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etapas de uma obra

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Centro Educacional Roberto Porto
Etapas Construtivas de uma Obra
Itabira
2017 
 
Introdução
O desenvolvimento de uma obra de construção civil passa, desde o processo de escolha do terreno e da criação do projeto arquitetônico, até as etapas de acabamento e limpeza final da obra. Para que tudo ocorra da melhor maneira possível, é fundamental planejar adequadamente e ter um conhecimento geral de todo o processo construtivo. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo apresentar todas as etapas construtivas de uma obra de construção civil e suas respectivas técnicas utilizadas para a execução de cada processo, levando em conta que elas variam de empreendimento para empreendimento e podem acontecer simultaneamente. De tal forma, será apresentado: serviços preliminares; instalações e locação da obra; infraestrutura ou fundações; superestrutura, supraestrutura ou estrutura; alvenaria; tratamentos térmicos, acústicos e impermeabilizações; cobertura; instalações elétricas e de telefone; instalações hidro-sanitárias; aparelhos e metais sanitários; esquadrias; revestimento de paredes; revestimento de pisos ou pavimentações; ferragens; vidros; pintura; paisagismo; instalações mecânicas; testes; limpeza.
Serviços Preliminares
Atividades necessárias ao início da construção de uma obra compreendendo, entre outros, o preparo do terreno, a execução do projeto do canteiro de obra, a discriminação dos equipamentos utilizados e a locação da obra.
Veremos a seguir:
Topografia do terreno
Este levantamento será utilizado para melhor posicionamento da sua casa, irá definir uma melhor conformação da casa em relação ao terreno. Distribuição, pavimentos, estrutura, etc.
Sondagem
Depois de definido o terreno e o projeto deverá ser feita a sondagem do terreno. Esta sondagem irá identificar a resistência do solo, a existência de lençóis freáticos e outras características. Deverão ser indicados os pontos (pelo profissional habilitado) para serem realizados os testes ao longo do terreno e quantos furos serão necessários.
A sondagem proporciona valiosos subsídios sobre a natureza do terreno que irá receber a edificação, como: 
- características do solo; 
- espessuras das camadas; 
- posição do nível da água. 
Além de prover informações sobre o tipo dos equipamentos a serem utilizados para a escavação e para retirada do solo, bem como, ajuda a definir qual o tipo de fundação que melhor.
Se adaptará ao terreno, de acordo com as características da estrutura. Além disso, através dos dados da sondagem é possível identificar, quando necessário, o tipo de contenção mais adequada. Sem esta avaliação não há como realizar os cálculos estruturais.
Sem os cálculos estruturais a estrutura de sua casa poderá custar mais que o necessário, ou ficar comprometida.
Limpeza do terreno 
Com o projeto aprovado e com as autorizações em mãos, é possível começar efetivamente a obra. A limpeza do terreno irá prepará-lo para a chegada das máquinas e do pessoal da obra. Durante esta limpeza poderá ocorrer a necessidade de supressão vegetal (retirada de árvores).
Quando há demolições,nem sempre,é técnica ou economicamente viável a utilização de construções existentes no terreno para aproveitamento, sendo muitas vezes necessária a sua completa remoção, antes mesmo da implantação do canteiro, caracterizando uma etapa de SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃO. A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é comum mexer-se com edifícios bastante deteriorados e com perigo de desmoronamento. E não é só isto, pois neste serviço "as coisas caem, desabam". O resíduo originado de uma demolição pode ser bastante significativo exigindo o seu manuseio com equipamentos de grande porte e quando não for possível sua utilização dentro do próprio terreno deverá se retirado.
Terraplanagem
Com base na planta e levantamento topográfico marcam-se os níveis da obra. Nesta fase são feitos os cortes no terreno e a movimentação de terra. Assim, é feita a marcação do dimensionamento e níveis adequados ao projeto. É muito importante a definição correta dos níveis.
Tipos de Movimento de Terra Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das seguintes situações:
CORTE; 
 ATERRO;
 CORTE + ATERRO. 
A situação "a" geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis problemas de recalque que o edifício possa vir a sofrer. Por outro lado, quando se tem a situação “C”, não se faz necessária a retirada do solo para regiões distantes, minimizando as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a compensação do corte com o aterro necessário.
Níveis, cortes:
Nesta fase geralmente utiliza-se um trator para o trabalho pesado. Na movimentação de terra o ideal é que haja uma compensação entre aterro e desaterro, tirando terra de um lado e passando para outro, para que não haja necessidade de retirar ou colocar terra extra no terreno. A área de aterro formada deverá ser compactada. A utilização do trator geralmente é computada por hora e deves e planejar muito bem a atuação do tratorista para minimizar o tempo e o trabalho.
Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação:
Podem-se empregar equipamentos manuais ou mecânicos. Os manuais constituídos, sobretudo pelas pás, enxadas e picaretas, são empregados quando se tem pequeno volume de solo a ser movimentado (até 100m³). Para volumes superiores, recomenda-se a utilização de equipamentos mecânicos que permitem maior produtividade, dentre os quais destacam-se, para uso em escavações de edifícios:
Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação · pá-carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras); · escavo-carregadeira; · retro-escavadeira; · clam-shell; · pá-carregadeira de pequeno porte.
Instalação e Locação da Obra
Instalações de Canteiro
É fortemente recomendável a realização de projeto para a implantação do canteiro da obra, que deve contemplar as quantidades e as medidas de tapume, barracões, silos, equipamentos de produção, andaimes, torres para transportes, equipamentos de proteção e segurança. Esse projeto deve ser desenvolvido pelos engenheiros responsáveis pela construção da edificação, com a participação do mestre e do encarregado da obra, por se tratar de profissionais com experiência prática de canteiro para avaliar as questões críticas que possam ocorrer no decorrer da construção.
Cabe à equipe técnica, em conjunto com o orçamentista, a relação custo-benefício na avaliação da compra ou locação de equipamentos e sistemas do canteiro, considerando o prazo de execução, as facilidades de deslocamentos, os custos com manutenção, os reaproveitamentos, a possibilidade de revenda após a sua utilização.
Em relação às instalações provisórias de canteiro, é recomendável sempre que possível projetá-las para que a sua execução seja para utilização definitiva, reduzindo custos e prazos. Citamos a execução das instalações de rede de água, luz, esgoto e gás definitivas em vez das provisórias. A execução de muros de divisas do terreno definitivas reduz custos com tapumes, assim como os gradis e muretas de segurança definitivas de projeto nas escadas e varandas reduzem custos com as proteções provisórias. A execução das alvenarias de periferia nos pavimentos das edificações permite a redução dos custos com serviços de proteção de pedestres, beneficiando também o empreendimento.
A título de exemplo, descrevemos os itens contemplados em orçamento:
	
Serviços Técnicos e Administrativos Operacionais
Considerando a importância desses serviços pela representatividade dos custos e pelas características dos itens, é necessária uma análise crítica no dimensionamento da equipe para garantia de qualidade do empreendimento, assim como para a otimização dos custos. Seus componentes praticamente não estão associados à produção dos serviços dos projetos arquitetônicos e complementares.
As especificações para esses serviços, assim como seu dimensionamento, cabem à equipe de produção de construçãoe ao orçamentista, com subsídios do mestre e encarregados pela experiência prática desses profissionais.
Uma grande parcela desses custos está associada ao prazo da obra. Dessa forma, é relevante que sempre que possível a construção do empreendimento e desses serviços sejam determinados no seu prazo técnico ótimo. O acréscimo de um ou mais meses resulta em acréscimo de custos operacionais, não sendo possível a sua compensação. Por outro lado, a redução de um mês ou mais resulta em economia dos custos operacionais para o empreendimento.
A título de exemplo descrevemos os itens contemplados em orçamento:
	
