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CCJ0019-WL-D-AMMA-03-Teoria da Constituição - Normas Constitucionais-01

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1
DIREITO CONSTITUCIONAL
PROF. RAFAEL IORIO 
AULA 3
DIREITO CONSTITUCIONAL I
AULA 3
TEMA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO:
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
AULA 3
Princípios de Interpretação Constitucional
Importante ressaltar no aspecto das normas constitucionais os
princípios de interpretação das normas apontados pelos
teóricos do Direito Constitucional.
1) Princípio da unidade – ao interpretar a Constituição
devemos levar em conta que ela é um todo coerente e coeso,
devendo o intérprete procurar harmonizar todas as suas normas
de forma a não estabelecer contradições;
AULA 3
2) Princípio da supremacia constitucional - o intérprete deve
levar em conta que a Constituição está no topo do ordenamento
jurídico e é o fundamento de validade de todas as outras
normas, sendo assim nenhuma lei pode contrariá-la, formal ou
materialmente, sob pena de ser considerada inconstitucional;
3) Princípio da máxima efetividade – a Constituição não
estabelece normas supérfluas, todo intérprete deve buscar o
máximo dos efeitos da Constituição;
AULA 3
4) Princípio da harmonização – uma vez que todas as normas
constitucionais estão no mesmo patamar hierárquico e devem ter
máxima efetividade, ao interpretar a Constituição devemos buscar
harmonizar antinomias aparentes de forma proporcional;
5) Princípio do efeito integrador – a Constituição deve ser
interpretada de forma a estabelecer critérios e soluções que
reforcem o seu papel de principal norma nas relações sociais;
AULA 3
6) Princípio da força normativa da Constituição – a Constituição
deve ser interpretada da maneira mais efetiva e atual possível
quando diante de um caso concreto, ou seja, a norma quando
aplicada deve solucionar o problema real;
7) Princípio do conteúdo implícito – o interprete deve atentar
que a Constituição estabelece comandos que não estão
expressos explicitamente em seu texto, mas sim na coerência
interna de seus objetivos e fundamentos;
8) Princípio da conformidade funcional – o intérprete não pode
contrariar a distribuição explícita da repartição de funções estatais
estabelecidas pelo Constituinte;
AULA 3
9) Princípio da imperatividade das normas constitucionais –
uma vez que todas as normas constitucionais emanam da
vontade popular e são normas cogentes ou imperativas, o
intérprete deve sempre lhes dar a maior extensão possível;
10) Princípio da simetria – princípio de interpretação federativo
que busca adequar entre os entes os institutos da Constituição
Federal às Constituições e institutos jurídicos dos Estados-
Membros. Por exemplo, cabe ao Presidente da República a
iniciativa de leis para o aumento do efetivo das forças armadas,
caberá por simetria ao Governador os projetos de lei para
aumento do efetivo da Polícia Militar, por exemplo: art. 61 da
CRFB/88;
AULA 3
11) Princípio da presunção de constitucionalidade das normas
infraconstitucionais – o intérprete deve dar às normas
hierarquicamente inferiores à Constituição uma interpretação
que as coadune com a Lei Maior, visto que foram fruto de um
processo legislativo que, em tese, procurou adequá-las aos
comandos constitucionais.
AULA 3
Caso 1- Tema: Interpretação Constitucional
Ronaldo, militar do exército, estava matriculado no Curso de
Direito numa Universidade Particular de Pernambuco, quando foi
transferido ex officio da Unidade sediada em Boa Viagem para a
Unidade localizada no Município do Rio de Janeiro.
Por conta do seu deslocamento e da necessidade de dar
continuidade aos estudos na Cidade do Rio de Janeiro, o militar
solicitou à Sub-reitoria de Graduação da UERJ, transferência do
curso de Direito da referida Universidade Particular para o mesmo
curso na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com base na
Lei n° 9.536/97.
AULA 3
O pedido do militar foi indeferido pela Sub-reitora da UERJ, com
fulcro no ato normativo interno desta Universidade (Deliberação
n° 28/2000), o qual regula esta matéria, uma vez que a
Universidade de origem do militar era uma instituição de ensino
superior particular.
