORFIROBLASTOS Trilhas curvas com extremos concordantes com a trama: sin-‐tectônico. Trilhas curvas com extremos discordantes com a trama: pre-‐tectônico. Trilhas retas apresentando con6nuidade com a trama: pós-‐tectônico. Trilhas retas apresentando discordância com a trama: pre-‐tectônico. Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012)
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