- As instalações de canteiro e os serviços técnicos e administrativos operacionais não são obtidos pelos levantamentos dos projetos arquitetônicos e complementares do empreendimento.
Eles resultam do conhecimento técnico da equipe de produção para o adequado dimensionamento operacional na implantação do canteiro da obra, no dimensionamento e definição de equipamentos e ferramentas, assim como da equipe operacional para a execução da obra.
Considerando sua importância técnica e financeira, é fundamental que as definições de processos, seleção de pessoal e dimensionamentos estejam associados à qualidade da obra, ao prazo de execução, aos seus custos e riscos.
Infraestrutura ou Fundações
Infraestrutura de uma obra na sua acepção mais alta, pode ser definido como um conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda uma estrutura. O termo possui diversas acepções em diferentes campos, mas o mais comum é o referente aos sistemas construção de uma cidade ou região.
A construção de uma edificação começa pela sondagem do terreno sobre o qual ela será erguida. A sondagem, uma espécie de radiografia do terreno, identifica as camadas do solo e sua resistência, além de detectar a presença do lençol freático (água), informações fundamentais para que o Engenheiro projete adequadamente as fundações, que podem ser diretas e indiretas.
A primeira e fundamental fase para uma boa execução de qualquer obra é a infraestrutura. Para executar corretamente a infraestrutura deve contar com um Engenheiro Civil para elaboração do projeto e com profissionais competentes e com uma equipe especializada e treinada para executar o trabalho de maneira rápida e eficiente para proporcionar ao cliente segurança, qualidade e o melhor custo benefício na implantação da infraestrutura de seu projeto.
A fundação direta é assentada nas primeiras camadas do solo (em média até 2 m), e a fundação profunda nas camadas mais profundas do solo, em virtude da resistência só ser alcançada em camadas de 10 m ou mais.
Escolha do tipo de fundação
Para a escolha do tipo de fundação interessa, portanto, saber:
Natureza e características do solo no local da obra;
Disposição, grandeza e natureza das cargas a serem transferidas ao subsolo;
Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado e as restrições técnicas impostas a cada tipo de fundação;
Fundações e condições técnicas dos edifícios vizinhos; e
Orçamento completo (material, mão-de-obra, transporte etc.) das soluções e tipologias possíveis.
A infraestrutura e a parte inferior da estrutura de uma construção ou edifício que suporta e transmite cargas ao terreno. A infraestrutura ou fundação pode ser:
Fundação Direta ou Rasas
São aquelas em que as cargas são transmitidas para o terreno através do prolongamento do pilar abaixo do nível do solo com um alargamento em sua base e se o solo firme estiver a pequena profundidade. Ex.: Sapatas corridas ou contínuas, sapatas isoladas e radier.
As fundações diretas ou rasa: são aquela em que a carga da estrutura é transferida diretamente ao solo pela fundação. São executados em valas rasas, com profundidade de no máximo 2 metros, e caracterizados por blocos, alicerces, sapatas e radiers. Quando a camada resistente à carga da edificação ou seja, onde a base da fundação está implantada, não excede a duas vezes a sua menor dimensão ou se encontre a menos de 2 m de profundidade.
Baldrames – trata-se de fundação corrida em concreto simples ou pedra argamassada indicada para pequenas cargas, distribuídas linearmente sobre terreno superfi cial de médio a bom (tensão admissível acima de 0,2 MPa). de carga estimada; 
Bloco – elemento em concreto sem necessidade de armadura de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto. Suas faces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas, com base quadrada ou retangular. Os blocos e sapatas são indicados para cargas de valor signifi cativo (soluções não resolvidas por baldrames) em terrenos com resistência igual ou superior a 0,1 MPa.
Sapata corrida ou contínua – elemento de concreto armado com espessura variável ou constante, base retangular, quadrada ou trapezoidal comum a vários pilares cujos centros em planta sejam desalinhados. Na execução da sapata corrida, após a abertura das cavas, coloca-se o lastro de concreto magro, faz-se o assentamento dos tijolos e, ao fi nal, o coroamento da fundação com uma cinta de concreto. Nesta fase fi nal, há que se cuidar da passagem para o esgoto e da perfeita impermeabilização.
Radier – quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do terreno excede a metade da área a ser edifi cada, geralmente é mais econômico reunir as sapatas num só elemento de fundação, que toma o nome de radier.
É uma sapata associada, tipo laje armada, onde descarregam todos os pilares ou outras cargas. Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência e a espessura da camada do solo é relativamente profunda.
Vigas de fundação – elementos de fundação, em geral de concreto armado, na qual descarregam cargas distribuídas ou de vários pilares alinhados. Pontos positivos das fundações superfi ciais: 
• solução trivial com recursos da obra; 
• baixo custo; 
• não provoca vibrações.
Desvantagens: 
• problemas nas escavações junto às divisas; 
• limitações para cargas muito altas; 
• solução artesanal com alto consumo de mão-de-obra.
Fundação Indireta ou Profunda
Se o solo firme estiver a grande profundidade (maior que 2 m). Ex.: Estacas, tubulões.
As fundações indiretas ou profundas são aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões. São aquela cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes a menor dimensão, e a mais de 2 m de profundidade.
Tubulão a céu aberto – pode ser usado em terreno sufi cientemente coesivo e acima do nível d’água, dispensando o escoramento. O diâmetro depende da carga e do modo de execução, mas sendo aberto manualmente, o diâmetro mínimo é de 70 a 80 cm, a fi m de que, o poceiro possa trabalhar livremente.
Tubulão tipo Chicago – o poço é aberto por etapas. Numa certa profundidade, colocam-se pranchas de escoramento mantidas na posição por travamentos de anéis metálicos. Escorado o novo trecho, escava-se o novo terreno escorando-se como anteriormente, repetindo-se esta seqüência até atingir o terreno onde será feita a base.
Tubulão pneumático – utilizados em terrenos com muita água, mantendo-a afastada da câmara de trabalho por ar comprimido. A execução de um tubulão a ar comprimido difere conforme se use o método clássico, com elementos de concreto ou o equipamento benoto, com tubos de aço.
Pelo método clássico, iniciam-se os trabalhos com a concretagem de um tubo de diâmetro variando conforme a capacidade do tubulão. Após a retirada das fôrmas e escorado o tubo, o operário penetra na câmara e inicia a escavação de um poço central. Ao atingir certa profundidade a escavação prossegue a fim de deslocar o tubulão e permitir que o mesmo desça sob a ação do seu próprio peso. Assim, se prossegue até que o topo do primeiro elemento tenha atingido o nível do terreno, concretando-se então, outro elemento sobre o primeiro. Reiniciam-se as escavações, a fim de se escavar o segundo elemento. As operações descritas repetem-se atéque se atinja o nível da água, a partir do qual ainda se prossegue em certo trecho, retirando-se água por bombeamento. Quando isso não for mais possível, instala-se o equipamento para introduzir ar comprimido, permitindo a entrada e saída de operários do tubulão. Tal sistema apresenta a desvantagem da alta periculosidade.
Estacas - Dependendo do apoio oferecido pelo solo circundante, as estacas podem ainda ser classifi cada como de Ponta, resistindo apenas às reações exercidas pelo terreno sobre a ponta da estaca; ou de Atrito, que resistem ao atrito das paredes laterais da estaca contra o terreno, estas últimas são também chamadas de estacas Flutuantes.
A maior parte das estacas é vertical, mas quando é necessário que resistam a esforços horizontais, podem ser cravadas de forma inclinada. A inclinação máxima possível dessas estacas depende do equipamento de cravação a ser utilizado, e pode atingir até 45º. As estacas mais antigas conhecidas são as de madeira, que foram utilizadas desde a pré-história, na construção de palafitas. Os tipos de estacas podem ser de madeira, concreto, aço ou uma combinação desses materiais.
Estacas de madeira – as estacas de madeira nada mais são que troncos de árvores, bem retos e retangulares que se cravam no solo. Elas são empregadas somente em terrenos saturados e abaixo do nível de água subterrâneo, que condicione sua total imersão. As qualidades que a madeira deve atender são: durabilidade e resistência ao choque. Aqui em Belém as madeiras que melhor se adaptam a este fi m são madeiras de Lei, tais como a maçaranduba e o matá-matá. As estacas de madeira completamente submersas não se estragam, sendo capazes de durar séculos. Mas quando sujeitas à variações de umidade, deterioram rapidamente. O apodrecimento das estacas é devido a vários fatores:
• Envelhecimento da madeira, provocado por fungos; 
• Ataque de insetos, provocados por cupins; 
• Ataque de animais marinhos, como crustáceos e moluscos; e 
• Desgaste mecânico.
As vantagens são: 
• Baixo preço, fácil emenda, boa resistência aos esforços dinâmicos de cravação, resistente aos esforços de levantamento e transporte. As desvantagens podem verificar: 
• A difícil tarefa de encontrar (árvores retilíneas e compridas), limitação de carga e comprimento.
Estacas pré-moldadas de concreto – a grande vantagem das estacas de concreto pré-moldadas é sua qualidade superior controlada em canteiro, sendo vibradas e curadas à sombra, resultando num corpo homogêneo de elevada resistência. Para a cravação das estacas, o processo mais usual é o emprego do bate estaca os quais podem ser divididos de acordo com o martelo usado, nos seguintes grupos: bate-estacas de gravidade de simples efeito e de duplo efeito. Bate-estacas de gravidade são aqueles cuja energia para cravação da estaca é transmitida à mesma pela queda livre de um peso (martelo ou macaco) a uma altura determinada. No final da cravação é feita a NEGA, isto é, a penetração da estaca para os dez últimos golpes, medindo-se o quanto a estaca deve entrar. Com isso, constata-se se todas as estacas estão atingindo determinada camada resistente e obtêm-se dados para o cálculo da capacidade de carga. Quando o comprimento da estaca não for sufi ciente para a obtenção da NEGA é preciso emendá-la, sendo que, a sembladura deverá ser para esforços de compressão.
Existem quatro tipos de estacas pré-moldadas: 
• Vibrada: trabalhada a tração e recebe cargas com pequena excentricidade.
• Centrifugada: 
• Protendida:
As vantagens do uso das estacas de concreto: durabilidade ilimitada, pois independe do nível de água; boa resistência à fl exão e cisalhamento; boa capacidade de carga; podem ser fabricadas na própria obra.
As desvantagens são: transporte; previsão do comprimento, com necessidade de emendas; limitação da seção e comprimento, devido ao peso próprio; difi culdade na cravação em areias compactas; tempo gasto com necessidade de corte. O concreto torna difícil o transporte das estacas pré-moldadas, o corte da sobra é trabalhoso, as emendas das estacas são complexas. Por outro lado, sendo produzidas em usinas permitem o uso de concreto bem dosado e executado. Um dos problemas das estacas pré-moldadas ocorre em presença de águas agressivas, pois estas podem penetrar no concreto e atingem os ferros da armação que, ao se oxidarem, aumentam o volume rompendo o concreto. Utiliza-se o recurso de pintá-las com produtos de base asfáltica.
Estacas metálicas – por motivos de ordem técnica e econômica, as estacas metálicas têm aumentado, apreciavelmente, sua aplicação como solução mais adequada. As principais vantagens são: 
• Facilidade de cravação em quase todos os tipos de terreno; 
• Elevada capacidade de carga; 
• Bom trabalho à flexão; 