O militar impetra mandado de segurança alegando, em sua
defesa, os seguintes argumentos:
I - que o seu direito está amparado pelo parágrafo único do artigo
49 da Lei Federal n° 9536/97 – dispositivo este que regulamenta
o parágrafo único da Lei Federal n° 9.394/96 (estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional);
II - que a norma restritiva do art. 99 da Lei 8.112/90 (entidades
congêneres) não se aplica aos militares;
AULA 3
III - que o ato normativo n° 28/2000, no qual o sub-reitor se
baseou para indeferir o pedido de transferência, “tem vício de
ilegalidade a negativa de matrícula”, pois contraria o conteúdo da
Lei nº 9536/97, uma vez que a Lei federal não exige o caráter
congênere entre instituições de ensino;
Diante da situação acima descrita, questiona-se: qual a
interpretação constitucional mais adequada para a solução deste
conflito?
AULA 3
Caso 2- Tema: Princípio da razoabilidade
O Estado do Tocantins publicou edital no Diário Oficial do Estado
de concurso público para o preenchimento de vagas para o cargo
de policial. Uma das provas é a realização de testes físicos e um
dos testes exige que os candidatos façam a seguinte atividade:
“Flexões abdominais: consiste em o candidato executar
exercícios abdominais, por flexão de braços, deitado em decúbito
ventral, em um maior número de repetições dentro de suas
possibilidade, no período de um minuto, obedecendo à tabela de
pontuação abaixo: ...”
AULA 3
Em função da redação incoerente do texto desse teste, o Estado
publicou uma errata do edital no mesmo órgão oficial de
imprensa, duas semanas antes de iniciarem as provas, com a
seguinte redação: “Flexões abdominais: consiste em o candidato
executar exercícios abdominais, por flexão de tronco, em
decúbito dorsal em um maior número de repetições tocando os
cotovelos nos joelhos ou coxas, no período de um minuto.”
Como os candidatos já haviam se inscrito na prova no momento
da percepção do equívoco da referida redação, muitos deles se
consideraram surpreendidos, no dia da realização desse teste
físico, pois não tomaram conhecimento da errata do edital.
AULA 3
Alguns desses, que não conseguiram passar na prova de esforço
físico, ingressaram com mandado de segurança com a alegação
de que esse teste deve ser desconsiderado como critério de
aprovação, pois foi incluído após as inscrições, apenas duas
semanas antes do começo das provas e porque não foi publicado
num jornal de grande circulação para que todos tivessem a
chance de tomar conhecimento da modificação. Assim, alegam
que houve ofensa ao princípio da razoabilidade.
A quem assiste razão no caso? Dê os fundamentos jurídicos
cabíveis (fundamentos normativos, jurisprudenciais e
doutrinários).
AULA 3
Sugestão de gabarito do caso 1: A questão já foi examinada pelo
STF na ADI Nº 3324 onde ficou decidido que para transferência
entre instituições de ensino dever-se-à observar o caráter
congênere das instituições de ensino sob pena de violação dos
princípios da isonomia, impessoalidade e do mérito no acesso às
Universidades Públicas.
Aduza-se, por oportuno, que pela filtragem constitucional toda a
ordem jurídica deve ser lida à luz da Constituição da República e
passada pelo seu crivo.
AULA 3
Sugestão de gabarito do caso 2: Assiste razão ao Estado. Houve
um simples erro material na redação, pois a flexão abdominal não
pode ser efetuada com “flexão de braço”, o que não implicou em
novo critério de avaliação. A Administração pública pode corrigir
seus próprios atos e publicar a errata no Diário Oficial do Estado,
que é o meio ordinário para dar efeito a seus atos junto à
sociedade. Não há, por fim, ofensa ao princípio da razoabilidade
justamente por ter sido mero erro material de redação, por não ter
sido incluído novo critério de avaliação, por ter sido publicadocom antecedência à realização das provas, por não haver
qualquer justificativa que tornasse obrigatória a publicação em
jornal de grande circulação e, principalmente por não ter
fundamento a alegação de surpresa. (RE 390939/MA).
AULA 3

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