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Discursiva Prática Profissional Literatura e Filosofia

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Questão 1/5 - Prática Profissional: Literatura e Filosofia
Considere a seguinte citação:
“A Literatura desconcerta, incomoda, desorienta, desnorteia mais que os discursos
filosófico, sociológico ou psicológico porque ela faz apelo às emoções e à empatia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, A. Literatura para
quê? 1° edição. Belo Horizonte: Editora UFMG. 2012.p. 64.
Um dos aspectos importantes na relação entre filosofia e literatura diz respeito a atitude
do leitor. Sendo assim, descreva o tipo de leitor que se espera para textos literários e para
textos filosóficos. Use, como referência para a sua resposta, o conteúdo do livro-base
Filosofia e Literatura.
Nota: 20.0
Espera-se que o aluno identifique os seguintes argumentos: “[...] que leitor [de literatura] é
esse? Aquele que aceita adentrar a subjetividade de outra pessoa para poder sair de si
mesmo, ampliando assim seu campo de visão. Um processo que poderia ser descrito como
uma indução poética, porque sai do particular para se encaminhar rumo ao universal.
Exigência que não se assemelha à proposta filosófica tal qual estamos traçando. [...] O
leitor de textos filosóficos, de outra maneira, parece fazer exigências ao texto. Ele espera
encadeamento argumentativo, exatidão, clareza nos conceitos e que o autor, além disso,
tenha propriedade para criticar, se for esse o caso, e conhecimento para edificar alguma
teoria”. (Livro-base Filosofia e Literatura, p. 113)
Questão 2/5 - Prática Profissional: Literatura e Filosofia
Leia o seguinte extrato de texto:
“[...] em vez de uma só verdade absoluta, muitas verdades relativas que se contradizem
(verdades incorporadas a ‘egos imaginários’ chamados personagens) ter, portanto, como
única certeza a ‘sabedoria da incerteza’ [...]”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KUNDERA, M. A arte do
romance.1°edição, São Paul: Ed. Companhia de bolso, 2009. p. 14.
Um dos compromissos claros de um texto filosófico é a exposição de uma ideia ou
conceito, de maneira clara e consistente, do começo ao fim do texto. Já um romance pode
apresentar várias ideias e conceitos diferentes, cada um relativo a um personagem
específico, sem uma argumentação clara. Tomando como referência o conteúdo do livro-
base Filosofia e Literatura, explique o que diferencia um romance de um texto filosófico.
 