• Facilidade de corte e emenda; 
• Facilidade de transporte; 
• Possibilidade de reaproveitamento, particularmente em construções provisórias ou temporárias;
• Possibilita a cravação faceando às divisas, dispensando onerosas vigas de equilíbrio
Estacas de concreto moldadas in loco – têm a vantagem de serem executadas com o comprimento estritamente necessário. Podem ser executadas de várias formas, principalmente com hélices (contínuas ou descontínuas), que são chamadas também de estacas rotativas, que perfuram o solo até uma cota pré- determinada em projeto pelo engenheiro de fundações, com o auxílio dos perfi s de sondagem, já executados em etapas anteriores do processo de construção.
Tipo strauss – são estacas com moldes fechados, cravados e recuperados. O tubo de molde é enterrado procedendo-se à perfuração do terreno por meio de um balde com ponta de janela. O balde é deixado cair dentro do tubo e o solo lamacento entra no interior do furo, uma vez alcançado o comprimento desejado, enche-se o tubo de concreto em trechos de 0,5 a 1,0m que são socados com um pilão à medida que se vai extraindo o molde. A pega do concreto dentro do terreno não permite constatar a qualidade da execução além dos problemas que podem surgir no momento do arrancamento do tubo.
Tipo franki – chama-se franki devido à patente do modo de cravação do tubo. As estacas tipo franki apresentam também, a vantagem de serem executadas no comprimento necessário, grande aderência ao solo devido à rugosidade do fuste, melhor distribuição das pressões proporcionada pela base alargada e grande capacidade de carga. As desvantagens fi cam por conta da pega do concreto acontecer em contato com o solo e da grande vibração provocada durante a cravação que pode prejudicar os prédios vizinhos.
Tipo broca – consiste na abertura de um furo no terreno (perfuração) e no lançamento de concreto nesse furo. São empregadas em pequenas construções tratando-se de uma solução de baixo custo, não devendo ser usadas em terrenos em que haja necessidade de ultrapassar o lençol freático. O lançamento do concreto é feito diretamente no solo, sem nenhuma proteção, apresentando, portanto, as mesmas desvantagens citadas nos exemplos anteriores.
Custos das fundações
Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total da construção; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso. O custo da fundação aumenta também em casos em que as características de resistência do solo são incompatíveis com os esforços que serão a ele transferido, pois nestas situações, elementos de fundação mais complexos são exigidos, podendo-se ter, inclusive, a necessidade de troca de solo, com reaterro e compactação.Tudo isto levando a custos, muitas vezes, não previstos inicialmente.
Superestrutura, Supra Estrutura ou Estrutura
Superestrutura
As estruturas dos edifícios, sejam eles de um ou vários pavimentos, são constituídas por diversos elementos cuja finalidade é suportar e distribuir as cargas, permanentes e acidentais, atuantes na construção. Esse conjunto de elementos forma a denominada estrutura do edifício. 
O conjunto dos elementos da estrutura pode ser subdividido em dois subconjuntos,denominados de superestrutura e infra-estrutura , este último constituído pelos elementos de fundação. No que se segue, serão descritos os principais elementos, que formam a superestrutura.
Um edifício deve ser projetado para suportar cargas verticais e horizontais. As cargas verticais são provenientes dos pesos próprios dos elementos que compõem a edificação, estruturais ou não, também chamadas de cargas permanentes, e de ações variáveis, como, por exemplo, as produzidas por aglomerado de pessoas, por carregamentos móveis ( veículos ), etc. As cargas horizontais podem ser também de natureza permanente, como as produzidas por empuxos de terra, e variáveis, como aquelas provenientes de empuxos de materiais armazenados em depósitos, da ação do vento, etc.
Em relação às formas de distribuição dessas cargas, nos elementos estruturais, podem ser citadas as cargas uniformemente distribuídas, concentradas, triangulares e trapezoidais. 
As cargas verticais são aplicadas em lajes, elementos bidimensionais, planos, em geral horizontais, que suportam, predominantemente, cargas normais ao seu plano médio. 
As lajes são os mais importantes entre os elementos estruturais, pela sua ocorrência, em quase todas as construções, e pelo grande volume que representam no conjunto da obra. Elas constituem os pisos e coberturas das construções.
Com relação ao sistema construtivo, as lajes podem ser pré-moldadas ou moldadas “ in loco ”., do tipo maciça, nervurada, mista ou cogumelo. Podem ser executadas em concreto armado ou protendido e, aquelas apoiadas, diretamente sobre o solo, em concreto reforçado com fibras de aço.
As lajes podem ser isoladas ou contínuas e, do ponto de vista das condições de vinculação a outros elementos, podem ser apoiadas, engastadas e com bordos livres. Com relação à sua geometria, no seu plano, podem ser retangulares, trapezoidais, em T, em L, circulares e anelares. 
As lajes têm espessuras limitadas pela prática e, por isto, os seus vãos devem, também, ser limitados, por causa das deformações.
As lajes se apoiam em elementos lineares, que são tratados como “ barras ”, que têm seção transversal com dimensões denominadas “ largura ” e “ altura ” e se caracterizam, principalmente, pelo comportamento à flexão. Esses elementos de barra recebem a denominação de vigas.
A importância das vigas decorre do fato de serem os elementos, que suportam as lajes e a maioria das cargas provenientes de elementos não estruturais, como, por exemplo, paredes divisórias e de fechamento, bem como cargas de outras vigas que nelas se apóiam.
Em relação ao seu comportamento estrutural, as vigas podem ser isostáticas e hiperestáticas ( vigas contínuas ). Os tipos de seção transversal mais freqüentemente adotados são retangulares, em T, em I, em L e em U. As vigas podem ter, também, variações de altura ao longo de seu comprimento como por exemplo, as vigas com mísulas. 
O conjunto de lajes e vigas forma a estrutura do pavimento.
Para se transmitirem as cargas de cada pavimento às fundações, executam-se os “pilares”, elementos de barra que se caracterizam pelo fato de serem verticais e trabalharem , predominantemente, à compressão. Os pilares, em geral retos e de seção transversal constante, devem ter garantida a própria estabilidade por engastamento, nas fundações.
Com as idéias até aqui apresentadas, pode-se concluir que as cargas verticais são transmitidas às vigas pelas lajes e, estas as transmitem aos pilares que, por sua vez, as transmitem às fundações ou em vigas.
Os elementos lajes, vigas e pilares formam uma estrutura tridimensional monolítica, como o arranjo estrutural simples mostrado na figura a seguir, cujo cálculo exato, em termos práticos, é extremamente trabalhoso. 
Esse arranjo é composto por uma laje retangular maciça ligada a quatro vigas de borda, as quais por sua vez são suportadas por quatro pilares posicionados nos cantos. O conjunto é apoiado sobre uma infra-estrutura em laje, apoiada diretamente sobre o solo (radier). Como acontece com qualquer construção, trata-se de uma estrutura tridimensional, que pode estar submetida à ação de cargas externas em quaisquer direções.
LAJE
V 1
V 2
V 3
V 4
A
B
C
D
F
G
E
H
P1
P2
P3
P4
RADIER
ARRANJO ESTRUTURAL TRIDIMENSIONAL
Com a finalidade de simplificar o cálculo estrutural, empregam-se processos aproximados que consistem em analisar partes, ou mesmo elementos, isoladamente. Desta forma, admite-se a laje como, simplesmente, apoiada nas vigas ( elementos V1, V2, V3 e V4 ). 
Os conjuntos de vigas e pilares ( elementos P1, P2, P3 e P4 ) formam, nos planos que os contêm, os denominados quadros rígidos ou pórticos. Um processo aproximado consiste em supor as vigas, simplesmente, apoiadas nos pilares, ficando estes solicitados à compressão simples.
Nas figuras apresentadas a seguir, é mostrada uma das formas possíveis de repartição dos carregamentos atuantes, na laje, e sua distribuição simplificada para as vigas. 
p ( kN / m
2
 )
ℓ
2
ℓ
1
CARREGAMENTO DA LAJE
ℓ
1
45º
45º
A
B
C
D
E
F
ℓ
2
p ( kN / m
2
 )
REPARTIÇÃO DO CARREGAMENTO NA LAJE
laje
viga
C
D
C
D
DISTRIBUIÇÃO UNIFORME DO CARREGAMENTO NAS VIGAS
P
1
Para o piso elementar considerado, é possível considerar diversos arranjos estruturais. Um desses arranjos é o mostrado na figura abaixo, que considera a existência de quatro pórticos planos, chamando-se a atenção para a existência de barras da estrutura que pertencem, simultaneamente, a dois deles. Em tal situação, os esforços solicitantes dessas barras, que participam de dois elementos estruturais distintos, são obtidos por superposição dos valores encontrados em cada um deles isoladamente. 
ARRANJO ESTRUTURAL EM PÓRTICOS PLANOS
A
B
C
D
E
F
G
H
Um segundo arranjo estrutural, mais simplificado que o anterior, é apresentado na figura a seguir, que considera dois pórticos planos e duas vigas simplesmente apoiadas:
ARRANJO ESTRUTURAL EM PÓRTICOS PLANOS E VIGAS
A
B
C
D
E
F
G
H
Um terceiro arranjo estrutural, ainda, mais simplificado que os anteriores é o que considera todas as vigas simplesmente, apoiadas nos pilares, como a seguir mostrado: 
ARRANJO EM ELEMENTOS ESTRUTURAIS ISOSTÁTICOS
A
B
C
D
E
F
G
H
V1
V2
V3
V4
P1
P2
P4
P3
Nesta última consideração, os carregamentos atuantes nas vigas e pilares têm a distribuição apresentada abaixo:
C
G
g
P2
R
C,V2
 + R
C,V3
p
1
ℓ
1
R
C,V2
R
D,V2
C
D
V2
P2
CARREGAMENTO ATUANTE NA VIGA V2 E NO PILAR P2
R
G
Naturalmente, trata-se de um cálculo aproximado, pois sempre haverá continuidade entre lajes e vigas e entre vigas e pilares. Porém, com a escolha adequada da estrutura, esta aproximação é perfeitamente aceitável.
É importante, ainda, salientar que podem existir outros elementos estruturais nas superestruturas, além dos anteriormente mencionados, tais como :
Tirantes : elementos de barra solicitados, predominantemente, por esforços de tração, de pouco uso em estruturas de concreto armado, dada à própria natureza do concreto. Entretanto, podem atuar como elementos de transição, ou, em estruturas especiais, como, por exemplo, ancoragens em blocos de apoio e estruturas com grandes balanços;
Paredes : elementos bidimensionais planos, verticais, solicitados, predominantemente, por cargas paralelas ao seu plano médio, apoiadas de modo contínuo em toda a sua base;
Vigas - parede : são também elementos bidimensionais planos e verticais, mas diferem das paredes estruturais por não serem apoiadas de modo contínuo em sua base. Além disso, para diferenciação com as vigas ( elementos de barra ), devem ter altura total superior a 0,5 ou 0,4 do vão livre, conforme sejam isoladas ou contínuas, respectivamente;
Cascas : são estruturas laminares tridimensionais, diferindo das lajes por não serem planas.
Estruturas MetálicasEspecificamente na área tecnológica da construção civil, a utilização de elementos metálicos tem proporcionado rapidez e soluções para sistemas estrutura sem geral. No caso do Brasil, é possível observar na paisagem urbana o destaque existente das estruturas em aço. O aço, aliado a outros elementos da construção civil, permite ampliar a plasticidade arquitetônica em varias situações de projeto.
O aço pode ser definido como uma liga metálica composta por 98% deferro, e com pequenas quantidades de carbono (de 0,02% até 2%). (Dias, 1997).Entretanto pode-se adicionar elementos de liga.
Características Aços:
As propriedades mecânicas definem o comportamento dos aços quando sujeitos a esforços mecânicos e correspondem às propriedades que determinam sua capacidade de resistir e transmitir esforços que lhe são aplicados, sem romper ousem que sofra deformações excessivas. São características dos aços estruturais, dentre outros:
•	 Tenacidade
 É a capacidade do material em absorver energia mecânica com de formações elásticas e plásticas.
•	Ductibilidade
	
