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1 DIREITO CONSTITUCIONAL I AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS INELEGIBILIDADE ABSOLUTA (14, §4º, CF): Inalistáveis Analfabetos Magistrados (art. 95, §único, III, CF) Ministério público (art. 128, §6º, CF) AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS INELEGIBILIDADE RELATIVA (14, §5º a §9º, CF): Reeleição (art. 14, §5º, CF) Eleição para outro cargo (14, §6º, CF) Reflexa (art. 14, §7º, CF) Militares (art. 14, §8º, CF) Infraconstitucional (art. 14, §9º, CF e lei complementar 64/90) AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS REELEIÇÃO (art. 14, §5º, CF): “O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período AULA 15 subseqüente.” DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS ELEIÇÃO PARA OUTRO CARGO (art. 14, §6º, CF): “Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem pleito.” renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS INELEGIBILIDADE REFLEXA (art. 14, §7º, CF): “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.” AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS INELEGIBILIDADE DOS MILITARES (art. 14, §8º, CF): “O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.” AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS INELEGIBILIDADE LEGAL (art. 14, §9º, CF e Lei Complementar 64/90): Proteção da probidade administrativa, moralidade para o exercício do mandato considerada a vida pregressa do candidato (ECR 4/94) AULA 15 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS INELEGIBILIDADE LEGAL (art. 14, §9º, CF e Lei Complementar 64/90): Proteção da normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta AULA 15 PRINCÍPIO DA ANUALIDADE DA LEI ELEITORAL (art. 16, da CF) • “A lei que alterar o processo eleitoral entra em vigor na data da sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.” AULA 15 PARTIDOS POLÍTICOS (art. 17, da CF) PERSONALIDADE JURÍDICA (art. 17, § 2º, CF) AUTONOMIA PARTIDÁRIA (art. 17, §1º, CF e Lei 9096/95) Supressão da verticalização nas coligações partidárias (EC n. 52/01 e ADI 3685-8, DOU de 31.3.06) CARÁTER NACIONAL AULA 15 PARTIDOS POLÍTICOS (art. 17, da CF) DIREITOS DOS PARTIDOS: Fundo partidário e direito de antena (art. 17, §3º, CF) Imunidade tributária para impostos sobre seu patrimônio, rendas ou serviços e de suas fundações (art. 150, VI, c, CF) AULA 15 PARTIDOS POLÍTICOS (art. 17, da CF) VEDAÇÕES AOS PARTIDOS: Utilização de organização paramilitar (art. 17, §4º, CF) Recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiro ou de subordinação a estes (17, II, CF) AULA 15 PARTIDOS POLÍTICOS (art. 17, da CF) DEVERES DOS PARTIDOS: Prestação de contas à justiça eleitoral (art. 17, inc. III, CF) Funcionamento parlamentar de acordo com a lei (17, inc. IV, CF) Estatutos devem prever normas de disciplina e fidelidade partidária (art. 17, §1º, CF) AULA 15 Caso concreto 1 - O Vice-Governador do Estado do Pará, eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador, sendo que no segundo mandato sucedeu o titular, consulta-lhe para saber se há possibilidade constitucional de se reeleger Governador. Fundamente a sua resposta na doutrina e na jurisprudência. AULA 15 Caso concreto 2 - A Emenda Constitucional No. 52/06, que entrou em vigor em março de 2006, alterou a redação do art. 17, §1º, CRFB, para conferir aos partidos políticos plena autonomia para definir o regime de suas coligações eleitorais, extinguindo a chamada verticalização das coligações partidárias. Logo, a partir da referida reforma as coligações partidárias realizadas em âmbito nacional deixaram de ser obrigatórias em âmbito estadual, distrital ou municipal. Diante de tais circunstâncias, seria possível aplicar as novas regras ao pleito de outubro de 2006? Resposta fundamentada. Sugestão de gabarito do caso concreto 1: “Vice-Governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador. No segundo mandato de vice, sucedeu ao titular. Certo que, no seu primeiro mandato de vice, teria substituído o governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de governador, porque o exercício da titularidade do cargo dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu o titular é que passou a exercer o seu primeiro mandato como titular do cargo. Inteligência do disposto no § 5º do art. 14 da Constituição Federal.” (RE 366.488, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 4-10-05, DJ de 28-10-05). AULA 15 Sugestão de gabarito do caso 2: "A inovação trazida pela EC 52/06 conferiu status constitucional à matéria até então integralmente regulamentada por legislação ordinária federal, provocando, assim, a perda da validade de qualquer restrição à plena autonomia das coligações partidárias no plano federal, estadual, distrital e municipal. Todavia, a utilização da nova regra às eleições gerais que se realizarão a menos de sete meses colide com o princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da CF, que busca evitar a utilização abusiva ou casuística do processo legislativo como instrumento de manipulação e de deformação do processo eleitoral (ADI 354, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ de 12-2-93). AULA 15 Enquanto o art. 150, III, b, da CF encerra garantia individual do contribuinte (ADI 939, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 18-3-94), o art. 16 representa garantia individual do cidadão-eleitor, detentor originário do poder exercido pelos representantes eleitos e ‘a quem assiste o direito de receber, do Estado, o necessário grau de segurança e de certeza jurídicas contra alterações abruptas das regras inerentes à disputa eleitoral’ (ADI 3.345, Rel. Min. Celso de Mello). Além de o referido princípio conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como uma garantia fundamental oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte derivado, nos termos dos arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16 ainda afronta os direitos individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV). AULA 15 A modificação no texto do art. 16 pela EC 4/93 em nada alterou seu conteúdo principiológico fundamental. Tratou-se de mero aperfeiçoamento técnico levado a efeito para facilitar a regulamentação do processo eleitoral. Pedido que se julga procedente para dar interpretação conforme no sentido de que a inovação trazida no art. 1º da EC 52/06 somente seja aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência." (ADI 3.685, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-3-06, DJ de 10-8-06). AULA 15
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