Nota: 20.0
Espera-se que o aluno identifique os seguintes argumentos: “Isso porque a narrativa
romanesca se desvencilha do controle estrito da razão e da verossimilhança para se deixar
guiar pela imaginação do autor. A sabedoria do romance seria de outro quilate se
comparada com a sabedoria filosófica. [...]. Ela [a obra] é produto de imaginação, e por
isso temos de localizar essa exploração existencial que é o romance com base em um ponto
de vista particular, aquele do personagem que o autor faz falar. A exploração filosófica
seria mais abstrata, universal, buscando uma exatidão conceitual que não é característica
de uma obra de imaginação. A exploração filosófica [...] trata [...] de todas as pessoas e em
qualquer recorte histórico. O romancista está em outra atmosfera [...]; ele realiza uma
atividade essencialmente diferente do filósofo [...]. O romance carregaria em si a
linguagem da ambiguidade e por isso traz em seu cerne o caráter relativo/particular. Ele é,
além disso, o momento privilegiado em que a imaginação pode explodir no sentido de se
dilatar e fazer o apelo ao fantástico”. (Livro-base Filosofia e Literatura, p. 106-107-108)
Questão 3/5 - Filosofia da Linguagem
Leia a citação a seguir:
"As provas empregadas através do discurso são de três espécies. Primeira quanto ao
caráter do orador [..] segunda quanto às paixões dos ouvintes [...] terceira quanto ao valor
demonstrativo do discurso".
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROHDEN, L. O poder da
linguagem: A arte retórica de Aristóteles. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010, p. 67.
Na obra Da Interpretação, Aristóteles trabalha os componentes básicos do discurso como
o nome, o verbo, o que é uma negação, uma afirmação, uma asserção e uma sentença.
Nesta obra Aristóteles afirma que as sentenças podem ser simples ou complexas
(compostas). Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Uma
introdução à filosofia da linguagem, explique a definição de cada uma delas
(simples/complexas) de acordo com Aristóteles.
Nota: 20.0
Nesse sentido, entendemos que as sentenças podem ser simples ou complexas:
a simples consiste em uma afirmação de algo a respeito de algo, geralmente um nome e um
verbo unidos por um verbo de ligação (a cópula verbal no presente ou em algum tempo
verbal); a composta é uma sentença formada por sentenças simples unidas por um
conectivo sentencial. Assim, com essas definições em mãos, Aristóteles caracteriza a
contradição da seguinte forma: como foi definido, uma afirmação consiste em uma
sentença afirmando algo de algo, uma negação como uma sentença negando algo de algo e
cada afirmação possui uma negação oposta. (Livro-base, p.23.)
Questão 4/5 - Filosofia da Linguagem
Leia a citação a seguir:
"[...] para o otimismo leibniziano, que garante ser este o ‘melhor dos mundos possíveis’, é
preciso, antes de mais nada, compreender como se configura esta harmonia
preestabelecida, da qual, segundo Leibniz, Deus teria dotado o mundo no momento da
criação. A harmonia preestabelecida que se expressa nas várias percepções e na mútua
dependência das mônadas seria alcançada porque Deus teria como critério objetivo de
perfeição a íntima relação existente entre a diversidade e a simplicidade, isto é, entre o
múltiplo e o uno".
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VAGNA, R. Leibniz e a sua
concepção dos melhores mundos. Disponível em:
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/ric/article/view/146/137>Acesso em: 23 de out. 2016.
Na Idade Moderna, Leibniz desenvolveu um importante estudo sobre a natureza da
linguagem. Seu argumento mais célebre ficou conhecido como "argumento dos mundos
possíveis". De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Uma introdução
à filosofia da linguagem, explique no que consiste este argumento e sua relação com a
linguagem.
Nota: 16.0
O conceito de mundo possível remonta pelo menos a Leibniz, muito embora tenha sido
incorporado à lógica filosófica apenas no século XX. Considere o mundo em que vivemos
com todas as coisas que existem ao nosso redor, as coisas da mesma forma como elas são.
Isso inclui não apenas o planeta Terra, mas o universo como um todo.
Assim, nosso discurso sobre as coisas é um discurso sobre as coisas atuais, que atualmente
existem da maneira como atualmente são: “Dilma Rousseff como a presidente do nosso
país”, “a Alemanha como atual campeã da Copa do Mundo”, “o que você comeu no
almoço”, “a quantidade de planetas do nosso sistema solar”. Mas não “Sherlock Holmes”,
“o Brasil ganhou da Alemanha”, “eu ter almoçado caviar em um iate navegando no
Pacífico”.
Dessa maneira, tudo que é verdadeiro nesse universo é atual. Imagine, portanto, todas as
proposições que descrevem o nosso universo, cada átomo, cada pensamento, cada palavra
dita, cada movimento, cada gesto ou sensação. O conjunto total dos fatos que são o caso é
o que chamamos de um mundo possível, como a realidade de fato é. (Livro Base, p.128-
129.)
Questão 5/5 - Filosofia da Linguagem
Leia atentamente a citação a seguir:
"Mesmo sem tentar reconduzir toda filosofia a uma semiótica, bastaria considerar toda a
tradição da filosofia da linguagem. Ela não se reduz(como acontece atualmente) a uma
especulação que se situa entre a lógica formal, a lógica das linguagens naturais, a
semântica, a sintática e a pragmática, só do ponto de vista das linguagens verbais. A
filosofia da linguagem, dos estoicos a Cassirer, dos medievais a Vico, de Santo Agostinho
a Wittgenstein, abordou todos os sistemas de signos e, neste sentido, colocou uma
questão radicalmente semiótica".
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ECO, U. Semiótica e Filosofia da
Linguagem. Trad. de Maria Rosária Fabris e José Luis Fiorin. São Paulo: Ática, 1991, p. 9.
A linguagem, desde Platão, foi objeto de estudo da Filosofia. Grandes avanços foram
registrados por Aristóteles e, posteriormente por filósofos como Frege e Wittgenstein. A
partir disto, e de acordo com os conteúdos do livro-base Uma introdução à filosofia da
linguagem, disserte sobre a importância do estudo da linguagem sob um ponto de vista
filosófico.
Para alguns autores, a linguagem é uma espécie de janela para a natureza humana. É a
linguagem que permite, por exemplo, que o homem se expresse por meio da poesia nas
artes; é na fala humana que se projetam as estruturas hierárquicas, garantidas por algum
tipo de dominação ou poder; é na linguagem que se desenvolve a arte de convencer e
persuadir. Ela é também um dos instrumentos mais importantes para duas das mais
importantes atividades racionais humanas: a política e o direito. (Livro-Base p.14.)

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