 É a capacidade do material de se deformar sobre a ação de cargas.
•	 Resiliência
 
 É a capacidade do material em absorver energia mecânica em regime elástico.
•	 Dureza
 
 Resistência ao risco ou abrasão.
•	 Fadiga
 
 Resistência a carregamentos repetitivos.
•	 Fragilidade
 É o oposto da ductibilidade. Os aços podem ter características de elementos frágeis em baixas temperaturas ambientes.
 
Nos aços cada propriedade pode sofrer alterações dependendo da composição química dos chamados elementos de liga. Esses elementos de liga são relevante importância, pois no processo de fabricação do aço, se as composições dos elementos de liga forem alteradas, estas influenciarão de forma positiva ou negativa no aço. Dentre alguns elementos de liga podemos citar:
•	 Nióbio (Nb)
 Produtos de Aço para uso Estrutural De acordo com Bellei, (2000) os principais materiais usados como elementos ou componentes estruturais são:
• Chapas finas à frio, com espessuras-padrão de 0,30 mm a 2,65 mm e fornecidas em larguras-padrão de 1,00 m, 1,20 m e 1,50 m e comprimentos-padrão de 2,00 m e 3,00 m, sob a forma de bobinas. Seu uso: em esquadrias, dobradiças, portas, batentes, calhas e rufos;
•	 Chapas finas à quente, com espessuras-padrão de 1,20 mm a 5,00 mm e fornecidas em larguras-padrão de 1,00 m, 1,20 m, 1,50 m e 1,80 m e nos comprimentos-padrão de 2,00 m, 3,00 m, 6,00 m, além sob a forma de bobinas. Seu uso: em perfis de chapa dobrada, construção de estruturas leves, em coberturas como terças e vigas de tapamento;
•	 Chapas zincadas, com espessuras-padrão de 0,25 mm a 1,95 mm e fornecidas em larguras-padrão de 1,00 m e comprimentos-padrão de 2,00 m e3,00 m e também sob a forma de bobinas. Seu uso: telhas para coberturas etapamentos laterais, calhas, rufos, caixilhos, dutos de ar condicionado, divisórias;
•	 Chapas grossas, com espessuras-padrão de 6,3 mm a 102 mm e fornecida sem diversas larguras-padrão de 1,00 m a 3,80 m e nos comprimentos-padrão de 6,00 m e 12,00 m. Seu uso: em construções de estruturas metálicas, para a formação de perfis soldados para trabalhar como vigas, colunas e estacas;
•	 Perfis laminados estruturais, são perfis laminado à quente, de variadas dimensões e pesos, fornecidos em sua maioria em barras de 6,00 m. Seu uso: na fabricação de estruturas e secundariamente como caixilhos e grades. Perfis leves são de dimensões menores que 80 mm, perfis médios de 80 a200 mm e perfis pesados acima de 200 mm;
•	 Tubos estruturais com e sem costura, com grande variabilidade de espessuras, com fornecimento em comprimento-padrão de 6,00 m. Seu uso: como elementos estruturais principalmente na formação de treliças espaciais,corrimãos;
•	 Barras redondas, com amplo número de bitolas e em sua maioria fornecida em barras de 12,00 m. Seu uso: confecção de chumbadores, parafusos,tirantes;
•	 Barras chatas, nas dimensões de 38x4,8 mm a 304,8x50,8 mm e nos aços1010 a 1020 e A36;
•	 Perfis soldados, com grande variabilidade de espessuras e dimensões, por serem compostos a partir de três chapas, a ABNT (NBR 5884/80) padronizou três series. Seu uso: Estruturas metálicas médias e grande porte, reforços, plataformas, pipe-rack.
 Perfis estruturais em chapa dobrada, tem grande variabilidade de dimensões,com espessuras variando de 1,50 mm a 8,00 para alguns fabricantes. Seu uso: vem sendo aplicados de forma crescente na execução de estruturas leves, como terças ou vigas de tapamento no caso de galpões industriais.
Vantagens:
•	Fabricação das estruturas com precisão milimétrica, possibilitando um alto controle de qualidade do produto acabado;
•	Garantia das dimensões e propriedades dos materiais;
•	 Material resistente a vibração e a choques
•	 Possibilidade de execução de obras mais rápidas e limpas;
•	 Em caso de necessidade, possibilita a desmontagem das estruturas e sua posterior montagem em outro local;
•	 Possibilidade de reaproveitamento dos materiais em estoque, ou mesmo,sobras de obra.
•	 Economia de Fundações;
•	 Redução das dimensões nas colunas;
•	 Redução da altura de vigas.
Desvantagens:
•	 Limitação de execução em fábrica, em função do transporte até o local de sua montagem final;
•	 Necessidade de tratamento superficial das peças contra oxidação, devido ao contato com o ar atmosférico;
•	 Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para sua fabricação e montagem;
•	 Limitações de fornecimento de perfis estruturais.
Tipos de Estrutura de Aço
•	 Estruturas de edifícios de múltiplos andares;
•	 Estruturas de galpões;
•	 Estruturas de obras de arte;
•	 Estruturas reticuladas;
•	 Estruturas tubulares;
•	 Estruturas espaciais;
•	 Estruturas de armazenagem;
Alvenaria
Conceitos
Alvenaria é a pedra sem lavra com que se erigem paredes e muros mediante seu assentamento com ou sem argamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas parecidas, que se repetem sobrepondo-se umas sobre as outras.
Alvenaria também pode ser conceituada como sendo o sistema construtivo de paredes e muros, ou obras similares, executadas com pedras, com tijolos cerâmicos, blocos de concreto, cerâmicas e silicocalcário, assentados com ou sem argamassa de ligação.
As alvenarias recebem ainda as seguintes denominações:
alvenaria ciclópica - executada com grandes blocos de pedras, trabalhadas ou não;
alvenaria insossa - executadas com pedras ou blocos cerâmicos, assentados sem argamassa, denominadas também de “alvenaria seca“;
alvenaria com argamassa - executadas com argamassa de ligação entre os elementos, sendo também denominadas:
alvenaria hidráulica - executadas com argamassas mistas 1:4/8 (argamassa básica de cal e areia 1:4, adicionando-se cimento na proporção de uma parte de cimento para 8 partes de argamassa básica);
alvenaria ordinária - executadas com argamassas de cal (1:4 - argamassa de cal e areia).
alvenaria de vedação - painéis executados com blocos, entre estruturas, com objetivo de fechamento das edificações.
alvenaria de divisão - painéis executados com blocos ou elementos especiais (drywall – gesso acartonado), para divisão de ambientes, internamente, nas edificações.
Tipos de Alvenaria
Quanto aos materiais, as alvenarias podem ser executadas com:
Pedras naturais
Pedras irregulares - usando-se pedras em estado natural, simplesmente encaixadas entre si ou assentadas com argamassa;
Pedras regulares - usando-se pedras naturais trabalhadas, com formas regulares ou não, assentadas com juntas secas ou juntas argamassadas, 
Pedras artificiais
Blocos de concreto - São elementos produzidos com dimensões de 19x19x39 cm e 15x19x39 cm, vazados com resistência a compressão de até 30 MPa, assentados com argamassa, ou podem ser utilizados em sistemas de construção em alvenaria armada.
Blocos silicocalcário - São elementos produzidos com areia e cal viva endurecidas ao vapor sobre pressão elevada, com as mesmas características dos blocos de concreto.
Blocos de concreto leve- São elementos de concreto leve, fabricados a partir de uma mistura de cimento, cal, areia e pó de alumínio, autoclavado, que permite a formação de um produto de elevada porosidade, leve, resistente e estável. O produto é apresentado em blocos ou painéis, com dimensões e espessuras variadas, que permitem a execução de paredes de vedação e lajes.
Tijolos cerâmicos - Elementos fabricados por prensagem ou extrusão da argila, que após um processo de pré-secagem natural, passa pelo processo de queima controlada sob alta temperatura, produzindo blocos maciços ou furados com dimensões padronizadas e normatizadas. São tradicionalmente utilizados nas alvenarias de vedação nas construções.
Blocos de solo-cimento - São elementos fabricados a partir da massa de solos argilosos ou areno-argilosos mais cimento Portland, com baixo teor de umidade, em prensa hidráulica, formando tijolos maciços. Podem ser construídas também, paredes monolíticas, através do apiloamento da massa em formas deslizantes, entre pilares guia.
Assentamento de Alvenarias de Tijolos Cerâmicos 
Confecção de alvenarias
Tipos de tijolos
De acordo com as necessidades do projeto e a disponibilidade técnica e econômica pode-se especificar o material cerâmico de vedação dentro de uma vasta oferta de tipos de tijolos encontrados no mercado. Os de uso mais comum atualmente são tijolos de 4, 6 e 8 furos e ainda, em menor freqüência, os tijolos de 2 furos e maciços. A seguir, são mostrados os tijolos mais usados e suas características:
Tijolos cerâmicos
	
Características
	
	
	
	Dimensões para orçamento
	
5 x 10 x 20
	
10 x 10 x 20
	
10 x 15 x 20
	Quantidade por metro quadrado alvenaria de ½ vez (a chato)
	
76
	
46
	
46
	Quantidade por metro quadrado alvenaria de ½ vez (de espelho)
	
42
	
46
	(alv. ¾)
25
Processos de assentamento e juntas de argamassa
Assentamento com juntas desencontradas
Processo de assentamento
Sistemas e dimensões de paredes
Tipos de assentamento tradicionais de tijolos maciços
Tipos de amarrações – consideram-se alvenarias amarradas as que apresentam juntas verticais descontínuas. A seguir, nas figuras, são mostrados os tipos de amarrações mais comuns para tijolos maciços ou de dois furos. Os esquemas também são válidos para outros tipos de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto
Tipos de juntas – a forma escolhida para o acabamento das juntas nas alvenarias aparentes pode influir na qualidade e na durabilidade. Nas figuras a seguir, são mostradas os tipos de juntas mais comuns, incluindo algumas que não são recomendadas, tendo em vista os problemas que poderão provocar em termos de infiltração de umidade, retenção de poeira, formação de musgo, estética etc. Em seguida são mostradas alguns tipos de fresadores manuais usadas no acabamento das juntas em alvenaria aparente.
Cuidados na execução de alvenarias de vedação
Proteção das alvenarias na execução de vãos
Com a finalidade de absorver tensões que se concentram nos contornos dos vãos (portas e janelas), oriundas de deformações impostas é necessário prever a execução de vergas, contravergas e cintas de amarração. A verga é o elemento estrutural localizado sobre o vão e a contraverga é o reforço colocado sob a abertura, como mostra a figura a seguir:
Vergas e contravergas para vãos de até 1,0 m pode-se executar o reforço no próprio local conforme mostra a figura a seguir:
Para vãos de 1,0 a 2,0 m, as vergas podem ser executadas in loco ou pré-moldadas. No caso da opção ficar em pré-moldadas haverá um ganho em termos de produtividade. As dimensões mínimas estão mostradas na figura a seguir:
Paredes altas - nas alvenarias com altura superior a 3,0 m, deverão ser previstas cintas de amarração intermediárias, dimensionadas, sobretudo, para absorver a ação de cargas laterais. Acima de 5,0 m de altura, as paredes deverão ser dimensionadas como alvenaria estrutural.
Encunhamento das paredes
Na elevação do fechamento das alvenarias de vedação, durante a cura da argamassa ocorre uma pequena redução de dimensões. Por esse motivo, junto às lajes ou vigas superiores, após um tempo mínimo de 10 dias, deve-se executar o encunhamento, que é realizado com o assentamento na última fiada com tijolos cerâmicos maciços (cozidos) um pouco inclinados com argamassa relativamente fraca (1: 3: 12 a 15 - cimento/cal hidratada/areia). Essa prática vem, no entanto, sendo substituída pela utilização de novos materiais e técnicas com o objetivo de obter um melhor rendimento, como por exemplo:
Cimento expansor - argamassa pronta para uso à base de cimento, que com a adição de água expande-se ocupando o espaço deixado ou ocorrido com a retração;
Polietileno expansor - produto com alta aderência que aplicado por meio de aerosol aumenta de volume.
Ligações com estruturas de concreto
Ligação da parede com pilares de concreto - junto às faces das peças de concreto que terão ligação com a alvenaria, após limpeza do desmoldante, deverá ser aplicado chapisco (traço 1:3 de cimento e areia). Nas ligações com pilares, poderão ser melhoradas com a colocação de ferros de espera (ferro-cabelo) chumbados durante a própria concretagem do pilar (dobrados e encostados na face interna da forma), ou com ferros de 6 mm embutidos em furos de 10 a 12 cm, executados com broca vídea de 8 mm e colados com resina epóxi (Compound da SIKA), após a desforma, com espaçamento médio de 50 cm e transpasse de 50 cm.
Nos encontros de paredes, onde não haja amarração, tratar a junta com selante flexível (mastique garantindo acabamento e estanqueidade) e o embutimento de tela de estuque na argamassa de revestimento (20 cm para cada lado da junta) para evitar o destacamento do mesmo.
Alvenaria estrutural – ou alvenaria armada é o tipo de alvenaria autoportante usada em edificações dispensando as estruturas convencionais (viga e pilar) e requer projetos e técnicas construtivas especiais.
Argamassa de assentamento – é a mistura de aglomerantes (cimento e cal) e agregado (areia) em traço apropriado para assentamento de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto.
Escantilhão – é uma régua de madeira ou metálica de comprimento igual ao pé-direito, com dispositivos que permitem a graduação das fiadas nas alturas desejadas. Os escantilhões, se bem utilizados (pessoal treinado) pode promover grandes ganhos em termos de produtividade e de qualidade (prumos e níveis).
Estuque – tipo de alvenaria artesanal que utiliza argamassa mista ou gesso sobre telas de arame ou ripas finas de madeira.
Facear – é o procedimento de alinhamento vertical dos tijolos em uma das faces, geralmente a externa, para compensar possíveis diferenças de dimensões dos tijolos.
Ferros-cabelo – são armaduras fixadas nos pilares e que se estendem nas fiadas da alvenaria.
Fresador ou frisador – ferramenta manual utilizada para dar acabamento nas juntas em alvenaria aparente.
Graute – tipo de concreto com agregados em dimensão reduzida (areia e pedrisco) utilizado para preencher o vazio das peça armadas (blocos e tijolos) na alvenaria estrutural. Na composição de graute pode-se usar cal hidratada (10% do volume do cimento).
Marcação ou locação – é a colocação das primeiras fiadas das paredes com a marcação dos vãos, sendo executadas com grande cuidado para obedecer o projeto. A marcação é geralmente feita pelo mestre junto com pedreiro responsável pelo levantamento das paredes com o uso de esquadros, réguas, níveis de mangueira e bolha, linhas e prumos. Em grandes obras deve-se usar equipamentos topográficos (teodolito e nível).
Marcos ou aduelas – são 6 tacos de madeira chumbados nas laterais dos vãos de portas com a finalidade de servir como elemento de ligação da alvenaria e o caixão da porta.
Nível de mangueira – é a ferramenta simples constituída de uma mangueira transparente (diâmetro de até 13 mm) cheia d’água utilizada para marcar e controlar o nível (cotas) nos vários pontos da obra. Pode ser substituída elo nível de tambor que utilizam omesmo princípio, embora com mais segurança nas marcações.
Prumada – é o alinhamento vertical da alvenaria, termo empregado pelo pessoal de obra para designar a necessidade de fazer ou verificar o alinhamento utilizando o prumo de pedreiro.
Normas Técnicas Pertinentes:
	Título da norma
	Código
	Última atualização
	Agregados leves para concreto de elementos para alvenaria
	EB228
	1969
	Argamassa de assentamento para alvenaria de bloco de concreto - Determinação da retenção de água
	MB2412
NBR9287
	1985
	Argamassa industrializada para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Especificação
	NBR 13281
	1995
	Argamassas endurecidas para alvenaria estrutural - Retração por secagem
	MB1904
NBR8490
	1983
	Bloco cerâmico para alvenaria – Especificação
	EB 20
NBR 7171
	1992
	Bloco cerâmico para alvenaria - Formas e dimensões
	PB1008
NBR8042
	1992
	Bloco cerâmico para alvenaria - Verificação da resistência à compressão
	MB53
NBR6461
	1983
	Bloco cerâmico portante para alvenaria - Determinação da área líquida
	MB1820
NBR8043
	1983
	Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural
	EB959
NBR6136
	1994
	Blocos vazados de concreto para alvenaria - Retração por secagem
	MB3458
NBR12117
	1991
	Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área líquida
	MB3459
NBR12118
	1991
	Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Determinação da resistência à compressão
	MB116
NBR7184
	1991
	Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural – Especificação
	EB 50
NBR 7173
	1982
	Cal hidratada para argamassas – Especificação
	EB 153
NBR 7175
	1992
	Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
	NB1228
NBR10837
	1989
	Cimento de alvenaria
	EB1964
NBR10907
	1989
	Cimento de alvenaria - Ensaios
	MB3121
NBR10906
	1989
	Cimento portland comum – Especificação
	EB 1
NBR 5732
	1991
	Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos - Procedimento
	NB 788
NBR 8545
	1983
	Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
	NB889
NBR8798
	1984
	Paredes de alvenaria estrutural - Determinação da resistência ao cisalhamento
	NBR14321
	1999
	Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio à compressão simples
	MB2162
NBR8949
	1985
	Paredes de alvenaria estrutural - Verificação da resistência à flexão simples ou à flexo-compressão
	NBR14322
	1999
	Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio à compressão
	MB1849
NBR8215
	1983
	Tijolo maciço cerâmico para alvenaria
	EB19
NBR7170
	1983
	Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Forma e dimensões
	PB1007
NBR8041
	1983
	Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Verificação da resistência à compressão
	MB52
NBR6460
	1983
Tratamentos – Térmicos, Acústicos e Impermeabilicações
Proteção Acústica
São os tratamentos executados para prover o  necessário conforto acústico nos diversos compartimentos.
Para tanto, na elaboração do projeto deverão  ser estabelecidas as seguintes  condições:
a)     Nível de som exterior, com conhecimento da massa de tráfego, condições urbanísticas vegetação, indústrias vizinhas, presenças de aerovias e aeroportos  com medições em decibéis.
b)     Nível admissível de som no recinto, em função  das  atividades que nele serão exercidas, medida em decibéis, determinado o acordo com a Tabela  da norma -101 da ABNT.
A queda de nível de  som obtido com o emprego  de materiais  isolantes, cujas características estão prescrita nas normas NB-101 da ABNT.
Para materiais que não figurem naquela relação, serão utilizados dados fornecidos pelo fabricante, desde que atestados por laboratórios idôneos, no caso  do I.N.T. ou I.P.T.
Cuidados especiais serão adotados no projeto,  quando a abertura de vãos – portas  e janelas – que, preferivelmente, serão duplas, com ajuste perfeito aos batentes e calafetagem  perfeita impedindo a passagem de ar.
Para o isolamento sonoro através de pisos, serão utilizados, além dos mesmos materiais citados, borracha em lençol,  tapetes felpudos de espessura variável, borracha  esponja, lã de vidro, cortiça ou materiais similares.
Em casos especiais tais como, salas de operação, salas de hibernação e congêneres, em hospitais, será possível recorrer a pisos flutuantes sobre  suportes  elásticos, ou forros falsos com material de alto teor de absorção suspensos e fixados em entarugamentos de madeira ou outro processo recomendado tecnicamente.
Toda vez que se tornar necessária a utilização de camada de  ar intermediária, sus espessura deverá ser inferior a 10  cm, e evitadas  ligações rígidas entre as placas.
Os métodos de execução são os mesmos que regulam o emprego dos materiais para outros fins,  tais como alvenaria de tijolos, chapas de fibras comprimidas perfuradas, vidros  ou equivalentes.
Condicionamento Acústico
É o tratamento executados nos auditórios e grandes  áreas no sentido  de estabelecer as melhores condições de audibilidade no recinto. Para  tanto, na  elaboração do projeto serão determinadas as posições das fontes sonoras, a distribuição  dos sons diretos e  refletidos.
Poderão ser empregados  deflectores ou difusores, conforme o fim a que se destina a operação.
O cálculo de tempo de reverberação será feito com o  emprego de fórmulas de Sabine ou Eyring e os coeficientes de  absorção, por metro quadrado, serão os  constantes das Normas NB-1011 da ABNT.
Para os materiais não relacionados nas de normas os seus fabricantes fornecerão os coeficientes por unidade de área e para diferentes freqüências, em ciclos por segundo.
Os métodos de execução seguem os utilizados  corretamente no emprego dos materiais para outros fins  da construção.
A utilização de cortinas, para-ventos ou estofados, ficará condicionada ao seu emprego permanente.
Tratamento Anti-vibratório
Os equipamentos de proteção destinados a reduzir a transmissões nocivas ao bem estar ou perturbação das atividades humanas repousam, normalmente em placas de concreto que são isoladas dos blocos de fundações, por intermédio  de dispositivos de alta resistência, que poderão ser classificados entre os seguintes:
a)     Molas
b)     Calços
c)     Lençóis de borracha
d)     Lençóis de cortiça
e)     Camada de betume ou mastique asfáltico
f)     Camadas de materiais fibrosos
g)     Juntas  flexíveis
h)     Braçadeiras elásticas;
O projetista deverá verificar a  permanência da elasticidade dos dispositivos adotados, recomendando-se a falta de indicações mais  exatas, a não ultrapassagem dos seguintes valores:
a)     Calços ou lençóis de borracha     0,3 Kg/cm2.
b)     Calços de Cortiça    0,1 Kg/cm2
c)     Mastique Asfáltico    0,2 Kg/Cm2
d)     Camada de escórea    0,2 Kg/cm2
e)     Lã de vidro    0,8 Kg/cm2
O projetista deverá verificar, além disto, a existência de conjugados de frenagem que, modificando a distribuição de pressões possam conduzir  ao esmagamento do material de proteção.
As molas juntas flexíveis ou braçadeiras elásticas, só deverão ser empregadas após convenientemente projetadas, nos pontos de vista  estático ou dinâmicos.
Os calços, lençóis de borracha, mastique asfáltico, materiais fibrosos, escóreas, lã  de  vidro, só deverão ser empregados após adoção de cuidados especiais quanto à drenagem de óleos de lubrificação e outros que, tendo a afinidade com aqueles materiais, possam fazer a sua resistência.
As placas de apoio serão isoladas da pavimentação por meio de juntas verticais convenientemente calafetadas com os mesmos materiais empregados na absorção das vibrações e cuja espessura é a mesma camada horizontal.
Todos os dutos que chega, à plataforma de montagem, deverão ser providos de juntas flexíveis a fim de não transmitirem, também, vibrações.
Tratamento Térmico
Estão considerados, aqui, os serviços necessários paraexecutar o tratamento térmico no interior do edifício, com finalidade de isolamento de calor e frio. Não é considerado  neste capítulo o tratamento térmico sobre a laje, uma vez que este serviço faz parte integrante da impermeabilização e está especificado naquele sistema.
Impermeabilização 
Tratamento Especial De Impermeabilização
Este tratamento é indicado para vedar e impermeabilizar estruturas de concreto e paredes de alvenaria que estejam recebendo pressão d’água.
Tratamento Especial Com Stop Morter-L
Antes de tudo, verificar as condições da superfície. Caso esteja friável, é necessário raspar e escovar com escova de aço, eliminando os elementos soltos, e tornando-a áspera (tipo camurça), ou ainda, aplicar jateamento de areia para se obter um melhor trabalho. Se a superfície estiver muito lisa, misturar o ligante PLASTOP GRAUThVspan> na proporção de 1:1 com água e usar 20% desta para cada quilo do STOP MORTER-L, misturando até que se forme uma pasta homogênea. Aplicar com trincha de 5”, esperar secar e iniciar o tratamento impermeabilizante.
Tratamento Especial Com Stop Morter-R
1. Quando a água for impetuosa, misturar em uma bacia plástica o STOP MORTER-R com água até que se inicie a pega, formar rapidamente uma bola em forma de pêra, com a mão enluvada, e aplicar energicamente no orifício da infiltração. Se o buraco for grande, repetir várias vezes o procedimento de tamponamento rápido. Lembre-se de que o STOP MORTER-R, em contato com a água, endurece em poucos segundos, desta forma, lave imediatamente o recipiente utilizado. Em dias frios, pode-se utilizar água aquecida para acelerar o processo de pega e de cura. 
2. Quando a água não estiver mais penetrando, prepare a mistura de 1:1 do PLASTOP GRAUT com água e use 20% em relação ao peso do STOP MORTER-L , misturando até empastar, na consistência de melado. Aplicar a primeira demão da mistura com trincha de 4” a 6”, em uma só direção. Seguidamente, isto é, após 20 minutos aproximadamente, esfregar fortemente o STOP MORTER-R, a seco, sobre a primeira demão, até que se forme uma camada uniforme que apresente uma cor escura. Caso persista a penetração de água em algum ponto, deve-se aplicar outra camada do cimento especial STOP MORTER-R no mesmo, até estancá-la.
3. Quando o suporte estiver seco, ou não houver água penetrando, o método de aplicação é, primeiramente, molhar bem o suporte e a seguir fazer a aplicação do STOP MORTER-L, preparando a mistura conforme item 2. A mistura deve ser aplicada sempre em 2 demãos cruzadas, em intervalo de 45 minutos, e na intercalação, entre uma demão e a outra, lembre-se de sempre molhar as superfícies secas, antes de qualquer aplicação.
OBS.: Em caixas d’água, o sistema somente deve ser aplicado a nível do concreto, antes porém, colocá-las em carga, por 48 horas, com água potável.
Controle a serem observados:
- Verificar a qualidade do suporte a ser tratado.
- Manter limpas as ferramentas, os recipientes e os equipamentos utilizados 
- Usar somente água potável, para preparo das misturas.
- Verificar local de estocagem dos produtos na obra e as distâncias a serem deslocadas: dos produtos, dos equipamentos e do pessoal
Cobertura
As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:
a)   funções utilitárias: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico;
b)   funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração;
c)   funções econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.
Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação.
Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado, o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e escoamento, tais como:
a)   detalhes inerentes ao projeto arquitetônico: rufos, contra-rufos, calhas, coletores e canaletas;
b)   detalhes inerentes ao projeto hidráulico: tubos de queda, caixas de derivação e redes pluviais.
Tipos de cobertura
De acordo com os sistemas construtivos das coberturas, ou seja, quanto às características estruturais determinadas pela aplicação de uma técnica construtiva e/ou material utilizado pode classificar as coberturas em:·.
Naturais
a)    coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas (placas), muito utilizadas na antiguidade (castelos medievais) e mais  recentemente apenas com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50% < d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e com mesmo efeito arquitetônico (placas de cimento amianto);
b) coberturas vegetais rústicas (sapé): de uso restrito a construções provisórias ou com finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas e amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas.
c) coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado de tabuinha) ou por tábuas corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão betumado;
d) coberturas com membranas: caracterizadas pelo uso de membranas plásticas (lonas), assentadas sobre estruturas metálicas ou de madeiras ou atirantadas com cabos de aço - tensoestruturas, ou ainda, por sistemas infláveis com a utilização de motores insufladores;
e) coberturas em malhas metálicas: caracterizadas por sistemas estruturais sofisticados, em estruturas metálicas articuladas, com vedação de elementos plásticos, acrílicos ou vidros.
f) coberturas tipo cascas: caracterizadas por estruturas de lajes em arcos, em concreto armado, tratadas com sistemas de impermeabilização;
g) terraços: estruturas em concreto armado, formadas por painéis apoiados em vigas, tratados com sistemas de impermeabilização, isolamento térmico e assentamento de material para piso, se houver tráfego;
h) telhados: são as coberturas caracterizadas pela existência de uma armação -sistema de apoio de cobertura, revestidas com  telhas (materiais de revestimento). É o sistema construtivo mais utilizado na construção civil, especialmente nas edificações.
Cobertura Plena
As coberturas planas são caracterizadas por superfícies planas, ou planos de cobertura, também denominados de panos ou águas de uma cobertura. Na maior parte dos casos, os planos de cobertura têm inclinações (α - ângulo) iguais e, portanto, declividades (d%) iguais. No caso do  revestimento superior de uma edificação ter inclinação máxima de α = 75º, a área é identificada como cobertura. 
Para α > 75º o revestimento é denominado fechamento lateral.
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das chuvas, e direcionada segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As coberturas horizontais têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem caimento igual ou maior de 3%. Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem ser classificadas em:
a)    coberturas com pequenas declividades, denominadas terraços;
b)    coberturas em arcos;
c)    coberturas planas em superfícies inclinadas, determinadas por painéis de captação d’água.
Os sistemas de apoio de coberturas planas podem ser executados em: madeira, metal ou concreto armado (podendo ser misto, também). A escolha e definição do material são determinadas pelas exigências técnicas do projeto, como o estilo, a função, o custo, vão de sustentação, etc. Quanto à definição estrutural, as armações de coberturas podem ser executadascom os seguintes sistemas:
a)    em Madeira:
Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira maciça
Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira colada
Sistema de treliças tipo tesouras
Sistema tipo cavalete
b)    em Metal:
Sistemas de vigas e arcos treliçados
Sistemas de estruturas especiais (treliças espaciais etc.)
c)    em Concreto Armado:
Sistemas de vigas pré-moldadas
Sistemas de pórticos
Sistemas de estruturas especiais integradas
Elementos Do Projeto Arquitetônico
Nos projetos arquitetônicos, a determinação dos planos de cobertura compõem e determinam a Planta de Cobertura, elaboradas nas escalas: 1:100, 1:200 ou 1:500. Neste elemento de arquitetura definem-se linhas divisórias, denominadas: espigão, água furtada, cumeeira e calhas.
Devem ser indicados por setas ortogonais aos lados do polígono de cobertura, a orientação da declividade dos panos. Junto da seta, deve ser especificada a Inclinação (angulo αº) que o plano de cobertura faz com a horizontal - ou Declividade - tangente trigonométrica da inclinação, indicada pela letra d (d = h/d = tag α %).
Especificações do Projeto Arquitetônico
a)    correspondência entre inclinação (αº) e declividade (d%):
b)    altura das cumeeiras, também chamada de Ponto de Cobertura - é a relação entre a altura máxima da cobertura e o vão. O Ponto varia entre os limites de 1:2 a 1:8 nos telhados.
c)    acabamentos laterais de coberturas:
1.    Oitão - elevação externa em alvenaria de vedação acima da linha de forro (pé-direito), que ocorrem com a eliminação das tacaniças (planos de cobertura de forma triangular, limitado pela linha lateral da cobertura e dois espigões);
2.    Platibandas - elevação de alvenarias acima da linha de forro, na mesma projeção das paredes, com objetivo funcional de proteção das coberturas;
3.    Beiradas - caracterizadas pela projeção das estruturas de apoio de cobertura além da linha de paredes externas, e a inexistência da execução de acabamento com forro;
4.    Beirais - caracterizados pela projeção das estruturas de apoio de cobertura alem da linha de paredes externas, com a execução de forros. Em algumas definições arquitetônicas, executam-se os prolongamentos das lajes de forro em balanço estrutural, além da linha de paredes externas.
d)   detalhes complementares
1.   elementos de captação de águas: canaletas, calhas e ralos;
2.    iluminação e ventilação zenital: clarabóias e domos.
Tipos de telhados
Uma água (meia água)
Caracterizada pela definição de somente uma superfície plana, com declividade, cobrindo uma pequena área edificada ou estendendo-se para proteger entradas (alpendre)
Duas águas
Caracterizada pela definição de duas superfícies planas, com declividades iguais ou distintas, unidas por uma linha central denominada cumeeira ou distanciadas por uma elevação (tipo americano). O fechamento da frente e fundo é feita com oitões.
Três águas
Caracterizada como solução de cobertura de edificações de áreas triangulares, onde se definem três tacaniças unidas por linhas de espigões.
Quatro águas
Caracterizada por coberturas de edificações quadriláteras, de formas regulares ou irregulares.
Múltiplas águas
Coberturas de edificações cujas plantas são determinadas por superfícies poligonais quaisquer, onde a determinação do número de águas é definida pelo processo do triângulo auxiliar.
Cobrimento ou Telhamento
O mercado oferece uma diversidade de materiais para telhamento de coberturas, cuja escolha na especificação de um projeto depende de diversos fatores, entre eles o custo que irá determinar o patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto, devendo-se considerar as seguintes condições mínimas:
a)    deve ser impermeável, sendo esta a condição fundamental mais relevante;
b)    resistente o suficiente para suportar as solicitações e impactos;
c)    possuir leveza, com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de estruturas de apoio;
d)    deve possuir articulação para permitir pequenos movimentos;
e)    ser durável e devem manter-se inalteradas suas características mais importantes;
f)    deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico.
Chapa de aço zincado
a)    existem perfis ondulados, trapezoidais e especiais;
b)    podem ser obtidas em cores, com pintura eletrostática;
c)    permitem executar coberturas com pequenas inclinações;
d)    podem ser fornecidas com aderência na face inferior de poliestireno expandido para a redução térmica de calor;
e)    principais fornecedores: Chapas Dobel (sueca), Mini Kalha Tekno e Perkrom.
Telhas autoportantes
a)    executadas com chapas metálicas ou concreto protendido, em perfis especiais (autoportantes) para vencer grandes vãos, variando de 10 a 30 metros, em coberturas planas e arcadas, sem a existência de estrutura de apoio;
b)    utilizadas em construções de galpões industriais, agrícolas, esportivos, hangares etc;
c)    principais fornecedores: Kalha Tekno, Imasa, Pimental, Macmetal, Cimasa, Cassol, Consid etc.
Telhas de alumínio
a)    é o material mais leve, e de maior custo;
b)    fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais;
c)    refletem 60% das irradiações solares, mantendo o conforto térmico sob a cobertura. São resistentes e duráveis;
d)    cuidado deve ser observado para não apoiar as peças diretamente sobre a estrutura de apoio em metal ferroso, as peças devem ser isoladas no contato; 
e)    principais fornecedores: Alcan, Alcoa, Asa, Belmetal etc.
Telhas plásticas
a)    fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais, translúcidas e opacas, de PVC ou Poliester e em cores;
b)    principais fornecedores: Goyana, Tigre, Plagon, Trorion etc.
Telhas cerâmicas
a)    são tradicionalmente usadas na construção civil;
b)    tipos principais: francesa, colonial, plan, romana, plana ou germânica.
Telhas de vidro
a)    formatos similares às telhas cerâmicas;
b)    utilizadas para propiciar a iluminação zenital.
Telhas de fibrocimento
a)    são fabricadas com cimento portland e fibras de amianto, sob pressão;
b)    incombustíveis, leves, resistentes e de grande durabilidade;
c)    fácil instalação, existindo peças de concordância e acabamento, e exigindo estrutura de apoio de pouco volume;
d)    perfis variados e também autoportantes, com até 9,0 m de comprimento.
Telhas de chapas compensadas e aluminizadas
a)    feitas com lâminas de madeira compensada, coladas a alta pressão; 
b)    incombustíveis;
c)    alta resistência mecânica, suportando peso de cinco pessoas;
d)    refletem os raios solares, permitindo temperaturas interiores mais baixas;
e)    dimensões das peças: C = 2,2 m, L = 1,00 m, e = 6 mm.
Telhas de concreto
a)    telhas produzidas com traço especial de concreto leve, proporcionando um telhado com 10,5 telhas por metro quadrado e peso de 50 kg/m2;
b)    perfis variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de verniz especial de base polímero acrílica;
c)    alta resistência das peças, superior a 300 kg.
Chapas de policarbonato
a)    apresentadas em chapas compactas (tipo vidro) ou alveolares, transparentes ou translúcidas, em cores, praticamente inquebráveis (resistência superior ao do vidro em 250 vezes), baixa densidade, resistentes a raios ultra-violeta, flexíveis, material auto extinguível não gerando gases tóxicos quando submetido a ação do fogo;
b)    a aplicação de chapas de policarbonato, devido a variedade de tipos e espessuras, é a solução para inúmeras indicações, tais como: coberturas em geral, luminosos, blindagem, janelas e vitrines etc.;
c)    basicamente as chapas de policarbonato podem ser instaladas em qualquer tipo de perfil: de aço, alumínio ou madeira, porém, é necessário que tenham  boa área de apoio e folga para a dilatação térmica.
Estruturas de apoio tipo tesoura
As armações tipo tesouras correspondem ao sistema de vigas estruturais treliçadas, ou sejam, estruturas isostáticas executadas com barras situadas num plano e ligadas umas ao outras em suas extremidades porarticulações denominadas de nós, em forma de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija, apoiada nas extremidades.
Tipos de tesouras
Independente do material a ser utilizado na execução de estruturas tipo tesoura, as concepções estruturais são definidas pelas necessidades arquitetônicas do projeto e das dimensões da estrutura requerida, onde podemos ter os seguintes esquemas:
Elementos de uma tesoura e terminologia
Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que compõem um telhado é a seguinte:
Detalhes de ligações dos elementos – sambladuras e entalhes
São tipos de ligações práticas entre duas peças de madeiras definidas após verificação das resistências das superfícies de contato ao esmagamento e, às vezes, ao cisalhamento de um segmento da peça (caso específico dos nós extremos da tesoura). 
Detalhes dos elementos de amarração
São os elementos de amarração e de ancoragem que proporcionam a ligação que deve existir entre a edificação e a cobertura. Usualmente os elementos de amarração são constituídos de barras, braçadeiras, cantoneiras ou chapas de aço colocados de forma a fixar as tesouras ou cavaletes firmemente nas lajes, vigas ou paredes da construção de forma a suportar os possíveis esforços médios de arrancamento ou movimentação da cobertura (ventos, chuva,  e dilatação térmica).
 
Detalhes dos elementos de ancoragem
Os elementos de ancoragem são necessários quando são maiores os esforços de arrancamento da estrutura de cobertura, exigindo dessa forma a execução de dispositivos de aprisionamento das tesouras com maior critério. Nos esquemas a seguir são mostrados sete tipos de ancoragem mais usuais e seus resultados em termos de desempenho (carga média de ruptura).
Detalhes dos elementos de captação de água
Os elementos de captação de águas pluviais de coberturas compõem o sistema de coleta e condução das águas que vai desde o telhado propriamente dito até ao sistema público de destinação dessas águas (drenagem superficial e subterrânea da via pública). Em geral os elementos de captação e condução são executados em chapas de ferro galvanizado, mas podem ser de PVC rígido, fibrocimento ou concreto armado impermeabilizado. Na tabela a seguir são relacionadas as chapas de ferro galvanizado usuais existentes no mercado:
A colocação e fixação dos elementos de captação de água devem ocorrer pouco antes do arremate final do telhado e o engenheiro deve verificar os seguintes pontos antes de liberar a continuidade dos trabalhos, pois é prudente evitar retorno de operários sobre a cobertura para fazer reparos para não causar danos às telhas e acessórios e com isso provocar infiltrações e goteiras:
a)    conferir as emendas (soldas e rebites);
b)    verificar se o recobrimento mínimo é respeitado (8 cm em telhados comuns);
c)    fazer um teste de vazamento e caimento (ver se água fica parada em pontos da calha);
d)    ver se existem juntas de dilatação em calhas com mais de 20 m;
e)    verificar os pontos de impermeabilização
Glossário na área de execução de coberturas
Água – é o tipo de caimento dos telhados em forma retangular ou trapezoidal (meia-água, duas águas, três, quatro águas).
Alpendre - cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas ou vãos. Geralmente, fica localizada na entrada da edificação.
Amianto – originado do mineral chamado asbesto, composto por filamentos delicados, flexíveis e incombustíveis. É usado na composição do fibrocimento.
Beiral – parte da cobertura em balanço que se prolonga além da prumada das paredes.
Caibros – peças e madeira de média esquadria que ficam apoiadas sobre as terças para distribuir o peso do telhado.
Calha – é canal ou duto em alumínio, chapas galvanizadas, cobre, PVC ou latão que recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais. 
Cavalete – é a estrutura de apoio de telhados feita em madeira, assentada diretamente sobre laje.
Chapuz – é o calço de madeira, geralmente em forma triangulas que serve de apoio lateral para a terça ou qualquer outra peça de madeira.
Clarabóia – é a abertura na cobertura, fechada por caixilho com vidro ou outro material transparente, para iluminar o interior.
Contrafrechal – é a viga de madeira assentada na extremidade da tesoura.   
Cumeeira – parte mais alta do telhado no encontro de duas águas.
Empena, oitão ou frontão - cada uma das duas paredes laterais onde se apoia a cumeeira nos telhados de duas águas.
Espigão – interseção inclinada de águas do telhado.
Frechal – é a componente do telhado, a viga que se assenta sobre o topo da parede, servindo de apoio à tesoura. Distribui a carga concentrada das tesouras sobre a parede.
Platibanda – mureta de arremate do telhado, pode ser na mesma prumada das paredes ou com beiral.
Policarbonato - Material sintético, transparente, inquebrável, de alta resistência, que pode substituir o vidro, proporcionando grande luminosidade.
Recobrimentos – são os transpasses laterais, inferior e superior que um elemento de cobrimento (telha) deve ter sobre o seguinte.
Rincão (água furtada) – canal inclinado formado por duas águas do telhado.
Ripas – são as peças de madeira de pequena esquadria pregadas sobre os caibros para servir de apoio para as telhas.
Tacaniça – é uma água em forma triangular.
Terças – são as vigas de madeira que sustentam os caibros do telhado, paralelamente à cumeeira e ao frechal.
Tirante – é a viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de tração.
Treliça – é a armação formada pelo cruzamento de ripas de madeira. Quando tem função estrutural, chama-se viga treliça e pode ser de madeira ou metálica.
Varanda – área coberta ao redor de bangalôs (casas térreas), no prolongamento do telhado .
Instalações Elétricas e de Telefone
A instalação elétrica é um conjunto formado por fios, cabos e outros acessórios com características coordenadas entre si e essenciais para o funcionamento de um sistema elétrico. Todas as instalações são definidas em um projeto elétrico elaborado por um profissional especializado ainda na planta feita pelo arquiteto. O projeto elétrico determina o porte da instalação, estabelece circuitos e especifica os materiais que serão usados na obra. Também cabe ao projeto definir pontos de luz e eletricidade da edificação a partir de uma avaliação das necessidades de cada ambiente e dos possíveis aparelhos eletrônicos que serão instalados.
Para garantir segurança é importante que o instalador seja capacitado, para não colocar a sua vida e dos futuros ocupantes da edificação. Uma instalação mal feita pode provocar sérios problemas, desde o consumo exagerado de energia elétrica até curto circuitos no sistema, ocasionados pela fuga de corrente. Mas atenção, não basta ter um bom projeto se a instalação não for realizada por profissionais qualificados e não utilizar produtos certificados.
Instalação elétrica: uma importante etapa da obra
A instalação elétrica é uma das etapas mais delicadas da obra e merece atenção especial, tendo em vista que o choque elétrico é uma das principais causas de acidentes graves e fatais em construções. Por isso, a falta de conhecimento coloca em risco não só quem trabalha na obra, mas compromete os futuros ocupantes da edificação. As instalações elétricas devem ser iniciadas na fase de concretagem e se desenvolver durante a pintura, quando são instalados os espelhos das tomadas e os interruptores.
Nesta etapa, é imprescindível utilizar materiais que atendam às normas vigentes do país. Nas embalagens de fios e cabos elétricos, por exemplo há identificação da certificação de conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), bem como nas tomadas, disjuntores e outros materiais.
Um sistema elétrico bem feito pode durar, em média 20 anos. Mas ao completar 10 anos, já é recomendável realizar uma revisão para verificar o estado dos condutores, soquetes, interruptores e outros materiais usados na instalação.

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